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CÂMARA MUNICIPAL DA MOITA

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<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Aos treze dias do mês de Agosto do ano dois mil e oito, nesta Vila da Moita, na Sala de Reuniões do<br />

Edifício Sede do Município, pelas quinze horas, reuniu a Câmara Municipal da Moita sob a Presidência<br />

do Sr. Presidente João Manuel de Jesus Lobo, e dos Srs. Vereadores Vitor Manuel Rodrigues Cabral,<br />

Carlos Alberto Picanço dos Santos, José Gomes Damásio Guerra, Miguel Francisco Amoêdo Canudo,<br />

Vivina Maria Semedo Nunes e Luís Fernando Vaz do Nascimento.<br />

De referir as ausências do Sr. Vice-Presidente Rui Manuel Marques Garcia e do Sr. Vereador Joaquim<br />

Inácio Raminhos Cabaça, cujas faltas foram consideradas justificadas em virtude de se encontrarem de<br />

férias.<br />

Declarada aberta a reunião pelo Sr. Presidente, foram discutidos os pontos infra indicados de acordo com<br />

a Ordem do Dia, previamente distribuída por todos os membros.<br />

Propostas:<br />

1. CEDÊNCIA EM DIREITO DE SUPERFÍCIE À SANTA CASA <strong>DA</strong> MISERICÓRDIA DE ALHOS VEDROS<br />

- PARCELA DE TERRENO SITA NA FREGUESIA DE ALHOS VEDROS - ………………………………..………………… 4<br />

2. PROCESSO DISCIPLINAR INSTAURADO A VITOR MANUEL <strong>DA</strong> COSTA PALMEIRA, CALCETEIRO <strong>DA</strong> <strong>CÂMARA</strong><br />

<strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong>, POR DESPACHO DO SENHOR PRESIDENTE <strong>DA</strong> <strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> DE 15/05/2008 …... 6<br />

3. 3ª ALTERAÇÃO AO ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO …………………………………………………….. 6<br />

4. PASSAGEM DESNIVELA<strong>DA</strong> DE ALHOS VEDROS – EXPROPRIAÇÃO DE PARCELA DE TERRENO DE PRÉDIO<br />

RÚSTICO ........................................................................................................................................................................................... 7<br />

5. CONCURSO PÚBLICO “CONCESSÃO <strong>DA</strong> EXPLORAÇÃO EM REGIME DE EXCLUSIVO DO BAR <strong>DA</strong> PISCINA<br />

<strong>MUNICIPAL</strong>” ................................................................................................................................................................................... 10<br />

6. PEDIDO DE LICENCIAMENTO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO COM OBRAS DE URBANIZAÇÃO – P.U. 1/2008<br />

- REQUER: J.M. DUARTE, L<strong>DA</strong><br />

- LOCAL: BAIXA <strong>DA</strong> SERRA, BAIXA <strong>DA</strong> BANHEIRA ……………….…............................................................................... 10<br />

PERÍODO ANTERIOR À ORDEM DO DIA<br />

O Senhor Presidente apresentou ainda para conhecimento:<br />

REUNIÃO ORDINÁRIA<br />

IX MAN<strong>DA</strong>TO<br />

Acta N.º20 de 13/08/08<br />

13.08.08 1


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

- A Associação Nacional de Municípios Portugueses remeteu exemplares do Boletim nº171, referente ao<br />

mês de Julho;<br />

- A AIA – Associação Intermunicipal de Água da Região de Setúbal remeteu as Grandes Opções do Plano<br />

e Orçamento para 2008;<br />

- A Câmara Municipal da Moita remeteu Relatório de Avaliação da II Feira das Capacidades 2008;<br />

- A posição actual do Orçamento da Receita do presente ano, o resumo da posição do Orçamento da<br />

Despesa por classificação económica assim como o Resumo Diário da Tesouraria, desta Câmara.<br />

- Informou que não foi entregue a relação dos actos praticados no uso da delegação e subdelegação de<br />

competências, neste período, mas que a mesma será entregue na próxima reunião.<br />

Seguidamente o Sr. Presidente deu a palavra aos Srs Vereadores para colocarem as questões que<br />

considerassem pertinentes no período antes da Ordem do Dia.<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Relativamente à análise das águas do Rosário disse ter visto afixado um<br />

placard na praia com as últimas análises e que informam que as águas estão impróprias para banhos,<br />

querendo saber se já existem análises mais recentes e se não deveria ser feito outro tipo de aviso à<br />

população, nomeadamente a afixação de placards de aviso na praia.<br />

Pergunta se já foi feita comunicação às pessoas que irão ser homenageadas em Setembro uma vez que<br />

publicamente já saiu no site da Câmara que vai ser homenageado o Edivaldo Monteiro mas relativamente<br />

aos outros não existe ainda informação pública.<br />

Relativamente à colocação de pilaretes diz ter reparado que em Alhos Vedros foram colocados em alguns<br />

sítios, nalgumas situações percebe a sua colocação nomeadamente junto ao poço, aproveitando para<br />

perguntar se aquela zona não vai ter alteração de espaço, ou seja, novo desenho por causa da estação,<br />

mais perguntou o porquê de na Avª da Bela Rosa, frente a um estabelecimento comercial, existirem os<br />

ditos pilaretes e se os mesmos foram a pedido do proprietário da loja ou se qualquer pessoa pode pedir,<br />

questionando como funciona esta situação?<br />

Perguntou em que situação se encontrava as obras do Rosário, que foram amplamente anunciadas que<br />

começariam em Julho, nomeadamente a ciclovia e o pontão?<br />

Relativamente ao Relatório do IGAL perguntou quando termina a confidencialidade e se a Câmara já deu<br />

a resposta ao relatório pedindo para ter conhecimento da mesma.<br />

Sobre o PDM queria saber como estava a situação e se já foi enviado para Diário da República.<br />

