Ralf Collete - AMPESC
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COORDENADOR:<br />
UM GESTOR PARA<br />
A<br />
COMPETITIVIDADE<br />
<strong>Ralf</strong> <strong>Collete</strong>
Coordenador de curso como<br />
gestor de negócios<br />
MARKETING<br />
INTELIGENTE: A<br />
ARTE DE<br />
COORDENADAR COM<br />
VISÃO DE NEGÓCIO
Coordenador de curso como<br />
gestor de negócios<br />
O Coordenador de curso como gestor de<br />
negócios deve ter três prioridades:<br />
•desenvolver e manter a qualidade;<br />
• utilizar os recursos efetivamente, e;<br />
• estabelecer uma visão geral<br />
estratégica com um direcionamento para<br />
a organização.
Áreas de Atuação *<br />
Fun Função ão Política; Pol tica;<br />
Fun Função ão Gerencial;<br />
Fun Função ão Acadêmica;<br />
Fun Funções ões Institucionais.<br />
* ABMES – Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior
Funções Políticas<br />
O Coordenador deve ser um líder l der reconhecido na<br />
área rea de conhecimento do Curso;<br />
O Coordenador de Curso deve possuir uma atitude<br />
estimuladora, proativa, proativa,<br />
congregativa, congregativa,<br />
participativa,<br />
articuladora perante os professores e alunos;<br />
O Coordenador deve ser o representante de seu<br />
curso;<br />
O Coordenador de curso deve ser um promotor do<br />
marketing do curso.<br />
O coordenador deve ser responsável respons vel pela vinculação vincula ão<br />
do Curso com os anseios e desejos do mercado.
Funções Gerenciais<br />
O Coordenador deve ser o responsável respons vel pela<br />
supervisão das instalações instala ões físicas, f sicas,<br />
laboratórios laborat rios e equipamentos do Curso;<br />
O Coordenador deve ser o responsável respons vel pela<br />
indicação indica ão da aquisição aquisi ão de livros, materiais<br />
especiais e assinaturas de periódicos peri dicos<br />
necessários necess rios ao desenvolvimento do Curso;
Funções Gerenciais<br />
O Coordenador deve ser o responsável respons vel pelo<br />
estímulo est mulo e controle da freqüência freq ência docente;<br />
O Coordenador deve ser o responsável respons vel pelo<br />
estímulo est mulo e controle da freqüência freq ência discente;<br />
O Coordenador deve ser o responsável respons vel pela<br />
contratação contrata ão de docentes e, logicamente, pela<br />
indicação indica ão da demissão deles;
Funções Gerenciais<br />
O Coordenador deve ser responsável respons vel<br />
pelo processo decisório decis rio de seu Curso;<br />
O Coordenador deve ser responsável respons vel<br />
pela adimplência contratual dos alunos<br />
de seu Curso;
Funções Acadêmicas<br />
O Coordenador deve ser o responsável respons vel pela<br />
elaboração elabora ão e execução execu ão do Projeto<br />
Pedagógico Pedag gico do Curso;<br />
O Coordenador de Curso é responsável respons vel pelo<br />
desenvolvimento atrativo das atividades<br />
escolares;<br />
O Coordenador deve ser responsável respons vel pela<br />
quantidade e pela regularidade das<br />
avaliações avalia ões desenvolvidas em seu Curso;
Funções Acadêmicas<br />
O Coordenador deve cuidar do<br />
desenvolvimento das atividades<br />
complementares em seu Curso;<br />
O Coordenador deve estimular a iniciação inicia ão<br />
científica cient fica e de pesquisa entre professores e<br />
alunos;<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
responsável respons vel pela orientação orienta ão e<br />
acompanhamento dos monitores;
Funções Acadêmicas<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
responsável respons vel pelo engajamento de<br />
professores e alunos em programas e<br />
projetos de extensão universitária;<br />
universit ria;<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
“respons responsável vel” pelos estágios est gios<br />
supervisionados e não-supervisionados.<br />
não supervisionados.
Funções Institucionais<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
responsável respons vel pelo sucesso dos alunos<br />
de seu Curso no Exame Nacional;<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
responsável respons vel pelo acompanhamento dos<br />
antigos alunos do Curso;
Funções Institucionais<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
responsável respons vel pela empregabilidade dos<br />
alunos;<br />
O Coordenador de Curso deve ser<br />
responsável respons vel pela busca alternativas de<br />
recursos;
Funções Institucionais<br />
O Coordenador de Curso deve ser responsável respons vel pelo<br />
reconhecimento de seu Curso e pela renovação renova ão<br />
periódica peri dica desse processo por parte do MEC;<br />
O Coordenador de Curso deve ser responsável respons vel pelo<br />
sucesso de seus alunos nos Exames de Ordem,<br />
testes profissionais e assemelhados;<br />
O Coordenador de Curso deve ser responsável respons vel pelo<br />
vínculo nculo da regionalidade do seu Curso.
O MARKETING É TUDO E<br />
TUDO É MARKETING<br />
No passado, a noção de marketing poderia resumirse<br />
em uma ligação do executivo-chefe para o<br />
HeadHunter onde dizia "Encontre um bom homem<br />
de marketing" ou seja, marketing era visto como uma<br />
função isolada na empresa, que estaria inclusive<br />
subordinada a outras funções. Este marketing era<br />
entendido como um conjunto de vários truques para<br />
iludir o cliente persuadindo-o a comprar os produtos<br />
daquela empresa. Hoje, o marketing não é uma<br />
função e sim uma forma de fazer negócios, e não<br />
está restrita a um departamento, todos dentro da<br />
empresa devem ter a consciência, desde a moça que<br />
serve o cafezinho até o mais alto executivo.
Um acadêmico descreveu<br />
marketing como “cria criação ão e<br />
entrega de um padrão de<br />
vida”. vida<br />
Tomamos essa afirmação afirma ão<br />
como uma visão inspirada<br />
e criativa do propósito prop sito de<br />
marketing.<br />
<strong>Ralf</strong> <strong>Collete</strong>
MARKETING EDUCACIONAL<br />
Muitas instituições institui ões de ensino como (escolas, faculdades,<br />
universidades, escolas de idiomas, escolas de informática inform tica e<br />
escolas profissionalizantes) não utilizam administração administra ão ou<br />
técnicas cnicas de Marketing formais.<br />
Muitas ainda têm uma “miopia miopia administrativa” administrativa acreditando não<br />
ser ético tico o uso de Marketing Educacional. Outras, até at<br />
recentemente, enfrentaram grandes demanda e o achavam<br />
desnecessário.<br />
desnecess rio.<br />
Quem ainda não acredita na força for a do Marketing Educacional,<br />
pode estar dando a oportunidade para a superação supera ão da<br />
concorrência num mercado cada dia mais competitivo.<br />
Freqüentemente, Freq entemente, as instituições institui ões de ensino queixam-se queixam se da<br />
dificuldade de diferenciar seus serviços servi os dos concorrentes,<br />
principalmente pela intensa concorrência em preço. pre o.
Os cenários e as<br />
tendências<br />
Matrículas em crescimento<br />
Participação da classe C<br />
Participação do aluno – PEA<br />
Taxa de ociosidade<br />
Crescimento do número de IES<br />
A participação feminina<br />
A diversificação de clientes
A Interiorização<br />
Os cenários e as<br />
tendências<br />
Crescimento do número de cursos<br />
Os concluintes do ensino médio<br />
A competição e os custos<br />
A Fragmentação<br />
A Concentração<br />
A Reimaginação de cursos e IES<br />
A Legislação: a reforma do ensino superior
O MARKETING EM AÇÃO<br />
O OBJETIVO É GANHAR O MERCADO E<br />
NÃO APENAS VENDER O PRODUTO ;<br />
O MARKETING EVOLUI JUNTO COM A<br />
TECNOLOGIA ;<br />
VENDER O PRODUTO É VENDER O<br />
SERVIÇO SERVI O QUE É VENDER O PRODUTO ;
O Marketing no atual<br />
contexto do setor<br />
educacional brasileiro<br />
Marketing é toda ação organizada que visa fazer<br />
com que outros queiram aquilo que você tem para<br />
oferecer e, ainda, que esta transação gere lucro.<br />
Esse conceito, ao mesmo tempo simples e<br />
abrangente, nos remete a complexidade desta área<br />
do saber que exige, além dos conhecimentos de<br />
administração e estratégias, profunda compreensão<br />
do comportamento humano. Há quem diga que para<br />
ser bom em marketing, há que se entender a fundo a<br />
mente humana, e aí reside toda a magia do<br />
marketing.
Por que uma instituição de<br />
ensino precisa de marketing?<br />
Por questões mercadológicas.<br />
Pela necessidade de<br />
profissionalização da gestão.<br />
Por imposição da sociedade.
Por questões mercadológicas.<br />
• Significativo aumento da concorrência. Hoje<br />
são mais de 1.800 instituições de ensino<br />
superior privadas e mais de 25 mil escolas<br />
de educação básica.<br />
• As vagas ociosas no ensino superior<br />
privado já são mais de 500 mil,<br />
representando 36,4% de todas as vagas<br />
oferecidas.<br />
• Nos últimos três anos a diminuição da<br />
demanda de alunos para as escolas de<br />
ensino básico diminuiu em 5% e oferta de<br />
vagas cresceu em 35%.<br />
• Os índices de inadimplência vêm subindo<br />
ano a ano, já chegando a índices de 11%<br />
na época da rematrícula em algumas<br />
localidades.
