Edição 3 e 4 - Jornal Folha Cidade Baixa
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ENTREVISTA: Fique por dentro das<br />
ideias do pré-candidato a prefeito de<br />
Salvador, Deputado Capitão Tadeu<br />
Gente daqui<br />
Fábrica de esperança<br />
<br />
Salvador e Região Metropolitana, 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
10 Projeto da Ong de Maragareth Menezes<br />
já formou centenas de jovens.<br />
<br />
População exige<br />
a retomada das obras<br />
Coluna<br />
11 Magazine<br />
Margareth Menezes, nossa querida Maga, estréia<br />
como colunista do <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>.<br />
O projeto de revitalização da Ribeira estabelece que a prefeitura requalifi cará a orla, no trecho entre a Praia<br />
do Bogari e a Praça do Divino. Serão criados estacionamentos, ciclofaixas, pista de cooper e espaço para lazer,<br />
contemplando atividades comerciais e culturais, além da recomposição da iluminação pública. Orçada em 5<br />
milhões, esta obra deveria ser entregue em março de 2011.<br />
08 e 09<br />
Esporte<br />
Bairros<br />
Revitalização<br />
Apesar do perigo iminente, mãe e fi lho param para comtemplar a beleza da praia da Ribeira.<br />
12 Remando a favor<br />
São Salvador vence a primeira Regata do ano e se<br />
destaca na Copa Norte e Nordeste de Remo.<br />
4<br />
<br />
<br />
Gente Daqui<br />
O sucesso da praia<br />
Empresário diz que a Ribeira vai ter uma casa de<br />
espetáculos de primeiro mundo.
Opinião<br />
Sou soteropolitano nato. Nasci, passei minha infância e continuo residindo na <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> (Península Itapagipana), mais<br />
precisamente em Massaranduba.<br />
Ao ler a matéria abaixo no <strong>Jornal</strong> Tribuna da Bahia http://www.tribunadabahia.com.br (edição eletrônica 12/05/2011),<br />
resolvi retransmitir tal conteúdo.<br />
Compartilho com a opinião da Srª Zelandia Santana, e Srª Kátia Pereira, bem como , apoio integralmente o posicionamento<br />
do Sr. Luiz Lopo. Algo tem que ser feito,” pelo menos para garantir o que ainda existe”.<br />
Tribuna da Bahia<br />
<strong>Cidade</strong><br />
Revitalização da Ribeira abandonada<br />
Publicada: 12/05/2011 01:19<br />
Nelson Rocha<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
Terminal pesqueiro da Ribeira<br />
O Governo do PT merece nossos parabéns, já que nenhum outro fez tanto pela pesca em nosso país. O Brasil não tinha<br />
a menor esperança de uma frota pesqueira própria. Esse sonho está sendo realizado pelo PROFROTA, programa para<br />
construção, reforma e adaptação de embarcações de pesca, iniciado no Governo Lula.<br />
No entanto, necessário se faz referir-me a nossa situação aqui na <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, especifi camente na Ribeira. Nasci em<br />
Plataforma, neto de um pescador de Suape, em Madre de Deus. Lembro-me perfeitamente da abundância e diversidade<br />
das espécies marinhas nas águas de São João e na Enseada dos Tanheiros. Xixarro, pititinga, xangó, massambé, garapau,<br />
sardinha ali desovavam de forma extraordinária, mantendo o equilíbrio ecológico, uma vez que atraíam espécies maiores<br />
como xaréu, curimam, espada, arraia, miroró, dentre outros, que também se reproduziam naqueles locais.<br />
E o que vem acontecendo há algumas décadas? A pesca com bomba - vergonhosamente – está destruindo a natureza, a<br />
estrutura das residências à beira mar, o ganha-pão dos pescadores artesanais, o futuro da fauna marinha, afastando aquelas<br />
espécies, além de vidas que já foram ceifadas pelos explosivos. Infelizmente, a Marinha só está tendo êxito coibindo<br />
pescadores artesanais que não têm suas embarcações “registradas” ou estão tentando colocar pesqueiros para buscar um<br />
melhor resultado em suas pescarias, já que na beira da praia não tem mais peixe, devido justamente à pesca predatória.<br />
Aqueles que pescam com bomba estão à solta, à vontade.<br />
A grande verdade é que não se acaba com a pesca com bomba, porque não há vontade.<br />
Evilásio - Morador da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />
Os moradores da península itapagipana estão indignados com o poder público que iniciou as obras de revitalização da orla da região,<br />
mas não concluiu. As diversas intervenções de requalifi cação urbana, que incluem drenagem, recuperação de passeios, alargamento<br />
de ruas, pavimentação, colocação e substituição de meio fi o e iluminação, resultaram num cenário lamentável à beira- mar, oposto<br />
ao belo visual da Ribeira, em especial da Enseada dos Tainheiros, área de lazer e ponto turístico.<br />
O incômodo com a paralisação das obras é tamanho que a doceira Zelândia da Silva Santana, 43, há 27 anos residindo na Ribeira,<br />
pretende promover um movimento, com o apoio dos vizinhos, para interditar a passagem de carros e ônibus com o propósito de<br />
chamar a atenção dos órgãos públicos responsáveis pelas intervenções para a precária situação da área que vem penalizando a<br />
população.<br />
“Essa bagunça já dura um ano e a qualquer momento vou fechar a rua nem que seja sozinha”, ameaça a moradora que se diz “<br />
decepcionada com o governo do Estado e a prefeitura “ que prometeram entregar a obra no dia 29 de março e nada”.<br />
EXPEDIENTE - JORNAL FOLHA DA CIDADE BAIXA<br />
O jornal <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> é propriedade<br />
da Agência de Notícias Portal do Recôncavo –<br />
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A RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS<br />
A <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> possui verdadeiras<br />
joias da natureza, como praias,<br />
um rico patrimônio cultural e arquitetônico<br />
e um pouco de mata<br />
atlântica ainda preservada. Mas até<br />
quando isso vai durar?<br />
Há vários fatores de declínio na<br />
região, o crescimento desordenado,<br />
sem a necessária infraestrutura, é um<br />
deles. O estado de degradação dos<br />
casarões, igrejas, sobrados e prédios,<br />
felizmente “reversível”, já está<br />
confi gurado. É verdade que cabe<br />
às autoridades lançar um olhar mais<br />
profundo para essas questões. Enfi m,<br />
uma luz no fi m do túnel: O Conjunto<br />
Urbano e Arquitetônico da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong> passou a ser, desde do dia 9<br />
de maio, ofi cialmente reconhecido<br />
como patrimônio cultural tombado<br />
pela União. O que quer dizer que<br />
esta medida já traz em seu bojo uma<br />
série de ações para a preservação<br />
da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, inclusive, um recurso<br />
da ordem de R$ 250 milhões, que<br />
deverão ser aplicados aqui, durante<br />
os próximos quatro anos.<br />
Quantos representantes temos<br />
na câmara municipal? Até quando<br />
presenciaremos, ou melhor, permitiremos<br />
chegarem aqui candidatos<br />
descompromissados com os<br />
graves problemas da região, cooptarem<br />
os votos de sua população<br />
(sufi cientes até mesmo para eleger<br />
o prefeito da cidade) e virarem as<br />
costas para o nosso destino, só retornando<br />
quatro anos depois? Estamos<br />
atentos.<br />
Nossa editoria de esportes acompanha<br />
o progresso do remo baiano,<br />
que alcançou um lugar de destaque<br />
na última Copa Norte-Nordeste, sediada<br />
em Vitória do Espiríto Santo,<br />
que reuniu as melhores agremiações<br />
dessa modalidade esportiva do país.<br />
A matéria traz para os amantes do<br />
esporte um pouco da história de<br />
cada clube de Remo da Península.<br />
Margareth Menezes, nossa querida<br />
Maga, canta como ninguém,<br />
e a partir dessa edição estará encantando<br />
a todos os nosso leitores<br />
na coluna Magazine. Em seu texto<br />
de estréia, ela nos fala do carisma<br />
de Irmã Dulce como exemplo de ser<br />
humano a ser seguido por todos nós.<br />
Seja bem-vinda Margareth.<br />
Dilton Santiago<br />
Editor<br />
todo o Brasil: MAPA DA MÍDIA PESQUISA<br />
E COMUNICAÇÃO LTDA. CNPJ nº<br />
01.729.852/0001-87. Inscrição Estadual nº.<br />
07.370.933/001-00. Endereço: ADE Conjunto<br />
02 Lote 07 – Ed. Sede – Núcleo Bandeirante –<br />
Brasília-DF - Cep 71.735-720.<br />
Tiragem: 20.000 exemplares
“Falou... e disse!<br />
O Brasil precisa superar a<br />
tendência de achar natural a<br />
pobreza entre negros. “Existe<br />
um pressuposto, alimentado<br />
pelo racismo, de que os<br />
negros são pessoas sem<br />
capacidade”.<br />
Luiza Bairros, Ministra da<br />
Igualdade Racial.<br />
“Não concordamos com o posicionamento<br />
do governo em relação<br />
ao projeto de liberdade sexual, por<br />
ferir conceitos bíblicos, mas Deus<br />
respeita todas as opiniões.”<br />
Deputado estadual José de Arimatéia, do<br />
PRB<br />
“Resolver o problema dos<br />
alagamentos da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong> é uma missão das<br />
mais difíceis. Se faz necessário<br />
intervenções na<br />
macrodrenagem de toda<br />
a região, o que demanda<br />
custos altíssimos, além de<br />
vontade política.”<br />
Maria Del Carmem, deputada estadual pelo PT e ex-presidente<br />
da CONDER.<br />
03<br />
Não danço como Carla<br />
Perez, mas tenho ginga.”<br />
ACM Neto<br />
“Você consegue falar com qual ministro<br />
além de mim? Para falar com os outros ministros,<br />
o repórter tem que passar por assessoria,<br />
secretaria e até pela Polícia Federal.”<br />
Ministro das <strong>Cidade</strong>s e<br />
presidente do PP na Bahia,<br />
Mario Negromonte, comemorando<br />
o resultado de<br />
uma pesquisa realizada<br />
na Esplanada dos<br />
Ministérios, que<br />
avaliou o ministro<br />
mais acessível<br />
à imprensa.<br />
“Aquela parte inferior do Mercado, o subsolo, que está<br />
em reforma eterna, também merece atenção. O turista se<br />
interessa em visitar o lugar e nos pergunta sobre isso, já<br />
que faz parte da história do prédio, mas nem nós sabemos<br />
quando aquilo ficará pronto. Chego a ficar desconsertado<br />
diante do turista, sem saber como responder.”<br />
José Borges, comerciante estabelecido no Mercado há 20 anos.
