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um olhar sobre Açailândia | MA

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<strong>um</strong> <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong><br />

<strong>Açailândia</strong> | <strong>MA</strong><br />

Diagnóstico<br />

socioeconômico<br />

1


PA<br />

Belém<br />

Paragominas<br />

TO<br />

Palmas<br />

2 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Açailândia</strong> | <strong>MA</strong><br />

Diagnóstico Socioeconômico<br />

Santa<br />

Helena<br />

<strong>Açailândia</strong><br />

Santa<br />

Inês<br />

<strong>MA</strong><br />

Escultura Marco Zero, no<br />

cruzamento das Rodovias<br />

Belém-Brasília com a BR-222.<br />

São Luís<br />

Caxias<br />

Teresina<br />

PI<br />

Parnaíba<br />

Encontro de<br />

Muitos Caminhos<br />

<strong>Açailândia</strong> está a 553 quilômetros de São Luís, no encontro de duas rodovias<br />

importantes: a BR-222, que liga o interior à capital, e a BR-010 (Belém-Brasília).<br />

Cercadas por florestas de eucalipto, usado na produção de carvão siderúrgico,<br />

as estradas têm grande movimento de caminhões, que trafegam Rondon com do Pará<br />

mercadorias entre o Nordeste, o Norte e o Centro-Oeste.<br />

Dos municípios que integram o território da Estrada de Ferro Carajás,<br />

<strong>Açailândia</strong> é o que abriga a maior extensão de trilhos – 123,6 quilômetros.<br />

No povoado de Pequiá, a ferrovia tem <strong>um</strong>a estação de grande importância<br />

regional. Nesta parada, denominada <strong>Açailândia</strong>-Pequiá, fica o encontro da<br />

estrada de ferro da Vale com a Ferrovia Norte Sul, que conduz a produção do<br />

Centro-Oeste até o Porto de Itaqui, em São Luís.<br />

A cidade está estruturada em torno da BR-222 e da BR-010. O centro urbano<br />

Pará<br />

é dotado de infra-estrutura, bom padrão construtivo e espaços consolidados.<br />

Ao longo da zona urbana, as estradas contam com grande concentração de<br />

pontos comerciais e de serviços, como postos de combustível, oficinas, hotéis<br />

e lojas de produtos agrícolas.<br />

A população municipal é de 106.357 habitantes, de acordo com estimativa<br />

feita pelo IBGE em 2006. No Censo 2000, a área urbana contava com 73%<br />

dos habitantes, apresentando densidade demográfica de 6.400 pessoas por<br />

quilômetro quadrado.<br />

População<br />

População 1991<br />

População 2000<br />

Taxa anual cresc. pop. 1991 / 2000<br />

Pop. urbana 1991<br />

Pop. urbana 2000<br />

Taxa anual cresc. pop. urbana 1991 / 2000<br />

Fonte: Atlas do Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano no Brasil.<br />

Histórico<br />

3,7%<br />

46.195<br />

3,7%<br />

63.626<br />

64.164<br />

9440000 9460000 9480000 9500000 9520000<br />

88.320<br />

L. 40<br />

0 2,5 5 10 15<br />

POLÍTICO ADMINISTRATIVAS ÁREAS ESPECIAIS<br />

Divisa Interestadual<br />

Divisas Municipais<br />

Área de Estudo<br />

Cidades Principais<br />

Aglomerados<br />

populacionais<br />

Hidrografia<br />

TRAVESSIAS CRÍTICAS<br />

Travessias Críticas<br />

<strong>Açailândia</strong> surgiu em 1958, com as obras da BR-010, que mobilizou 1,2 mil<br />

Travessias Críticas - CVRD<br />

trabalhadores na região. O nome do município vem do açaizeiro. A palha dessa<br />

palmeira cobriu os primeiros barracos na localidade de Trecho-Seco, perto de<br />

<strong>um</strong> córrego achado com a ajuda dos índios Cúria e Crocran<strong>um</strong>.<br />