Pela necessidade de<br />
profissionalização da gestão.<br />
Os custos do processo educacional<br />
aumentaram significativamente. Hoje a<br />
exigência de qualidade por parte dos órgãos<br />
reguladores tornou-se mais rigorosa e, o que<br />
é mais sério, os clientes passaram a exigir<br />
muito mais, exigindo não apenas a tradicional<br />
qualificação no ensino, mas também no<br />
atendimento e em todos os demais serviços<br />
prestados.
Por imposição dos clientes<br />
Os clientes, por terem mais opções, passam<br />
a avaliar mais criticamente as instituições e<br />
buscam mais elementos que possibilitem a<br />
tomada de decisão.<br />
Resumindo, a concorrência aumenta, cai o<br />
poder aquisitivo da população, os custos<br />
sobem, as mensalidades são pressionadas<br />
para baixo e os clientes exigem mais. Quem<br />
não estiver preparado para isso pode se<br />
considerar fora do mercado.
Contribuições do Marketing<br />
E onde entra o marketing nisto tudo? Em três<br />
pontos distintos, a saber:<br />
–(1) Estabelecendo um<br />
planejamento estratégico coerente<br />
com a realidade de mercado,<br />
orientando dirigentes e<br />
mantenedores no sentido de<br />
traçarem metas realistas de<br />
crescimento.
–(2) Auxiliando na definição de um<br />
posicionamento adequado por<br />
parte da instituição. Por exemplo,<br />
se a instituição se posicionar para<br />
atender as classes A e B, deverá<br />
buscar diferenciais qualitativamente<br />
válidos para fazer frente a uma<br />
forte concorrência. Caso a opção<br />
seja pela classe C, deve definir um<br />
preço compatível com o poder<br />
aquisitivo desta classe social,<br />
buscando uma maior lucratividade<br />
no ganho em escala e em fontes<br />
alternativas de receita (crossseling).
–(3) Direcionando as ações<br />
de marketing e<br />
selecionando os<br />
componentes de marketing<br />
mais adequados ao<br />
posicionamento<br />
estratégico definido pela<br />
instituição.
As instituições que estiverem “bem” posicionadas terão grandes<br />
chances de se dar bem neste competitivo mercado. Eis alguns<br />
exemplos de posicionamentos bem definidos, no caso do ensino<br />
superior:<br />
– (a) IES posicionadas ao público<br />
oriundo da população<br />
economicamente ativa (PEA),<br />
mercado estimado em 74 milhões de<br />
pessoas, oferecendo cursos<br />
superiores de curta duração, pósgraduação<br />
consistente, turmas<br />
seletivas para alunos com maior faixa<br />
de idade. Estas IES devem ter suas<br />
ações de marketing voltadas ao<br />
relacionamento e parcerias com<br />
empresas, sindicatos e associações<br />
de classe.
As instituições que estiverem “bem” posicionadas terão grandes<br />
chances de se dar bem neste competitivo mercado. Eis alguns<br />
exemplos de posicionamentos bem definidos, no caso do ensino<br />
superior:<br />
– (b) IES voltadas ao público classe C,<br />
com mensalidades baratas, infraestrutura<br />
enxuta, custos reduzidos,<br />
ganhos em escala, gestão<br />
extremamente profissionalizada e<br />
eficiente e criação permanente de<br />
fontes alternativas de receitas (crossseling).<br />
Nestas IES, o marketing deve<br />
ser focado na exploração exaustiva<br />
do data base marketing (DBM) e em<br />
ações publicitárias e promocionais de<br />
alta visibilidade.
As instituições que estiverem “bem” posicionadas terão grandes<br />
chances de se dar bem neste competitivo mercado. Eis alguns<br />
exemplos de posicionamentos bem definidos, no caso do ensino<br />
superior:<br />
–(c) IES posicionadas no<br />
lançamento de produtos<br />
diferenciados, tais como cursos<br />
inovadores em áreas pouco<br />
exploradas, acompanhando a<br />
evolução do mercado<br />
profissional e as expectativas<br />
de “consumo” das novas<br />
gerações. O marketing será<br />
focado em ações institucionais,<br />
mostrando uma identidade<br />
diferenciada, original, de<br />
vanguarda.
As instituições que estiverem “bem” posicionadas terão grandes<br />
chances de se dar bem neste competitivo mercado. Eis alguns<br />
exemplos de posicionamentos bem definidos, no caso do ensino<br />
superior:<br />
–(d) IES focadas no uso da<br />
tecnologia da informação com<br />
cursos semi-presenciais e a<br />
distância, uso de recursos<br />
multimídia em sala de aula,<br />
oferta de notebooks para<br />
alunos, etc. Essas IES deverão<br />
ter seu marketing focado nas<br />
ações de relacionamento direto<br />
com este público, incluindo<br />
ações de e-mail marketing e<br />
web marketing como um todo.
As instituições que estiverem “bem” posicionadas terão grandes<br />
chances de se dar bem neste competitivo mercado. Eis alguns<br />
exemplos de posicionamentos bem definidos, no caso do ensino<br />
superior:<br />
–IES posicionadas em<br />
segmentos ou nichos de<br />
mercado, como por exemplo:<br />
terceira idade, formação de<br />
professores, profissionais de<br />
uma só área (saúde, engenharia,<br />
etc), bilíngüe, segmento racial,<br />
entre outros. As ações de<br />
marketing, nesse caso, deverão<br />
ser específicas para as<br />
características do segmento<br />
escolhido.
Uma instituição de ensino que queira realizar um trabalho de marketing<br />
bem feito deve começar entendendo sua real abrangência. Para se ter uma<br />
idéia inicial, o marketing educacional deve envolver:<br />
– Planejamento Estratégico.<br />
– Pesquisas de Marketing (de recall, de opinião,<br />
mercadológicas, etc).<br />
– Sistemas de Informação (concorrência, clipping do setor,<br />
legislação, mercado, ambiente, cenários, etc).<br />
– Publicidade e Propaganda<br />
– Relações Públicas<br />
– Assessoria de Imprensa<br />
– Eventos Culturais e Esportivos<br />
– Promoções e Merchandising<br />
– Endomarketing ou Marketing Interno<br />
– Webmarketing<br />
– Marketing de Relacionamento<br />
– Marketing Editorial<br />
– Sistema de Atendimento ao Aluno e ao prospect (call center<br />
ou contact center).
O marketing no setor<br />
educacional<br />
O marketing deve ainda participar ativamente nas<br />
decisões sobre desenvolvimento de novos<br />
produtos e cursos, estabelecimento de preços,<br />
abertura de novas sedes, entre outras ações que<br />
tenham implicações nas estratégias da<br />
instituição.<br />
A maior parte das IES é orientada para o produto,<br />
e não para os clientes. Esmeram-se em<br />
desenvolver cursos com equipe docente<br />
qualificada e currículo com conteúdo reforçado.<br />
Esquecem, no entanto, de perguntar ao aluno o<br />
que é importante para ele.
O marketing no setor<br />
educacional<br />
Identificar detalhadamente o perfil de seu<br />
cliente e potencial cliente, desenvolver<br />
ações que estejam em conformidade com<br />
esse perfil e que contenham valor<br />
agregado para o cliente são tarefas<br />
necessárias para estabelecer um vínculo<br />
de credibilidade com o cliente.
Etapas do Marketing<br />
Educacional<br />
São atribuições do marketing educacional todas as ações<br />
necessárias para:<br />
– 1. Definir quem é o cliente pretendido.<br />
– 2. Localizar o cliente (prospect).<br />
– 3. Conhecer o prospect.<br />
– 4. Estabelecer um relacionamento com o<br />
prospect.<br />
– 5. Matricular o prospect (transformá-lo em<br />
cliente ativo).<br />
– 6. Fidelizar o cliente.<br />
– 7. Manter o cliente na instituição o maior tempo<br />
possível.<br />
– 8. Contar com ele para captar novos clientes.
Orientar pelo marketing a gestão de uma instituição de ensino<br />
nada tem de prejudicial ou antiético, ao contrário, só trará<br />
benefícios, tais como os citados por Philip Kotler:<br />
– Aumenta o nível de profissionalização da<br />
instituição.<br />
– Torna transparente a qualidade dos serviços<br />
prestados pela instituição.<br />
– Obriga a instituição a definir uma missão, metas e<br />
objetivos.<br />
– Impele a instituição a trabalhar com planejamento<br />
estratégico.<br />
– Posiciona a instituição no mercado.<br />
– Seleciona mercados-alvo, distinguindo os<br />
melhores segmentos com potencial de mercado;<br />
– Auxilia na melhoria do produto ou serviço<br />
oferecido pela instituição, uma vez que se volta<br />
para o atendimento das necessidades dos<br />
clientes.<br />
– Melhora a satisfação dos diversos públicos da<br />
instituição.
