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Edição 3 e 4 - Jornal Folha Cidade Baixa

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ENTREVISTA: Fique por dentro das<br />

ideias do pré-candidato a prefeito de<br />

Salvador, Deputado Capitão Tadeu<br />

Gente daqui<br />

Fábrica de esperança<br />

<br />

Salvador e Região Metropolitana, 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

10 Projeto da Ong de Maragareth Menezes<br />

já formou centenas de jovens.<br />

<br />

População exige<br />

a retomada das obras<br />

Coluna<br />

11 Magazine<br />

Margareth Menezes, nossa querida Maga, estréia<br />

como colunista do <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>.<br />

O projeto de revitalização da Ribeira estabelece que a prefeitura requalifi cará a orla, no trecho entre a Praia<br />

do Bogari e a Praça do Divino. Serão criados estacionamentos, ciclofaixas, pista de cooper e espaço para lazer,<br />

contemplando atividades comerciais e culturais, além da recomposição da iluminação pública. Orçada em 5<br />

milhões, esta obra deveria ser entregue em março de 2011.<br />

08 e 09<br />

Esporte<br />

Bairros<br />

Revitalização<br />

Apesar do perigo iminente, mãe e fi lho param para comtemplar a beleza da praia da Ribeira.<br />

12 Remando a favor<br />

São Salvador vence a primeira Regata do ano e se<br />

destaca na Copa Norte e Nordeste de Remo.<br />

4<br />

<br />

<br />

Gente Daqui<br />

O sucesso da praia<br />

Empresário diz que a Ribeira vai ter uma casa de<br />

espetáculos de primeiro mundo.


Opinião<br />

Sou soteropolitano nato. Nasci, passei minha infância e continuo residindo na <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> (Península Itapagipana), mais<br />

precisamente em Massaranduba.<br />

Ao ler a matéria abaixo no <strong>Jornal</strong> Tribuna da Bahia http://www.tribunadabahia.com.br (edição eletrônica 12/05/2011),<br />

resolvi retransmitir tal conteúdo.<br />

Compartilho com a opinião da Srª Zelandia Santana, e Srª Kátia Pereira, bem como , apoio integralmente o posicionamento<br />

do Sr. Luiz Lopo. Algo tem que ser feito,” pelo menos para garantir o que ainda existe”.<br />

Tribuna da Bahia<br />

<strong>Cidade</strong><br />

Revitalização da Ribeira abandonada<br />

Publicada: 12/05/2011 01:19<br />

Nelson Rocha<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

Terminal pesqueiro da Ribeira<br />

O Governo do PT merece nossos parabéns, já que nenhum outro fez tanto pela pesca em nosso país. O Brasil não tinha<br />

a menor esperança de uma frota pesqueira própria. Esse sonho está sendo realizado pelo PROFROTA, programa para<br />

construção, reforma e adaptação de embarcações de pesca, iniciado no Governo Lula.<br />

No entanto, necessário se faz referir-me a nossa situação aqui na <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, especifi camente na Ribeira. Nasci em<br />

Plataforma, neto de um pescador de Suape, em Madre de Deus. Lembro-me perfeitamente da abundância e diversidade<br />

das espécies marinhas nas águas de São João e na Enseada dos Tanheiros. Xixarro, pititinga, xangó, massambé, garapau,<br />

sardinha ali desovavam de forma extraordinária, mantendo o equilíbrio ecológico, uma vez que atraíam espécies maiores<br />

como xaréu, curimam, espada, arraia, miroró, dentre outros, que também se reproduziam naqueles locais.<br />

E o que vem acontecendo há algumas décadas? A pesca com bomba - vergonhosamente – está destruindo a natureza, a<br />

estrutura das residências à beira mar, o ganha-pão dos pescadores artesanais, o futuro da fauna marinha, afastando aquelas<br />

espécies, além de vidas que já foram ceifadas pelos explosivos. Infelizmente, a Marinha só está tendo êxito coibindo<br />

pescadores artesanais que não têm suas embarcações “registradas” ou estão tentando colocar pesqueiros para buscar um<br />

melhor resultado em suas pescarias, já que na beira da praia não tem mais peixe, devido justamente à pesca predatória.<br />

Aqueles que pescam com bomba estão à solta, à vontade.<br />

A grande verdade é que não se acaba com a pesca com bomba, porque não há vontade.<br />

Evilásio - Morador da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />

Os moradores da península itapagipana estão indignados com o poder público que iniciou as obras de revitalização da orla da região,<br />

mas não concluiu. As diversas intervenções de requalifi cação urbana, que incluem drenagem, recuperação de passeios, alargamento<br />

de ruas, pavimentação, colocação e substituição de meio fi o e iluminação, resultaram num cenário lamentável à beira- mar, oposto<br />

ao belo visual da Ribeira, em especial da Enseada dos Tainheiros, área de lazer e ponto turístico.<br />

O incômodo com a paralisação das obras é tamanho que a doceira Zelândia da Silva Santana, 43, há 27 anos residindo na Ribeira,<br />

pretende promover um movimento, com o apoio dos vizinhos, para interditar a passagem de carros e ônibus com o propósito de<br />

chamar a atenção dos órgãos públicos responsáveis pelas intervenções para a precária situação da área que vem penalizando a<br />

população.<br />

“Essa bagunça já dura um ano e a qualquer momento vou fechar a rua nem que seja sozinha”, ameaça a moradora que se diz “<br />

decepcionada com o governo do Estado e a prefeitura “ que prometeram entregar a obra no dia 29 de março e nada”.<br />

EXPEDIENTE - JORNAL FOLHA DA CIDADE BAIXA<br />

O jornal <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> é propriedade<br />

da Agência de Notícias Portal do Recôncavo –<br />

Todos os direitos reservados<br />

Largo da Madragoa, 14 – Ribeira<br />

Salvador / Bahia / CEP: 40420-180<br />

Diretor executivo: Dilton Borges Santiago<br />

Diretor de Marketing: Genivaldo Vieira<br />

Editor: Dilton Borges Santiago<br />

Diagramador: Jaime Azevedo<br />

Gerente de Produção Thiago Berhends<br />

Fotografi a: Gilmar Santos e Rycon<br />

Revisão: Nilton Santos Pessoa<br />

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02<br />

e-mail da redação:<br />

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Representante comercial exclusivo para<br />

A RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS<br />

A <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> possui verdadeiras<br />

joias da natureza, como praias,<br />

um rico patrimônio cultural e arquitetônico<br />

e um pouco de mata<br />

atlântica ainda preservada. Mas até<br />

quando isso vai durar?<br />

Há vários fatores de declínio na<br />

região, o crescimento desordenado,<br />

sem a necessária infraestrutura, é um<br />

deles. O estado de degradação dos<br />

casarões, igrejas, sobrados e prédios,<br />

felizmente “reversível”, já está<br />

confi gurado. É verdade que cabe<br />

às autoridades lançar um olhar mais<br />

profundo para essas questões. Enfi m,<br />

uma luz no fi m do túnel: O Conjunto<br />

Urbano e Arquitetônico da <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong> passou a ser, desde do dia 9<br />

de maio, ofi cialmente reconhecido<br />

como patrimônio cultural tombado<br />

pela União. O que quer dizer que<br />

esta medida já traz em seu bojo uma<br />

série de ações para a preservação<br />

da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, inclusive, um recurso<br />

da ordem de R$ 250 milhões, que<br />

deverão ser aplicados aqui, durante<br />

os próximos quatro anos.<br />

Quantos representantes temos<br />

na câmara municipal? Até quando<br />

presenciaremos, ou melhor, permitiremos<br />

chegarem aqui candidatos<br />

descompromissados com os<br />

graves problemas da região, cooptarem<br />

os votos de sua população<br />

(sufi cientes até mesmo para eleger<br />

o prefeito da cidade) e virarem as<br />

costas para o nosso destino, só retornando<br />

quatro anos depois? Estamos<br />

atentos.<br />

Nossa editoria de esportes acompanha<br />

o progresso do remo baiano,<br />

que alcançou um lugar de destaque<br />

na última Copa Norte-Nordeste, sediada<br />

em Vitória do Espiríto Santo,<br />

que reuniu as melhores agremiações<br />

dessa modalidade esportiva do país.<br />

A matéria traz para os amantes do<br />

esporte um pouco da história de<br />

cada clube de Remo da Península.<br />

Margareth Menezes, nossa querida<br />

Maga, canta como ninguém,<br />

e a partir dessa edição estará encantando<br />

a todos os nosso leitores<br />

na coluna Magazine. Em seu texto<br />

de estréia, ela nos fala do carisma<br />

de Irmã Dulce como exemplo de ser<br />

humano a ser seguido por todos nós.<br />

Seja bem-vinda Margareth.<br />

Dilton Santiago<br />

Editor<br />

todo o Brasil: MAPA DA MÍDIA PESQUISA<br />

E COMUNICAÇÃO LTDA. CNPJ nº<br />

01.729.852/0001-87. Inscrição Estadual nº.<br />

07.370.933/001-00. Endereço: ADE Conjunto<br />

02 Lote 07 – Ed. Sede – Núcleo Bandeirante –<br />

Brasília-DF - Cep 71.735-720.<br />

Tiragem: 20.000 exemplares


“Falou... e disse!<br />

O Brasil precisa superar a<br />

tendência de achar natural a<br />

pobreza entre negros. “Existe<br />

um pressuposto, alimentado<br />

pelo racismo, de que os<br />

negros são pessoas sem<br />

capacidade”.<br />

Luiza Bairros, Ministra da<br />

Igualdade Racial.<br />

“Não concordamos com o posicionamento<br />

do governo em relação<br />

ao projeto de liberdade sexual, por<br />

ferir conceitos bíblicos, mas Deus<br />

respeita todas as opiniões.”<br />

Deputado estadual José de Arimatéia, do<br />

PRB<br />

“Resolver o problema dos<br />

alagamentos da <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong> é uma missão das<br />

mais difíceis. Se faz necessário<br />

intervenções na<br />

macrodrenagem de toda<br />

a região, o que demanda<br />

custos altíssimos, além de<br />

vontade política.”<br />

Maria Del Carmem, deputada estadual pelo PT e ex-presidente<br />

da CONDER.<br />

03<br />

Não danço como Carla<br />

Perez, mas tenho ginga.”<br />

ACM Neto<br />

“Você consegue falar com qual ministro<br />

além de mim? Para falar com os outros ministros,<br />

o repórter tem que passar por assessoria,<br />

secretaria e até pela Polícia Federal.”<br />

Ministro das <strong>Cidade</strong>s e<br />

presidente do PP na Bahia,<br />

Mario Negromonte, comemorando<br />

o resultado de<br />

uma pesquisa realizada<br />

na Esplanada dos<br />

Ministérios, que<br />

avaliou o ministro<br />

mais acessível<br />

à imprensa.<br />

“Aquela parte inferior do Mercado, o subsolo, que está<br />

em reforma eterna, também merece atenção. O turista se<br />

interessa em visitar o lugar e nos pergunta sobre isso, já<br />

que faz parte da história do prédio, mas nem nós sabemos<br />

quando aquilo ficará pronto. Chego a ficar desconsertado<br />

diante do turista, sem saber como responder.”<br />

José Borges, comerciante estabelecido no Mercado há 20 anos.


