atlas ambiental municipal - Grupo Gestão do Espaço - Universidade ...

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
CENTRO TÉCNOLÓGICO – CTC
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL – ECV
GRUPO DE PESQUISA GESTÃO DO ESPAÇO – GRUPOGE
SISTEMA CONSTRUIDO
No modelo “Atlas Ambiental Municipal – Florianópolis – SC – Brasil”, o Sistema Construído é composto pelos temas: Sistema
Viário, Densidade e Evolução Populacional, Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Equipamentos Urbanos Educacionais. A
falta de dados disponíveis e de recursos para levantar e processar estes dados fez com que se deixasse de apresentar nesta pesquisa, outros
temas importantes como os demais serviços públicos básicos (energia, lixo e transportes).
Porém o resultado é bastante significativo, os temas apresentados iniciam o processo de implantação de um sistema de informação
municipal baseado em novas tecnologias. A pesquisa organizou as informações de forma a poderem ser atualizadas constantemente o que
se ajusta às necessidades de qualquer prefeitura. O desenvolvimento de um SIG municipal deve ser constante, já que essencialmente ele
deverá estar sempre em atualização.
SISTEMA VIÁRIO: O sistema viário do município de Florianópolis representado no Mapa, foi digitalizado a partir da Imagem
de Satélite SPOT (pancromática, ID 3 714405 951107 133520 1P) de 1996, na escala 1:50.000, adquirida junto a INTERSAT pelo
LABCIG /ECV. A atualização das vias foi feita sobre o Mosaico Digital de fotos aéreas do Município de Florianópolis, (vôo
fotogramétrico colorido escala 1:8.000/ano 2000) cedido pelo IPUF. A precisão de representação das vias é equivalente a escala de
1:10.000. No modelo “Atlas Ambiental Municipal – Florianópolis – SC – Brasil”, o traçado das vias pode ser melhorado, com o
georreferenciamento dos vetores já digitalizados, seccionando os vetores em trechos, definindo direções e lados das vias e relacionando
bancos de atributos. É um trabalho que pode ser executado progressivamente.
A classificação das vias adotada no Mapa, segundo critérios estabelecidos pela equipe de pesquisa do GrupoGE associado à
interpretação de imagens e verificações em campo, foi definido como: Vias Principais (as SC’s e suas conexões); Vias Secundárias (que
partem das principais e dão acesso às localidades); e Vias Locais (distribuição interna às localidades).
O sistema viário se molda ao relevo da Ilha, contornando os morros, mangues, dunas e lagoas, apresenta trechos de forte declividade
e pontos críticos em relação ao tráfego de veículos. A malha viária concentra-se na porção Oeste e Norte, em função da maior densidade de
ocupação urbana. Em termos gerais, o sistema viário de Florianópolis pode ser considerado de qualidade primária (faltam acostamentos,
recuos para os pontos de ônibus, ciclovias, calçadas e sinalização) e quantidade insuficiente (principalmente nas épocas de veraneio:
dezembro a março).
POPULAÇÃO: Os primeiros habitantes da Ilha de Santa Catarina foram os índios Carijós, pertencentes à Nação Tupi-Guarani.
Estes viviam em pequenas aldeias e tinham como base alimentar a caça, a pesca e o cultivo de milho e mandioca. Indícios de sua presença
encontram-se nos sambaquis e sítios arqueológicos cujos registros mais antigos datam de 4.800 A.C. No início do século XVI,
embarcações que demandavam à Bacia do Prata aportavam na Ilha para abastecerem-se de água e víveres. O uso das Baias Norte e Sul
como ancoradouro influenciou muito na forma como a população se apropriou do espaço físico, concentrando-se nos dois lados do canal
central, existindo porém, freguesias um pouco mais distantes do centro, ao Norte Santo Antonio de Lisboa e ao Sul, o Ribeirão da Ilha.
Essa forma de uso e ocupação do solo se reflete até os dias atuais, conforme se pode constatar nos mapas populacionais do município,
existindo uma grande concentração populacional no Centro e Continente, e uma distribuição menos densa no restante da Ilha.
As características de ocupação de Florianópolis sofreram grande modificação a partir da década de 1990. A Ilha de Santa Catarina
se tornou referência turística no Estado, desta forma a região das praias passou a ser muito procurada e valorizada. A comparação entre os
dados populacionais de 1990 e 2000 possibilita verificar que as taxas de crescimento populacional do Centro e Continente ficaram
próximas a 10% nesse período, sendo que na região das praias, o crescimento chega a 100% em relação aos números de 1990.
Os aspectos socioeconômicos geram mudanças no comportamento da população e na forma como ela se apropria do espaço. O uso
e a ocupação do solo está diretamente relacionado com as características sócio-econômicas locais e da região de influência, sendo muito
importante para uma boa gestão municipal conhecer essa realidade e sua evolução. O uso sustentável das potencialidades de uma região é
dependente da boa gestão das ações do homem em relação aos recursos existentes.
PROJETO FUNCITEC FCTP 3657/035 – Edital Universal 002/2003 - Ambientais 24
Pesquisa: MODELIZAR ATLAS AMBIENTAIS MUNICIPAIS
COORDENAÇÃO – Profa. Dra. DORA ORTH