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ANINHA FRANCO IRÁ APRESENTAR NOVO PROGRAMA DA ...

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11<br />

JAN<br />

13<br />

<strong>ANINHA</strong> <strong>FRANCO</strong> <strong>IRÁ</strong> <strong>APRESENTAR</strong> <strong>NOVO</strong> <strong>PROGRAMA</strong> <strong>DA</strong> RÁDIO METRÓPOLE pág. 16<br />

JORNAL <strong>DA</strong><br />

TATI FREITAS/DIVULGAÇÃO<br />

MAURO AKIN NASSOR/FOTO ARENA/FOLHAPRESS


2<br />

pilha pura<br />

O calor em Salvador está tão alto que até a Secretaria de Educação<br />

pegou fogo. E como educação não ensina nem prevenção, pegou<br />

de novo. No chão, dá até pra fritar uns ovos. Te cuida, Messi...<br />

Por João Gabriel Galdea<br />

Mamãe sacode<br />

Comentei na semana passada<br />

que o prefeito ACM Neto<br />

citou os principais artistas da<br />

axé music em seu discurso<br />

de posse, mas “esqueceu” de<br />

colocar o nome de Claudia<br />

Leitte. Depois descobri o<br />

motivo: “Foi a mamãe que<br />

mandou”.<br />

Debochado<br />

Ainda no rescaldo da semana<br />

anterior, o ex-prefeito Antonio<br />

Imbassahy afirmou, em<br />

nota, que a propaganda do<br />

finado João Henrique com<br />

o tema “Diga que valeu” era<br />

deboche. Assunto: “Imbassahy<br />

define como deboche<br />

propaganda da prefeitura”.<br />

Detalhe do comunicado: só<br />

chegou esta semana, portanto,<br />

quando a palhaçada já<br />

tinha sido tirada do ar! (Aos<br />

colegas de imprensa: se receberem<br />

esta semana a nota<br />

que diz “Imbassahy define<br />

como deboche calendário<br />

maia”, não estranhem).<br />

FELIPE SAMPAIO QUINTANILHA/FOTO ARENA/FOLHAPRESSS<br />

Expediente<br />

Publisher Mário Kertész<br />

Diretor Executivo Chico Kertész<br />

Editores João Gabriel Galdea e Larissa<br />

Oliveira<br />

Subeditor Felipe Paranhos<br />

Projeto Gráfico Marcelo Kertész<br />

Editor de Arte Paulo Braga<br />

Diagramação Dimitri Argolo Cerqueira<br />

Ilustração Sidney Falcão<br />

Redação Adalton dos Anjos, Clarissa<br />

Pacheco, Felipe Paranhos e João Gabriel<br />

Galdea.<br />

Pegando fogo<br />

Mas que nada: acho que esse<br />

“delay” de Imbassa para por<br />

aí, afinal, um raio não cai<br />

duas vezes no mesmo lugar.<br />

Mudando de assunto: a<br />

Secretaria Municipal de Educação<br />

(Secult) pegou fogo<br />

duas vezes essa semana.<br />

Teve gente que classificou a<br />

situação, no mínimo, como<br />

deboche.<br />

Canto da Sereia<br />

E na ficção, a cantora mais<br />

famosa do axé é uma morena<br />

(que pegava uma loira)<br />

e o governador da Bahia é<br />

ladrão.<br />

Fechamento da edição 13h42<br />

Revisão Ivete Zinn<br />

Fotos Darío Guimarães Neto<br />

Produção Gráfica Evandro Brandão<br />

Comercial (71) 3505-5022<br />

comercial@jornaldametropole.com.br<br />

Grupo Metrópole<br />

Rua Conde Pereira Carneiro, 226<br />

Pernambués CEP 41100-010<br />

Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000<br />

redacao@jornaldametropole.com.br Uma publicação da Editora KSZ<br />

The bitch is<br />

on the table<br />

E as prostitutas de Belo Horizonte<br />

terão aulas de inglês<br />

grátis para receber melhor o<br />

turista estrangeiro durante a<br />

Copa. O Sindputa da capital<br />

mineira, que irá promover o<br />

curso técnico, já avisou quem<br />

será responsável pelas lições.<br />

É a pró Míscua.<br />

É tetra!<br />

E Messi finalmente provou<br />

que é mais homem que todo<br />

mundo: se Pelé é um fenômeno<br />

de Três Corações, o<br />

argentino, por sua vez, agora<br />

tem quatro Bolas – e de Ouro,<br />

meus caros. Para celebrar<br />