GENTE DAQUI<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

DILTON SANTIAGO<br />

Fotos: RYCON e BCI<br />

Durante 10 anos ele entregou botijões<br />

de gás nas residências da<br />

península. Até que um dia, ao<br />

chegar no trabalho, foi comunicado por<br />

um de seus supervisores que estava despedido.<br />

Com o dinheiro da indenização<br />

passou a comercializar botijões de gás<br />

no meio da rua, embaixo de uma árvore<br />

,no bairro do Jardim Cruzeiro, na <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong>. Até que chegou a fi scalização<br />

e levou tudo. Por uma dessas ironias<br />

do destino, a partir de um empréstimo<br />

bancário, se tornou um dos maiores empresários<br />

deste segmento na região. Mas,<br />

como ele mesmo defi ne, aquela não era<br />

a “sua praia”. Das ruínas do lendário restaurante<br />

Caçuá, Carlos Pereira de Jesus,<br />

que anônimos e celebridades conhecem<br />

como “Boca”, ergueu a Th e Best Beach,<br />

que, segundo seus projetos, será uma das<br />

melhores casas de espetáculos do Brasil.<br />

Como você chegou até aqui?<br />

Antes, aqui funcionava o antigo restaurante<br />

Caçuá, que segundo relatam, o<br />

antigo proprietário faliu e abandonou o<br />

negócio, o lugar virou uma ruína, procurei<br />

saber a quem pertencia o terreno<br />

e me disseram que era da arquidiocese.<br />

A arquidiocese me fez uma proposta de<br />

compra, então eu disse: se parcelar, eu<br />

compro. Então levantei essa casa, com a<br />

cara e a coragem.<br />

Quanto você gastou para construir a<br />

casa de show?<br />

Foram investidos R$ 4 milhões. Fruto<br />

de muitos empréstimos em bancos e da<br />

venda das quatro revendas de gás; todo<br />

dinheiro que ganhava, eu aplicava aqui.<br />

Uma vida inteira de trabalho eu coloquei<br />

aqui.<br />

Quais os artistas que já passaram pela<br />

Th e Best Beach?<br />

Gente do quilate de Mariane de Castro,<br />

Jauperi, Wando, Márcio Vitor, Trem<br />

de Pouso, Saulo da Banda Eva, Harmonia<br />

do Samba, Margareth,... muita gente boa.<br />

Você costuma ceder a casa para organizações<br />

sociais. Como é esta relação?<br />

Uma relação muito boa. Já faz um<br />

ano que estamos apoiando o IBCM, que<br />

é uma organização que acolhe crianças<br />

com AIDS.<br />

Este apoio é só institucional ou entra<br />

aporte fi nanceiro?<br />

Às vezes, ajudamos com dinheiro,<br />

damos botijões de gás, em certos shows<br />

The Best da Ribeira<br />

substituímos o ingresso por leite e doamos<br />

à arquidiocese. Nossa casa sempre<br />

esteve de portas abertas para as entidades<br />

do bem.<br />

“Nossa casa sempre<br />

estará de portas abertas<br />

para as entidades do<br />

bem.”<br />

Por que, na sua opinião, as pessoas não<br />

enxergam este lado humano do empresário<br />

Boca?<br />

Eu acho que é dor de cotovelo. A Ribeira<br />

de hoje não pode ser a de 10 anos<br />

passados. A cidade evoluiu, aqui é uma<br />

orla, nós não podemos fechar os olhos<br />

para a tradição da segunda-feira da Ribeira,<br />

que existe há mais de 50 anos. Então<br />

não podemos admitir que quatro ou<br />

cinco moradores queiram acabar com<br />

isso, eles não representam nem de longe<br />

a opinião da minha vizinhança.<br />

Os comentários que fazem a respeito<br />

da casa têm procedência?<br />

Não. Não têm, minha casa está toda<br />

documentada, toda dentro do padrão<br />

exigido pelos órgãos públicos de fi scalização.<br />

A casa tem tratamento acústi-<br />

04<br />

Boca: investimento<br />

milionário para fazer da Th e<br />

Best Beach uma das melhores<br />

casas de espetáculos da<br />

cidade.<br />

co, tem alvará sonoro, laudo técnico do<br />

Corpo de Bombeiros e da Sucom. Todos<br />

estes documentos estão em dia. E como<br />

se não bastasse, eu ainda mantenho a<br />

segurança externa da casa, que é paga<br />

para coordenar o trânsito e impedir que<br />

liguem o som de carro nas alturas. Mas<br />

infelizmente, em todo lugar tem oposição,<br />

têm aqueles que não querem entender<br />

que cheguei até aqui pela força do<br />

trabalho.<br />

Como é sua relação com os vizinhos?<br />

Se o lugar fosse desordenado, os primeiros<br />

a se manifestarem contra, seriam<br />

meus vizinhos, que poderiam fazer abaixo-assinado<br />

etc. Minha relação com eles<br />

é de muito respeito. Às vezes, os vizinhos<br />

trazem ao meu conhecimento problemas<br />

causados por pessoas que não entram na<br />

casa e criam tumulto do lado de fora, e<br />

esta situação é estimulada pelos ambulantes,<br />

que se instalaram nas proximidades<br />

da casa. Quando os órgãos públicos<br />

de fi scalização retirarem este grupo de<br />

ambulantes daqui, tudo vai melhorar,<br />

porque a segurança da casa está instruída<br />

para manter a ordem. Mas eu não posso<br />

fazer o papel do órgão público.<br />

Quantas pessoas o senhor emprega<br />

atualmente?<br />

Localizada estrategicamente na orla da Ribeira, a casa possui estrutura para receber<br />

grandes nomes da MPB.<br />

São 60 homens de paletó (receptivo)<br />

trabalhando como seguranças, 23 balconistas,<br />

que atendem aos vários bares da<br />

casa, oito a 10 na limpeza e empregamos<br />

ainda coordenadores e 12 pessoas nos<br />

caixas. Então, se colocarmos na ponta<br />

do lápis, sou responsável por mais de<br />

uma centena de empregos... aí vem um<br />

irresponsável incitar a população contra<br />

mim. E estes pais e mães de família, que<br />

dependem desses empregos, como é que<br />

fi cam?<br />

Em sua opinião, como fi caria o bairro<br />

da Ribeira sem a Th e Best Beach?<br />

Eu acho que a Ribeira iria morrer<br />

de vez, iria fi car mais apagada do que<br />

já está. Para você ter uma idéia do que<br />

representa uma casa de show como essa,<br />

um produtor que trabalha comigo foi ser<br />

atendido em um hospital da península e<br />

o médico, conhecido dele, duvidou que<br />

Vander Lee iria se apresentar na Ribeira.<br />

Quer dizer, ele não acredita que na Ribeira<br />

possam se apresentar grandes artistas.<br />

Há muita gente que só conheceu a Ribeira<br />

por causa das atrações que trazemos<br />

para cá. Eu acho que a Ribeira merece o<br />

melhor. Tanto que estamos conversando<br />

com Maria Gadu, Jorge Vercilo, com<br />

Paula Fernandes, com Wanessa da Mata,<br />

todos estes nomes fazem parte do nosso<br />

planejamento, que esperamos realizar.<br />

“Tenho planos de dar<br />

à The Best Beach uma<br />

estrutura de casa de<br />

espetáculos de primeiro<br />

mundo.”<br />

O senhor pretende fazer mais investimentos<br />

na casa?<br />

Claro, tenho planos de dar à Th e Best<br />

Beach uma estrutura de casa de espetáculos<br />

de primeiro mundo, vamos melhorar<br />

ainda mais o som, a iluminação, essas<br />

coisas... temos até uma matéria do jornal<br />

A Tarde, que classifi cou a Th e Best Beach<br />

como a única casa de espetáculos da<br />

cidade que preenche todos os requisitos,<br />

inclusive, acústica e segurança.<br />

Na foto, o empresário Boca em campanha<br />

da IBCM: solidariedade também faz parte<br />

do negócio.


