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A Origem do Mal

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A ORIGEM DO MAL<br />

A Queda de Lúcifer<br />

Para muitos estudiosos, a origem <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e a razão de sua<br />

existência constituem motivo de grande perplexidade. Ven<strong>do</strong> a obra<br />

<strong>do</strong> mal, com seus terríveis resulta<strong>do</strong>s de miséria e desolação.<br />

questionam como tu<strong>do</strong> isso possa existir sob o governo de um Ser<br />

que é infinito em sabe<strong>do</strong>ria, poder e amor. Aqui está um mistério,<br />

para o qual não encontram respostas. E, em sua dúvida e incerteza,<br />

fazem-se cegos às verdades claramente reveladas na Palavra de<br />

Deus e essenciais à salvação. Existem aqueles que, em suas<br />

investigações sobre a existência <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, esforçam-se por sondar<br />

escrupulosamente aquilo que Deus nunca revelou; por isso não<br />

encontram solução para suas dificuldades e os que manifestam tal<br />

propensão para dúvida e malícia, valem-se disto como escusa para<br />

rejeitar as palavras da Santa Escritura. Outros, porém, deixam de<br />

possuir uma compreensão satisfatória acerca da origem <strong>do</strong> mal, pelo<br />

fato de a tradição e a interpretação errônea terem torna<strong>do</strong> obscuro o<br />

ensino da Bíblia concernente ao caráter de Deus e a natureza de Seu<br />

governo e aos princípios de Seu mo<strong>do</strong> de proceder para com o<br />

peca<strong>do</strong>.<br />

É impossível explicar a origem <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> que se dê a<br />

razão de sua existência. Ainda assim bastante se pode compreender<br />

com relação à origem, bem como à disposição final <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, para<br />

que se faça inteiramente manifesta a justiça e benevolência de Deus<br />

em to<strong>do</strong> o Seu trato com o mal. Nada é mais inequivocadamente<br />

ensina<strong>do</strong> na Escritura <strong>do</strong> que o fato de que Deus não foi, de maneira<br />

alguma, responsável pelo aparecimento <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> e que não houve<br />

qualquer retração arbitrária da graça divina, nem qualquer<br />

deficiência no governo divino que ocasionasse o desencadear da<br />

rebelião.


O peca<strong>do</strong> é um intruso, para cuja presença nenhuma razão<br />

pode ser dada. É misterioso, inexplicável. Desculpá-lo é defendê-lo.<br />

Se fosse possível encontrar para ele uma desculpa, ou apresentar-se<br />

uma justificativa para sua existência, cessaria de ser peca<strong>do</strong>. Nossa<br />

única definição de peca<strong>do</strong> é aquela que está escrita na Palavra de<br />

Deus, é: “a incredulidade a Palavra de Deus”, o resulta<strong>do</strong> de um<br />

principio em conflito com a grande lei <strong>do</strong> amor, que é a base <strong>do</strong><br />

governo divino.<br />

Antes <strong>do</strong> aparecimento <strong>do</strong> mal, havia paz e regozijo por to<strong>do</strong> o<br />

Universo. Tu<strong>do</strong> estava em perfeita harmonia com os desígnios <strong>do</strong><br />

Cria<strong>do</strong>r, o amor a Deus era supremo, o amor de uns para com os<br />

outros, imparcial. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com<br />

o Pai eterno - um em natureza, caráter e propósito - único Ser em<br />

to<strong>do</strong> o Universo que poderia entrar em to<strong>do</strong>s os conselhos e<br />

propósitos de Deus. Por meio de Cristo, o Pai criou to<strong>do</strong>s os seres<br />

celestes. “NEle foram criadas todas as coisas que há nos Céus...<br />

Sejam tronos, sejam <strong>do</strong>minações, sejam principa<strong>do</strong>s, sejam<br />

potestades.” (Colossenses 1:16). A Cristo o Céu to<strong>do</strong> dedicava a mesma<br />

lealdade que tinha para com o Pai.<br />

Sen<strong>do</strong> a lei <strong>do</strong> amor à base <strong>do</strong> governo divino, a felicidade de<br />

to<strong>do</strong>s os seres cria<strong>do</strong>s dependia de sua perfeita consonância com<br />

seus eleva<strong>do</strong>s princípios de justiça. Deus deseja serviço de amor de<br />

todas as Suas criaturas - homenagem que brote de uma apreciação<br />

inteligente de Seu caráter. Não Lhe apraz uma submissão forçada,<br />

mas a to<strong>do</strong>s outorga livre arbítrio para que possam prestar-Lhe<br />

serviço voluntário.<br />

Houve, porém, um ser que preferiu perverter esta liberdade. O<br />

peca<strong>do</strong> originou-se com aquele que, depois de Cristo, fora o mais<br />

honra<strong>do</strong> por Deus e o mais eleva<strong>do</strong> em poder e glória entre os<br />

habitantes <strong>do</strong> Céu. Antes de sua queda, Lúcifer era o primeiro <strong>do</strong>s<br />

querubins cobri<strong>do</strong>res, santo e incorrupto. “Assim diz o Senhor Deus:<br />

