Analise das Obras de Arte para o PAS
Analise das Obras de Arte para o PAS
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ANÁLISE DAS OBRAS DE ARTE PARA<br />
O <strong>PAS</strong><br />
Segunda etapa<br />
Material elaborado pelos profºs<br />
Abadia, Fernando Borges, Stefania<br />
Ferreira e Wagner Bôa Morte
STONEHENGE 2000 A.C. WILTSHIRE, INGLATERRA
• Formado por megalitos (imensas pedras).<br />
• Pedras combina<strong>das</strong> em grupo <strong>de</strong> três <strong>para</strong> formar os trílitos<br />
(dólmens), numa estrutura <strong>de</strong> vigas sobre pilares.<br />
• As vigas se encaixam nas pontas.<br />
• Stonehenge exemplifica os princípios básicos <strong>de</strong> toda a<br />
arquitetura.<br />
• Seus criadores enten<strong>de</strong>ram o elemento fundamental <strong>de</strong><br />
sustentação e peso, em que os pilares verticais suportam o<br />
peso <strong>de</strong> vigas horizontais.<br />
• Pedras únicas posiciona<strong>das</strong> no sentido vertical e horizontal:<br />
monólitos (menires).<br />
• Provavelmente esse monumento po<strong>de</strong> ter sido um<br />
calendário solar, ou um local <strong>para</strong> rituais religiosos ou um<br />
cemitério.<br />
• A colocação dos megalíticos segue um ritmo perfeito <strong>de</strong><br />
distanciamento e posicionamento.<br />
3
• Ainda mais alto, são os cinco portais que formam a ferradura externa, com<br />
cerca <strong>de</strong> nove metros <strong>de</strong> altura e perto <strong>de</strong> 15 tonela<strong>das</strong>.<br />
• Ainda, existia uma avenida <strong>de</strong> acesso principal on<strong>de</strong> situavam-se os portais<br />
<strong>de</strong> pedra.<br />
• Havia também do lado externo do círculo maior, uma série <strong>de</strong> cavida<strong>de</strong>s no<br />
solo que circundavam o monumento.<br />
• Estas cavida<strong>de</strong>s estavam <strong>de</strong>stina<strong>das</strong> a um outro círculo <strong>de</strong> pedras, que<br />
nunca seria construído.
MATERIAL: CASCA DE TUCUM, SEMENTE DE INAJÁ E OSSO DE PEIXE<br />
FEITO POR ÍNDIOS: KAIABI<br />
OUTROS NOMES/GRAFIAS: KAYABI. CAIABI<br />
LOCAL: MATO GROSSO<br />
PEÇA: COLAR COM ESCULTURAS ZOOMORFAS
• A cultura material indígena representa a manifestação <strong>de</strong><br />
fenômenos culturais através dos objetos físicos, que<br />
<strong>de</strong>stinam-se a usos rotineiros e/ ou rituais e,<br />
crescentemente, ao comércio com os não índios.<br />
• Consi<strong>de</strong>ra-se artesanato indígena como o conjunto <strong>de</strong><br />
objetos da cultura material produzidos com finalida<strong>de</strong><br />
comercial, <strong>de</strong>stinados ao mercado externo
• Este trabalho foi <strong>de</strong>senvolvido na região norte<br />
do Parque Indígena do Xingu (MT), junto ao<br />
povo Kaiabi (Tupi-guarani).<br />
• Os objetos da cultura material representam<br />
historicamente o principal valor <strong>de</strong> troca<br />
entre as quatorze etnias do Parque, bem<br />
como, após o contato, do comércio com os<br />
não índios.
É uma época <strong>de</strong> conflitos espirituais e religiosos.<br />
O estilo barroco traduz a tentativa angustiante <strong>de</strong> conciliar<br />
forças antagônicas:<br />
- Bem e mal<br />
- Deus e Diabo<br />
- Céu e terra<br />
- Pureza e pecado<br />
- Alegria e tristeza<br />
- Paganismo e cristianismo<br />
- Espírito e matéria.
Características<br />
• Rigor da execução técnica:<br />
dominam as técnicas do <strong>de</strong>sbastar,<br />
cinzelar e do mo<strong>de</strong>lar; formas<br />
perfeitas.<br />
• Exploração <strong>das</strong> capacida<strong>de</strong>s<br />
expressivas, visando a<br />
dramaticida<strong>de</strong> dos conteúdos;<br />
• Preferência por posições em<br />
movimento;<br />
• Utilização <strong>de</strong> planejamentos<br />
volumosos, favorecendo o contraste<br />
<strong>das</strong> texturas e os violentos<br />
contrastes <strong>de</strong> luz e sombra;<br />
• Composições livres e soltas,<br />
organiza<strong>das</strong> segundo esquemas<br />
complexos que interligam diferentes<br />
personagens ―capta<strong>das</strong>‖ em ação;<br />
• Sentido cênico <strong>das</strong> composições,<br />
preocupação com o<br />
enquadramento.
JEAN-BAPTISTE CHARDIN - A BOA EDUCAÇÃO;
A BOA EDUCAÇÃO — JEAN BAPTISTA CHARDIN (1699-1779),<br />
COLEÇÃO WANAS, SUÉCIA<br />
• Esse quadro representa bem a<strong>de</strong>quadamente o papel<br />
insubstituível da mãe como educadora, preservando a<br />
inocência dos filhos e formando-os na prática <strong>das</strong> virtu<strong>de</strong>s.<br />
• Natureza-morta à pintura <strong>de</strong> gênero, com personagens em<br />
cenas domésticas, em geral com mo<strong>de</strong>los femininos,<br />
representando cenas da vida da burguesia francesa, que se<br />
tornava cada vez mais influente<br />
• O artista foi muito importante na pintura francesa do século<br />
XVIII <strong>de</strong>vido a ter retratado em suas obras os costumes da<br />
época e muita natureza morta, com obras simples, mas<br />
carrega<strong>das</strong> <strong>de</strong> emoção.
SANTUÁRIO DE BOM JESUS DE MATOSINHOS EM CONGONHAS/ MINAS GERAIS<br />
FIGURAS ENTALHADAS EM MADEIRA POLICROMATICA, CONGONHAS, MINAS GERAIS
• O Santuário <strong>de</strong> Bom Jesus <strong>de</strong> Matosinhos é<br />
um conjunto arquitetônico e paisagístico<br />
formado por uma igreja, um adro com<br />
esculturas <strong>de</strong> Doze Profetas feitas por<br />
Aleijadinho e seis capelas com cenas da<br />
Paixão <strong>de</strong> Cristo.<br />
• O santuário está localizado no morro do<br />
Maranhão, no município brasileiro <strong>de</strong><br />
Congonhas, estado <strong>de</strong> Minas Gerais.
• O conjunto foi construído em várias etapas, nos<br />
séculos XVIII e XIX, por vários mestres, artesãos e<br />
pintores, como Antônio Francisco Lisboa, o<br />
Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataí<strong>de</strong>.<br />
• A fundação do santuário é atribuída ao português<br />
Feliciano Men<strong>de</strong>s que, tendo adoecido<br />
gravemente, prometeu construir um templo a Bom<br />
Jesus <strong>de</strong> Matosinhos, como o que havia em Braga,<br />
sua terra natal, caso alcançasse a cura.<br />
• A igreja foi construída entre 1757 e 1765.
• Entre 1800 e 1805, foram feitas as doze<br />
esculturas em pedra-sabão, situa<strong>das</strong> na entrada<br />
da Capela <strong>de</strong> Bom Jesus.<br />
• O caprichado acabamento e a expressivida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
cada um dos profetas - Isaías, Baruc, Jeremias,<br />
Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas,<br />
Naum e Habacuc - completam o cenário grandioso.
ISAIAS<br />
• Abre a série <strong>de</strong> honra na entrada da<br />
escadaria do lado esquerdo<br />
do SANTUÁRIO.<br />
• Tem o tipo físico <strong>de</strong> um personagem<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> avançada, barbas e cabelos<br />
abundantes.<br />
• Veste uma túnica curta, que <strong>de</strong>ixa<br />
<strong>de</strong>scoberta a parte inferior <strong>das</strong><br />
pernas calça<strong>das</strong> <strong>de</strong> botas, sobre a<br />
qual se acha jogado um amplo<br />
manto.<br />
• Segura o PERGAMINHO com a mão<br />
esquerda, enquanto a direita aponta<br />
<strong>para</strong> o texto nele inscrito.<br />
• A verda<strong>de</strong>ira expressão <strong>de</strong> um<br />
iluminado diante <strong>de</strong> uma visão,<br />
constituindo-se em uma <strong>das</strong> mais<br />
importantes peças <strong>de</strong> todo o<br />
conjunto arquitetônico.
JEREMIAS<br />
• Ocupa também posição <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na entrada<br />
da escadaria, à direita <strong>de</strong> ISAÍAS, encontra-se<br />
o Profeta Jeremias, autor do segundo dos livros<br />
proféticos na or<strong>de</strong>m do Cânon Bíblico<br />
• O tipo físico do Profeta Jeremias, esculpido<br />
por Aleijadinho, é o <strong>de</strong> um homem <strong>de</strong> meia<br />
ida<strong>de</strong>, com bigo<strong>de</strong>s longos nas laterais da boca e<br />
a barba curta, composta <strong>de</strong> rolos frisados, à<br />
moda bizantina. Veste túnica curta, que <strong>de</strong>ixa à<br />
mostra a perna esquerda, e manto levantado<br />
sobre o ombro direito, caindo até os pés na parte<br />
superior. Segura o pergaminho com a mão<br />
direita e, na esquerda, uma pena.<br />
• Na cabeça, ostenta um magnífico turbante,<br />
arrematado por abas torci<strong>das</strong> passando entre as<br />
presilhas.<br />
• Do ponto <strong>de</strong> vista anatômico, essa estátua<br />
apresenta <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s.<br />
• A intervenção <strong>de</strong> Aleijadinho na execução da<br />
cabeça, on<strong>de</strong>, sem dúvida, se concentra toda a<br />
força real da imagem.
BARUC<br />
• Apesar <strong>de</strong> não integrar a série<br />
dos profetas do Antigo Testamento, a<br />
inclusão <strong>de</strong> Baruc no conjunto estatuário<br />
<strong>de</strong> Congonhas justifica-se pelo seu<br />
<strong>de</strong>staque na or<strong>de</strong>m do Cânon bíblico.<br />
• Baruc traz nas mãos um pergaminho cuja<br />
citação é uma síntese <strong>de</strong> várias passagens<br />
<strong>de</strong> suas profecias.<br />
• A escultura, situada no pe<strong>de</strong>stal que<br />
arremata o muro <strong>de</strong> alinhamento central do<br />
adro, representa um personagem jovem e<br />
imberbe, vestido <strong>de</strong> túnica curta e manto,<br />
calçando botas.<br />
• Traz na cabeça um turbante com bor<strong>das</strong><br />
<strong>de</strong>cora<strong>das</strong> semelhantes às do Profeta<br />
Jeremias. Uma <strong>das</strong> mãos sustenta as pregas<br />
do manto, enquanto a outra segura<br />
o pergaminho.<br />
• A peça, <strong>de</strong> proporções atarraca<strong>das</strong> e erros<br />
anatômicos evi<strong>de</strong>ntes, é uma <strong>das</strong> mais<br />
fracas do conjunto. A força da imagem,<br />
entretanto, vem da expressão do rosto, parte<br />
executada por Aleijadinho.
EZEQUIEL<br />
Do lado oposto a Baruc, no pe<strong>de</strong>stal que<br />
arremata o muro <strong>de</strong> alinhamento central do<br />
adro, encontra-se Ezequiel, também conhecido<br />
como o "profeta do exílio", por ter sido banido<br />
<strong>para</strong> a Babilônia com o povo <strong>de</strong> Israel.<br />
- O tipo fisionômico <strong>de</strong> Ezequiel é o mesmo <strong>de</strong><br />
Jeremias. Usa bigo<strong>de</strong>s e barba curta,<br />
seccionada em dois rolos frisados e cabelos<br />
longos caindo sobre a nuca. Ao invés da túnica<br />
curta, o Profeta veste uma túnica longa e<br />
cintada, que <strong>de</strong>ixa a <strong>de</strong>scoberto apenas a<br />
ponta do pé direito, Em lugar do<br />
turbante, Ezequiel traz na cabeça um barrete<br />
com viseira presa por um laço acima da nuca.<br />
- Sua gran<strong>de</strong> força <strong>de</strong> expressão revela<br />
cuidados particulares <strong>de</strong> Aleijadinho em sua<br />
execução. Além da impressionante expressão<br />
da cabeça, <strong>de</strong>staca-se também a significativa<br />
flexão do braço direito.
DANIEL<br />
• O Profeta Daniel, la<strong>de</strong>ando a passagem <strong>para</strong> a entrada do<br />
adro, em frente a Oséias, encontra-se a estátua. O<br />
confronto do quarto dos profetas maiores e do primeiro dos<br />
menores, nessa situação privilegiada, revela, mais uma vez,<br />
um projeto iconográfico preciso <strong>para</strong> as posições <strong>das</strong><br />
estátuas no adro.<br />
• Os traços fisionômicos da escultura mostram um jovem<br />
imberbe como Baruc e Abdias. Entretanto, a fisionomia<br />
<strong>de</strong> Daniel difere da <strong>de</strong>les, pelo recorte especial dos olhos, a<br />
boca e o nariz longo, <strong>de</strong> narinas fortemente sulca<strong>das</strong>,<br />
revelando em seu conjunto uma expressão altaneira e<br />
distante, própria <strong>de</strong> um herói cônscio <strong>de</strong> sua força.<br />
• A coroa <strong>de</strong> louros que <strong>de</strong>cora a mitra da cabeça acentua<br />
esse aspecto e é uma alusão evi<strong>de</strong>nte à vitória sobre os<br />
leões. Como Ezequiel, Daniel veste uma túnica longa, presa<br />
na cintura por uma faixa abotoada no colarinho.<br />
• Nessa escultura, parece que Aleijadinho dispensou<br />
qualquer colaboração <strong>de</strong> seus auxiliares. Trata-se da<br />
estátua <strong>de</strong> MAIOR dimensão <strong>de</strong> todo o conjunto e, apesar<br />
disso, a peça é monolítica e particularmente bem<br />
executada, revelando, sem dúvida, a marca do gênio<br />
<strong>de</strong> Aleijadinho.