Pediu a listagem, porque quer ter conhecimento oficial, dos pagamentos efectuados das dívidas com o<br />

empréstimo aprovado.<br />

Perguntou qual o ponto da situação do terreno para a igreja da Fonte da Prata.<br />

Como o Partido Socialista e a Juventude Socialista vão precisar de um pavilhão de 6 x 3 metros para as<br />

Festas da Moita pergunta como se pode fazer o pedido se é através da Câmara ou é necessário pedir à<br />

Comissão de Festas?<br />

Sr. Vereador Luís Nascimento – Perguntou se já saiu em Diário da República a consulta sobre o PDM.<br />

Relativamente ao Relatório da IGAL perguntou pela resposta da Câmara e reforçou o pedido de consulta<br />

da mesma.<br />

Sr. Vereador Miguel Canudo – Esclareceu em relação às obras do Rosário que a ciclovia começou logo<br />

na quinta –feira a seguir à reunião pública e prevê-se que estejam concluídas no final de Agosto, quanto<br />

ao pontão prevê-se a sua instalação em Setembro.<br />

Quanto aos pilaretes qualquer comerciante, industrial, desde que os compre, a Câmara coloca de acordo<br />

com o solicitado, a Câmara não tem por hábito colocar pilaretes em tudo o que é sítio, são colocados em<br />

zonas prioritárias.<br />

13.08.08 2


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Sr. Vereador Carlos Santos – Esclareceu a questão das águas da Praia do Rosário dizendo que todos os<br />

anos a Direcção Regional do Ambiente e a Administração Regional de Saúde fazem apreciação às águas e<br />

que a Autarquia faz análise às águas de quinze em quinze dias e afixam, existindo três designações para a<br />

qualidade da água que são “boa”, “imprópria” ou “com qualidade apreciável” e esta apreciação é enviada<br />

às entidades, há duas semanas a água não estava de boa qualidade mas não existe necessidade de se fazer<br />

alarmismo com isto porque provavelmente as que foram feitas agora já demonstram uma situação<br />

normalizada.<br />

Sr. Presidente – Disse que a cerimónia da entrega das medalhas terá início às dez horas e que foi feito<br />

comunicado a todos os homenageados por escrito. Em relação aos pilaretes junto ao Paço Mouro foram<br />

colocados porque havia automóveis junto ao local, quanto à intervenção que vai ser feita houve uma<br />

reunião com o responsável da REFER em que ficou acordado uma nova reunião com toda a equipa<br />

técnica onde seriam limadas algumas arestas, salientando que a intervenção no local não vai ter<br />

interferência com o Poço Mouro.<br />

Quanto ao pontão no Gaio disse que na altura que foi feita a visita à Freguesia, mesmo no local, foi<br />

esclarecido o que se passava com o mesmo mas acrescenta que estava previsto ter sido começado e<br />

acabado em Julho mas o senhor que irá colocar a estacaria teve um problema de saúde o que levou ao<br />

atraso de todo o processo e só em Setembro é que se consegue ter o pontão pronto.<br />

Quanto ao Relatório da IGAL, à sua confidencialidade e à resposta da Câmara disse que já foi respondido<br />

e que vem a conhecimento da Câmara na próxima reunião e a respeito da confidencialidade acrescentou<br />

que a leitura que é feita é após o encerramento do processo, com as decisões da IGAL a confidencialidade<br />

termina.<br />

Em relação ao Plano Director Municipal logo no dia seguinte foi desenvolvido o procedimento para a<br />

publicação em Diário da República e após publicação começará a contar os prazos definidos.<br />

Quanto aos pagamentos das dívidas existe um relatório em que toda a estrutura do empréstimo obriga a<br />

que o mesmo venha a reunião de Câmara e claro que virá muito brevemente, mas acrescenta que a<br />

generalidade das facturas foram já todas pagas.<br />

Em relação ao terreno para a igreja da Fonte da Prata como de momento não possui informação sobre o<br />

assunto tomará nota para posterior informação.<br />

Acerca dos pedidos de pavilhões, os mesmos são feitos à Comissão de Festas.<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Disse estar a decorrer um inquérito telefónico à população, perguntando se<br />

foi a Câmara que o encomendou.<br />

Sr. Presidente da Câmara – Esclareceu que a Câmara bienalmente faz inquéritos acerca do Boletim e da<br />

Maré Cheia e quanto à satisfação em relação aos serviços e à resposta que os mesmos dão, estando em<br />

curso um inquérito para recolher e redireccionar algumas intervenções.<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Pediu então para ter acesso aos relatórios dos outros inquéritos que a Câmara<br />

efectuou e pagou, perguntando de seguida se é crível que neste questionário se refira nomes de pessoas<br />

que até nem fazem parte do executivo camarário, acrescentando que no que está a ser feito à população se<br />

está a perguntar sobre a Drª Eurídice Pereira e outros, perguntando a propósito do quê e dizendo que além<br />

do relatório quer ter conhecimento por escrito das perguntas que estão a ser feitas aos munícipes porque<br />

as acha de muito mau tom deixando o seu reparo e o seu desagrado perante as mesmas.<br />

Sr. Presidente – Disse que o inquérito que está a ser feito ao nível daquilo que são as explicações do<br />

sentimento em relação à Câmara não toca esses assuntos, mas a câmara não consegue controlar quem faz<br />

perguntas pelo telefone e aproxima-se 2009 e ano de eleições e já nos anos transactos essas situações<br />

aconteceram, e em relação ao pedido feito sobre este assunto esclarece que o mesmo tem que ser feito por<br />

escrito.<br />

13.08.08 3


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Sr. Vereador José Guerra – Para ficar esclarecido sobre o assunto do inquérito perguntou se o<br />

questionário foi feito pela Câmara e se a empresa que está a trabalhar no inquérito faz as questões que a<br />