Ponto de Vista<br />

Drª. Fabíola Mansur<br />

Equipe médica e funcionários da OFTALMODIAGNOSE: tolerância zero para as patologias da visão.<br />

OFTALMODIAGNOSE atende 700 pessoas no<br />

Dia Nacional de Combate ao Glaucoma<br />

DILTON SANTIAGO e THIANA CHAVES<br />

Fotos: MAILMA VASCONCELOS<br />

Instituído pela Lei Nº 10.456/02,<br />

o Dia Nacional de Combate ao<br />

Glaucoma, 26 de maio, é uma data<br />

propícia às refl exões sobre a doença e<br />

de como ela afeta a qualidade de vida<br />

de mais de 1,2 milhão de brasileiros,<br />

acometidos por este mal.<br />

O Hospital de Olhos OFTALMO-<br />

DIAGNOSE realizou, no último dia<br />

26 de maio, Dia Nacional de Combate<br />

ao Glaucoma, um mutirão de atendimento<br />

gratuito que benefi ciou cerca<br />

de 700 pessoas. A iniciativa faz parte<br />

do projeto de combate ao glaucoma,<br />

que visa alertar à população sobre as<br />

causas e as medidas de detecção da<br />

doença, que é quatro vezes mais freqüente<br />

na população negra e a primeira<br />

causa de cegueira irreversível em<br />

todo o mundo.<br />

De acordo com a vice-presidente<br />

da Sociedade de Oft almologia da<br />

Bahia (Sofb a) e integrante do Conselho<br />

Brasileiro de Oft almologia (CBO),<br />

a oft almologista Fabíola Mansur de<br />

Carvalho, o glaucoma é uma doença<br />

silenciosa e assintomática, que pode<br />

cegar. “É um inimigo oculto da visão<br />

que vai danifi cando o nervo óptico<br />

aos poucos, causando a perda lateral<br />

do campo visual. Quando a pessoa se<br />

dá conta, a visão central já está acometida.”<br />

A doença não tem cura, mas<br />

tem controle. “O que cega hoje é a<br />

desinformação e a falta de adesão ao<br />

tratamento. Com o diagnóstico precoce<br />

e o tratamento contínuo é possível<br />

evitar os danos causados pela doença”,<br />

alerta.<br />

Incidência<br />

De acordo com a oft almologista,<br />

05<br />

os negros têm mais chance de desenvolver<br />

a doença. Só para se ter uma<br />

ideia, dados da Organização Mundial<br />

de Saúde (OMS) revelam que a incidência<br />

de glaucoma entre a população<br />

é de 1% a 2%. Na Bahia, a incidência<br />

é muito superior, entre 4% e 5%. “Não<br />

temos ainda uma explicação para isso,<br />

mas é certo que os negros devem redobrar<br />

os cuidados”, alerta.<br />

A doença conta ainda com outros<br />

fatores de risco, como o aumento da<br />

pressão ocular, herança familiar e idade,<br />

já que é mais comum em pessoas<br />

acima de 40 anos. Devem fi car atentos,<br />

também, aqueles com alta miopia<br />

e diabetes.<br />

CEAPG<br />

Lançado em 20 de novembro de<br />

2010, Dia da Consciência Negra, O<br />

Centro de Atenção ao Paciente Glaucomatoso<br />

(CEAPG) é referência no<br />

SERVIÇO<br />

Para se cadastrar no programa, o paciente<br />

deve comparecer ao CEAPG portando<br />

o cartão do Sistema Único de Saúde<br />

(SUS). Os colírios também podem ser adquiridos<br />

no Centro de Referência Estadual<br />

para Assistência Oft almológica – CRE-<br />

OFT, que funciona no Hospital São Jorge<br />

(PAN-Roma), no Largo de Roma.<br />

Mais informações sobre os serviços<br />

e tratamentos oferecidos pela OFTAL-<br />

MODIAGNOSE através do site www.<br />

oft almodiagnose.com.br ou pelo telefone<br />

3183-8000. A clínica fi ca localizada<br />

na Avenida Adhemar de Barros, número<br />

422, em Ondina, próximo à UFBA e ao<br />

Jardim Zoológico.<br />

combate à doença e inova ao prestar<br />

atendimento integral ao paciente, cujo<br />

grande diferencial é a centralização<br />

do tratamento, desde a consulta com<br />

o oft almologista, até a distribuição<br />

gratuita dos colírios. O centro atende,<br />

em média, 1.500 pessoas por mês e<br />

conta com uma equipe médica de oito<br />

profi ssionais. “Um dos maiores problemas<br />

era a falta de adesão ao tratamento<br />

por causa do preço dos colírios<br />

para estabilizar a pressão ocular, que<br />

custam, em média, R$ 100, sendo que,<br />

na maioria dos casos, o paciente precisa<br />

utilizar mais de um colírio, que<br />

deverá ser gotejado de uma a três vezes<br />

ao dia. Com a distribuição gratuita<br />

fi cou mais fácil manter o paciente em<br />

tratamento”, explica a coordenadora<br />

do centro, Fabíola Mansur, que é também<br />

diretora médica da clínica OF-<br />

TALMODIAGNOSE, onde funciona<br />

o CEAPG.


DILTON SANTIAGO<br />

Fotos: RYCON<br />

ENTREVISTA<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

<strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> – O nome<br />

do senhor surgiu como pré- candidato<br />

pelo PSB à sucessão do prefeito<br />

João Henrique. Como andam as discussões<br />

em torno dos nomes dentro<br />

do partido, já que a senadora Lídice<br />

da Mata tem defendido o nome de<br />

João Jorge?<br />

Deputado Capitão Tadeu – Não<br />

existe o nome preferencial de João Jorge<br />

dentro do partido, pelo contrário,<br />

João Jorge se fi liou ao PSB não como<br />

candidato, mas para colaborar com o<br />

partido, para fortalecer o socialismo<br />

aqui na Bahia. Mas não há nenhuma<br />

condição de ser candidato. Neste momento,<br />

há uma decisão nacional que o<br />

PSB lançe candidato a prefeito de Salvador.<br />

O PSB tem vários nomes, tem<br />

o de Lídice da Mata, tem o do capitão<br />

Tadeu, o de Domingos Leonelli, o<br />

que o partido vai fazer é discutir por<br />

exemplo, no caso de Lídice, que é um<br />

grande nome, se vale à pena, politicamente,<br />

abrir mão de tê-la no senado<br />

ou indicá-la para ser prefeita de Salvador.<br />

É uma discussão que vai ter que<br />

haver. Até agora, como pré-candidato,<br />

só há a indicação do meu nome, que<br />

foi lançado pela ala jovem do PSB.<br />

Então outros nomes devem surgir, e é<br />

bom que surjam para fortalecer o debate<br />

de ideias dentro do partido.<br />

<strong>Folha</strong> – Em recente pesquisa para<br />

prefeito de Salvador aparece o deputado<br />

ACM Neto na preferência<br />

do eleitorado. Esse “resultado” demonstra<br />

a insatisfação da população<br />

com o atual modelo político, seja<br />

municipal ou estadual?<br />

DCT – Não. Na última eleição,<br />

este nome também largou na frente<br />

e acabou em terceiro lugar. Isso aí é<br />

uma questão de herança familiar, representada<br />

pelos votos cativos de seu<br />

Deputado Estadual Capitão Tadeu:<br />

É preciso ouvir a população<br />

Antonio Tadeu Nascimento Fernandes, o CAPITÃO TADEU, nascido em 21 de maio de 1961, nos Dendezeiros, bairro da <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong>, em Salvador. Aos 10 anos, mudou-se para a Boa Viagem, residindo também no bairro de Roma. O deputado Capitão Tadeu<br />

é conhecido pelo seu perfi l inquieto, irreverente, contestador e polêmico. A vida política do Capitão Tadeu começou em 1996,<br />

elegendo-se vereador pelo PSD aos 35 anos, quando não mais suportava as perseguições dentro da Polícia Militar, perpetradas por<br />

aliados de Antonio Carlos Magalhães, em razão do movimento de 11 ofi ciais da PM, em 1992, por melhores salários. Hoje exercendo<br />

o cargo de deputado estadual pelo PSD, Tadeu é pré-candidato à sucessão do prefeito João Henrique.<br />

O deputado Capitão Tadeu acredita que seus projetos devolverão aos baianos a alegria<br />

de morar em uma das mais belas capitais do país.<br />

avô, o ACM, que são transferidos para<br />

o neto.<br />

<strong>Folha</strong> – Aliás, a pesquisa não citou<br />

o nome do senhor. Isso sugere<br />

falta de credibilidade por parte do<br />

instituto?<br />

DCT – Não. Porque é um instituto<br />

novo, não detém ainda a expertise política<br />

de Salvador, e não tinha conhecimento<br />

do meu nome como pré-candidato.<br />

De qualquer forma, pesquisa<br />

neste momento não diz nada, pelo<br />

fato de que 56% da população ainda<br />

não defi niram o seu voto, os 44%<br />

que declararam o voto, podem, até a<br />

eleição, mudar de opinião, de modo<br />

que pesquisa agora não diz nada. Na<br />

6<br />

última campanha para prefeito, João<br />

Henrique era o último colocado, com<br />

um índice de rejeição de mais de 60%,<br />

e terminou ganhando a eleição. Portanto,<br />

pesquisa de início não quer dizer<br />

nada.<br />

<strong>Folha</strong> – Como o senhor vê a declaração<br />

do vice-prefeito Edvaldo<br />

Brito, que a prefeitura enfrenta uma<br />

crise de gestão, causada pela falta de<br />

planejamento, o que ele denominanou<br />

de “bagunça generalizada”?<br />

DCT – Ele está sentindo na pele o<br />

que eu sentia quando exerci o mandato<br />

de vereador. O prefeito oscila muito,<br />

administrativamente e politicamente,<br />

é so ver a quantidade de secretários<br />

que já passaram pelo seu governo. A<br />

Transalvador, por exemplo, chegou a<br />

ter dirigentes lá por 15 dias, isso gera<br />

realmente um problema administrativo<br />

muito grave.<br />

<strong>Folha</strong> – Como o senhor avalia o<br />

governo João Henrique?<br />

DCT – Eu não avalio bem, não. Eu<br />

acho que falta uma continuidade política<br />

e administrativa a João Henrique,<br />

que já passou por três partidos nessa<br />

gestão dele, e em cada partido que ele<br />

se fi lia, acontece uma renovação nos<br />

quadros políticos e administrativos da<br />

prefeitura e isso não é bom para a cidade.<br />

Há um desequilíbrio muito grave<br />

na administração de Salvador.<br />

<strong>Folha</strong> – A região da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />

carece de obras estruturantes, assim<br />

como toda Salvador. Há obras de<br />

responsabilidade da Conder e outras<br />

da prefeitura, algumas, que já<br />

deveriam estar concluídas, estão paradas<br />

há quase um ano, outras, nem<br />

começaram. Qual a sua opinião a<br />

esse respeito?<br />

DCT – Essa questão da <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong> é fruto dessa desorganização<br />

administrativa que o vice-prefeito<br />

denunciou. Tenho um carinho muito<br />

grande pela <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, é o lugar<br />

onde passei toda minha infância. Eu<br />

morei na Boa Viagem e também no<br />

Largo de Roma. Hoje, quando visito a<br />

<strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, fi co muito triste em ver<br />

o que está acontecendo lá. A <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong> é uma região de características<br />

culturais, ela emana cultura, então...<br />

além de obras, tem que se investir em<br />

ações culturais para dinamizar o comércio<br />

da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, dinamizar<br />

o lado social, a redução da violência<br />

através da cultura e esporte, que são<br />

duas tendências naturais dessa importante<br />

região da cidade.<br />

<strong>Folha</strong> – As fi nanças da prefeitura,<br />

como todos sabem, não são boas.