Tu és o selo da perfeição, cheio de sabe<strong>do</strong>ria, e perfeito em<br />

formosura. Estavas no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda<br />

pedra preciosa. Tu eras querubim da guarda ungi<strong>do</strong>, e te estabeleci;


estavas no monte santo de Deus, andavas entre pedras afogueadas.<br />

Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste cria<strong>do</strong>,<br />

até que se achou iniqüidade em ti.” (Ezequiel 28:12-15).<br />

Lúcifer poderia ter continua<strong>do</strong> no favor de Deus, ama<strong>do</strong> e<br />

honra<strong>do</strong> por toda a hoste angélica e exercen<strong>do</strong> suas nobres<br />

faculdades para abençoar outros e glorificar seu Cria<strong>do</strong>r. Mas, diz o<br />

profeta: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,<br />

corrompeste a tua sabe<strong>do</strong>ria por causa <strong>do</strong> teu resplen<strong>do</strong>r.” Pouco a<br />

pouco, Lúcifer veio a contemporizar com o desejo de exaltação<br />

própria. “Pois que consideras o teu coração como se fora o coração<br />

de Deus.” (Ezequiel 28:6). “E tu dizias no teu coração: ‘Eu subirei ao<br />

Céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte<br />

da congregação me assentarei... Subirei acima das alturas das<br />

nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaias 14:13,14). Em vez de


empenhar-se em fazer Deus supremo nas afeições e lealdade de Suas<br />

criaturas, era intenção de Lúcifer conquistar seu serviço e<br />

homenagem para si. E, cobiçan<strong>do</strong> a honra que o infinito Pai<br />

conferira a Seu Filho, este príncipe <strong>do</strong>s anjos ambicionou o poder<br />

que era prerrogativa somente de Cristo exercer.<br />

To<strong>do</strong> o Céu se regozijava ao refletir a glória <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r e<br />

festejar-Lhe louvor. E, quan<strong>do</strong> Deus era assim honra<strong>do</strong>, tu<strong>do</strong> era paz<br />

e satisfação. Uma nota dissonante, porém, destemperava agora as<br />

harmonias celestes. O serviço e a exaltação <strong>do</strong> eu, contrários ao<br />

plano <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r, despertavam pressentimentos de mal nas mentes<br />

para as quais a glória de Deus era suprema. Os concílios celestiais<br />

pleitearam com Lúcifer. O Filho de Deus apresentou-lhe a grandeza,<br />

a bondade e justiça <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r e a sagrada e imutável natureza de<br />

Sua lei. Deus mesmo estabelecera a ordem <strong>do</strong> Céu e, desvian<strong>do</strong>-se<br />

dela, Lúcifer desonraria seu Cria<strong>do</strong>r, acarretan<strong>do</strong> ruína sobre si. Mas<br />

a advertência, dada em infinito amor e misericórdia, tão-somente<br />

provocou apenas um espírito de resistência. Lúcifer permitiu que a<br />

inveja a Cristo prevalecesse e tornou-se mais determina<strong>do</strong>.<br />

O orgulho de sua própria glória alimentava seu desejo de<br />

supremacia. As grandes honras outorgadas a Lúcifer não eram<br />

apreciadas como um <strong>do</strong>m de Deus e ele não revelava gratidão para<br />

com o Cria<strong>do</strong>r. Ufanava-se em seu resplen<strong>do</strong>r e exaltação e aspirava<br />

ser igual a Deus. Era ama<strong>do</strong> e honra<strong>do</strong> pela hoste celestial. Os anjos<br />

deleitavam-se em cumprir suas ordens e ele estava vesti<strong>do</strong> de glória<br />

e de sabe<strong>do</strong>ria acima de to<strong>do</strong>s; todavia o Filho de Deus era<br />

reconheci<strong>do</strong> Soberano <strong>do</strong> Céu, Um com o Pai em poder e<br />

autoridade. Em to<strong>do</strong>s os conselhos de Deus, Cristo era partícipe,<br />

enquanto a Lúcifer não lhe era permiti<strong>do</strong> assim penetrar nos<br />

propósitos divinos. “Por que”, questionava o poderoso anjo, “deve<br />

Cristo ter a supremacia? Por que é Ele assim honra<strong>do</strong> acima de<br />

