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Concepção das estações de tratamento de esgotos do - bvsde

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SANASA – CAMPINAS Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento S/A<br />

Engº Sérgio Raimun<strong>do</strong> Grandin<br />

CONCEPÇÃO DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTOS<br />

DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS/SP<br />

Engenheiro Sanitarista pela PUC-Campinas, 1.984; Mestre em Engenharia Hidráulica e Sanitária pela Escola<br />

Politécnica da USP, 1.992; Atuou em serviços <strong>de</strong> engenharia consultiva para a SABESP no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1.989-92 e<br />

como Engenheiro da CETESB no perío<strong>do</strong> 1.992-97. É Engenheiro Sênior da Gerência <strong>de</strong> Planejamento e Projetos da<br />

SANASA-Campinas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1.997.<br />

En<strong>de</strong>reço: Av. da Sauda<strong>de</strong>, 500 - Ponte Preta, Campinas - SP - CEP: 13041-903 - Tel.: (19) 3735-5122 - FAX: (19)<br />

3735-5351 - e-mail: proj.esgoto@sanasa.com.br<br />

PALAVRAS-CHAVE: <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>; concepção; ETE’s; Reator UASB; pós-<strong>tratamento</strong>.<br />

Material <strong>de</strong> apoio para a apresentação: Projetor multimídia com computa<strong>do</strong>r; Programa Power Point; Quadro<br />

Branco.<br />

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SANASA – CAMPINAS Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento S/A<br />

1. OBJETIVO<br />

O <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong> vem sen<strong>do</strong> prioriza<strong>do</strong> pela SANASA <strong>de</strong> forma marcante e <strong>de</strong>cisiva para a<br />

recuperação da qualida<strong>de</strong> <strong>das</strong> águas em Campinas e nos municípios a jusante, estan<strong>do</strong> entre as ações <strong>de</strong><br />

enfrentamento mais urgentes diante <strong>de</strong> um cenário que aponta para riscos iminentes <strong>de</strong> colapso nos sistemas públicos<br />

<strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> água.<br />

Este trabalho tem por objetivo apresentar consi<strong>de</strong>rações sobre as concepções <strong>do</strong>s sistemas <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>esgotos</strong> em uso no município <strong>de</strong> Campinas, enfocan<strong>do</strong> fatores que influenciaram a escolha e os avanços mais<br />

significativos, visan<strong>do</strong> contribuir com subsídios para o planejamento e projetos <strong>de</strong> novas ETE´s.<br />

2. DESENVOLVIMENTO<br />

A concepção <strong>das</strong> principais ETE’s em operação e em implantação no município <strong>de</strong> Campinas, com as<br />

respectivas vazões médias <strong>de</strong> final <strong>de</strong> plano, é apresentada na Tabela 1, responsáveis em alcançar a curto prazo a<br />

almejada meta <strong>de</strong> 70% <strong>de</strong> esgoto trata<strong>do</strong>.<br />

Tabela 1. <strong>Concepção</strong> <strong>das</strong> ETE’s da SANASA-Campinas<br />

ETE’s Vazão<br />

(L/s) *<br />

<strong>Concepção</strong> <strong>de</strong> Tratamento<br />

Anhumas 1.200 Reator UASB + <strong>tratamento</strong> físico-químico, com Flotação por Ar Dissolvi<strong>do</strong><br />

Piçarrão 556 Reator UASB + Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s, com clarificação por Flotação com Ar Dissolvi<strong>do</strong><br />

Barão Geral<strong>do</strong> 319 Reator UASB + Filtro Biológico Percola<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Alta Taxa + Decanta<strong>do</strong>r Secundário<br />

Boa Vista 221 Reator UASB + Filtro Biológico Aera<strong>do</strong> Submerso + Decanta<strong>do</strong>r Secundário<br />

Samambaia 204 Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s - aeração prolongada, com <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> alta taxa e digestor aeróbio<br />

Sousas 99 Reator UASB + <strong>tratamento</strong> físico-químico, com Flotação por Ar Dissolvi<strong>do</strong><br />

Santa Mônica 85 Reator UASB + Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s, com clarificação em <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> alta taxa<br />

San Martin 35 Reator UASB + Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s, com reatores seqüenciais em batelada<br />

Ciatec 25 Lagoa Aerada Aeróbia + Lagoa Aerada Facultativa / Sedimentação<br />

Alphaville 25 Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s - aeração prolongada, com reatores seqüenciais em batelada<br />

Santa Rosa 13 Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s - aeração prolongada, com reatores seqüenciais em batelada<br />

Arboreto 12 Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s - aeração prolongada, com reatores seqüenciais em batelada<br />

Terras <strong>do</strong> Barão 7 Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s - aeração prolongada, com reatores seqüenciais em batelada<br />

Icaraí 5 Tanque Séptico + Filtro Anaeróbio <strong>de</strong> Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte<br />

Villa Réggio 5 Tanque Séptico + Filtro Anaeróbio <strong>de</strong> Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte<br />

CDHU – H 4 Tanque Séptico + Filtro Anaeróbio <strong>de</strong> Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte<br />

(*) Vazão média <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong> sanitários, no final <strong>de</strong> plano (ano 2020)<br />

Em geral, a concepção <strong>de</strong> sistemas <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> menor porte, em operação mais recente, tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s<br />

ativa<strong>do</strong>s por batelada, (ETE’s Santa Rosa, Alphaville, Arboreto e Terras <strong>do</strong> Barão), principalmente em con<strong>do</strong>mínios<br />

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e loteamentos resi<strong>de</strong>nciais, para populações entre 2.000 e 10.000 habitantes. Nesses casos, no que se refere ao<br />

<strong>tratamento</strong> <strong>do</strong> lo<strong>do</strong>, para vazões menores e locais com área disponível (Arboreto, Terras <strong>do</strong> Barão), têm-se opta<strong>do</strong><br />

por leitos <strong>de</strong> secagem, e para vazões maiores e locais com pouca área disponível, têm si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> a<strong>de</strong>nsamento por<br />

gravida<strong>de</strong> (Santa Rosa) ou a<strong>de</strong>nsamento mecânico (Alphaville), segui<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação mecânica com centrífuga.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, nas pequenas ETE’s, em operação há mais tempo, com população até cerca <strong>de</strong> 3.000 habitantes<br />

