“SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar ...
“SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar ...
“SENHOR, não é soberbo o meu coração, nem altivo o meu olhar ...
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<strong>“SENHOR</strong>, <strong>não</strong> <strong>é</strong> <strong>soberbo</strong> o <strong>meu</strong> <strong>coração</strong>, <strong>nem</strong> <strong>altivo</strong> o <strong>meu</strong> <strong>olhar</strong>;<br />
<strong>não</strong> ando a procura de grandes coisas, <strong>nem</strong> de coisas maravilhosas<br />
demais para mim. Pelo contrário, fiz calar e sossegar a minha alma;<br />
como a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe,<br />
como essa criança <strong>é</strong> a minha alma para comigo”. (Salmos, 131.1 e 2)<br />
Corações abertos e que confiam, geralmente são<br />
mais machucados que os corações fechados. Um <strong>coração</strong><br />
sensível que se abre para concordar, para compartilhar, para<br />
buscar amor e compreensão, que resolve acreditar e investir, em<br />
geral <strong>é</strong> o mais fácil de ser partido.<br />
Mas, há tamb<strong>é</strong>m corações fechados. Estes,<br />
geralmente, <strong>não</strong> confiam, são corações discordantes, que <strong>não</strong><br />
aceitam autoridade, que <strong>não</strong> aceitam correr riscos, são ingratos,<br />
avaros, excludentes e insensíveis. Por <strong>não</strong> reconhecerem suas<br />
deformações <strong>não</strong> se deixam tratar.<br />
Corações assim raramente se partem. Mas a sua<br />
dureza machuca os outros. Eles saem ferindo, atropelando e<br />
provocando divisão entre as almas sensíveis que tocam suas<br />
vidas. Estes são os que acham que todos deveriam ser como<br />
eles são. Eles <strong>não</strong> aceitam se ajustar aos outros; ao contrário,<br />
os outros – assim eles pensam – <strong>é</strong> que devem se ajustar a eles.<br />
Eles <strong>não</strong> sabem chorar. Corações duros <strong>não</strong><br />
gostam de lágrimas. Quando choram, o fazem por si mesmos.<br />
Detestam se comprometer com os outros. Sentem-se<br />
incomodados e rejeitam quando algu<strong>é</strong>m lhes pede para<br />
compartilhar seu próprio <strong>coração</strong>.<br />
Corações duros e machucados tornam a sua<br />
própria existência triste e sem sentido. As angústias existenciais<br />
nascem na dureza dos corações que <strong>não</strong> se abrem para Deus e<br />
para os outros. Que <strong>não</strong> estão dispostos a amar e serem<br />
amados.<br />
Precisamos pedir a Deus para que tenhamos<br />
corações quebrantados e sensíveis. Que estão dispostos a<br />
perdoar antes que julgar, a amar antes que odiar, que estão
abertos ao diálogo antes que às discórdias. Precisamos pedir a<br />
Deus para que tenhamos corações como o do Senhor Jesus, que<br />
sente a dor do outro, e que por isso mesmo pode ajudá-lo.<br />
Precisamos de corações dóceis para que possamos extirpar o<br />
azedo e o jiló que amarga as relações entre esposo e esposa,<br />
entre pais e filhos, entre patrões e empregados, entre pastor e<br />
rebanho, entre amigos, entre colegas... Precisamos de corações<br />
quebrados, contritos e compungidos.<br />
Precisamos de corações abertos a Deus, à<br />
comunhão com o Senhor dos c<strong>é</strong>us e da terra, que se dá atrav<strong>é</strong>s<br />
da oração e da leitura da Palavra Divina . Leitura da Santa<br />
Palavra com o <strong>coração</strong> amargo nos faz radicais, legalistas,<br />
moralistas, fundamentalistas... Não! Precisamos de um <strong>coração</strong><br />
dócil at<strong>é</strong> para orar e ler a Bíblia.<br />
Precisamos de corações dóceis para que <strong>não</strong><br />
tenhamos ‘dó’ de um mundo em pecado e viremos as costas,<br />
esquecendo-nos de nossa responsabilidade cristã. Corações<br />
dóceis falam do amor de Jesus, que cura as feridas, que traz<br />
vida e enche os outros corações de paz, salvação e alegria. Mas<br />
<strong>não</strong> apenas isto! Precisamos de corações quebrantados para <strong>não</strong><br />
fazermos ‘vista grossa’ às vítimas da exclusão social, da mis<strong>é</strong>ria<br />
e da pobreza que cada dia mais abarca um maior números de<br />
corações nesta nossa cidade, estado, país e mundo.<br />
A dureza da vida tamb<strong>é</strong>m pode tornar os corações<br />
endurecidos e machucados. Por isso a responsabilidade da Igreja<br />
<strong>é</strong> levar o amor de Jesus aos corações, para que sejam<br />
quebrantados no seu ódio, iniqüidade, pecado e falta de sentido,<br />
e que sejam assim refeitos, reconstruídos sob o fundamento do<br />
amor, da justiça, do perdão e da alegria da e pela vida.<br />
Somente corações dóceis e quebrantados, e<br />
refeitos pela graça de Jesus, <strong>é</strong> que se alimentam da esperança<br />
e, assim, vencem o desânimo provocado pelas forças do pecado<br />
e da morte.<br />
Nós precisamos de um <strong>coração</strong> dócil. Todos os<br />
dias nós precisamos pedir que a doçura do <strong>olhar</strong> do nosso Jesus<br />
invada o nosso ser e nos traga um <strong>coração</strong> mais parecido com o<br />
d’Ele.<br />
ao Teu!<br />
Fonte: www.paoquente.org<br />
Ó Senhor, concede-nos ter um <strong>coração</strong> igualzinho<br />
Rev. Ézio Martins de Lima<br />
Igreja Presbiteriana Independente Central de Brasília – DF