a ocasião, um smoking de<br />

bolinhas (também conhecido<br />

como fantasia de galinha<br />

d’angola) assinado pela filha<br />

de Dunga.<br />

Pontos fixos<br />

Farmácias Santana<br />

Chame Chame<br />

Iguatemi 1º piso<br />

Salvador Shopping<br />

Cajazeiras<br />

Comércio<br />

Avenida Manoel Dias da Silva<br />

Itapuã<br />

Praça da Piedade<br />

Vilas do Atlântico<br />

Graça<br />

Postos Mataripe Bonocô, Rodoviária, Ogunjá<br />

Subway (Barra)<br />

Shopping Tricenter (Avenida ACM)<br />

Banca de Luís (Caminho de Areia)<br />

Restaurante Manah (CAB)<br />

quebra<br />

queixo<br />

Teleguiados<br />

A Sucom da administração de Cláudio Silva passa a ser o órgão mais fiscalizado<br />

da Prefeitura de Salvador. Ela e a Superintendência do Meio Ambiente de Luiz<br />

Antunes Nery foram os locais onde os maiores absurdos foram cometidos contra<br />

a cidade. Muitos sabem que ambos os servidores eram teleguiados de poderosos<br />

empresários da área de empreendimentos imobiliários.<br />

Enfrentar ou se juntar?<br />

A grande dúvida, ainda não<br />

esclarecida, é saber qual será a<br />

atitude do prefeito ACM Neto<br />

ante estes poderosos da Bahia.<br />

Ele os enfrentará, defendendo<br />

a cidade, ou caminhará para<br />

um acordo nebuloso — como<br />

tem sido o hábito por aqui?<br />

<strong>DA</strong>RIO GUIMARÃES/METROPRESS<br />

Pontos de distribuição<br />

Giramundo Turismo (Barra)<br />

Banca Paulo VI (Avenida Paulo VI)<br />

Terminal Rodoviário de Salvador<br />

Supermercado GBarbosa (Costa Azul)<br />

Uranus2 (Lucaia e Tancredo Neves)<br />

Delicatessem Pão e Mais (Itaigara)<br />

Restaurante Porto Moreira (Centro)<br />

Distribuição de rua (sexta-feira)<br />

Cruzamento V. da Gama x Garibaldi<br />

Sinaleiras do Largo da Mariquita<br />

Avenida Tancredo Neves<br />

Sinaleira Av. ACM (Iguatemi)<br />

Sinaleira do Hiperposto<br />

Sinaleira do Campo Grande/TCA<br />

De confiança<br />

E, diretamente do Rio de Janeiro, chegou<br />

Teresa Cozetti Pontual, nomeada subsecretária<br />

de Educação da Prefeitura de Salvador.<br />

Como já havia sido informado pelo Grupo<br />

Metrópole, o prefeito ACM Neto preferiu colocar<br />

uma pessoa da sua confiança naquela<br />

secretaria, responsável pela aplicação de 25%<br />

do orçamento municipal.<br />

“Centralismo democrático”<br />

Novas orientações na Prefeitura: desta vez,<br />

todos os órgãos só poderão sugerir pauta e<br />

solicitar entrevista aos meios de comunicação<br />

após autorizados pela Agecom. Esta orientação<br />

está sendo passada a todas as assessorias<br />

de comunicação das secretarias e autarquias.<br />

Trata-se da volta triunfal do “Centralismo democrático”.<br />

Amém!<br />

Conforme antecipamos<br />

E, o Jornal da Metrópole acertou em cheio<br />

quando informou, semanas atrás, que a verdadeira<br />

candidata do PT à União dos Municípios<br />

da Bahia (UPB) seria a prefeita de São Francisco<br />

do Conde, Rilza Valentim. Todas as demais<br />

candidaturas que apareceram na mídia foram<br />

meros disfarces. Agora, cabe ao PT engolir as<br />

demais candidaturas de outras partidos da<br />

base do governo Wagner.<br />

Praça da Piedade<br />

Praça Municipal<br />

Sinaleira Manoel Dias da Silva<br />

(Praça Nossa Senhora da Luz)<br />

Sinaleira Jardim dos Namorados<br />

Sinaleira ASBAC x Bompreço<br />

Sinaleira da av. Tiradentes (Bonfim)<br />

Plano Inclinado (Liberdade)<br />

Sinaleira do Brotascenter (Brotas)<br />

Sinaleira das Gordinhas (Ondina)<br />

Sinaleira Largo das Baianas (Amaralina)<br />

Sinaleira do Shopping Gaivota (Imbuí)<br />

Sinaleira da Sereia (Itapuã)<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