Sistema de Inteligência de<br />
Marketing<br />
SIM - é a estrutura presente na empresa que reúne, re ne,<br />
seleciona, analisa, interpreta e mantém mant m um fluxo de<br />
informação informa ão a respeito do ambiente global de<br />
marketing no qual a empresa está est inserida:<br />
Micro Micro ambiente - empresa, fornecedores,<br />
intermediários intermedi rios de mercado, clientes, concorrentes e<br />
públicos blicos de relacionamento.<br />
Macroambiente<br />
Macroambiente - ambientes: demogr<br />
ambientes: demográfico, fico,<br />
sociocultural, sociocultural,<br />
físico, f sico, tecnológico, tecnol gico, econômico, político pol tico e<br />
legal.
O SIM consiste em quatro<br />
subsistemas<br />
Sistema de: Fornece dados sobre:<br />
Relatórios internos Matrículas, custos, despesas, , fluxos de caixa etc.<br />
Inteligência de marketing Informações diárias dos coordenadores e equipe acadêmica<br />
por meio de contatos com professores, alunos, fornecedores, d,<br />
publicações, relatórios etc.<br />
Pesquisa de marketing Estudos específicos, projetos formais sobre problemas e<br />
oportunidades para marketing.<br />
Analítico de marketing Processos estatísticos e modelos de decisão para apoios aos<br />
coordenadores e gestores. Análises de regressão, análise<br />
fatorial, modelos gráficos e matemáticos.
Administração de<br />
Administração de<br />
Marketing<br />
Marketing<br />
Análise<br />
Análise<br />
Planejamento<br />
Planejamento<br />
Implementação<br />
Implementação<br />
Controle<br />
Controle<br />
Avaliação das<br />
necessidades<br />
Avaliação das<br />
necessidades de<br />
informações de<br />
informações<br />
Distribuição das<br />
Distribuição informaçõesdas<br />
informações<br />
Sistema de informação de marketing<br />
Registros<br />
Registros<br />
internos<br />
internos<br />
Análise de apoio<br />
Análise de apoio<br />
às decisões<br />
às decisões<br />
de<br />
de<br />
marketing<br />
marketing<br />
Inteligência<br />
Inteligência<br />
de marketing<br />
de marketing<br />
Pesquisa<br />
Pesquisa<br />
de<br />
de<br />
marketing<br />
marketing<br />
Decisões e comunicações de marketing<br />
Ambiente de<br />
Ambiente de<br />
Marketing<br />
Marketing<br />
Mercados-alvo<br />
Mercados-alvo<br />
Canais de Marketing<br />
Canais de Marketing<br />
Concorrentes<br />
Concorrentes<br />
Públicos<br />
Públicos<br />
Forças<br />
Forças<br />
macroambientais<br />
macroambientais
PM→SDP→<br />
MM→I→C
PM→SDP→MM→I→C<br />
O marketing eficaz começa come a com a pesquisa<br />
pesquisa, PM<br />
PM. . A pesquisa em um<br />
mercado vai rever vários v rios segmentos, segmentos,<br />
S, , que consistem em<br />
compradores com diferentes necessidades. A empresa sensata<br />
definiria para si, D, , apenas aqueles segmentos (ou público p blico-alvo) alvo) que<br />
pudesse atender com mais alta eficiência. Para cada segmento<br />
definido como alvo a empresa terá ter que posicionar, posicionar,<br />
P, , seus<br />
produtos/serviços, produtos/servi os, de modo que os clientes-alvo clientes alvo possam perceber<br />
como essas ofertas diferem daquelas dos concorrentes. SDP<br />
representa o pensamento de marketing estratégico estrat gico da empresa. A<br />
partir daí da a empresa desenvolve, no nível n vel tático, t tico, o mix de marketing, marketing,<br />
MM, MM,<br />
que consiste nas decisões relativas a produto, preço, pre o, praça pra a e<br />
promoção promo ão. . Ela então implementa, implementa,<br />
I, , seu mix de marketing, e por fim<br />
utiliza medidas de controle, controle,<br />
C, , para monitorar e avaliar resultados e<br />
melhorar sua estratégia estrat gia de SDP e sua tática t tica de MM.<br />
MM
CONCORRÊNCIA
Exemplos de Níveis de Competição<br />
PRESTAÇÀO<br />
CASA PRÓPRIA<br />
OUTROS<br />
DIREITO<br />
NEI FEF<br />
PROPAGANDA<br />
ADM CEX ADM RH<br />
<strong>AMPESC</strong><br />
ADM MKT<br />
Outros<br />
ADM’S<br />
LETRAS<br />
ADM XXX<br />
MKT<br />
Competição<br />
por<br />
Segmento-Alvo:<br />
ADM - MKT<br />
ACAFE<br />
ADM MKT<br />
ADM<br />
TURISMO<br />
DESIGN<br />
LAZER<br />
VIAGEM<br />
CONSÓRCIO<br />
MOTO<br />
CARRO<br />
Benefício<br />
Central<br />
Da<br />
Competição:<br />
CURSO SUPERIOR<br />
TECNOLOGIAS<br />
Competição<br />
por<br />
Categoria<br />
De Produto:<br />
ADMINISTRAÇÃO<br />
Orçamento<br />
da<br />
Competição:
Papéis do<br />
Consumidor<br />
KOTLER<br />
Unidade de tomada de decisão<br />
Iniciador<br />
Influenciador<br />
Decisor<br />
Comprador<br />
Usuário<br />
SHETH, MITTAL,<br />
NEWMAN<br />
Usuário<br />
Comprador<br />
Pagador
Sistema de Inteligência de Marketing (SIM) é um conjunto formalizado de<br />
procedimento para gerar, analisar, armazenar e distribuir, permanentemente,<br />
informações aos responsáveis pelas decisões de marketing.<br />
Um Sistema de Suporte às Decisões (SSD/SADM) é um sistema integrado que<br />
inclui hardware, rede de software e o usuário (responsável por decisões) que coleta<br />
e interpreta informações para tomar decisões. Permitem que os responsáveis por<br />
decisões interajam diretamente com bancos de dados e modelos de análise.<br />
Sistema de Inteligência de Marketing versus Sistemas de Suporte às<br />
Decisões(SSD/SADM)<br />
•Problemas Estruturados<br />
•Uso de Relatórios<br />
•Estrutura Rígida<br />
•Apresentação de<br />
Informações Restrita<br />
•Pode Melhorar a Tomada<br />
de Decisões Esclarecendo<br />
os dados Brutos<br />
29/7/2008<br />
SIM SSD/SADM<br />
•Problemas Não<br />
estruturados<br />
•Uso de Modelos<br />
•Interação Favorável ao<br />
Usuário<br />
•Adaptabilidade<br />
•Pode Melhorar a Tomada<br />
de Decisões<br />
•Usando Análise “E Se”
Segmentos de Mercado<br />
Grupo de consumidores, com<br />
diferentes desejos, preferências de<br />
compra ou comportamento de uso do<br />
produto.<br />
Dividir um mercado total em consumidores finais e<br />
usuários empresariais resulta em segmentos que<br />
são ainda muito amplos e variados para muitos<br />
produtos. Dentro de cada um desses segmentos,<br />
precisamos identificar algumas características que<br />
nos permitam dividi-los em segmentos ainda mais<br />
específicos.
Figura 1 - Padrões Básicos de Preferência por<br />
Produtos.<br />
MERCADO A<br />
Exigências<br />
Homogêneas<br />
Dos Consumidores<br />
MERCADO C<br />
Segmentação<br />
Blocos de<br />
Exigências<br />
Dos Consumidores<br />
MERCADO B<br />
Exigências<br />
Variadas<br />
Dos Consumidores
Posicionamento Posicionamento de<br />
Mercado
Posicionamento<br />
A imagem de um produto em relação<br />
aos produtos diretamente<br />
competidores, assim como com outros<br />
produtos comercializados pela mesma<br />
companhia.<br />
Alternativamente, a estratégia de uma<br />
empresa e as ações relacionadas com o<br />
discernimento favorável de si mesmo<br />
em relação aos competidores na mente<br />
de grupos de consumidores<br />
selecionados.
Uma vez a empresa<br />
tenha decidido quais<br />
segmentos de mercado<br />
irá penetrar, ela deve<br />
decidir quais<br />
"posições" irá ocupar<br />
nesses segmentos.
Escolha e Implementação de Uma<br />
Estratégia de posicionamento<br />
A tarefa de posicionamento consiste em três<br />
passos:<br />
Identificação de um grupo de possíveis<br />
vantagens competitivas sobre as quais<br />
estabelecer uma posição;<br />
Seleção das vantagens competitivas<br />
corretas ; e<br />
Comunicação e apresentação<br />
eficientes da posição escolhida para o<br />
mercado.
IDENTIFICAÇÃO DAS POSSÍVEIS VANTAGENS<br />
COMPETITIVAS<br />
Os consumidores costumam escolher produtos e<br />
serviços com os quais obtêm o maior valor. Assim, a<br />
chave para conquistar e manter os consumidores é<br />
compreender suas necessidades e processos de<br />
compra melhor do que os concorrentes, e prover-lhes<br />
maior valor.<br />
Diferenciando-se por:<br />
Diferenciação de Produto;<br />
Diferenciação de Serviços;<br />
Diferenciação Através de Funcionários;<br />
Diferenciação Através da Imagem.
SELEÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS<br />
CORRETAS<br />
Quantas Diferenças Promover?<br />
("melhor qualidade" , "melhor serviço" , "menor<br />
preço" , "maior valor" , "tecnologia avançada" .<br />
Posicionamento de benefício único, duplo<br />
ou triplo .<br />
Quais Diferenças Promover?<br />
Uma diferença merece ser estabelecida<br />
na medida em que ela satisfizer os<br />
seguintes critérios: Importância,<br />
Distintividade, Superioridade,<br />
Comunicabilidade, Antecipação, Disposição,<br />
Rentabilidade.
COMUNICAÇÃO DO<br />
POSICIONAMENTO<br />
DA EMPRESA<br />
Uma vez escolhida uma posição, a empresa deve tomar<br />
medidas para difundir e comunicar a posição desejada<br />
para os clientes-alvo.<br />
Todos os esforços do composto de marketing da<br />
empresa devem apoiar a estratégia de posicionamento.<br />
Projetar um composto de marketing - produto, preço,<br />
praça(distribuição) e promoção - envolve<br />
essencialmente o desenvolvimento dos detalhes táticos<br />
da estratégia de posicionamento.
Uma das lições mais importantes que<br />
aprendemos é a mudança de foco das<br />
empresas, que vem transformando sua<br />
relação com seus consumidores. Ao<br />
longo do tempo:<br />
Foco no Produto ... Foco no Cliente ...<br />
Foco DO Cliente
O posicionamento dinâmico é<br />
um processo multidimensional:<br />
posicionamento do produto,<br />
posicionamento no mercado e<br />
posicionamento da empresa. empresa.<br />
Essas três etapas interagem<br />
umas com as outras de formas<br />
sutis, porém por m importantes.
Posicionamento do Produto -<br />
a empresa tem que determinar<br />
como deseja colocar seu<br />
produto no mercado<br />
competitivo, os fatores<br />
intangíveis intang veis são a chave para a<br />
construção constru ão de relações rela ões com os<br />
consumidores e a conquista de<br />
um posicionamento sólido s lido do<br />
produto.
Posicionamento no<br />
Mercado - o produto tem<br />
que ganhar o<br />
reconhecimento do mercado.<br />
Tem que ganhar<br />
credibilidade junto ao<br />
consumidores. O mercado<br />
tem que encarar o produto<br />
como um vencedor.
Posicionamento da empresa - quando os<br />
produtos são rentáveis, rent veis, muitos de seus erros<br />
são desculpados, se não esquecidos. Mas<br />
quando os lucros caem, sua posição posi ão se<br />
obscurece. Se uma empresa se descobrir em<br />
tal situação, situa ão, terá ter que começar come ar novamente do<br />
estágio est gio do posicionamento do produto e<br />
reconstruir sua posição posi ão no mercado.<br />
O posicionamento dinâmico traça tra a uma linha<br />
em comum em todas as partes da empresa,<br />
conectando-as, conectando as, em seguida, ao mercado.
Gestão da marca em<br />
instituições de ensino<br />
Marca é uma cultura e uma dinâmica de<br />
relações estabelecidas entre a instituição, o<br />
produto e a comunidade que cria valor para<br />
todas as partes interessadas.<br />
As marcas fortes são estruturadas a partir de<br />
cinco elementos: (a) diferenciação; (b)<br />
relevância; (c) familiaridade; (d) credibilidade;<br />
(e) afetividade.
Gestão da marca em<br />
instituições de ensino<br />
Como o setor de ensino é bastante<br />
pulverizado e heterogêneo, há um elevado<br />
número de variáveis a serem assimiladas<br />
pelo consumidor, como: (a) grande<br />
quantidade de marcas/instituições; (b) grande<br />
quantidade de diferentes produtos (cursos);<br />
(c) distintas modalidades de formação e<br />
certificação; e (d) diversos elementos de<br />
valor qualitativo, como titulação dos<br />
professores, tradição da escola, instalações,<br />
etc.
Atributos da marca<br />
Atributos qualificadores<br />
Todos os concorrentes sérios deveriam ter. São as<br />
commodities indispensáveis, tais como: corpo<br />
docente qualificado, instalações adequadas,<br />
laboratórios de primeira geração, excelente<br />
conteúdo, didática e metodologia, projeto pedagógico<br />
consistente, etc. Anunciar que tem esses atributos<br />
não agrega nenhum valor à comunicação.<br />
Atributos diferenciadores<br />
São elementos qualitativos de alto valor agregado<br />
que se somam aos atributos qualificadores para, no<br />
conjunto, diferenciar a IES de suas concorrentes.<br />
Esses elementos definem a identidade da instituição<br />
e facilitam o vínculo emocional com seus clientes.
Veja alguns exemplos:<br />
Atributos diferenciadores de uma Faculdade de<br />
tecnologia em São Paulo<br />
Programa de carreiras.<br />
Material didático complementar próprio e gratuito.<br />
Laboratórios de última geração, onde 40% da carga<br />
horária das aulas são ministradas.<br />
Disciplinas de empreendedorismo e carreiras.<br />
Qualificação mercadológica do corpo docente.<br />
Parcerias.<br />
Foco em TI (ser uma IES especializada em TI).<br />
Atributos diferenciadores da Faculdade SENAC<br />
Cursos diferentes dos convencionais: Hotelaria,<br />
Gastronomia, Fotografia, Moda, Gestão Ambiental,<br />
Turismo, etc.
Atributos diferenciadores do IBMEC<br />
• Alto índice de empregabilidade – 92% dos alunos<br />
terminam a faculdade já empregados.<br />
• Parcerias internacionais.<br />
• Corpo docente de elite.<br />
Atributos singulares (únicos)<br />
São atributos de valor agregado (diferenciais), que,<br />
dentre toda a concorrência direta, somente uma IES<br />
possui. Por exemplo:<br />
Faculdade Impacta – Maior certificadora da América<br />
Latina.<br />
FIAP – Melhor faculdade de informática do Brasil<br />
(ranking Info-Exame).
Slogans<br />
Slogan é um forte elemento de comunicação publicitária que<br />
auxilia na construção da identidade de uma instituição e reforça<br />
a percepção dos elementos que se pretende associar à marca.<br />
As propostas de valor da maioria das instituições de ensino, em<br />
sua grande maioria, têm como base elementos pouco<br />
diferenciados, que praticamente não agregam valor à marca,<br />
como nos exemplos abaixo:<br />
“Tradição é uma garantia”; “Esta dá futuro”.<br />
“69 anos de tradição e excelência no ensino”.<br />
“Tradição com excelência no ensino”.<br />
“Cursos em sintonia com o mercado”.<br />
“Faculdade com nota A”.<br />
“Seu futuro está aqui”.<br />
“A escolha certa para seu futuro”.<br />
“Para quem sabe onde quer chegar”.
Algumas IES já apresentam slogans um<br />
pouco mais diferenciados, por exemplo:<br />
Centro Universitário Belas Artes: “Belas Artes<br />
é arte, é criatividade, é educação. Belas<br />
Artes é você”; “Faça diferente, seja Belas<br />
Artes”.<br />
Fundação Getúlio Vargas (FGV): “Quem faz<br />
GV a gente vê”.<br />
<br />
Universidade Anhembi Morumbi: “A mais<br />
criativa e inovadora universidade do<br />
Brasil”.
Em síntese, por que as instituições de ensino<br />
apresentam dificuldade em criar e consolidar uma<br />
marca forte:<br />
Não há continuísmo em suas linhas de<br />
comunicação. Suas campanhas publicitárias e sua<br />
comunicação institucional carecem de um padrão<br />
único, integrado e coerente com o posicionamento e<br />
a identidade da marca. A cada ano as mensagens<br />
das campanhas são totalmente diferentes.<br />
Os elementos comunicados são, em sua maioria,<br />
commodities.<br />
A comunicação é sazonal, dificultando a apreensão<br />
da mensagem por parte do público-alvo.
Gerenciamento da marca através da criação de<br />
Unidades Estratégicas de Negócios (UENs)<br />
O grau de subjetividade na escolha de uma<br />
instituição de ensino é muito maior do que na<br />
escolha de outros serviços, pois, no caso do ensino,<br />
não é possível experimentar ou comparar as<br />
instituições (a não ser nos casos de transferência,<br />
que são exceções à regra).<br />
Sugere-re a implementação de UENs (Unidades<br />
Estratégicas de Negócios) nas instituições de ensino<br />
de médio ou grande porte. Além de se trabalhar o<br />
desenvolvimento de uma mentalidade que considera<br />
cada curso uma UEN, a proposta para as IES é a<br />
divisão dos diversos cursos em grupos afins (UENs),<br />
de acordo com o perfil de público do curso.
Rejeitado no passado e aclamado no presente, o<br />
marketing nas instituições de ensino ainda está longe<br />
de ser trabalhado adequadamente. O recente<br />
crescimento da “preocupação com o marketing” por<br />
parte dos dirigentes educacionais, não vem se<br />
traduzindo em melhores resultados para as escolas.<br />
Acontece que, na prática, muitos dirigentes ainda<br />
estão confundindo marketing com propaganda e<br />
estão investindo muito em propaganda (geralmente<br />
mal feita) e pouco em marketing.<br />
A maior parte das escolas investe seus exíguos<br />
recursos nas rotineiras “campanhas de matrículas”<br />
ou campanhas para captação de alunos na época da<br />
matrícula.
