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Março

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<strong>Março</strong> 2004.qxd 15/03/04 14:04 Page 34<br />

Programa transcendente de<br />

conquistas imateriais<br />

“Não ajunteis tesouros na Terra,<br />

onde a traça e a ferrugem tudo<br />

consomem, e onde os ladrões minam<br />

e roubam; mas ajuntai tesouros<br />

no Céu onde nem a traça nem<br />

a ferrugem consomem e os ladrões<br />

não minam nem roubam.”<br />

– Jesus. (Mateus, 6:19 e 20.)<br />

Existe o homem fisiológico e o<br />

homem espiritual. Este, não<br />

obstante estar ainda arrastando<br />

os pés no chão do mundo, logra<br />

vislumbrar os Painéis do Infinito,<br />

com os olhos postos nas Estrelas.<br />

Aquele, de horizontes limitados e<br />

mente obnubilada por soez ignorância,<br />

mantém-se voltado para os<br />

interesses subalternos, vislumbrando<br />

tão-somente na horizontal chã.<br />

Allan Kardec desenha os perfis<br />

desses caracteres antípodas no comentário<br />

que faz após a resposta<br />

dos Espíritos à questão 94l de O<br />

Livro dos Espíritos (Ed. FEB):<br />

“O homem carnal, mais preso<br />

à vida corpórea do que à vida espiritual,<br />

tem, na Terra, penas e gozos<br />

materiais. Sua felicidade consiste<br />

na satisfação fugaz de todos os<br />

seus desejos. Sua alma, constantemente<br />

preocupada e angustiada<br />

pelas vicissitudes da vida, se conserva<br />

numa ansiedade e numa tor-<br />

34<br />

112<br />

tura perpétuas. A morte o assusta,<br />

porque ele duvida do futuro e porque<br />

tem de deixar no mundo todas<br />

as suas afeições e esperanças.<br />

“À morte nada<br />

mais restará de<br />

aterrador; deixa<br />

de ser a porta<br />

que se<br />

abre para o<br />

nada e torna-se<br />

a que dá para<br />

a libertação”<br />

O homem moral, que se colocou<br />

acima das necessidades factícias<br />

criadas pelas paixões, já neste mundo<br />

experimenta gozos que o homem<br />

material desconhece. A moderação<br />

de seus desejos lhe dá ao Espírito calma<br />

e serenidade. Ditoso pelo bem<br />

que faz, não há para ele decepções e<br />

as contrariedades lhe deslizam por<br />

sobre a alma, sem nenhuma impressão<br />

dolorosa deixarem.”<br />

Rogério Coelho<br />

Em O Evangelho segundo o<br />

Espiritismo (Ed. FEB), Kardec nos<br />

oferece, ao raciocínio, algumas ilações<br />

sobre o ponto de vista pelo<br />

qual o homem carnal e o homem<br />

espiritual encaram a Vida. Não fica<br />

difícil concluir a supremacia deste<br />

sobre aquele, quando entra em cena<br />

a variávelVida Futura:<br />

“A idéia clara e precisa que se<br />

faça da vida futura proporciona inabalável<br />

fé no porvir, fé que acarreta<br />

enormes conseqüências sobre a moralização<br />

dos homens, porque muda<br />

completamente o ponto de vista<br />

sob o qual encaram eles a vida terrena.<br />

Para quem se coloca, pelo<br />

pensamento, na vida espiritual, que<br />

é indefinida, a vida corpórea se torna<br />

simples passagem, breve estada<br />

num país ingrato. As vicissitudes e<br />

tribulações dessa vida não passam<br />

de incidentes que ele suporta com<br />

paciência, por sabê-las de curta duração,<br />

devendo seguir-se-lhes um<br />

estado mais ditoso. À morte nada<br />

mais restará de aterrador; deixa de<br />

ser a porta que se abre para o nada<br />

e torna-se a que dá para a libertação,<br />

pela qual entra o exilado numa<br />

mansão de bem-aventurança<br />

e de paz. Sabendo temporária e não<br />

definitiva a sua estada no lugar<br />

onde se encontra, menos atenção<br />

presta às preocupações da vida, resultando-lhe<br />

daí uma calma de<br />

Reformador/<strong>Março</strong> 2004

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