Como o senhor mudaria esse quadro<br />

de iminente falência se chegasse ao<br />

Palácio Tomé de Souza?<br />

DCT – Administrar melhor os recursos<br />

públicos, evitar desperdícios,<br />

evitar corrupção e estabelecer prioridades.<br />

Tem que gerir melhor os recursos,<br />

não adianta enganar a população,<br />

prometendo milhares de coisas. Salvador<br />

tem muitas carências e não tem<br />

como resolver tudo em quatro anos,<br />

então temos que ser honestos e admitir<br />

isso, é preciso ouvir a população<br />

quanto as suas prioridades, tem que se<br />

fazer uma gestão participativa.<br />

<strong>Folha</strong> – Por falar em gestão participativa,<br />

diversas associações de<br />

moradores reclamam que não foram<br />

ouvidas quanto ao destino a ser dado<br />

à área da antiga fábrica Barreto de<br />

Araujo, situada no bairro da Ribeira.<br />

Segundo o secretário João Leão,<br />

naquele espaço deverá ser construída<br />

uma praça. A <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> tem<br />

muitas praças, inclusive algumas<br />

completamente abandonadas. Não<br />

seria o momento de aproveitar a<br />

Copa do Mundo e erguer ali um centro<br />

esportivo?<br />

DCT – Nós temos um projeto de<br />

estabelecer bases comunitárias de es-<br />

porte, lazer e cultura em cada comunidade<br />

de Salvador. Aquela área seria<br />

um belo local para o desenvolvimento<br />

desse nosso projeto, com isso você tira<br />

os jovens da ociosidade e do caminho<br />

das drogas. Muitas crianças e jovens<br />

seriam ali revelados atletas de potencial<br />

olímpico. Um Centro Esportivo é<br />

uma excelente alternativa.<br />

<strong>Folha</strong> – O governador Jaques<br />

Wagner expressou a ideia de retirar<br />

da região do Iguatemi, a Rodoviária<br />

e o Detran, transferindo a Rodoviária<br />

para as proximidades de Simões<br />

Filho. O senhor concorda?<br />

DCT – Retirar a Rodoviária e o<br />

Detran da região do Iguatemi, eu concordo.<br />

Não concordo que seja levada<br />

para uma área fora de Salvador. Isto<br />

reduziria a arrecadação do município,<br />

uma Rodoviária gera muito imposto<br />

com circulação de serviços, com diárias<br />

de estacionamento, impostos de<br />

empresas e esta receita para o município<br />

não pode se perder com relação<br />

a isso. Ademais, quando o cidadão<br />

de Salvador tivesse que viajar, ele teria<br />

que se deslocar para Simões Filho.<br />

Portanto, a ideia de transferir a Rodoviária<br />

para fora do município eu não<br />

vou concordar.<br />

<strong>Folha</strong> – Na última semana, houve<br />

tiroteio e morte envolvendo o tráfi co<br />

de drogas na região do Pelourinho.<br />

Como o senhor vê um fato como este<br />

ocorrendo em uma área de turismo<br />

tão importante para a Bahia?<br />

DCT – Lamentável, isto é um fato<br />

que afasta o turista, desemprega pessoas<br />

e, consequentemente, reduz a<br />

receita do governo, e isso não é bom<br />

para nossa sociedade, mas também é<br />

consequência do que venho combatendo<br />

há muito tempo, que é a falta de<br />

projetos de políticas públicas para a<br />

segurança pública, apesar do Pelourinho<br />

ter uma grande atenção do governo<br />

do estado, relacionado à segurança<br />

pública, ainda deixa a desejar. Aliás,<br />

Em seu gabinete, o deputado concilia os trabalhos legislativos com o desafi o de pré-candidato<br />

