um olhar sobre Santa Rita | MA
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<strong>um</strong> <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong><br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> | <strong>MA</strong><br />
Diagnóstico<br />
socioeconômico<br />
1
PA<br />
Belém<br />
TO<br />
Palmas<br />
2 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> | <strong>MA</strong><br />
Diagnóstico Socioeconômico<br />
Passeio de bicicleta<br />
nas ruas de <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong>.<br />
Pinheiro<br />
<strong>MA</strong><br />
São Luís<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong><br />
Caxias<br />
Teresina<br />
PI<br />
Parnaíba<br />
Capital<br />
Maranhense<br />
da Farinha<br />
9640000 9660000<br />
540000<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> está a 85 quilômetros de São Luís, às margens da BR-135,<br />
que liga a capital ao interior maranhense. A Estrada de Ferro Carajás<br />
tem 14,8 quilômetros de trilhos no município, por onde também<br />
passa a linha da Companhia Ferroviária do Nordeste.<br />
O centro urbano, formado por três ruas transversais à rodovia,<br />
é dotado de infra-estrutura, bom padrão construtivo e espaços<br />
consolidados. A cidade cresce para oeste, em direção ao povoado<br />
de Cai-Coco.<br />
No município, situado entre os Rios Itapecuru e Pindaré, a navegação<br />
é transporte informal entre povoados como Areias e Beira Rio.<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> possui quatro assentamentos da reforma agrária e 13<br />
comunidades remanescentes de quilombos. Sete por cento do<br />
território municipal estão na Área de Proteção Ambiental da<br />
Baixada Maranhense.<br />
A população municipal é de 25.020 habitantes, de acordo com<br />
estimativa feita pelo IBGE em 2006. No Censo 2000, a área urbana<br />
contava com 39% dos moradores, apresentando densidade<br />
demográfica de 4.700 pessoas por quilômetro quadrado.<br />
População<br />
População 1991<br />
População 2000<br />
Taxa anual cresc. pop. 1991 / 2000<br />
Pop. urbana 1991<br />
Pop. urbana 2000<br />
Histórico<br />
6.965<br />
Taxa anual cresc. pop. urbana 1991 / 2000<br />
Fonte: Atlas do Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano no Brasil.<br />
-0,1%<br />
9.666<br />
3,7%<br />
25.044<br />
24.922<br />
Anajatuba<br />
Rio Me<br />
0 2,5<br />
5 10<br />
POLÍTICO ADMINISTRATIVAS ÁREAS ESPECIAIS<br />
Divisa Interestadual<br />
Divisas Municipais<br />
Área de Estudo<br />
Cidades Principais<br />
Aglomerados<br />
populacionais<br />
Hidrografia<br />
TRAVESSIAS CRÍTICAS<br />
Travessias Críticas<br />
Travessias Críticas - CVRD<br />
O município teve origem n<strong>um</strong>a povoação criada em 1890 pelo capitão<br />
de infantaria Raimundo Henrique Viana de Carvalho, devoto de <strong>Santa</strong><br />
<strong>Rita</strong>. No início do século XX, a chegada dos trilhos da Companhia<br />
Ferroviária do Nordeste estimulou a ocupação do lugar. O crescimento<br />
foi intensificado na década de 40, após a construção da BR-135.<br />
Centro agrícola, comercial e de serviços, o município conquistou<br />
autonomia político-administrativa em 1961, ao se emancipar de Rosário.<br />
Terra Indígena (T.I.)<br />
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO<br />
INTEGRAL<br />
Parque Estadual (PE)<br />
Reserva Biológica (REBIO)<br />
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Po<br />
An<br />
CONVENÇ<br />
Área de Proteção Ambiental (APA)<br />
Reserva Extrativista (RESEX)<br />
Floresta Nacional (FLONA)<br />
SISTE<br />
FERRO<br />
HIDRO
arim<br />
rto das Gabarras<br />
ajatuba<br />
Cajapió<br />
APA Baixada Maranhense<br />
15<br />
km<br />
Jebiara<br />
Sítio do Meio<br />
560000 580000 600000<br />
Km 80<br />
São José<br />
Picos<br />
Bacabeira<br />
St. Helena<br />
L. 06<br />
St.Antonio Bonfim<br />
José Pedro<br />
Ramal do Abude<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong><br />
Cai Coco<br />
Km 70<br />
Carionguinho<br />
Periz de Cima<br />
L. 05<br />
Km 50<br />
Centrinho<br />
Centro<br />
ÕES LOCALIZAÇÃO E DADOS TÉCNICOS<br />
<strong>MA</strong> VIÁRIO<br />
VIAS<br />
Cia. Ferroviária Nordeste<br />
Estrada de Férro Carajás<br />
