SOBRE A HISTÓRIA DO PROFESSOR LEIGO DO ... - Uninove
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mexicana – das Escolas Normais Rurais. O Paraná necessitava de alguma iniciativa<br />
urgente por causa da afluência de numerosa população imigrante, sem dizer que o<br />
Paraná Tradicional sofrera de longe com fraca infra-estrutura também no campo<br />
educacional. Na democratização pós-Vargas, o eleito Governador Moysés Lupion fez<br />
organizar levantamentos e, a seguir, através do entusiasmo do pedagogo Erasmo Pilotto,<br />
levou adiante os Cursos Normais Regionais. Acelerava-se a construção de grandes e<br />
pequenas escolas, bem como se cuidava da aceleração da formação de professores,<br />
recrutando-os entre pessoas que apenas contavam no seu currículo com o nível primário<br />
completo, ou até apenas com o atestado de terceiro ano. E se procurava dar a formação<br />
pedagógica, sobretudo, aos professores (em serviço) leigos. O plano pretendia enfrentar<br />
a pobreza nas matrículas e a evasão escolar, pois até 1950 o Paraná não via concluírem<br />
o primário nem um décimo (10%) dos matriculados. Também uma batalha a travar, aqui<br />
como noutras partes do Brasil, era para superar o número estatístico dos que<br />
freqüentavam, mas não se matriculavam – o trabalho das crianças com a semeadura e a<br />
colheita requeria temporadas fora da escola.<br />
Um fato verificado foi este: os Cursos, 117 no Paraná em 1960, não haviam<br />
capacitado e titulado a todos os leigos ao longo de quinze anos de intensa atividade. Não<br />
por isso, mas por causa do novo entusiasmo pela modernização e industrialização no<br />
período ditatorial militar, sucedeu a extinção dos Cursos Normais Regionais em 1965.<br />
O Governo Central (a União) se dispôs a acelerar os processos em favor da<br />
industrialização objetivada, já que problemas vários eram apontados desde a década de<br />
40. Após a promulgação de Leis Orgânicas (1942 e 1943) referentes a ensino industrial,<br />
secundário e comercial, foram editadas Leis Orgânicas sobre ensino primário e normal<br />
(1946), respectivamente; com graves propostas para o âmbito nacional. As últimas, as<br />
do primário e do normal, se voltavam para os vários Estados (Romanelli, p. 163). No<br />
Paraná, Pilotto mordeu o problema, ou melhor, esteve atento à realidade do seu Estado,<br />
bem como Lupion. Era, no entanto, o Estado que mais contava com professores leigos<br />
na Região Sul: Em 1987, dos 70.221, o total de docentes leigos, 8.079 eram do Paraná.<br />
E Pilotto tinha consciência de que não haveria de fazer progressos imediatos: não<br />
prometeu inutilmente, comprometeu diretamente o Estado, sabedor das dificuldades dos