Câmara coloca? Mais perguntou qual a empresa que está a efectuar o dito questionário?<br />

Sr. Presidente – Disse não se lembrar do nome da empresa no momento mas que poderá fornecer mais<br />

tarde, mas esclarece que as perguntas que são feitas são a nível da recolha de resíduos sólidos, da higiene<br />

pública, sobre as carências no Concelho e o que haveria de ser feito, é portanto um processo normal.<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Disse ter chegado ao seu e-mail uma exposição relativamente a um desagrado<br />

por parte de barulhos feitos por uma Colectividade, tendo já sido apresentado queixa à Câmara e à GNR e<br />

não tendo sido obtida resposta, deixando esta mesma reclamação contra o Núcleo de Cicloturismo<br />

Moitense para ser analisado.<br />

Não havendo mais intervenções passou-se de seguida ao período da ordem do dia.<br />

PERÍODO <strong>DA</strong> ORDEM DO DIA<br />

O Sr. Presidente apresentou a proposta abaixo transcrita.<br />

1. CEDÊNCIA EM DIREITO DE SUPERFÍCIE À SANTA CASA <strong>DA</strong> MISERICÓRDIA DE ALHOS<br />

VEDROS<br />

- PARCELA DE TERRENO SITA NA FREGUESIA DE ALHOS VEDROS -<br />

“A Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros desenvolve diversas actividades sendo as de cariz social<br />

as que mais dificuldades oferecem pela sua especificidade, junto dos beneficiários das mesmas.<br />

Solicita a Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros a esta Câmara Municipal, a cedência de um<br />

espaço destinado à construção de uma “Unidade de Cuidados Continuados Integrados”, no âmbito da<br />

Rede Nacional de Cuidados Continuados, designado por Programa Modelar, dada a carência deste tipo de<br />

equipamento na área do Município da Moita, pelo que foi feito o levantamento de terrenos do domínio<br />

privado municipal, com características para o fim em vista.<br />

Atendendo à pretensão dos responsáveis da instituição, e dado o interesse municipal no referido<br />

equipamento, e bem assim dos procedimentos adoptados pelo Município da Moita, no que respeita a<br />

situações de idêntica natureza, propõe-se:<br />

- Que ao abrigo do estabelecido na alª a), do nº1, do art. 29º do Decreto-Lei nº794/76 (Lei dos Solos),<br />

e dos artºs 64º, nº4, alª a), com referência à alª b) da Lei nº169/99, de 18 de Setembro, a Câmara<br />

Municipal delibere ceder em regime de direito de superfície à Santa Casa da Misericórdia de<br />

Alhos Vedros, nos termos da minuta anexa, uma parcela de terreno, devidamente identificada na<br />

planta em anexo, com área de 7.500,00 m2, sita no Bairro Gouveia, Freguesia de Alhos Vedros,<br />

que passa a confrontar do Norte com Rua José Régio, do Sul e Poente com domínio público<br />

municipal e do Nascente com domínio privado municipal, destinada à construção de uma<br />

“Unidade de Cuidados Continuados Integrados”, no âmbito da Rede Nacional de Cuidados<br />

Continuados, designado por Programa Modelar, e à qual é atribuído o valor de 375.000,00, a<br />

destacar do prédio integrado no domínio privado municipal, descrito na Conservatória do Registo<br />

Predial da Moita sob o nº00411/060187 – Alhos Vedros e inscrito na matriz predial urbana sob o<br />

art. 5153, Freguesia de Alhos Vedros.”<br />

13.08.08 4


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Foi a proposta colocada à discussão com as seguintes intervenções:<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Disse que há uns tempos atrás veio a reunião de Câmara uma proposta de<br />

cedência de equipamento, nomeadamente a actual Praça de Alhos Vedros para passar a instalações da<br />

Santa Casa da Misericórdia, isto porque as instalações próprias, ou seja, o edifício do antigo hospital ia<br />

ser cedido, ou alugado por uma Cooperativa para construção de uma escola privada, em face disto diz não<br />

ver muita lógica que a Santa Casa da Misericórdia ceda as suas instalações e em via disso vá receber uma<br />

renda e depois venha pedir à Câmara Municipal para ceder terreno para uma construção para a mesma<br />

Santa Casa instalar o que entenda, pensando que o mais lógico seria que o actual edifício do antigo<br />

hospital fosse recuperado para instalação desta utilização. Mais acrescentou que formalmente pode estar<br />

tudo muito correcto mas em consciência esta situação levanta algumas dúvidas, não lhe parecendo lógica<br />

esta sequência, ou seja a Santa Casa cede instalações suas a troco de uma renda e depois a Câmara cede<br />

terrenos para instalações de novos serviços.<br />

Sr. Vereador Luís Nascimento – Disse que o normal quando se faz cedências a colectividades é que o<br />

edifício tem que estar concluído no prazo de dois anos parecendo-lhe relativamente curto, (tendo sido<br />

esclarecido que o prazo é de cinco anos), também acrescentou que não está muito de acordo com a<br />

cláusula quatro c) que prevê a transmissão do direito de superfície, apesar de fazer depende-lo da Câmara<br />

Municipal não concorda porque para si não haveria transmissão do direito de superfície mas se a Santa<br />

Casa da Misericórdia precisa do terreno para fazer o seu hospital de retaguarda e se o fizer, e for bom,<br />

tanto melhor para o Concelho.<br />

Sr. Vereador Carlos Santos – Esclareceu que o que se está a discutir é que, existe uma Instituição neste<br />

