CULTURA E EDUCAÇÃO RIBEIRINHA NA AMAZÔNIA PARAENSE ...
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E no terceiro e último capítulo de titulo NOVOS HORIZONTES, PRÁTICAS<br />
EDUCATIVAS INOVADORAS SURGEM NO CENÁRIO EDUCACIO<strong>NA</strong>L DAS ILHAS DE<br />
BELÉM. é apresentado inicialmente uma descrição de cada ilha em estudo, considerando aspectos<br />
gerais, paisagem natural e meio ambiente, marcos edificados e história e posteriormente,<br />
apresentamos a prática educativa inovadora identificada nas ilhas que corresponde a Escola<br />
Ribeirinha de Negócios e o glossário ilustrado com cerca de 100 palavras caboclo-ribeirinhas.<br />
A escola ribeirinha de negócios consiste num projeto de qualificação profissional prática de<br />
jovens para a geração de renda em curto prazo a partir da disseminação do empreendedorismo<br />
aliado a valorização da cultura cabocla (ribeirinha), que visa atender os ribeirinhos do estuário do<br />
rio Amazonas, com o primeiro ano dedicado as ilhas do município de Belém – especificamente<br />
Cotijuba, Jutuba, Paquetá, Urubuoca, Ilha Nova. É uma parceria entre Movimento de Mulheres das<br />
Ilhas de Belém MMIB o Instituto Peabiru, juntamente com e o BOVESPA Social.<br />
O perfil das pessoas atendidas pelo projeto atendeu aos seguintes critérios: jovens cursando<br />
o 2° grau ou com o 2º grau completo; Jovens de 16 a 28 anos; moradores das Ilhas de Belém,<br />
especialmente Cotijuba, Urubuoca, Paquetá, Jutuba e Ilha Nova; jovens de famílias de baixa renda<br />
(renda inferior ou igual a um salário mínimo/família; desempregados, e prioridade para mulheres<br />
As atividades da Escola Ribeirinha de Negócios na Ilha de Cotijuba tiveram início em Maio<br />
de 2008, onde inicialmente foram atendidas 20 mulheres, que durante 18 meses de atividades<br />
realizaram 200 horas de cursos de: Coleta e beneficiamento de sementes; Criação e montagem de<br />
biojóias; Papel artesanal; Embalagens Empreendedorismo.<br />
A que a Escola Ribeirinha de Negócios figura como uma prática educativa inovadora, pois<br />
através da realização de cursos e oficinas de artesanato e empreendedorismo oportunizou com que<br />
suas participantes pudessem se sentir e agir como sujeitos de transformação da realidade de carência<br />
vivida pela maioria das famílias ribeirinhas de Cotijuba, Jutuba I e Paquetá. E apesar de atender um<br />
numero restrito de pessoas, dado os limites financeiros e infra-estruturais, valorizou aspectos<br />
culturais locais e teve sua execução pautada na construção coletiva.<br />
Sendo assim termino a breve apresentação da pesquisa parafraseado o saudoso autor paraense<br />
Waldemar Henrique, que assim se refere a ser da Amazônia, e ribeirinho:<br />
Certa vez de "montaria".<br />
Eu descia um "paraná".<br />
O caboclo que remava.<br />
Não parava de falá(r).<br />
Á, á... Não parava de falá(r).<br />
Á, á... Que cabôclo falador!.<br />
Me contou do "lobisomi".<br />
Da mãi-d'água, do tajá.<br />
Disse do jurutahy.