Lúcifer?”<br />

Deixan<strong>do</strong> seu lugar na presença imediata de Deus, Lúcifer saiu<br />

a disseminar o espírito de descontentamento entre os anjos.<br />

Trabalhan<strong>do</strong> em misterioso sigilo e, durante certo tempo, ocultan<strong>do</strong>


seu real propósito sob o simulacro de reverência a Deus, esforçou-se<br />

por incitar a insatisfação em relação às leis que governavam os seres<br />

celestiais, insinuan<strong>do</strong> que elas impunham uma restrição<br />

desnecessária. Uma vez que eram de natureza santa, ele instava para<br />

que os anjos obedecessem os ditames de sua própria vontade.<br />

Alegan<strong>do</strong> que Deus o tratara injustamente quan<strong>do</strong> conferiu honras<br />

supremas a Cristo, procurou atrair simpatia para si mesmo.<br />

Reivindicava que, aspiran<strong>do</strong> o maior poder e honra, não estava<br />

buscan<strong>do</strong> a exaltação própria, mas pretendia assegurar a liberdade de<br />

to<strong>do</strong>s os habitantes <strong>do</strong> Céu, a fim de, por este meio, alcançar um<br />

esta<strong>do</strong> de existência mais eleva<strong>do</strong>.<br />

Deus, em Sua grande misericórdia, tolerou a Lúcifer<br />

Longamente. Ele não foi imediatamente degrada<strong>do</strong> de sua posição<br />

exaltada, assim que condescendeu com o espírito de<br />

descontentamento a principio, nem mesmo quan<strong>do</strong> começou a<br />

apresentar suas falsas alegações diante <strong>do</strong>s anjos leais. Por longo<br />

tempo foi conserva<strong>do</strong> no Céu. Repetidas vezes foi-lhe ofereci<strong>do</strong><br />

perdão condiciona<strong>do</strong> a arrependimento e submissão. Esforços que<br />

somente o infinito amor e a infinita sabe<strong>do</strong>ria poderiam elaborar,


foram leva<strong>do</strong>s a efeito para convencê-lo de seu erro. O espírito de<br />

descontentamento nunca dantes fora conheci<strong>do</strong> no Céu. O próprio<br />

Lúcifer, a princípio, não via para onde se estava encaminhan<strong>do</strong>; não<br />

entendia a real natureza de seus sentimentos. Mas, ao ser prova<strong>do</strong><br />

que seu descontentamento era sem causa, Lúcifer se convenceu de<br />

estar erra<strong>do</strong>, de serem justas as reivindicações divinas e que deveria<br />

reconhecê-las como tais diante de to<strong>do</strong> o Céu.<br />

Houvesse feito isso e poderia ter salvo a si mesmo e a muitos<br />

anjos. Ele não havia, ainda neste tempo, aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong> completamente<br />

sua lealdade a Deus. Embora houvesse perdi<strong>do</strong> a posição de<br />

querubim cobri<strong>do</strong>r, se tivesse deseja<strong>do</strong> retornar a Deus,<br />

reconhecen<strong>do</strong> a sabe<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r e se contentasse em preencher<br />

o lugar a ele designa<strong>do</strong> no grande plano de Deus, teria si<strong>do</strong><br />

reintegra<strong>do</strong> em seu ofício. Mas o orgulho o impediu de sujeitar-se.<br />

Com persistência defendeu seu próprio procedimento afirman<strong>do</strong> que<br />

não havia necessidade de arrependimento e empenhou-se<br />

plenamente no grande conflito contra seu Cria<strong>do</strong>r.<br />

Todas as faculdades de sua mente magistral foram então<br />

investidas na obra <strong>do</strong> engano, no intuito de conseguir a simpatia <strong>do</strong>s<br />

anjos que tinham esta<strong>do</strong> sob o seu coman<strong>do</strong>. Mesmo o fato de Cristo<br />

o haver adverti<strong>do</strong> e aconselha<strong>do</strong>, foi perverti<strong>do</strong> para servir a seus<br />

desígnios trai<strong>do</strong>res. Àqueles cuja dedicada confiança os ligava a ele<br />

mais estreitamente Satanás fez parecer que fora julga<strong>do</strong><br />

injustamente, que sua posição não tinha si<strong>do</strong> respeitada e que sua<br />

liberdade estava sen<strong>do</strong> restringida. Da falsa interpretação das<br />

palavras de Cristo, passou à prevaricação e à falsidade direta,<br />

acusan<strong>do</strong> o filho de Deus de pretender humilhá-lo perante os<br />

habitantes <strong>do</strong> Céu. Procurou também suscitar uma falsa implicação<br />

entre ele próprio e os anjos leais. A to<strong>do</strong>s os que não pôde<br />

corromper e levar completamente para o seu la<strong>do</strong>, acusou de<br />

