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recuperação língua portuguesa - Secretaria Municipal de Educação

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Unida<strong>de</strong> I - Refelxão sobre o sistema <strong>de</strong> escrita<br />

Imediatamente as duas mulheres empurraram o pilão e zás - trás! Apareceu o<br />

tesouro: uma panela repleta <strong>de</strong> moedas antigas <strong>de</strong> ouro e prata, joias e pedras preciosas<br />

dos tempos coloniais. Estava logo ali, à flor da terra, junto à pedra <strong>de</strong> moer.<br />

Dizem que à meianoite, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> benzerem a casa, a costureira e Il<strong>de</strong>fonsa<br />

saíram da cida<strong>de</strong> levando consigo não apenas o tesouro encontrado, mas também<br />

Salguerito, o cãozinho judiado que lhes <strong>de</strong>u o sinal preciso <strong>de</strong> on<strong>de</strong> estava enterrado<br />

o tesouro.<br />

Nunca mais se soube <strong>de</strong>les.<br />

O Baile Do Caixeiro-Viajante 3<br />

Sábado é dia <strong>de</strong> baile, tanto na roça quanto na cida<strong>de</strong>.<br />

Numa cida<strong>de</strong> pequena do interior o baile é sempre um gran<strong>de</strong> acontecimento. Melhor<br />

situação para namorar e para arranjar namorado não tem.<br />

O sábado é um dia muito propício para o nascimento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s amores. Pois foi<br />

num baile <strong>de</strong> sábado que o moço <strong>de</strong> fora apaixonou-se por uma donzela da terra. Foi<br />

mais ou menos assim que aconteceu.<br />

Leôncio, sim, era esse o seu nome, conheço bem sua incrível história <strong>de</strong> amor.<br />

Leôncio era um caixeiro-viajante da capital e vinha à cida<strong>de</strong> uma vez por mês prover<br />

<strong>de</strong> mercadorias as vendas do lugar. Ia e voltava no mesmo dia, mas houve algum problema<br />

com sua condução e daquela vez ele teve que dormir na cida<strong>de</strong>.<br />

Cida<strong>de</strong> pequena, sem muitos atrativos, o que se po<strong>de</strong>ria fazer à noite para distração?<br />

Era dia <strong>de</strong> baile na cida<strong>de</strong>, um sábado especial, e uma orquestra <strong>de</strong> fora tinha<br />

sido contratada.<br />

O moço do hotel que servia o jantar comentou:<br />

— Seu Leôncio, este baile o senhor não po<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r.<br />

E não podia mesmo, mal sabia ele.<br />

Leôncio mandou passar o terno e foi ao baile.<br />

Gostava <strong>de</strong> dançar, sabia até dar uns bons passos, mas era tímido, relutava em<br />

tirar as moças.<br />

Passou boa parte do tempo <strong>de</strong> pé, apreciando, bebericando um vermute só para ter<br />

o que fazer com as mãos. Por volta <strong>de</strong> meianoite sentiu que chegava o sono e pensou<br />

em se retirar. Foi quando viu Marina entrar no salão. Ficou sabendo <strong>de</strong>pois que seu<br />

nome era marina.<br />

Marina chegou só e, ao entrar, passou junto a Leôncio. Bem perto <strong>de</strong>le ela parou e<br />

se virou para trás.<br />

3 Prandi, Reginaldo. Minha querida assombração. Companhia das Letrinhas, 2003<br />

RECUPERAÇÃO Língua Portuguesa 57

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