GENTE DAQUI<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
DILTON SANTIAGO<br />
Fotos: RYCON e BCI<br />
Durante 10 anos ele entregou botijões<br />
de gás nas residências da<br />
península. Até que um dia, ao<br />
chegar no trabalho, foi comunicado por<br />
um de seus supervisores que estava despedido.<br />
Com o dinheiro da indenização<br />
passou a comercializar botijões de gás<br />
no meio da rua, embaixo de uma árvore<br />
,no bairro do Jardim Cruzeiro, na <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong>. Até que chegou a fi scalização<br />
e levou tudo. Por uma dessas ironias<br />
do destino, a partir de um empréstimo<br />
bancário, se tornou um dos maiores empresários<br />
deste segmento na região. Mas,<br />
como ele mesmo defi ne, aquela não era<br />
a “sua praia”. Das ruínas do lendário restaurante<br />
Caçuá, Carlos Pereira de Jesus,<br />
que anônimos e celebridades conhecem<br />
como “Boca”, ergueu a Th e Best Beach,<br />
que, segundo seus projetos, será uma das<br />
melhores casas de espetáculos do Brasil.<br />
Como você chegou até aqui?<br />
Antes, aqui funcionava o antigo restaurante<br />
Caçuá, que segundo relatam, o<br />
antigo proprietário faliu e abandonou o<br />
negócio, o lugar virou uma ruína, procurei<br />
saber a quem pertencia o terreno<br />
e me disseram que era da arquidiocese.<br />
A arquidiocese me fez uma proposta de<br />
compra, então eu disse: se parcelar, eu<br />
compro. Então levantei essa casa, com a<br />
cara e a coragem.<br />
Quanto você gastou para construir a<br />
casa de show?<br />
Foram investidos R$ 4 milhões. Fruto<br />
de muitos empréstimos em bancos e da<br />
venda das quatro revendas de gás; todo<br />
dinheiro que ganhava, eu aplicava aqui.<br />
Uma vida inteira de trabalho eu coloquei<br />
aqui.<br />
Quais os artistas que já passaram pela<br />
Th e Best Beach?<br />
Gente do quilate de Mariane de Castro,<br />
Jauperi, Wando, Márcio Vitor, Trem<br />
de Pouso, Saulo da Banda Eva, Harmonia<br />
do Samba, Margareth,... muita gente boa.<br />
Você costuma ceder a casa para organizações<br />
sociais. Como é esta relação?<br />
Uma relação muito boa. Já faz um<br />
ano que estamos apoiando o IBCM, que<br />
é uma organização que acolhe crianças<br />
com AIDS.<br />
Este apoio é só institucional ou entra<br />
aporte fi nanceiro?<br />
Às vezes, ajudamos com dinheiro,<br />
damos botijões de gás, em certos shows<br />
The Best da Ribeira<br />
substituímos o ingresso por leite e doamos<br />
à arquidiocese. Nossa casa sempre<br />
esteve de portas abertas para as entidades<br />
do bem.<br />
“Nossa casa sempre<br />
estará de portas abertas<br />
para as entidades do<br />
bem.”<br />
Por que, na sua opinião, as pessoas não<br />
enxergam este lado humano do empresário<br />
Boca?<br />
Eu acho que é dor de cotovelo. A Ribeira<br />
de hoje não pode ser a de 10 anos<br />
passados. A cidade evoluiu, aqui é uma<br />
orla, nós não podemos fechar os olhos<br />
para a tradição da segunda-feira da Ribeira,<br />
que existe há mais de 50 anos. Então<br />
não podemos admitir que quatro ou<br />
cinco moradores queiram acabar com<br />
isso, eles não representam nem de longe<br />
a opinião da minha vizinhança.<br />
Os comentários que fazem a respeito<br />
da casa têm procedência?<br />
Não. Não têm, minha casa está toda<br />
documentada, toda dentro do padrão<br />
exigido pelos órgãos públicos de fi scalização.<br />
A casa tem tratamento acústi-<br />
04<br />
Boca: investimento<br />
milionário para fazer da Th e<br />
Best Beach uma das melhores<br />
casas de espetáculos da<br />
cidade.<br />
co, tem alvará sonoro, laudo técnico do<br />
Corpo de Bombeiros e da Sucom. Todos<br />
estes documentos estão em dia. E como<br />
se não bastasse, eu ainda mantenho a<br />
segurança externa da casa, que é paga<br />
para coordenar o trânsito e impedir que<br />
liguem o som de carro nas alturas. Mas<br />
infelizmente, em todo lugar tem oposição,<br />
têm aqueles que não querem entender<br />
que cheguei até aqui pela força do<br />
trabalho.<br />
Como é sua relação com os vizinhos?<br />
Se o lugar fosse desordenado, os primeiros<br />
a se manifestarem contra, seriam<br />
meus vizinhos, que poderiam fazer abaixo-assinado<br />
etc. Minha relação com eles<br />
é de muito respeito. Às vezes, os vizinhos<br />
trazem ao meu conhecimento problemas<br />
causados por pessoas que não entram na<br />
casa e criam tumulto do lado de fora, e<br />
esta situação é estimulada pelos ambulantes,<br />
que se instalaram nas proximidades<br />
da casa. Quando os órgãos públicos<br />
de fi scalização retirarem este grupo de<br />
ambulantes daqui, tudo vai melhorar,<br />
porque a segurança da casa está instruída<br />
para manter a ordem. Mas eu não posso<br />
fazer o papel do órgão público.<br />
Quantas pessoas o senhor emprega<br />
atualmente?<br />
Localizada estrategicamente na orla da Ribeira, a casa possui estrutura para receber<br />
grandes nomes da MPB.<br />
São 60 homens de paletó (receptivo)<br />
trabalhando como seguranças, 23 balconistas,<br />
que atendem aos vários bares da<br />
casa, oito a 10 na limpeza e empregamos<br />
ainda coordenadores e 12 pessoas nos<br />
caixas. Então, se colocarmos na ponta<br />
do lápis, sou responsável por mais de<br />
uma centena de empregos... aí vem um<br />
irresponsável incitar a população contra<br />
mim. E estes pais e mães de família, que<br />
dependem desses empregos, como é que<br />
fi cam?<br />
Em sua opinião, como fi caria o bairro<br />
da Ribeira sem a Th e Best Beach?<br />
Eu acho que a Ribeira iria morrer<br />
de vez, iria fi car mais apagada do que<br />
já está. Para você ter uma idéia do que<br />
representa uma casa de show como essa,<br />
um produtor que trabalha comigo foi ser<br />
atendido em um hospital da península e<br />
o médico, conhecido dele, duvidou que<br />
Vander Lee iria se apresentar na Ribeira.<br />
Quer dizer, ele não acredita que na Ribeira<br />
possam se apresentar grandes artistas.<br />
Há muita gente que só conheceu a Ribeira<br />
por causa das atrações que trazemos<br />
para cá. Eu acho que a Ribeira merece o<br />
melhor. Tanto que estamos conversando<br />
com Maria Gadu, Jorge Vercilo, com<br />
Paula Fernandes, com Wanessa da Mata,<br />
todos estes nomes fazem parte do nosso<br />
planejamento, que esperamos realizar.<br />
“Tenho planos de dar<br />
à The Best Beach uma<br />
estrutura de casa de<br />
espetáculos de primeiro<br />
mundo.”<br />
O senhor pretende fazer mais investimentos<br />
na casa?<br />
Claro, tenho planos de dar à Th e Best<br />
Beach uma estrutura de casa de espetáculos<br />
de primeiro mundo, vamos melhorar<br />
ainda mais o som, a iluminação, essas<br />
coisas... temos até uma matéria do jornal<br />
A Tarde, que classifi cou a Th e Best Beach<br />
como a única casa de espetáculos da<br />
cidade que preenche todos os requisitos,<br />
inclusive, acústica e segurança.<br />
Na foto, o empresário Boca em campanha<br />
da IBCM: solidariedade também faz parte<br />
do negócio.