Estação<br />
Parada<br />
Posto de manutenção<br />
Unidades de apoio<br />
Locações<br />
Locações em expansão<br />
Obras de arte<br />
VIAS<br />
Hidrovia<br />
Balsa<br />
Porto<br />
DIMENSãO<br />
uRBANO-AMBIENTAL<br />
RODOVIAS<br />
Por administração e tipo de pavimentação<br />
Federal, pavimentada<br />
PA<br />
Estadual, pavimentada Gestão Urbana<br />
Não informado, pavimentada<br />
Bacabeira<br />
Km 60<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong><br />
BR-135<br />
Federal, em pavimentação<br />
O Plano Diretor Estratégico de <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> foi aprovado em dezembro<br />
Estadual, em pavimentação<br />
<strong>MA</strong> PI<br />
Não informado, em pavimentação<br />
de 2004, com o objetivo de ordenar o espaço urbano, orientar a<br />
Federal, não pavimentada<br />
TO<br />
sua expansão, preservar áreas e proteger o patrimônio cultural e<br />
Rio Itapecuru<br />
São Miguel<br />
Itaipu<br />
São Simão<br />
LEGENDA<br />
ÁREAS ESPECIAIS<br />
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO<br />
DE USO SUSTENTÁVEL<br />
<strong>MA</strong>RANHÃO<br />
rudimentares eram usadas em 81% das residências e menos de 1%<br />
tinha fossas sépticas. Estrada O restante de não Ferro possuía Carajás instalação sanitária. - EFC<br />
Diagnóstico Integrado da Socioeconomia<br />
Limpeza Pública<br />
Município de <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong><br />
A coleta de lixo atingia 2% da zona urbana em 2000, de acordo com<br />
ESCALA:<br />
DATA: REVISÃO:<br />
o Censo do IBGE. Doze por cento eram destinados às caçambas e o<br />
1:200.000<br />
22/01/2008<br />
restante descartado em locais a céu aberto. O município não dispõe<br />
de aterro sanitário.<br />
Ruas e Il<strong>um</strong>inação<br />
POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS<br />
Divisa Municipal<br />
Área de Estudo<br />
Cidade Principal<br />
Aglomerado Populacional<br />
Hidrografia<br />
Área de Proteção Ambiental (APA)<br />
Rosário<br />
Itapecuru Mirim<br />
Rio Munim<br />
SISTE<strong>MA</strong> VIÁRIO<br />
FERROVIAS<br />
Cia. Ferroviária Nordeste<br />
Estrada de Ferro Carajás<br />
Unidade de Apoio<br />
Locação<br />
Locação em Expansão<br />
Ponte, Viaduto, Contenção<br />
RODOVIAS<br />
POR ADMINISTRAÇÃO E<br />
TIPO DE PAVIMENTAÇÃO<br />
Federal, Pavimentada<br />
TRAVESSIAS Não Informado,<br />
Travessia Não Oficial<br />
Pavimentada<br />
Travessia Oficial de Fluxo Intenso Não Informado,<br />
Não Pavimentada<br />
Presidente Juscelino<br />
Estadual, não pavimentada<br />
Não informado, não pavimentada<br />
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM<br />
natural. Outros instr<strong>um</strong>entos de planejamento e gestão são o Plano<br />
AEROPORTOS<br />
MERIDIANO CENTRAL: 45° WGR<br />
Aeroporto Internacional<br />
DATUM HORIZONTAL: SAD 69<br />
Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual, a Gestão EXECUTADO POR:<br />
FOLHA:<br />
Campo de Pouso<br />
Fonte: IBGE Carta ao milionésimo<br />
Thelma Trigo 01 -<br />
Orçamentária Participativa e o Código de Posturas.<br />
Infra-Estrutura<br />
Água<br />
O abastecimento é realizado pela Companhia de Águas e Esgotos do<br />
Maranhão (Caema). Segundo a empresa, o serviço atendia a 76% dos<br />
domicílios urbanos em 2006. O restante da população era atendido<br />
pela Prefeitura com poços artesianos e rasos, cisternas e açudes.<br />
Esgotos<br />
Segundo o Censo 2000, o município não contava com sistema de<br />
coleta, tratamento e destinação final do esgoto doméstico. As fossas<br />
Os serviços de pavimentação, drenagem e il<strong>um</strong>inação pública são<br />
mantidos pela Prefeitura, com convênios estaduais e federais. Em<br />
2006, de acordo com a Prefeitura, 60% das ruas da zona urbana<br />
tinham pavimentação, assim como 15% das vias na área rural.<br />
A il<strong>um</strong>inação pública abrange toda a zona urbana e 90% da rural. A<br />
eletrificação domiciliar, feita pela Companhia Energética do Maranhão<br />
(Cemar), atendia a 84% dos domicílios urbanos, de acordo com o<br />
Censo 2000. A Companhia contava com 2.663 ligações na área urbana<br />
e 2.002 na rural.<br />
3
DIMENSãO<br />