A água, a terra fértil e a madeira foram os principais atrativos para manter os<br />

trabalhadores no local, que pertencia ao Município de Imperatriz. <strong>Açailândia</strong><br />

guarda desse tempo o escritório da empreiteira Rodobrás, conhecido como<br />

Casa da Memória.<br />

A economia rural ganhou impulso após o assentamento de famílias cearenses<br />

na Colônia Gurupi, nos anos 60, com incentivo estadual. O município tornou-se<br />

o maior produtor de arroz, milho, mandioca, feijão, pimenta-do-reino e tomate<br />

do Maranhão. A pecuária também ganhou destaque. <strong>Açailândia</strong> emancipou-se<br />

de Imperatriz em 1981.<br />

A atividade madeireira cresceu na década de 1980. Com a construção da<br />

Estrada de Ferro Carajás e da Ferrovia Norte Sul, o município recebeu as<br />

primeiras siderúrgicas. Em 1994, foram desmembrados de <strong>Açailândia</strong> os<br />

Municípios de São Francisco do Brejão e Itinga do Maranhão.<br />

Km 28<br />

Palestina<br />

km<br />

Terra Indígena (T.I.)<br />

L. 39<br />

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO<br />

INTEGRAL<br />

Parque Estadual (PE)<br />

Reserva Biológica (REBIO)<br />

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE USO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

Cid<br />

CONV<br />

Área de Proteção Ambiental (APA)<br />

Reserva Extrativista (RESEX)<br />

Floresta Nacional (FLONA)


Km 580<br />

Dom Eliseu<br />

PARÁ<br />

elândia<br />

L. 38<br />

L. 37<br />

Km 570<br />

São João do Andirobal<br />

Andirobal<br />

L. 36<br />

Itingá do Pará<br />

<strong>MA</strong>RANHÃO<br />

<strong>Açailândia</strong><br />

L. 35<br />

<strong>Açailândia</strong><br />

Imperatriz<br />

Dom Eliseu<br />

Itinga do Maranhão<br />

BR-010<br />

BR-222<br />

Pequiá<br />

<strong>Açailândia</strong> - Pequiá<br />

L. 34<br />

Km 520<br />

V. Idelmar<br />

Km 530<br />

Trecho Seco<br />

Itinga do Maranhão<br />

Cajuapara<br />

Nova Pequiá<br />

L. 32<br />

Km 480<br />

Km 490<br />

São Francisco do Brejão<br />

Fazenda Vista Alegre<br />

BR-222<br />

L. 29<br />

São Francisco do Brejão<br />

ENÇÕES LOCALIZAÇÃO E DADOS TÉCNICOS<br />

SISTE<strong>MA</strong> VIÁRIO<br />

FERROVIAS<br />

Ferrovia Norte Sul<br />

Estrada de Férro Carajás<br />

Estação<br />

Parada<br />

Posto de manutenção<br />

Unidades de apoio<br />

Locações<br />

Locações em expansão<br />

Obras de arte<br />

HIDROVIAS<br />

Hidrovia<br />

Balsa<br />

Porto<br />

DIMENSãO<br />

URBANO-AMBIENTAL<br />

RODOVIAS<br />

Por administração e tipo de pavimentação<br />

Federal, pavimentada<br />

PA<br />

Estadual, pavimentada<br />

Não informado, pavimentada<br />

Gestão Federal, em pavimentação Urbana<br />

Estadual, em pavimentação<br />

<strong>MA</strong> PI<br />

Não informado, em pavimentação<br />

<strong>Açailândia</strong> tinha todas as leis e normas TO de planejamento territorial e<br />

Federal, não pavimentada<br />

gestão urbana em 2006. Entre elas, o Plano Diretor Participativo, as<br />

Km 460<br />

L. 2 8<br />

Novo Oriente<br />

Bom Jardim<br />

L. 27<br />

Km 440<br />

Córrego Novo<br />

Km 430<br />

Novo Bacabal<br />

<strong>MA</strong>-275<br />

L. 26<br />

coleta, tratamento Estrada e destinação de Ferro final do Carajás esgoto doméstico. - EFC As fossas<br />

rudimentares eram usadas em 79% das residências e as sépticas, em<br />

Diagnóstico Integrado da Socioeconomia<br />

18%. O restante das moradias não possuía instalação sanitária.<br />

Município de <strong>Açailândia</strong><br />

De acordo com a Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Urbanismo,<br />

