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Diversidade Sexual na Escola - Notícias

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Quando o assunto é homossexualidade<br />

ou transexualidade, o que<br />

não falta são opiniões. Algumas baseadas<br />

em conceitos, idéias e crenças.<br />

Outras, construídas em cima<br />

ape<strong>na</strong>s do senso comum e mesmo<br />

do completo desconhecimento.<br />

Colocamos aqui então algumas das<br />

“idéias” que rondam a imagem da<br />

homossexualidade, para a gente<br />

discutir um pouco cada uma delas.<br />

OS HOMENS GAYS SÃO MAIS SENSÍVEIS E ÓTIMOS AMIGOS<br />

Entre os diferentes estereotipos<br />

que cercam os homens homossexuais<br />

há alguns que são aparentemente<br />

positivos – aparentemente.<br />

E esse é um deles. Pessoas sensíveis<br />

e amigas existem em todas as<br />

orientações sexuais. Assim como<br />

antipáticas também. Não há <strong>na</strong>da<br />

<strong>na</strong> orientação sexual de uma pessoa<br />

que a torne necessariamente mais<br />

ou menos amiga.<br />

Talvez possamos pensar que um<br />

homem gay, por ser gay, já rompeu<br />

com talvez o maior componente do<br />

estereotipo da masculinidade, qual<br />

seja, gostar de mulher. Assim, talvez<br />

fique mais fácil romper com ou-<br />

Essa idéia, apesar de aparentemente<br />

sem sentido, está muito<br />

presente no senso comum da nossa<br />

sociedade. E o que importa nessa<br />

questão é conseguirmos perceber o<br />

que está por trás dessa idéia.<br />

Na nossa sociedade há um papel<br />

para o homem e um papel para a<br />

mulher. Entre os estereótipos que<br />

compõem o papel do homem está o<br />

fato de ter de ser forte, viril, provedor,<br />

domi<strong>na</strong>nte e ativo sexualmente.<br />

Entre os estereótipos que compõem<br />

o papel da mulher está a idéia de<br />

ser mais sensível, romântica, mãe,<br />

frágil e passiva sexualmente. Quan-<br />

tros, como a dificuldade de expressar<br />

seus sentimentos, de chorar, de<br />

demonstrar afeto, etc.<br />

Por outro lado, essa idéia parece<br />

funcio<strong>na</strong>r quase como uma compensação.<br />

Como a idéia de que todo<br />

gordo é alegre. Por que todo gordo<br />

tem que ser alegre?! Por que, para<br />

ser aceito como gay, o sujeito precisasse<br />

ser sensível, amigo, inteligente,<br />

bonito, rico e bem sucedido?<br />

Como se essas grandes qualidades<br />

“compensassem” aquele pequeno<br />

defeito. E se ele for pobre, chato<br />

e <strong>na</strong>da inteligente? Não merece ser<br />

respeitado?<br />

NUMA TRANSA ENTRE DOIS HOMENS, QUEM É PASSIVO<br />

É MAIS HOMOSSEXUAL DO QUE QUEM É ATIVO<br />

do esses papéis são transgredidos,<br />

aí começa o problema.<br />

Duas mulheres femini<strong>na</strong>s transando<br />

é parte inclusive da fantasia sexual<br />

de muitos homens heterossexuais.<br />

E duas mulheres masculinizadas? Serão<br />

alvo certo de preconceitos. Muitos<br />

homens que se relacio<strong>na</strong>m sexualmente<br />

com outros, mas se mantém<br />

<strong>na</strong> posição de ativo, não vão se entender<br />

como homossexuais. Dentre<br />

os próprios gays uma forma cômica e<br />

pejorativa de brincar com os colegas<br />

é chamar de “passiva”.<br />

O depoimento a seguir exemplifica<br />

um pouco o que estamos dizendo.

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