OSÉIAS<br />
• O mais importante dos profetas<br />
menores, Oséias, ocupa no Santuário lugar<br />
sobre o pe<strong>de</strong>stal que arremata o <strong>para</strong>peito<br />
<strong>de</strong> entrada do adro.<br />
• - Oséias, assim como Ezequiel eJeremias,<br />
veste um casaco curto, abotoado da gola à<br />
barra e preso na cintura por uma faixa.<br />
• - A cabeça é coberta por um barrete<br />
semelhante ao <strong>de</strong> Ezequiel. Calça botas tipo<br />
borzeguins e tem na mão direita uma pena,<br />
cuja ponta, apoiada sobre a barra do manto,<br />
reproduz uma atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> quem está<br />
escrevendo.<br />
• - A anatomia da escultura é correta, apesar<br />
da discrepância entre o comprimento dos<br />
dois braços.
• Joel, o segundo dos profetas menores<br />
do cânon bíblico, ocupa seu lugar no<br />
adro à direita <strong>de</strong> Oséias, na junção do<br />
<strong>para</strong>peito <strong>de</strong> entrada do adro e da<br />
pare<strong>de</strong> interna lateral.<br />
• A fisionomia da escultura, assim como<br />
a <strong>de</strong> , Jeremias, Ezequiel e Oséias, é <strong>de</strong><br />
um personagem viril, <strong>de</strong> barba e bigo<strong>de</strong>s<br />
em rolos à moda bizantina.<br />
• A roupagem é semelhante à <strong>de</strong> Oséias,<br />
sendo a gola substituída por um<br />
colarinho alto. Joel traz à cabeça o<br />
mesmo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> turbante com abas<br />
retorci<strong>das</strong>, já utilizado em Jeremias e<br />
Baruc<br />
• A estátua praticamente não revela<br />
imperfeições anatômicas. É uma <strong>das</strong><br />
mais vigorosas <strong>de</strong> todo o conjunto e sua<br />
força <strong>de</strong> expressão revela a atenção<br />
<strong>de</strong> Aleijadinho em gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> sua<br />
execução.<br />
JOEL
ABADIAS<br />
• Abadias ocupa o ponto inferior do adro que une os<br />
muros dianteiros e lateral esquerdo no adro<br />
do Santuário.<br />
• A fisionomia <strong>de</strong> Abadias é <strong>de</strong> um jovem imberbe,<br />
assim como Baruque, Daniel e Amós, mas as<br />
proporções bem mais esbeltas dão a impressão <strong>de</strong><br />
uma maior juventu<strong>de</strong>.<br />
• Abadias veste túnica e manto como os apóstolos da<br />
ceia, complementado apenas por um gorro simples,<br />
mas o arranjo <strong>das</strong> pregas é muito bem organizado<br />
num jogo erudito <strong>de</strong> luz e sombra.<br />
• Essa estátua po<strong>de</strong> ser analisada com<strong>para</strong>tivamente<br />
à do profeta Habacuque, que ocupa posição<br />
equivalente no extremo oposto do adro.<br />
• Pela posição que ocupam, ambas estátuas<br />
receberam especial cuidado <strong>de</strong> Aleijadinho, sendo<br />
provável que a intervenção do "atelier" se tenha<br />
limitado ao acabamento <strong>das</strong> partes acessórias, uma<br />
vez que as imagens são anatomicamente perfeitas.
AMÓS<br />
• No ponto extremo do adro, à esquerda, na parte<br />
superior do arco <strong>de</strong> circunferência que une os<br />
muros extremos dianteiro e laterais do Santuário,<br />
encontra-se a estátua do Profeta Amós.<br />
• Amós difere totalmente dos <strong>de</strong>mais profetas do<br />
conjunto e essa diferença se faz notar tanto no tipo<br />
físico, quanto na indumentária. Seu rosto largo e<br />
imberbe tem a expressão calma, quase bonachona,<br />
como convém a um homem do campo.<br />
• Suas vestes condizem com a sua condição <strong>de</strong><br />
pastor. Amós está vestido com uma espécie <strong>de</strong><br />
casaco <strong>de</strong>bruado <strong>de</strong> pele <strong>de</strong> carneiro e traz na<br />
cabeça um gorro, <strong>de</strong> forma semelhante ao que<br />
usam ainda hoje os camponeses portugueses da<br />
região.<br />
• Dada a gran<strong>de</strong> altura do muro em que está<br />
colocada, a escultura parece ter sido concebida<br />
<strong>para</strong> ser vista pelo lado esquerdo, já que o lado<br />
direito <strong>de</strong>la apresenta <strong>de</strong>formações, como, por<br />
exemplo, a omissão da perna da calça <strong>de</strong>ste lado.
JONAS<br />
• Ocupando posição simétrica à <strong>de</strong> Joel, no ponto <strong>de</strong> encontro<br />
dos muros que formam o <strong>para</strong>peito <strong>de</strong> entrada do adro à<br />
esquerda, encontra-se a estátua <strong>de</strong> Jonas.<br />
• Para o mais popular dos profetas menores, Aleijadinho reservou<br />
lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque, colocando-o junto <strong>de</strong> Daniel.<br />
• A estátua <strong>de</strong> Jonas repete o mesmo padrão tipográfico já<br />
anteriormente usado <strong>para</strong> as imagens<br />
<strong>de</strong> Jeremias, Ezequiel, Oséias e Joel.<br />
• Sua fisionomia, entretanto, apresenta traços distintos, como a<br />
boca entreaberta com os <strong>de</strong>ntes aparentes e a cabeça voltada<br />
<strong>para</strong> o alto.<br />
• O vestuário <strong>de</strong> Jonas se compõe <strong>de</strong> uma espécie <strong>de</strong> batina, com<br />
colarinho, abotoada até a cintura, on<strong>de</strong> é presa com uma faixa.<br />
• O profeta traz também um manto jogado sobre o ombro<br />
esquerdo e o habitual turbante em forma <strong>de</strong> mitra, com abas<br />
retorci<strong>das</strong>.<br />
• A estátua parece ter recebido <strong>de</strong> Aleijadinho o mesmo cuidado<br />
especial dispensado a Daniel.<br />
• Acham-se reunidos nessa peça dois aspectos essenciais <strong>de</strong> seu<br />
gênio criador: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão dramática que<br />
caracteriza a visão frontal da estátua e o ornamento visível na<br />
parte posterior, on<strong>de</strong> a silhueta sinuosa da baleia, com cauda e<br />
barbatanas, parece emergir <strong>de</strong> um chafariz rococó.
HABACUQUE<br />
• Habacuque, o oitavo dos profetas menores,<br />
encerra a série dos profetas <strong>de</strong> Congonhas.<br />
Situa-se em posição equivalente à <strong>de</strong> Obadias,<br />
no ponto inferior do arco que une os muros<br />
dianteiro e lateral direito do adro.<br />
• Novamente se repete o padrão tipográfico<br />
anteriormente utilizado<br />
<strong>para</strong> Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel e Jonas.<br />
• O vestuário <strong>de</strong> Habacuque é composto pela<br />
mesma sotaina envergada por Naum e Jonas,<br />
<strong>de</strong>sta vez acrescida <strong>de</strong> uma gola cujas pontas<br />
são orna<strong>das</strong> <strong>de</strong> borlas.<br />
• O profeta traz na cabeça o mais complicado<br />
turbante <strong>de</strong> toda a série, no qual se encontra um<br />
plano superior dividido em quatro gomos<br />
arredondados, com uma cobertura arrematada<br />
por uma borla pen<strong>de</strong>nte.<br />
• A estátua recebeu <strong>de</strong> Aleijadinho cuidados<br />
especiais tanto por sua localização, quanto por<br />
sua execução, on<strong>de</strong> é mínima a interferência do<br />
"atelier".
NAUM<br />
• Na extremida<strong>de</strong> direita do adro,<br />
ocupando o ponto superior do arco que<br />
une os muros externos dianteiro e lateral,<br />
encontra-se a estátua <strong>de</strong> Naum, o sétimo<br />
dos profetas menores.<br />
• O tipo físico da figura <strong>de</strong> Naum é o <strong>de</strong> um<br />
velho <strong>de</strong> barbas longas, postura vacilante<br />
e faces macera<strong>das</strong>. Veste uma sotaina<br />
longa, abotoada até a cintura.<br />
• A intervenção do "atelier" <strong>de</strong> Aleijadinho<br />
nessa peça aparece <strong>de</strong> forma evi<strong>de</strong>nte, a<br />
começar pela execução do turbante<br />
que Naum traz à cabeça.<br />
• Alguns <strong>de</strong>talhes, como as barras<br />
ornamentais do manto e a <strong>de</strong>ficiência da<br />
articulação geral do conjunto comprovam<br />
essa intervenção, parecendo possível<br />
que Aleijadinho tenha apenas concebido<br />
os traços iniciais da estátua.
SANTA CEIA DE ALEIJADINHO
• Última ceia <strong>de</strong> Cristo.<br />
• Conjunto <strong>de</strong> esculturas em ma<strong>de</strong>ira<br />
policromada da autoria do Aleijadinho,<br />
existentes no Santuário do Bom Jesus <strong>de</strong><br />
Matosinhos, em Congonhas, Minas Gerais<br />
(Brasil
• Quem suspeitaria que o Aleijadinho fora um<br />
inconfi<strong>de</strong>nte, e dos mais atuantes, em sua<br />
modéstia? Maçon que era (<strong>de</strong> quando a doença<br />
ainda não se manifestara, fazendo-o quase fugir ao<br />
convívio <strong>das</strong> pessoas) contatava, mesmo enfermo,<br />
com os lí<strong>de</strong>res da conspiração, a todos orientando<br />
com seu firme discernimento e com sua aguda<br />
inteligência.<br />
• Quando o movimento foi <strong>de</strong>nunciado, resultando<br />
nas tristes conseqüências que conhecemos, o<br />
gênio do Aleijadinho passou a homenagear os<br />
principais vultos da rebelião, esculpindo-lhes as<br />
estátuas na forma dos profetas bíblicos.
• As estátuas que esculpiu estão to<strong>das</strong> em<br />
<strong>de</strong>termina<strong>das</strong> posturas ritualísticas e o<br />
Aleijadinho se perguntava se algum dia<br />
alguém saberia relacioná-las com os 12<br />
principais inconfi<strong>de</strong>ntes, todos maçons.<br />
• Já nas esculturas que representam a Santa<br />
Ceia, Ju<strong>das</strong> tem as feições <strong>de</strong> Silvério dos<br />
Reis.
<strong>PAS</strong>SO DA CEIA<br />
• O Passo da Ceia, situado na<br />
parte ascen<strong>de</strong>nte ao<br />
Santuário do Bom Jesus.<br />
• As imagens do Passo da<br />
Ceia são um autêntico drama<br />
teatral, conforme a tradição<br />
barroca. Diante da palavra<br />
acusadora <strong>de</strong> Cristo ―Em<br />
verda<strong>de</strong> vos digo, um <strong>de</strong> vós<br />
me há <strong>de</strong> entregar‖, os<br />
apóstolos, completamente<br />
transtornados, voltam-se<br />
bruscamente <strong>para</strong> Ele,<br />
indignam-se e enfatizam sua<br />
inocência, com largos gestos<br />
<strong>de</strong> mão e <strong>de</strong> todo o corpo.
O <strong>PAS</strong>SO DO HORTO<br />
• A Capela do Horto em<br />
com<strong>para</strong>ção com a Capela<br />
da Ceia revela uma gran<strong>de</strong><br />
reformulação em seu estilo<br />
arquitetônico original.<br />
Esse Passo representa o<br />
tema <strong>de</strong> agonia no Jardim<br />
<strong>das</strong> Oliveiras, marco inicial<br />
da Paixão relatada pelos<br />
evangelistas Lucas, Marcos<br />
e Mateus.
<strong>PAS</strong>SO DA PRISÃO<br />
• A Capela do Passo da<br />
Prisão, construída<br />
contemporaneamente à do<br />
Passo do Horto, apresenta<br />
características bem<br />
próximas.<br />
• O tema iconográfico da<br />
prisão no Horto é<br />
representado em um <strong>de</strong><br />
seus episódios mais<br />
populares, o milagre da cura<br />
<strong>de</strong> Malco.<br />
• 8 personagens compõem a<br />
cena.
―O <strong>PAS</strong>SO DA FLAGELAÇÃO E COROAÇÃO DE ESPINHOS‖<br />
• Inexplicavelmente, após a<br />
conclusão <strong>das</strong> capelas do<br />
Horto e da Prisão, as obras dos<br />
Passos ficaram <strong>para</strong>lisa<strong>das</strong><br />
durante quase meio século.<br />
• No interior da capela ambas as<br />
cenas são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />
se<strong>para</strong><strong>das</strong> uma da outra por<br />
uma barra <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />
• Existe a impressão <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m e confusão, causada<br />
pela falta <strong>de</strong> espaço. ―Passo<br />
da subida do calvário‖
<strong>PAS</strong>SO DA SUBIDA DO CALVÁRIO<br />
• Já <strong>de</strong>frontando a esplanada<br />
que antece<strong>de</strong> a escadaria<br />
do Templo, encontra-se a<br />
penúltima capela que abriga<br />
o Passo da Subida ao<br />
Calvário ou Cruz-às-Costa.<br />
Aleijadinho escolheu <strong>para</strong><br />
ilustrar o caminho <strong>de</strong> Cristo<br />
<strong>para</strong> o Calvário, o episódio<br />
do ―Encontro com as Filhas<br />
<strong>de</strong> Jerusalém‖, relatado por<br />
São Lucas, Cap. 23, v. 27,<br />
28.