Concelho que faz parte das trinta e seis Misericórdias deste País e que tem mais de quinhentos anos e tem<br />

um grande trabalho ao nível da infância e dos idosos e que ao nível da União das Misericórdias foi dito<br />

para se fazer uma pré-candidatura porque na rede de Cuidados Continuados existe hipótese de haver dois<br />

ou três equipamentos no Distrito, naturalmente já foram avaliadas as instalações do antigo hospital, mas<br />

as coisas tem um custo e um benefício e com as regras que existem hoje é muito caro adaptar e por isso é<br />

que não há quase nenhum projecto dos Cuidados Continuados que seja para adaptar instalaçõs, só se<br />

foram recentes e tiverem as áreas que a legislação recomenda, as larguras dos corredores etc. e portanto<br />

foi tudo avaliado, ou seja enquanto pertencente aos órgãos sociais e com o conhecimento que tem do<br />

assunto esclarece que a pré-candidatura tem que ser feita com o apoio da União das Misericórdias que vai<br />

concorrer com outras misericórdias, naturalmente se a proposta for recusada ao nível da construção então<br />

não vai ter sequência em termos de transferência de terrenos para a Misericórdia, resumindo a Câmara<br />

está a viabilizar uma Instituição de poder fazer esta candidatura.<br />

Sr. Presidente – Esclareceu que o hospital antigo é fácil de adaptar para uma escola, para Cuidados<br />

Continuados é muito difícil e em relação à questão colocada pelo Sr. Vereador José Guerra disse que a<br />

informação que tem, dada verbalmente pelo Provedor, é que o processo da Escola Profissional parece<br />

estar com dificuldades e em face disso enquanto não haver algum sinal positivo a escritura não será<br />

efectuada.<br />

Em relação à questão sobre a cedência do terreno para a igreja da Fonte da Prata disse que a diferença que<br />

existia tinha a ver com o episcopado e era em relação ao direito de superfície e ao prazo da construção,<br />

uma vez que existem regras, que são normais, e que não tem sido aceites pelo episcopado mas no Vale da<br />

Amoreira aceitaram e o terreno foi cedido, dando de seguida alguns exemplos de terrenos que foram<br />

cedidos a colectividades e como funcionou todo o processo.<br />

Sr. Vereador Cabral – Em relação ao mesmo terreno disse que já mais que uma vez, em reunião de<br />

Câmara, lembrou o Sr. Presidente que a prática de outras câmaras municipais na questão dos protocolos<br />

com as cedências é muito mais simples até porque existe quase uma certeza que vai ser construído,<br />

portanto não seria necessário tantas clausulas, mas se a Câmara assim o entende tudo bem, pensando que<br />

deve haver uma maior maleabilidade pelo fim a que se destina, ou seja a Misericórdia está a apresentar<br />

uma candidatura com um fim específico como também a igreja pede um terreno com um determinado<br />

fim.<br />

13.08.08 5


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Foi a proposta submetida a votação tendo sido aprovada por unanimidade, sem que tenha votado o Sr.<br />

Vereador Carlos Santos por pertencer aos Órgãos Sociais da Santa Casa da Misericórdia, a mesma<br />

aprovação foi condicionada à verificação de carência de aprovação pela Assembleia Municipal.<br />

O Sr. Presidente apresentou a proposta abaixo transcrita, tendo informado que o método de votação terá<br />

de ser por escrutínio secreto.<br />

2. PROCESSO DISCIPLINAR INSTAURADO A VITOR MANUEL <strong>DA</strong> COSTA PALMEIRA,<br />

CALCETEIRO <strong>DA</strong> <strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong>, POR DESPACHO DO SENHOR<br />

PRESIDENTE <strong>DA</strong> <strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> DE 15/05/2008<br />

“Ao abrigo, nos termos e para os efeitos dos arts. 66º e 67º do Estatuto Disciplinar aprovado pelo<br />

Decreto-Lei nº24/84, de 16 de Janeiro, nos termos e com os fundamentos constantes do Relatório Final do<br />

processo disciplinar que aqui se dá por reproduzido e desta proposta fica a fazer parte integrante, atento o<br />

disposto nos arts. 22º a 28º, e ao abrigo e nos termos do art. 11º, nº1, alínea d), do art. 12º, nº5, todos do<br />

Estatuto Disciplinar, proponho que ao arguido Vítor Manuel da Costa Palmeira, calceteiro desta Câmara<br />

Municipal, seja aplicada, por atenuação extraordinária ao abrigo do art. 30º do mesmo Estatuto, a pena de<br />

inactividade por 1 ano.<br />

Mais proponho nos termos e com os fundamentos do referido Relatório Final, e ao abrigo do art. 33º do<br />

Estatuto Disciplinar, a suspensão da pena pelo período de 2 anos.”<br />

Foi a proposta colocada à discussão e não havendo intervenções procedeu-se à votação tendo a mesma<br />

sido aprovada por maioria com quatro votos a favor e três em branco, em escrutínio secreto.<br />