A Chave do Marketing<br />
Educacional é o<br />
Relacionamento<br />
A tomada de decisão pela compra de<br />
serviços servi os educacionais é mais complexa do<br />
que a decisão de compra de uma roupa, de<br />
um refrigerante ou da escolha de um banco<br />
ou de um hotel. Ela envolve elementos de<br />
conveniência, familiaridade e credibilidade<br />
em uma proporção propor ão maior do que nos outros<br />
serviços. servi os.
A Chave do Marketing<br />
Educacional é o<br />
Relacionamento<br />
Não se pode convencer um aluno a se matricular em<br />
uma instituição de ensino apenas com uma boa<br />
propaganda da instituição. Não que esta não seja<br />
importante, mas acontece que o critério de escolha<br />
da instituição de ensino implica em fatores<br />
psicológicos complexos, que envolvem os objetivos<br />
de vida deste aluno, as expectativas de seus<br />
familiares, o status pretendido, a identificação dos<br />
valores do aluno com os da instituição, os vínculos<br />
de amizade, além dos tradicionais fatores, tais como:<br />
valor das mensalidades, localização, instalações e<br />
corpo docente.
O marketing de relacionamento parte da<br />
premissa de que, quanto mais familiar lhe é um<br />
produto ou serviço, maiores serão as chances de<br />
você adquiri-lo. Quanto mais presente uma marca<br />
estiver no seu dia-a-dia, maior será seu vínculo<br />
afetivo com ela.<br />
Para isso três fatores críticos precisam ser<br />
atendidos:<br />
• O relacionamento da IES com o cliente não pode<br />
ser intrusivo, evasivo nem constrangedor. O<br />
relacionamento precisa estar de acordo com a<br />
conveniência do cliente, não da IES. Para isso,<br />
aplicam-se as estratégias do marketing de<br />
permissão.
• Todo contato da IES com o cliente deve agregar<br />
valor ou ser relevante para o cliente. Contatos<br />
contínuos sem valor agregado comprometem a<br />
imagem da escola e deterioram o vínculo<br />
relacional.<br />
• Para que o famoso slogan “você conhece, você<br />
confia” seja realmente válido, é preciso que as<br />
ações de relacionamento feitas para tornar o<br />
produto conhecido sejam sustentadas por um<br />
suporte eficiente. Prometer e não cumprir é<br />
corrosivo para as estratégias de relacionamento.<br />
Não adianta um produto ou instituição ser<br />
conhecido (ter familiaridade) sem ter<br />
credibilidade.
Portanto, a essência do marketing de<br />
relacionamento consiste em você<br />
aprender a ser útil til para seus clientes e<br />
construir com eles relacionamentos<br />
duradouros. Dessa forma, cada<br />
interação intera ão com o cliente não deve ser<br />
vista apenas como uma oportunidade<br />
de venda, mas também tamb m como uma<br />
oportunidade de aprendizagem.
Para implementar estratégias de<br />
relacionamento em uma instituição de<br />
ensino é preciso seguir o seguinte roteiro:<br />
1. Definir o cliente pretendido (segmentação);<br />
2. Localizar o cliente (prospect);<br />
3. Conhecer o cliente (prospect);<br />
4. Estabelecer um relacionamento com o cliente (prospect);<br />
5. Criar vínculos com o prospect (familiaridade e<br />
confiabilidade);<br />
6. Matricular o prospect (transformá-lo em cliente ativo);<br />
7. Fidelizar o cliente;<br />
8. Manter o cliente para o resto da vida (educação<br />
contínua);<br />
9. Contar com o cliente para a captação de novos clientes.
Uma instituição de ensino que queira realizar um trabalho de<br />
marketing bem feito deve começar entendendo sua real<br />
abrangência. Para se ter uma idéia inicial, o marketing<br />
educacional deve envolver:<br />
Planejamento Estratégico.<br />
Pesquisas de Marketing (de recall, de opinião, mercadológicas, etc).<br />
Sistemas de Informação (concorrência, clipping do setor, legislação,<br />
mercado, ambiente, cenários, etc).<br />
Publicidade e Propaganda<br />
Relações Públicas<br />
Assessoria de Imprensa<br />
Eventos Culturais e Esportivos<br />
Promoções e Merchandising<br />
Endomarketing ou Marketing Interno<br />
Webmarketing<br />
Marketing de Relacionamento<br />
Sistema de Atendimento ao Aluno e ao prospect (call center ou contact<br />
center).
O CRM no Setor<br />
Educacional<br />
O CRM (customer relationship management)<br />
é um conjunto de soluções de softwares,<br />
estruturado a partir de um módulo de<br />
database marketing, voltado para o<br />
marketing de relacionamento personalizado,<br />
que permite o adequado manejo das<br />
informações sobre todas as ações de<br />
relacionamento com todos os públicos da<br />
empresa e a análise desse conjunto de<br />
informações, visando detectar e gerenciar<br />
oportunidades de fidelização e/ou captação<br />
de clientes.
Hoje é possível implementar um Sistema<br />
de CRM em uma instituição de ensino com<br />
pouco menos de 100 mil reais, incluindo o<br />
licenciamento do software, customização<br />
e implantação.<br />
O problema agora não é mais financeiro<br />
ou de cultura, pois as IES já sabem que<br />
precisam melhorar seu relacionamento<br />
com clientes e prospects. No entanto, o<br />
setor ainda não apreendeu a visão macroestratégica<br />
da questão do relacionamento<br />
com o cliente, nem tampouco as<br />
vantagens de um sistema de CRM para<br />
otimizar este relacionamento.
Para ilustrar o que afirmei acima apresento um<br />
exemplo real, omitindo apenas o nome da<br />
instituição. A faculdade X, em seu processo<br />
seletivo de outubro de 2003, no qual oferecia<br />
3.600 vagas, apresentou as seguintes<br />
estatísticas:<br />
(a) 12.376 ligações para sua central de<br />
atendimentos (com pedidos de informações<br />
sobre o processo seletivo, sobre a instituição e<br />
seus cursos).<br />
(b) 3.780 pré-inscrições.<br />
(c) 2.820 inscrições confirmadas (pagas).<br />
(d) 2.568 alunos realizaram a prova.<br />
(e) 2.375 foram aprovados.<br />
(f) 1.540 se matricularam.<br />
(g) 1.210 iniciaram as aulas.
Aos dirigentes dessa instituição foram feitas as<br />
seguintes questões:<br />
(a) Qual era o perfil das pessoas que ligaram para<br />
a IES (12.376)?<br />
(b) Onde adquiriram informações sobre a<br />
instituição?<br />
(c) 9.556 prospects ligaram e não se inscreveram.<br />
Qual o motivo?<br />
(d) Para onde foram? Quais os concorrentes que<br />
ficaram com estes candidatos?<br />
(e) Como posso trabalhar o relacionamento com<br />
estes 9.556 prospects?<br />
A resposta obtida em todas essas questões foi a<br />
mesma: não sei! Essa é a resposta que<br />
predomina em 99% das IES brasileiras quando se<br />
deparam com questões semelhantes. Fica a falsa<br />
impressão que não conhecer o cliente é a regra e<br />
não a exceção.
A experiência mostra que é possível<br />
recuperar de 20 a 30% daqueles que já<br />
haviam desistido da inscrição.<br />
Para os outros 70 a 80% que não puderam<br />
ser recuperados, cabe adquirir a valiosa<br />
informação estratégica referente ao motivo<br />
pelo qual ele não optou pela faculdade X e<br />
ainda, saber qual outra instituição foi sua<br />
opção e por que?<br />
O mínimo que se pode esperar de uma<br />
instituição organizada é que ela mantenha<br />
um sistema de atendimento (call center ou<br />
contact center) preparado tanto para o<br />
atendimento presencial quanto via telefone<br />
ou e-mail.
A utilidade do CRM em uma instituição<br />
de ensino pode abranger todas estas<br />
ações:<br />
• Gerenciar e dar suporte para a realização<br />
das ações de marketing de relacionamento,<br />
tais como: mala direta, e-mail marketing,<br />
telemarketing ativo e passivo, eventos,<br />
promoções, convênios, parcerias, entre<br />
outras.<br />
• Orientar as ações e processos de marketing<br />
e vendas para o foco no cliente.<br />
• Coordenar e integrar as ações de<br />
atendimento aos diversos clientes e<br />
prospects da instituição.
• Coordenar e organizar campanhas<br />
publicitárias e as demais ações de<br />
comunicação da instituição.<br />
• Estruturar, filtrar e disponibilizar, em forma<br />
de relatórios, as informações sobre os<br />
clientes ativos e prospects da instituição.<br />
• Criar mecanismos para avaliar os<br />
processos de atendimento, orientando as<br />
respostas em termos de qualidade,<br />
fidelidade, atualização e rapidez, com base<br />
nas informações registradas e estruturadas<br />
em um único banco de dados.<br />
• Gerenciar as informações sobre o processo<br />
de evasão, visando reduzir o seu percentual.
• Auxiliar no desenvolvimento de<br />
produtos (cursos) sob demanda.<br />
• Aumentar a longevidade do<br />
relacionamento com o cliente.<br />
• Diminuir os custos com a publicidade<br />
de massa.<br />
• Implementar o cross-selling (venda de<br />
produtos ou serviços secundários,<br />
complementares ou opcionais).<br />
• Prover informações para a tomada de<br />
decisão quanto ao lançamento de<br />
novos produtos ou serviços.