(Icaraí, CDHU – H, e Villa Réggio), foi utilizada a concepção <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> tanque séptico (<strong>de</strong>canto-digestor)<br />

segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> filtro anaeróbio <strong>de</strong> fluxo ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a simplicida<strong>de</strong> para projeto e instalação e os custos reduzi<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> manutenção e operação. Também com concepção simples, a ETE CIATEC, encontra-se em operação<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> agosto/94, originalmente como lagoa anaeróbia seguida <strong>de</strong> lagoa facultativa, para vazão <strong>de</strong> 11,4L/s, e,<br />

atualmente, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elevar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> para cerca <strong>de</strong> 25L/s, com a concepção<br />

modificada para lagoa aerada aeróbia (mistura completa) seguida <strong>de</strong> lagoa aerada facultativa e <strong>de</strong> sedimentação.<br />

A SANASA, com base na Lei municipal nº 8.838 <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1.996, tem solicita<strong>do</strong> para novos<br />

empreendimentos, em áreas não atendi<strong>das</strong> integralmente pelo sistema público <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>, o projeto e implantação <strong>de</strong><br />

sistema próprio <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>. Foram centenas <strong>de</strong> projetos já analisa<strong>do</strong>s e aprova<strong>do</strong>s, a maioria <strong>de</strong><br />

pequeno porte apresentan<strong>do</strong> concepção <strong>de</strong> tanque séptico segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> filtro anaeróbio <strong>de</strong> fluxo ascen<strong>de</strong>nte, e alguns<br />

<strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s por batelada para maiores vazões. Essas ETE’s têm si<strong>do</strong> opera<strong>das</strong> pelos próprios usuários, e no<br />

caso <strong>de</strong> loteamentos resi<strong>de</strong>nciais, gradativamente transferi<strong>das</strong> à SANASA.<br />

A ETE Samambaia, em operação <strong>de</strong>s<strong>de</strong> junho/2001, encontra-se a montante da captação <strong>de</strong> água <strong>do</strong> rio<br />

Atibaia <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Campinas. A concepção constitui-se <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s na modalida<strong>de</strong> aeração<br />

prolongada, porém com diferenciações inova<strong>do</strong>ras visan<strong>do</strong> economia construtiva e <strong>de</strong>sempenho. Os tanques <strong>de</strong><br />

aeração constituem-se <strong>de</strong> duas unida<strong>de</strong>s em série, com diques <strong>de</strong> terra compactada no solo escava<strong>do</strong>, revesti<strong>do</strong>s com<br />

manta sintética. Os <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>res secundários são <strong>de</strong> alta taxa, <strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> placas planas paralelas <strong>de</strong> fluxo laminar,<br />

sen<strong>do</strong> os três módulos retangulares construí<strong>do</strong>s em estrutura <strong>de</strong> concreto acoplada à saída <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> tanque <strong>de</strong><br />

aeração. Foram previstos digestores aeróbios para maior estabilização <strong>do</strong> lo<strong>do</strong>, antece<strong>de</strong>n<strong>do</strong> as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>nsamento por gravida<strong>de</strong> em tanques retangulares com fun<strong>do</strong> tronco-piramidal, e <strong>de</strong>sidratação por centrífuga. O<br />

efluente trata<strong>do</strong> vem apresentan<strong>do</strong> excelente qualida<strong>de</strong> (DBO5 e SS inferiores a 10mg/L), sen<strong>do</strong> que a SANASA<br />

realizou ajustes no processo para melhoria <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho e redução <strong>do</strong>s custos operacionais. Devi<strong>do</strong> às baixas<br />

vazões <strong>de</strong> início <strong>de</strong> plano foram <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong>s em mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> espera o primeiro tanque <strong>de</strong> aeração e <strong>do</strong>is módulos <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>canta<strong>do</strong>res secundários. O sistema <strong>de</strong> aeração com aera<strong>do</strong>res mecânicos superficiais <strong>de</strong> alta rotação e fluxo <strong>de</strong> ar<br />

induzi<strong>do</strong>, foi substituí<strong>do</strong> por aera<strong>do</strong>res submersos <strong>de</strong> melhor eficiência <strong>de</strong> oxigenação e mistura. Nos <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>res<br />

secundários foram instala<strong>do</strong>s aspersores para quebra <strong>de</strong> escuma, e a taxa <strong>de</strong> recirculação <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> foi elevada ao<br />

máximo para evitar entupimentos no barrilete inferior, que <strong>de</strong>ve ter concepção que garanta velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> arraste<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>das</strong> na extração <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> por bombeamento. Está prevista a implantação <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinfecção por<br />

ultravioleta, estan<strong>do</strong> em teste, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, uma unida<strong>de</strong> piloto com reator <strong>de</strong> aço inox em posição horizontal e<br />

perpendicular ao fluxo, com lâmpa<strong>das</strong> imersas <strong>de</strong> média pressão e alta intensida<strong>de</strong>, protegi<strong>das</strong> com tubos <strong>de</strong> quartzo.<br />

As ETE’s Santa Mônica e Piçarrão foram concebi<strong>das</strong> com Reator Anaeróbio <strong>de</strong> Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte e Manto<br />

<strong>de</strong> Lo<strong>do</strong> (Reator UASB) associa<strong>do</strong> com Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s, seguin<strong>do</strong> tendência da aplicação <strong>de</strong> processos anaeróbios<br />

combina<strong>do</strong>s com processo <strong>de</strong> pós-<strong>tratamento</strong> aeróbio, e disseminada por diversos pesquisa<strong>do</strong>res no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

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concepção <strong>do</strong>s projetos (Campos, 1999; Chernicharo, 1997). A ETE Santa Mônica, inaugurada recentemente, possui<br />

concepção construtiva mais simplificada, utilizan<strong>do</strong> aera<strong>do</strong>res mecânicos tipo submersos, e clarificação em<br />

<strong>de</strong>canta<strong>do</strong>r secundário <strong>de</strong> alta taxa similar ao da ETE Samambaia. Antes <strong>do</strong> lançamento no córrego da Lagoa (classe<br />

