madeira serrada de eucalipto: desafios e perspectivas - Ipef
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REINALDO HERRERO PONCE<br />
história dos talhões, seu <strong>de</strong>senvolvimento e as características tecnológicas e <strong>de</strong> processamento da<br />
<strong>ma<strong>de</strong>ira</strong>.<br />
Em princípio, as florestas atuais po<strong>de</strong>m ser manejadas para a produção <strong>de</strong> <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> <strong>serrada</strong><br />
através <strong>de</strong>, por exemplo, práticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbastes e podas. Contudo, o potencial <strong>de</strong> uso da <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> suas características intrínsecas que po<strong>de</strong>m ser avaliadas por amostragem, na prática a seleção <strong>de</strong>ve ser<br />
feita com a <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>serrada</strong> e seca.<br />
Para certos usos, tais como <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> para construção, embalagens e paletes, as florestas atuais, em<br />
princípio, po<strong>de</strong>m ser usadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que fatores econômicos tais como localização, produtivida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>manda etc, sejam favoráveis.<br />
OPORTUNIDADES<br />
Os estudos feitos não só pelo IPT, mas também por outras instituições, tem <strong>de</strong>monstrado que<br />
<strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> <strong>serrada</strong> <strong>de</strong> <strong>eucalipto</strong>s po<strong>de</strong> ser usada em muitas aplicações em substituição das espécies nativas.<br />
Aqui serão relatadas as mais importantes:<br />
- Móveis. No IPT foram produzidos móveis tipo gabinete (armários, estantes, gaveteiros), escrivaninhas<br />
e mesas com E. grandis, com <strong>de</strong>sempenho consi<strong>de</strong>rado muito bom. O <strong>de</strong>sempenho varia <strong>de</strong> acordo com<br />
as características genéticas, havendo diferenças <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> entre clones <strong>de</strong> mesma espécie e ida<strong>de</strong><br />
provenientes da mesma região.<br />
Foram produzidos protótipos <strong>de</strong> vários tipos <strong>de</strong> móveis com E. saligna com bom <strong>de</strong>sempenho,<br />
sendo esta espécie a<strong>de</strong>quada para a produção <strong>de</strong> móveis estruturados: ca<strong>de</strong>iras e mesas, que <strong>de</strong>mandam<br />
mais resistência mecânica do que os móveis tipo gabinete.<br />
- Estruturas para telhados. Foram produzidas comercialmente estruturas <strong>de</strong> telhados com até 12 m <strong>de</strong><br />
vão livre com bom <strong>de</strong>sempenho, uma <strong>de</strong>las no próprio IPT, há 15 anos em perfeitas condições, com E.<br />
saligna <strong>de</strong> 25 anos proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Capão Bonito, Estado <strong>de</strong> São Paulo. Outras espécies foram também<br />
usadas em estruturas <strong>de</strong> telhado: E. grandis em estruturas leves; E. citriodora e E. tereticornis em<br />
estruturas mais pesadas.<br />
- Paletes. Foram já produzidos com várias 'espécies com <strong>de</strong>sempenho plenamente satisfatório.<br />
- Casa pré fabricada. Foi construído protótipo no IPT aparentemente com bons resultados, todo em E.<br />
grandis.<br />
- Componentes <strong>de</strong> edificações. Já foram produzidos <strong>de</strong> várias espécies: assoalhos, lambris, forros,<br />
batentes, escadas, etc., com resultados variáveis <strong>de</strong> acordo com a espécie, floresta, etc.<br />
- Cruzetas para postes <strong>de</strong> transmissão. Produzidos <strong>de</strong> várias espécies com resultados variáveis <strong>de</strong><br />
acordo com a espécie.<br />
- Passarela. Foi construída uma passarela para pe<strong>de</strong>stres com estrutura em E. citriodora. A passarela<br />
treliçada instalada em uma avenida em São Paulo, tem um vão <strong>de</strong> 32,4 m, formando o conjunto quatro<br />
rampas treliçadas <strong>de</strong> 16 m.<br />
Avaliando a <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> proveniente <strong>de</strong> várias florestas, o autor observou diferenças importantes nas<br />
<strong>ma<strong>de</strong>ira</strong>s com ida<strong>de</strong>s aproximadas (em torno <strong>de</strong> 13 anos). As principais fontes <strong>de</strong> variação são: nós,<br />
tamanho e número; tendência a colapso da <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong>; tendência a empenamento, tendência a rachamento.<br />
De acordo com Rudman 1969, Doran 1974, e Davidson 1974, citados por Zobel 1981. As oportunida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> mudar as qualida<strong>de</strong>s da <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> do Eucalyptus na direção <strong>de</strong>sejada através da manipulação genética<br />
são boas. Apesar da relativa estabilida<strong>de</strong> da <strong>ma<strong>de</strong>ira</strong> <strong>de</strong>ntro das espécies <strong>de</strong> <strong>eucalipto</strong>, ela po<strong>de</strong> ser<br />
Anais do Seminário Internacional <strong>de</strong> Utilização da Ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Eucalipto para Serraria - 56