Ponto de Vista<br />
Drª. Fabíola Mansur<br />
Equipe médica e funcionários da OFTALMODIAGNOSE: tolerância zero para as patologias da visão.<br />
OFTALMODIAGNOSE atende 700 pessoas no<br />
Dia Nacional de Combate ao Glaucoma<br />
DILTON SANTIAGO e THIANA CHAVES<br />
Fotos: MAILMA VASCONCELOS<br />
Instituído pela Lei Nº 10.456/02,<br />
o Dia Nacional de Combate ao<br />
Glaucoma, 26 de maio, é uma data<br />
propícia às refl exões sobre a doença e<br />
de como ela afeta a qualidade de vida<br />
de mais de 1,2 milhão de brasileiros,<br />
acometidos por este mal.<br />
O Hospital de Olhos OFTALMO-<br />
DIAGNOSE realizou, no último dia<br />
26 de maio, Dia Nacional de Combate<br />
ao Glaucoma, um mutirão de atendimento<br />
gratuito que benefi ciou cerca<br />
de 700 pessoas. A iniciativa faz parte<br />
do projeto de combate ao glaucoma,<br />
que visa alertar à população sobre as<br />
causas e as medidas de detecção da<br />
doença, que é quatro vezes mais freqüente<br />
na população negra e a primeira<br />
causa de cegueira irreversível em<br />
todo o mundo.<br />
De acordo com a vice-presidente<br />
da Sociedade de Oft almologia da<br />
Bahia (Sofb a) e integrante do Conselho<br />
Brasileiro de Oft almologia (CBO),<br />
a oft almologista Fabíola Mansur de<br />
Carvalho, o glaucoma é uma doença<br />
silenciosa e assintomática, que pode<br />
cegar. “É um inimigo oculto da visão<br />
que vai danifi cando o nervo óptico<br />
aos poucos, causando a perda lateral<br />
do campo visual. Quando a pessoa se<br />
dá conta, a visão central já está acometida.”<br />
A doença não tem cura, mas<br />
tem controle. “O que cega hoje é a<br />
desinformação e a falta de adesão ao<br />
tratamento. Com o diagnóstico precoce<br />
e o tratamento contínuo é possível<br />
evitar os danos causados pela doença”,<br />
alerta.<br />
Incidência<br />
De acordo com a oft almologista,<br />
05<br />
os negros têm mais chance de desenvolver<br />
a doença. Só para se ter uma<br />
ideia, dados da Organização Mundial<br />
de Saúde (OMS) revelam que a incidência<br />
de glaucoma entre a população<br />
é de 1% a 2%. Na Bahia, a incidência<br />
é muito superior, entre 4% e 5%. “Não<br />
temos ainda uma explicação para isso,<br />
mas é certo que os negros devem redobrar<br />
os cuidados”, alerta.<br />
A doença conta ainda com outros<br />
fatores de risco, como o aumento da<br />
pressão ocular, herança familiar e idade,<br />
já que é mais comum em pessoas<br />
acima de 40 anos. Devem fi car atentos,<br />
também, aqueles com alta miopia<br />
e diabetes.<br />
CEAPG<br />
Lançado em 20 de novembro de<br />
2010, Dia da Consciência Negra, O<br />
Centro de Atenção ao Paciente Glaucomatoso<br />
(CEAPG) é referência no<br />
SERVIÇO<br />
Para se cadastrar no programa, o paciente<br />
deve comparecer ao CEAPG portando<br />
o cartão do Sistema Único de Saúde<br />
(SUS). Os colírios também podem ser adquiridos<br />
no Centro de Referência Estadual<br />
para Assistência Oft almológica – CRE-<br />
OFT, que funciona no Hospital São Jorge<br />
(PAN-Roma), no Largo de Roma.<br />
Mais informações sobre os serviços<br />
e tratamentos oferecidos pela OFTAL-<br />
MODIAGNOSE através do site www.<br />
oft almodiagnose.com.br ou pelo telefone<br />
3183-8000. A clínica fi ca localizada<br />
na Avenida Adhemar de Barros, número<br />
422, em Ondina, próximo à UFBA e ao<br />
Jardim Zoológico.<br />
combate à doença e inova ao prestar<br />
atendimento integral ao paciente, cujo<br />
grande diferencial é a centralização<br />
do tratamento, desde a consulta com<br />
o oft almologista, até a distribuição<br />
gratuita dos colírios. O centro atende,<br />
em média, 1.500 pessoas por mês e<br />
conta com uma equipe médica de oito<br />
profi ssionais. “Um dos maiores problemas<br />
era a falta de adesão ao tratamento<br />
por causa do preço dos colírios<br />
para estabilizar a pressão ocular, que<br />
custam, em média, R$ 100, sendo que,<br />
na maioria dos casos, o paciente precisa<br />
utilizar mais de um colírio, que<br />
deverá ser gotejado de uma a três vezes<br />
ao dia. Com a distribuição gratuita<br />
fi cou mais fácil manter o paciente em<br />
tratamento”, explica a coordenadora<br />
do centro, Fabíola Mansur, que é também<br />
diretora médica da clínica OF-<br />
TALMODIAGNOSE, onde funciona<br />
o CEAPG.
DILTON SANTIAGO<br />
Fotos: RYCON<br />
ENTREVISTA<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
<strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> – O nome<br />
do senhor surgiu como pré- candidato<br />
pelo PSB à sucessão do prefeito<br />
João Henrique. Como andam as discussões<br />
em torno dos nomes dentro<br />
do partido, já que a senadora Lídice<br />
da Mata tem defendido o nome de<br />
João Jorge?<br />
Deputado Capitão Tadeu – Não<br />
existe o nome preferencial de João Jorge<br />
dentro do partido, pelo contrário,<br />
João Jorge se fi liou ao PSB não como<br />
candidato, mas para colaborar com o<br />
partido, para fortalecer o socialismo<br />
aqui na Bahia. Mas não há nenhuma<br />
condição de ser candidato. Neste momento,<br />
há uma decisão nacional que o<br />
PSB lançe candidato a prefeito de Salvador.<br />
O PSB tem vários nomes, tem<br />
o de Lídice da Mata, tem o do capitão<br />
Tadeu, o de Domingos Leonelli, o<br />
que o partido vai fazer é discutir por<br />
exemplo, no caso de Lídice, que é um<br />
grande nome, se vale à pena, politicamente,<br />
abrir mão de tê-la no senado<br />
ou indicá-la para ser prefeita de Salvador.<br />
É uma discussão que vai ter que<br />
haver. Até agora, como pré-candidato,<br />
só há a indicação do meu nome, que<br />
foi lançado pela ala jovem do PSB.<br />
Então outros nomes devem surgir, e é<br />
bom que surjam para fortalecer o debate<br />
de ideias dentro do partido.<br />
<strong>Folha</strong> – Em recente pesquisa para<br />
prefeito de Salvador aparece o deputado<br />
ACM Neto na preferência<br />
do eleitorado. Esse “resultado” demonstra<br />
a insatisfação da população<br />
com o atual modelo político, seja<br />
municipal ou estadual?<br />
DCT – Não. Na última eleição,<br />
este nome também largou na frente<br />
e acabou em terceiro lugar. Isso aí é<br />
uma questão de herança familiar, representada<br />
pelos votos cativos de seu<br />
Deputado Estadual Capitão Tadeu:<br />
É preciso ouvir a população<br />
Antonio Tadeu Nascimento Fernandes, o CAPITÃO TADEU, nascido em 21 de maio de 1961, nos Dendezeiros, bairro da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong>, em Salvador. Aos 10 anos, mudou-se para a Boa Viagem, residindo também no bairro de Roma. O deputado Capitão Tadeu<br />
é conhecido pelo seu perfi l inquieto, irreverente, contestador e polêmico. A vida política do Capitão Tadeu começou em 1996,<br />
elegendo-se vereador pelo PSD aos 35 anos, quando não mais suportava as perseguições dentro da Polícia Militar, perpetradas por<br />
aliados de Antonio Carlos Magalhães, em razão do movimento de 11 ofi ciais da PM, em 1992, por melhores salários. Hoje exercendo<br />
o cargo de deputado estadual pelo PSD, Tadeu é pré-candidato à sucessão do prefeito João Henrique.<br />
O deputado Capitão Tadeu acredita que seus projetos devolverão aos baianos a alegria<br />
de morar em uma das mais belas capitais do país.<br />
avô, o ACM, que são transferidos para<br />
o neto.<br />
<strong>Folha</strong> – Aliás, a pesquisa não citou<br />
o nome do senhor. Isso sugere<br />
falta de credibilidade por parte do<br />
instituto?<br />
DCT – Não. Porque é um instituto<br />
novo, não detém ainda a expertise política<br />
de Salvador, e não tinha conhecimento<br />
do meu nome como pré-candidato.<br />
De qualquer forma, pesquisa<br />
neste momento não diz nada, pelo<br />
fato de que 56% da população ainda<br />
não defi niram o seu voto, os 44%<br />
que declararam o voto, podem, até a<br />
eleição, mudar de opinião, de modo<br />
que pesquisa agora não diz nada. Na<br />
6<br />
última campanha para prefeito, João<br />
Henrique era o último colocado, com<br />
um índice de rejeição de mais de 60%,<br />
e terminou ganhando a eleição. Portanto,<br />
pesquisa de início não quer dizer<br />
nada.<br />
<strong>Folha</strong> – Como o senhor vê a declaração<br />
do vice-prefeito Edvaldo<br />
Brito, que a prefeitura enfrenta uma<br />
crise de gestão, causada pela falta de<br />
planejamento, o que ele denominanou<br />
de “bagunça generalizada”?<br />
DCT – Ele está sentindo na pele o<br />
que eu sentia quando exerci o mandato<br />
de vereador. O prefeito oscila muito,<br />
administrativamente e politicamente,<br />
é so ver a quantidade de secretários<br />
que já passaram pelo seu governo. A<br />
Transalvador, por exemplo, chegou a<br />
ter dirigentes lá por 15 dias, isso gera<br />
realmente um problema administrativo<br />
muito grave.<br />
<strong>Folha</strong> – Como o senhor avalia o<br />
governo João Henrique?<br />
DCT – Eu não avalio bem, não. Eu<br />
acho que falta uma continuidade política<br />
e administrativa a João Henrique,<br />
que já passou por três partidos nessa<br />
gestão dele, e em cada partido que ele<br />
se fi lia, acontece uma renovação nos<br />
quadros políticos e administrativos da<br />
prefeitura e isso não é bom para a cidade.<br />
Há um desequilíbrio muito grave<br />
na administração de Salvador.<br />
<strong>Folha</strong> – A região da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />
carece de obras estruturantes, assim<br />
como toda Salvador. Há obras de<br />
responsabilidade da Conder e outras<br />
da prefeitura, algumas, que já<br />
deveriam estar concluídas, estão paradas<br />
há quase um ano, outras, nem<br />
começaram. Qual a sua opinião a<br />
esse respeito?<br />
DCT – Essa questão da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong> é fruto dessa desorganização<br />
administrativa que o vice-prefeito<br />
denunciou. Tenho um carinho muito<br />
grande pela <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, é o lugar<br />
onde passei toda minha infância. Eu<br />
morei na Boa Viagem e também no<br />
Largo de Roma. Hoje, quando visito a<br />
<strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, fi co muito triste em ver<br />
o que está acontecendo lá. A <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong> é uma região de características<br />
culturais, ela emana cultura, então...<br />
além de obras, tem que se investir em<br />
ações culturais para dinamizar o comércio<br />
da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, dinamizar<br />
o lado social, a redução da violência<br />
através da cultura e esporte, que são<br />
duas tendências naturais dessa importante<br />
região da cidade.<br />
<strong>Folha</strong> – As fi nanças da prefeitura,<br />
como todos sabem, não são boas.