―<strong>PAS</strong>SO DA CRUCIFICAÇÃO‖<br />
• A composição é dividida em três<br />
partes distintas.<br />
• A zona central on<strong>de</strong> se passa a ação<br />
principal é ocupada pela figura <strong>de</strong><br />
Cristo, <strong>de</strong> dois carrascos que o<br />
pregam na cruz, estendida na<br />
posição horizontal e <strong>de</strong> Madalena,<br />
que <strong>de</strong> joelhos, lança seu olhar <strong>para</strong><br />
o alto em <strong>de</strong>sesperada súplica.<br />
• À esquerda <strong>de</strong> Cristo, dois soldados<br />
disputam num jogo <strong>de</strong> dados a túnica<br />
do con<strong>de</strong>nado.<br />
• E como terceiro foco <strong>de</strong> atenção,<br />
aparece ao lado direito <strong>de</strong> Cristo,<br />
Gestas, o mau ladrão e o bom ladrão,<br />
esperando com as mãos ata<strong>das</strong>, o<br />
momento <strong>de</strong> serem também<br />
crucificados.
ARTE TUMULAR<br />
• Trabalhos esculpidos em granito, mármore e<br />
bronze <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s que marcaram<br />
época.<br />
• Verda<strong>de</strong>iro acervo escultórico e<br />
arquitetônico a céu aberto,<br />
• Guardam os restos mortais <strong>de</strong> muitas<br />
personalida<strong>de</strong>s imortais <strong>de</strong> nossa história,<br />
on<strong>de</strong> a morte se torna um gran<strong>de</strong><br />
espetáculo da vida neste lugar <strong>de</strong><br />
maravilhosas obras <strong>de</strong> arte e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
valor histórico e cultural.
• Simbologia <strong>de</strong> sauda<strong>de</strong>s, amor, tristeza,<br />
nobreza, respeito, inocência, sofrimento,<br />
dor, reflexão, arrependimento, dá sentido às<br />
vi<strong>das</strong> passa<strong>das</strong>.<br />
• No cemitério, a arte tumular é uma forma <strong>de</strong><br />
cultura preservada no silencio e que não<br />
<strong>de</strong>verá ser temida, mas sim contempla<strong>das</strong>.
SIMBOLOGIA<br />
• Através da representação, a simbologia <strong>de</strong><br />
sauda<strong>de</strong>s, amor, tristeza, nobreza, respeito,<br />
inocência, sofrimento, dor, reflexão,<br />
arrependimento, dá sentido às vi<strong>das</strong><br />
passa<strong>das</strong>.<br />
• No cemitério, a arte tumular é uma forma <strong>de</strong><br />
cultura preservada no silencio e que não<br />
<strong>de</strong>verá ser temida, mas sim contempla<strong>das</strong>.
O falecido vai direto<br />
<strong>para</strong> o céu<br />
Último membro da<br />
família tradicional ou<br />
uma pessoa jovem ou<br />
criança<br />
Triunfo da vida sobre a morte
Comum no túmulo <strong>de</strong><br />
patriarcas<br />
A família<br />
não tinha<br />
certeza da<br />
sua<br />
absolvição<br />
Símbolo da<br />
transitorieda<strong>de</strong><br />
da vida, do<br />
tempo<br />
Fogaréu -<br />
Simboliza o<br />
elemento fogo,<br />
<strong>de</strong>struição <strong>das</strong><br />
forças do mal<br />
pela purificação.<br />
Urna - Símbolo<br />
grego do luto.<br />
Local on<strong>de</strong><br />
originalmente se<br />
<strong>de</strong>positava as<br />
cinzas
A tocha i<strong>de</strong>ntifica-se com<br />
o Sol e constitui o<br />
símbolo da purificação<br />
através da iluminação<br />
A tocha invertida<br />
representa a<br />
morte como uma<br />
inversão ao<br />
sentido normal<br />
da vida<br />
Símbolo da estabilida<strong>de</strong>, soli<strong>de</strong>z<br />
pessoal e social
GALILEO EMENDABILI – AUSÊNCIA - TÚMULO DA<br />
FAMÍLIA FORTE NO CEMITÉRIO SÃO PAULO -<br />
MORUMBI
Materiais: Granito (base) e bronze (―família‖)<br />
• Elementos:<br />
• Mesa com um pão no centro<br />
• ―Pai‖<br />
• Braços apoiado sobre a mesma e com as mãos quase juntas, como se<br />
fizesse uma prece<br />
• Ombros relaxados e caídos pela <strong>de</strong>pressão do momento que está<br />
passando, da mesma forma expressa a sua face<br />
• Criança (provavelmente filho)<br />
• Cabeça abaixada sobre os braços na mesa., expressando o mesmo<br />
sentimento que o pai<br />
• Banco vazio<br />
• Ausência <strong>de</strong> um ser querido (esposa e mãe)<br />
• O autor mostrava em seus trabalhos gran<strong>de</strong> sensação<br />
mítica e sensibilida<strong>de</strong> emocionante
VICTOR BRECHERET – AVE MARIA (MAUSOLÉU DA<br />
FAMÍLIA SCURACCHIO, NECRÓPOLE DE SÃO PAULO )
Ultima escultura realizada por Brecheret<br />
Materiais: Mármore (base e pare<strong>de</strong>) e bronze (anjos)<br />
Elementos:<br />
2 anjos<br />
Mãos uni<strong>das</strong> no peito (oração)<br />
Asas que tocam o chão<br />
Um <strong>de</strong> frente <strong>para</strong> o outro<br />
Crus (pare<strong>de</strong>)<br />
Se<strong>para</strong> os 2 anjos<br />
Nicho<br />
Representa um portal <strong>de</strong> passagem <strong>para</strong> o <strong>de</strong>sconhecido<br />
Estilo expressionista <strong>para</strong> esculpir os anjos
EX VOTOS<br />
• Abreviação latina <strong>de</strong> ex-voto suscepto ("o voto realizado"), o termo <strong>de</strong>signa pinturas, estatuetas<br />
e variados objetos doados às divinda<strong>de</strong>s como forma <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento por um pedido atendido.<br />
• Trata-se <strong>de</strong> uma manifestação artístico-religiosa que se liga diretamente à arte religiosa e à arte<br />
popular, <strong>de</strong>spertando o interesse <strong>de</strong> historiadores da arte e da cultura, <strong>de</strong> arqueólogos e<br />
antropólogos.<br />
• As motivações do presente votivo são muitas: proteção contra catástrofes naturais, cura <strong>de</strong> doenças,<br />
recuperação em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sofrimentos amorosos, aci<strong>de</strong>ntes e dificulda<strong>de</strong>s financeiras.<br />
• O voto feito aos <strong>de</strong>uses (ou santos), por sua vez, também adquire formas muito diversas: placa,<br />
maquete ou pintura <strong>de</strong>screvendo os motivos da promessa, ou pequenas réplicas (<strong>de</strong> barro, ma<strong>de</strong>ira<br />
ou cera) <strong>das</strong> partes do corpo afeta<strong>das</strong> por moléstias (perna, cabeça, mão, coração etc.), chama<strong>das</strong><br />
por alguns <strong>de</strong> "ex-votos anatômicos".<br />
• Designam-se "ex-votos marinhos" aqueles em forma <strong>de</strong> barcos, realizados em regiões litorâneas.<br />
Colocados em locais públicos - capelas ou sala <strong>de</strong> milagres -, os painéis ou presentes votivos trazem<br />
freqüentemente a inscrição "ex-voto" ou "milagre feito".
• A sala <strong>de</strong> milagres do Santuário <strong>de</strong> Nossa Senhora<br />
Aparecida, está localizada no subsolo do Santuário.<br />
• Os ex-votos estão dispostos nas vitrines, a maioria<br />
centralizada ou em laterais da sala, outros nas pare<strong>de</strong>s,<br />
teto, compostos inclusive por manequins.<br />
• As vitrines têm <strong>de</strong>scrição e tipologias referentes aos<br />
objetos em exposição, uma forma <strong>de</strong> orientação e<br />
informação ao visitante (turistas) e romeiros que passam<br />
pelo Santuário.<br />
• A sala possui um balcão <strong>de</strong> recebimento <strong>de</strong> ex-votos, <strong>para</strong><br />
que ao final do dia seja realizada a triagem, e assim as<br />
graças possam chegar ao <strong>de</strong>stino, sejam ele o da<br />
exposição, doação ou outro.
A LIBERDADE GUIANDO O POVO DE DELACROIX
O ARTISTA E A OBRA<br />
• Subverte as<br />
convenções que<br />
estabelecem, por<br />
exemplo, a Religião<br />
e a História Antiga,<br />
temas dignos <strong>de</strong><br />
serem<br />
representados<br />
através da pintura.<br />
• Retrata uma<br />
revolução popular.<br />
ÓLEO SOBRE TELA, 260 X 325 CM,<br />
LOUVRE. PARIS.
Causou profunda<br />
indignação na crítica da<br />
época.<br />
Abandono dos princípios<br />
clássicos <strong>de</strong><br />
representação<br />
(pincela<strong>das</strong> largas e<br />
figuras compostas pelos<br />
contrastes cromáticos.<br />
A pintura passa a<br />
―informar e a explicar‖.<br />
A CARACTERIZAÇÃO DAS<br />
PERSONAGENS E DA LIBERDADE
CORES E LINHAS (EXPRESSIVIDADE)
LIBERDADE GUIANDO O POVO, DELACROIX<br />
• Relação da pintura <strong>de</strong> Delacroix com os i<strong>de</strong>ais<br />
revolucionários e as estruturas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r entre a figura da<br />
Liberda<strong>de</strong>.<br />
• Técnicas usa<strong>das</strong> pelo artista:<br />
• - elementos <strong>de</strong> forte contraste, tensões,<br />
pincela<strong>das</strong> bem <strong>de</strong>fini<strong>das</strong>;<br />
• - trajetória e tipo <strong>de</strong> linha que constroem o<br />
<strong>de</strong>senho;<br />
• - zonas <strong>de</strong> cores e tons que compõem a pintura;<br />
• - oposições <strong>de</strong> cores e tons complementares<br />
(teoria da cor).
SIMBOLOGIAS<br />
• A Liberda<strong>de</strong> é representada pela figura<br />
feminina, como nos mo<strong>de</strong>los gregos do período<br />
helênico (século 20 a.C.).<br />
• O erotismo do seio nu da Liberda<strong>de</strong> está ligado<br />
à morte.<br />
• A oposição dos elementos da composição:<br />
terra/céu; ban<strong>de</strong>ira/fuzil; azul/vermelho;<br />
objetos antigos/novos; mortos<br />
sacrificados/vivos triunfantes.
• Segundo Giulio Carlo Argan na sua obra <strong>Arte</strong><br />
mo<strong>de</strong>rna, o Romantismo e o neoclassicismo são<br />
simplesmente duas faces <strong>de</strong> uma mesma moeda.<br />
Enquanto o neoclássico busca um i<strong>de</strong>al sublime,<br />
objetivando o mundo, o romântico faz o mesmo,<br />
embora tenda a subjetivar o mundo exterior.<br />
• Os dois movimentos estão interligados, portanto,<br />
pela i<strong>de</strong>alização da realida<strong>de</strong> (mesmo que com<br />
resultados diversos).
• Comovido com os acontecimentos políticos<br />
<strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1830, pinta, em 1831, uma<br />
alegoria à liberda<strong>de</strong>, à França e ao seu povo,<br />
que apresenta em suas diferentes classes<br />
sociais: melancólicos jovens barbudos,<br />
operários em mangas <strong>de</strong> camisa, tribunos<br />
do povo com cabelos esvoaçantes, ro<strong>de</strong>ados<br />
pela liberda<strong>de</strong> com sua ban<strong>de</strong>ira tricolor
• A "Liberda<strong>de</strong>", <strong>de</strong> seios nus, traz numa mão<br />
uma arma e na outra a ban<strong>de</strong>ira da França.<br />
Nacionalismo puro.<br />
• O quadro, pintado em 1830, comemora a<br />
revolução liberal que <strong>de</strong>rrubou Carlos X e<br />
levou ao trono Luís Felipe, o "rei burguês".<br />
• Apesar do forte comprometimento político e<br />
particularizador da obra, o valor pictural é<br />
assegurado pelo uso <strong>das</strong> cores e <strong>das</strong> luzes e<br />
sombras. Essa obra é uma alegoria.
• Po<strong>de</strong>mos notar o uso <strong>de</strong> cores lúgubres ,<br />
muito escuras que contracenam com uma<br />
forte luz ao fundo da tela.<br />
• A mulher <strong>de</strong> seios à mostra, empunha a<br />
ban<strong>de</strong>ira da França em um brado <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong>.<br />
• Há uma mistura <strong>de</strong> sensualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />
sedução associada ao caráter politico da<br />
obra.