indiferença aos interesses <strong>do</strong>s seres celestiais, O mesmo trabalho que<br />

ele próprio estava realizan<strong>do</strong>, imputou-o aleivosamente aos que<br />

permaneceram fiéis a Deus. E para sustentar sua acusação de<br />

injustiça divina para com ele, recorreu à falsa interpretação das


palavras e atos <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r. Era seu plano de ação desorientar os<br />

anjos com sutis argumentos acerca <strong>do</strong>s propósitos de Deus. Tu<strong>do</strong><br />

que era simples ele envolveu em mistério e, por meio de engenhosa<br />

perversão, lançou dúvidas às mais claras afirmações de JEOVÁ. Sua<br />

elevada posição, em tão intimo vinculo com a administração divina,<br />

conferia maior força aos seus pretextos e muitos eram induzi<strong>do</strong>s a<br />

unir-se a ele em rebelião contra a autoridade <strong>do</strong> Céu.<br />

Deus, em Sua sabe<strong>do</strong>ria, permitiu a Satanás prosseguir com<br />

sua obra, até que o espírito de inimizade amadurecesse em ativa<br />

revolta. Era necessário que seus planos se desenvolvessem<br />

plenamente, para que sua verdadeira natureza e tendência pudessem<br />

ser vistas por to<strong>do</strong>s. Lúcifer, como querubim ungi<strong>do</strong>, fora<br />

sobremo<strong>do</strong> exalta<strong>do</strong>, era grandemente ama<strong>do</strong> pelos seres celestiais e<br />

sua influência sobre eles era poderosa. O governo de Deus não<br />

abrangia somente os habitantes <strong>do</strong> Céu, mas de to<strong>do</strong>s os mun<strong>do</strong>s<br />

cria<strong>do</strong>s por Ele. E Satanás pensou que, pude-se levar os anjos <strong>do</strong><br />

Céu consigo em rebelião, também poderia seduzir os outros mun<strong>do</strong>s.<br />

Astuciosamente apresentara ele o seu la<strong>do</strong> da questão, empregan<strong>do</strong><br />

sofismas e fraudes para alcançar seus objetivos. Seu poder para<br />

enganar era muito grande e, disfarçan<strong>do</strong>-se sob o manto da<br />

falsidade, obtivera vantagem. Mesmo os anjos leais não conseguiam<br />

distinguir de maneira perfeita seu caráter, ou ver com que finalidade<br />

se conduzia sua obra.<br />

Satanás fora altamente honra<strong>do</strong> e to<strong>do</strong>s os seus atos eram tão<br />

envoltos em mistério que difícil era revelar aos anjos a verdadeira<br />

natureza de sua obra. Até desenvolver-se completamente, o peca<strong>do</strong><br />

não parecia ser o mal que era. Até então não se manifestara no<br />

Universo de Deus e os seres santos não possuíam qualquer<br />

concepção de sua natureza e malignidade. Não eram capazes de<br />

discernir as terríveis conseqüências que resultariam de se prescindir<br />

da lei divina. A principio, Satanás camuflava sua obra sob uma<br />

astuciosa profissão de lealdade a Deus. Alegava estar procuran<strong>do</strong><br />

promover a honra de Deus, a estabilidade de Seu governo e o bem<br />

de to<strong>do</strong>s os habitantes <strong>do</strong> Céu. Enquanto inculcava o dissabor nos


espíritos angélicos a ele subordina<strong>do</strong>s, astutamente parecia estar<br />

procuran<strong>do</strong> removê-lo. Quan<strong>do</strong> instava para que se efetuassem<br />

mudanças na ordem e nas leis <strong>do</strong> governo de Deus, era com a escusa<br />

de que eram necessárias para preservar a harmonia celeste.<br />

Em seu trato para com o peca<strong>do</strong>, a Deus somente tocava<br />

empregar a justiça e a verdade. Satanás podia usar aquilo que Deus<br />

não usaria - lisonja e engano. Procurara falsificar a Palavra de Deus<br />

e representara falsamente seu plano de governo perante os anjos, sob<br />

a alegação de que Deus não era justo ao instituir leis e preceitos para<br />

os habitantes <strong>do</strong> Céu, que ao requerer submissão e obediência de<br />

Suas criaturas, meramente buscava exaltação própria. Necessitavase,<br />

portanto, de ser demonstra<strong>do</strong> perante os habitantes <strong>do</strong> Céu, bem<br />

como perante a to<strong>do</strong>s os mun<strong>do</strong>s, que o governo de Deus é justo e<br />