Como o senhor mudaria esse quadro<br />
de iminente falência se chegasse ao<br />
Palácio Tomé de Souza?<br />
DCT – Administrar melhor os recursos<br />
públicos, evitar desperdícios,<br />
evitar corrupção e estabelecer prioridades.<br />
Tem que gerir melhor os recursos,<br />
não adianta enganar a população,<br />
prometendo milhares de coisas. Salvador<br />
tem muitas carências e não tem<br />
como resolver tudo em quatro anos,<br />
então temos que ser honestos e admitir<br />
isso, é preciso ouvir a população<br />
quanto as suas prioridades, tem que se<br />
fazer uma gestão participativa.<br />
<strong>Folha</strong> – Por falar em gestão participativa,<br />
diversas associações de<br />
moradores reclamam que não foram<br />
ouvidas quanto ao destino a ser dado<br />
à área da antiga fábrica Barreto de<br />
Araujo, situada no bairro da Ribeira.<br />
Segundo o secretário João Leão,<br />
naquele espaço deverá ser construída<br />
uma praça. A <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> tem<br />
muitas praças, inclusive algumas<br />
completamente abandonadas. Não<br />
seria o momento de aproveitar a<br />
Copa do Mundo e erguer ali um centro<br />
esportivo?<br />
DCT – Nós temos um projeto de<br />
estabelecer bases comunitárias de es-<br />
porte, lazer e cultura em cada comunidade<br />
de Salvador. Aquela área seria<br />
um belo local para o desenvolvimento<br />
desse nosso projeto, com isso você tira<br />
os jovens da ociosidade e do caminho<br />
das drogas. Muitas crianças e jovens<br />
seriam ali revelados atletas de potencial<br />
olímpico. Um Centro Esportivo é<br />
uma excelente alternativa.<br />
<strong>Folha</strong> – O governador Jaques<br />
Wagner expressou a ideia de retirar<br />
da região do Iguatemi, a Rodoviária<br />
e o Detran, transferindo a Rodoviária<br />
para as proximidades de Simões<br />
Filho. O senhor concorda?<br />
DCT – Retirar a Rodoviária e o<br />
Detran da região do Iguatemi, eu concordo.<br />
Não concordo que seja levada<br />
para uma área fora de Salvador. Isto<br />
reduziria a arrecadação do município,<br />
uma Rodoviária gera muito imposto<br />
com circulação de serviços, com diárias<br />
de estacionamento, impostos de<br />
empresas e esta receita para o município<br />
não pode se perder com relação<br />
a isso. Ademais, quando o cidadão<br />
de Salvador tivesse que viajar, ele teria<br />
que se deslocar para Simões Filho.<br />
Portanto, a ideia de transferir a Rodoviária<br />
para fora do município eu não<br />
vou concordar.<br />
<strong>Folha</strong> – Na última semana, houve<br />
tiroteio e morte envolvendo o tráfi co<br />
de drogas na região do Pelourinho.<br />
Como o senhor vê um fato como este<br />
ocorrendo em uma área de turismo<br />
tão importante para a Bahia?<br />
DCT – Lamentável, isto é um fato<br />
que afasta o turista, desemprega pessoas<br />
e, consequentemente, reduz a<br />
receita do governo, e isso não é bom<br />
para nossa sociedade, mas também é<br />
consequência do que venho combatendo<br />
há muito tempo, que é a falta de<br />
projetos de políticas públicas para a<br />
segurança pública, apesar do Pelourinho<br />
ter uma grande atenção do governo<br />
do estado, relacionado à segurança<br />
pública, ainda deixa a desejar. Aliás,<br />
Em seu gabinete, o deputado concilia os trabalhos legislativos com o desafi o de pré-candidato<br />
à sucessão municipal.<br />
este é um fato que vem ocorrendo na<br />
Bahia inteira. Hoje, o governo está<br />
lançando um projeto chamado Pacto<br />
Pela Vida. Eu critiquei que o governo<br />
não tinha projetos nessa área, e agora<br />
apresenta um. Estou confi ante, conheci<br />
o projeto que pode melhorar em<br />
algumas questões pontuais, mas é um<br />
caminho. Agora, o resultado disso só<br />
virá a médio e longo prazos.<br />
<strong>Folha</strong> – Esse projeto é um resultado<br />
positivo das mudanças que o<br />
governo implantou na cúpula da Segurança<br />
Pública, Deputado?<br />
DCT – O Projeto Pacto Pela Vida<br />
já existe em Pernambuco, há quatro<br />
anos, com bons resultados. Então, na<br />
realidade, a Bahia está copiando uma<br />
7<br />
iniciativa do governo pernambucano,<br />
é uma coisa que já era para ter sido feita<br />
há muito tempo. O projeto existia,<br />
o governo é que não quis implantar.<br />
Com a implantação do projeto agora,<br />
demandava uma nova cúpula, aí o governo<br />
acertou, tanto no projeto quanto<br />
na equipe.<br />
<strong>Folha</strong> – Este modelo parece ter<br />
funcionado no Rio de Janeiro. O senhor<br />
acha que apresentará resultados<br />
positivos aqui na Bahia?<br />
DCT – Com certeza trará sucesso.<br />
Parabenizei o governo por isso, agora,<br />
trará sucesso onde estiver implantada.<br />
Este modelo não se sustenta em todos<br />
os bairros, só será implantado nos<br />
bairros com altos índices de violência,<br />
e nos bairros onde não for implantado?<br />
E se essa violência migrar para<br />
outros bairros, qual o plano B para os<br />
bairros que não têm UPP?<br />
<strong>Folha</strong> – Em relação à PEC 300,<br />
que estabelece um piso nacional<br />
para os policiais militares, cuja discussão<br />
gira em torno de R$ 3.500. O<br />
senhor como representante da categoria<br />
acha que o governo tem condições<br />
de bancar este valor, caso a<br />
proposta fosse aprovada?<br />
DCT – A proposta da PEC 300 é<br />
criar um Fundo Nacional de Segurança<br />
Pública para complementar o custeio<br />
nos estados. Os estados não precisariam<br />
arcar com nenhuma despesa<br />
extra, porque a ideia é que o governo<br />
federal banque essa complementação,<br />
assim como vem fazendo com as polícias<br />
Civil e Militar do Distrito Federal.<br />
<strong>Folha</strong> – O que o senhor acha da<br />
declaração do secretário João Leão,<br />
ao afi rmar que a prefeitura implantará<br />
o modal de transporte que o governador<br />
estabelecer, sendo VLT ou<br />
BRT?<br />
DCT – Eu particularmente acho<br />
que seria um retrocesso muito grande<br />
a adoção do BRT, inclusive este modelo<br />
não atende mais as necessidades de<br />
Curitiba. Lá, este modelo já se esgotou.<br />
Acho que não atenderia as nossas<br />
necessidades atuais<br />
<strong>Folha</strong> – Qual o balanço que o senhor<br />
faz do governo Dilma?<br />
DCT – Aos cinco meses de governo,<br />
eu acho que ela começou bem,<br />
muito séria, muito fi rme. Mas já está<br />
na hora de implantar o projeto de governo,<br />
porque a Copa exige urgência.<br />
Na área política, o que está acontecendo<br />
já era previsto. A relação dela com<br />
o Congresso não é boa. Ela não sabe<br />
lidar com os parlamentares, ela trata<br />
os parlamentares de uma forma muito<br />
seca, ela não deve subestimar o parlamento.<br />
<strong>Folha</strong> – O senhor foi o único parlamentar<br />
da base aliada do governo a<br />
votar contra o Projeto de Lei 19.100.<br />
Por que o senhor julgou as mudan-<br />
ças do projeto de inconstitucional?<br />
DCT – Ali foi uma questão curiosa.<br />
Eu apresentei uma emenda de independência<br />
do Corpo de Bombeiros<br />
da Polícia Militar, buscando o melhor<br />
para o Corpo de Bombeiros, e outra<br />
emenda transferindo o Detran da Secretaria<br />
da Administração para a Secretaria<br />
da Segurança Pública, para<br />
que o Detran, por lei, operacionalizasse<br />
ajuda no combate à violência, no<br />
viés do uso do automóvel, e apresentei<br />
outra emenda para criar a Delegacia<br />
de Delitos de Trânsito. Hoje, a impunidade<br />
no trânsito é muito grande.<br />
O deputado relator negou as minhas<br />
emendas, argumentando que deputado<br />
não pode fazer emendas sobre esses<br />
temas, o que seria inconstitucional.<br />
Logo no parágrafo seguinte, o relator<br />
transfere a TV Educativa, da Secretaria<br />
da Cultura para o IRDEB, então,<br />
como é que se considera inconstitucional<br />
o meu projeto, e constitucional<br />
esse outro? Quem apresentou ali foi o<br />
deputado relator, que não tem prerrogativas<br />
constitucionais em relação a<br />
mim. Não tem como eu aprovar um<br />
projeto que era inconstitucional para<br />
mim e não é para outro deputado. É<br />
uma questão de coerência.<br />
<strong>Folha</strong> – Essa diferença de pensamento<br />
não deixa arestas?<br />
DCT – É possível que surjam<br />
arestas sim, é possível que incomode<br />
alguém do governo. Mas os poderes<br />
devem ser harmônicos e independentes,<br />
está na Constituição. O deputado<br />
não está aqui para cumprir ordens de<br />
governador. O deputado deve agir de<br />
acordo com sua consciência, eu colaboro<br />
com o governo em tudo que for<br />
bom para o povo. Agora, aquilo que<br />
não for, eu não tenho que ser obrigado<br />
a concordar.<br />
<strong>Folha</strong> – O senhor acha que pode<br />
acontecer retaliações?<br />
DCT – Não acredito que possam<br />
vir retaliações. O governador Wagner<br />
é um democrata. Mas se vier, eu não<br />
tenho nada a perder com isso. Tem a<br />
perder quem pratica a retaliação, que<br />
vai virar um governo ditatorial, o que<br />
eu não acredito. Mas se vier, eu não tenho<br />
problema nenhum em enfrentar<br />
retaliações.<br />
<strong>Folha</strong> – Que mensagem o senhor<br />
deixaria para a população, caso ela<br />
optasse pelo seu projeto político?<br />
DCT – Sou pré-candidato à sucessão<br />
municipal, para fazer de Salvador<br />
uma cidade mais humana e menos<br />
violenta. Para devolver aos soteropolitanos<br />
a sua cidade, a Salvador da alegria.<br />
E não farei isso a qualquer preço,<br />
me corrompendo, farei o melhor com<br />
o coração limpo, e revelando para a<br />
sociedade que Salvador tem jeito. É o<br />
que espero mostrar através dos meus<br />
projetos.<br />
“Além de obras, tem que se investir em ações culturais para dinamizar o comércio da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong>, dinamizar o lado social, a redução da violência através da cultura e esporte.”
