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DEI VERBUM<br />
atualida<strong>de</strong><br />
Vaticano II foi um Concílio Pastoral.<br />
Sua fi nalida<strong>de</strong> pastoral foi proclamada<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início pelo seu i<strong>de</strong>alizador, papa<br />
João XXIII.<br />
O papa Paulo VI dizia aos padres<br />
conciliares que a doutrina católica não<br />
<strong>de</strong>ve ser somente verda<strong>de</strong> explorada<br />
pela razão sob a luz da fé, mas sim, Palavra<br />
geradora <strong>de</strong> vida e pela ação.Um<br />
dos documentos mais importantes do<br />
Concílio foi, sem dúvida, a Constituição<br />
Dogmática “Dei Verbum” sobre a Revelação<br />
Divina . O texto conta com um proêmio,<br />
seis capítulos e a conclusão.<br />
O TEXTO<br />
No proêmio, temos a atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> escuta<br />
da Palavra <strong>de</strong> Deus pelos bispos<br />
que se colocam como anunciadores<br />
<strong>de</strong>sta mesma Palavra. Tem como ponto<br />
<strong>de</strong> partida as Palavras <strong>de</strong> São João:<br />
”Anunciamo-vos a vida eterna que estava<br />
junto do Pai e se nos manifestou.”<br />
O capítulo I é sobre a revelação,<br />
Deus se revela a si mesmo e se dá a conhecer<br />
pelo mistério da encarnação.<br />
“Cristo, Verbo encarnado, tem acesso no<br />
Espírito Santo ao Pai e se tornou participante<br />
da natureza divina.”<br />
Esta constituição apresenta forte<br />
fundamento bíblico, quando se refere<br />
ao plano da economia da revelação.<br />
Esta economia se manifesta na história<br />
da salvação que conhece a plena revelação<br />
em Jesus Cristo, Verbo encarnado.<br />
“E o verbo se fez carne e habitou entre<br />
nós.” Cristo é ao mesmo tempo mediador<br />
e plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> toda a revelação.<br />
Isto é imprescindível para a teologia da<br />
revelação. Jesus é a plenitu<strong>de</strong> da revelação,<br />
Ele é a própria Palavra <strong>de</strong> Deus feita<br />
gente, feita carne. Nele, Deus se <strong>de</strong>u totalmente<br />
a nós.<br />
O capítulo II trata da transmissão<br />
da Divina revelação. Cristo or<strong>de</strong>nou aos<br />
apóstolos que pregassem a mensagem<br />
salvífi ca. Os apóstolos <strong>de</strong>ixaram como<br />
sucessores os bispos, a eles “transmitindo<br />
o seu próprio encargo <strong>de</strong> magistério.”<br />
Portanto, a tradição e a bíblia são como<br />
espelho em que a Igreja contempla a<br />
Deus, <strong>de</strong> quem tudo recebe.<br />
A tradição progri<strong>de</strong> na Igreja sob a<br />
assistência do Espírito Santo. A sagrada<br />
tradição e a sagrada escritura estão,<br />
portanto, entre si, estreitamente unidas<br />
e comunicantes.<br />
A sagrada escritura é a Palavra <strong>de</strong><br />
Deus enquanto escrita sob as luzes do<br />
Espírito Santo; a sagrada tradição transmite<br />
aos sucessores dos apóstolos a Palavra<br />
<strong>de</strong> Deus confi ada por Cristo e pelo<br />
Espírito Santo aos apóstolos.<br />
Capítulo III; Inspiração divina da sagrada<br />
escritura e sua interpretação.<br />
Uma profunda teologia da revelação<br />
vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> uma correta interpretação<br />
da Palavra <strong>de</strong> Deus. A sagrada escritura<br />
<strong>de</strong>ve ser lida e interpretada no mesmo<br />
espírito em que foi escrita e <strong>de</strong>ve<br />
levar em conta a tradição viva da Igreja.<br />
Capítulo IV: O antigo testamento.<br />
A história da salvação nos livros do antigo<br />
testamento. O antigo testamento<br />
aponta para o Cristo e só po<strong>de</strong> ser bem<br />
entendido à luz do mistério salvífi co:<br />
paixão, morte e ressurreição <strong>de</strong> Nosso<br />
Senhor Jesus Cristo.<br />
Capítulo V: O novo testamento. É<br />
excelente, pois é cumprimento <strong>de</strong> tudo<br />
<strong>aqui</strong>lo que o antigo testamento anunciava.<br />
Há uma pedagogia divina: o novo<br />
testamento está latente no antigo testamento.<br />
Não enten<strong>de</strong>mos a Revelação<br />
sem uso do antigo e do novo testamento.<br />
Capítulo VI: A sagrada escritura na<br />
vida da Igreja. Este capítulo <strong>de</strong>ixa claro<br />
que toda a vida <strong>de</strong> pregação da Igreja<br />
seja alimentada e regida pela sagrada<br />
escritura. Está explícito também que é<br />
urgente que o acesso à sagrada escritura<br />
seja amplamente aberto aos fi éis. Ela<br />
é a alma <strong>de</strong> toda a teologia. Enfatiza que<br />
a celebração eucarística é o lugar por excelência<br />
para a proclamação e escuta da<br />
Palavra <strong>de</strong> Deus; a palavra aí anunciada,<br />
que é Jesus Cristo, se faz carne que alimenta<br />
e dá a vida. A salvação anunciada<br />
é eucaristizada.<br />
Conclusão: A conclusão é óbvia.<br />
Lendo a “Dei Verbum” po<strong>de</strong>-se afi rmar<br />
categoricamente: não se faz teologia<br />
sem o uso da Palavra <strong>de</strong> Deus. Mas<br />
<strong>de</strong>ve-se usá-la <strong>de</strong> maneira clara e sem<br />
fundamentalismo. Crer na revelação <strong>de</strong><br />
Deus é crer em sua palavra e na tradição<br />
<strong>de</strong> seu povo.<br />
Por Padre José Ronaldo Rocha<br />
“DEI VERBUM”<br />
Dei Verbum!<br />
O Verbo <strong>de</strong> Deus<br />
Encarnado e acampado<br />
Na história.<br />
No meio do povo;<br />
Dos simples e humil<strong>de</strong>s;<br />
Revelado, manifestando<br />
O humano rosto do Pai.<br />
Com o Espírito, em comunhão.<br />
Na eucaristia,<br />
Se tornando Pão,<br />
Para a vida do mundo.<br />
Convocando, provocando,<br />
Para um mundo solidário,<br />
Fraterno, justo e igual;<br />
Projeto do Pai<br />
Manifestado pelo Filho:<br />
Na doação total,<br />
Expressão total<br />
Do amor paterno,<br />
Da entrega fi lial<br />
Para que o fi nal<br />
Não seja fi m,<br />
Mas, o começo sem fi m,<br />
Da eterna participação,<br />
Na glória e na vida<br />
Daquele que é;<br />
Por toda a eternida<strong>de</strong><br />
A suprema divinda<strong>de</strong><br />
Dos três em um<br />
<strong>Comunhão</strong> perfeita<br />
Do amor perfeito,<br />
Pleno. Amém.<br />
6 JORNAL COMUNHÃO