02), foi prevista a <strong>de</strong>sinfecção com cloração em tanque <strong>de</strong> contato utilizan<strong>do</strong> hipoclorito <strong>de</strong> sódio e a <strong>de</strong>scloração<br />

com dióxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> enxofre, além <strong>de</strong> pós-aeração em tanque com aera<strong>do</strong>r mecânico superficial <strong>de</strong> alta rotação. Os<br />

<strong>de</strong>scartes <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> são realiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s reatores UASB - que também recebe o excesso <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> aeróbio para digestão e<br />

a<strong>de</strong>nsamento - e envia<strong>do</strong>s a leitos <strong>de</strong> secagem com cobertura. Na ETE Piçarrão, a ser inaugurada em junho/2004,<br />

foram introduzi<strong>das</strong> concepções construtivas mais sofistica<strong>das</strong>. O sistema <strong>de</strong> aeração será por ar difuso com painéis<br />

fixos difusores <strong>de</strong> membranas flexíveis <strong>de</strong> bolha fina, e para a clarificação foi previsto sistema <strong>de</strong> flotação com ar<br />

dissolvi<strong>do</strong>, em vez <strong>de</strong> <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>res que quase sempre estão associa<strong>do</strong>s com distúrbios operacionais (bulking) em<br />

processos <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s. O lo<strong>do</strong> será <strong>de</strong>sidrata<strong>do</strong> através <strong>de</strong> <strong>de</strong>canter centrífugo, e como o efluente será lança<strong>do</strong><br />

no córrego Piçarrão (classe 04) não foi necessária a <strong>de</strong>sinfecção, apenas pós-aeração através <strong>de</strong> escada hidráulica.<br />

Nos estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s para as ETE’s Boa Vista e Barão Geral<strong>do</strong> (SANASA, 2001, 2002), ambas em fase<br />

<strong>de</strong> licitação <strong>de</strong> obras, foram seleciona<strong>das</strong> e pré-dimensiona<strong>das</strong> diversas alternativas <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>, com<br />

base nas concepções atuais mais difundi<strong>das</strong> na literatura técnica e <strong>de</strong> maior potencial <strong>de</strong> uso no país (Alem Sobrinho<br />

& Jordão, 2001; Von Sperling, 1995), comparan<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s na modalida<strong>de</strong> aeração prolongada,<br />

com reatores UASB associa<strong>do</strong>s a diversos sistemas <strong>de</strong> pós-<strong>tratamento</strong>: filtro biológico percola<strong>do</strong>r <strong>de</strong> alta taxa, com<br />

<strong>de</strong>canta<strong>do</strong>r secundário (FBP), filtro biológico aera<strong>do</strong> submerso, com <strong>de</strong>canta<strong>do</strong>r secundário (FBAS), biofiltro aera<strong>do</strong><br />

submerso (BAS), filtro anaeróbio <strong>de</strong> fluxo ascen<strong>de</strong>nte (FAN), flotação por ar dissolvi<strong>do</strong> (FAD), lagoa aerada, lo<strong>do</strong>s<br />

ativa<strong>do</strong>s convencional, lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s por batelada. Com base em análise tecnológica multicritério e multiobjetivo,<br />

através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pon<strong>de</strong>ração aditiva simples, foi observa<strong>do</strong> <strong>de</strong>staque para as alternativas com reatores UASB e<br />

para pós-<strong>tratamento</strong> aeróbio em reatores com biomassa fixa (a<strong>de</strong>rida como biofilme) ou mesmo com sistema híbri<strong>do</strong><br />

(biomassa fixa e em suspensão). Desse mo<strong>do</strong>, para a ETE Boa Vista foi escolhi<strong>do</strong> o sistema UASB + FBAS,<br />

notadamente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à qualida<strong>de</strong> requerida no efluente para lançamento no córrego Boa Vista (classe 02) e patamar<br />

relativamente plano para implantação <strong>das</strong> unida<strong>de</strong>s. No caso da ETE Barão Geral<strong>do</strong> foi escolhi<strong>do</strong> o sistema UASB +<br />

FBP, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à qualida<strong>de</strong> menos restritiva para lançamento no ribeirão Anhumas (classe 04), e a topografia<br />

aci<strong>de</strong>ntada <strong>do</strong> terreno que facilita a implantação <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste tipo. Em ambas as ETE’s, para garantia <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sempenho e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> operação e manutenção <strong>do</strong>s filtros, foi previsto meio filtrante <strong>de</strong> material plástico não<br />

estrutura<strong>do</strong>, <strong>de</strong> elevada área específica e índice <strong>de</strong> vazios.<br />

A ETE San Martin, em fase <strong>de</strong> licitação <strong>de</strong> obras, exigiu atenção diferenciada no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> alternativas<br />

(SANASA, 2002). Decidiu-se pela implantação inicial <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s por batelada, com aera<strong>do</strong>res<br />

superficiais flutuantes <strong>de</strong> baixa rotação, concepção bastante indicada para as pequenas vazões <strong>de</strong> início <strong>de</strong> plano e<br />

primeira etapa, com flexibilida<strong>de</strong> para que na segunda etapa se <strong>de</strong>cida pela construção <strong>de</strong> outros módulos com a<br />

mesma concepção, ou então pela construção <strong>de</strong> reatores UASB, utilizan<strong>do</strong> como pós-<strong>tratamento</strong> o sistema <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s<br />

ativa<strong>do</strong>s por batelada existente. Desse mo<strong>do</strong>, a concepção final po<strong>de</strong>rá ser consolidada com base na confirmação<br />

mais precisa <strong>das</strong> vazões da segunda etapa, e também com o avanço <strong>das</strong> pesquisas com pós-<strong>tratamento</strong> utilizan<strong>do</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>s ativa<strong>do</strong>s por batelada, associação esta não muito incentivada atualmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos problemas<br />

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<strong>de</strong>correntes da pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> nos tanque <strong>de</strong> aeração/<strong>de</strong>cantação, e aeração em lâminas líqui<strong>das</strong><br />

bastante baixas.<br />

Para a ETE Anhumas, em fase <strong>de</strong> implantação, e ETE Sousas, em fase <strong>de</strong> licitação <strong>de</strong> obras, o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

alternativas <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> (SEREC, 2003), foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> com base em um estu<strong>do</strong> técnico-econômico<br />

e financeiro entre três alternativas – UASB segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Flotação por ar dissolvi<strong>do</strong> (FAD), UASB segui<strong>do</strong> <strong>de</strong> Filtro<br />