• Uma <strong>das</strong> obras mais importantes da história da arte e<br />
do romantismo.<br />
• A cena representa a revolta popular <strong>de</strong> 1830, pondo<br />
fim a monarquia dos Bourbon<br />
• A intensida<strong>de</strong> da obra <strong>de</strong>staca a figura da mulher<br />
personificando a liberda<strong>de</strong> juntamente com membros<br />
<strong>de</strong> to<strong>das</strong> as cama<strong>das</strong> sociais e ida<strong>de</strong>s.<br />
• Os i<strong>de</strong>ais iluministas que se valem nas cores da<br />
ban<strong>de</strong>ira também se espalham por toda obra<br />
<strong>de</strong>stacam a importância <strong>de</strong> disseminar tais valores.<br />
• Ao fundo po<strong>de</strong>mos notar a catedral <strong>de</strong> Notre Dame<br />
em meio a fumaça do canhões.
DESASTRES DE GUERRA DE GOYA
DESASTRES DE GUERRA DE GOYA
• O título mais parece uma <strong>das</strong> tantas manchetes<br />
<strong>de</strong> jornal que nos acompanham há tempos, mas<br />
aqui se trata <strong>de</strong> falar dos <strong>de</strong>senhos e gravuras <strong>de</strong><br />
Francisco Goya <strong>de</strong> Lucientes (1746-1828), um<br />
espanhol iletrado, que no entanto, absorveu<br />
profundamente as referências literárias,<br />
filosóficas e políticas <strong>de</strong> sua época.<br />
• Dentre a imensa obra do pintor –<br />
aproximadamente 500 telas, 280 águas-fortes e<br />
litografias, e cerca <strong>de</strong> mil <strong>de</strong>senhos – encontramse<br />
as 82 águas- fortes realiza<strong>das</strong> a partir <strong>de</strong> 72<br />
<strong>de</strong>senhos com o nome ―Os Desastres da Guerra‖.
• A obra nasce por ocasião dos trágicos<br />
acontecimentos que a partir <strong>de</strong> 1808 mergulham a<br />
Espanha no caos social. A corrupção do reinado <strong>de</strong><br />
Carlos IV, <strong>de</strong> quem era ―pintor <strong>de</strong> câmara‖, levam o<br />
país à catástrofe política e econômica,<br />
intensificada pelos jogos políticos e intrigas<br />
internacionais. Carlos IV per<strong>de</strong> o po<strong>de</strong>r e, <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> um curto reinado <strong>de</strong> Fernando VII, Napoleão<br />
<strong>de</strong>stitui os Burbons do trono e empossa seu irmão<br />
José Bonaparte.<br />
• No dia 2 <strong>de</strong> maio o povo se subleva.<br />
• A fome se abate por seis anos sobre o país.<br />
Fernando VII volta ao po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>finitivamente e com<br />
ele a Inquisição, a perseguição aos liberais, os<br />
<strong>de</strong>smandos e as injustiças.<br />
• Os assassinatos, estupros, torturas e roubos não<br />
partem mais <strong>das</strong> tropas francesas, vorazes nas<br />
pilhagens, mas encomendados pelo <strong>de</strong>spótico<br />
governo espanhol.
• Goya se sente atingido nas entranhas pela presença dos<br />
intrusos franceses em sua Espanha amada, mas a<br />
cruelda<strong>de</strong> e a traição <strong>de</strong> Fernando VII às aspirações do<br />
povo o repugnam.<br />
• Como conciliar esses sentimentos com um cargo na corte<br />
que lhe assegura fama e subsistência e que tanto lhe<br />
custou conseguir? Para Goya, um liberal <strong>de</strong> gênio irritável e<br />
violento, <strong>de</strong>ve ter sido difícil caminhar por esse terreno<br />
minado, armar-se <strong>de</strong> extrema prudência e adotar uma<br />
fachada oficial conveniente.
• Nos ―Desastres da Guerra‖ (1810-1815), Goya faz<br />
comprovações, aparentemente sem tomar partido. A<br />
repulsa contra a <strong>de</strong>mência da guerra está patente nos<br />
<strong>de</strong>senhos e gravuras.<br />
• Não documenta atos heróicos, não <strong>de</strong>senha exércitos se<br />
enfrentando, não i<strong>de</strong>aliza, não compõe música <strong>para</strong><br />
vencedores, nem cenas <strong>de</strong> batalhas convenientemente<br />
belas. Só o sofrimento do povo lhe interessa, além <strong>de</strong><br />
constatar que em situações limites somos todos bárbaros.<br />
• Costuma dar títulos inusitados a seus <strong>de</strong>senhos e gravuras;<br />
mais que títulos, anotações que ajudam à compreensão do<br />
seu pensamento.<br />
• Sente-se responsável pelo que sabe e viu. ―Yo lo vi‖ (―Eu<br />
vi‖) escreve num dos <strong>de</strong>senhos, gravado, como a maioria,<br />
entre 1810 e 1815.
• Os últimos <strong>de</strong>senhos dos ―Desastres da<br />
Guerra‖ foram executados ao mesmo tempo<br />
em que realizou os ―Dis<strong>para</strong>tes‖.<br />
• São <strong>de</strong>nsos, representando homens e<br />
mulheres em condições extremas <strong>de</strong><br />
angústia, ódio, entrega e medo.<br />
• Desenhos e gravuras rivalizam em perfeição<br />
<strong>de</strong> linguagem.
• Goya <strong>de</strong>ixa<br />
momentaneamente <strong>de</strong> lado<br />
a caricatura, <strong>para</strong> expressar<br />
homens em sua condição<br />
singular.<br />
• Poucos símbolos são<br />
utilizados.<br />
• Neste caso, o tronco<br />
podado acompanha a dor do<br />
homem amputado.<br />
• Um resto <strong>de</strong> vida permanece<br />
tanto na árvore como no<br />
homem, mas ―Até quando?‖<br />
A silhueta do soldado com o<br />
sabre apontado ao céu nos<br />
dá a resposta
• Aqui como em todos os 72<br />
<strong>de</strong>senhos há uma pergunta a ser<br />
feita: o homem esquartejado é a<br />
única vítima nessa guerra?<br />
• Há vencedores e vencidos nos<br />
conflitos do século <strong>de</strong> Goya ou do<br />
nosso século? Po<strong>de</strong> sentir-se<br />
vencedor um país que permite tal<br />
sadismo e profanação?<br />
• As lutas reais estão além <strong>das</strong> linhas<br />
<strong>de</strong> frente, dos escritórios <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>spachos e dos discursos<br />
enfáticos dos po<strong>de</strong>rosos.<br />
• A verda<strong>de</strong>ira luta se <strong>de</strong>senvolve<br />
entre carrascos e vítimas num<br />
cenário on<strong>de</strong> os papéis muitas<br />
vezes se revezam.
SÉRIE DE GRAVURAS ―DESASTRES DE GUERRA‖, DE GOYA<br />
• Os <strong>de</strong>sastres da guerra supõem uma visão da<br />
guerra na qual a dignida<strong>de</strong> heróica<br />
<strong>de</strong>sapareceu, uma <strong>das</strong> características da visão<br />
contemporânea dos conflitos.<br />
• O único que aparece em Goya é uma série <strong>de</strong><br />
vítimas, homens e mulheres sem atributos <strong>de</strong><br />
representação, que sofrem, pa<strong>de</strong>cem e falecem<br />
numa gradação <strong>de</strong> horrores.
• Trata-se <strong>de</strong> uma visão <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia <strong>das</strong><br />
consequências sofri<strong>das</strong> pelo homem em<br />
tanto que ser civil, <strong>de</strong>spojado <strong>de</strong> simbologia e<br />
<strong>para</strong>fernália bélica.<br />
• Neste senso po<strong>de</strong>-se ver como uma obra<br />
precursora <strong>das</strong> reportagens <strong>de</strong> guerra da<br />
imprensa atual comprometida com as<br />
catástrofes humanitárias.
NAUFRÁGIO, TURNER
• Consi<strong>de</strong>rado um dos primeiros impressionistas, J. M.<br />
W. Turner (1775-1851) é conhecido como o ―pintor da<br />
luz‖. Um dos principais representantes do romantismo<br />
inglês, ele reformulou a pintura <strong>de</strong> paisagem após<br />
estudar os gran<strong>de</strong>s artistas dos séculos anteriores.<br />
• Turner começou a pintar aos 15 anos e ficou<br />
conhecido principalmente pelas representações<br />
marítimas, <strong>de</strong> eventos históricos e <strong>de</strong> cenas<br />
mitológicas.
NAUFRÁGIO, TURNER<br />
• Evi<strong>de</strong>ncia uma batalha em alto mar: Batalha <strong>de</strong><br />
Trafalgar> Espanha e França X Inglaterra, em 1805.<br />
• Muito dinamismo e dramaticida<strong>de</strong>.<br />
• As pincela<strong>das</strong> aparentes conduzem o olhar ao<br />
movimento circular, que acompanha o <strong>de</strong>senho em<br />
espiral da tempesta<strong>de</strong>.
• Há um forte contraste <strong>de</strong> luz e sombra gerando uma profundida<strong>de</strong><br />
temporal.<br />
• A falta <strong>de</strong> niti<strong>de</strong>z contribui muito <strong>para</strong> o sentimento <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> e<br />
insegurança que o artista <strong>de</strong>sejou criar.<br />
• "O modo como Turner tratava a água, o céu e a atmosfera, em geral<br />
afastava-se <strong>de</strong> todo realismo natural e transformava-se no reflexo<br />
anímico da situação.―
CLASSICISMO X ROMANTISMO<br />
• razão<br />
• mimesis (imitação da<br />
realida<strong>de</strong> )<br />
• universalismo (o mundo)<br />
• amor (atemporal, extraespacial,universal)<br />
• imitação <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los<br />
clássicos<br />
• realida<strong>de</strong> objetiva (mundo<br />
exterior)<br />
• equilíbrio , or<strong>de</strong>m<br />
• emoção , subjetivida<strong>de</strong><br />
• teoria expressiva expressão<br />
do próprio eu<br />
• individualismo (o eu)<br />
• inspiração ou liberda<strong>de</strong><br />
criativa<br />
• realida<strong>de</strong> subjetiva (mundo<br />
interior)<br />
• Contradição , oposição <strong>de</strong><br />
valor<br />
• Sonhos e <strong>de</strong>lírios
SUGESTÕES DE MÍDIAS CORRELATAS<br />
http://www.youtube.com/watch?v=ELHqmo2k<br />
hyw&feature=related<br />
http://www.youtube.com/watch?v=AE-<br />
LPpiGLjw<br />
http://www.youtube.com/watch?v=YDvnZD8y1<br />
xk<br />
http://www.youtube.com/watch?v=6POOX1WG<br />
lb0
ANGELUS DE MILLET
REALISMO<br />
• Período segunda meta<strong>de</strong> do séc.XIX<br />
• Momento histórico Revolução Industrial<br />
• Objetivo Adaptação ao novo contexto<br />
social<br />
• Organização dos ambientes urbanos <strong>para</strong><br />
comportar a nova <strong>de</strong>manda habitacional da<br />
época.<br />
• Criação <strong>de</strong> bibliotecas, hospitais, casas<br />
populares, escolas, etc...
ÂNGELUS<br />
• Millet mostra dois camponeses orando, dando graças a Deus pela<br />
colheita obtida através do suor e do esforço <strong>de</strong> muitos dias. É uma obra<br />
do ano <strong>de</strong> 1859 e hoje integra o acervo do museu <strong>de</strong> Orsay, Paris.<br />
• Nesta famosa pintura, um homem e uma mulher em pé, em uma<br />
postura <strong>de</strong> reverência, na Hora do Ângelus. Ele <strong>de</strong> cabeça baixa,<br />
segurando o chapéu, ela leva as mãos ao peito num sinal <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção.<br />
• O Ângelus é uma pratica religiosa, realizada em <strong>de</strong>voção à Imaculada<br />
Conceição, repetida três vezes ao dia, <strong>de</strong> manhã, ao meio dia e ao<br />
entar<strong>de</strong>cer.<br />
• A oração é constituída <strong>de</strong> três textos que <strong>de</strong>screvem o mistério da<br />
Encarnação, respondidos com Ave Maria e uma oração final.<br />
• Na tepi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> seus ocres e marrons, no lirismo <strong>de</strong> sua luz, na<br />
magnificência e dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas figuras humanas, o pintor<br />
manifestava a integração do homem com a natureza.
• O quadro mais famoso <strong>de</strong> Millet e o que melhor exprime<br />
a sua arte realista – o Angelus – é uma recordação<br />
direta da atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>vota <strong>de</strong> sua avó, à tardinha, ao toque<br />
<strong>das</strong> ave-marias, embora contenha igualmente muito <strong>de</strong><br />
indireto e artístico. Através <strong>de</strong>le, Millet aproxima-se, por<br />
exemplo, daquele simbolismo vulgar na pintura do século<br />
XIX, cuja expressivida<strong>de</strong> pretendia captar tudo aquilo que<br />
menos facilmente englobamos na nossa visão do mundo.<br />
• Tudo quanto nos po<strong>de</strong> parecer convencional ou<br />
oleográfico no seu famoso Angelus ou no humil<strong>de</strong><br />
esforço <strong>das</strong> Respigadoras,<br />
• Sob o sol, obra que eleva cenas <strong>de</strong> um impiedoso<br />
sofrimento a um heroísmo quase épico, transformando a<br />
vida dos camponeses em atos <strong>de</strong> nobreza e coragem<br />
num flagrante realismo
O Ângelus é uma prática religiosa, realizada<br />
em <strong>de</strong>voção à Imaculada Conceição,<br />
repetida três vezes ao dia, <strong>de</strong> manhã, ao<br />
meio dia e ao entar<strong>de</strong>cer.<br />
A oração é constituída <strong>de</strong> três textos que<br />
<strong>de</strong>screvem o mistério da Encarnação,<br />
respondidos com uma Ave Maria e uma<br />
oração final. Seu nome « Angelus Domini<br />
nuntiavit Mariæ », foi retirado da Antífona <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora ―Alma Re<strong>de</strong>mptoris‖.