Sua lei perfeita. Satanás fizera parecer que buscava promover o bem<br />

<strong>do</strong> Universo, o verdadeiro caráter <strong>do</strong> usurpa<strong>do</strong>r e seu real objetivo<br />

precisavam ser compreendi<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong>s. Era-lhe necessário tempo<br />

para que se manifestasse por meio de suas obras iníquas.<br />

A discórdia que seu próprio mo<strong>do</strong> de proceder havia causa<strong>do</strong><br />

no Céu, Satanás atribuiu-a à lei e ao governo de Deus. To<strong>do</strong> o mal<br />

disse ele ser resulta<strong>do</strong> da administração divina. Alegou que seu<br />

próprio objetivo era aperfeiçoar os estatutos de JEOVÁ. Era<br />

necessário, portanto, que demonstrasse a natureza de suas<br />

reivindicações e apresentasse o resulta<strong>do</strong> de suas propostas<br />

mudanças na divina lei. Sua própria obra deveria condená-lo.<br />

Satanás, desde o princípio, pretendeu não estar em rebelião. O<br />

Universo inteiro deveria ver o engana<strong>do</strong>r desmascara<strong>do</strong>.<br />

Mesmo ao ser decidi<strong>do</strong> que Satanás não poderia mais<br />

permanecer no Céu, a infinita Sabe<strong>do</strong>ria não o destruiu. Haja vista<br />

que apenas o serviço por amor pode ser aceitável para Deus, importa<br />

que a submissão de Suas criaturas se apóiem na convicção de justiça<br />

e benevolência. Por não estarem prepara<strong>do</strong>s para compreender a<br />

natureza ou as conseqüências <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, os habitantes <strong>do</strong> Céu e de<br />

outros mun<strong>do</strong>s não poderiam então ter visto a justiça e misericórdia<br />

de Deus na destruição de Satanás. Houvesse ele si<strong>do</strong> imediatamente


aniquila<strong>do</strong> e teriam servi<strong>do</strong> a Deus antes por me<strong>do</strong> <strong>do</strong> que por amor.<br />

A Influência <strong>do</strong> engana<strong>do</strong>r não teria si<strong>do</strong> extirpada por inteiro, nem<br />

o espírito de rebelião erradica<strong>do</strong> por completo. Era mister permitir<br />

que o mal viesse a amadurecer. Para o bem de to<strong>do</strong> o Universo,<br />

através <strong>do</strong>s séculos ininterruptos, devia Satanás desenvolver mais<br />

completamente seus princípios, a fim de que suas acusações contra o<br />

governo divino pudessem ser vistas em sua verdadeira luz por to<strong>do</strong>s<br />

os seres cria<strong>do</strong>s, para que a justiça, a misericórdia de Deus e a<br />

imutabilidade de Sua lei, para sempre pudessem ser colocadas acima<br />

de qualquer dúvida.<br />

A rebelião de Satanás haveria de constituir-se uma lição para o<br />

Universo através <strong>do</strong>s séculos vin<strong>do</strong>uros, um testemunho perpétuo da<br />

natureza e terríveis resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>. A conseqüência <strong>do</strong><br />

governo de Satanás, seus efeitos tanto sobre os homens como sobre<br />

os anjos, mostrada qual é o fruto de se rejeitar a autoridade divina.<br />

Testificada que da existência <strong>do</strong> governo de Deus e Sua lei depende<br />

o bem-estar de todas as criaturas que Ele fez. Desta forma, a história<br />

desta terrível experiência de rebelião deveria ser perpétua<br />

salvaguarda a todas as santas inteligências, precaven<strong>do</strong>-as de serem<br />

enganadas quanto à natureza da transgressão, livran<strong>do</strong>-as de cometer<br />

peca<strong>do</strong> e sofrer seu castigo.<br />

Mesmo até o final da controvérsia no Céu, o grande usurpa<strong>do</strong>r<br />

continuou a justificar-se. Quan<strong>do</strong> foi anuncia<strong>do</strong> que ele, juntamente<br />

com to<strong>do</strong>s os seus simpatizantes, deveriam ser expulsos das moradas<br />

de bem-aventuranças, o líder rebelde ousadamente confessou seu<br />

menosprezo pela lei <strong>do</strong> Cria<strong>do</strong>r.<br />

Renovou sua pretensão de que os anjos não necessitam de ser<br />

comanda<strong>do</strong>s, mas que deveriam ser deixa<strong>do</strong>s a seguir sua própria<br />

vontade, que sempre os guiaria corretamente. Acusou os estatutos<br />

divinos de restringirem sua liberdade e declarou ser seu propósito<br />

conseguir a abolição da lei, e que, livres de restrições, as hostes<br />

celestes poderiam ingressar em mais exaltada e mais gloriosa<br />

condição de existência.