A culpa também foi da vítima?<br />

O líder espiritual indiano Ashram Bapu disse, na terça (9), que a<br />

estudante vítima de estupro coletivo em Nova Délhi também era<br />

culpada. “Esta tragédia não teria ocorrido se ela tivesse evocado o<br />

nome de Deus e caído sobre os pés de seus agressores”, afirmou.<br />

REPRODUÇÃO<br />

FOTO DO LEITOR/DIVULGAÇÃO<br />

Jardim de<br />

cevada<br />

No último fim de semana,<br />

os clientes que<br />

foram ao Hiper Bompreço<br />

do Cabula e<br />

procuraram comprar<br />

algo na seção de jardinagem<br />

encontraram<br />

cervejas das mais variadas<br />

marcas no lugar.<br />

Só faltou alguém<br />

do supermercado alegar<br />

que a cerveja vem<br />

do malte da cevada,<br />

uma gramínea que<br />

pode ser cultivada no<br />

jardim da residência<br />

do cliente...<br />

que p...<br />

é essa?<br />

A volta do velho Correio?<br />

Renovado em 2008, o Correio havia deixado para trás o rótulo de Diário Oficial disfarçado. Mas, com o acionista ACM<br />

Neto na Prefeitura, a publicação começa a se comportar como o velho Correio da Bahia. O pergaminho, a fonte que remete<br />

aos tempos imperiais e a manchete ‘A Era Neto’ do dia 1º/1 deram o tom da primeira semana. E é impossível não relacionar<br />

a oralidade da manchete “Essa bagunça na Barra começa a acabar hoje”, de 5/1, com o discurso do prefeito. Pena.<br />

Sugestões para quepeessa@jornaldametropole.com.br<br />

www.radiometropole.com.br/charges<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 3<br />

REPRODUÇÃO


4<br />

bahia<br />

bahia@jornaldametropole.com.br<br />

Água para quem?<br />

O verão começou, e o problema do abastecimento de água veio junto; população denuncia a Embasa<br />