à sucessão municipal.<br />

este é um fato que vem ocorrendo na<br />

Bahia inteira. Hoje, o governo está<br />

lançando um projeto chamado Pacto<br />

Pela Vida. Eu critiquei que o governo<br />

não tinha projetos nessa área, e agora<br />

apresenta um. Estou confi ante, conheci<br />

o projeto que pode melhorar em<br />

algumas questões pontuais, mas é um<br />

caminho. Agora, o resultado disso só<br />

virá a médio e longo prazos.<br />

<strong>Folha</strong> – Esse projeto é um resultado<br />

positivo das mudanças que o<br />

governo implantou na cúpula da Segurança<br />

Pública, Deputado?<br />

DCT – O Projeto Pacto Pela Vida<br />

já existe em Pernambuco, há quatro<br />

anos, com bons resultados. Então, na<br />

realidade, a Bahia está copiando uma<br />

7<br />

iniciativa do governo pernambucano,<br />

é uma coisa que já era para ter sido feita<br />

há muito tempo. O projeto existia,<br />

o governo é que não quis implantar.<br />

Com a implantação do projeto agora,<br />

demandava uma nova cúpula, aí o governo<br />

acertou, tanto no projeto quanto<br />

na equipe.<br />

<strong>Folha</strong> – Este modelo parece ter<br />

funcionado no Rio de Janeiro. O senhor<br />

acha que apresentará resultados<br />

positivos aqui na Bahia?<br />

DCT – Com certeza trará sucesso.<br />

Parabenizei o governo por isso, agora,<br />

trará sucesso onde estiver implantada.<br />

Este modelo não se sustenta em todos<br />

os bairros, só será implantado nos<br />

bairros com altos índices de violência,<br />

e nos bairros onde não for implantado?<br />

E se essa violência migrar para<br />

outros bairros, qual o plano B para os<br />

bairros que não têm UPP?<br />

<strong>Folha</strong> – Em relação à PEC 300,<br />

que estabelece um piso nacional<br />

para os policiais militares, cuja discussão<br />

gira em torno de R$ 3.500. O<br />

senhor como representante da categoria<br />

acha que o governo tem condições<br />

de bancar este valor, caso a<br />

proposta fosse aprovada?<br />

DCT – A proposta da PEC 300 é<br />

criar um Fundo Nacional de Segurança<br />

Pública para complementar o custeio<br />

nos estados. Os estados não precisariam<br />

arcar com nenhuma despesa<br />

extra, porque a ideia é que o governo<br />

federal banque essa complementação,<br />

assim como vem fazendo com as polícias<br />

Civil e Militar do Distrito Federal.<br />

<strong>Folha</strong> – O que o senhor acha da<br />

declaração do secretário João Leão,<br />

ao afi rmar que a prefeitura implantará<br />

o modal de transporte que o governador<br />

estabelecer, sendo VLT ou<br />

BRT?<br />

DCT – Eu particularmente acho<br />

que seria um retrocesso muito grande<br />

a adoção do BRT, inclusive este modelo<br />

não atende mais as necessidades de<br />

Curitiba. Lá, este modelo já se esgotou.<br />

Acho que não atenderia as nossas<br />

necessidades atuais<br />

<strong>Folha</strong> – Qual o balanço que o senhor<br />

faz do governo Dilma?<br />

DCT – Aos cinco meses de governo,<br />

eu acho que ela começou bem,<br />

muito séria, muito fi rme. Mas já está<br />

na hora de implantar o projeto de governo,<br />

porque a Copa exige urgência.<br />

Na área política, o que está acontecendo<br />

já era previsto. A relação dela com<br />

o Congresso não é boa. Ela não sabe<br />

lidar com os parlamentares, ela trata<br />

os parlamentares de uma forma muito<br />

seca, ela não deve subestimar o parlamento.<br />

<strong>Folha</strong> – O senhor foi o único parlamentar<br />

da base aliada do governo a<br />

votar contra o Projeto de Lei 19.100.<br />

Por que o senhor julgou as mudan-<br />

ças do projeto de inconstitucional?<br />

DCT – Ali foi uma questão curiosa.<br />

Eu apresentei uma emenda de independência<br />

do Corpo de Bombeiros<br />

da Polícia Militar, buscando o melhor<br />

para o Corpo de Bombeiros, e outra<br />

emenda transferindo o Detran da Secretaria<br />

da Administração para a Secretaria<br />

da Segurança Pública, para<br />

que o Detran, por lei, operacionalizasse<br />

ajuda no combate à violência, no<br />

viés do uso do automóvel, e apresentei<br />

outra emenda para criar a Delegacia<br />

de Delitos de Trânsito. Hoje, a impunidade<br />

no trânsito é muito grande.<br />

O deputado relator negou as minhas<br />

emendas, argumentando que deputado<br />

não pode fazer emendas sobre esses<br />

temas, o que seria inconstitucional.<br />

Logo no parágrafo seguinte, o relator<br />

transfere a TV Educativa, da Secretaria<br />

da Cultura para o IRDEB, então,<br />

como é que se considera inconstitucional<br />

o meu projeto, e constitucional<br />

esse outro? Quem apresentou ali foi o<br />

deputado relator, que não tem prerrogativas<br />

constitucionais em relação a<br />

mim. Não tem como eu aprovar um<br />

projeto que era inconstitucional para<br />

mim e não é para outro deputado. É<br />

uma questão de coerência.<br />

<strong>Folha</strong> – Essa diferença de pensamento<br />

não deixa arestas?<br />

DCT – É possível que surjam<br />

arestas sim, é possível que incomode<br />

alguém do governo. Mas os poderes<br />

devem ser harmônicos e independentes,<br />

está na Constituição. O deputado<br />

não está aqui para cumprir ordens de<br />

governador. O deputado deve agir de<br />

acordo com sua consciência, eu colaboro<br />

com o governo em tudo que for<br />

bom para o povo. Agora, aquilo que<br />

não for, eu não tenho que ser obrigado<br />

a concordar.<br />

<strong>Folha</strong> – O senhor acha que pode<br />

acontecer retaliações?<br />

DCT – Não acredito que possam<br />

vir retaliações. O governador Wagner<br />

é um democrata. Mas se vier, eu não<br />

tenho nada a perder com isso. Tem a<br />

perder quem pratica a retaliação, que<br />

vai virar um governo ditatorial, o que<br />

eu não acredito. Mas se vier, eu não tenho<br />

problema nenhum em enfrentar<br />

retaliações.<br />

<strong>Folha</strong> – Que mensagem o senhor<br />

deixaria para a população, caso ela<br />

optasse pelo seu projeto político?<br />

DCT – Sou pré-candidato à sucessão<br />

municipal, para fazer de Salvador<br />

uma cidade mais humana e menos<br />

violenta. Para devolver aos soteropolitanos<br />

a sua cidade, a Salvador da alegria.<br />

E não farei isso a qualquer preço,<br />

me corrompendo, farei o melhor com<br />

o coração limpo, e revelando para a<br />

sociedade que Salvador tem jeito. É o<br />

que espero mostrar através dos meus<br />

projetos.<br />

“Além de obras, tem que se investir em ações culturais para dinamizar o comércio da <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong>, dinamizar o lado social, a redução da violência através da cultura e esporte.”


BAIRROS<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

Prefeitura abre diálogo através da ouvidoria, moradores reagem:<br />

“A GENTE JÁ NÃO<br />

AGUENTA MAIS”<br />

8


A<br />

reunião promovida pela ouvidoria<br />

municipal permitiu que os moradores<br />

declarassem suas principais<br />

queixas, tais como saneamento básico e<br />

alagamentos (falta de macro-drenagem),<br />

incômodo das obras no entorno, ausência<br />

de estímulo à arte para os jovens da região,<br />

poluição sonora, defi ciências na saúde,<br />

segurança pública, entre outras. Participaram<br />

o ouvidor geral Humberto Viana, o<br />

gestor do Sistema Integrado de Atendimento<br />

Regional (Siga), Elney Pitangueira de<br />

Andrade e Francisco de Assis, da Central<br />

de Planejamento e Acompanhamento das<br />

Ações de Descentralização Administrativa<br />

(CEPAD). Além de diversas representações<br />

comunitárias da região da Península e<br />

Subúrbio Ferroviário.<br />

9<br />

Polêmica<br />

Por Luciana Zacarias<br />

Toda <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> convive com<br />

problemas crônicos, como falta de<br />

acessibilidade, limpeza, transporte<br />

público inefi ciente e carência em<br />

infraestrutura.<br />

Moradores da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />

reuniram-se com representantes da<br />

Ouvidoria Geral do Município de<br />

Salvador no último dia 10, no auditório<br />

do Colégio Estadual Costa<br />

e Silva, com o objetivo de discutir<br />

ações de melhoria para a Península<br />

Itapagipana.<br />

A reunião técnica permitiu que<br />

os moradores declarassem suas<br />

principais queixas, tais como saneamento<br />

básico e alagamentos<br />

(falta de macro-drenagem), incômodo<br />

das obras no entorno, ausência<br />

de estímulo à arte para os<br />

jovens da região, poluição sonora,<br />

defi ciências na saúde, segurança<br />

pública, entre outras. Para compor<br />

a mesa, participaram o ouvidor geral<br />

Humberto Viana, o gestor do<br />

Sistema Integrado de Atendimento<br />

Regional (Siga), Elney Pitangueira<br />

de Andrade e Francisco de<br />

Assis, da Central de Planejamento<br />

e Acompanhamento das Ações de<br />

Descentralização Administrativa<br />

(CEPAD).<br />

Para a líder comunitária<br />

Gildete Silva, um dos principais<br />

transtornos é a falta de avisos à<br />

população em casos de obras. Segundo<br />

ela, situações como essa já<br />

foram causa até mesmo de mortes<br />

na região. “Os moradores não são<br />

consultados”, afi rma.<br />

O morador Raimundo Nascimento<br />

chama atenção para a urgência<br />

da necessidade em realizar<br />

Representantes de diversas Associações de Moradores, discutiram os principais problemas da península e Subúrbio Ferroviário.<br />

macro-drenagem em áreas como<br />

a <strong>Baixa</strong> do Petróleo, Mangueira,<br />

<strong>Baixa</strong> do Fiscal e ruas do Uruguai.<br />

“Não existe na região área de descarte<br />

de entulho. Além disso, é<br />

preciso também cuidar de áreas<br />

vizinhas como o Lobato, que está<br />

intimamente ligado aos problemas<br />

da Ribeira”, acredita.<br />

Figura atuante da <strong>Cidade</strong><br />

<strong>Baixa</strong>, Jorge Souza ou “Jorginho do<br />

Reggae”, do Grupo Cultural Samba<br />

Terra, também fez suas considerações.<br />

“Por que não transformar os<br />

prédios abandonados em ofi cinas<br />

de arte?”, alude para a importância<br />

no combate às drogas, fl agelo<br />

que atinge, sobretudo, o segmento<br />

jovem. Ainda em pequena escala,<br />

ideias como a do músico já vêm<br />

sendo pauta de discussão do governo,<br />

que investirá na instalação<br />

física da Associação Fábrica Cultural,<br />

da cantora Margareth Menezes,<br />

a ser sediado no antigo prédio da<br />

fábrica Barreto de Araújo.<br />

“Infelizmente, temos no Brasil<br />

a cultura da não-resposta. Precisamos<br />

da participação popular para<br />

legitimar o exercício da cidadania.<br />

Esse contato não acaba aqui. A população<br />

precisa cobrar”, concluiu<br />

Humberto Viana. Sua afi rmação<br />

foi uma resposta à justifi cativa dos<br />

moradores sobre a pequena participação<br />

popular na ocasião, que,<br />

segundo eles, deve-se à descrença<br />

das promessas do governo e falta<br />

de retorno. Segundo Reginaldo de<br />

Souza, gestor da Associação Benefi<br />

cente e Democrática de Alagados<br />

e Itapagipe (Abdai), já foram realizados<br />

abaixo-assinados com até<br />

2 mil pessoas, para resolver questões<br />

como o alagamento da região,<br />

sem resultado. “Se continuar dessa<br />

forma, não vai para lugar nenhum”,<br />

disse.<br />

De acordo a Assessoria de Comunicação<br />

da Conder, as obras na<br />

Ribeira foram paralisadas devido<br />

à necessidade de realizar adequações<br />

no projeto de revitalização,<br />

que foram apresentadas pela prefeitura<br />

municipal e que estão sendo<br />

analisadas pela Caixa Econômica<br />

Federal. Após a aprovação das adequações<br />

no projeto pela Caixa Econômica<br />

Federal e a retomada das<br />

obras, será elaborado um novo cronograma<br />

que estabelecerá o prazo<br />

de conclusão”.