o lixo era coletado em 90% da zona urbana e depositado a céu<br />

aberto. Os resíduos não coletados eram descartados em terrenos<br />

baldios ou queimados.<br />

Ruas e Il<strong>um</strong>inação<br />

Km 420<br />

POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS<br />

Nova Vida<br />

Km 380<br />

Estadual, Pavimentada<br />

Não Informado, T.I. Araribóia<br />

Pavimentada<br />

Estadual, Não Pavimentada<br />

AEROPORTOS<br />

Campo de Pouso<br />

Os serviços de pavimentação, drenagem e il<strong>um</strong>inação pública eram<br />

mantidos pela Prefeitura com apoio de convênios com o Estado e o<br />

Governo Federal. Em 2006, na área urbana, 60% das ruas possuíam<br />

pavimentação e drenagem. O restante contava com camada de terra<br />

raspada e compactada.<br />

Segundo o estudo, a il<strong>um</strong>inação pública cobria 95% das vias urbanas<br />

e 60% dos povoados rurais. A eletrificação domiciliar, a cargo da<br />

Companhia Energética do Maranhão (Cemar), possuía 20.333 ligações<br />

urbanas (95% dos domicílios) e 5.080 rurais.<br />

L. 25<br />

Área Km de Estudo 100<br />

Cidade Principal<br />

Aglomerado Populacionai<br />

Hidrografia<br />

Amarante do Maranhão<br />

3<br />

Km 370<br />

Nova Vida<br />

Nova Vida<br />

Buriticupu<br />

Buriticupu<br />

Estadual, não pavimentada<br />

PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR - UTM<br />

Não informado, não pavimentada<br />

AEROPORTOS Leis de Parcelamento, Uso e Ocupação MERIDIANO do CENTRAL: Solo, 45° de WGRPerímetro<br />

Urbano,<br />

Aeroporto Internacional<br />

DATUM HORIZONTAL: SAD 69<br />

Limpeza Pública<br />

EXECUTADO POR:<br />

ESCALA:<br />

de Zoneamento e de Áreas de Interesse Campo de Pouso<br />

Fonte: IBGE Carta Social ao milionésimo e Especial, além dos Thelma Trigo 1:500.000<br />

DATA:<br />

22/01/2008<br />

REVISÃO:<br />

01<br />

FOLHA:<br />

Códigos de Postura, Obras e Vigilância Sanitária. A Prefeitura adotava<br />

a gestão participativa do orçamento e o IPTU progressivo.<br />

Infra-Estrutura<br />

Água<br />

O abastecimento da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão<br />

(Caema) abrangia 50% da zona urbana em 2006. Por meio<br />

de poços artesianos e rasos, cisternas e açudes, o restante da<br />

população era atendido pela Prefeitura, que tinha projeto para<br />

melhorar o fornecimento.<br />

Esgotos<br />

Segundo o Censo 2000, o município não contava com sistema de<br />

LEGENDA<br />

Km 104<br />

Divisa Interestadual<br />

Divisa Municipal<br />

TRAVESSIAS<br />

Travessia Não Oficial<br />

Travessia Oficial de Fluxo Intenso<br />

ÁREAS ESPECIAIS<br />

Terra Indígena (T.I.)<br />

SISTE<strong>MA</strong> VIÁRIO<br />

FERROVIAS<br />

Ferrovia Norte Sul<br />

Estrada de Ferro Carajás<br />

Estação<br />

Unidades de Apoio<br />

Posto de Manutenção<br />

Locação<br />

Locação em Expansão<br />

Ponte, Viaduto, Contenção<br />

RODOVIAS<br />

POR ADMINISTRAÇÃO E TIPO DE PAVIMENTAÇÃO<br />

Federal, Pavimentada


DIMENSãO<br />

ECONÔMICA<br />

A base da economia de <strong>Açailândia</strong> é a siderurgia. As cinco indústrias<br />

de ferro-gusa são a principal fonte de empregos, renda e impostos.<br />

O comércio se destaca na área urbana. Na rural, a pecuária tem grande<br />

peso econômico, concentrando o maior rebanho bovino e a maior<br />

produção leiteira do estado. O município possui seis assentamentos<br />

rurais, que totalizam 33 mil hectares e têm 93% dos 830 lotes ocupados.<br />

PIB e Trabalhadores<br />

O Produto Interno Bruto 1 de <strong>Açailândia</strong> foi de R$ 973 milhões 35 mil<br />