ECONÔMICA<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> é conhecida como a capital brasileira da farinha de<br />
mandioca, que é a principal fonte de renda para muitas famílias.<br />
À beira da BR-135, há vários pontos de venda do produto, assim<br />
como de frutas e milho. O município conta com <strong>um</strong> dos maiores<br />
rebanhos de búfalos do Maranhão.<br />
PIB e Trabalhadores<br />
O Produto Interno Bruto 1 de <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> foi de R$ 30 milhões 469 mil<br />
em 2004. O valor correspondia a 0,3% do PIB do território da Estrada<br />
de Ferro Carajás. Em relação aos R$ 26 milhões 49 mil registrados em<br />
1999, o PIB municipal teve acréscimo de 17%.<br />
Setores da economia no PIB<br />
Agropecuária<br />
Indústria<br />
Serviços (exceto adm. pública)<br />
Administração pública<br />
Fonte: IBGE - PIB dos Municípios.<br />
4 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> | <strong>MA</strong><br />
Diagnóstico Socioeconômico<br />
1999<br />
27,9%<br />
9,2%<br />
27,3%<br />
35,6%<br />
Perfil Socioeconômico<br />
2004<br />
19,9%<br />
9%<br />
16,4%<br />
54,8%<br />
O rendimento médio mensal da população ocupada foi de R$ 266,50<br />
em 2000. O valor correspondia a 54,2% da média de rendimento no<br />
território da Estrada de Ferro Carajás (R$ 490,90).<br />
A renda familiar per capita anual em 2000 alcançou R$ 804. O valor<br />
correspondia a 60,7% da média estadual (R$ 1.324) e a 35,3% da média<br />
no território da Estrada de Ferro Carajás (R$ 2.276).<br />
As pessoas com quatro ou mais anos de estudo eram 49,4% da<br />
população ocupada em 2000. No Maranhão, a média era de 50,05%.<br />
O percentual de chefes de família com quatro ou mais anos de estudo<br />
era de 34,7% em 2000, abaixo da média estadual (40,6%). De todos os<br />
chefes de família, 79,6% tinham rendimentos – menos que a média<br />
estadual (92,9%).<br />
A taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais caiu de<br />
51,1%, em 1991, para 32,7% em 2000, mas ainda ficando acima da<br />
média do Maranhão (27,1%).<br />
Distribuição da população ocupada por rendimento<br />
(salário mínimo) – 2000<br />
até 1 1 - 2 2 - 3 3 - 5 5 - 10 mais de 10<br />
41,7% 16,7% 5,1% 4,9% 3% 1,1%<br />
Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />
PIB per capita<br />
(Total em R$ dividido pelo número de habitantes)<br />
População de 10 anos ou mais ocupada por<br />
anos de estudo – 2000<br />
Sem instrução e menos de 1 ano 19,6%<br />
1 a 3 anos 30,6%<br />
4 a 7 anos 24,4%<br />
8 a 10 anos 10,6%<br />
11 a 14 anos 13,4%<br />
15 anos ou mais 1%<br />
Não determinados 0,4%<br />
Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />
1999 2004<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> R$ 1.239 R$ 1.255<br />
Território da EFC R$ 4.521 R$ 5.431<br />
Maranhão R$ 4.335 R$ 4.992<br />
Fonte: IBGE - PIB dos Municípios.<br />
População Economicamente Ativa (PEA) 2 , População<br />
Ocupada (POC) 3 e Taxa de Desemprego – 2000<br />
Pea Poc DesemPRego (%)<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> 7.336 6.083 17,1<br />
Território da EFC 800.147 664.985 16,9<br />
Maranhão 2.170.684 1.914.040 11,8<br />
Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />
Distribuição da População Ocupada – 2000<br />
Agropecuária 45%<br />
Indústria 12,5%<br />
Comércio 9,8%<br />
Serviços 9,1%<br />
Administração pública 23,2%<br />
Atividades não definidas 0,3%<br />
Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />
1 Produto Interno Bruto: é a soma de todos bens e serviços finais produzidos n<strong>um</strong> lugar durante<br />
<strong>um</strong> período de tempo. O PIB per capita corresponde à divisão do PIB pelo número de habitantes. Se,<br />
n<strong>um</strong> lugar com 10 mil moradores, o valor dos bens e serviços totaliza R$ 40 milhões no ano, o PIB per<br />
capita é de R$ 4 mil. 2 População Economicamente Ativa (PEA): é formada por todas as pessoas<br />
com 15 anos ou mais, aptas para o trabalho, incluídas aquelas que não estão trabalhando. 3 População<br />
Ocupada (POC): é composta por todas as pessoas que estão empregadas, ou trabalhando por conta<br />
própria, incluídas aquelas que estão de férias ou trabalham sem carteira assinada.