MODULO 3<br />
MARKETING<br />
INTELIGENTE:<br />
A ARTE DE CAPTAR E<br />
FIDELIZAR OS ALUNOS
Compreender as necessidades<br />
e os desejos dos clientes nem<br />
sempre é uma tarefa fácil. f cil.<br />
Alguns consumidores têm<br />
necessidades das quais não<br />
têm plena consciência. Ou não<br />
conseguem articular essas<br />
necessidades. Ou então<br />
empregam palavras que<br />
exigem alguma interpretação.<br />
interpreta ão.
Considere o cliente que diz querer um<br />
carro barato. O profissional de marketing<br />
deve sondar mais profundamente.<br />
Podendo distinguir cinco tipos de<br />
necessidades:<br />
♠ .Necessidades Necessidades declaradas (o cliente quer um carro<br />
econômico)<br />
♠ .Necessidades Necessidades reais (o cliente quer um carro cujo<br />
custo de manutenção manuten ão seja baixo, não seu preço pre o inicial)<br />
♠ .Necessidades Necessidades não-declaradas<br />
não declaradas (o cliente espera um<br />
bom atendimento por parte do revendedor).<br />
♠ .Necessidades Necessidades de “algo algo mais” mais (o cliente gostaria que<br />
o revendedor incluísse inclu sse um mapa rodoviário rodovi rio como<br />
brinde)<br />
♠ .Necessidades secretas (o cliente quer ser visto pelos<br />
amigos como um consumidor inteligente)
A questão da<br />
renda familiar na<br />
expansão do<br />
ensino superior<br />
privado
Quadro 01<br />
Renda<br />
Familar<br />
Perfil de Renda do Estudante Brasileiro (Ensino Superior)<br />
2002 2003 2004<br />
Total% Total% Total%<br />
Até 3 sm 236.570 6,8% 357.880 9,2% 625.800 14,9%<br />
De 3 a 10<br />
sm<br />
De 10 a<br />
20 sm<br />
De 20 a<br />
30 sm<br />
Mais de<br />
30 sm<br />
1.207.210 34,7% 1.470.420 37,8% 1.780.800 42,4%<br />
1.057.620 30,4% 1.030.850 26,5% 966.000 23,0%<br />
744.510 21,4% 544.600 14,0% 420.000 10,0%<br />
201.780 5,8% 424.010 10,9% 369.600 8,8%<br />
NS 31.310 0,9% 62.240 1,6% 37.800 0,9%<br />
Total 3.479.000 100,0% 3.890.000 100,0% 4.200.000 100,0%<br />
Fonte: MEC/Inep e Hoper Educacional,
Quadro 02<br />
Perfil de Renda do Estudante Brasileiro (Ensino Superior)<br />
Ano Base - 2004<br />
Renda Familar Total de<br />
Mensalidade<br />
Alunos%<br />
Possível<br />
Até 3 sm 625.800 14,9% Nada até R$<br />
180,00<br />
De 3 a 10 sm 1.780.800 42,4% De R$180,00<br />
até R$ 450,00<br />
De 10 a 20 sm 966.000 23,0% De R$ 450,00<br />
até R$ 720,00<br />
De 20 a 30 sm 420.000 10,0% De R$ 720,00<br />
até R$ 1.050,00<br />
Mais de 30 sm 369.600 8,8% Acima de R$<br />
1.050,00<br />
NS 37.800 0,9%<br />
Total 4.200.000 100,0%<br />
Fonte: MEC/Inep e Hoper Educacional,
A questão da renda<br />
familiar na expansão do<br />
ensino superior privado<br />
É possível interpretar os números relativos à renda<br />
do estudante brasileiro sob duas ópticas. A primeira,<br />
mais conservadora, que nos mostra a queda no<br />
número de alunos de maior renda, diminuindo as<br />
oportunidades de expansão. A outra, mais<br />
empreendedora, nos mostra o enorme potencial de<br />
mercado para serviços educacionais de preço baixo.<br />
De acordo com as pesquisas da Hoper Educacional,<br />
a demanda de estudantes para a faixa de<br />
mensalidade de R$ 250,00 a R$ 350,00 cresce numa<br />
proporção de 30 a 40% ao ano, dependendo da<br />
região do país.
Outra oportunidade interessante e ainda pouco<br />
explorada é a demanda de pessoas que ainda<br />
não conseguem “consumir” serviços<br />
educacionais no ensino superior. São egressos<br />
do ensino médio sem renda suficiente para<br />
entrar em uma IES privada. Em estudo recente<br />
da Hoper, foi estimada a existência de uma<br />
demanda anual em torno de 500.000 estudantes<br />
(que não chegam ao ensino superior por falta de<br />
renda), mas que poderiam pagar mensalidades<br />
que variam de R$ 80,00 a R$ 160,00. Em parte<br />
este público será absorvido pelo ensino a<br />
distância, mas não na totalidade. Há ainda uma<br />
parcela muito grande da população resistente ao<br />
modelo não-presencial.
Chegou a Era do Ensino<br />
Globalizado<br />
O Brasil entra na “Era do Ensino Globalizado”, a despeito da<br />
falta de incentivo e iniciativa do poder público.<br />
Começou há alguns anos com a iniciativa da Apollo<br />
International, braço internacional da Universidade de Phoenix,<br />
ao adquirir 50% do grupo brasileiro Pitágoras. Inicialmente<br />
tímidos em sua abordagem, o Grupo Pitágoras/Apollo delineou<br />
um modelo educacional estruturado em um sistema de ensino<br />
que deve causar grande impacto no ensino superior brasileiro<br />
nos próximos anos.<br />
Neste mês, a mídia anunciou com destaque a entrada no Brasil<br />
do maior grupo educacional do mundo – a Rede Internacional<br />
de Universidades Laureate, que entra no país através da<br />
aquisição de 51% da Universidade Anhembi Morumbi.
É provável que a entrada da Laureate no Brasil trará<br />
muitas vantagens para todo o setor de ensino<br />
superior e não apenas para a Universidade Anhembi<br />
Morumbi, como seria de se esperar.<br />
A campanha de divulgação da Anhembi/Laureate<br />
aponta para as inúmeras vantagens que seus alunos<br />
e professores poderão obter, entre elas:<br />
O intercâmbio com 20 Universidades em 15<br />
países.<br />
Possibilidade de dupla diplomação.<br />
Programas com reconhecimento internacional.<br />
Intercâmbio acadêmico e cultural.<br />
Desenvolvimento de idiomas e de inserção em<br />
diversas culturas.<br />
Oportunidade de oferta de trabalho e estágios em<br />
outros países.
Acontece que, sob a óptica do marketing, a<br />
Anhembi Morumbi já era uma universidade<br />
com muitos diferenciais competitivos. Agora<br />
então, seus diferenciais tornam-se<br />
praticamente imbatíveis. Considerando ainda<br />
que a Laureate não deva se contentar em ter<br />
apenas 25 mil alunos no Brasil – sua meta<br />
não deve ser inferior a 100 mil alunos – ela<br />
deve procurar atingi-la adquirindo outras IES,<br />
formando um fortíssimo grupo educacional<br />
presente em diversas unidades da federação.
Se isto acontecer, e tenham certeza que vai, o<br />
cenário competitivo do setor irá se alterar<br />
profundamente. Não são apenas os impactuantes<br />
diferenciais de marketing oriundos da condição<br />
internacional da Laureate que estão em jogo. Outros<br />
fatores serão também fundamentais, entre eles:<br />
Gestão profissionalizada e em nível internacional.<br />
Economia de escala.<br />
Força da marca que vem de encontro às<br />
expectativas da juventude brasileira de ser inserida<br />
em um contexto internacional.<br />
Inovações permanentes nos modelos educacionais.
Com tudo isso a força competitiva desse grupo será<br />
enorme. Acontece, porém, que temos outros grandes<br />
grupos educacionais no Brasil, tais como:<br />
Unip/Objetivo, Positivo, Estácio de Sá, Universo<br />
outros. Esses grupos ainda não se mexeram, pois<br />
estavam ocupados colhendo os frutos de uma<br />
década de fartura de demanda. Agora devem<br />
acordar e com certeza farão alguma coisa para<br />
recuperarem o “espaço” perdido.<br />
Uma verdadeira revolução deve ocorrer no ensino<br />
privado brasileiro tanto na competição entre as IES,<br />
como nos aspectos acadêmicos. No cenário<br />
competitivo iremos assistir a muitas fusões,<br />
aquisições e parcerias internacionais, fazendo com<br />
que as pequenas e médias IES passem a ter muita<br />
dificuldade para sobreviverem no mercado.
No cenário acadêmico, finalmente veremos uma busca legítima<br />
por novas metodologias; novos modelos educacionais; controle<br />
de qualidade do processo da aula; fim do monopólio das aulas<br />
expositivas; incentivo à inovação acadêmica; ensino mais<br />
contextualizado; currículos internacionais e inovações de todos<br />
os tipos.<br />
A entrada da Laureate no Brasil irá sacudir o setor de ensino há<br />
muito adormecido. Será uma saudável busca de melhorias e<br />
diferenciais visando um melhor desempenho competitivo. Não<br />
será de se estranhar se o setor privado superar em qualidade,<br />
com larga vantagem, o setor público, que segue estagnado e<br />
mantido em “rédeas curtas” por um corporativismo ideológico<br />
há muito ultrapassado.<br />
Cada vez mais as evidências apontam para as vantagens de<br />
um mercado mais livre e menos regulamentado no setor<br />
educacional. Aos poucos, as IES mais competitivas e que visam<br />
lucro, vão se destacando das demais em termos de qualidade,<br />
com benefícios para todos, principalmente para seus alunos.