em 2004. O valor correspondia a 8,4% do PIB do território da Estrada<br />

de Ferro Carajás. Em relação aos R$ 339 milhões 822 mil registrados<br />

em 1999, o PIB municipal teve a<strong>um</strong>ento de 186,3%.<br />

Setores da economia no PIB<br />

Agropecuária<br />

Indústria<br />

Serviços (exceto adm. pública)<br />

Administração pública<br />

Fonte: IBGE - PIB dos Municípios.<br />

Perfil Socioeconômico<br />

O rendimento médio mensal da população ocupada foi de R$ 423,20<br />

em 2000. O valor correspondia a 86,2% da média de rendimento no<br />

território da Estrada de Ferro Carajás (R$ 490,90).<br />

A renda familiar per capita anual em 2000 alcançou R$ 1.783. O valor<br />

foi superior em 34,7% à média estadual (R$ 1.324) e correspondia a<br />

78,3% da média no território da Estrada de Ferro Carajás (R$ 2.276).<br />

As pessoas com quatro ou mais anos de estudo eram 56,3% da<br />

população ocupada em 2000. No Maranhão, a média era de 50%.<br />

Os chefes de família com quatro ou mais anos de estudo eram 43%<br />

em 2000, percentual acima da média estadual (40,6%). De todos os<br />

chefes de família, 87% tinham rendimentos – menos que a média<br />

estadual (92,9%).<br />

Distribuição da população ocupada por rendimento<br />

(salário mínimo) – 2000<br />

até 1 1 - 2 2 - 3 3 - 5 5 - 10 mais de 10<br />

41,2% 27,1% 8,3% 7,9% 5,6% 3%<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />

4 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Açailândia</strong> | <strong>MA</strong><br />

Diagnóstico Socioeconômico<br />

1999<br />

14,8%<br />

50%<br />

25,4%<br />

9,8%<br />

2004<br />

12%<br />

55,4%<br />

25%<br />

7,6%<br />

PIB per capita<br />

(Total em R$ dividido pelo número de habitantes)<br />

População de 10 anos ou mais ocupada por<br />

anos de estudo – 2000<br />

Sem instrução e menos de 1 ano 18.8%<br />

1 a 3 anos 24,1%<br />

4 a 7 anos 29,5%<br />

8 a 10 anos 13,2%<br />

11 a 14 anos 12,3%<br />

15 anos ou mais 1,3%<br />

Não determinados 0,8%<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />

1999 2004<br />

<strong>Açailândia</strong> R$ 3.729 R$ 9.649<br />

Território da EFC R$ 4.521 R$ 5.431<br />

Maranhão R$ 4.335 R$ 4.992<br />

Fonte: IBGE - PIB dos Municípios.<br />

População Economicamente Ativa (PEA) 2 , População<br />

Ocupada (POC) 3 e taxa de desemprego – 2000<br />

Pea Poc DesemPRego (%)<br />

<strong>Açailândia</strong> 33.362 29.924 10,3<br />

Território da EFC 800.147 664.985 16,9<br />

Maranhão 2.170.684 1.914.040 11,8<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />

Distribuição da População Ocupada – 2000<br />

Agropecuária 23,9%<br />

Indústria 22,2%<br />

Comércio 18%<br />

Serviços 7,4%<br />

Administração pública 26,1%<br />

Atividades não definidas 2,3%<br />

Fonte: IBGE - Censo Demográfico.<br />

1 Produto Interno Bruto: é a soma de todos bens e serviços finais produzidos n<strong>um</strong> lugar durante<br />

<strong>um</strong> período de tempo. O PIB per capita corresponde à divisão do PIB pelo número de habitantes. Se,<br />

n<strong>um</strong> lugar com 10 mil moradores, o valor dos bens e serviços totaliza R$ 40 milhões no ano, o PIB per<br />

capita é de R$ 4 mil. 2 População Economicamente Ativa (PEA): é formada por todas as pessoas<br />

com 15 anos ou mais, aptas para o trabalho, incluídas aquelas que não estão trabalhando. 3 População<br />

Ocupada (POC): é composta por todas as pessoas que estão empregadas, ou trabalhando por conta<br />

própria, incluídas aquelas que estão de férias ou trabalham sem carteira assinada.