ACONTECE<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

Multa para quem jogar entulho na rua<br />

Com o apoio de 10 viaturas da<br />

Guarda Municipal circulando por<br />

toda a cidade para identifi car e autuar<br />

cidadãos que descartam entulho<br />

irregularmente pelas ruas, aprefeitura,<br />

juntamente com a Limpurb,<br />

deu início à campanha Ação <strong>Cidade</strong><br />

Limpa que, segundo o prefeito João<br />

Henrique, está voltada para despertar<br />

a consciência ambiental da população:<br />

“Promoveremos faxinaços<br />

Marca Irmã Dulce é usada para<br />

dar força a produtos e instituições<br />

A marca Irmã Dulce rende, e<br />

muito, para quem usa o seu nome<br />

para abençoar o negócio. De farmácias<br />

a escolas de enfermagem,<br />

passando por pães e panetones, a<br />

marca Irmã Dulce agrega valor aos<br />

produtos. Segundo catalogação das<br />

Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), até<br />

2006, quase 60 instituições públicas<br />

e privadas do Brasil fi zeram registro<br />

com o nome da religiosa. Como nem<br />

sempre o uso da marca é autorizado<br />

pelas Osid, a instituição contratou<br />

uma empresa de auditoria, que já<br />

notifi cou 15 empresas que usaram<br />

A prefeitura está de<br />

olho em quem joga lixo<br />

nas ruas da cidade,<br />

fi scais estarão se revezando<br />

para assegurar<br />

calçadas livre de entulho,<br />

e avisa: a multa é<br />

pesada.<br />

indevidamente o nome da freira<br />

baiana. Até um Centro Espírita, em<br />

Goiânia, tentou se registrar com o<br />

nome de Irmã Dulce. O empresário<br />

Severino Rodrigues da Silva, dono<br />

da rede de farmácias Irmã Dulce,<br />

que começou com uma única loja e<br />

hoje tem mais de 40 pontos de venda<br />

no Rio Grande do Norte, chegou<br />

a ser processado pelas Osid, pelo<br />

uso do nome da religiosa. Severino<br />

ganhou o primeiro processo pois a<br />

Justiça, segundo ele, não considerou<br />

que havia confronto com os projetos<br />

sociais da freira. (Correio)<br />

10<br />

em várias áreas da cidade, realizaremos<br />

campanhas educativas nas residências<br />

e nas escolas, ao tempo que<br />

intensifi caremos a fi scalização com<br />

aplicabilidade de multas”, esclareceu.<br />

João Henrique enfatizou também<br />

que este é mais um passo no<br />

sentido de promover a organização<br />

da cidade, assegurando a melhoria<br />

da qualidade de vida dos soteropolitanos<br />

e bem-estar dos turistas.<br />

Dr. Onésio,<br />

Comprei um eletrodoméstico<br />

para presentear minha mãe, na loja<br />

Ricardoeletro. Não testaram o liquidifi<br />

cador no momento da compra e,<br />

ao chegar em casa, o equipamento<br />

não funcionou. No comprovante fi scal,<br />

emitido pela loja, consta um carimbo<br />

dizendo que a troca só pode<br />

ser feita até 48 horas após a compra.<br />

Isso está certo?<br />

Antonio de Jesus<br />

Morador da Massaranduba<br />

RESPOSTA<br />

Caro leitor, no caso de produtos<br />

duráveis, a exemplo de eletrodomésticos,<br />

o Código de Defesa do Consumidor<br />

não obriga ao fornecedor a trocar<br />

o produto, somente exige que efetue<br />

o seu conserto no prazo máximo de<br />

30 dias pelo fabricante. Como a loja,<br />

ainda assim, concedeu um prazo de<br />

48 horas para efetuar a troca, tal prazo<br />

deve ser obedecido. Se no prazo de 30<br />

dias não houver o reparo, o consumidor<br />

poderá exigir a troca do produto,<br />

a devolução da quantia paga ou o abatimento<br />

do preço.<br />

O prazo para reclamar o defeito de<br />

SERVIÇO<br />

1.800 toneladas de entulhos/mês são<br />

descartadas de forma inadequada, em<br />

vários bairros da cidade.<br />

R$ 43,19 até R$ 1.261,17 são os valores<br />

da multa aplicada a quem for pego<br />

descartando entulho nas ruas.<br />

ONDE DENUNCIAR<br />

Limpurb:<br />

Tel: 31865000/3186-5112 ou 3186-5113<br />

Ouvidoria Geral do Município (OGM)<br />

Tel: 156<br />

onesimo@folhadacidadebaixa.com.br<br />

Seus Direitos<br />

Dr. Onésimo Mendes – OAB/BA 24.188<br />

um produto é de 90 dias, em caso de<br />

produtos duráveis, e de 30, dias para<br />

bens não -duráveis. O seu eletrodoméstico<br />

confi gura-se como produto<br />

durável e, portanto, o CDC prevê 90<br />

dias para reclamação deste defeito.<br />

O CDC informa ainda, que, em<br />

caso de defeito oculto, a contagem<br />

deste prazo se inicia no momento da<br />

sua constatação. Se o estabelecimento<br />

comercial negar-se a atender seu direito,<br />

poderás procurar o Procon.<br />

Se ainda assim não for resolvido,<br />

você poderá mover uma ação judicial<br />

contra o estabelecimento que comercializou<br />

o eletrodoméstico. Para isso,<br />

existem os Juizados Especiais de Defesa<br />

do Consumidor que permitem o<br />

acesso à Justiça sem nenhum custo ao<br />

cidadão, além de dispensar a fi gura do<br />

advogado, se o valor da causa não ultrapassar<br />

20 salários mínimos.<br />

Uma vez ajuizada essa ação, você<br />

sairá do órgão judicial com a audiência<br />

de conciliação pré-agendada.<br />

Lembrando ainda que, se o produto<br />

for comprado fora do estabelecimento<br />

comercial, a exemplo da internet, será<br />

possível a devolução da mercadoria<br />

em até 7 dias, se não for do seu agrado,<br />

sem precisar dar qualquer tipo de<br />

explicação para o fornecedor.


Oi, eu sou Margareth Menezes,<br />

cantora e compositora.<br />

A partir de hoje, começo a<br />

escrever para a nossa <strong>Folha</strong><br />

da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>, o que me deixa muito<br />

feliz! Como é meu primeiro texto,<br />

fi quei pensando no que poderia falar<br />

para inaugurar nosso espaço. Depois<br />

de pensar bastante, resolvi escolher<br />

um tema que é um marco de importância<br />

na vida da gente que mora na<br />

Península: a beatifi cação de Irmã Dulce.<br />

Muita gente pode não concordar<br />

- até porque, pessoas de todos os credos<br />

leem o jornal –, mas, na realidade,<br />

a beatifi cação da nossa Irmã Dulce<br />

signifi ca o reconhecimento de uma<br />

missão diferenciada, independente de<br />

religião. Ela foi de uma conduta humanitária<br />

sem precedentes.<br />

É muito forte a história de uma<br />

pessoa que se dispôs a sair pelas ruas<br />

acolhendo doentes para tratar sem<br />

ao menos ser médica, sem ter onde<br />

abrigar essas pessoas, contando somente<br />

com fé inabalável em Deus e a<br />

perseverança em fazer o bem. Ela começou<br />

assim e conseguiu atingir um<br />

trabalho de proporções magnânimas -<br />

como hoje são as Obras Assistenciais<br />

de Irmã Dulce (OSID). Só nos resta<br />

reconhecer essa pessoa como ben-<br />

Registro<br />

Audiência Pública reúne as senadoras<br />

Marta Suplicy e Lídice da Mata<br />

Realizada em Salvador,<br />

no dia 27 de maio, no Centro<br />

Cultural Da Câmara<br />

Municipal, a audiência pública<br />

“As Mulheres e a Reforma<br />

Política” promovida<br />

pela Comissão de Constituição<br />

e Justiça do Senado<br />

(CCJ), contou com a presença<br />

das senadoras Lídice<br />

da Mata (PSB-BA) e Marta<br />

Suplicy (PT-SP). A audiência<br />

serviu para discutir<br />

magazine@folhadacidadebaixa.com.br<br />

nbhbzine<br />

Margareth Menezes<br />

dita e cumpridora da maior palavra<br />

de amor, independente de religião: o<br />

amor ao próximo.<br />

Imagino como nós somos pequenos<br />

diante de pessoas que têm essa<br />

força, esse desprendimento, esse amor<br />

verdadeiro. Para fazer qualquer mudança<br />

na vida é preciso compartilhar.<br />

Por isso precisamos do outro; não<br />

podemos viver sozinhos. Nenhum de<br />

nós cresceu sem contar com alguém<br />

que nos alimentasse e cuidasse. Sempre<br />

estamos precisando do outro. Primeiro,<br />

nossos pais nos dão a vida e<br />

participam da nossa criação. Depois,<br />

nossos professores e primeiros empregadores<br />

nos dão oportunidades<br />

e lições... Também uma pessoa para<br />

viver junto, nossos amigos para rir,<br />

para chorar e para nos ajudar a crescer<br />

como seres humanos.<br />

Ao longo desses processos da vida,<br />

estamos sempre em contato com o<br />

outro, e, no fi m de tudo, – até na hora<br />

de morrer – precisamos que enterrem<br />

nosso corpo. Então, é bom a gente<br />

aprender o valor do amor ao próximo,<br />

principalmente dos que estão mais<br />

junto de nós. E Irmã Dulce estava<br />

aqui, bem juntinho da gente, salvando<br />

vidas e trazendo forças aos mais necessitados,<br />

sem pedir nada em troca.<br />

Muito obrigada, Irmã Dulce.<br />

os desafios de ampliar a<br />

participação das mulheres<br />

em cargos eletivos, como<br />

deseja a presidente Dilma<br />

Roussef, além de evidenciar<br />

o papel das mulheres dentro<br />

do universo político no<br />

Brasil de hoje. Em plenário<br />

completamente lotado, o<br />

evento contou com a participação<br />

das comissões de<br />

Defesa dos Direitos da Mulher<br />

da Assembleia Legis-<br />

lativa da Bahia e da Câmara<br />

Municipal de Salvador,<br />

além de representantes do<br />

Poder Judiciário e dos Movimentos<br />

de Mulheres da<br />

Bahia. Também estiveram<br />

presentes ao evento a deputada<br />

federal Alice Portugal<br />

(PC do B-BA), a prefeita de<br />

Lauro de Freitas, Moema<br />

Gramacho,e a deputada estadual<br />

Luiza Maia, dentre<br />

outras autoridades.<br />

11<br />

Jau comanda a festa de aniversário<br />

de um ano da The Best Beach<br />

Parece que foi ontem que a linda<br />

praia da Ribeira recebia a então badalada<br />

casa de show Th e Best Beach.<br />

No próximo mês de junho a Th e Best<br />

Bach completa um ano de existência<br />

e vai comemorar a data em grande<br />

estilo. Quem comanda a diversão da<br />

festa é o cantor Jau. Autêntico e com<br />

um repertório que agrada a todas as<br />

faixas etárias, Jau garante embalar<br />

a galera ao som de uma seleção de<br />

músicas que marcaram a sua carreira,<br />

a exemplo de “<strong>Cidade</strong> dos Poetas”,<br />

“Flores da Favela” e “Sandália<br />

de Coro”. Os sucessos recentes também<br />

farão parte da apresentação que<br />

contará ainda com a participação de<br />

convidados especiais. O evento que<br />

está programado para iniciar às 21h<br />

será realizado no dia 09/07.<br />

Serviço<br />

O Quê: JAU Comemorando o<br />

aniversário de 1º ano da Th e Best<br />

Beach<br />

Atrações: Jau e convidados<br />

Valores: R$ 40 pista e R$ 70<br />

camarote<br />

Horário: A partir das 21h<br />

Informações: (71) 3494-7226<br />

Vendas no Local, Pida e Ticketmix<br />

Senadora Marta Suplicy durante encontro em Salvador.