• Reza a lenda, que Millet havia pintado este quandro com<br />
um caixão no lugar da cesta <strong>de</strong> palha vermelha.<br />
• Quando uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participar <strong>de</strong> um concurso<br />
<strong>de</strong> arte surgiu, Millet teria mostrado a pintura que<br />
inscreveria no concurso a um amigo bem próximo.<br />
• Este, por sua vez, o aconselhou a mudar algo na pintura,<br />
que ao mesmo tempo em que era <strong>de</strong>masiadamente bela,<br />
iria chocar a todos pelo que estava retratado nela.<br />
• Millet teria substituído, então, o caixão pela cesta, colocado<br />
uns sacos <strong>de</strong> batata no carrinho e pintado umas batatas<br />
mais à esquerda, em frente ao ancinhó - essa mistura <strong>de</strong><br />
pá com tri<strong>de</strong>nte.<br />
• Algumas fontes também afirmam que Salvador Dalí teria<br />
sido o primeiro a <strong>de</strong>scobrir que na pintura haveria um<br />
enterro disfarçado. Ele teria percebido que atrás da mulher,<br />
em frente ao carrinho, há um monte <strong>de</strong> ossos por cima da<br />
terra.<br />
• Salvador Dalí fez diversas referências a esta obra <strong>de</strong> Millet,<br />
inclusive reproduzindo-a com precisão.
AUGUST RODIN<br />
• Embora acusado <strong>de</strong> formalismo pelo rigor anatômico<br />
<strong>de</strong> suas peças, <strong>de</strong>stacou-se no período <strong>de</strong> transição<br />
da arte entre os séculos XIX e XX.<br />
• Fascinado com as esculturas <strong>de</strong> Donatello e<br />
Michelangelo busca uma expressivida<strong>de</strong> naturalista<br />
<strong>de</strong>ntro dos parâmetros da época.<br />
• Numa visita a Florença e a Roma, escandalizou os<br />
meios artísticos parisienses com "A ida<strong>de</strong> do bronze":<br />
era tal a perfeição da figura que houve quem o<br />
acusasse <strong>de</strong> ter usado como mol<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo vivo.
TORSO DE ADÈLE, 1884. MUSEU RODIN,<br />
PARIS
• Escultura intimista <strong>de</strong> Auguste Rodin.<br />
• Nesta obra, o artista se expressa em todo o seu<br />
esplendor.<br />
• Saca <strong>de</strong> uma pedra a figura surpreen<strong>de</strong>nte e<br />
inacabada <strong>de</strong> um bela mulher.<br />
• A força que sempre caracteriza tal artista se vê<br />
nessa obra em cada golpe sobre o mármore,<br />
imitando, ao máximo o mo<strong>de</strong>lo e revelando na<br />
pedra o corpo feminino.
• Segundo Rodin, ―ao escultor cabe a<br />
responsabilida<strong>de</strong> por todos os aspectos da<br />
obra: a concepção, a forma, o tamanho, o<br />
material, o acabamento, a relação com o<br />
espectador‖.<br />
• A estrutura da escultura i<strong>de</strong>ntifica-se com a<br />
estrutura da figura.
CARACTERÍSTICAS DA OBRAS<br />
• Ilusão <strong>de</strong> realida<strong>de</strong><br />
• Mo<strong>de</strong>lado a partir <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo vivo<br />
• Inacabada<br />
• nova or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> naturalismo
APONTAMENTOS DO ARTISTA<br />
• Cada centímetro da superfície é<br />
consi<strong>de</strong>rado, é igual e diferentemente<br />
expressivo: da expressão facial, do gesto<br />
retratado,da contorção muscular, a<br />
expressão se propaga <strong>para</strong> animar a<br />
superfície inteira.
A COROAÇÃO DE NAPOLEÃO- LOUIS DAVID -1806
• Jacques-Louis David é o fundador do neoclassicismo francês.<br />
Teve como mestres e conselheiros pintores diversos quanto<br />
Boucher, forte representantes do rococó francês, e Vien,<br />
precursor do classicismo, o que causou a ambivalência <strong>de</strong><br />
suas obras iniciais tornando-as difíceis <strong>de</strong> classificar.<br />
• Em 1785, quatro anos antes da Revolução Francesa, David<br />
vai a Roma terminar seus estudos. Lá, participa da<br />
escavação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pompéia que foi soterrada por lava<br />
vulcânica; graças à lava, a cida<strong>de</strong> foi preservada, revelando<br />
monumentos, anfiteatros, costumes e hábitos intactos do<br />
classicismo.<br />
• Ao vislumbrar a arte antiga, David <strong>de</strong>senvolve sua própria<br />
linha neoclássica, com temas tirados <strong>de</strong> fontes antigas e<br />
baseados nas formas e no gestual da escultura romana.
• A perfeição do Neoclassicismo po<strong>de</strong> ser vista<br />
no quadro ―Coroação <strong>de</strong> Napoleão‖ on<strong>de</strong><br />
David, representou <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> pessoas, on<strong>de</strong><br />
cada um dos retratados o era com o seu rosto<br />
verda<strong>de</strong>iro, como a verda<strong>de</strong> máxima, como<br />
uma fotografia.
• Eleito imperador da França por meio <strong>de</strong> um plebiscito, Napoleão<br />
convida Pio VII à coroação. A cerimônia ocorre em Notre-Dame,<br />
em 12 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1804; on<strong>de</strong> o Papa assiste à<br />
autocoroação <strong>de</strong> Napoleão<br />
• David era amigo tanto <strong>de</strong> Marat quanto <strong>de</strong> outro lí<strong>de</strong>r da<br />
revolução, Robespierre; quando este foi guilhotinado, David foi<br />
preso e, em vez <strong>de</strong> ser con<strong>de</strong>nado, tornou-se chefe do programa<br />
<strong>de</strong> arte <strong>de</strong> Napoleão.<br />
• Entre 1799 e 1815, registrou as crônicas <strong>de</strong> seu reinado em<br />
obras como Coroação <strong>de</strong> Napoleão e Josefina (1805-1807). Em<br />
1800, foi nomeado retratista oficial da corte e, <strong>de</strong>pois da queda<br />
<strong>de</strong> Napoleão,<br />
• teve que abandonar Paris, passando seus últimos anos em<br />
Bruxelas. Nos trabalhos <strong>de</strong>sta fase, David retorna ao severo<br />
neoclassicismo anterior Papa assiste à autocoroação <strong>de</strong><br />
Napoleão
SAGRAÇÃO DE D. PEDRO I – DEBRET 1823
• Aca<strong>de</strong>mia Imperial <strong>de</strong> Belas <strong>Arte</strong>s da atual Escola <strong>de</strong> Belas<br />
<strong>Arte</strong>s, hoje unida<strong>de</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Brasil.<br />
• Foi inicialmente <strong>de</strong>nominada como Escola Real <strong>de</strong> Ciências,<br />
<strong>Arte</strong>s e Ofícios, quando da sua fundação por D. João VI<br />
(1816-1826), em 12 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1816, ao fim do período<br />
colonial brasileiro.<br />
• Nela,pinturas famosas como a Sagração <strong>de</strong> d. Pedro, <strong>de</strong><br />
Debret, reproduzem os mesmos parâmetros estéticos dos<br />
quadros <strong>de</strong> Luís XIV feitos por Rigaud.<br />
• ―Os artistas franceses consolidaram no Brasil a maneira<br />
<strong>de</strong> representação dos reis criada na França‖, afirma.
ATIVIDADE INFORMAL – DAVID VERSUS DEBRET<br />
LEITURA COMPARATIVA DE OBRAS (<strong>PAS</strong>)<br />
Consagração do Imperador Napoleão I e Coroação da<br />
Imperatriz Josefina (1806 e 1807)<br />
Óleo sobre tela, 621 x 979 cm<br />
Museu do Louvre, Paris, França<br />
-Sagração <strong>de</strong> D. Pedro I, 1823, <strong>de</strong> Jean<br />
BaptisteDebret. - aquarela
MISSÃO ARTÍSTICA FRANCESA<br />
• D. João VI transfere se <strong>para</strong> o Brasil com 15 mil<br />
pessoas. 1808<br />
• Convento do Carmo – RJ.<br />
• Construiu o Teatro São João (1812).<br />
• Liberou o comércio, os portos, as fábricas, as<br />
tipografias a importação <strong>de</strong> livros.<br />
• Predominou o Neoclassicismo ou<br />
Aca<strong>de</strong>micismo.
O JANTAR - DEBRET
• Registra aspectos<br />
sociais.<br />
• Subserviência<br />
escrava.<br />
• Valorização dos<br />
aspectos formais<br />
clássicos
DEBRET<br />
• retrata tipos humanos, costumes e paisagens locais<br />
• Escreve o livro ―Viagem histórica e pitoresca ao Brasil‖,<br />
anos mais tar<strong>de</strong> (1834 e 1839), em Paris>Volume 1:<br />
indígenas brasileiros.<br />
• Volume 2: socieda<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
• Volume 3: retratos imperiais, <strong>de</strong>corações,<br />
plantas e florestas do Brasil.<br />
• professor <strong>de</strong> pintura histórica na Aca<strong>de</strong>mia Imperial <strong>de</strong><br />
Belas <strong>Arte</strong>s
Rafael Fre<strong>de</strong>rico<br />
NU FEMININO DEITADO
HISTÓRIA<br />
• Rafael Fre<strong>de</strong>rico foi pintor, <strong>de</strong>senhista e<br />
professor.<br />
• Era órfão e pobre, mas mesmo assim<br />
conseguiu entrar <strong>para</strong> a Aca<strong>de</strong>mia Imperial <strong>de</strong><br />
Belas <strong>Arte</strong>s aos 12 anos.<br />
• Começou a fabricar, <strong>para</strong>lelamente aos<br />
estudos, em seu casebre, artesanato<br />
litúrgico. Realizou motivos religiosos,<br />
interiores, retratos, cenas <strong>de</strong> gênero e<br />
paisagens.
° Teve como mestres, entre outros, Agostinho da<br />
Mota e Vitor Meireles<br />
°Lecionou no Liceu <strong>de</strong> <strong>Arte</strong>s e Ofícios do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, além <strong>de</strong> se tornar um dos fundadores da<br />
Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aquarelistas.<br />
°Ganhou o Prêmio <strong>de</strong> viagem à Europa, oferecido<br />
pela Escola Nacional <strong>de</strong> Belas <strong>Arte</strong>s.
• Rafael <strong>de</strong>dicou-se bastante ao magistrado,<br />
<strong>de</strong>ixando um número limitado <strong>de</strong> obras, quase<br />
to<strong>das</strong> <strong>de</strong>sconheci<strong>das</strong> pelo público.<br />
• Porém, participou <strong>de</strong> várias mostras coletivas e<br />
foi homenageado, postumamente, em diversas<br />
exposições.
CARACTERÍSTICAS<br />
DA OBRA<br />
• A obra é formada por linhas curvas.<br />
• Perspectiva por sobreposição <strong>de</strong> planos.<br />
• Textura natural da pele <strong>de</strong> uma jovem<br />
• Um contraste suave <strong>de</strong> luz e sombra, cores claras e tons pastéis.<br />
• Composição assimétrica, mas equilibrada, dando um maior enfoque <strong>para</strong> o lado<br />
esquerdo da obra.
A TELA A REDENÇÃO DE CAN (1895),<br />
DE MODESTO BROCOS Y GOMES,<br />
REPRESENTA A MISCIGENAÇÃO ENTRE<br />
BRANCOS E NEGROS NO BRASIL
• No quadro, uma avó negra agra<strong>de</strong>ce a Deus pelo neto<br />
branco que esta no colo da mãe, uma mulata. O pai é<br />
branco, provavelmente <strong>de</strong> origem ibérica ou mediterrânica.<br />
• De acordo com a Bíblia, Can, um dos filhos <strong>de</strong> Noé, recebeu<br />
uma maldição: ele e seus <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes seriam escravos e,<br />
por isso, pensadores que queriam a<strong>de</strong>quar a ciência ao<br />
texto bíblico, o apontaram como o antepassado dos povos<br />
negros.<br />
• Representa o branqueamento da raça.<br />
• Relacionado com questões <strong>de</strong> genética.
• Os elementos estão distribuídos com harmonia.<br />
• O tom amarelo atrás da personagem principal parece<br />
aumentar a sacralida<strong>de</strong> da criança branca
UM BAR NA FOLIES-BERGERÉ – MANET
• Esta obra possui um caráter <strong>de</strong> inovação e<br />
vanguarda, uma vez que em alguns momentos<br />
<strong>de</strong> sua composição, como no bar e nas<br />
pessoas ao fundo, técnicas do impressionismo.<br />
• Obra realista, observa-se a postura<br />
centralizada da personagem que transparece<br />
no olhar um sentimento <strong>de</strong> solidão e<br />
melancolia em meio a diversão do bar.<br />
• O artista da ênfase a sua tristeza e <strong>de</strong>ixa a<br />
alegria do resto do bar em <strong>de</strong>sfoque.
"DE ONDE VIEMOS? O QUE SOMOS? PARA ONDE<br />
VAMOS?" DE PAUL GAUGUIM
• Sobre a pergunta "<strong>de</strong> on<strong>de</strong> viemos", escreveu<br />
Gauguin: "À direita, no canto, vê-se um bebê que<br />
dorme cercado por três nativas senta<strong>das</strong> no chão.<br />
Duas figuras, vesti<strong>das</strong> <strong>de</strong> vermelho, trocam idéias.<br />
• Uma mulher <strong>de</strong> dimensões propositadamente<br />
maiores, a <strong>de</strong>speito da perspectiva, ergue um<br />
braço e observa atônita essas duas figuras que se<br />
atrevem a conjecturar sobre seus <strong>de</strong>stinos".