Fotos Darío Guimarães<br />

Texto Clarissa Pacheco<br />

Colaboraram Aline Barnabé,<br />

Cristielle França e Talita Ribeiro<br />

“JÁ CARREGUEI água de um<br />

rio poluído para a minha casa, e<br />

é o maior trabalho para um caminhão<br />

distribuir água aqui”. A<br />

reclamação do eletricista Josélio<br />

de Araújo, 59 anos, morador<br />

da comunidade de Coqueiro<br />

de Arembepe, em Camaçari,<br />

é uma das dezenas que foram<br />

Seis horas de vazamento<br />

Segundo a Embasa, o vazamento na adutora da BR-324,<br />

na madrugada de terça-feira (8), ocorreu na volta da operação<br />

do sistema integrado de abastecimento de água,<br />

às 5h. O problema só foi corrigido por volta das 12h.<br />

feitas por leitores e ouvintes da<br />

Metrópole só na primeira semana<br />

de 2013.<br />

A falta de água e o abastecimento<br />

irregular pela Empresa<br />

Baiana de Água e Saneamento<br />

(Embasa) têm motivado queixas<br />

constantes. Locais como Coqueiro<br />

de Arembepe passaram<br />

mais de 30 dias sem uma gota<br />

de água. Na última terça (8), a<br />

situação piorou: após a Estação<br />

de Tratamento que abastece Sal-<br />

vador e Região Metropolitana<br />

passar quatro horas parada, um<br />

vazamento na adutora da BR-324<br />

durou ao menos 6 horas.<br />

Mais cidade?<br />

www.metro1.com.br/cidade<br />

Serviço universalizado<br />

Durante encontro sobre Sustentabilidade com prefeitos<br />

eleitos da Bahia, o presidente da Embasa, Abelardo de<br />

Oliveira Filho, disse que é preciso universalizar o serviço<br />

de abastecimento na Bahia. O custo: R$ 17 bi até 2020.<br />

Enquanto isso, algumas áreas<br />

são privilegiadas. Segundo<br />

moradores do bairro de Ipitanga,<br />

em Lauro de Freitas, a Embasa<br />

fecha os registros de água<br />

todos os dias durante o verão,<br />

para que não haja problemas<br />

em Vilas do Atlântico, que fica<br />

em uma parte alta da cidade.<br />

“Uma vez fui reclamar com o<br />

funcionário da Embasa que estava<br />

fechando o registro na minha<br />

rua. Ele disse que era para<br />

abastecer Vilas, porque lá não<br />

podia faltar água”, conta a diarista<br />

Valdirene Oliveira. A Embasa<br />

nega. Os problemas com o<br />

abastecimento atingem vários<br />

municípios baianos, além da<br />

capital, uma vez que as queixas<br />

vêm de cidades como Santa<br />

Luz, Mairi, Miguel Calmon,<br />

Camaçari, Lauro de Freitas e<br />

Senhor do Bonfim. Segundo a<br />

Embasa, há 73 municípios em<br />

regime de racionamento.<br />

Em Lauro de Freitas, Embasa fecha registro de água em bairros próximos a Vilas do Atlântico: lá, não pode faltar. Moradores reclamam que bairro é favorecido em detrimento dos demais<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


Salvador, 11 de janeiro de 2013<br />

Água marrom<br />

Em Conceição do Jacuípe, o aposentado Antônio Soares teve que esperar 2 mil litros de água<br />

totalmente suja saírem pela torneira até que voltasse à tonalidade normal. Ele não conseguiu que<br />

os laboratórios da Embasa analisassem o líquido. A empresa considerou a hipótese de vazamento<br />

de algum material na tubulação e disse que mandará técnicos à casa do cliente.<br />