Biológico Aera<strong>do</strong> Submerso (FBAS), e Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s – sen<strong>do</strong> escolhida a primeira <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao menor custo <strong>de</strong><br />

implantação e menor área ocupada, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s atraentes pelo fato da ETE Anhumas requerer gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong>s<br />

recursos financeiros, encontran<strong>do</strong>-se em área restrita e valorizada, e por conta da ETE Sousas estar em área bastante<br />

aci<strong>de</strong>ntada e <strong>de</strong> preservação ambiental. Também contribuiu para essa escolha, as recentes pesquisas e aplicações <strong>do</strong><br />

sistema UASB + FAD, as quais <strong>de</strong>monstraram menor consumo <strong>de</strong> cloreto férrico e polieletrólito para o pós-<br />

<strong>tratamento</strong> físico-químico nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> coagulação/floculação/flotação por ar dissolvi<strong>do</strong>, caso se <strong>de</strong>seje apenas a<br />

remoção <strong>de</strong> carga orgânica (DBO) e sóli<strong>do</strong>s (SS), bastan<strong>do</strong> aumentar a <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> cloreto férrico em caso <strong>de</strong><br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> fósforo, principal nutriente para controle da floração <strong>de</strong> algas e eutrofização nos cursos<br />

d´água e represas a jusante <strong>do</strong> lançamento. O pós-<strong>tratamento</strong> com flotação por ar dissolvi<strong>do</strong> constitui-se basicamente<br />

<strong>de</strong> instalações <strong>de</strong> casa <strong>de</strong> química com tanques <strong>de</strong> armazenamento e bombas <strong>do</strong>sa<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> cloreto férrico e<br />

polieletrólito; calha Parshall para mistura rápida e coagulação; tanques flocula<strong>do</strong>res com três câmaras em série<br />

<strong>do</strong>ta<strong>das</strong> <strong>de</strong> agita<strong>do</strong>res <strong>do</strong> tipo turbina axial; prédio com sistema <strong>de</strong> saturação (conjuntos motor-bomba centrífugos <strong>de</strong><br />

recirculação/pressurização, compressores <strong>de</strong> ar tipo pistão, e tanques satura<strong>do</strong>res com recheio <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> plástico);<br />

flota<strong>do</strong>res circulares com raspa<strong>do</strong>res superficial e <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> mecaniza<strong>do</strong>s; e elevatórias com poço <strong>de</strong> sucção e<br />

recalque <strong>do</strong> lo<strong>do</strong> químico.<br />

A concepção <strong>do</strong>s projetos mais recentes tem si<strong>do</strong> bastante aprimorada, uma vez que a SANASA tem<br />

solicita<strong>do</strong> a previsão <strong>de</strong> facilida<strong>de</strong>s no arranjo físico <strong>das</strong> unida<strong>de</strong>s, para possibilitar a melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong><br />

efluente com o máximo <strong>de</strong> aproveitamento <strong>das</strong> instalações existentes. A nitrificação não foi incluída na concepção <strong>de</strong><br />

algumas ETE’s <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à tendência <strong>de</strong> maior flexibilização com relação à exigência <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> amônia nos<br />

processos <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong>. Mas se necessária futuramente esta etapa <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong>, as ETE´s Anhumas e Sousas<br />

estarão prepara<strong>das</strong> para inclusão <strong>de</strong> tanques <strong>de</strong> aeração, compressores, flota<strong>do</strong>res adicionais e recirculações,<br />

modifican<strong>do</strong> a concepção <strong>de</strong> pós-<strong>tratamento</strong> para Lo<strong>do</strong>s Ativa<strong>do</strong>s. Na ETE Barão Geral<strong>do</strong>, os Filtros Biológicos<br />

Percola<strong>do</strong>res po<strong>de</strong>rão ser transforma<strong>do</strong>s em Filtros Biológicos Aera<strong>do</strong>s Submersos, com a inserção <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

aeração e recirculações. Para aten<strong>de</strong>r um controle <strong>de</strong> poluição ainda mais exigente na bacia, também foi previsto nas<br />

principais ETE’s reservas estratégicas <strong>de</strong> área e adaptações <strong>de</strong> processo, para complementação <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong><br />

nitrogênio através da <strong>de</strong>snitrificação em reatores anóxicos, remoção <strong>de</strong> fósforo por <strong>tratamento</strong> físico-químico com<br />

adição <strong>de</strong> cloreto férrico, e remoção <strong>de</strong> organismos patogênicos através da <strong>de</strong>sinfecção.<br />

O <strong>tratamento</strong> preliminar, quase sempre negligencia<strong>do</strong> no projeto <strong>das</strong> ETE´s, recebeu atenção especial<br />

principalmente para evitar obstruções e <strong>de</strong>scontroles operacionais nos reatores UASB. No gra<strong>de</strong>amento grosseiro<br />

mecaniza<strong>do</strong> a montante da Estação Elevatória <strong>de</strong> Esgotos Brutos (EEEB), o espaçamento entre barras foi reduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

70mm para 20mm, sen<strong>do</strong> até previsto, em um <strong>do</strong>s casos, duas gra<strong>de</strong>s em série, uma manual com abertura <strong>de</strong> 40mm e<br />

outra mecanizada com abertura <strong>de</strong> 19mm. Para o gra<strong>de</strong>amento fino, a jusante da EEEB, o espaçamento entre barras<br />

foi reduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong> 10mm para 3mm, com a indicação <strong>de</strong> peneiras mecaniza<strong>das</strong> tipo escada para instalação em canal.<br />

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Para a remoção <strong>de</strong> areia, nas maiores ETE´s, tem si<strong>do</strong> previsto <strong>das</strong>arena<strong>do</strong>res gravimétricos, em caixas prismáticas<br />

quadra<strong>das</strong>, com limpeza mecanizada através <strong>de</strong> raspa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> circular e transporta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> areia <strong>do</strong> tipo parafuso.<br />