O Sr. Presidente apresentou e explicou as propostas abaixo transcritas:<br />

3. 3ª ALTERAÇÃO AO ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO<br />

“A 3ª alteração ao Orçamento e Grandes Opções do Plano de 2008 é justificada, em primeiro lugar, pelo<br />

compromisso que é necessário assumir com o processo de expropriação da parcela de terreno relativa à<br />

obra da passagem desnivelada de Alhos Vedros, e que, com base no mesmo, será necessário garantir,<br />

desde já, a cobertura orçamental para uma importância de 7.975,80.<br />

Assim, aproveitando o facto de alterar os documentos previsionais e após a análise da execução<br />

orçamental do 1º semestre, justifica-se proceder ao ajustamento das dotações de algumas rubricas, com<br />

contrapartidas orçamentais provenientes de outras rubricas com dotação excessiva face às necessidades<br />

projectadas para o 2º semestre.<br />

Nestes termos, propõe-se a aprovação da alteração ao orçamento nos termos dos documentos em anexo,<br />

na importância total de 328.285,00 euros.”<br />

13.08.08 6


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Foi a proposta colocada à discussão com as seguintes intervenções:<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Perguntou relativamente à questão das receitas como é que estão a comportar<br />

relativamente ao orçamento?<br />

Sr. Presidente – Imperceptível.<br />

O Sr. Vereador Luís Nascimento pediu esclarecimento onde foram inseridas algumas verbas ao que o Sr.<br />

Presidente explicou, perguntou também o porquê de a verba para a Escola EB1JI/Moita nº2 ter diminuído<br />

e ter aumentado para outras intervenções noutras EBJI, questionando se esta intervenção está terminada,<br />

custou menos ou só vai ser terminada no próximo ano?<br />

Sr. Vereador Miguel Canudo – Esclareceu que a obra teve um valor menor que o orçamentado e foi<br />

deslocada verba para outras, mas é concluída neste ano lectivo.<br />

Tendo a proposta sido submetida a votação foi a mesma aprovada por maioria com três abstenções dos<br />

Vereadores Vítor Cabral, José Guerra e Luís Nascimento..<br />

4. PASSAGEM DESNIVELA<strong>DA</strong> DE ALHOS VEDROS – EXPROPRIAÇÃO DE PARCELA DE<br />

TERRENO DE PRÉDIO RÚSTICO<br />

“Em 10 de Fevereiro de 1993, a Câmara Municipal da Moita adquiriu a Gertrudes Magna de Almeida<br />

Marques Estaca e marido, José Eduardo Marques Estaca, a Maria Guadalupe Vacas de Almeida e marido,<br />

João Manuel Cândido Pinto, e a Luís Victor Vacas de Almeida, mediante contratos de compra e venda,<br />

quotas correspondentes, respectivamente, a 8/24, 4/24 e 4/24 avos (num total de 16/24) do direito de<br />

propriedade sobre o prédio rústico denominado “Serrado”, com a área de 17.000m2, descrito na<br />

Conservatória do Registo Predial da Moita sob o n.º 1.842, fls. 6v.º, Livro B-7, actualmente com a<br />

descrição registral n.º 02233/020296 da Freguesia de Alhos Vedros e inscrito na matriz cadastral rústica<br />

respectiva sob o artigo 2 da Secção S, destinado à “Construção da Passagem Desnivelada do Vale do<br />

Trabuco/Alhos Vedros/Baixa da Banheira/Vale da Amoreira e Rede Viária”. As escrituras públicas dos<br />

mencionados contratos foram exaradas no Livro de Notas para Escrituras Diversas do Notário Privativo<br />

da Câmara Municipal n.º 24, de fls. 111 a fls. 113, de 106 a fls. 108 e de fls. 108 v.º a fls 110 v.º,<br />

receptivamente, pelos preços, segundo a indicada ordem, de 4.906.667$00, de 2.453.333$00 e de<br />

2.453.333$00, num total de 9.813.333$00 ( 48.948,70).<br />

A passagem desnivelada e acessos foram construídos em 3 fases (1ª fase – passagem superior à linha do<br />

caminho de ferro; 2ª fase - acesso norte; 3ª fase – acesso sul), tendo a Câmara Municipal, na sequência de<br />

concursos públicos, adjudicado, em 31/07/1990, à empresa CAVOP – Construções, Voladuras e Obras<br />

públicas, Lda, a execução da 1ª fase, pelo preço de 74.669.945$00 ( 372.452,12), em 22/01/1992, à<br />

mesma empresa, a execução da 2ª fase, pelo preço de 197.938.344$00 ( 987.312,297), e, em 17/03/1993,<br />

à empresa URBITERRAS – Urbanização e Terraplanagens, Lda, a execução da 3ª fase, pelo preço de<br />

108.448.380$00 ( 540.938,239).1<br />

A obra foi financiada pela Direcção-Geral dos Transportes Terrestres e por fundos comunitários –<br />

FEDER/OIDPS.<br />

1 - Com os trabalhos a mais, imprevistos e complementares ocorridos no decurso de toda a obra, esta<br />

orçou em 463.278.220$00 ( 2.310.822,02)<br />

13.08.08 7


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Muito depois de concluída a totalidade obra, dois dos comproprietários (titulares de quinhões<br />

hereditários) não vendedores, António Manuel Silva de Almeida e Maria de Fátima Silva Almeida<br />

Correia, intentaram, em 1995, uma acção de preferência contra a Câmara Municipal, sob a alegação de<br />

que não lhes tinha sido facultado o direito de preferência, pois que as comunicações que lhe foram<br />

dirigidas não evidenciavam os preços daqueles negócios jurídicos, preços esses que disseram também<br />

desconhecer.<br />

A acção deu entrada no Tribunal de Círculo do Barreiro, em 20/04/1995, onde foi autuado como Proc. nº<br />

538/95, tendo depois transitado para o Tribunal Judicial da Moita, como Proc. nº 362/99 do 1º Juízo.<br />

A acção foi julgada procedente, mediante sentença de 05/05/2004, conferindo o direito aos autores de<br />

haverem para si as quotas alienadas, em substituição da Câmara Municipal. A Câmara Municipal interpôs<br />

recurso de apelação para o Tribunal da Relação de Lisboa. Depois, sucederam uma série de recursos e<br />

incidentes processuais2, tendo contudo a sentença da 1ª instância acabado por transitar em julgado, já no<br />

ano em curso. Os autos baixaram ao Tribunal Judicial da Moita e foi elaborada a conta de custas, que<br />

transitou a 9 de Julho corrente.<br />

Vale tudo isto por dizer que os autores António Manuel Silva de Almeida e Maria de Fátima Silva<br />

