prof carneiro moura - Hospital de Santa Maria
prof carneiro moura - Hospital de Santa Maria
prof carneiro moura - Hospital de Santa Maria
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A Gastrenterologia <strong>de</strong> hoje e a Gastrenterologia <strong>de</strong> ontem<br />
Quarenta anos passados sobre a data do término da especialida<strong>de</strong>, será que ainda<br />
existe algum paralelo entre a Gastrenterologia da época e a Gastrenterologia actual?<br />
Vamos saber: «Não. Não há paralelo possível. O único <strong>de</strong>nominador comum só existe<br />
nos conceitos e princípios básicos. As especialida<strong>de</strong>s médicas são <strong>de</strong>finidas pelas<br />
técnicas que praticam, e, na realida<strong>de</strong>, a Gastrenterologia <strong>de</strong> hoje tem uma<br />
componente técnica fortíssima, e naquela altura estava numa fase incipiente. Para<br />
que fique com uma i<strong>de</strong>ia, posso dizer-lhe que actualmente dispomos <strong>de</strong> técnicas<br />
gastrenterológicas endoscópicas que substituem em muitas situações a cirurgia.<br />
Imagine este avanço! Por outro lado, atentemos aos progressos da Imagiologia. Hoje<br />
– ao contrário do passado em que os recursos estavam nas técnicas invasivas – com<br />
uma simples ecografia conseguimos visualizar gran<strong>de</strong> parte dos órgãos do tubo<br />
digestivo. Outros métodos, como a Tomografia Computorizada e a Ressonância<br />
Magnética têm progressos que nos permitem quase substituir a endoscopia. A<br />
colonoscopia virtual é um exemplo. Não há <strong>de</strong> facto qualquer paralelo entre a<br />
Gastrenterologia actual e a Gastrenterologia daquele tempo. A partir da década <strong>de</strong><br />
setenta começámos a assistir à gran<strong>de</strong> viragem da Gastrenterologia, e hoje é uma<br />
especialida<strong>de</strong> com bases científicas fortes e uma importante componente técnica a<br />
nível <strong>de</strong> diagnóstico e sobretudo do tratamento». E sublinhou: «Nos últimos 10 anos<br />
assistimos à individualização da Hepatologia, consequência das <strong>de</strong>scobertas da<br />
biologia molecular, da virologia, da imunologia e da implantação <strong>de</strong>cisiva da<br />
8/11