A remoção prévia <strong>de</strong> óleos e graxas (OG) visan<strong>do</strong> minimizar o acúmulo <strong>de</strong> escuma nos reatores UASB foi<br />

sempre uma preocupação. Algumas concepções prevêem a sua retirada a partir da instalação <strong>de</strong> cortinas na caixa <strong>de</strong><br />

areia e encaminhamento direto ao pós-<strong>tratamento</strong> aeróbio, ou então até um reator específico para a sua <strong>de</strong>gradação<br />

aeróbia inicial para após seguir ao pós-<strong>tratamento</strong> aeróbio. Nos projetos recentes estima-se que a formação <strong>de</strong><br />

escuma será minimizada em conseqüência <strong>das</strong> peneiras no <strong>tratamento</strong> preliminar, dispensan<strong>do</strong> a remoção prévia <strong>de</strong><br />

OG, e sen<strong>do</strong> previsto dispositivos internos ao reator UASB, constituí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> calhas coletoras e tubulações para<br />

<strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> escuma até caixas externas com selo hídrico, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> serão escoa<strong>das</strong> diretamente ao tanque <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> para<br />

<strong>de</strong>sidratação em conjunto com os lo<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>do</strong> processo, ou então para <strong>de</strong>gradação no sistema <strong>de</strong> pós-<br />

<strong>tratamento</strong> aeróbio.<br />

Os reatores UASB foram projeta<strong>do</strong>s com seção transversal retangular, forman<strong>do</strong> módulos <strong>de</strong> um a oito<br />

reatores cada, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da ETE. Para a distribuição <strong>de</strong> vazão, as concepções <strong>de</strong> projeto têm da<strong>do</strong> preferência em<br />

realizar a maior divisão possível externamente ao reator UASB, utilizan<strong>do</strong> diversas caixas divisoras <strong>de</strong> vazões com<br />

verte<strong>do</strong>res, além <strong>de</strong> simetria hidráulica <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> tubulações. Os sistemas <strong>de</strong> distribuição com tubulações<br />

perfura<strong>das</strong> internas aos reatores têm si<strong>do</strong> evita<strong>do</strong>s. Os separa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fases e <strong>de</strong>fletores inicialmente previstos <strong>de</strong><br />

material plástico reforça<strong>do</strong> com fibra <strong>de</strong> vidro, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao eleva<strong>do</strong> custo, passaram a ser <strong>de</strong> lonas <strong>de</strong> lamina<strong>do</strong> <strong>de</strong> PVC<br />

reforça<strong>das</strong> com substrato <strong>de</strong> poliéster, simplifican<strong>do</strong> inclusive a execução. Com relação ao fechamento <strong>do</strong> reator,<br />

inicialmente eram previstas telhas <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> vidro, sen<strong>do</strong> que os gases conti<strong>do</strong>s entre a superfície líquida e a<br />

cobertura <strong>do</strong>s reatores seriam continuamente succiona<strong>do</strong>s através <strong>de</strong> exaustor centrífugo e envia<strong>do</strong>s para o sistema <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res <strong>do</strong> tipo reator biológico <strong>de</strong> leito fixo, e os gases provenientes <strong>do</strong>s separa<strong>do</strong>res, com maior<br />

concentração <strong>de</strong> metano, seriam envia<strong>do</strong>s aos queima<strong>do</strong>res tipo flare. Nos projetos recentes, os reatores passaram a<br />

ser totalmente fecha<strong>do</strong>s com laje <strong>de</strong> concreto arma<strong>do</strong>, possibilitan<strong>do</strong> que os gases sejam totalmente direciona<strong>do</strong>s aos<br />

queima<strong>do</strong>res, a partir da parte superior interna <strong>do</strong> UASB, entre a laje <strong>de</strong> cobertura e o nível <strong>de</strong> água. É interessante<br />

notar que essa concepção, além da redução da espessura <strong>das</strong> pare<strong>de</strong>s <strong>do</strong> reator, permitiu a eliminação <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong><br />

emissão <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> área <strong>de</strong> cobertura <strong>do</strong>s reatores e respectivo sistema <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res, que se<br />

necessário eventualmente, po<strong>de</strong>rá ser implanta<strong>do</strong> com base nas tecnologias disponíveis, algumas <strong>de</strong> fácil instalação e<br />

baixo custo, através da aspersão <strong>de</strong> produtos redutores na atmosfera circundante às fontes.<br />

Para o <strong>tratamento</strong> <strong>do</strong> lo<strong>do</strong>, nos projetos mais recentes, previu-se tanques com mistura<strong>do</strong>res para recebimento<br />

e homogeneização <strong>do</strong>s <strong>de</strong>scartes <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>, e prédio <strong>de</strong> <strong>de</strong>sidratação: no pavimento térreo com instalações para bombas<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento positivo <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>, e condicionamento químico com unida<strong>de</strong>s automatiza<strong>das</strong> <strong>de</strong><br />

diluição e <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> polímeros; no pavimento superior com a <strong>de</strong>sidratação mecânica, utilizan<strong>do</strong> centrífugas <strong>do</strong> tipo<br />

“<strong>de</strong>canter” ou prensas parafuso <strong>do</strong> tipo “Contipress”, com <strong>de</strong>scarga da torta por gravida<strong>de</strong> e transporte horizontal<br />

automático através <strong>de</strong> roscas até caçambas estacionárias externas. A torta <strong>de</strong>verá possuir teor mínimo <strong>de</strong> sóli<strong>do</strong>s<br />

igual a 20%, com expectativa <strong>de</strong> chegar a 22% ou até um máximo <strong>de</strong> 25% nas condições mais favoráveis. Para<br />

secagem adicional, visan<strong>do</strong> alcançar teores superiores a 30%, nas ETE´s Anhumas e Boa Vista com porte e reserva<br />

<strong>de</strong> áreas disponíveis no presente, foram previstos galpões tipo estufa agrícola, incluin<strong>do</strong> caminhões basculantes, pá<br />

carrega<strong>de</strong>ira, e trator com revolve<strong>do</strong>r lateral. A concepção a<strong>do</strong>tada levou em consi<strong>de</strong>ração o <strong>de</strong>stino a ser da<strong>do</strong> ao<br />