DIMENSãO<br />

SOCIAL<br />

Educação<br />

Estudantes<br />

A cobertura abrange do ensino infantil ao ensino universitário,<br />

com atendimento prioritário ao ensino fundamental. Nesta última<br />

modalidade de ensino, o atendimento ainda não abrangia todas as<br />

crianças e adolescentes, pois o número de matrículas era inferior à<br />

quantidade de crianças até 14 anos computadas pelo Censo 2000,<br />

que estavam em idade escolar em 2004.<br />

<strong>Açailândia</strong> incorporou ao ensino fundamental a 9ª série, que contava<br />

com 2.141 estudantes da zona urbana em 2006.<br />

Matrículas<br />

escola<br />

ens. Fundamental<br />

| total 23.037 |<br />

Privada 1.476<br />

estadual 3.389<br />

municipal 18.172<br />

escola<br />

ens. Pré-escolar<br />

| total 3.851 |<br />

Privada 810<br />

estadual -<br />

municipal 3.041<br />

Fonte: IBGE Cidades (2004) e Prefeitura.<br />

Alfabetização<br />

escola<br />

ens. médio<br />

| total 6.469 |<br />

Privada 856<br />

estadual 5.613<br />

municipal -<br />

A taxa de analfabetismo da população com 15 anos ou mais foi<br />

reduzida de 39%, em 1991, para 24,9%, em 2000, ficando abaixo da<br />

média do Maranhão (27,1%).<br />

Trem de carga na Ponte do 40, ponto<br />

turístico de <strong>Açailândia</strong> (à esquerda).<br />

Programa Educação no Trilhos,<br />

na estação de passageiros.<br />

Escolas<br />

Segundo dados fornecidos pela Prefeitura e pelo Estado a partir do<br />

Censo Escolar 2005, o município possuía 173 escolas – na grande<br />

maioria, municipais.<br />

Professores<br />

Modalidade de ensino<br />

Fonte: IBGE Cidades (2004).<br />

Desempenho<br />

Aprovação, reprovação e abandono<br />

Priv. estad. munic. Fed. total<br />

Fundamental 99 120 626 - 845<br />

Médio 43 227 - - 270<br />

Pré-escolar 44 - 96 - 140<br />

escolas Localiz. ensino Fund. ensino médio<br />

Aprov. Rep. Aband. Aprov. Rep. Aband.<br />

Est. urbana 77,3% 12,3% 10,3% 58,8% 7,1% 34,7%<br />

Mun.<br />

rural<br />

urbana<br />

69% 11,3%<br />

71,3%% 11,8%<br />

19,7%<br />

16,9%<br />

58,6%<br />

68,4%<br />

4,7%<br />

4,7%<br />

36,7%<br />

26,9%<br />

Part. urbana 96,1% 1,3% 2,6% - - -<br />

Total 73,2% 11% 15,9% 61,5% 5% 33,5%<br />

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Inep (2006).<br />

No Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2006, a média total<br />

(redação e prova objetiva) foi de 39, acima da média estadual (36,8). A<br />

média nacional foi de 42,5.<br />

Ensino Universitário<br />

<strong>Açailândia</strong> tem <strong>um</strong> campus avançado da Universidade Estadual<br />

do Maranhão (Uema). Os cursos oferecidos são: Administração de<br />

Empresas, Administração de Negócios, Ciências Contábeis, Ciências<br />

Econômicas, Direito, Enfermagem, Farmácia/Bioquímica, Odontologia,<br />

Pedagogia, Sistemas da Informação, Zootecnia e licenciatura<br />

em Ciências Biológicas, Matemática, História, Geografia, Língua<br />

Portuguesa e Língua Inglesa.<br />

5


Saúde<br />

O município conta com quatro hospitais que, em 2005, ofereciam 253<br />

leitos de clínica cirúrgica, pediatria, obstetrícia e outras especialidades.<br />

