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Concepção das estações de tratamento de esgotos do - bvsde

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SANASA – CAMPINAS Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento S/A<br />

Para a remoção <strong>de</strong> areia, nas maiores ETE´s, tem si<strong>do</strong> previsto <strong>das</strong>arena<strong>do</strong>res gravimétricos, em caixas prismáticas<br />

quadra<strong>das</strong>, com limpeza mecanizada através <strong>de</strong> raspa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> circular e transporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> areia <strong>do</strong> tipo parafuso.<br />

A remoção prévia <strong>de</strong> óleos e graxas (OG) visan<strong>do</strong> minimizar o acúmulo <strong>de</strong> escuma nos reatores UASB foi<br />

sempre uma preocupação. Algumas concepções prevêem a sua retirada a partir da instalação <strong>de</strong> cortinas na caixa <strong>de</strong><br />

areia e encaminhamento direto ao pós-<strong>tratamento</strong> aeróbio, ou então até um reator específico para a sua <strong>de</strong>gradação<br />

aeróbia inicial para após seguir ao pós-<strong>tratamento</strong> aeróbio. Nos projetos recentes estima-se que a formação <strong>de</strong><br />

escuma será minimizada em conseqüência <strong>das</strong> peneiras no <strong>tratamento</strong> preliminar, dispensan<strong>do</strong> a remoção prévia <strong>de</strong><br />

OG, e sen<strong>do</strong> previsto dispositivos internos ao reator UASB, constituí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> calhas coletoras e tubulações para<br />

<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> escuma até caixas externas com selo hídrico, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> serão escoa<strong>das</strong> diretamente ao tanque <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> para<br />

<strong>de</strong>sidratação em conjunto com os lo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>do</strong> processo, ou então para <strong>de</strong>gradação no sistema <strong>de</strong> pós-<br />

<strong>tratamento</strong> aeróbio.<br />

Os reatores UASB foram projeta<strong>do</strong>s com seção transversal retangular, forman<strong>do</strong> módulos <strong>de</strong> um a oito<br />

reatores cada, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da ETE. Para a distribuição <strong>de</strong> vazão, as concepções <strong>de</strong> projeto têm da<strong>do</strong> preferência em<br />

realizar a maior divisão possível externamente ao reator UASB, utilizan<strong>do</strong> diversas caixas divisoras <strong>de</strong> vazões com<br />

verte<strong>do</strong>res, além <strong>de</strong> simetria hidráulica <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tubulações. Os sistemas <strong>de</strong> distribuição com tubulações<br />

perfura<strong>das</strong> internas aos reatores têm si<strong>do</strong> evita<strong>do</strong>s. Os separa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fases e <strong>de</strong>fletores inicialmente previstos <strong>de</strong><br />

material plástico reforça<strong>do</strong> com fibra <strong>de</strong> vidro, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao eleva<strong>do</strong> custo, passaram a ser <strong>de</strong> lonas <strong>de</strong> lamina<strong>do</strong> <strong>de</strong> PVC<br />

reforça<strong>das</strong> com substrato <strong>de</strong> poliéster, simplifican<strong>do</strong> inclusive a execução. Com relação ao fechamento <strong>do</strong> reator,<br />

inicialmente eram previstas telhas <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro, sen<strong>do</strong> que os gases conti<strong>do</strong>s entre a superfície líquida e a<br />

cobertura <strong>do</strong>s reatores seriam continuamente succiona<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> exaustor centrífugo e envia<strong>do</strong>s para o sistema <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res <strong>do</strong> tipo reator biológico <strong>de</strong> leito fixo, e os gases provenientes <strong>do</strong>s separa<strong>do</strong>res, com maior<br />

concentração <strong>de</strong> metano, seriam envia<strong>do</strong>s aos queima<strong>do</strong>res tipo flare. Nos projetos recentes, os reatores passaram a<br />

ser totalmente fecha<strong>do</strong>s com laje <strong>de</strong> concreto arma<strong>do</strong>, possibilitan<strong>do</strong> que os gases sejam totalmente direciona<strong>do</strong>s aos<br />

queima<strong>do</strong>res, a partir da parte superior interna <strong>do</strong> UASB, entre a laje <strong>de</strong> cobertura e o nível <strong>de</strong> água. É interessante<br />

notar que essa concepção, além da redução da espessura <strong>das</strong> pare<strong>de</strong>s <strong>do</strong> reator, permitiu a eliminação <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong><br />

emissão <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> área <strong>de</strong> cobertura <strong>do</strong>s reatores e respectivo sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res, que se<br />

necessário eventualmente, po<strong>de</strong>rá ser implanta<strong>do</strong> com base nas tecnologias disponíveis, algumas <strong>de</strong> fácil instalação e<br />

baixo custo, através da aspersão <strong>de</strong> produtos redutores na atmosfera circundante às fontes.<br />

Para o <strong>tratamento</strong> <strong>do</strong> lo<strong>do</strong>, nos projetos mais recentes, previu-se tanques com mistura<strong>do</strong>res para recebimento<br />

e homogeneização <strong>do</strong>s <strong>de</strong>scartes <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>, e prédio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação: no pavimento térreo com instalações para bombas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento positivo <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>, e condicionamento químico com unida<strong>de</strong>s automatiza<strong>das</strong> <strong>de</strong><br />

diluição e <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> polímeros; no pavimento superior com a <strong>de</strong>sidratação mecânica, utilizan<strong>do</strong> centrífugas <strong>do</strong> tipo<br />

“<strong>de</strong>canter” ou prensas parafuso <strong>do</strong> tipo “Contipress”, com <strong>de</strong>scarga da torta por gravida<strong>de</strong> e transporte horizontal<br />

automático através <strong>de</strong> roscas até caçambas estacionárias externas. A torta <strong>de</strong>verá possuir teor mínimo <strong>de</strong> sóli<strong>do</strong>s<br />

igual a 20%, com expectativa <strong>de</strong> chegar a 22% ou até um máximo <strong>de</strong> 25% nas condições mais favoráveis. Para<br />

secagem adicional, visan<strong>do</strong> alcançar teores superiores a 30%, nas ETE´s Anhumas e Boa Vista com porte e reserva<br />

<strong>de</strong> áreas disponíveis no presente, foram previstos galpões tipo estufa agrícola, incluin<strong>do</strong> caminhões basculantes, pá<br />

carrega<strong>de</strong>ira, e trator com revolve<strong>do</strong>r lateral. A concepção a<strong>do</strong>tada levou em consi<strong>de</strong>ração o <strong>de</strong>stino a ser da<strong>do</strong> ao<br />

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