Segundo pesquisas da Hoper Educacional,<br />
na realidade das instituições privadas no<br />
Brasil, o que costuma ocorrer com grande<br />
freqüência é o seguinte:<br />
. O aluno novato tem alto grau de satisfação<br />
(em torno de 85% em média);<br />
. O aluno veterano tem grau de satisfação<br />
moderado (60 a 70% em média) e;<br />
. O aluno egresso (ex-aluno) tem grau de<br />
satisfação bem menor (em torno de 50% em<br />
média).<br />
Isto evidencia claramente a dificuldade que<br />
as instituições apresentam em fidelizar seus<br />
clientes.
Para a realização do plano de marketing<br />
interno devemos obter informações<br />
detalhadas sobre os seguintes elementos:<br />
1) Perfil dos atuais clientes<br />
a) Local de residência;<br />
b) Renda familiar;<br />
c) Faixa etária;<br />
d) Colégio de procedência;<br />
e) Motivos da escolha da IES;<br />
f) Grau de satisfação atual;<br />
g) Necessidades, expectativas e desejos;<br />
h) Aspirações futuras.
Avaliação da Estrutura de<br />
Marketing da IES<br />
a) Posicionamento da IES no mercado.<br />
b) Imagem de qualidade percebida.<br />
c) Força e característica da marca.<br />
d) Grau de credibilidade da instituição.<br />
e) Grau de visibilidade e familiaridade da<br />
instituição junto ao seu público-alvo.<br />
f) Share-of-mind da marca.<br />
g) Nível de relacionamento com o cliente.<br />
h) Grau de satisfação do cliente.<br />
i) Sistema de Ombudsman ou Ouvidoria.<br />
j) Sistema de Informação Mercadológica – SIM.
Avaliação da Estrutura de Marketing<br />
da IES<br />
k) Contact Center (equipe treinada, linha 0800 ou<br />
número direto, equipamentos, software, roteiros, próatividade).<br />
l) Estrutura da campanha publicitária para os<br />
processos seletivos.<br />
m) Percentual do faturamento investido em<br />
marketing e comunicação.<br />
n) Verba publicitária<br />
o) Mídias utilizadas e critérios para a escolha das<br />
mídias.<br />
p) Composição da força de vendas<br />
q) Níveis de relacionamento com os prospects.<br />
r) Tipos de ações de relacionamento praticadas.
Avaliação da Estrutura de<br />
Marketing da IES<br />
s) Padronização do uso de imagem e<br />
comunicação visual.<br />
t) Qualidade e perfil dos materiais de divulgação<br />
(folders, portfólio, folhetos, etc)<br />
u) Tipo de Brindes.<br />
v) Existência de Grife.<br />
w) Veículos de comunicação interna e externa<br />
(boletins, jornais, revistas, newsletters, etc).<br />
x) Assessoria de Imprensa.<br />
y) Estrutura do departamento de marketing e<br />
qualificação da sua equipe.
Análise dos Produtos da<br />
Instituição (cursos)<br />
Análise das Condições Internas<br />
a) Resultado financeiro<br />
b) Inadimplência do curso<br />
c) Grau de evasão<br />
d) Diferenciais competitivos tangíveis<br />
e) Qualidade do corpo docente<br />
f) Grau de satisfação dos alunos<br />
g) Sinergia com os demais cursos da IES<br />
h) Características estruturais dos cursos
Análise dos Produtos da<br />
Instituição (cursos)<br />
Análise das condições externas<br />
a) Demanda atual de alunos<br />
b) Tendência da demanda<br />
c) Concorrência<br />
d) Valor da mensalidade em relação à concorrência<br />
e) Condições de Localização e acesso<br />
f) Potencial do mercado de trabalho<br />
g) Grau de empregabilidade do egresso<br />
h) Imagem do curso perante seu público-alvo.
Lançamento de Novos<br />
Produtos (cursos)<br />
O lançamento de novos cursos deve vir em<br />
conseqüência da formulação de estratégias que<br />
apontem para tal necessidade, sendo preciso<br />
responder as seguintes perguntas para avaliar as<br />
reais chances de sucesso do curso:<br />
a) Existe mercado para ele?<br />
b) Qual o tamanho deste mercado?<br />
c) Há segmentações neste mercado?<br />
d) Quais as características básicas que o produto<br />
(curso) deve ter para ser aceito pelo mercado?<br />
e) Em que horário e período do dia/semana deve ser<br />
ministrado?
Lançamento de Novos<br />
Produtos (cursos)<br />
f) Quais os cursos semelhantes existentes na<br />
concorrência?<br />
g) Quais os pontos fortes e fracos dos cursos<br />
concorrentes?<br />
h) Qual deverá ser o preço do curso?<br />
i) Como deverá ser feita a divulgação do curso para<br />
atingir o seu target?<br />
j) Qual o custo desta divulgação?<br />
k) Qual a relação do curso com o foco e o<br />
posicionamento estratégico acadêmico da<br />
instituição?<br />
l) Qual a relação custo/benefício do curso para a<br />
instituição?
EVASÃO NO ENSINO<br />
SUPERIOR<br />
A evasão escolar no ensino superior<br />
brasileiro é um fenômeno grave que<br />
acontece tanto nas instituições públicas<br />
quanto nas privadas e requer medidas<br />
eficazes de combate.
O número de instituições de educação<br />
superior públicas cresceu 14% entre 2003<br />
e junho de 2005, segundo dados do INEP.<br />
Esse aumento é maior do que o do triênio<br />
anterior (no período de 2000 a 2002),<br />
quando as instituições públicas<br />
cresceram 1%. O crescimento global das<br />
instituições de educação superior (IES) no<br />
Brasil foi de 95,7% nos últimos cinco anos<br />
e meio, sendo que nos últimos dois anos<br />
e meio o ritmo de expansão desacelerou:<br />
entre 2000 e 2002, foi de 38,7% e, entre<br />
2003 e junho de 2005, de 24,2%.
Evasão não escolhe<br />
universidade<br />
A escolha precipitada de um curso, assim como a<br />
pressão dos pais, pode levar muitos jovens a<br />
entrarem em uma faculdade, muitas vezes<br />
concorrida, para abandoná-la logo depois. Prova<br />
disto são os índices de evasão das universidades. A<br />
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), por<br />
exemplo, registrou em 2004 uma evasão de 5,37%<br />
do seu total de alunos matriculados.<br />
De acordo com dados divulgados pela universidade,<br />
que tem um dos mais baixos índices de evasão do<br />
mundo, há dois anos, 814 dos 15.164 estudantes<br />
matriculados abriram mão de suas vagas.
Faculdades fazem<br />
"liquidação"para conseguir mais<br />
alunos<br />
As instituições particulares estão dando descontos que podem<br />
chegar a até 100%: quem traz dez amigos para estudar não<br />
paga mensalidade<br />
Com quase 50% das vagas não preenchidas no ensino superior<br />
privado, universidades e faculdades oferecem todo tipo de<br />
descontos em mensalidades para conseguir mais alunos. O<br />
benefício não é dado apenas aos que comprovam carência.<br />
Quem traz um amigo para estudar na instituição ganha 10%,<br />
dois amigos, 20%, dez amigos, 100%. A transferência de uma<br />
universidade para outra também é premiada. E é difícil<br />
encontrar instituição particular que não tenha convênios com<br />
sindicatos, associações ou empresas. Basta o estudante estar<br />
ligado a uma entidade parceira para pagar menos.
As instituições no ensino superior privado<br />
brasileiro cresceu 182% entre 1994 e 2004,<br />
segundo os números mais recentes do<br />
Ministério da Educação (MEC), atualmente elas<br />
somam 1.789 no País. Elas oferecem, por ano,<br />
mais de 2 milhões de vagas nos vestibulares e<br />
apenas 1 milhão de alunos ingressam nas<br />
instituições.<br />
<br />
Na Universidade São Marcos foram criadas as<br />
figuras do "padrinho" e do "afilhado". Já são<br />
cerca de 600 padrinhos, ou seja, alunos que<br />
trouxeram amigos para estudar na instituição.<br />
Eles podem retirar material de divulgação da<br />
escola e ganham descontos proporcionais ao<br />
número de novos estudantes que indicam.
Na Faculdade Anglo Latino, 50% dos mil<br />
alunos recebem algum desconto. A instituição,<br />
que oferece apenas cursos noturnos para um<br />
público essencialmente de baixa renda, tem<br />
convênios com 120 associações, sindicatos e<br />
empresas. "Os alunos não podem pagar a<br />
mensalidade inteira e a faculdade não<br />
sobrevive se não der descontos", diz a<br />
relações públicas da faculdade.<br />
A média do valor das mensalidades no País é<br />
de R$ 425, mas o custo de cada curso é<br />
diferente por causa da necessidade ou não de<br />
laboratórios, existência de hospital escola,<br />
necessidade ou de haver pesquisa e pósgraduação.