• A mulher que apanha uma fruta reproduz Eva,<br />
mas, em vez da maçã, segura uma manga.<br />
• "A figura central apanha uma fruta. (...) O ídolo,<br />
com braços erguidos misteriosamente, aponta<br />
<strong>para</strong> o além.<br />
• O apanhar da fruta simboliza os prazeres da vida;<br />
a figura em plenitu<strong>de</strong> simbolizaria a eterna<br />
felicida<strong>de</strong>, caso o ídolo não estivesse lá <strong>para</strong> nos<br />
lembrar <strong>das</strong> verda<strong>de</strong>s eternas -uma constante<br />
ameaça à humanida<strong>de</strong>." Essa é <strong>de</strong>scrição que o<br />
pintor fez <strong>para</strong> a questão "quem somos?".
• O canto esquerdo representa "<strong>para</strong> on<strong>de</strong><br />
vamos". "Uma figura sentada parece ouvir o<br />
ídolo. Uma velha, já bem próxima da morte,<br />
parece aceitar com resignação a sua própria<br />
sorte, fechando a história.<br />
• Uma estranha ave branca, pren<strong>de</strong>ndo um<br />
lagarto com os pés, representa a futilida<strong>de</strong><br />
<strong>das</strong> palavras vazias."
• É uma imagem <strong>de</strong> caráter simbolista.<br />
• As formas são simplifica<strong>das</strong><br />
• As cores são usa<strong>das</strong> <strong>de</strong> maneira arbitrária.<br />
• Apresenta harmonia<br />
• A luz é opaca na maior parte da obra<br />
• É assimétrica
• A pequena bailarina<br />
<strong>de</strong> catorze anos, Degas<br />
marca o início da sua<br />
in<strong>de</strong>pendência do<br />
grupo dos<br />
impressionistas. Deixaos<br />
<strong>para</strong> trás.<br />
• Aquilo <strong>para</strong> ele era<br />
somente uma<br />
brinca<strong>de</strong>ira, com a<br />
qual se tornou<br />
reconhecido na<br />
Europa.
• Ao exibir esta escultura <strong>de</strong>ixou os seus<br />
colegas chocados como toda a «boa<br />
socieda<strong>de</strong>» da época.<br />
• A bailarina representada era um dançarina<br />
da Ópera que Degas conheceu.<br />
• A sua família era miserável, tendo mesmo<br />
uma irmã prostituta.<br />
• Estudou balé até os <strong>de</strong>zesseis anos, já<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Degas a ter esculpido, até que<br />
teve que se prostituir <strong>para</strong> conseguir viver.
• Escandalizado, Degas fez com que a bailarina<br />
muito jovem se <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong>senhar.<br />
• Começou com simples esboço, <strong>de</strong>pois as<br />
telas e <strong>de</strong>pois, uma escultura revolucionária<br />
que viria a mudar o mundo.<br />
• Degas fê-la com o propósito <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar bem<br />
marcados na cera (material com que esculpiu<br />
a bailarina) os seus sentimentos face àquela<br />
miséria fútil, na qual viviam milhares <strong>de</strong><br />
parisienses.<br />
• A sua face mostra o árduo trabalho com o<br />
qual conviveu.
• Ao exibí-la, chocados, todos perguntavam o<br />
porquê <strong>de</strong> estar ali exposta aquela<br />
escultura.<br />
• Aquilo comovia a socieda<strong>de</strong>, remexia-lhes o<br />
peito, fazia-os tristes, não queriam olhar.<br />
• Por outro lado, esta escultura foi o primeiro<br />
trabalho nesta área da arte que incluiu uma<br />
roupa real, <strong>de</strong>sta feita uma saia.
• Degas é peculiar por sua habilida<strong>de</strong> em retratar<br />
cenas com movimento.<br />
• 'Seu olhar é como o <strong>de</strong> uma câmera fotográfica.<br />
Ele congela e reproduz o movimento <strong>das</strong> figuras<br />
com gran<strong>de</strong> apuro. Não à toa também se<br />
interessou pela nascente arte fotográfica<br />
• 'Ele retrata pessoas comuns, como cantoras <strong>de</strong><br />
cabaré, passa<strong>de</strong>iras, jóqueis, freqüentadores <strong>de</strong><br />
bares e bordéis. Também os coloca em<br />
ambientes que prenunciam o mundo do século<br />
20, como as chaminés industriais <strong>de</strong><br />
'Cavalheiros Antes da Partida'. Faz a ponte do<br />
impressionismo <strong>para</strong> a mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>', avalia<br />
Büel.
• A formação acadêmica <strong>de</strong> Degas e sua admiração<br />
por Ingres, fizeram com que ele valorizasse o<br />
<strong>de</strong>senho e não só a cor, como valorizava o<br />
Impressionismo.<br />
• Sua contribuição <strong>para</strong> a pintura mo<strong>de</strong>rna é a<br />
angulação oblíqua e o enquadramento <strong>das</strong> cenas,<br />
que mostram a gran<strong>de</strong> influência da fotografia<br />
sobre sua obra.<br />
• Era impressionista apenas em alguns aspectos e,<br />
como Manet, um tanto distante do grupo.<br />
• Tinha pouco interesse nas paisagens e se<br />
concentrava em cenas da vida contemporânea,<br />
apropriando-se <strong>de</strong> certos temas, como o balé e as<br />
corri<strong>das</strong> <strong>de</strong> cavalos.
QUARTO DE VAN GOGH EM ARLES (1889).<br />
ESTE ERA O QUARTO DO PINTOR NA CASA AMARELA, EM QUE MORAVA COM PAUL<br />
GAUGUIN.
• Em 1888, <strong>de</strong>cidiu mudar-se <strong>para</strong> Arles, no sul da França<br />
on<strong>de</strong>, segundo ele, havia mais cor, mais sol. Van Gogh<br />
convidou seu amigo Paul Gauguin, também pintor, <strong>para</strong><br />
morar com ele num estúdio batizado <strong>de</strong> Casa Amarela.<br />
• Mas os dois não se enten<strong>de</strong>ram! Nas discussões, sempre<br />
sobre quadros, van Gogh se irritava porque Gauguin não<br />
concordava com ele, e vice-versa!
• Quadro com imensa força e pungência.<br />
• Os dois travesseiros e as duas ca<strong>de</strong>iras indicam a<br />
ansieda<strong>de</strong> com que Van Gogh aguardava a vinda <strong>de</strong><br />
Gauguin.<br />
• Interesse por cores complementares.<br />
• Expressou a gama <strong>de</strong> emoções pelo uso <strong>das</strong> cores.<br />
• O quadro é iluminado pela cores mais claras.<br />
• Textura uniforme.<br />
• Pincela<strong>das</strong> visíveis.
• Pincela<strong>das</strong> firmes e cores fortes são usa<strong>das</strong> <strong>para</strong> retratar o<br />
quarto <strong>de</strong> Van Gogh em Arles, cida<strong>de</strong> que marcou sua<br />
reviravolta artística.<br />
• Existem mais duas versões <strong>de</strong>sta obra realiza<strong>das</strong> em 1889.<br />
• Na pare<strong>de</strong> obras do artista e uma gravura japonesa em<br />
cima da cabeceira.<br />
• Diversos tons <strong>de</strong> azul.
Um domingo <strong>de</strong> verão na Gran<strong>de</strong> Jatte, 1884-6, 2,05 x 3,05 m. Chicago, Art Institute
OS TONS<br />
• Obtidos pela aproximação<br />
<strong>de</strong> pontos.<br />
• A certa distância<br />
compõem a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
tons e tornam a vibração<br />
luminosa (contrastes<br />
simultâneos).
A ELABORAÇÃO DA OBRA<br />
• Tema - um programa -<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer em Paris.<br />
• Forma <strong>de</strong> elaboração:<br />
• Espaço: é plano.<br />
• Composição: construída nas<br />
verticais e horizontais.<br />
• Corpos e sombras – formas<br />
geométricas curvas modula<strong>das</strong> pelo<br />
cilindro e cone.
• Personagens – manequins<br />
geometrizados organizados em<br />
intervalos e ritmos quase que<br />
matemáticos, segundo a lei da<br />
proporção áurea.<br />
• Luz – não é natural; é recomposta<br />
a partir da fórmula científica –<br />
regular e geométrica.<br />
• Cores vivas em pontos minúsculos<br />
(Pontilhismo) – sistema <strong>de</strong> mistura<br />
ótica no olho do receptor.
• Marcas: superfície granulada, figuras estiliza<strong>das</strong> em aura <strong>de</strong> luz.<br />
• Desenho chapado e preciso.
O QUARTO ESTADO – 1901 - GIUSEPPE PELLIZA DA VOLPEDO
INTRODUÇÃO<br />
• A obra O quarto Estado – II quarto Stato, seu<br />
nome original – tem a autoria <strong>de</strong> Giuseppe da<br />
Volpedo;<br />
• É uma tela pintada a óleo, pintada no período <strong>de</strong><br />
1896 a 1902;<br />
• Suas dimensões são <strong>de</strong> 293 × 545 cm;<br />
Localiza-se no Museu do século XX – Museu <strong>de</strong>l<br />
Novecento – Em Milão.
• Na obra é possível perceber pelas vestes e<br />
postura dos elementos, que trata-se <strong>de</strong> um<br />
retrato da classe proletária;<br />
• Desta forma, nota-se a posição política do<br />
pintor.
ANÁLISE PICTÓRICA<br />
• A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> perspectiva dada no quadro é<br />
feita pela sobreposição <strong>de</strong> planos, esses<br />
planos correspon<strong>de</strong>m às linhas horizontais<br />
forma<strong>das</strong> pelo proletariado.<br />
• Ambos lados da obra apresentam pleno<br />
equilíbrio <strong>de</strong> pesos dos elementos.<br />
• A luz na obra é advinda do quadrante<br />
superior esquerdo. Infere-se isso ao<br />
observar as sombras dos trabalhadores
ANÁLISE GEOMÉTRICA<br />
• As mãos dos trabalhadores estão abertas,<br />
revelando tranquilida<strong>de</strong>, suas mãos também<br />
criam uma ondulação, movimentando a<br />
obra.
• A figura do lí<strong>de</strong>r, com o<br />
seu colete encarnado<br />
sobressaindo como<br />
uma ban<strong>de</strong>ira, está<br />
colocado no centro da<br />
composição.<br />
• A composição da obra<br />
é feita com 2<br />
quadrados e 1<br />
retângulo, neste<br />
retângulo está o<br />
personagem principal
• As diagonais no lado<br />
direito a obra apontam<br />
suavemente o braço da<br />
mulher.<br />
• A horizontalida<strong>de</strong><br />
conota ainda com a<br />
terra, que como<br />
camponeses estão<br />
habituados a cultivar e<br />
a respeitar.
ANÁLISE POLÍTICO-SOCIAL<br />
• Aos 22 anos Pelliza da Volpedo, que era advindo <strong>de</strong> uma<br />
família <strong>de</strong> agricultores aproximou-se muito do i<strong>de</strong>ais<br />
socialistas, sendo estas muito difundi<strong>das</strong> entre os<br />
trabalhadores do campo e proletários;<br />
• A obra <strong>de</strong> Giuseppe da Volpedo possui um gran<strong>de</strong><br />
compromisso social. Após ter contato com as i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Karl<br />
Marx, Friedrich Engels e August Bebel, o artista apaixonou-se<br />
pelas i<strong>de</strong>ias socialistas;<br />
• O primeiro nome da obra foi ―O caminho dos trabalhadores‖,<br />
no caminho <strong>para</strong> uma exposição em Turim alterou-se o nome<br />
da obra <strong>para</strong> ―O quarto estado‖.
ELISEU VISCONTI - 1091 GOLFO DE NÁPOLES<br />
COM O VESÚVIO AO FUNDO
• Visconti apresentou uma extrema<br />
versatilida<strong>de</strong> e praticou quase todos os<br />
temas e gêneros <strong>de</strong> pintura.<br />
• Paisagens e retratos como já vimos e<br />
também composições, <strong>de</strong>corações, gran<strong>de</strong>s<br />
painéis e outros adornos arquitetônicos,<br />
• Sempre provocando a admiração dos<br />
amantes da arte com sua marca registrada<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> maestria e sensibilida<strong>de</strong>.
• Com insistência os críticos apontaram-no como<br />
um pintor <strong>de</strong> forma e estilo franceses, mas ele<br />
soube sempre conservar o amor aos seus<br />
sentimentos como fonte <strong>de</strong> inspiração <strong>para</strong> o<br />
teor e o significado <strong>de</strong> suas obras.<br />
• Ele se <strong>de</strong>ixava seduzir pela imagem, seu<br />
sensível coração, tocado pela poesia da<br />
composição, acompanhava o ritmo <strong>das</strong> cores<br />
em <strong>de</strong>gradação.