De comum acor<strong>do</strong>, Satanás e sua hoste atiraram a culpa de sua<br />

rebelião inteiramente sobre Cristo, afirman<strong>do</strong> que, se não tivessem<br />

si<strong>do</strong> reprova<strong>do</strong>s, jamais se teriam rebela<strong>do</strong>. Assim, recalcitrantes e<br />

insolentes, em sua deslealdade, buscan<strong>do</strong> em vão subverter o<br />

governo de Deus, embora pretenden<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> blasfemo, serem<br />

vítimas inocentes <strong>do</strong> poder opressivo, o arqui-rebelde e to<strong>do</strong>s os<br />

seus sectários foram por fim proscritos <strong>do</strong> Céu.<br />

O mesmo espírito que motivou a rebelião no Céu ainda inspira<br />

a rebelião na Terra. Satanás persiste em usar com os homens a<br />

mesma tática que a<strong>do</strong>tou contra os anjos. Seu espírito agora impera<br />

sobre os filhos da desobediência que, com ele, procuram invalidar as<br />

restrições da lei de Deus e prometem aos homens liberdade por meio<br />

da transgressão <strong>do</strong>s Seus preceitos. A reprovação <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> ainda<br />

suscita o espírito de ódio e resistência. Quan<strong>do</strong> as divinas<br />

mensagens de advertência são introduzidas na consciência, Satanás<br />

leva os homens a justificar-se e a granjear a simpatia de outros em<br />

seu caminho de peca<strong>do</strong>. Em lugar de corrigirem seus erros, enchemse<br />

de indignação contra o reprova<strong>do</strong>r, como se fosse ele a causa<br />

exclusiva da dificuldade. Desde os dias <strong>do</strong> justo Abel até nosso<br />

tempo, este é o espírito que tem si<strong>do</strong> patentea<strong>do</strong> para com aqueles<br />

que ousam condenar o peca<strong>do</strong>.<br />

Mediante a mesma representação fraudulenta <strong>do</strong> caráter de<br />

Deus que ele expusera no Céu, fazen<strong>do</strong>-O parecer severo e tirano,<br />

Satanás induziu o homem a pecar. E conseguin<strong>do</strong> até aí êxito<br />

notável, declarou que as injustas restrições de Deus haviam<br />

ocasiona<strong>do</strong> tanto a queda <strong>do</strong> homem como sua própria rebelião.<br />

Mas o próprio Eterno proclama Seu caráter: “Jeová! Jeová!<br />

Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-Se e grande em<br />

benevolência e verdade, que usa de beneficência com milhares, que<br />

per<strong>do</strong>a a iniqüidade, a transgressão e o peca<strong>do</strong>, que de maneira<br />

alguma terá por inocente o culpa<strong>do</strong>, que visita a iniqüidade <strong>do</strong>s pais<br />

sobre os filhos e sobre os filhos <strong>do</strong>s filhos até a terceira e quarta<br />

geração.” (Levítico 34:6,7).


Ao expulsar Satanás <strong>do</strong> Céu, Deus manifestou Sua justiça e<br />

defendeu a honra <strong>do</strong> Seu trono. Quan<strong>do</strong>, porém, o homem pecou,<br />

por tér-se rendi<strong>do</strong> aos enganos <strong>do</strong> espírito apóstata, Deus apresentou<br />

uma prova de Seu amor, ao dar Seu filho Unigênito para morrer em<br />

prol da raça caída. Na expiação revela-se o caráter de Deus. O<br />

poderoso argumento da cruz demonstra a to<strong>do</strong> o Universo que o<br />

trilho <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, o que Lúcifer escolheu, de maneira alguma poderia<br />

ser da responsabilidade <strong>do</strong> governo divino.<br />

Na contenda entre Cristo e Satanás, durante o ministério<br />

terrestre <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, o caráter <strong>do</strong> grande mentiroso foi<br />

desmascara<strong>do</strong>.<br />

Nada poderia ter tão eficientemente extirpa<strong>do</strong> Satanás das<br />

afeições <strong>do</strong>s anjos celestes e de to<strong>do</strong> o Universo fiel, como fe-lo a<br />

sua cruel campanha contra o Redentor <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. A insolente<br />

blasfêmia de pretender que Cristo lhe prestasse homenagem, seu<br />

presunçoso atrevimento em transportá-lO ao cume <strong>do</strong> monte e ao<br />

pináculo <strong>do</strong> templo, o mal<strong>do</strong>so intento evidencia<strong>do</strong> ao insistir com<br />

Ele para que Se precipitasse da vertiginosa altura, o maléfico intuito<br />

com que O perseguia de um lugar para o outro, inspiran<strong>do</strong> o coração<br />

de sacer<strong>do</strong>tes e <strong>do</strong> povo a rejeitarem Seu amor e, por fim, a<br />

clamarem: “Crucifica-O! Crucifica-O!” - tu<strong>do</strong> isto despertou o<br />

estarrecimento e a indignação <strong>do</strong> Universo.<br />

Foi Satanás que promoveu a rejeição de Cristo pelo mun<strong>do</strong>. O<br />

príncipe <strong>do</strong> mal pôs em prática to<strong>do</strong> o seu poder e astúcia para<br />

destruir a Jesus, pois viu que a misericórdia e o amor <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r,<br />