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SANASA – CAMPINAS Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento S/A<br />

lo<strong>do</strong>, que a princípio será em aterro sanitário particular <strong>de</strong> outro município, e posteriormente <strong>de</strong>verá incluir a<br />

produção <strong>de</strong> biossóli<strong>do</strong>s para disposição benéfica no solo e uso agrícola. Ao invés <strong>das</strong> estufas, outra alternativa seria<br />

a adição posterior <strong>de</strong> cal ao lo<strong>do</strong> <strong>de</strong>sidrata<strong>do</strong> para se alcançar 30% <strong>de</strong> teor <strong>de</strong> sóli<strong>do</strong>s, mas não foi consi<strong>de</strong>rada<br />

atrativa, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao eleva<strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> produto químico, aumento da produção <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>, e perda <strong>do</strong> macronutriente<br />

nitrogênio presente no lo<strong>do</strong>. Em vez <strong>de</strong> centrífugas ou prensas parafuso, associa<strong>das</strong> com estufa agrícola, outra<br />

alternativa seria somente a utilização <strong>de</strong> filtro prensa <strong>de</strong> placas, com uso <strong>de</strong> polieletrólito para condicionamento <strong>do</strong><br />

lo<strong>do</strong> e <strong>de</strong> cloreto férrico para <strong>de</strong>sprendimento da torta <strong>das</strong> telas, porém não foi escolhida <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao maior custo <strong>de</strong><br />

implantação e consumo <strong>de</strong> produtos químicos.<br />

Nas ETE’s em implantação, com lançamento em cursos d´água classe 02, foi previsto sistema <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sinfecção com cloração em tanque <strong>de</strong> contato, utilizan<strong>do</strong> hipoclorito <strong>de</strong> sódio para as <strong>de</strong> menor porte (Sousas e San<br />

Martin), e sistema automático com cloro gás para a <strong>de</strong> médio porte (Boa Vista). Não foi previsto sistema <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scloração para evitar a formação <strong>de</strong> trihalometanos, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à presença <strong>de</strong> nitrogênio amoniacal no efluente que<br />

reage preferencialmente com o cloro forman<strong>do</strong> cloraminas. Para a pós-aeração foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> escada hidráulica e/ou<br />

aera<strong>do</strong>res mecânicos instala<strong>do</strong>s no tanque <strong>de</strong> contato, sen<strong>do</strong> que a concepção a<strong>do</strong>tada para as ETE´s Anhumas e<br />

Sousas permitiu dispensar essa operação unitária, uma vez que o sistema <strong>de</strong> flotação é capaz <strong>de</strong> produzir um efluente<br />

com teor mínimo <strong>de</strong> oxigênio dissolvi<strong>do</strong> <strong>de</strong> 4,0mg/L. As ETE’s também contam com sistema <strong>de</strong> armazenamento e<br />

<strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sódio (soda cáustica líquida comercial) para controle automático <strong>do</strong> pH <strong>do</strong> esgoto bruto,<br />

correção <strong>de</strong> anomalias e alcalinida<strong>de</strong> complementar ao processo. Além disso, também é previsto sistema <strong>de</strong><br />

armazenamento e <strong>do</strong>sagem <strong>de</strong> anti-espumante nos efluentes finais em locais <strong>de</strong> queda livre.<br />

A Tabela 2 apresenta os indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> implantação e <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> <strong>das</strong> principais ETE´s.<br />

Os fluxogramas apresenta<strong>do</strong>s a seguir, permitem a visualização da configuração <strong>das</strong> principais operações e processos<br />

unitários utiliza<strong>do</strong>s na concepção <strong>de</strong> projeto <strong>das</strong> ETE’s Anhumas, Piçarrão, Barão Geral<strong>do</strong> e Boa Vista.<br />

Tabela 2. Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> custo <strong>de</strong> implantação e <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> <strong>das</strong> ETE’s da SANASA-Campinas<br />

ETE Carga<br />

Orgânica<br />

(KgDBO5/dia)<br />

População<br />

Equivalente<br />

(hab)<br />

Custo <strong>de</strong> Implantação Produção <strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

(R$) (R$/hab) (KgSST/dia) (gSST/hab.dia)<br />

Anhumas 31.104 576.000 43.378.416,09 75 19.135 33<br />

Piçarrão 21.617 400.315 55.025.270,07 137 4.686 12<br />

Barão Geral<strong>do</strong> 8.269 153.130 17.104.310,09 112 4.224 28<br />

Boa Vista 6.683 123.760 16.656.626,43 135 3.260 26<br />

Samambaia 4.177 77.350 8.463.029,50 109 1.924 25<br />

Sousas 2.566 47.520 8.565.354,79 180 1.576 33<br />

Santa Mônica 1.785 33.055 5.386.134,00 163 228 7<br />

San Martin 1.063 19.685 6.463.073,95 328 504 26<br />

Observações:<br />

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1. Carga orgânica <strong>de</strong> projeto em relação à DBO5 <strong>do</strong> esgoto bruto afluente à ETE, para a vazão média no final<br />

<strong>de</strong> plano (ano 2020).<br />

2. População equivalente <strong>de</strong> projeto em relação à carga orgânica média <strong>de</strong> final <strong>de</strong> plano, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong><br />

contribuição per capita <strong>de</strong> 54gDBO5/hab. dia.<br />

3. Os custos <strong>de</strong> implantação <strong>das</strong> ETE´s Anhumas, Piçarrão, Samambaia e Santa Mônica foram estima<strong>do</strong>s a<br />

partir <strong>das</strong> obras licita<strong>das</strong>, e as <strong>de</strong>mais ETE´s a partir <strong>do</strong>s projetos executivos, e atualiza<strong>do</strong>s para abril/2004.<br />

4. Produção <strong>de</strong> lo<strong>do</strong> em massa, base seca, a ser encaminhada para disposição final. Não consi<strong>de</strong>ra o lo<strong>do</strong><br />

gera<strong>do</strong> no <strong>tratamento</strong> preliminar (gra<strong>de</strong>s, peneiras e <strong>de</strong>sarena<strong>do</strong>res).<br />

3. CONCLUSÕES<br />

As principais ETE’s da SANASA – Campinas incluíram na concepção o Reator Anaeróbio <strong>de</strong> Fluxo<br />

Ascen<strong>de</strong>nte e Manto <strong>de</strong> Lo<strong>do</strong> (Reator UASB), associa<strong>do</strong> a alternativas diversifica<strong>das</strong> <strong>de</strong> pós-<strong>tratamento</strong> (Lo<strong>do</strong>s<br />