ESPORTES<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

A<br />

abertura ofi cial da 1ª Etapa teve o<br />

hasteamento das bandeiras com a<br />

participação da Banda Musical da<br />

Marinha do Brasil, tocando o Hino Nacional<br />

na presença dos atletas, treinadores,<br />

dirigentes e um grande público que lotou<br />

a enseada para torcer por seus atletas. A<br />

disputa aconteceu na Ribeira, ao longo<br />

da Avenida Porto dos Tainheiros, com<br />

largada na Penha. Teve a participação de<br />

quatro clubes: São Salvador, Esporte Clube<br />

Vitória, Clube de Regatas Itapagipe e<br />

Esporte Clube Santa Cruz. Mais de 100<br />

atletas, em diversas categorias, fi zeram<br />

verdadeiros pegas no mar da Enseada dos<br />

Tainheiros, a mais antiga raia olímpica<br />

do Brasil. O campeonato de remo conta<br />

com cinco regatas anuais com pontuação<br />

cumulativa. No fi nal do ano, quem tiver<br />

a maior pontuação, é o Campeão Baiano.<br />

Remadoras brigam e Vitória perde<br />

O Vitória, que ganhou todos os títulos<br />

do Estadual de remo durante os últimos<br />

nove anos, acabou surpreendido por uma<br />

briga entre as suas próprias remadoras<br />

Jéssica dos Santos e Letícia de Souza, que<br />

culparam uma à outra pela dianteira da<br />

embarcação adversária, onde remavam<br />

Marilene e Bethânia, na disputa da prova<br />

Double skiff . Ao chegarem na areia, as<br />

duas se agrediram, fato lamentável que<br />

levou a comissão julgadora a desclassifi -<br />

car as duas atletas rubro negras. Assim, o<br />

São Salvador levou o título da 1ª Regata,<br />

restando ao Vitória amargar um segundo<br />

lugar na competição.<br />

Para a professora de educação física e<br />

mãe de três fi lhos, com idade de nove, 11<br />

e 18 anos, Bethânia Martins, de 39 anos e<br />

atleta do clube São Salvador, a etapa serviu<br />

de treino preparativo para XVI Copa<br />

Norte e Nordeste de Remo, que acontece<br />

no dia 29 de maio, na cidade de Vitória,<br />

no Espírito Santo.<br />

Várias autoridades prestigiaram o<br />

evento, com destaque para o Secretário<br />

do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte,<br />

Nilton Vasconcelos, que representou o<br />

1ª ETAPA DO CAMPEONATO BAIANO DE REMO 2011<br />

São Salvador vence e mantém a ponta<br />

RESULTADO<br />

Beleza e força marcaram a vitória feminina da equipe alvi-verde do São Salvador.<br />

governador Jaques Wagner, o deputado<br />

estadual Capitão Tadeu, o presidente da<br />

Federação Baiana de Remo, Adroaldo<br />

Mendonça Júnior, além da presença de<br />

jornalistas, vereadores, radialistas e o empresariado<br />

local.<br />

SÃO SALVADOR<br />

Venceu o 4 COM Sub-23, SEM Júnior, 2 com Principiante, 4 SEM Júnior, 2 com principiante, 2<br />

SEM Júnior e Double Skiff Feminino Sênior; foi vice no Double Sênior Júnior, Skiff Feminino<br />

principiante, Skiff Sub-23, Four Skiff Sênior e 8 COM<br />

VITÓRIA<br />

Venceu o Double Sênior, Skiff Feminino principiante, Skiff Sub-23, Four Skiff Sênior e 8 COM<br />

Principiante, foi vice no 4 COM Sub-23, 2 SEM timoneiro Júnior, 2 COM Principiante, 4 SEM<br />

Júnior<br />

ITAPAGIPE<br />

Tirou três terceiros lugares (Skiff Sub-23, SEM e 8 COM) e um quarto lugar (Double Sênior)<br />

SANTA CRUZ<br />

Tirou dois terceiros lugares (Double Sênior e Skiff Feminino) e um quarto lugar (Skiff Sub-23)<br />

12<br />

A 357ª regata contou com o patrocínio<br />

do governo da Bahia, através da Embasa,<br />

Ofi cina Codami, Sorveteria da Ribeira,<br />

Lanches Joiá e Estação da Água, com o<br />

apoio da Marinha do Brasil, Polícia Militar,<br />

Prefeitura de Salvador e Instituto Cultural<br />

Brasil Itália Europa.<br />

Depois de dois anos, o São Salvador quebrou o jejum e a hegemonia do E.C Vitória na competição.<br />