Uma <strong>das</strong> principais criações <strong>de</strong> Eliseu Visconti<br />
Retrata uma paisagem na região <strong>de</strong> Nápoles juntamente com o Vesúvio ao<br />
fundo<br />
Vulcão localizado cerca <strong>de</strong> 9<br />
km <strong>de</strong> Nápoles<br />
É uma comuna italiana<br />
localizada ao sul da Itália
• A obra é caracterizada pela paisagem singular.<br />
• Na obra, po<strong>de</strong>mos contar três meninos<br />
sentados à beira do lago.<br />
• Predominam as cores claras e o reflexo imposto<br />
pela água.<br />
• Dimensões : 640X371 cm
• Perspectiva<br />
• Linear<br />
• Simetria<br />
• Assimétrica
• Contraste <strong>de</strong> luz e sombra<br />
• Obtida através do uso <strong>de</strong> cores escuras e claras
• Figuras sem contornos nítidos<br />
• Intensida<strong>de</strong> dos tons do objeto dados pela incidência <strong>de</strong> luz solar<br />
• Tons pasteis<br />
• Pincela<strong>das</strong> curtas<br />
• I<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suavida<strong>de</strong>,tranquilida<strong>de</strong> é dada pelas linhas horizontais e o<br />
movimento da água
“A arte não po<strong>de</strong> <strong>para</strong>r. Modifica-se permanentemente.<br />
Agrada agora o que antes era <strong>de</strong>testado. Isto é evolução e<br />
não é possível fugir aos seus efeitos. O homem não <strong>para</strong>. Vai<br />
sempre adiante. Os futuristas, os cubistas são todos expressões<br />
respeitáveis, artistas que tateiam, procurando alguma coisa que<br />
ainda não alcançaram. Eles agitam, saco<strong>de</strong>m, renovam.<br />
São dignos, por conseguinte, <strong>de</strong> toda admiração”<br />
Eliseu Visconti
ART NOUVEAU<br />
• Difundiu-se pela Europa com diversos nomes:<br />
• ART NOUVEAU – Bélgica e França<br />
• JUNGENDSTIL – Alemanha<br />
• MODERNISMO – Espanha<br />
• LIBERTY – Grã-Bretanha<br />
• ESTILO FLORAL- Itália
OC2 – INDIVÍDUO, CULTURA E MUDANÇA<br />
SOCIAL<br />
• Revolução Industrial – contribui <strong>para</strong> uma nova ativida<strong>de</strong> artística.<br />
• O surgimento <strong>das</strong> fábricas, a produção em série e o trabalho<br />
assalariado são as principais características <strong>de</strong>sta transformação, que<br />
alterou a economia, as relações sociais e a paisagem geográfica.
ARTS AND CRAFTS MOVIMENT (MOVIMENTO DAS<br />
ARTES E OFÍCIOS)<br />
• Desenvolveu-se na Europa e EUA no final do séc. XIX (1890- e 1ª Guerra<br />
Mundial)<br />
• Interesse nas artes aplica<strong>das</strong> – arquitetura, artes <strong>de</strong>corativas, <strong>de</strong>sign,<br />
artes gráficas e mobiliário.<br />
• Dialogava mais com a produção industrial em série.<br />
• Ferro, vidro e cimento.<br />
• Reação à arte acadêmica.<br />
• Revaloriza a beleza fazendo articulação entre arte e indústria.
FONTES DE INSPIRAÇÃO<br />
• Natureza.<br />
• Estilo naturalista e floreado<br />
(superfície e a estrutura dos edifícios)<br />
- <strong>de</strong>staque <strong>para</strong> as linhas curvas e<br />
formas orgânicas, inspira<strong>das</strong> em<br />
folhagens, flores, cisnes, labare<strong>das</strong>.<br />
• Criar um estilo ornamental livre dos<br />
esquemas rígidos <strong>de</strong> simetria e<br />
proporção.<br />
• Proclama o gosto pela <strong>de</strong>coração<br />
(interior e exterior).
CASA TASSEL – VICTOR HORTA – BRUXELAS<br />
• Uso <strong>de</strong> elementos orgânicos.<br />
• Aberturas com formas irregulares.<br />
• Explora elementos <strong>de</strong> textura e cor nos<br />
revestimentos.<br />
• Uso <strong>de</strong> ferro fundido e vidro.
Casa Horta
Hector Guimard<br />
FRANÇA<br />
Ferro e vidro levam a um<br />
excessivo floralismo.
Casa Milá,<br />
Barcelona<br />
<strong>de</strong>talhe
CASA MILÁ<br />
(DETALHES DA FACHADA)
QUARTO (ESTILO ART DECÓ) / ILUMINAÇÃO INTERIOR<br />
NATURAL
•ESPANHA:<br />
•Barcelona: surpreen<strong>de</strong> pelas formas e pela<br />
<strong>de</strong>coração.<br />
•Antonio Gaudí – A Igreja Sagrada Família.
Sagrada Família (<strong>de</strong>talhe), Antoni Gaudi - Barcelona
CASA BATLÓ E PARQUE GÜEL, BARCELONA
Tiffany abajour
MOBILIÁRIO
A ESCULTURA, PINTURA E ARTES GRÁFICAS
A<strong>de</strong>le Block-Bauer (1907), 138cm x 138 cm<br />
Gustav Klimt, austríaco, simbolista.
BRASIL – BELÉM, MANAUS, SÃO PAULO
GUSTAV KLINT -<br />
O RETRATO DE<br />
ADELE.
OLEO E OURO SOBRE TELA (138 X 138 CM), DE 1907: RIQUEZA DE<br />
DETALHES INSPIRADA EM MOSAICOS BIZANTINOS NA OBRA MAIS<br />
CARA DO MUNDO. ACERVO DA NEUE GALERIE, NOVA YORK.<br />
• Virada do século XIX <strong>para</strong> o XX, quando Gustav<br />
Klimt espantava a Áustria com seus retratos<br />
sensuais <strong>de</strong> mulheres<br />
• Tornou-se um dos mais importantes pintores do<br />
mundo.<br />
• Sua obra Retrato <strong>de</strong> A<strong>de</strong>le Bloch-Bauer I (1907)<br />
foi vendida em julho à Neue Galerie, <strong>de</strong> Nova<br />
York, pelo mais alto preço já pago por uma<br />
pintura: 135 milhões <strong>de</strong> dólares.
ESCULTURA: FLOR DO MANGUE<br />
AUTOR: FRANS KRAJCBERG
• Frans Krajcberg mora numa casa em cima <strong>de</strong> uma<br />
árvore, em Nova Viçosa, na Bahia.<br />
• Vive só, mas, ao contrário do que possa parecer,<br />
não <strong>de</strong>sistiu do mundo nem <strong>das</strong> pessoas, apesar<br />
<strong>de</strong> se dizer às vezes um pouco cansado <strong>de</strong>les.<br />
• O escultor e fotógrafo, que nasceu na Polônia há<br />
81 anos e vive no Brasil há mais <strong>de</strong> 50, mantém-se<br />
em ativida<strong>de</strong> intensa e faz <strong>de</strong> seu trabalho um<br />
instrumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia, <strong>de</strong> questionamento da<br />
relação entre ser humano e meio ambiente, <strong>de</strong><br />
discussão da sobrevivência diante <strong>das</strong> respostas<br />
incisivas da natureza à <strong>de</strong>gradação.
• Pertencente também a linguagem contemporânea,<br />
este artista busca em suas obras dar vida aquilo que<br />
estava morto.<br />
• Reutiliza ma<strong>de</strong>iras provenientes <strong>de</strong> queima<strong>das</strong> <strong>para</strong><br />
produzir esculturas que dialogam com o interlocutor<br />
<strong>de</strong> forma direta num discurso <strong>de</strong> preservação da<br />
natureza e <strong>de</strong>stacando o valor da reciclagem.<br />
• É a ligação entre o individuo, a arte e o mundo que<br />
os cerca. Cabe notar que na arte contemporânea o<br />
suporte da obra não é mais, necessariamente um<br />
pe<strong>de</strong>stal ou uma moldura.
VALENTINA DE VIK MUNIZ<br />
• É um retrato da<br />
serie ―crianças <strong>de</strong><br />
açucar‖ <strong>de</strong> 1996,<br />
foi elaborado a<br />
partir <strong>de</strong>sse<br />
material.
• Vik Muniz (Vicente José Muniz) nasceu em São<br />
Paulo, em 1961, mas vive e trabalha em Nova<br />
York. De lá, projetou-se <strong>para</strong> o mundo e tem um<br />
vastíssimo currículo com apresentações <strong>de</strong><br />
sucesso nos Estados Unidos e Europa.<br />
• Ele fotografa crianças trabalhando e parte do que<br />
ganha com isso,financia estudo <strong>para</strong> essas<br />
crianças.<br />
• Seu trabalho preferido é Valentina, uma criança<br />
comum, retratada em açúcar.<br />
O trabalho <strong>de</strong> Muniz caracteriza-se por mexer com<br />
os sentidos do observador. Ele trabalha com<br />
imagens ilusórias, imagens que <strong>de</strong> perto parecem<br />
uma coisa e <strong>de</strong> longe são outras.
• Faz esculturas perecíveis e comestíveis que se eternizam<br />
através da fotografia.<br />
• Uma pizza vira um rosto e calda <strong>de</strong> chocolate<br />
assume formas humanas e <strong>de</strong> coisas, como<br />
quando <strong>de</strong>senhou uma multidão nas ruas <strong>de</strong> Nova<br />
Yorque.<br />
• Um monte <strong>de</strong> alfinetes transforma-se em uma<br />
imagem e Mona Lisas são feitas com pasta <strong>de</strong><br />
amendoim e geléia.<br />
• Ao retratar personagens tipicamente americanos,<br />
ganhou espaço nos Estados Unidos e no mundo.<br />
Vik é sucesso no Brasil porque conquistou fama no<br />
exterior.
• O importante nesta séria <strong>de</strong> fotografias chamada the<br />
sugar children (crianças <strong>de</strong> açúcar) é a materialida<strong>de</strong>.<br />
• Feita com açúcar sobre uma papel preto o artista<br />
utiliza o açúcar numa referencia ao trabalho <strong>de</strong><br />
crianças nos canaviais da Jamaica. Daí o açúcar<br />
possuir importância na composição que faz mensão a<br />
situação social <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> crianças neste país e<br />
no mundo.<br />
• O artista também faz uma metáfora entre o eterno<br />
(fotografia) e o efêmero (o açúcar) que juntos<br />
promovem a linguagem da obra.
• Sarah Bernhardt, pseudônimo <strong>de</strong> Rosine<br />
Bernardt (Paris, 22 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1844 —<br />
Paris, 26 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1923) foi uma atriz<br />
francesa. Filha <strong>de</strong> uma famosa cortesã<br />
holan<strong>de</strong>sa, Julie Bernardt.<br />
• Seu papel mais marcante foi o da peça A<br />
Dama <strong>das</strong> Camélias <strong>de</strong> Alexandre Dumas. Veio<br />
ao Brasil quatro vezes, as duas primeiras<br />
ainda durante o reinado <strong>de</strong> D. Pedro II.<br />
• Na última visita, durante uma encenação,<br />
sofreu um aci<strong>de</strong>nte que lhe gerou sérios<br />
problemas em sua perna e que culminou, anos<br />
<strong>de</strong>pois, em sua morte.<br />
• Em filmes brasileiros, Sarah Bernhardt foi<br />
representada em dois, em O Xangô <strong>de</strong> Baker<br />
Street e no filme Amélia.
FELIX NADAR - FOTOGRAFIAS DE SARAH BERNHARDT
ARTUR OMAR<br />
•Arthur Omar é um artista brasileiro múltiplo,<br />
com presença <strong>de</strong> ponta em várias áreas da<br />
produção artística contemporânea.<br />
• Formado em antropologia e etnografia.<br />
Desenvolveu novos métodos <strong>de</strong> antropologia<br />
visual.<br />
• Trabalha com cinema, ví<strong>de</strong>o, fotografia<br />
instalações, música, poesia, <strong>de</strong>senho, além<br />
<strong>de</strong> ensaios e reflexões teóricas sobre o<br />
processo <strong>de</strong> criação e a natureza da imagem.<br />
Série "Antropologia da face gloriosa"<br />
Intuições Atléticas da série<br />
Antropologia, 1998<br />
100 X 100 cm
INTUIÇÕES ATLÉTICAS DA SÉRIE ANTROPOLOGIA DA FACE<br />
GLORIOSA<br />
1998<br />
100 X 100 CM FOTOGRAFIA
Fotografias <strong>de</strong>scontextualiza<strong>das</strong> do carnaval do RJ, realiza<strong>das</strong><br />
em preto e branco num processo tradicional <strong>de</strong> captação da<br />
imagem e ampliação – feitas ao longo <strong>de</strong> 20 anos.<br />
161 fotos da face capta<strong>das</strong> em pleno carvanal do RJ 1973-96).<br />
No laboratório explora contrastes, a granulação, a superposição<br />
<strong>de</strong> imagens, reenquadramento sucessivo, recpiagem, etc.<br />
Busca produzir imagens perturbadoras (ora estranhas, ora<br />
familiares) – faces MISTERIOSAS, ambíguas, ou seja, uma<br />
abordagem antropológica.<br />
Trabalha nas fotografias um conjunto <strong>de</strong> faces, <strong>de</strong> homens, cada<br />
qual com sua peculiarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo e espaço <strong>para</strong> ―o homem‖<br />
- caminha <strong>para</strong> uma generalização.<br />
I<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> OBRA ABERTA, inacabada, que pe<strong>de</strong> diálogo – uma<br />
interação visual.
O artista e diretor <strong>de</strong> cinema carioca Arthur<br />
Omar interpreta o <strong>de</strong>lírio carnavalesco<br />
brasileiro em 161 retratos.<br />
Os instantâneos que captam o transe nas<br />
ruas são retrabalhados <strong>de</strong> forma exaustiva<br />
nos processos <strong>de</strong> revelação e ampliação.<br />
A trajetória do fotógrafo é analisada pela<br />
crítica Ivana Bentes no ensaio<br />
"Arthur Omar: o êxtase da imagem".<br />
Edição bilingüe.