DIMENSãO<br />
SOCIAL<br />
Educação<br />
Estudantes<br />
A cobertura educacional em <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> abrange do ensino infantil ao<br />
ensino universitário, com atendimento prioritário ao ensino fundamental.<br />
<strong>um</strong>a característica do município é o predomínio de creches<br />
particulares, que atendiam a 93 crianças em 2005.<br />
Matrículas<br />
Fonte: IBGE Cidades (2004) e Prefeitura.<br />
Alfabetização<br />
A taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais caiu de<br />
51,1%, em 1991, para 32,7% em 2000, mas ainda ficando acima da<br />
média do Maranhão (27,1%).<br />
Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), em 2005, estavam<br />
matriculados 189 alunos, segundo dados fornecidos pela Prefeitura<br />
e Governo do Estado em 2006.<br />
Escolas<br />
escola<br />
ens. Fundamental<br />
| total 6.935 |<br />
Privada -<br />
estadual 1.897<br />
municipal 5.038<br />
escola<br />
ens. Pré-escolar<br />
| total 1.847 |<br />
Privada 176<br />
estadual -<br />
municipal 1.671<br />
escola<br />
ens. médio<br />
| total 1.308 |<br />
Privada -<br />
estadual 1.308<br />
municipal -<br />
Segundo dados fornecidos pelo município e pelo Estado a partir<br />
do Censo Escolar 2005, o município possuía 50 escolas de ensino<br />
fundamental – 46 municipais e quatro estaduais.<br />
Praça principal da cidade (à esquerda).<br />
Crianças jogando futebol de várzea.<br />
Professores<br />
Modalidade de ensino<br />
Fonte: IBGE Cidades (2004).<br />
Desempenho<br />
Aprovação, reprovação e abandono<br />
A média obtida pelo município no Exame Nacional do Ensino Médio<br />
(ENEM) em 2006 foi de 34,25. A média estadual foi de 36,81 e a<br />
nacional, de 42,55.<br />
Ensino Universitário<br />
Priv. estad. munic. Fed. total<br />
Fundamental - 60 161 - 221<br />
Médio - 52 - - 52<br />
Pré-escolar 5 - 58 - 63<br />
escolas Localiz. ensino Fund. ensino médio<br />
Est.<br />
Mun.<br />
Part.<br />
Fonte: Seduc/DIN - Censo Escolar (2004).<br />
Aprov. Rep. Aband. Aprov. Rep. Aband.<br />
rural 79,4% 7,7% 13% 39% 0% 61%<br />
urbana 76,7% 12,2% 11,1% 52,7% 3,1% 42,2%<br />
rural 63,2% 14,3% 22,5% - - -<br />
urbana 63,2% 17,2% 19,6% - - -<br />
rural 95,7% 4,3% 0% - - -<br />
urbana 73,8% 14,1% 18,6% 50,6% 2,7% 46,7%<br />
<strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> conta com <strong>um</strong> Centro Federal de Educação Tecnológica<br />
(Cefet). Também há a Faculdade de Educação e Teologia do<br />
Maranhão (Fatma), que oferece os cursos de História e licenciatura<br />
em Matemática, Teologia, Biologia e Magistério. O município possui,<br />
ainda, Curso Tecnológico de Enfermagem.<br />
5
Saúde<br />
Em <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> há <strong>um</strong> hospital que, em 2005, oferecia 56 leitos de clínica<br />
