baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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164<br />
para o Rio com o Daniel, fomos morar no Posto<br />
Seis. Eu estava <strong>em</strong> São Paulo, na casa do meu<br />
compadre, era véspera do carnaval e, já que a<br />
cidade estava vazia, eu tinha saído com o Daniel<br />
para ele dirigir, o ensinei a dirigir com treze<br />
anos. Quando voltei, recebi o recado de que a<br />
Globo tinha ligado me chamando para fazer<br />
Mico Preto, eu ia interpretar a mãe da Glorinha<br />
Pires, Herotildes. Era muito boa essa novela,<br />
escrita pelo Marcilio Moraes, Leonor Basseres<br />
e Euclydes Marinho, com direção do Dênis Carvalho,<br />
que eu já conhecia da Tupi e adoro, e da<br />
Denise Saraceni.<br />
O protagonista de Mico Preto era o Tatá, Luís<br />
Gustavo, que fazia o noivo da atriz principal,<br />
Glória Pires. Herotildes era uma mulher suburbana<br />
ambiciosa, inescrupulosa e s<strong>em</strong> caráter,<br />
louca de pedra, muito brega e de nível baixíssimo,<br />
capaz das maiores canalhices para que a<br />
filha, Sarita, subisse na vida. Fiz<strong>em</strong>os uma cena<br />
muito bonita, aquela famosa cena do chuveiro,<br />
do filme Psicose, do Hitchcock, o Wilker me matando.<br />
Eu era muito louca, tinha seqüestrado o<br />
meu neto, um bebê, e queria de resgate não sei<br />
quantos dólares. Então, naquela cena, tomei o<br />
maior banho da minha vida, com água quente<br />
e tudo, três horas de trabalho e fui assassinada<br />
pelo Wilker. Com um detalhe: acabei fazendo a