BAIRROS<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
Prefeitura abre diálogo através da ouvidoria, moradores reagem:<br />
“A GENTE JÁ NÃO<br />
AGUENTA MAIS”<br />
8
A<br />
reunião promovida pela ouvidoria<br />
municipal permitiu que os moradores<br />
declarassem suas principais<br />
queixas, tais como saneamento básico e<br />
alagamentos (falta de macro-drenagem),<br />
incômodo das obras no entorno, ausência<br />
de estímulo à arte para os jovens da região,<br />
poluição sonora, defi ciências na saúde,<br />
segurança pública, entre outras. Participaram<br />
o ouvidor geral Humberto Viana, o<br />
gestor do Sistema Integrado de Atendimento<br />
Regional (Siga), Elney Pitangueira de<br />
Andrade e Francisco de Assis, da Central<br />
de Planejamento e Acompanhamento das<br />
Ações de Descentralização Administrativa<br />
(CEPAD). Além de diversas representações<br />
comunitárias da região da Península e<br />
Subúrbio Ferroviário.<br />
9<br />
Polêmica<br />
Por Luciana Zacarias<br />
Toda <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> convive com<br />
problemas crônicos, como falta de<br />
acessibilidade, limpeza, transporte<br />
público inefi ciente e carência em<br />
infraestrutura.<br />
Moradores da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />
reuniram-se com representantes da<br />
Ouvidoria Geral do Município de<br />
Salvador no último dia 10, no auditório<br />
do Colégio Estadual Costa<br />
e Silva, com o objetivo de discutir<br />
ações de melhoria para a Península<br />
Itapagipana.<br />
A reunião técnica permitiu que<br />
os moradores declarassem suas<br />
principais queixas, tais como saneamento<br />
básico e alagamentos<br />
(falta de macro-drenagem), incômodo<br />
das obras no entorno, ausência<br />
de estímulo à arte para os<br />
jovens da região, poluição sonora,<br />
defi ciências na saúde, segurança<br />
pública, entre outras. Para compor<br />
a mesa, participaram o ouvidor geral<br />
Humberto Viana, o gestor do<br />
Sistema Integrado de Atendimento<br />
Regional (Siga), Elney Pitangueira<br />
de Andrade e Francisco de<br />
Assis, da Central de Planejamento<br />
e Acompanhamento das Ações de<br />
Descentralização Administrativa<br />
(CEPAD).<br />
Para a líder comunitária<br />
Gildete Silva, um dos principais<br />
transtornos é a falta de avisos à<br />
população em casos de obras. Segundo<br />
ela, situações como essa já<br />
foram causa até mesmo de mortes<br />
na região. “Os moradores não são<br />
consultados”, afi rma.<br />
O morador Raimundo Nascimento<br />
chama atenção para a urgência<br />
da necessidade em realizar<br />
Representantes de diversas Associações de Moradores, discutiram os principais problemas da península e Subúrbio Ferroviário.<br />
macro-drenagem em áreas como<br />
a <strong>Baixa</strong> do Petróleo, Mangueira,<br />
<strong>Baixa</strong> do Fiscal e ruas do Uruguai.<br />
“Não existe na região área de descarte<br />
de entulho. Além disso, é<br />
preciso também cuidar de áreas<br />
vizinhas como o Lobato, que está<br />
intimamente ligado aos problemas<br />
da Ribeira”, acredita.<br />
Figura atuante da <strong>Cidade</strong><br />
<strong>Baixa</strong>, Jorge Souza ou “Jorginho do<br />
Reggae”, do Grupo Cultural Samba<br />
Terra, também fez suas considerações.<br />
“Por que não transformar os<br />
prédios abandonados em ofi cinas<br />
de arte?”, alude para a importância<br />
no combate às drogas, fl agelo<br />
que atinge, sobretudo, o segmento<br />
jovem. Ainda em pequena escala,<br />
ideias como a do músico já vêm<br />
sendo pauta de discussão do governo,<br />
que investirá na instalação<br />
física da Associação Fábrica Cultural,<br />
da cantora Margareth Menezes,<br />
a ser sediado no antigo prédio da<br />
fábrica Barreto de Araújo.<br />
“Infelizmente, temos no Brasil<br />
a cultura da não-resposta. Precisamos<br />
da participação popular para<br />
legitimar o exercício da cidadania.<br />
Esse contato não acaba aqui. A população<br />
precisa cobrar”, concluiu<br />
Humberto Viana. Sua afi rmação<br />
foi uma resposta à justifi cativa dos<br />
moradores sobre a pequena participação<br />
popular na ocasião, que,<br />
segundo eles, deve-se à descrença<br />
das promessas do governo e falta<br />
de retorno. Segundo Reginaldo de<br />
Souza, gestor da Associação Benefi<br />
cente e Democrática de Alagados<br />
e Itapagipe (Abdai), já foram realizados<br />
abaixo-assinados com até<br />
2 mil pessoas, para resolver questões<br />
como o alagamento da região,<br />
sem resultado. “Se continuar dessa<br />
forma, não vai para lugar nenhum”,<br />
disse.<br />
De acordo a Assessoria de Comunicação<br />
da Conder, as obras na<br />
Ribeira foram paralisadas devido<br />
à necessidade de realizar adequações<br />
no projeto de revitalização,<br />
que foram apresentadas pela prefeitura<br />
municipal e que estão sendo<br />
analisadas pela Caixa Econômica<br />
Federal. Após a aprovação das adequações<br />
no projeto pela Caixa Econômica<br />
Federal e a retomada das<br />
obras, será elaborado um novo cronograma<br />
que estabelecerá o prazo<br />
de conclusão”.
ACONTECE<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
Multa para quem jogar entulho na rua<br />
Com o apoio de 10 viaturas da<br />
Guarda Municipal circulando por<br />
toda a cidade para identifi car e autuar<br />
cidadãos que descartam entulho<br />
irregularmente pelas ruas, aprefeitura,<br />
juntamente com a Limpurb,<br />
deu início à campanha Ação <strong>Cidade</strong><br />
Limpa que, segundo o prefeito João<br />
Henrique, está voltada para despertar<br />
a consciência ambiental da população:<br />
“Promoveremos faxinaços<br />
Marca Irmã Dulce é usada para<br />
dar força a produtos e instituições<br />
A marca Irmã Dulce rende, e<br />
muito, para quem usa o seu nome<br />
para abençoar o negócio. De farmácias<br />
a escolas de enfermagem,<br />
passando por pães e panetones, a<br />
marca Irmã Dulce agrega valor aos<br />
produtos. Segundo catalogação das<br />
Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), até<br />
2006, quase 60 instituições públicas<br />
e privadas do Brasil fi zeram registro<br />
com o nome da religiosa. Como nem<br />
sempre o uso da marca é autorizado<br />
pelas Osid, a instituição contratou<br />
uma empresa de auditoria, que já<br />
notifi cou 15 empresas que usaram<br />
A prefeitura está de<br />
olho em quem joga lixo<br />
nas ruas da cidade,<br />
fi scais estarão se revezando<br />
para assegurar<br />
calçadas livre de entulho,<br />
e avisa: a multa é<br />
pesada.<br />
indevidamente o nome da freira<br />
baiana. Até um Centro Espírita, em<br />
Goiânia, tentou se registrar com o<br />
nome de Irmã Dulce. O empresário<br />
Severino Rodrigues da Silva, dono<br />
da rede de farmácias Irmã Dulce,<br />
que começou com uma única loja e<br />
hoje tem mais de 40 pontos de venda<br />
no Rio Grande do Norte, chegou<br />
a ser processado pelas Osid, pelo<br />
uso do nome da religiosa. Severino<br />
ganhou o primeiro processo pois a<br />
Justiça, segundo ele, não considerou<br />
que havia confronto com os projetos<br />
sociais da freira. (Correio)<br />
10<br />
em várias áreas da cidade, realizaremos<br />
campanhas educativas nas residências<br />
e nas escolas, ao tempo que<br />
intensifi caremos a fi scalização com<br />
aplicabilidade de multas”, esclareceu.<br />
João Henrique enfatizou também<br />
que este é mais um passo no<br />
sentido de promover a organização<br />
da cidade, assegurando a melhoria<br />
da qualidade de vida dos soteropolitanos<br />
e bem-estar dos turistas.<br />
Dr. Onésio,<br />
Comprei um eletrodoméstico<br />
para presentear minha mãe, na loja<br />
Ricardoeletro. Não testaram o liquidifi<br />
cador no momento da compra e,<br />
ao chegar em casa, o equipamento<br />
não funcionou. No comprovante fi scal,<br />