“O governo do estado tem incentivado<br />

o esporte de várias modalidades, como<br />

o programa FAZATLETA, que disponibiliza<br />

bolsas que vão de R$ 800 até R$<br />

2.000,00.<br />

Nilton Vasconcelos,<br />

Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.<br />

Baianos fazem bonito<br />

em Vitória (ES)<br />

Aconteceu entre 27 a 29 de Maio, a XVI<br />

Copa Norte e Nordeste de Remo, com a<br />

Bahia participando e sendo representada<br />

pelo Clube de Natação e Regatas São Salvador<br />

e Sport Clube Santa Cruz, com a<br />

presença de clubes dos estados de Pernambuco,<br />

Brasília, Pará, Rio Grande do Norte<br />

e Espírito Santo, totalizando mais de 20<br />

clubes e quase 100 atletas. Com a realização<br />

da Federação Amadorista de Remo do<br />

Espírito Santo e o apoio da Confederação<br />

Brasileira de Remo e Prefeitura Municipal<br />

de Vitória - ES, a competição foi bem<br />

disputada e a torcida presente fez a festa,<br />

vibrando bastante com as grandes remadas<br />

e pegas no mar.<br />

O remo baiano lutou muito para manter<br />

a hegemonia na região, tentando o<br />

tetra-campeonato, com as guarnições do<br />

Clube de Natação e Regatas São Salvador<br />

e Sport Clube Santa Cruz participando<br />

ativamente das provas, onde a atleta Marilene<br />

Barbosa foi o destaque geral da<br />

regata, tornando-se a maior vencedora<br />

da Copa Norte e Nordeste, já que, desde<br />

1999, é campeã absoluta na categoria feminino,<br />

sendo motivo de admiração por<br />

todos os presentes. Os clubes do Espírito<br />

Santo, por estarem em casa, tiveram mais<br />

condições de colocar barcos para competir,<br />

levando sempre vantagem para os outros<br />

participantes, fazendo a diferença no<br />

fi nal da regata.<br />

A Copa Norte e Nordeste foi idealizado<br />

por baianos em 1961, na mais antiga<br />

raia do Brasil, a dos Tainheiros, vendo<br />

deslizar barcos e remadores nas suas águas<br />

calmas, marcando a história esportiva da<br />

Bahia e do Brasil.<br />

Como resultado fi nal, o Clube de<br />

Remo Saldanha da Gama foi o Campeão<br />

Geral, vencendo cinco provas, seguido<br />

pelo Clube de Natação e Regatas São<br />

Salvador e Álvares Cabral, vencendo três<br />

provas e o Clube Náutico Capibaribe, vencendo<br />

duas provas.<br />

A Federação dos Clubes de Regatas<br />

da Bahia, teve o patrocínio do governo da<br />

Bahia, através da SUDESB e EMBASA. A<br />

delegação baiana teve o comando de Elney<br />

Pitangueira de Andrade, os técnicos<br />

Jair Fonseca e Carlos Alberto da Conceição<br />

e os seguintes atletas: Anderson Nascimento<br />

da Silva, Marilene Silva Barbosa,<br />

Márcio Vinícius Welly Estrelado Júnior,<br />

Gabriel de Souza Soares, Cláudio dos Santos<br />

Conceição, Maurício José Correia de<br />

Paula, Camila Tâmires Santos de Oliveira,<br />

Sílvio Carlos Badaró Júnior e Cléber dos<br />

Santos Conceição.<br />

Texto: Ascom FRB


SPORT CLUB SANTA CRUZ<br />

Há 132 anos, em 1º de fevereiro de<br />

1904, alguns moços afeiçoados à pratica<br />

de esportes ainda incipientes em nosso<br />

meio, fundaram uma sociedade para<br />

oferecer aos seus associados, material e<br />

oportunidade de praticar a cultura física.<br />

Nasceu, assim, o Sport Club Santa Cruz,<br />

que logo depois estendeu suas atividades<br />

ao esporte náutico, se fi liando à F.C.R.B.<br />

já existente, embora fosse ele mais velho 4<br />

meses e 25 dias.<br />

Participou pela primeira vez da 3ª regata<br />

ofi cial da Bahia, em 24 de maio de<br />

1906, logrando na 3ª prova em Canoa a 4<br />

Remos um honrado 2º lugar. Alcançou a<br />

sua primeira vitória com a Baleeira Gaúcha<br />

a 4 remos, na 9ª Prova da 4ª Regata,<br />

realizada em 1º de Novembro em 1906. A<br />

partir daí, se cobriu de glórias, trazendo<br />

bem alta a fl âmula, cuja sombra seguiu<br />

dentro dos princípios da disciplina, buscando<br />

o aprimoramento moral e psicológico<br />

dos seus atletas, com o trabalho eugênico<br />

e salubre. Aprovadas em estatuto,<br />

as cores do clube inicialmente eram azul<br />

e amarelo, sendo substituída, mais tarde, a<br />

última por branco.<br />

Dizem os velhos lobos das justas na<br />

Enseada dos Tainheiros que a ideia da<br />

fundação originou-se de uma palestra no<br />

“Bar Bela Jardineira”, no Comércio, onde<br />

foi a despensa Vantajosa, na Rua Portugal.<br />

Já no ano seguinte de sua criação, é fundado<br />

no dia 1º de junho de 1905, o Departamento<br />

Náutico, tendo em seguida sido<br />

aberta uma subscrição entre sócios e comerciantes<br />

para a compra de barcos, o que<br />

resultou em pleno êxito. Em 1931, pela<br />

1ª vez que a Taça Maria Luiza foi corrida,<br />

o Sport Club Santa Cruz foi laureado,<br />

vencendo a taça transitória por 14 vezes,<br />

sendo em sequência, de 1935 a 1942, a última,<br />

na 4ª regata de 1999. O “Benjamim”<br />

como é chamado por ser o mais moço dos<br />

4 coirmãos, na época, foi Campeão Baiano<br />

numa sequência admirável de 8 anos<br />

seguidos.<br />

A<br />

História<br />

dos Clubes de Remo<br />

CLUBE DE NATAÇÃO E REGATAS<br />

SÃO SALVADOR<br />

Foi seu idealizador e fundador Torquato<br />

Corrêa, ao regressar do Rio de Janeiro,<br />

onde remava pelo Clube de Regatas<br />

Flamengo. Notando a falta de clubes náuticos<br />

nesta capital, onde existia apenas o<br />

Esporte Clube Vitória com uma pequena<br />

fl otilha, resolveu consultar alguns amigos<br />

e no dia 1º de Setembro de 1902, na sua<br />

residência, na Piedade, fundou o Clube de<br />

Natação e Regatas São Salvador.<br />

Animado com a grande adesão de<br />

associados, voltou ao Rio e de lá trouxe<br />

duas canoas e aos domingos e feriados,<br />

no Porto dos Tainheiros, se exercitavam<br />

os amadores e amantes do novo esporte,<br />

despertando grande interesse público.<br />

Em janeiro de 1905, devido a um mal<br />

entendido, associados do Vitória deixam<br />

esse clube (cerca de 20), e se transferem<br />

para o São Salvador, sendo criada a seção<br />

de futebol sob a direção de Carlos Costa<br />

Pinto. Conquistando logo a preferência<br />

do público, tornou-se a sociedade esportiva<br />

mais querida da época.<br />

Nesta mesma ocasião, por proposta de<br />

Arthur Moraes, são mudadas suas cores<br />

de amarelo e preto para o branco e verde,<br />

que adota até hoje.<br />

Em 1905, tomou parte no 1º Campeonato<br />

Baiano de Futebol, no Campo da<br />

Pólvora, sagrando-se vice-campeão. No<br />

ano seguinte levanta o título e, no outro,<br />

o bi-campeonato.<br />

No remo, era o “Bicho Papão” levantando<br />

quase todas as regatas.<br />

Com o correr dos tempos, deixando o<br />

futebol devido à extinção da Liga Bahiana<br />

e a decadência no remo, sofreu o alvi-verde<br />

algumas crises, perdendo a liderança<br />

para o E. C. Vitória.<br />

Agora, o C.N.R. São Salvador se reorganiza,<br />

papando este ano o Vice-Campeonato<br />

Baiano, voltando a ocupar o seu lugar<br />

de destaque nos meios náuticos, para<br />

alegria da sua grande torcida.<br />

13<br />

Dia de regata naquele tempo era dia de festa em<br />

Salvador. A cidade se deslocava para a Enseada<br />

dos Tainheiros, na Ribeira. Cada clube participante<br />

contratava uma orquestra e um navio da Navegação<br />

Baiana, que fi cava fundeado ao largo, para que o público<br />

melhor localizado assistisse às acirradas competições.<br />

ESPORTE CLUBE VITÓRIA<br />

Apesar de fundado em 13 de maio de<br />

1899, como um clube de Cricket, espécie de<br />

futebol jogado também com as mãos, foi o<br />

remo que ajudou a fi rmar o Vitória no coração<br />

dos baianos.<br />

Há mais de 100 anos, foi através do remo<br />

e também do Cricket inglês que começaram<br />

as primeiras disputas esportivas na Bahia,<br />

antes mesmo do futebol, somente praticado<br />

no início do século passado.<br />

O Vitória detém o recorde nacional de<br />

títulos consecutivos no remo, com 11 campeonatos<br />

seguidos entre 1943 e 1953, superando<br />

o Vasco, que tem 10 conquistas no<br />

Rio.<br />

Detém o recorde da Taça Maria Luisa,<br />

em Double-Skiff , ganha 13 vezes seguidas<br />

por Jorge Rádel, o “Diabo louro”, um dos<br />

seus maiores remadores.<br />

O Esporte Clube Vitória é atualmente<br />

Octa-Campeão do Remo Baiano, além de<br />

Tri-Campeão da Copa Norte/Nordeste e<br />

Campeão da Taça Olga, a mais tradicional<br />

do Remo Baiano instituída em 1905.<br />

CLUBE DE REGATAS ITAPAGIPE<br />

Em agosto de 1902 esportistas residentes<br />

na península, juntos em um<br />

aniversário na residência dos irmãos<br />

Torres, comentam a ideia da fundação<br />

de um Clube Náutico em Itapagipe, para<br />

a prática de Remo. Ficou logo acertado<br />

que o clube seria batizado com o nome<br />

de Clube de Regatas Itapagipe.<br />

Assim, no dia 7 de Setembro de<br />

1902, pela manhã, na residência da família<br />

Espinheira, gentilmente cedida,<br />

foi fundado o Itapagipe, mantendo o<br />

nome anteriormente escolhido. Quanto<br />

às suas cores, após pequeno debate, vez<br />

que alguns desejavam o preto e branco,<br />

a maioria escolheu e venceu o Vermelho<br />

e Branco, adotado até hoje. Assim, saiu<br />

vitoriosa a ideia de um clube de remo<br />

para os moradores da Península Itapagipana,<br />

o qual muito tem contribuído<br />

para a manutenção da tradição desse<br />

esporte tão salutar para a nossa juventude<br />

e o enaltecimento da nossa Bahia<br />

desportiva.<br />

Tudo para a prática de esportes e artigos esportivos:<br />

chuteiras, bolas, acessórios dos mais variados tipos.<br />

Temos as melhores marcas e o menor preço.<br />

Faça-nos uma visita e comprove.


TURISMO<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> - 31 de Maio a 30 de Junho de 2011<br />

Tombamento da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong><br />

é homologado pelo Iphan<br />

O<br />

Conjunto Urbano e Arquitetônico<br />

da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> de Salvador<br />

passou a ser, a partir do dia 09 de<br />

maio ofi cialmente reconhecido como patrimônio<br />

cultural tombado pela União.<br />

A homologação do processo, declarado<br />

como tombamento provisório em<br />

2009, foi publicada no Diário Ofi cial da<br />

União de hoje, assinada pela ministra da<br />

Cultura, Anna de Hollanda.<br />

O superintendente do Iphan na Bahia,<br />

Carlos Amorim, explicou que já há uma<br />

série de ações em pauta para a preservação<br />

e recuperação da área tombada. “Há<br />

um recurso, obviamente ainda contingen-<br />

ciado e aguardando liberação superior, da<br />

ordem de R$ 250 milhões por quatro anos<br />

para serem aplicados naquela área”, disse<br />

Amorim, sobre o PAC das <strong>Cidade</strong>s Históricas,<br />

que abrange 173 municípios em<br />

todos os estados da federação.<br />

Preservação cultural<br />

O processo de tombamento visa preservar<br />

bens de valor histórico cultural, arquitetônico,<br />

ambiental ou de valor afetivo<br />

para a população, o que passa a impedir<br />

a destruição e ou descaracterização do<br />

imóvel.<br />

Além disso, após tombado, um bem<br />

precisa passar por um processo de con-<br />

Moyses Cafezeiro, o primeiro da esquerda, é a partir desta edição colunista de Turismo<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>Folha</strong> da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong>.<br />

14<br />

servação e manutenção da estrutura a fi m<br />

de que o valor cultural não seja perdido.<br />

Além do Centro Urbano e Arquitetônico<br />

da <strong>Cidade</strong> <strong>Baixa</strong> e da própria capital<br />

Salvador, outros dez sítios urbanos<br />

na Bahia são tombados como Patrimônio<br />

Cultural pelo IPHAN. São as cidades de<br />

Andaraí, Cachoeira, Ilha de Itaparica,<br />

Lençóis, Monte Santo, Mucugê, Porto Seguro,<br />

Rio de Contas e Santa Cruz Cabrália.<br />

Sustentabilidade<br />

Para o historiador Manoel Passos, há<br />

um paradoxo que pode ser observado não<br />

apenas no Brasil, mas em diversas partes<br />

MOYSES CAFEZEIRO, agente<br />

cultural, profi ssional do setor de turismo<br />

há 40 anos, morador do bairro<br />

da Ribeira, identifi cado por uma série<br />

de iniciativas de folguedos populares<br />

na cidade do Salvador, e ações<br />

na área de turismo à nível nacional e<br />

internacional, sempre lutou em toda<br />

sua trajetória de vida profi ssional e<br />

ideal em prol da preservação e valorização<br />

das tradições. Já roteirizou e<br />

participou de programas de TV`s da<br />

Venezuela, Japão, França e Espanha.<br />

Criou e concretizou projetos como:<br />

Jegue-Tour, Ônibus do Forró, Regata<br />

de canoas e saveiros, Bloco Levada<br />

do Jegue que desfi lou em Barcelona<br />

3 vezes e em Paris 2 vezes, entre outros.<br />

Foi premiado por duas vezes no<br />

evento “ CATAVENTO DE PRATA”<br />

que já acontece há 31 anos, no dia<br />

mudial do turismo, considerado o<br />

OSCAR do setor de turismo no Bra-<br />

do mundo, o que pode ser o refl exo de<br />

uma crise mundial no setor cultural. “A<br />

cidade de Cachoeira foi tombada na década<br />

de 1970 e é claro que isso ajudou na<br />

preservação. Hoje a cidade recebeu a Universidade<br />

do Recôncavo, recebeu ações<br />

de recuperação e preservação. Quer dizer,<br />

é uma lei que tem que ser cumprida.<br />

Por outro lado, é fundamental que órgãos<br />

competentes tenham ações proativas no<br />

sentido de recuperar essas ruínas e fazer<br />

com que elas tenham um função social<br />

para a sociedade”, explica.<br />

Informações do <strong>Jornal</strong> A Tarde<br />

sil. Foi homenageado pela delegação<br />

da Martinica, no ano França no Brasil,<br />

com uma medalha de honra ao<br />

mérito, como melhor guia de turismo<br />

do país. Participou durante 30 anos<br />

da FITUR, em Madrid, como delegado<br />

de promoção da Bahia, feira internacional<br />

mais importante para o<br />

setor de turismo.<br />

Resgatou manifestações como:<br />

Segunda-feira Gorda da Ribeira, Festa<br />

de Final de Ano da Península, Sábado<br />

de Aleluia, e os Festejos Juninos<br />

da Península, o tradiconal FORRÓ<br />

DO JEGUE, evento que acontece há<br />

40 anos, e atualmente atrai milhares<br />

de pessoas para a região durante<br />

os quatro dias de festa que ao longo<br />

desses anos já recebeu artistas como:<br />

Targino Godim, Gereba, Carlos Pita,<br />

Arriba Saia, Trio Nordestino, Cicinho<br />

de Assis, Margareth Menezes,<br />

Flor de Milho, entre outros.

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