cirúrgica, pediatria e obstetrícia, integrados ao Sistema Único de Saúde<br />
(SuS). O número corresponde a 2,2 leitos por mil habitantes, de acordo<br />
com a população estimada pelo IBGE para 2006. Com potencial para<br />
3.225 internações por ano, o hospital efetuou 1.505 em 2005.<br />
No atendimento de saúde, funcionavam duas unidades básicas, 14<br />
postos e <strong>um</strong>a unidade mista em 2005. Os Programas Saúde da Família<br />
(PSF) e Agentes Comunitários de Saúde (PACS) davam cobertura,<br />
respectivamente, a 100% e a 5,7% da população.<br />
O município registrou, por habitante, a média de duas consultas<br />
médicas em especialidades básicas em 2005. O número é superior à<br />
média de 1,5, considerada aceitável pelo Ministério da Saúde.<br />
Natalidade<br />
O número de nascimentos apresenta tendência de estabilidade. A<br />
taxa de natalidade 1 foi de 24,3 em 2000 e de 24,6 em 2003. No ano, a<br />
taxa do Maranhão foi de 25,6, enquanto a da Região Nordeste e a do<br />
Brasil ficaram em 21,6 e 18,3, respectivamente.<br />
Mortalidade Infantil<br />
O coeficiente de mortalidade infantil foi de 15,5 em 2004. A proporção<br />
de mortes nessa idade em relação a todas as faixas etárias da população<br />
passou de 5,2, em 2000, para 2,3, em 2003. No ano, essa proporção foi<br />
de 11 no Maranhão; 8,59 na Região Nordeste; e 5,77 no Brasil.<br />
Coeficiente de mortalidade infantil<br />
2000 2001 2002 2003 2004<br />
4 14,3 32,2 18 15,5<br />
Fonte: MS/SuS/DASIS/Sinasc.<br />
Coeficiente de mortalidade infantil até os 11 meses<br />
0 a 6 dias 7 a 28 dias 1 a 11 meses<br />
2000 2002 2004 2000 2002 2004 2000 2002 2004<br />
2 25,1 8,6 0 1,8 0 2 5,4 6,9<br />
Fonte: MS/SuS/DASIS/Sinasc.<br />
Partos<br />
Proporção de cesarianas<br />
2000 2001 2002 2003 2004 2005<br />
14,7% 12,8% 14,5% 12,8% 13,2% 13,8%<br />
Fonte: MS/SuS/DASIS/Sinasc.<br />
1 Taxa de natalidade: corresponde, n<strong>um</strong> certo tempo, ao resultado da seguinte operação: número de<br />
nascidos vivos x 1.000 ÷ população total. Exemplo: se, durante o ano, 200 bebês nascem vivos n<strong>um</strong> lugar<br />
com 10 mil habitantes, a taxa de natalidade é 20. 2 Coeficiente de mortalidade: corresponde, n<strong>um</strong> certo<br />
tempo, ao resultado da seguinte operação: número de mortos com menos de 1 ano x 1.000 ÷ número<br />
de nascidos vivos. Exemplo: se, durante o ano, morrem 20 bebês com menos de 1 ano n<strong>um</strong> lugar em que<br />
nascem 1.000, o coeficiente de mortalidade infantil é 20.<br />
6 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> | <strong>MA</strong><br />
Diagnóstico Socioeconômico<br />
José Ribamar Chapui Melo, da<br />
Comunidade Recuso (foto ao alto).<br />
Luz elétrica na casa de pau-a-pique.