emitido pela loja, consta um carimbo<br />
dizendo que a troca só pode<br />
ser feita até 48 horas após a compra.<br />
Isso está certo?<br />
Antonio de Jesus<br />
Morador da Massaranduba<br />
RESPOSTA<br />
Caro leitor, no caso de produtos<br />
duráveis, a exemplo de eletrodomésticos,<br />
o Código de Defesa do Consumidor<br />
não obriga ao fornecedor a trocar<br />
o produto, somente exige que efetue<br />
o seu conserto no prazo máximo de<br />
30 dias pelo fabricante. Como a loja,<br />
ainda assim, concedeu um prazo de<br />
48 horas para efetuar a troca, tal prazo<br />
deve ser obedecido. Se no prazo de 30<br />
dias não houver o reparo, o consumidor<br />
poderá exigir a troca do produto,<br />
a devolução da quantia paga ou o abatimento<br />
do preço.<br />
O prazo para reclamar o defeito de<br />
SERVIÇO<br />
1.800 toneladas de entulhos/mês são<br />
descartadas de forma inadequada, em<br />
vários bairros da cidade.<br />
R$ 43,19 até R$ 1.261,17 são os valores<br />
da multa aplicada a quem for pego<br />
descartando entulho nas ruas.<br />
ONDE DENUNCIAR<br />
Limpurb:<br />
Tel: 31865000/3186-5112 ou 3186-5113<br />
Ouvidoria Geral do Município (OGM)<br />
Tel: 156<br />
onesimo@folhadacidadebaixa.com.br<br />
Seus Direitos<br />
Dr. Onésimo Mendes – OAB/BA 24.188<br />
um produto é de 90 dias, em caso de<br />
produtos duráveis, e de 30, dias para<br />
bens não -duráveis. O seu eletrodoméstico<br />
confi gura-se como produto<br />
durável e, portanto, o CDC prevê 90<br />
dias para reclamação deste defeito.<br />
O CDC informa ainda, que, em<br />
caso de defeito oculto, a contagem<br />
deste prazo se inicia no momento da<br />
sua constatação. Se o estabelecimento<br />
comercial negar-se a atender seu direito,<br />
poderás procurar o Procon.<br />
Se ainda assim não for resolvido,<br />
você poderá mover uma ação judicial<br />
contra o estabelecimento que comercializou<br />
o eletrodoméstico. Para isso,<br />
existem os Juizados Especiais de Defesa<br />
do Consumidor que permitem o<br />
acesso à Justiça sem nenhum custo ao<br />
cidadão, além de dispensar a fi gura do<br />
advogado, se o valor da causa não ultrapassar<br />
20 salários mínimos.<br />
Uma vez ajuizada essa ação, você<br />
sairá do órgão judicial com a audiência<br />
de conciliação pré-agendada.<br />
Lembrando ainda que, se o produto<br />
for comprado fora do estabelecimento<br />
comercial, a exemplo da internet, será<br />
possível a devolução da mercadoria<br />
em até 7 dias, se não for do seu agrado,<br />
sem precisar dar qualquer tipo de<br />
explicação para o fornecedor.
Oi, eu sou Margareth Menezes,<br />
cantora e compositora.<br />
A partir de hoje, começo a<br />
escrever para a nossa <strong>Folha</strong><br />
da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, o que me deixa muito<br />
feliz! Como é meu primeiro texto,<br />
fi quei pensando no que poderia falar<br />
para inaugurar nosso espaço. Depois<br />
de pensar bastante, resolvi escolher<br />
um tema que é um marco de importância<br />
na vida da gente que mora na<br />
Península: a beatifi cação de Irmã Dulce.<br />
Muita gente pode não concordar<br />
- até porque, pessoas de todos os credos<br />
leem o jornal –, mas, na realidade,<br />
a beatifi cação da nossa Irmã Dulce<br />
signifi ca o reconhecimento de uma<br />
missão diferenciada, independente de<br />
religião. Ela foi de uma conduta humanitária<br />
sem precedentes.<br />
É muito forte a história de uma<br />
pessoa que se dispôs a sair pelas ruas<br />
acolhendo doentes para tratar sem<br />
ao menos ser médica, sem ter onde<br />
abrigar essas pessoas, contando somente<br />
com fé inabalável em Deus e a<br />
perseverança em fazer o bem. Ela começou<br />
assim e conseguiu atingir um<br />
trabalho de proporções magnânimas -<br />
como hoje são as Obras Assistenciais<br />
de Irmã Dulce (OSID). Só nos resta<br />
reconhecer essa pessoa como ben-<br />
Registro<br />
Audiência Pública reúne as senadoras<br />
Marta Suplicy e Lídice da Mata<br />
Realizada em Salvador,<br />
no dia 27 de maio, no Centro<br />
Cultural Da Câmara<br />
Municipal, a audiência pública<br />
“As Mulheres e a Reforma<br />
Política” promovida<br />
pela Comissão de Constituição<br />
e Justiça do Senado<br />
(CCJ), contou com a presença<br />
das senadoras Lídice<br />
da Mata (PSB-BA) e Marta<br />
Suplicy (PT-SP). A audiência<br />
serviu para discutir<br />
magazine@folhadacidadebaixa.com.br<br />
nbhbzine<br />
Margareth Menezes<br />
dita e cumpridora da maior palavra<br />
de amor, independente de religião: o<br />
amor ao próximo.<br />
Imagino como nós somos pequenos<br />
diante de pessoas que têm essa<br />
força, esse desprendimento, esse amor<br />
verdadeiro. Para fazer qualquer mudança<br />
na vida é preciso compartilhar.<br />
Por isso precisamos do outro; não<br />
podemos viver sozinhos. Nenhum de<br />
nós cresceu sem contar com alguém<br />
que nos alimentasse e cuidasse. Sempre<br />
estamos precisando do outro. Primeiro,<br />
nossos pais nos dão a vida e<br />
participam da nossa criação. Depois,<br />
nossos professores e primeiros empregadores<br />
nos dão oportunidades<br />
e lições... Também uma pessoa para<br />
viver junto, nossos amigos para rir,<br />
para chorar e para nos ajudar a crescer<br />
como seres humanos.<br />
Ao longo desses processos da vida,<br />
estamos sempre em contato com o<br />
outro, e, no fi m de tudo, – até na hora<br />
de morrer – precisamos que enterrem<br />
nosso corpo. Então, é bom a gente<br />
aprender o valor do amor ao próximo,<br />
principalmente dos que estão mais<br />
junto de nós. E Irmã Dulce estava<br />
aqui, bem juntinho da gente, salvando<br />
vidas e trazendo forças aos mais necessitados,<br />
sem pedir nada em troca.<br />
Muito obrigada, Irmã Dulce.<br />
os desafios de ampliar a<br />
participação das mulheres<br />
em cargos eletivos, como<br />
deseja a presidente Dilma<br />
Roussef, além de evidenciar<br />
o papel das mulheres dentro<br />
do universo político no<br />
Brasil de hoje. Em plenário<br />
completamente lotado, o<br />
evento contou com a participação<br />
das comissões de<br />
Defesa dos Direitos da Mulher<br />
da Assembleia Legis-<br />
lativa da Bahia e da Câmara<br />
Municipal de Salvador,<br />
além de representantes do<br />
Poder Judiciário e dos Movimentos<br />
de Mulheres da<br />
Bahia. Também estiveram<br />
presentes ao evento a deputada<br />
federal Alice Portugal<br />
(PC do B-BA), a prefeita de<br />
Lauro de Freitas, Moema<br />
Gramacho,e a deputada estadual<br />
Luiza Maia, dentre<br />
outras autoridades.<br />
11<br />
Jau comanda a festa de aniversário<br />
de um ano da The Best Beach<br />
Parece que foi ontem que a linda<br />
praia da Ribeira recebia a então badalada<br />
casa de show Th e Best Beach.<br />
No próximo mês de junho a Th e Best<br />
Bach completa um ano de existência<br />
e vai comemorar a data em grande<br />
estilo. Quem comanda a diversão da<br />
festa é o cantor Jau. Autêntico e com<br />
um repertório que agrada a todas as<br />
faixas etárias, Jau garante embalar<br />
a galera ao som de uma seleção de<br />
músicas que marcaram a sua carreira,<br />
a exemplo de “<strong>Cidade</strong> dos Poetas”,<br />
“Flores da Favela” e “Sandália<br />
de Coro”. Os sucessos recentes também<br />
farão parte da apresentação que<br />
contará ainda com a participação de<br />
convidados especiais. O evento que<br />
está programado para iniciar às 21h<br />
será realizado no dia 09/07.<br />
Serviço<br />
O Quê: JAU Comemorando o<br />
aniversário de 1º ano da Th e Best<br />
Beach<br />
Atrações: Jau e convidados<br />
Valores: R$ 40 pista e R$ 70<br />
camarote<br />
Horário: A partir das 21h<br />
Informações: (71) 3494-7226<br />
Vendas no Local, Pida e Ticketmix<br />
Senadora Marta Suplicy durante encontro em Salvador.
