Eleições: candidatos por Goiás - Conselho Regional de Farmácia ...

morbidades que podem ter maior
possibilidade de reação adversa,
como problemas gástricos, alcoolismos,
problemas hepáticos.
Tudo isso pode transformar o antiinflamatório
num medicamento
mais tóxico do que ele realmente
já é”, enfatiza.
A “Responsabilidade Criminal
do Farmacêutico no exercício
da profissão” foi o assunto
mais esperado durante aquele
dia. Debatido pelo consultor
jurídico, especialista em legislação
sanitária, Gustavo Semblano,
o tema trouxe as principais
informações sobre legislação.
Ele começou apresentando que,
por absoluto desconhecimento,
muitas vezes, o farmacêutico
acredita que determinadas condutas
no ambiente de trabalho
são apenas infrações sanitárias,
quando na verdade essas ações
são também crimes e ainda podem
ser crimes hediondos. “Isso
porque as faculdades de farmácia
não modificam a grade para
incluir a matéria de legislação
básica dentro do curso. O profissional
vai para o mercado, muitas
vezes sem saber quase nada
sobre esse assunto. Daí a relevância
de palestras, seminários,
cursos, colóquios, simpósios,
pós-graduações específicas no
assunto”, esclarece.
Durante sua palestra, ele ci-
Gustavo Semblano
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Diretoria do CRF-GO: Marlene, Nara, William e Ernestina
tou que “basta um batom (cosmético),
com prazo de validade
expirado, no estoque da farmácia
para se caracterizar crime.
Porém, o farmacêutico acha que
trata-se apenas de uma infração
sanitária”, exemplifica. Ele ainda
esclareceu sobre os tipos de
prisão, e que embora pareça arbitrária,
não é. “Se há um crime
ocorrendo no estabelecimento e
o policial constatar, tecnicamente
ele tem que prender na hora”, diz.
Semblano falou também
sobre crime de falsidade ideológica,
“quando o empresário ou
farmacêutico declaram para os
Conselhos Regionais de Farmácias
o horário irreal de atuação”,
e ainda abordou a lei de tóxicos,
lembrando que os medicamentos
controlados tem uma proteção
especial, justamente por
causa da toxidade dos produtos.
“Sempre ouço dos próprios far-
Stella Laila
macêuticos que ‘a diferença entre
um medicamento e um veneno
é a dosagem’”, compara.
A presidente da Comissão
de Educação Continuada do
CRF-GO, a farmacêutica Stella
Laila de Oliveira, afirma que o
evento atingiu as expectativas.
“Vimos que informação e conhecimento
são metas traçadas
pelos profissionais a todo momento,
uma vez que em pleno
feriado atingimos um grande número
de presença”, diz. Na visão
da farmacêutica Luciene Botega
Boroski, as palestras estiveram
muito bem preparadas, além
de trazerem novas ferramentas
para o profissional. “É importante
que o CRF-GO realize este
tipo de evento, porque assim nos
informamos sobre as principais
novidades. Profissional que não
busca conhecimento e capacitação
é profissional defasado”,
posiciona. “Todo farmacêutico
precisa estar por dentro de todas
as informações sobre legislação.
Acho que a graduação deveria
ser mais completa nesta questão,
por isso a grade deveria ser
revisada”, acrescenta Luciene.
Para a presidente das Comissões
Assessorias do CRF-
GO, Sueza Souza, o evento foi
um sucesso e atingiu o objetivo.
“Já estamos preparando o próximo
Ciclo que tem data prevista
para outubro”, finaliza.