Sua compaixão e meiga <strong>do</strong>çura estavam representan<strong>do</strong> ao mun<strong>do</strong> o<br />

caráter de Deus. Satanás opunha-se a tu<strong>do</strong> quanto pretendia o Filho<br />

de Deus, empregan<strong>do</strong> os homens como seus agentes, com o<br />

propósito de cumular de sofrimento e agonia a vida <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r. O<br />

sofisma e a falsidade pelos quais buscava embaraçar a obra de Jesus,<br />

o ódio manifesto através <strong>do</strong>s filhos da desobediência, suas cruéis<br />

acusações contra Aquele cuja vida era de bondade inigualável, tu<strong>do</strong><br />

advinha de uma vingança profundamente enraizada. Os reprimi<strong>do</strong>s<br />

fogos da inveja e maldade, ódio e vingança, irromperam no Calvário


contra o Filho de Deus, enquanto o Céu inteiro contemplava a cena<br />

em silente horror.<br />

Ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> consuma<strong>do</strong> o grande sacrifício, Cristo ascendeu ao<br />

Céu recusan<strong>do</strong> a<strong>do</strong>ração <strong>do</strong>s anjos, até apresentar a petição: “Pai,<br />

desejo que onde Eu estou, estejam comigo também aqueles que Me<br />

tens da<strong>do</strong> para verem a Minha glória a qual Me deste, pois que Me<br />

amaste antes da fundação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.” (João 17:24). Então, com<br />

inefável amor e poder, veio a resposta <strong>do</strong> trono <strong>do</strong> Pai: “E to<strong>do</strong>s os<br />

anjos de Deus O a<strong>do</strong>rem,” (Hebreus 1:6). Mácula alguma pousava<br />

sobre Jesus. Sua humilhação findara, Seu sacrifício fora completo,<br />

fora-Lhe conferi<strong>do</strong> um nome que é acima de to<strong>do</strong> o nome.<br />

Agora o crime de Satanás não tinha mais escusa. Ele<br />

manifestara seu verdadeiro caráter como mentiroso e homicida.<br />

Compreendeu-se que o mesmíssimo espírito com que<br />

governava os filhos <strong>do</strong>s homens, que estiveram sob seu poder, teria<br />

si<strong>do</strong> por ele revela<strong>do</strong> caso lhe fosse permiti<strong>do</strong> <strong>do</strong>minar os habitantes<br />

<strong>do</strong> Céu. Alegara que a transgressão da lei de Deus ofereceria<br />

liberdade e exaltação. Verificou-se, porém, que resultava em<br />

subserviência e degradação.<br />

As pérfidas acusações de Satanás contra o caráter e governo<br />

divinos, apresentaram-se em sua verdadeira luz. Acusara a Deus de<br />

procurar meramente a exaltação própria, requeren<strong>do</strong> submissão e<br />

obediência de Suas criaturas e declarara que, enquanto o Cria<strong>do</strong>r<br />

exigia abnegação de to<strong>do</strong>s os outros, Ele mesmo não a praticava.<br />

Nem fazia qualquer sacrifício.<br />

Compreendeu-se agora que, para a salvação de uma raça<br />

decaída e peca<strong>do</strong>ra, o Regente <strong>do</strong> Universo havia feito o maior<br />

sacrifício que o amor poderia efetuar, pois que “Deus estava em<br />

Cristo reconcilian<strong>do</strong> Consigo o mun<strong>do</strong>.” (2 Corintios 5:19).<br />

Compreendeu-se também que, enquanto Lúcifer abrira a porta para a<br />

existência <strong>do</strong> peca<strong>do</strong>, pelo seu desejo de honra e supremacia, Cristo,<br />

a fim de aniquilar o peca<strong>do</strong>, humilhou-Se e fez-Se obediente até a<br />

morte.