ESPORTES<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
A<br />
abertura ofi cial da 1ª Etapa teve o<br />
hasteamento das bandeiras com a<br />
participação da Banda Musical da<br />
Marinha do Brasil, tocando o Hino Nacional<br />
na presença dos atletas, treinadores,<br />
dirigentes e um grande público que lotou<br />
a enseada para torcer por seus atletas. A<br />
disputa aconteceu na Ribeira, ao longo<br />
da Avenida Porto dos Tainheiros, com<br />
largada na Penha. Teve a participação de<br />
quatro clubes: São Salvador, Esporte Clube<br />
Vitória, Clube de Regatas Itapagipe e<br />
Esporte Clube Santa Cruz. Mais de 100<br />
atletas, em diversas categorias, fi zeram<br />
verdadeiros pegas no mar da Enseada dos<br />
Tainheiros, a mais antiga raia olímpica<br />
do Brasil. O campeonato de remo conta<br />
com cinco regatas anuais com pontuação<br />
cumulativa. No fi nal do ano, quem tiver<br />
a maior pontuação, é o Campeão Baiano.<br />
Remadoras brigam e Vitória perde<br />
O Vitória, que ganhou todos os títulos<br />
do Estadual de remo durante os últimos<br />
nove anos, acabou surpreendido por uma<br />
briga entre as suas próprias remadoras<br />
Jéssica dos Santos e Letícia de Souza, que<br />
culparam uma à outra pela dianteira da<br />
embarcação adversária, onde remavam<br />
Marilene e Bethânia, na disputa da prova<br />
Double skiff . Ao chegarem na areia, as<br />
duas se agrediram, fato lamentável que<br />
levou a comissão julgadora a desclassifi -<br />
car as duas atletas rubro negras. Assim, o<br />
São Salvador levou o título da 1ª Regata,<br />
restando ao Vitória amargar um segundo<br />
lugar na competição.<br />
Para a professora de educação física e<br />
mãe de três fi lhos, com idade de nove, 11<br />
e 18 anos, Bethânia Martins, de 39 anos e<br />
atleta do clube São Salvador, a etapa serviu<br />
de treino preparativo para XVI Copa<br />
Norte e Nordeste de Remo, que acontece<br />
no dia 29 de maio, na cidade de Vitória,<br />
no Espírito Santo.<br />
Várias autoridades prestigiaram o<br />
evento, com destaque para o Secretário<br />
do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte,<br />
Nilton Vasconcelos, que representou o<br />
1ª ETAPA DO CAMPEONATO BAIANO DE REMO 2011<br />
São Salvador vence e mantém a ponta<br />
RESULTADO<br />
Beleza e força marcaram a vitória feminina da equipe alvi-verde do São Salvador.<br />
governador Jaques Wagner, o deputado<br />
estadual Capitão Tadeu, o presidente da<br />
Federação Baiana de Remo, Adroaldo<br />
Mendonça Júnior, além da presença de<br />
jornalistas, vereadores, radialistas e o empresariado<br />
local.<br />
SÃO SALVADOR<br />
Venceu o 4 COM Sub-23, SEM Júnior, 2 com Principiante, 4 SEM Júnior, 2 com principiante, 2<br />
SEM Júnior e Double Skiff Feminino Sênior; foi vice no Double Sênior Júnior, Skiff Feminino<br />
principiante, Skiff Sub-23, Four Skiff Sênior e 8 COM<br />
VITÓRIA<br />
Venceu o Double Sênior, Skiff Feminino principiante, Skiff Sub-23, Four Skiff Sênior e 8 COM<br />
Principiante, foi vice no 4 COM Sub-23, 2 SEM timoneiro Júnior, 2 COM Principiante, 4 SEM<br />
Júnior<br />
ITAPAGIPE<br />
Tirou três terceiros lugares (Skiff Sub-23, SEM e 8 COM) e um quarto lugar (Double Sênior)<br />
SANTA CRUZ<br />
Tirou dois terceiros lugares (Double Sênior e Skiff Feminino) e um quarto lugar (Skiff Sub-23)<br />
12<br />
A 357ª regata contou com o patrocínio<br />
do governo da Bahia, através da Embasa,<br />
Ofi cina Codami, Sorveteria da Ribeira,<br />
Lanches Joiá e Estação da Água, com o<br />
apoio da Marinha do Brasil, Polícia Militar,<br />
Prefeitura de Salvador e Instituto Cultural<br />
Brasil Itália Europa.<br />
Depois de dois anos, o São Salvador quebrou o jejum e a hegemonia do E.C Vitória na competição.<br />
“O governo do estado tem incentivado<br />
o esporte de várias modalidades, como<br />
o programa FAZATLETA, que disponibiliza<br />
bolsas que vão de R$ 800 até R$<br />
2.000,00.<br />
Nilton Vasconcelos,<br />
Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.<br />
Baianos fazem bonito<br />
em Vitória (ES)<br />
Aconteceu entre 27 a 29 de Maio, a XVI<br />
Copa Norte e Nordeste de Remo, com a<br />
Bahia participando e sendo representada<br />
pelo Clube de Natação e Regatas São Salvador<br />
e Sport Clube Santa Cruz, com a<br />
presença de clubes dos estados de Pernambuco,<br />
Brasília, Pará, Rio Grande do Norte<br />
e Espírito Santo, totalizando mais de 20<br />
clubes e quase 100 atletas. Com a realização<br />
da Federação Amadorista de Remo do<br />
Espírito Santo e o apoio da Confederação<br />
Brasileira de Remo e Prefeitura Municipal<br />
de Vitória - ES, a competição foi bem<br />
disputada e a torcida presente fez a festa,<br />
vibrando bastante com as grandes remadas<br />
e pegas no mar.<br />
O remo baiano lutou muito para manter<br />
a hegemonia na região, tentando o<br />
tetra-campeonato, com as guarnições do<br />
Clube de Natação e Regatas São Salvador<br />
e Sport Clube Santa Cruz participando<br />
ativamente das provas, onde a atleta Marilene<br />
Barbosa foi o destaque geral da<br />
regata, tornando-se a maior vencedora<br />
da Copa Norte e Nordeste, já que, desde<br />
1999, é campeã absoluta na categoria feminino,<br />
sendo motivo de admiração por<br />
todos os presentes. Os clubes do Espírito<br />
Santo, por estarem em casa, tiveram mais<br />
condições de colocar barcos para competir,<br />
levando sempre vantagem para os outros<br />
participantes, fazendo a diferença no<br />
fi nal da regata.<br />
A Copa Norte e Nordeste foi idealizado<br />
por baianos em 1961, na mais antiga<br />
raia do Brasil, a dos Tainheiros, vendo<br />
deslizar barcos e remadores nas suas águas<br />
calmas, marcando a história esportiva da<br />
Bahia e do Brasil.<br />
Como resultado fi nal, o Clube de<br />
Remo Saldanha da Gama foi o Campeão<br />
Geral, vencendo cinco provas, seguido<br />
pelo Clube de Natação e Regatas São<br />
Salvador e Álvares Cabral, vencendo três<br />
provas e o Clube Náutico Capibaribe, vencendo<br />
duas provas.<br />
A Federação dos Clubes de Regatas<br />
da Bahia, teve o patrocínio do governo da<br />
Bahia, através da SUDESB e EMBASA. A<br />
delegação baiana teve o comando de Elney<br />
Pitangueira de Andrade, os técnicos<br />
Jair Fonseca e Carlos Alberto da Conceição<br />
e os seguintes atletas: Anderson Nascimento<br />
da Silva, Marilene Silva Barbosa,<br />
Márcio Vinícius Welly Estrelado Júnior,<br />
Gabriel de Souza Soares, Cláudio dos Santos<br />
Conceição, Maurício José Correia de<br />
Paula, Camila Tâmires Santos de Oliveira,<br />
Sílvio Carlos Badaró Júnior e Cléber dos<br />
Santos Conceição.<br />
Texto: Ascom FRB
SPORT CLUB SANTA CRUZ<br />
Há 132 anos, em 1º de fevereiro de<br />
1904, alguns moços afeiçoados à pratica<br />
de esportes ainda incipientes em nosso<br />
meio, fundaram uma sociedade para<br />
oferecer aos seus associados, material e<br />
oportunidade de praticar a cultura física.<br />
Nasceu, assim, o Sport Club Santa Cruz,<br />
que logo depois estendeu suas atividades<br />
ao esporte náutico, se fi liando à F.C.R.B.<br />
já existente, embora fosse ele mais velho 4<br />
meses e 25 dias.<br />
Participou pela primeira vez da 3ª regata<br />
ofi cial da Bahia, em 24 de maio de<br />
1906, logrando na 3ª prova em Canoa a 4<br />
Remos um honrado 2º lugar. Alcançou a<br />
sua primeira vitória com a Baleeira Gaúcha<br />
a 4 remos, na 9ª Prova da 4ª Regata,<br />
realizada em 1º de Novembro em 1906. A<br />
partir daí, se cobriu de glórias, trazendo<br />
bem alta a fl âmula, cuja sombra seguiu<br />
dentro dos princípios da disciplina, buscando<br />
o aprimoramento moral e psicológico<br />
dos seus atletas, com o trabalho eugênico<br />
e salubre. Aprovadas em estatuto,<br />
as cores do clube inicialmente eram azul<br />
e amarelo, sendo substituída, mais tarde, a<br />
última por branco.<br />
Dizem os velhos lobos das justas na<br />
Enseada dos Tainheiros que a ideia da<br />
fundação originou-se de uma palestra no<br />
“Bar Bela Jardineira”, no Comércio, onde<br />
foi a despensa Vantajosa, na Rua Portugal.<br />
Já no ano seguinte de sua criação, é fundado<br />
no dia 1º de junho de 1905, o Departamento<br />
Náutico, tendo em seguida sido<br />
aberta uma subscrição entre sócios e comerciantes<br />
para a compra de barcos, o que<br />
resultou em pleno êxito. Em 1931, pela<br />
1ª vez que a Taça Maria Luiza foi corrida,<br />
o Sport Club Santa Cruz foi laureado,<br />
vencendo a taça transitória por 14 vezes,<br />
sendo em sequência, de 1935 a 1942, a última,<br />
na 4ª regata de 1999. O “Benjamim”<br />
como é chamado por ser o mais moço dos<br />
4 coirmãos, na época, foi Campeão Baiano<br />
numa sequência admirável de 8 anos<br />
seguidos.<br />
A<br />
História<br />
dos Clubes de Remo<br />
CLUBE DE NATAÇÃO E REGATAS<br />
SÃO SALVADOR<br />
Foi seu idealizador e fundador Torquato<br />
Corrêa, ao regressar do Rio de Janeiro,<br />
onde remava pelo Clube de Regatas<br />
Flamengo. Notando a falta de clubes náuticos<br />