•Serigrafia<br />
•Técnica <strong>de</strong> impressão da gravura que reproduz <strong>de</strong>senhos<br />
<strong>de</strong> cores planas através <strong>de</strong> uma armação <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira<br />
e tela feita <strong>de</strong> tecido <strong>de</strong> seda, náilon ou re<strong>de</strong> metálica,<br />
sobre uma base que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> papel, tecido, metal ou<br />
outros.<br />
•O processo se dá a partir da aplicação <strong>de</strong> tinta sobre<br />
partes permeáveis e impermeáveis da tela, que a<br />
filtra formando o <strong>de</strong>senho a ser impresso.<br />
•O termo sinônimo silkscreen é normalmente utilizado<br />
num contexto comercial.
PARA COMPOR ALGUMAS DE SUAS FAMOSAS SERIGRAFIAS MÚLTIPLAS E COLORIDAS, ANDY<br />
WARHOL FOTOGRAFOU COM UMA CÂMERA POLAROID DIVERSAS PERSONALIDADES.<br />
FEITOS A CURTA DISTÂNCIA E COM O FLASH ESTOURADO, OS RETRATOS INSTANTÂNEOS DO<br />
ARTISTA QUE REVOLUCIONOU A POP ART TÊM HOJE GRANDE VALOR HISTÓRICO E ARTÍSTICO.
Jacob Riis<br />
• A imagem fotográfica sempre foi algo instigante prá<br />
mim... tanto que <strong>de</strong>ixei a Engenharia <strong>para</strong> me tornar<br />
Fotógrafo.<br />
• Quando nada parece dar certo, vou ver o cortador<br />
<strong>de</strong> pedras martelando sua rocha talvez 100 vezes,<br />
sem que uma única rachadura apareça.<br />
• Mas na centésima primeira martelada a pedra se<br />
abre em duas, e eu sei que não foi aquela que<br />
conseguiu isso, mas to<strong>das</strong> as que vieram antes.
• Para começar, uma mostra da obra <strong>de</strong><br />
Jacob Riss - fotógrafo do final do século<br />
XIX, que soube documentar <strong>de</strong> forma<br />
interessante os imigrantes recemchegados<br />
à Nova York e po<strong>de</strong> ser<br />
consi<strong>de</strong>rado um dos pais do<br />
fotodocumentarismo e, <strong>de</strong> quebra, do<br />
mo<strong>de</strong>rno fotojornalismo.
JACOB RIIS> PHOTO>.CRIANÇAS DORMINDO NA<br />
RUAMULBERRY( 1890)
MATERIAIS E TÉCNICAS<br />
• A utilização <strong>de</strong> materiais e imagens tradicionalmente<br />
ligados ao universo feminino, tais como linhas, tecidos,<br />
cabelos artificiais, silhuetas recorta<strong>das</strong> <strong>de</strong> mulheres que<br />
lembram antigos trabalhos manuais, são uma constante<br />
nos trabalhos em que a artista investiga a situação social<br />
da mulher negra no Brasil.
PAREDE DE MEMÓRIAS (<strong>PAS</strong>)<br />
•850 FOTOGRAFIAS 8X8X3cm serigrafa<strong>das</strong> sobre pequenas almofa<strong>das</strong><br />
(patuás) arremata<strong>das</strong> com pontos <strong>de</strong> crochê e dispostas lado a lado em<br />
um gran<strong>de</strong> mural.<br />
• A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fotografias sugere:<br />
• Anos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgaste da família Paulino;<br />
• A submissão aos postos <strong>de</strong> trabalho manual, subjugado as<br />
regras livres <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tempo da colônia.<br />
• Opacas, falhas e <strong>de</strong>sbota<strong>das</strong>.
WANGECHI MUTU (QUÊNIA - 1972)<br />
• 1990 muda-se <strong>para</strong> NY <strong>para</strong> estudar antropologia e artes<br />
plásticas.<br />
• Técnica da COLAGEM (coloca sobre a mesma superfície várias<br />
imagens <strong>de</strong> origens distintas formando uma só figura no final).<br />
• Em suas colagens insere uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> materiais incluindo<br />
ADESIVO, TINTA, GLITTER, TERRA, PÉROLAS e PARTES DE<br />
FOTOGRAFIA.<br />
• Seus temas: política, o capitalismo oci<strong>de</strong>ntal, mas<br />
principalmente a figura feminina sob esteriótipos clássicos da<br />
cultura do seu país, reinterpretando à sua maneira.
ASCENSÃO DA DOCE BORBOLETA NOS<br />
CAMPOS DA MATANÇA (<strong>PAS</strong>)<br />
• Trata da valorização da<br />
mulher, <strong>de</strong> sua raça e<br />
coragem no meio <strong>de</strong> tantas<br />
<strong>de</strong>silghalda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um<br />
mundo machista.<br />
• Suas figuras são<br />
igualmente repulsivas e<br />
atrativas.<br />
• Retrata uma moça em um<br />
campo que há presença <strong>de</strong><br />
uma borboleta indicando<br />
esperança e resistência ao<br />
alçar seu vôo, como<br />
também tiros que mostram<br />
as dificulda<strong>de</strong>s femininas<br />
<strong>para</strong> vencer <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />
e preconceitos.<br />
• Notável presença da cor<br />
rosa, símbolo feminino.
WANGECHI MUTU -<br />
ASCENSÃO DA<br />
DOCE BORBOLETA<br />
NOS CAMPOS DA<br />
MATANÇA;
• Wangechi Mutu, um artista queniano que mora em<br />
Nova York, recentemente passou a ocupar lugar <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>staque no universo internacional <strong>das</strong> artes plásticas<br />
com suas colagens mistas.<br />
• Usando imagens recorta<strong>das</strong> <strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> moda,<br />
National Geographic, e livros sobre arte Africano,<br />
• Partes do corpo individual composto por "objetos" são<br />
feitos <strong>para</strong> parecer próteses cola<strong>das</strong> sobre troncos e<br />
membros <strong>de</strong>senhado em tinta.
ELDORADO, NELSON SCRENCI<br />
1,20 x 2,00
• Eu faço uma releitura da cor brasileira.<br />
Assumo influências <strong>de</strong> Volpi e <strong>de</strong> Lívio<br />
Abramo, recrio um clássico <strong>de</strong> Almeida<br />
Júnior." Screnci acredita que há<br />
preconceito contra releituras <strong>de</strong> artistas<br />
brasileiros. "Por que só po<strong>de</strong>mos reler<br />
americanos e europeus?―<br />
• Nelson Screnci
A METAMORFOSE DOS EXCLUIDOS – NELSON SCRENCI - 2000
• Uma com<strong>para</strong>ção entre "A Negra", <strong>de</strong> Tarsila do<br />
Amaral, e o "Caipira picando fumo", <strong>de</strong> Almeida Júnior,<br />
interroga a cisão entre o "mo<strong>de</strong>rno" e o "acadêmico" e,<br />
por alargamento, expõe a questão epistemológica <strong>das</strong><br />
classificações na história e na crítica <strong>das</strong> artes.<br />
• As duas telas apresentam uma evidência rara <strong>de</strong>ntro<br />
da pintura brasileira.<br />
• Elas possuem uma força e uma presença visual,<br />
"icônica", que parte <strong>de</strong> um "tipo" social – a negra, o<br />
caipira – <strong>para</strong>, construindo-os com os meios da<br />
pintura, impô-los como imagens.
• Se esquecermos classificações e preconceitos – "mo<strong>de</strong>rno" <strong>de</strong><br />
um lado, "acadêmico" <strong>de</strong> outro – <strong>de</strong>scobrimos que, por trás <strong>de</strong><br />
efeitos estilísticos mais exteriores, existe uma gran<strong>de</strong> afinida<strong>de</strong><br />
nos princípios <strong>de</strong> organização <strong>das</strong> duas telas.<br />
• Almeida Júnior – e isto não foi suficientemente assinalado até<br />
agora nos estudos consagrados ao pintor – compõe por meio <strong>de</strong><br />
um notável sentido da geometria.<br />
• Seu caipira, com os ângulos dos cotovelos, dos joelhos, bem<br />
afirmados, encontra-se instalado, <strong>de</strong> modo seguro e preciso,<br />
diante <strong>de</strong> um fundo revelando claras relações ortogonais:<br />
verticais da porta e, sobretudo, horizontais dos batentes, dos<br />
bambus que se mostram na pare<strong>de</strong> <strong>de</strong> barrote, dos <strong>de</strong>graus em<br />
pau tosco que lhe servem <strong>para</strong> sentar.
• Tarsila do Amaral, no início dos anos <strong>de</strong> 1920, está muito<br />
marcada pelos exemplos construtivos do cubismo, pelas lições<br />
<strong>de</strong> Gleizes, <strong>de</strong> Lhote, <strong>de</strong> Léger.<br />
• Nesse momento, ela se entrega ao rigor <strong>das</strong> organizações<br />
geométricas.<br />
• "A Negra" é sua gran<strong>de</strong> obra do período.<br />
• Por acaso ou, quem sabe, por alguma lembrança, ela dispõe<br />
seu personagem numa postura bastante próxima à do caipira:<br />
ângulos dos cotovelos, evidência dos pés, inclinação da<br />
cabeça.<br />
• Como Almeida Júnior, dispõe sua figura diante <strong>de</strong> um fundo<br />
geométrico, feito <strong>de</strong> barras horizontais <strong>para</strong>lelas, num efeito<br />
não muito distante dos <strong>de</strong>graus do caipira.
• No caipira, a diagonal indica esse centro significante.<br />
• Encontra-se levemente <strong>de</strong>slocado <strong>para</strong> evitar a rigi<strong>de</strong>z.<br />
• Está na junção, ponto essencial e preciso, do polegar<br />
esquerdo e do indicador direito, ou melhor, <strong>das</strong> duas<br />
unhas <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>dos.<br />
• Se, no outro quadro, prolongarmos a nervura central<br />
da folha <strong>de</strong> bananeira, chegaremos ao polo<br />
organizador escolhido por Tarsila do Amaral, também<br />
situado abaixo do centro geométrico: o mamilo<br />
<strong>de</strong>senhado como um pequeno círculo.
• O seio oferto, redondo, vulnerável, opõe-se assim à faca<br />
pontiaguda, agressiva, intercalada entre personagem e<br />
espectador, barreira feita <strong>de</strong> violência implícita.<br />
• Nelson Screnci, artista fascinado pelo universo <strong>das</strong> imagens<br />
<strong>de</strong>ixa<strong>das</strong> pelos gran<strong>de</strong>s pintores, aceitou tentar uma fusão entre<br />
as duas telas.<br />
• Ele já havia trabalhado a partir <strong>de</strong> ambas, juntado-as com tipos<br />
populares ou com princesas <strong>de</strong> Velazquez.<br />
• Aqui, elas se metamorfoseiam uma na outra; os tipos "icônicos"<br />
do caipira e da negra misturam-se com elementos populares.<br />
• Ele associa também a exuberância que colore a tela <strong>de</strong> Tarsila<br />
do Amaral aos tons mais vizinhos que emprega Almeida Júnior.<br />
• Cada uma <strong>de</strong> suas pequenas imagens vibra numa luminosida<strong>de</strong><br />
mais forte.
• Nelson Screnci associa a exuberância que colore a tela <strong>de</strong> Tarsila do<br />
Amaral aos tons mais vizinhos que emprega Almeida Júnior.<br />
• Cada uma <strong>de</strong> suas pequenas imagens vibra numa luminosida<strong>de</strong> muito<br />
forte.<br />
• Artista fascinado pelo universo <strong>das</strong> imagens <strong>de</strong>ixa<strong>das</strong> pelos gran<strong>de</strong>s<br />
pintores, aceitou tentar uma fusão entre essas duas telas.<br />
• Ele já havia trabalhado a partir <strong>de</strong> ambas, juntado-as com tipos<br />
populares ou com princesas <strong>de</strong> Velazquez.<br />
• Aqui, elas se metamorfoseiam uma na outra; os tipos "icônicos" do<br />
caipira e da negra misturam-se com elementos populares.<br />
• Sua obra oferece pontos <strong>de</strong> convergência entre as duas telas e mostra<br />
como a visão mais fecunda é aquela que escapa aos estereótipos <strong>de</strong><br />
conceitos como "mo<strong>de</strong>rno", "acadêmico" ou outros.<br />
• Mais convergências são possíveis: esta mini-exposição é o convite <strong>para</strong><br />
<strong>de</strong>scobri-las.
• Sua obra oferece pontos <strong>de</strong> convergência<br />
entre as duas telas e mostra como a visão<br />
mais fecunda é aquela que escapa aos<br />
estereótipos <strong>de</strong> conceitos como "mo<strong>de</strong>rno",<br />
"acadêmico" ou outros.<br />
• Mais convergências são possíveis: esta<br />
mini-exposição é o convite <strong>para</strong> <strong>de</strong>scobrílas.<br />
TEXTO PARA EXPOSIÇÃO "OBRA EM CONTEXTO - A NEGRA E O CAIPIRA", EXPOSIÇÃO NO CENTRO CULTURAL FIESP, AV PAULISTA 1313, DE 27 DE JUNHO A 20 DE<br />
AGOSTO DE 2000<br />
JORGE COLI É PROFESSOR DE HISTÓRIA DA ARTE E DA CULTURA NA UNICAMP
Missamóvel <strong>de</strong><br />
Nelson Leirner<br />
• Trabalho tridimensional feito com objetos distintos dos normalmente usados nas<br />
esculturas e que ironizam aspectos da cultura brasileira ao reunir miniaturas <strong>de</strong><br />
santos, figuras do candomblé e bichinhos da Disney, caso <strong>de</strong> Missamóvel (2000) e<br />
Procissão (2000).