Do total, 134 estavam integrados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O<br />

número corresponde à proporção de 2,4 leitos por mil habitantes, de<br />

acordo com a população estimada pelo IBGE para 2006. Com potencial<br />

para 7.718 internações anuais, os hospitais efetuaram 4.571 no ano.<br />

No atendimento de saúde, duas unidades básicas e 19 postos<br />

funcionavam em 2005. Os Programas Saúde da Família (PSF) e Agentes<br />

Comunitários de Saúde (PACS) davam cobertura, respectivamente, a<br />

64,9% e 54,7% da população.<br />

<strong>Açailândia</strong> registrou, em 2005, a média de 0,83 consulta médica por<br />

habitante em especialidades básicas. O número é inferior à média de 1,5<br />

consulta, considerada aceitável pelo Ministério da Saúde.<br />

Natalidade<br />

O número de nascimentos a<strong>um</strong>entou, ao contrário da tendência<br />

nacional. A taxa de natalidade 1 passou de 15 em 2000 para 27 em<br />

2003. No ano, a taxa do Maranhão foi de 25,6, enquanto a da Região<br />

Nordeste e a do Brasil ficaram em 21,6 e 18,3, respectivamente.<br />

Mortalidade Infantil<br />

O coeficiente de mortalidade 2 infantil foi de 20,8 em 2004. A proporção<br />

de mortes nessa idade em relação a todas as faixas etárias da população<br />

passou de 20,1, em 2000, para 17,5, em 2003, e para 13,7, em 2004. Em<br />

2003, essa proporção foi de 11 no Maranhão; 8,5 na Região Nordeste; e<br />

5,7 no Brasil.<br />

Coeficiente de mortalidade infantil<br />

2000 2001 2002 2003 2004<br />

48 36,7 24,4 33,2 20,8<br />

Fonte: MS/SUS/DASIS/Sinasc.<br />

Coeficiente de mortalidade infantil até os 11 meses<br />

0 a 6 dias 7 a 28 dias 1 a 11 meses<br />

2000 2002 2004 2000 2002 2004 2000 2002 2004<br />

30,8 10,6 10,4 3,7 4,2 1,9 13,5 9,5 8,5<br />

Fonte: MS/SUS/DASIS/Sinasc.<br />

Partos<br />

Proporção de cesarianas<br />

2000 2001 2002 2003 2004 2005<br />

13,3% 20,3% 18,9% 23,9% 16,7% 18,8%<br />

Fonte: MS/SUS/DASIS/Sinasc.<br />

1 Taxa de natalidade: corresponde, n<strong>um</strong> certo tempo, ao resultado da seguinte operação: número de<br />

nascidos vivos x 1.000 ÷ população total. Exemplo: se, durante o ano, 200 bebês nascem vivos n<strong>um</strong> lugar<br />

com 10 mil habitantes, a taxa de natalidade é 20. 2 Coeficiente de mortalidade: corresponde, n<strong>um</strong> certo<br />

tempo, ao resultado da seguinte operação: número de mortos com menos de 1 ano x 1.000 ÷ número<br />

de nascidos vivos. Exemplo: se, durante o ano, morrem 20 bebês com menos de 1 ano n<strong>um</strong> lugar em que<br />

nascem 1.000, o coeficiente de mortalidade infantil é 20.<br />

6 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Açailândia</strong> | <strong>MA</strong><br />

Diagnóstico Socioeconômico<br />

Talison Juan Souza Silva, integrante<br />

do Boi Diamante (foto ao alto).<br />

Futebol no Conjunto Habitacional<br />

João Paulo II.