nesta capital, onde existia apenas o<br />
Esporte Clube Vitória com uma pequena<br />
fl otilha, resolveu consultar alguns amigos<br />
e no dia 1º de Setembro de 1902, na sua<br />
residência, na Piedade, fundou o Clube de<br />
Natação e Regatas São Salvador.<br />
Animado com a grande adesão de<br />
associados, voltou ao Rio e de lá trouxe<br />
duas canoas e aos domingos e feriados,<br />
no Porto dos Tainheiros, se exercitavam<br />
os amadores e amantes do novo esporte,<br />
despertando grande interesse público.<br />
Em janeiro de 1905, devido a um mal<br />
entendido, associados do Vitória deixam<br />
esse clube (cerca de 20), e se transferem<br />
para o São Salvador, sendo criada a seção<br />
de futebol sob a direção de Carlos Costa<br />
Pinto. Conquistando logo a preferência<br />
do público, tornou-se a sociedade esportiva<br />
mais querida da época.<br />
Nesta mesma ocasião, por proposta de<br />
Arthur Moraes, são mudadas suas cores<br />
de amarelo e preto para o branco e verde,<br />
que adota até hoje.<br />
Em 1905, tomou parte no 1º Campeonato<br />
Baiano de Futebol, no Campo da<br />
Pólvora, sagrando-se vice-campeão. No<br />
ano seguinte levanta o título e, no outro,<br />
o bi-campeonato.<br />
No remo, era o “Bicho Papão” levantando<br />
quase todas as regatas.<br />
Com o correr dos tempos, deixando o<br />
futebol devido à extinção da Liga Bahiana<br />
e a decadência no remo, sofreu o alvi-verde<br />
algumas crises, perdendo a liderança<br />
para o E. C. Vitória.<br />
Agora, o C.N.R. São Salvador se reorganiza,<br />
papando este ano o Vice-Campeonato<br />
Baiano, voltando a ocupar o seu lugar<br />
de destaque nos meios náuticos, para<br />
alegria da sua grande torcida.<br />
13<br />
Dia de regata naquele tempo era dia de festa em<br />
Salvador. A cidade se deslocava para a Enseada<br />
dos Tainheiros, na Ribeira. Cada clube participante<br />
contratava uma orquestra e um navio da Navegação<br />
Baiana, que fi cava fundeado ao largo, para que o público<br />
melhor localizado assistisse às acirradas competições.<br />
ESPORTE CLUBE VITÓRIA<br />
Apesar de fundado em 13 de maio de<br />
1899, como um clube de Cricket, espécie de<br />
futebol jogado também com as mãos, foi o<br />
remo que ajudou a fi rmar o Vitória no coração<br />
dos baianos.<br />
Há mais de 100 anos, foi através do remo<br />
e também do Cricket inglês que começaram<br />
as primeiras disputas esportivas na Bahia,<br />
antes mesmo do futebol, somente praticado<br />
no início do século passado.<br />
O Vitória detém o recorde nacional de<br />
títulos consecutivos no remo, com 11 campeonatos<br />
seguidos entre 1943 e 1953, superando<br />
o Vasco, que tem 10 conquistas no<br />
Rio.<br />
Detém o recorde da Taça Maria Luisa,<br />
em Double-Skiff , ganha 13 vezes seguidas<br />
por Jorge Rádel, o “Diabo louro”, um dos<br />
seus maiores remadores.<br />
O Esporte Clube Vitória é atualmente<br />
Octa-Campeão do Remo Baiano, além de<br />
Tri-Campeão da Copa Norte/Nordeste e<br />
Campeão da Taça Olga, a mais tradicional<br />
do Remo Baiano instituída em 1905.<br />
CLUBE DE REGATAS ITAPAGIPE<br />
Em agosto de 1902 esportistas residentes<br />
na península, juntos em um<br />
aniversário na residência dos irmãos<br />
Torres, comentam a ideia da fundação<br />
de um Clube Náutico em Itapagipe, para<br />
a prática de Remo. Ficou logo acertado<br />
que o clube seria batizado com o nome<br />
de Clube de Regatas Itapagipe.<br />
Assim, no dia 7 de Setembro de<br />
1902, pela manhã, na residência da família<br />
Espinheira, gentilmente cedida,<br />
foi fundado o Itapagipe, mantendo o<br />
nome anteriormente escolhido. Quanto<br />
às suas cores, após pequeno debate, vez<br />
que alguns desejavam o preto e branco,<br />
a maioria escolheu e venceu o Vermelho<br />
e Branco, adotado até hoje. Assim, saiu<br />
vitoriosa a ideia de um clube de remo<br />
para os moradores da Península Itapagipana,<br />
o qual muito tem contribuído<br />
para a manutenção da tradição desse<br />
esporte tão salutar para a nossa juventude<br />
e o enaltecimento da nossa Bahia<br />
desportiva.<br />
Tudo para a prática de esportes e artigos esportivos:<br />
chuteiras, bolas, acessórios dos mais variados tipos.<br />
Temos as melhores marcas e o menor preço.<br />
Faça-nos uma visita e comprove.
TURISMO<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />
Tombamento da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />
é homologado pelo Iphan<br />
O<br />
Conjunto Urbano e Arquitetônico<br />
da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> de Salvador<br />
passou a ser, a partir do dia 09 de<br />
maio ofi cialmente reconhecido como patrimônio<br />
cultural tombado pela União.<br />
A homologação do processo, declarado<br />
como tombamento provisório em<br />
2009, foi publicada no Diário Ofi cial da<br />
União de hoje, assinada pela ministra da<br />
Cultura, Anna de Hollanda.<br />
O superintendente do Iphan na Bahia,<br />
Carlos Amorim, explicou que já há uma<br />
série de ações em pauta para a preservação<br />
e recuperação da área tombada. “Há<br />
um recurso, obviamente ainda contingen-<br />
ciado e aguardando liberação superior, da<br />
ordem de R$ 250 milhões por quatro anos<br />
para serem aplicados naquela área”, disse<br />
Amorim, sobre o PAC das <strong>Cidade</strong>s Históricas,<br />
que abrange 173 municípios em<br />
todos os estados da federação.<br />
Preservação cultural<br />
O processo de tombamento visa preservar<br />
bens de valor histórico cultural, arquitetônico,<br />
ambiental ou de valor afetivo<br />
para a população, o que passa a impedir<br />
a destruição e ou descaracterização do<br />
imóvel.<br />
Além disso, após tombado, um bem<br />
precisa passar por um processo de con-<br />
Moyses Cafezeiro, o primeiro da esquerda, é a partir desta edição colunista de Turismo<br />
do <strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>.<br />
14<br />
servação e manutenção da estrutura a fi m<br />
de que o valor cultural não seja perdido.<br />
Além do Centro Urbano e Arquitetônico<br />
da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> e da própria capital<br />
Salvador, outros dez sítios urbanos<br />
na Bahia são tombados como Patrimônio<br />
Cultural pelo IPHAN. São as cidades de<br />
Andaraí, Cachoeira, Ilha de Itaparica,<br />
Lençóis, Monte Santo, Mucugê, Porto Seguro,<br />
Rio de Contas e Santa Cruz Cabrália.<br />
Sustentabilidade<br />
Para o historiador Manoel Passos, há<br />
um paradoxo que pode ser observado não<br />
apenas no Brasil, mas em diversas partes<br />
MOYSES CAFEZEIRO, agente<br />
cultural, profi ssional do setor de turismo<br />
há 40 anos, morador do bairro<br />
da Ribeira, identifi cado por uma série<br />
de iniciativas de folguedos populares<br />
na cidade do Salvador, e ações<br />
na área de turismo à nível nacional e<br />
internacional, sempre lutou em toda<br />
sua trajetória de vida profi ssional e<br />
ideal em prol da preservação e valorização<br />
das tradições. Já roteirizou e<br />
participou de programas de TV`s da<br />
Venezuela, Japão, França e Espanha.<br />
Criou e concretizou projetos como:<br />
Jegue-Tour, Ônibus do Forró, Regata<br />
de canoas e saveiros, Bloco Levada<br />
do Jegue que desfi lou em Barcelona<br />
3 vezes e em Paris 2 vezes, entre outros.<br />
Foi premiado por duas vezes no<br />
evento “ CATAVENTO DE PRATA”<br />
que já acontece há 31 anos, no dia<br />
mudial do turismo, considerado o<br />
OSCAR do setor de turismo no Bra-<br />
do mundo, o que pode ser o refl exo de<br />
uma crise mundial no setor cultural. “A<br />
cidade de Cachoeira foi tombada na década<br />
de 1970 e é claro que isso ajudou na<br />
preservação. Hoje a cidade recebeu a Universidade<br />
do Recôncavo, recebeu ações<br />
de recuperação e preservação. Quer dizer,<br />
é uma lei que tem que ser cumprida.<br />
Por outro lado, é fundamental que órgãos<br />
competentes tenham ações proativas no<br />
sentido de recuperar essas ruínas e fazer<br />
com que elas tenham um função social<br />
para a sociedade”, explica.<br />
Informações do <strong>Jornal</strong> A Tarde<br />
sil. Foi homenageado pela delegação<br />
da Martinica, no ano França no Brasil,<br />
com uma medalha de honra ao<br />
mérito, como melhor guia de turismo<br />
do país. Participou durante 30 anos<br />
da FITUR, em Madrid, como delegado<br />
de promoção da Bahia, feira internacional<br />
mais importante para o<br />
setor de turismo.<br />
Resgatou manifestações como:<br />
Segunda-feira Gorda da Ribeira, Festa<br />
de Final de Ano da Península, Sábado<br />
de Aleluia, e os Festejos Juninos<br />
da Península, o tradiconal FORRÓ<br />
DO JEGUE, evento que acontece há<br />
40 anos, e atualmente atrai milhares<br />
de pessoas para a região durante<br />
os quatro dias de festa que ao longo<br />
desses anos já recebeu artistas como:<br />
Targino Godim, Gereba, Carlos Pita,<br />
Arriba Saia, Trio Nordestino, Cicinho<br />
de Assis, Margareth Menezes,<br />
Flor de Milho, entre outros.