O CASO CAMPINAS<br />
O número de cursos de graduação em Campinas cresceu<br />
188,45% nos últimos 11 anos. Até 1994, a cidade tinha três<br />
instituições de ensino superior (IESs), que ofereciam 78 cursos.<br />
Em 2005, as 17 universidades, faculdades e centros<br />
universitários disponibilizam 225 cursos. A expansão ocorreu,<br />
principalmente, na rede privada, já que a cidade abriga apenas<br />
um estabelecimento público - a Universidade Estadual de<br />
Campinas (Unicamp). Em seu primeiro vestibular isolado, em<br />
1987, a Unicamp ofereceu 30 cursos, com 1.380 vagas. Em<br />
1994, aumentou a sua oferta: 1.990 vagas distribuídas em 44<br />
cursos. Hoje, tem 58 cursos que oferecem 2.830 vagas. O<br />
boom dos cursos de graduação deve continuar, segundo as<br />
IESs. Algumas delas registram vagas ociosas.<br />
EM 2005, as 17 instituições abriram em seus processos<br />
seletivos 32.717 vagas. Esta quantidade é 39,4% maior do que<br />
o número de pessoas que conseguiram emprego em 2004 na<br />
cidade, de acordo com a Associação Comercial e Industrial de<br />
Campinas (Acic).
Causas da evasão tratadas<br />
na literatura<br />
1.1 Evasão e repetência<br />
1.2 Evasão e orientação orienta ão vocacional/profissional<br />
1.3 Evasão e mudança mudan a de curso<br />
1.4 Evasão e (des ( des)prest )prestígio gio da profissão<br />
1.5 Evasão e horário hor rio de trabalho<br />
1.6 Evasão e (des ( des)motiva )motivação ão
Descrição dos fatores<br />
relevantes da repetência<br />
e da evasão<br />
Informações obtidas nas<br />
entrevistas com os dirigentes das<br />
IES ;<br />
Causas da evasão na visão do<br />
aluno ;
Informações obtidas nas entrevistas<br />
com os dirigentes das IES :<br />
1.1 Falta de orientação orienta ão vocacional/profissional e<br />
desconhecimento da metodologia do curso<br />
1.2 Deficiência da Educação Educa ão Básica B sica<br />
1.3 Busca de herança heran a profissional<br />
1.4 Mudança Mudan a de endereço endere o<br />
1.5 Problemas financeiros<br />
1.6 Horário Hor rio de trabalho incompatível incompat vel com o de<br />
estudos<br />
1.7 Ocasionada pela concorrência entre as IES<br />
privadas
Causas da evasão na visão do<br />
aluno:<br />
1.1 Falta de orientação orienta ão vocacional e imaturidade<br />
1.2 Reprovações Reprova ões sucessivas<br />
1.3 Problemas financeiros<br />
1.4 Falta de perspectiva de trabalho<br />
1.5 Ausência de laços la os afetivos na universidade<br />
1.6 Busca de herança heran a profissional<br />
1.7 Por falta de um referencial na família fam lia<br />
1.8 Entrar na faculdade por imposição imposi ão<br />
1.9 Casamentos não planejados / nascimento de<br />
filhos
PROGRAMAS PARA REDUZIR<br />
A EVASÃO<br />
O programa mais utilizado segundo<br />
pesquisa, visa flexibilizar os currículos na<br />
busca da interdisciplinaridade, para que o<br />
curso se torne mais atraente e para que a<br />
individualidade do aluno seja respeitada.
As ações a ões buscam a maior integração integra ão do<br />
estudante na universidade, de tal forma que<br />
ele se sinta parte integrante do processo e<br />
fique mais comprometido com a instituição institui ão e<br />
com o curso. Confirma que o educando faz<br />
escolha precoce da profissão e que a<br />
universidade deve ajudá-lo ajud lo a organizar seus<br />
estudos e a não abandonar o curso.
A evasão ocasiona perda significativa à receita das<br />
IES privadas que têm a maioria das turmas repletas<br />
no primeiro semestre e a partir do segundo ficam<br />
cada vez mais vazias. Na busca de solução desse<br />
problema, procuram receber alunos transferidos de<br />
outras instituições; oferecer grande número de vagas<br />
iniciais e formar classes com mais de cinqüenta (50)<br />
alunos e, no final do curso, fazer a junção de turmas.<br />
Outros recursos que se tem laçado mão são os da<br />
concorrência entre as IES por meio da redução das<br />
mensalidades; das campanhas publicitárias ao longo<br />
do ano; menores exigências nas provas de seleção;<br />
da criação de escolas próximas à residência ou ao<br />
trabalho dos alunos e, algumas, investem na<br />
qualidade do ensino.
ENDOMARKETING<br />
Muito do que é utilizado pelas instituições institui ões de<br />
ensino no mercado externo, pode e deve ser<br />
aplicado no ambiente interno, por meio de<br />
uma adaptação adapta ão estratégica. estrat gica.<br />
Integrar a Instituição Institui ão de Ensino com seus<br />
colaboradores é tão importante quanto<br />
integrá-la integr la com seus clientes/alunos.<br />
Colaboradores conscientes de sua<br />
importância na Instituição Institui ão é um forte aliado<br />
para o alcance do sucesso.
O Marketing<br />
PLANEJAMENTO DE MARKETING<br />
DIAGNÓSTICO (QUEM)<br />
ESTRATÉGIA (O QUE)<br />
TÁTICA (COMO)
Diagnóstico de Marketing<br />
Diagnóstico<br />
ANÁLISE DO SISTEMA CORPORATIVO<br />
EMPRESA • AMBIENTE INTERNO<br />
ANÁLISE DO AMBIENTE EXTERNO<br />
MICROAMBIENTE • MACROAMBIENTE<br />
ANÁLISE DAS AMEAÇAS E OPORTUNIDADES
Diagnóstico de Marketing<br />
Análise do Sistema Corporativo<br />
EMPRESA<br />
HISTÓRICO<br />
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL<br />
OBJETIVOS PESSOAIS DOS ACIONISTAS<br />
MISSÃO DO NEGÓCIO
Diagnóstico de Marketing<br />
Análise do Sistema Corporativo<br />
AMBIENTE INTERNO<br />
PRODUTO<br />
PREÇO<br />
PROMOÇÃO<br />
PONTO-DE-VENDA<br />
PESSOAL
Diagnóstico de Marketing<br />
Níveis do Produto<br />
AMPLIADO<br />
TANGÍVEL<br />
NÚCLEO
Diagnóstico de Marketing<br />
Análise do Ambiente Externo<br />
FORÇAS MICROAMBIENTAIS<br />
MERCADO<br />
CLIENTES<br />
CONCORRENTES<br />
INTERMEDIÁRIOS<br />
FORNECEDORES
Diagnóstico de Marketing<br />
Análise do Ambiente Externo<br />
FORÇAS MACROAMBIENTAIS<br />
DEMOGRÁFICAS<br />
ECONÔMICAS<br />
TECNOLÓGICAS<br />
AMBIENTAIS<br />
POLÍTICO-LEGAIS<br />
SÓCIO-CULTURAIS
Diagnóstico de Marketing<br />
Análise das Ameaças e Oportunidades<br />
AMEAÇAS<br />
RELEVÂNCIA X PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA<br />
OPORTUNIDADES<br />
ATRAÇÃO X PROBABILIDADE DE SUCESSO
Estratégia e Tática<br />
ESTRATÉGIA<br />
Marketing<br />
SEGMENTAÇÃO • FOCO • DIFERENCIAÇÃO<br />
TÁTICA<br />
AÇÕES JUNTO AO MIX DE MARKETING (4 P)
Marketing Educacional<br />
<strong>Ralf</strong> Luiz <strong>Collete</strong>, é consultor na área de Comportamento do Consumidor, economista<br />
com Pós-Graduação em Estatística, Psicologia do Consumidor, Administração e<br />
Gerência, Marketing e Propaganda.<br />
Professor convidado em diversas instituições de ensino no Brasil, em curso de<br />
Graduação, Pós-Graduação e MBA.<br />
Com diversos Cursos na área de Comportamento, Psicologia e Marketing em países<br />
como: Itália (IUAV – Instituti Universitário di Architettura di Venezia; na Domus BBJ<br />
Design, Architetura di Milano); Espanha (Universidade de Valência); França<br />
(Université Nice Sophia Antipolis); Turquia (IORUM – Design, Marketing); Alemanha,<br />
Portugal, Costa Rica, USA e Argentina.<br />
Sua formação profissional esta baseada em empresas multinacionais, de origem<br />
Alemã (Grupo Hettich); Italiana (Ferrari); Alemã e Americana (Grupo Euro),<br />
Portuguesa (Grupo SONAE) e Espanhola (Grupo Patrício Hecheverria).<br />
Tem prestado consultoria para empresas como Shopping Centers, Hotéis,<br />
Automobilística, Moda e Designer, entre outras. Suas principais área de atuação é:<br />
Pesquisa de Mercado e Marketing – Estratégias de Segmentação; Posicionamento;<br />
Marketing Internacional (New Product Development); Comportamento, Atitude e<br />
Conceito de Consumidor.
Marketing Educacional