Ativa<strong>do</strong>s, Flotação por Ar Dissolvi<strong>do</strong>, Filtro Biológico Aera<strong>do</strong> Submerso e Filtro Biológico Percola<strong>do</strong>r),<br />

possibilitan<strong>do</strong> o projeto <strong>de</strong> ETE´s com excelentes níveis <strong>de</strong> remoção <strong>de</strong> carga polui<strong>do</strong>ra, e com gran<strong>de</strong> flexibilida<strong>de</strong><br />

para aten<strong>de</strong>r fatores econômicos e ambientais críticos (custo <strong>de</strong> implantação; custo <strong>de</strong> operação; consumo <strong>de</strong> energia;<br />

produção <strong>de</strong> lo<strong>do</strong>), o que vem contribuin<strong>do</strong> para que eleva<strong>do</strong>s índices <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong> se tornem uma<br />

realida<strong>de</strong> no município. A concepção <strong>do</strong>s projetos mais recentes tem si<strong>do</strong> bastante aprimorada, incorporan<strong>do</strong> os mais<br />

mo<strong>de</strong>rnos conceitos <strong>de</strong> projeto e operação em to<strong>das</strong> as fases <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong>.<br />

Para o avanço efetivo e bem sucedi<strong>do</strong> na área <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>, as empresas municipais <strong>de</strong><br />

saneamento, na fase <strong>de</strong> concepção e escolha <strong>de</strong> alternativas <strong>de</strong> <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>, <strong>de</strong>vem estabelecer com clareza<br />

to<strong>do</strong>s os objetivos, procurar envolver a maior quantida<strong>de</strong> possível <strong>de</strong> agentes <strong>de</strong>cisores, se libertar <strong>de</strong> paradigmas, e<br />

buscar continuamente soluções inseri<strong>das</strong> no contexto técnico, ambiental, sócio-econômico e político <strong>de</strong> cada<br />

localida<strong>de</strong>.<br />

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

ALEM SOBRINHO, P.; JORDÃO, E. P. Pós-<strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> efluentes <strong>de</strong> reatores anaeróbios – uma análise crítica<br />

In: CHERNICHARO (coord). Pós-<strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> efluentes <strong>de</strong> reatores anaeróbios. PROSAB. B. Horizonte (2001)<br />

CAMPOS, J. R., coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r. Tratamento <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong> sanitários por processo anaeróbio e disposição controlada no<br />

solo. PROSAB. Rio <strong>de</strong> Janeiro. 435 p. (1999).<br />

CHERNICHARO, C.A.L. Reatores anaeróbios. In: Princípios <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong> biológico <strong>de</strong> águas residuárias. Belo<br />

Horizonte. UFMG. 246 p. (1997).<br />

ENCIBRA–CONCREMAT. Projeto Executivo da ETE Boa Vista. (2004).<br />

FIPAI – São Carlos/SP. Projeto Executivo da ETE Santa Mônica. (2001).<br />

PROESPLAN. Projetos Executivos <strong>das</strong> ETE’s Barão Geral<strong>do</strong> e San Martin. (2004).<br />

SANASA. Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Alternativas <strong>das</strong> ETE’s Boa Vista (2001), Barão Geral<strong>do</strong> (2002) e San Martin (2002).<br />

SEREC. Projeto ETE Piçarrão (1999). Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Alternativas/Projetos Executivos: ETE’s Anhumas e Sousas (2003).<br />

VON SPERLING, M. Introdução à qualida<strong>de</strong> <strong>das</strong> águas e ao <strong>tratamento</strong> <strong>de</strong> <strong>esgotos</strong>. In: Princípios <strong>do</strong> <strong>tratamento</strong><br />

biológico <strong>de</strong> águas residuárias. v. 1. Belo Horizonte. UFMG. 240p. (1995).<br />

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SANASA – CAMPINAS Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento S/A<br />

rejeitos líqui<strong>do</strong>s<br />

Esgoto<br />

Bruto<br />

biogás<br />

Gra<strong>de</strong>s<br />

grosseiras<br />

Tanque<br />

<strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

resíduo<br />

Estação Elevatória<br />

<strong>de</strong> Esgoto Bruto<br />

Reatores Anaeróbios <strong>de</strong><br />

Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte e Manto <strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

(UASB)<br />

Queima<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> Biogás<br />

Elevatória<br />

<strong>de</strong> lo<strong>do</strong><br />

Prédio <strong>de</strong> Desidratação<br />

Dosa<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong><br />

Polímero<br />

Peneiras<br />

mecaniza<strong>das</strong><br />

lo<strong>do</strong> digeri<strong>do</strong><br />

e a<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong><br />

e escuma<br />

Centrífuga<br />

Mistura<strong>do</strong>r<br />

Rápi<strong>do</strong><br />

Parshall<br />

resíduo<br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

areia<br />

Desarena<strong>do</strong>res<br />

hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sódio (soda cáustica)<br />

Flocula<strong>do</strong>res Flota<strong>do</strong>res<br />

Elevatória<br />

<strong>de</strong> lo<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

<strong>tratamento</strong><br />

físico-químico<br />

satura<strong>do</strong>r<br />

compressor<br />

Casa <strong>de</strong> Satura<strong>do</strong>res<br />

Fig. 1 Fluxograma <strong>de</strong> processo da ETE ANHUMAS – CAMPINAS/SP<br />

rejeitos líqui<strong>do</strong>s<br />

Esgoto<br />

Bruto<br />

lo<strong>do</strong> aeróbio exce<strong>de</strong>nte<br />

biogás<br />

Gra<strong>de</strong>s<br />

grosseiras<br />

Estação Elevatória<br />

<strong>de</strong> Esgoto Bruto<br />

Reatores Anaeróbios <strong>de</strong><br />

Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte e Manto <strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