Almeida Correia passaram a ser os titulares da quota correspondente a 16/24 avos sobre o prédio, ficando<br />

assim substituídos ao Município que as havia adquirido.<br />

Em termos registrais, o prédio ainda se acha inscrito em favor dos antepossuidores, autores da herança,<br />

Manuel António de Almeida e mulher Jesuina Ascenção Carreira de Almeida.<br />

Temos assim que uma infra-estrutura fundamental da rede viária do Município acabou por ficar<br />

implantada em terreno alheio, pelo que, para evitar que a sua funcionalidade seja posta em causa, e com<br />

ela o interesse público, importa proceder à sua urgente aquisição, nos termos do Código das<br />

Expropriações, aprovado pela Lei nº 168/99, de 18/9 (doravante, CE).<br />

Não obstante, a urgência da aquisição, por um lado, e a falta de inscrição actualizada do direito de<br />

propriedade no Registo Predial, por outro, pudessem, desde logo suscitar a promoção da expropriação (art<br />

11º, nº 1, 2ª parte da CE), os autores na referida acção, que se julga serem os únicos proprietários actuais<br />

do prédio, manifestaram interesse negocial, pelo que será de começar por diligenciar no sentido da<br />

aquisição por via do direito privado, nos termos da 1ª parte do citado artigo.<br />

A parte do prédio ocupada com as infra-estruturas tem a área de 3165 m2, conforme ilustra a planta anexa<br />

como doc 1.<br />

O CE determina que a expropriação se deve limitar ao necessário para a realização do seu fim (art 3º, nº<br />

1).3<br />

2 - O Tribunal da Relação de Lisboa começou por revogar a sentença, por ilegitimidade dos autores, estes<br />

interpuseram recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, que revogou o acórdão da Relação e mandou<br />

baixar os autos, para que esta conhecesse do mérito do recurso, a Relação proferiu novo acórdão que<br />

confirmou a sentença, seguindo-se recurso de agravo pela Câmara Municipal para o Supremo, que o<br />

denegou, tendo havido depois reclamações, que terminaram com a rejeição de um última reclamação para<br />

Conferência do Supremo.<br />

3 - O nº 2 do mesmo artigo prevê contudo que o proprietário possa requerer a expropriação total se a<br />

parte restante não assegurar, proporcionalmente, os mesmos cómodos que oferecia todo o prédio ou se<br />

os cómodos assegurados pela parte restante não tiverem interesse económico para o expropriado,<br />

determinado objectivamente (o que parece não ocorrer no caso, não obstante os mesmos António<br />

Manuel Silva de Almeida e Maria de Fátima Silva Almeida Correia, por carta datada de 08/04/2008,<br />

registada na Câmara Municipal sob o nº 8024/2008, em 10/04/2008 terem alegado que a construção da<br />

infra-estrutura em referência deixou o remanescente do prédio inaproveitável, “até pelo empoçamento<br />

das águas pluviais e outras por não ter sido criado um sistema de drenagem eficiente” Caber-lhe-á<br />

provar o que ora alegam.<br />

13.08.08 8


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

O art 11º, nº 2, CE comanda que a proposta de aquisição por via de direito tenha como referência o valor<br />

constante do relatório de perito avaliador. Em face disto, foi solicitada a avaliação a um Perito da Lista de<br />

Peritos Avaliadores do Distrito Judicial de Lisboa, Engenheiro Técnico Agrário Nuno José da Fonseca<br />

Félix David. Este, por Relatório de Avaliação de Abril último (doc 2), estimou o valor do metro quadrado<br />

em 2,54 (e o prédio em 43.196,68). Por forma a testar o valor encontrado nesta avaliação, foi<br />

solicitada outra, ao Perito Avaliador da mesma Lista Oficial, Engenheiro Civil José Carlos Pedroso<br />

Gonçalves Macieira, que, por Relatório de Junho findo, avaliou o valor do metro quadrado em 2,49 (e o<br />

prédio em 42.330,00) – doc 3.<br />

Os valores do metro quadrado são muito próximos, pelo que sai reforçada a sua adequação.<br />

Nestas circunstâncias, propõe-se que, nos termos e para os efeitos do art 11º, nº s 1, 2, 5 e 6, do CE, seja<br />

oferecido aos proprietários o preço de 7.975,80 pela parcela de terreno ocupada, preço esse<br />

correspondente à multiplicação do valor de metro quadrado resultante da média aritmética dos atribuídos<br />

naquelas duas avaliações, isto é, de 2,52/m2, pela área da mesma ( 2,52 x 3165 m2).<br />

Se houver recusa ou falta de resposta dos proprietários no prazo de 20 dias úteis ou caso a eventual<br />

contraproposta destes não merecer a aceitação da Câmara Municipal, poderá então ser requerida a<br />

declaração de utilidade pública urgente da expropriação (art 11º, nº 6, do CE), mediante nova<br />

deliberação.”<br />

Depois de explicada a proposta foi colocada a discussão com as seguintes intervenções:<br />

