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Março

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<strong>Março</strong> 2004.qxd 15/03/04 14:04 Page 18<br />

O aspecto consolador da intervenção<br />

dos Espíritos em nossas vidas Jorge Leite de Oliveira<br />

N o<br />

primeiro capítulo, item n o<br />

1 de O Livro dos Médiuns,<br />

Allan Kardec propõe a seguinte<br />

questão: “Há Espíritos?” Após<br />

algumas considerações sobre a existência<br />

de um corpo intermediário<br />

entre a alma, ou Espírito encarnado,<br />

corpo esse a que chamou perispírito,<br />

o Codificador da Doutrina<br />

Espírita, no item n o 4 desse mesmo<br />

capítulo, esclarece ser a existência<br />

da alma e a de Deus conseqüência<br />

uma da outra e “(...) a base de todo<br />

o edifício, antes de travarmos qualquer<br />

discussão espírita (...).”<br />

Se alguém não acredita nessa<br />

base, duvidando da existência de<br />

Deus, ou da alma e da sobrevivência<br />

desta após a morte, é inútil ir<br />

além, pois, afirma, seria como<br />

querer “(...) demonstrar as propriedades<br />

da luz a um cego que<br />

não admitisse a existência da luz<br />

(...).”<br />

Mas o Espírito pode comunicar-se<br />

conosco? A resposta é sim,<br />

pois se enquanto vivo o Espírito age<br />

sobre a matéria, não há razão para<br />

após a morte física não o fazer. Os<br />

fatos milenares vêm demonstrando<br />

que o fenômeno mediúnico nada<br />

tem de contrário às leis naturais. A<br />

história e as religiões de todos os<br />

18<br />

96<br />

povos têm comprovado as manifestações<br />

dos Espíritos, que, de cerca<br />

de dois séculos para cá, assumiram<br />

um caráter de verdadeira “invasão<br />

organizada” pelo Plano Maior da<br />

existência.<br />

Certa noite, há cerca de sete<br />

anos, deitamo-nos para o repouso<br />

noturno, por volta das 23h, e nossos<br />

três filhos: duas meninas e um<br />

menino, já haviam dormido. Antes<br />

de adormecermos, chamou-nos a<br />

atenção a ligação repentina da luz<br />

do corredor, sem que qualquer dos<br />

jovens houvesse acordado.<br />

A esposa, um pouco assustada,<br />

pediu-nos para verificar o que tinha<br />

ocorrido, e constatamos que, embora<br />

não houvesse qualquer sinal de<br />

defeito no interruptor, o mesmo estava<br />

estranhamente ligado sem que<br />

ninguém no apartamento o houvesse<br />

acionado.<br />

Acalmamos a consorte e nos<br />

preparamos novamente para dormir.<br />

De repente, o telefone do nosso<br />

quarto começou a emitir uns<br />

ruídos, como se alguém estivesse<br />

tentando entrar em contato conosco.<br />

Minha companheira atendeu e,<br />

em seguida, assustada, informou-<br />

-nos que uma voz estranha de homem<br />

sussurrara-lhe brincando: –<br />

Te peguei. E desligou. No quarto<br />

dos nossos filhos não havia aparelho<br />

telefônico.<br />

Novamente procuramos tran-<br />

qüilizá-la, dizendo-lhe que talvez<br />

houvesse ocorrido algum engano.<br />

E, finalmente, conseguimos dormir.<br />

No dia seguinte, porém, a esposa<br />

informou-nos ter sonhado com<br />

um jovem sobrinho seu, simpatizante<br />

do Espiritismo, desencarnado<br />

em acidente alguns anos atrás e<br />

que, em vida, tinha por ela uma<br />

grande afeição. Ele lhe disse que os<br />

fenômenos da noite anterior foram<br />

provocados por ele.<br />

Após pedir-nos desculpas pelos<br />

sustos provocados com suas brincadeiras,<br />

esclareceu que apenas queria<br />

nos demonstrar sua presença entre<br />

nós. Sentimos, então, ser necessário<br />

orar por ele que, desde então, nunca<br />

mais se nos manifestou.<br />

Em seu discurso pronunciado<br />

junto ao túmulo de Allan Kardec,<br />

o renomado astrônomo Camille<br />

Flammarion afirma que, de acordo<br />

com a ciência física, vivemos inseridos<br />

num mundo invisível para nós.<br />

Por isso, não é impossível seres invisíveis<br />

a nós viverem igualmente<br />

na Terra sem lhes podermos apreciar<br />

a presença, “(...) a menos que<br />

se nos manifestem por fatos que<br />

caibam na ordem das nossas sensações.”<br />

(Discurso de C. Flammarion.<br />

In: KARDEC, Allan. Obras<br />

Póstumas. Ed. FEB) É que a vida se<br />

situa em dois mundos: o físico e o<br />

espiritual.<br />

Reformador/<strong>Março</strong> 2004

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