(UASB)<br />

gases o<strong>do</strong>rantes<br />

lo<strong>do</strong> digeri<strong>do</strong><br />

e a<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong><br />

Tanque<br />

<strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

Biofiltro para<br />

<strong>de</strong>so<strong>do</strong>rização<br />

resíduo<br />

Queima<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> Biogás<br />

Prédio <strong>de</strong> Desidratação<br />

Dosa<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong><br />

Polímero<br />

Centrífuga<br />

gra<strong>de</strong>s finas<br />

mecaniza<strong>das</strong><br />

resíduo<br />

Tanques <strong>de</strong><br />

Aeração<br />

ar comprimi<strong>do</strong><br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

lo<strong>do</strong><br />

areia<br />

polímero<br />

lo<strong>do</strong><br />

Elevatória <strong>de</strong><br />

recirculação <strong>de</strong> lo<strong>do</strong><br />

Lo<strong>do</strong> <strong>de</strong>sidrata<strong>do</strong> para<br />

aterro sanitário e/ou<br />

produção <strong>de</strong> biossóli<strong>do</strong>s<br />

bomba<br />

Galpão <strong>de</strong> Secagem<br />

(estufa agrícola)<br />

Desarena<strong>do</strong>res<br />

óleos e graxas<br />

Flota<strong>do</strong>res<br />

satura<strong>do</strong>r<br />

compressor<br />

Casa <strong>de</strong> Química<br />

cloreto férrico<br />

polímero<br />

recirculação <strong>do</strong> efluente<br />

anti-espumante<br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

Efluente<br />

final<br />

Ribeirão Anhumas<br />

(classe 04)<br />

Biossóli<strong>do</strong><br />

para uso<br />

agrícola<br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

Escada<br />

<strong>de</strong><br />

Aeração<br />

Efluente<br />

final<br />

Casa <strong>de</strong> Sopra<strong>do</strong>res Casa <strong>de</strong> Satura<strong>do</strong>res Ribeirão Piçarrão<br />

(classe 04)<br />

Fig. 2 Fluxograma <strong>de</strong> processo da ETE PIÇARRÃO – CAMPINAS/SP<br />

bomba<br />

recirculação <strong>do</strong> efluente<br />

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SANASA – CAMPINAS Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água e Saneamento S/A<br />

Esgoto<br />

Bruto<br />

rejeitos líqui<strong>do</strong>s<br />

lo<strong>do</strong> aeróbio exce<strong>de</strong>nte<br />

biogás<br />

Gra<strong>de</strong>s<br />

grosseiras<br />

Estação Elevatória<br />

<strong>de</strong> Esgoto Bruto<br />

Peneiras<br />

mecaniza<strong>das</strong><br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

Reatores Anaeróbios <strong>de</strong><br />

Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte e Manto <strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

(UASB) Filtros Biológicos<br />

Percola<strong>do</strong>res <strong>de</strong><br />

Alta Taxa<br />

(FBP)<br />

Queima<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> Biogás<br />

resíduo<br />

Tanque<br />

<strong>de</strong><br />

Lo<strong>do</strong><br />

lo<strong>do</strong> digeri<strong>do</strong> e a<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong><br />

caixa <strong>de</strong> concentração<br />

<strong>de</strong> escuma<br />

Flocula<strong>do</strong>r<br />

Prédio <strong>de</strong> Desidratação<br />

Dosa<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong><br />

Polímero<br />

Elevatória <strong>de</strong><br />

recirculação e <strong>de</strong>scarte<br />

<strong>de</strong> lo<strong>do</strong> aeróbio<br />

Prensa<br />

Parafuso<br />

Desarena<strong>do</strong>res<br />

Lo<strong>do</strong> <strong>de</strong>sidrata<strong>do</strong> para<br />

aterro sanitário e/ou<br />

produção <strong>de</strong> biossóli<strong>do</strong>s<br />

Decanta<strong>do</strong>res<br />

Secundários<br />

Fig. 3 Fluxograma <strong>de</strong> processo da ETE BARÃO GERALDO – CAMPINAS/SP<br />

rejeitos líqui<strong>do</strong>s<br />

Esgoto<br />

Bruto<br />

lo<strong>do</strong> aeróbio exce<strong>de</strong>nte<br />

biogás<br />

Gra<strong>de</strong>s<br />

grosseiras<br />

resíduo<br />

Estação Elevatória<br />

<strong>de</strong> Esgoto Bruto<br />

Reatores Anaeróbios <strong>de</strong><br />

Fluxo Ascen<strong>de</strong>nte e Manto <strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

(UASB)<br />

Queima<strong>do</strong>res<br />

<strong>de</strong> Biogás<br />

Tanque<br />

<strong>de</strong> Lo<strong>do</strong><br />

Flocula<strong>do</strong>r<br />

Elevatória <strong>de</strong><br />

lo<strong>do</strong> digeri<strong>do</strong><br />

e a<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong><br />

Peneiras<br />

mecaniza<strong>das</strong><br />

Elevatória<br />

<strong>de</strong> escuma<br />

Prédio <strong>de</strong> Desidratação<br />

Dosa<strong>do</strong>r<br />

<strong>de</strong><br />

Polímero<br />

resíduo<br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

areia<br />

Filtros Biológicos<br />

Aera<strong>do</strong>s Submersos<br />

(FBAS) Decanta<strong>do</strong>res<br />

Secundários<br />

Prensa<br />

Parafuso<br />

Prédio <strong>de</strong><br />

Sopra<strong>do</strong>res<br />

Fig. 4 Fluxograma <strong>de</strong> processo da ETE BOA VISTA – CAMPINAS/SP<br />

lo<strong>do</strong><br />

escuma<br />

resíduo<br />

ar comprimi<strong>do</strong><br />

areia<br />

Desarena<strong>do</strong>res<br />

Elevatória <strong>de</strong><br />

recirculação<br />

e <strong>de</strong>scarte<br />

<strong>de</strong> lo<strong>do</strong> aeróbio<br />

Galpão <strong>de</strong> Secagem<br />

(Estufa Agrícola)<br />

hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sódio<br />

(soda cáustica)<br />

Prédio <strong>de</strong> cloro<br />

gás e lava<strong>do</strong>r<br />

lo<strong>do</strong><br />

antiespumante<br />

Medi<strong>do</strong>r<br />

Parshall<br />

Efluente<br />

final<br />

Ribeirão Anhumas<br />

(classe 04)<br />

hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sódio<br />

(soda cáustica )<br />

Tanque <strong>de</strong> Contato<br />

e Pós-Aeração<br />

Escada <strong>de</strong><br />

Aeração<br />

antiespumante<br />

Córrego Boa Vista<br />

(Classe 02)<br />

Biossóli<strong>do</strong><br />

para uso<br />

agrícola<br />

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