Doenças<br />

Parasitárias e infecciosas<br />

Segundo os SUS, em cada grupo de mil crianças menores de 5<br />

anos, a taxa de internação por doenças diarréicas agudas foi de 8,6<br />

em 2005. Em 2001 e 2003, as taxas de internação nessa faixa etária<br />

com o mesmo diagnóstico foram de 38,5 e 4,6, respectivamente.<br />

Os pacientes menores de 5 anos com septicemia nessa faixa etária<br />

corresponderam a 78,1% dos internados.<br />

Proteção Social<br />

Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano<br />

De 1991 a 2000, o Índice de Desenvolvimento<br />

H<strong>um</strong>ano-Municipal 1 (IDH-M) cresceu de 0,564 para<br />

0,666. O crescimento, de 18%, manteve o município<br />

no nível médio desse indicador. A dimensão que mais<br />

contribuiu para o avanço do IDH-M foi a educação.<br />

Bolsa Família<br />

O programa federal de maior importância social no<br />

município é o Bolsa Família, que transfere renda a<br />

famílias com rendimento per capita de até R$ 100<br />

por mês. Segundo o IBGE, o programa atendeu a 8.817<br />

famílias em 2006, abrangendo todas as que estavam<br />

em situação social vulnerável. O valor médio do<br />

benefício foi de R$ 62,59 mensais.<br />

Outros Programas<br />

Entre as iniciativas sociais da Prefeitura em 2006<br />

estavam os programas de Atenção à Pessoa Idosa,<br />

de Atenção às Pessoas Portadoras de Necessidades<br />

Especiais e de Proteção Social Básica à Infância, este<br />

com 1.750 participantes.<br />

Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, a proporção de<br />

pessoas pobres no município teve <strong>um</strong>a diminuição de<br />

7,5% e a desigualdade de renda cresceu de 0,59 para<br />

0,63, pelo Índice de Gini2 .<br />

1 Índice de Desenvolvimento H<strong>um</strong>ano (IDH): é avaliado levando em<br />

consideração três necessidades básicas: acesso ao conhecimento (medido<br />

por índices de educação), direito a <strong>um</strong>a vida longa e saudável (longevidade) e<br />

direito a <strong>um</strong> padrão de vida digno (renda). De 0 a 0,5: baixo desenvolvimento<br />

h<strong>um</strong>ano. De 0,5 a 0,8: médio desenvolvimento h<strong>um</strong>ano. De 0,8 a 1: alto<br />

desenvolvimento h<strong>um</strong>ano. 2 Índice de Gini: mede o grau de concentração<br />

de renda de <strong>um</strong> lugar, calculando a diferença entre os rendimentos dos<br />

mais pobres e dos mais ricos. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais perto de<br />

0, menor é a distância entre a renda dos pobres e a dos ricos; quanto mais<br />

próximo de 1, maior é a desigualdade.<br />

Crônicas não-transmissíveis<br />

Portadores de Diabetes mellitus - 2005<br />

Casos estimados 2.104<br />

Cadastrados 324<br />

Cobertura 15,4%<br />

Fonte: Indicadores de Atenção Básica/2006.<br />

Respiratórias<br />

Em 2005, segundo o SUS, a taxa de internação* de crianças até<br />

os 5 anos foi de 12,3. Em 2001 e 2003, as taxas foram de 58,6 e<br />

43,9, respectivamente. O principal diagnóstico foi a pne<strong>um</strong>onia,<br />

com 61,5% dos casos.<br />

Crônicas transmissíveis<br />

*Taxa de internação: número de<br />

pacientes em cada grupo de mil<br />

na mesma idade.<br />

tuberculose - Em 2004, foram registrados de 50 a 70 casos de<br />

tuberculose por 100 mil habitantes no município, de acordo com<br />

a Secretaria de Saúde do Estado. O número situa o município no<br />

nível mais alto de incidência da doença.<br />

Hanseníase - <strong>Açailândia</strong>, <strong>um</strong> dos 19 municípios maranhenses que<br />

o Ministério da Saúde considera prioritários para o tratamento da<br />

doença, registrou de 10 a 20 casos em 2005 para cada grupo de 10<br />

mil habitantes. O número é considerado muito alto pelo Ministério.<br />

Circulatórias<br />

De acordo com o SUS, em 2005, as taxas<br />

de internação* por insuficiência cardíaca<br />

congestiva e acidente vascular cerebral foram<br />

de 21,4 e 7,3, respectivamente.<br />

*Taxa de internação: número<br />

de pacientes por grupo de 10<br />

mil pessoas acima dos 40 anos.<br />

Portadores de hipertensão - 2005<br />

Casos estimados 6.346<br />

Cadastrados 1.037<br />

Cobertura 16,3%<br />

7


8 Um <strong>olhar</strong> <strong>sobre</strong> <strong>Açailândia</strong> | <strong>MA</strong><br />

Diagnóstico Socioeconômico

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