Deus manifestará Sua repulsa aos princípios de rebelião. To<strong>do</strong> o Céu<br />

viu Sua justiça revelada, tanto na condenação de Satanás como na<br />

redenção <strong>do</strong> homem. Lúcifer declarara que, se a lei de Deus fosse<br />

imutável e sua punição não pudesse ser removida, to<strong>do</strong> o<br />

transgressor deveria ser para sempre excluí<strong>do</strong> <strong>do</strong> favor divino.<br />

Arrazoara que a raça peca<strong>do</strong>ra havia se coloca<strong>do</strong> fora <strong>do</strong>s limites da<br />

redenção e, portanto, era sua presa por direito. Contu<strong>do</strong> a morte de<br />

Cristo era um argumento irrefutável em prol da humanidade. A pena<br />

da lei incidiu sobre Aquele que era igual a Deus, fican<strong>do</strong> livre o<br />

homem para aceitar a justiça de Cristo e, mediante uma vida de<br />

arrependimento e humilhação, triunfar como triunfou o Filho de<br />

Deus, sobre o poder de Satanás. Assim, Deus é justo e justifica<strong>do</strong>r<br />

de to<strong>do</strong>s os que crêem em Jesus.<br />

Porém não foi simplesmente para realizar a redenção <strong>do</strong><br />

homem que Cristo veio à Terra sofrer e morrer. Ele veio para:<br />

“engrandecer a lei e torná-la gloriosa.” Não somente para que os<br />

habitantes deste mun<strong>do</strong> pudessem aceitar a lei como esta deveria ser<br />

apreciada, mas para demonstrar a to<strong>do</strong>s os mun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Universo que<br />

a lei de Deus é imutável. Pudessem suas exigências ser<br />

desconsideradas e o Filho de Deus não necessitaria então ter<br />

ofereci<strong>do</strong> Sua vida para expiar a transgressão da lei.<br />

A morte de Cristo prova a imutabilidade da lei, e o sacrifício a<br />

que o infinito amor impeliu o Pai e o Filho, para que peca<strong>do</strong>res<br />

possam ser redimi<strong>do</strong>s, demonstra a to<strong>do</strong> o Universo e nada menos<br />

que este piano de expiação teria si<strong>do</strong> suficiente para fazer, que a<br />

justiça e a misericórdia são o fundamento da lei e <strong>do</strong> governo de<br />

Deus.<br />

Na execução final <strong>do</strong> juízo, ver-se-á que nenhum motivo existe<br />

para o peca<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> o Juiz de toda a Terra interpelar a Satanás:<br />

“Por que te insurgiste contra Mim e roubaste os súditos <strong>do</strong> Meu<br />

reino?”, o origina<strong>do</strong>r <strong>do</strong> mal não poderá apresentar desculpa alguma.<br />

Toda boca fechar-se-á e todas as hostes da rebelião estarão mudas.<br />

A cruz <strong>do</strong> Calvário, enquanto demonstra que a lei é imutável,<br />

proclama ao Universo que o salário <strong>do</strong> peca<strong>do</strong> é a morte. No


agonizante bra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, “Está consuma<strong>do</strong>!”, soou a sentença<br />

de morte de Satanás. O grande conflito que durante tanto tempo<br />

estivera em marcha está então resolvi<strong>do</strong> e comprovou-se a<br />

erradicação <strong>do</strong> mal. “O Filho de Deus transpôs os portais <strong>do</strong> túmulo<br />

a fim de que, pela morte, derrotasse aquele que tinha o poder da<br />

morte, isto é, o diabo.” (Hebreus 2:14). O desejo de exaltação própria<br />

de Lúcifer, impelia-o a dizer; “acima das estrelas de Deus, exaltarei<br />

o meu trono,... serei semelhante ao Altíssimo.” (Isaias 14:13, 14). Deus<br />

declara: “E te tornei em cinzas sobre a Terra,... e nunca mais serás<br />

para sempre.” (Ezequiel 28:18,19). Quan<strong>do</strong> vier aquele dia “arden<strong>do</strong><br />

como fornalha to<strong>do</strong>s os soberbos e to<strong>do</strong>s os que cometem impiedade<br />

serão como restolhos e o dia que está para vir os abrasará, diz o<br />

Senhor <strong>do</strong>s exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem<br />

ramo.” (<strong>Mal</strong>aquias 4:1).<br />

O Universo inteiro terá testemunha<strong>do</strong> a natureza e resulta<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong> peca<strong>do</strong>. E seu absoluto extermínio, que no princípio teria trazi<strong>do</strong><br />

temor aos anjos e desonra a Deus, agora vindicará o Seu amor e<br />

estabelecerá Sua honra perante o universo de seres que se<br />

comprazem em fazer a Sua vontade e em cujo coração se encontra<br />

Sua lei. Nunca mais o mal se manifestará novamente. Assevera a<br />

Palavra de Deus: “Não se levantará por duas vezes a angústia.”<br />

(Naum 1:9). A lei de Deus, que Satanás exprobara como jugo de<br />

servidão, será honrada como a lei da liberdade. Uma criação<br />

submetida a teste e prova, jamais se desencaminhara novamente da<br />

lealdade Aquele cujo caráter foi plenamente manifesto perante eles,<br />

como sen<strong>do</strong> de insondável amor e infinita sabe<strong>do</strong>ria.

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