Doenças<br />
Parasitárias e infecciosas<br />
Em 2005, segundo o SuS, em cada grupo de mil crianças menores<br />
de 5 anos, a taxa de internação por doenças diarréicas agudas era de<br />
24,2. Em 2001 e 2003, as taxas de internação nessa faixa etária, com o<br />
mesmo diagnóstico, foram de 18,7 e 11,8, respectivamente.<br />
Proteção Social<br />
Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano<br />
De 1991 a 2000, o Índice de Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano-<br />
Municipal 1 (IDH-M) evoluiu de 0,479 para 0,592. O<br />
crescimento, de 23,5%, elevou o município ao nível<br />
médio desse indicador. A dimensão que mais contribuiu<br />
para o avanço do IDH-M foi a educação.<br />
Bolsa Família<br />
O programa federal de maior importância social no<br />
município é o Bolsa Família, que transfere renda a<br />
famílias com rendimento per capita de até R$ 100 por<br />
mês. Segundo o IBGE, o programa atendeu a 2.260<br />
famílias em 2006, correspondentes a 53,9% das 4.193 em<br />
situação social vulnerável. O valor médio do benefício foi<br />
de R$ 71,4 mensais.<br />
Outros Programas<br />
De acordo com a Prefeitura, em 2006, eram desenvolvidos<br />
o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (400<br />
crianças e adolescentes atendidos), o Programa de<br />
Atenção à Pessoa Idosa (120 beneficiários) e o Programa<br />
Brasil Quilombola, que beneficiava 13 comunidades.<br />
Em relação aos serviços e programas sociais municipais,<br />
a Prefeitura informou realizar atendimento psicossocial<br />
das famílias com vulnerabilidade social, fiscalizar e<br />
denunciar o trabalho infantil e realizar e incentivar<br />
estudos <strong>sobre</strong> a situação da criança e do adolescente no<br />
município, entre outros.<br />
Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, a proporção de<br />
pessoas pobres no município teve <strong>um</strong>a diminuição de<br />
12% e a desigualdade cresceu de 0,49 para 0,66, pelo<br />
Índice de Gini2 ).<br />
1 Índice de Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano (IDH): é avaliado levando em<br />
consideração três necessidades básicas: acesso ao conhecimento (medido<br />
por índices de educação), direito a <strong>um</strong>a vida longa e saudável (longevidade) e<br />
direito a <strong>um</strong> padrão de vida digno (renda). De 0 a 0,5: baixo desenvolvimento<br />
h<strong>um</strong>ano. De 0,5 a 0,8: médio desenvolvimento h<strong>um</strong>ano. De 0,8 a 1: alto<br />
desenvolvimento h<strong>um</strong>ano. 2 Índice de Gini: mede o grau de concentração<br />
de renda de <strong>um</strong> lugar, calculando a diferença entre os rendimentos dos<br />
mais pobres e dos mais ricos. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais perto de<br />
0, menor é a distância entre a renda dos pobres e a dos ricos; quanto mais<br />
próximo de 1, maior é a desigualdade.<br />
Crônicas não-transmissíveis<br />
Portadores de Diabetes mellitus - 2005<br />
Casos estimados 603<br />
Cadastrados 138<br />
Cobertura 22,9%<br />
Fonte: Indicadores de Atenção Básica/2006.<br />
Respiratórias<br />
Em 2005, segundo o SuS, a taxa de internação* de<br />
crianças até os 5 anos foi de 15,9. Em 2001 e 2003,<br />
as taxas foram de 28,6 e 31,5, respectivamente.<br />
*Taxa de internação: número de<br />
pacientes em cada grupo de mil na<br />
mesma idade.<br />
Crônicas transmissíveis<br />
tuberculose - Em 2004, de acordo com a Secretaria de Saúde do<br />
Estado, foram registrados mais de 70 casos de tuberculose por 100<br />
mil habitantes em <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong>. O número situa o município no nível<br />
mais alto de incidência da doença. <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> é <strong>um</strong> dos 22 municípios<br />
maranhenses considerados prioritários pelo Programa Nacional de<br />
Controle da Tuberculose.<br />
Hanseníase - <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong>, <strong>um</strong> dos municípios prioritários para o<br />
tratamento da hanseníase no Estado, registrou de cinco a dez<br />
casos para cada grupo de 10 mil habitantes em 2005. O número é<br />
considerado alto pelo Ministério da Saúde.<br />
Circulatórias<br />
As taxas de internação* por insuficiência cardíaca<br />
congestiva e acidente vascular cerebral foram de<br />
41,9 e 41,9, respectivamente, em 2005.<br />
*Taxa de internação: número<br />
de pacientes por grupo de 10<br />
mil pessoas acima dos 40 anos.<br />
Portadores de hipertensão - 2005<br />
Casos estimados 1.864<br />
Cadastrados 896<br />
Cobertura 48,1%<br />
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8 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Santa</strong> <strong>Rita</strong> | <strong>MA</strong><br />
Diagnóstico Socioeconômico