Sr. Vereador José Guerra – Foi dito que se tinha tentado chegar a acordo com as pessoas, pergunta se<br />

houve conversações acerca de valores perguntando, uma vez que conhece o processo, se houve alguma<br />

reunião entre o proprietário e a Câmara, porque se o Tribunal lhes deu razão era porque alguma coisa<br />

estava mal e alguém tem que ser responsabilizado.<br />

Sr. Vereador Luís Nascimento – Fez o historial sobre as várias fases por que passou todo este processo e<br />

afirmou tudo o que pensava sobre o assunto, dizendo que iria abster-se sobre o mesmo.<br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Disse que ao ter lido a proposta não achou os valores propostos muito justos,<br />

acrescentando que a disparidade de valores tem tudo a ver com o fundo do PDM que está em vias de ser<br />

aprovado, ou seja terrenos REN não valem nada, é preferível os proprietários darem os terrenos à Câmara<br />

pelo menos não pagam contribuições, e se ao lado houver alguém que conseguiu que a Câmara alterasse a<br />

sua designação, ou seja o seu uso, então esse terreno vale muito, acrescentando que vai votar contra<br />

porque está profundamente contra toda a lógica de classificação de terrenos e de mais-valias.<br />

Sr. Vereador Luís Nascimento – Fez as contas relativamente à aquisição de parte do terreno há cerca de<br />

quinze anos achando grande disparidade entre o preço de aquisição, por metro quadrado, naquela altura e<br />

agora, apesar da avaliação ter sido feita por peritos.<br />

Sr. Presidente – Chamou a atenção dos Srs Vereadores da oposição em relação ao que foi dito e da forma<br />

como o foi, porque se o pretendem fazer tem que ser de forma fundamentada. Quanto à obra, aos<br />

herdeiros do terreno e à contestação que foi apresentada, dois anos após a mesma estar terminada, voltou<br />

a explicar detalhadamente todo o processo referente à construção, ao processo de Tribunal e à peritagem<br />

que foi feita pelos avaliadores oficiais da Lista Distrital. Quanto ao questionado se teria havido<br />

conversações com a outra parte do processo disse não ter havido porque este processo tem andado sempre<br />

em litígio, apesar de se ter tentado chegar a um acordo a pessoa em causa entrou numa que a Câmara<br />

haveria de pagar uma fortuna e quem quer chegar a acordos não tem este tipo de atitude.<br />

13.08.08 9


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Sr. Vereador Vítor Cabral – Pediu esclarecimento relativamente à folha nº3 e ao quarto parágrafo em que<br />

a proposta diz que: “…os únicos proprietários actuais do prédio, manifestaram interesse negocial, pelo<br />

que será de começar por diligenciar …” perguntando em que momento é que foi demonstrado este<br />

interesse negocial.<br />

Sr. Presidente – Esclareceu que a determinada altura, que não sabe bem precisar, os proprietários que<br />

entretanto adquiriram o resto do prédio, escreveram uma carta à Câmara para esta oferecer um preço e a<br />

Câmara pediu a avaliação do terreno, como pensou não estar muito correcto, voltou a pedir novo perito<br />

que fez nova avaliação com um outro valor e de seguida notificou a pessoa, se esta fizer uma<br />

contraproposta, então esta será avaliada.<br />

Sr. Vereador Luís Nascimento – Comparou e contestou, dizendo haver um erro de avaliação,<br />

relativamente aos valores apresentados em 1995 e em 2008, fazendo de seguida um requerimento pedindo<br />

a documentação relativamente à compra de 1993 nomeadamente a avaliação feita, na altura, pelo técnico.<br />

Não havendo mais intervenções foi a proposta submetida a votação tendo a mesma sido aprovada por<br />

maioria com dois votos contra do Sr. Vereador Vítor Cabral e José Guerra e uma abstenção do Sr.<br />

Vereador Luís Nascimento.<br />

5. CONCURSO PÚBLICO “CONCESSÃO <strong>DA</strong> EXPLORAÇÃO EM REGIME DE EXCLUSIVO DO<br />

BAR <strong>DA</strong> PISCINA <strong>MUNICIPAL</strong>”<br />

“A concessionária do contrato supra referido, celebrado em 23/05/2007, Maria Lisa Eduardo dos Santos<br />

Ferreira, por comunicação de 07/05/2008, carta registada nesta Câmara Municipal, em 12/05/2008 sob o<br />

número 10161, solicitou a Extinção da concessão por mútuo acordo, o que mereceu a concordância dos<br />

serviços, conforme informação proposta que se junta em anexo.<br />

Assim, ao abrigo e nos termos da cláusula 5 do contrato de concessão e do nº1, alínea a), do capítulo XI<br />

do respectivo caderno de encargos, propõe-se que a Câmara Municipal delibere aceitar a extinção da<br />

concessão por mútuo acordo, notificando-se de imediato a concessionária desta deliberação.”<br />

Foi a proposta colocada à discussão e não havendo intervenções foi a mesma submetida a votação tendo<br />

sido aprovada por unanimidade.<br />

6. PEDIDO DE LICENCIAMENTO DE OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO COM OBRAS DE URBA-<br />

NIZAÇÃO – P.U. 1/2008<br />

REQUER: J.M. DUARTE, L<strong>DA</strong>.<br />

LOCAL: BAIXA <strong>DA</strong> SERRA – BAIXA <strong>DA</strong> BANHEIRA<br />

“No seguimento da assinatura, em 14 de Dezembro de 2006, do documento designado por “Bases de<br />

Acordo Em Vista à Celebração de Contrato de Urbanização” aprovado pela Câmara Municipal na sua<br />

reunião de 13 de Dezembro de 2006, o Município da Moita e a sociedade J. M. Duarte, Lda. acordaram<br />

promover conjuntamente uma operação de loteamento sobre diversos prédios urbanos propriedade de<br />

ambos os intervenientes, sobre o qual a Câmara Municipal já havia deliberado favoravelmente.<br />

13.08.08 10


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

Contudo, e face à impossibilidade de execução do desenho urbano anteriormente aprovado, por<br />

incumprimento por parte do Sr. António Assunção Barão do Protocolo assinado com este Município, veio<br />

a J. M. Duarte apresentar novo estudo de loteamento, que na generalidade é semelhante ao anteriormente<br />

aprovado por esta Câmara Municipal, respeitando já as condições impostas pela REFER, dada a sua<br />

contiguidade à linha férrea, tendo como excepções a execução do prolongamento da Rua dos Lusíadas e<br />

respectivos troços de ligação à Rua do Alentejo, Rua do Ribatejo e Rua da Estremadura, anteriormente<br />

impostos pela Câmara Municipal.<br />

O estudo do loteamento, que se situa entre as Ruas Augusto Gil e a Av. José Gomes Ferreira, na Baixa da<br />

Banheira, propõe a constituição de 26 lotes de terreno destinados à construção de edifícios multifamiliares<br />

de 4 pisos + cave e 7 parcelas destinadas à construção, que depois de anexadas constituirão futuros lotes,<br />

totalizando 208 fogos e 8 unidades de comércio.<br />

A Câmara Municipal deliberou submeter a presente proposta de loteamento e discussão pública, tendo<br />

decorrido o prazo sem que tivessem chegado quaisquer reclamações ou ocorrido oposição escrita à<br />

pretensão.<br />

No decorrer da apreciação do projecto de arquitectura do loteamento, veio o requerente apresentar os<br />

respectivos projectos das obras de urbanização, solicitando o respectivo licenciamento através do<br />

requerimento n.º 1966 de 26 de Junho de 2008.<br />

Ainda que o loteamento não estivesse aprovado, os serviços técnicos procederam à análise dos presentes<br />

projectos, pelo que importa igualmente deliberar sobre as obras de urbanização.<br />

Assim:<br />

1. Sobre o projecto de Resíduos Sólidos Urbanos foi emitido parecer da D.S.A em 11 de Julho de<br />

2008, genericamente favorável, sendo que deve ser alterada a localização de alguns dos<br />

contentores de resíduos sólidos urbanos, fazendo ainda referência à dimensão das gares a<br />

construir para os contentores e à serigrafia a executar na parte frontal dos contentores e<br />

papeleiras que devem conter o logótipo da Câmara Municipal.<br />

2. Sobre o projecto da rede de águas e rede de esgotos apresentados, foram solicitadas algumas<br />

correcções pontuais aos projectos através do parecer técnico datado de 10 de Julho de 2008, que<br />

se aceita que sejam apresentados no decurso da obra.<br />

3. Sobre o projecto de arranjos exteriores foi emitido parecer da DEV , de 10 de Julho de 2008, o<br />

qual refere algumas considerações relativamente ao arvoredo, designadamente o PAP das<br />

árvores a plantar, bem como à rede de rega apresentada, nomeadamente no que concerne à sua<br />

distribuição, sectorização e automatização, requerendo esclarecimentos ao projectista, que se<br />

aceitam que sejam prestados durante o decurso das obras.<br />

4. Os projectos das Infra-estruturas Eléctricas, de Telecomunicações e das redes de Gás foram<br />

apresentados nas respectivas entidades externas a 23 de Junho de 2008, tendo decorrido o prazo<br />

dos 20 dias para estas se pronunciarem, pelo que se considera haver concordância por parte<br />

destas entidades. A E.D.P. – Distribuição enviou ofício com a descriminação dos encargos<br />

previstos para a execução das infra-estruturas eléctricas, valor que foi considerado no cálculo<br />

final do montante da caução a fixar.<br />

Assim, tendo em conta o parecer técnico datado de 30 de Abril, bem ainda o parecer técnico de 01 de<br />

Agosto de 2008, que resume os pareceres emitidos no âmbito da apreciação aos projectos das obras de<br />

urbanização, proponho que a Câmara Municipal delibere o seguinte:<br />

1. Aprovar o presente pedido de licenciamento de operação de loteamento e respectivas obras de<br />

urbanização, nos termos do art.º 23.º, n.º 1, do Decreto-lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro,<br />

aprovando as plantas síntese anexas ao requerimento n.º 1966 de 26 de Junho de 2008, condicio -<br />

13.08.08 11


<strong>CÂMARA</strong> <strong>MUNICIPAL</strong> <strong>DA</strong> <strong>MOITA</strong><br />

nado ao cumprimento dos requisitos impostos pelos pareceres técnicos emitidos pelos serviços<br />

municipais e pelas restantes entidades externas ao Município, que deverão ser executados em<br />

obra.<br />

2. Fixar o prazo para execução das obras de urbanização em 24 meses.<br />

3. Fixar o valor da caução para garantir a boa e regular execução das obras de urbanização no<br />

montante de 1.057.500,00 .”<br />

Foi a proposta colocada à discussão e não havendo intervenções foi a mesma submetida a votação tendo<br />

sido aprovada por maioria com uma abstenção do Sr. Vereador Luís Nascimento.<br />

Todas as intervenções feitas aquando da apresentação das propostas, encontram-se devidamente gravadas<br />

em cassetes, ficando as mesmas a fazer parte integrante desta acta.<br />

E nada mais havendo a tratar foi pelo Sr. Presidente encerrada a reunião, sendo a respectiva acta aprovada<br />

em minuta. Eram dezassete horas e vinte minutos. E eu, Idalina Rosa Ramos Carlos dos Reis, Assistente<br />

Administrativa Especialista, nesta Câmara Municipal, redigi a presente acta que assino com o Sr.<br />

Presidente da Câmara.<br />

O PRESIDENTE <strong>DA</strong> <strong>CÂMARA</strong><br />

____________________________________<br />

A ASSISTENTE ADMINISTRATIVA ESPECIALISTA<br />

______________________________________<br />

13.08.08 12

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