<strong>DA</strong>RIO GUIMARÃES/METROPRESS<br />

Promessas e mais promessas<br />

Para quem mora em alguns<br />

lugares, em todo verão o abastecimento<br />

fica irregular. Em Barra do Jacuípe,<br />

por exemplo, esta não é a primeira<br />

vez que falta água por muitos<br />

dias. No último sábado (5), moradores<br />

fecharam a BA-099 em protesto.<br />

“Há cinco anos, tivemos uma falta de<br />

água em torno de uns 40 dias. Mas<br />

faltou mesmo, não tinha negócio de<br />

cair um dia e não cair no outro, não”,<br />

relata o morador que se identificou<br />

como Manoel. Para ele, a partir daquele<br />

momento “a Embasa deveria<br />

ter feito um estudo para saber que o<br />

consumo de água a cada dia aumen-<br />

“Estou cobrando da Embasa”<br />

Durante a assinatura dos contratos<br />

de patrocínio para o Carnaval,<br />

em 9/1, Jaques Wagner minimizou<br />

os problemas na capital.<br />

“Estamos num momento de dificuldade<br />

em função da seca, mas<br />

isso não atinge diretamente Salvador”,<br />

disse, antes de ponderar: “Evidente<br />

que alguns pontos críticos<br />

podem estar acontecendo”.<br />

O governador declarou que<br />

está cobrando providências da<br />

Embasa. “Se eu posso pedir uma<br />

contribuição, é a de poupar água.<br />

Acredito na competência da em-<br />

ta e fazer o investimento devido”.<br />

Segundo a Embasa, no entanto,<br />

o abastecimento em Barra do Jacuípe<br />

está normal e os moradores que<br />

fizeram a manifestação “não possuem<br />

ligação de água cadastrada e são abastecidos<br />

por ligações clandestinas”.<br />

No bairro de Boca da Mata, em<br />

Salvador, onde a população também<br />

se manifestou, a situação não é muito<br />

diferente. O corretor de imóveis Ricardo<br />

Barbosa diz que o Setor C é um<br />

dos mais prejudicados. Lá, há mais de<br />

20 dias, não cai água. “Eles [Embasa]<br />

foram levando carro-pipa para lá, mas<br />

quando o carro chega, é a maior confusão,<br />

porque está todo mundo sem<br />

água”, diz, lembrando que a população<br />

teve que pagar pelos dois últimos<br />

abastecimentos. Segundo Barbosa,<br />

várias queixas já foram feitas à Embasa,<br />

que responde às solicitações com<br />

promessas de que o abastecimento<br />

será normalizado no mesmo dia, ou,<br />

em outras ocasiões, informando que<br />

não tem conhecimento do problema.<br />

“Dizem que estão fazendo limpeza”<br />

No município de Santa Luz,<br />

a 270 km de Salvador, a situação<br />

atinge quase toda a cidade. “A situação<br />

é difícil. Já são oito dias e<br />

no meu bairro nunca caiu água. Na<br />

cidade quase toda é assim”, conta<br />

o trabalhador autônomo Lourival<br />

Araújo, 56 anos. Ele afirma que os<br />

problemas já existiam, mas pioraram<br />

após a troca de gerência da<br />

Embasa na cidade. “Eles dizem que<br />

estão fazendo limpeza, é sempre<br />

assim”, falou.<br />

As reclamações não se resu-<br />

Atendimento com<br />

carros-pipa é confuso,<br />

diz morador<br />

presa e estou cobrando dela que<br />

resolva todos os problemas.”<br />

Em nota enviada à imprensa, a<br />

Embasa justificou-se sobre as denúncias<br />

em Salvador. Segundo a empresa,<br />

estão sendo feitas obras de manutenção<br />

nas redes de abastecimento<br />

dos bairros de Boca da Mata, Águas<br />

Claras, Cajazeiras, Sete de Abril e Jardim<br />

Nova Esperança, cuja previsão<br />

de conclusão era para a última segunda<br />

(7). No interior, a Embasa afirmou<br />

que estão sendo investidos R$ 994<br />

milhões em intervenções.<br />

O diretor da Embasa para ope-<br />

mem à falta de água. Há cidades<br />

onde a água é salgada e barrenta.<br />

Em Mairi, a 286 km da capital,<br />

uma rua chegou a ficar 45 dias<br />

sem abastecimento, enquanto a<br />

Embasa ignorava a maioria das<br />

reclamações. “Tivemos que chamar<br />

o Ministério Público. No dia<br />

“Tivemos que chamar<br />

o Ministério Público”,<br />

diz mairiense<br />

ração e expansão da Região Metropolitana<br />

de Salvador (RMS), Carlos<br />

Ramirez, afirmou que há três grandes<br />

obras em fase de finalização,<br />

com investimento de R$ 74,3 milhões<br />

e que devem ampliar a oferta<br />

em cerca de 30%, com ênfase no<br />

subúrbio ferroviário e rodoviário.<br />

Mesmo assim, Ramirez reconheceu<br />

que houve falhas: “A necessidade de<br />

alocar recursos, de fazer licitação, de<br />

contratar acaba demandando um<br />

tempo e, infelizmente, a gente não<br />

conseguiu antecipar essas obras<br />

para que atendesse o verão”, disse.<br />

seguinte à denúncia, vieram fazer<br />

um conserto”, conta a técnica contábil<br />

Valéria Rios. Em boa parte<br />

da cidade, quando cai água, esta é<br />

muito salgada. “Passei o processo<br />

eleitoral inteiro pegando água na<br />

casa de outras pessoas para tomar<br />

banho para ir ao trabalho”, diz. Na<br />

última semana, a população da cidade<br />

entregou ao governador Jaques<br />

Wagner (PT) um documento<br />

pedindo que a água venha da barragem<br />

de Pedras Altas, em Capim<br />

Grosso, município vizinho.<br />

bahia<br />

bahia@jornaldametropole.com.br<br />

CAMILA CINTRA/METROPRESS<br />

População de Barra do Jacuípe fechou a BA-099 no último sábado (5)<br />

Embasa diz estar realizando manutenção em redes de abastecimento<br />

Em Ipitanga, moradores instalaram reservatórios por conta dos cortes<br />

5


6<br />

cidade<br />

cidade@jornaldametropole.com.br<br />

Cotas na Prefeitura<br />

O prefeito ACM Neto (DEM) anunciou na quarta-feira<br />

(9) a criação de um grupo de trabalho que deverá elaborar<br />

um projeto de implantação de cotas para afrodescententes<br />

do serviço público municipal.<br />

Vagas para cursos técnicos<br />

Os estudantes que concluíram o ensino médio na rede<br />

pública podem concorrer a uma das 11 mil vagas em<br />

cursos técnicos oferecidos pelo governo em todo o estado.<br />

Mais no site www.educacao.ba.gov.br.<br />

Aeroclube Fantasma Show<br />

13 anos após ser inaugurado, o Aeroclube parece uma cidade em ruínas, e obras de revitalização estão paradas<br />

Vidros quebrados, pedaços de madeira espalhados, entulho por toda parte e fios desencapados pendurados pelo teto: a aparência do Aeroclube é a de que acabou de enfrentar um furacão<br />

Foto Darío Guimarães<br />

Texto Clarissa Pacheco<br />

clarissa.pacheco@jornaldametropole.com.br<br />

O CORREDOR de acesso à administração<br />

do Aeroclube Shopping<br />

& Office parece mais um<br />

portal de volta para o passado.<br />

Fios desencapados, pedaços de<br />

espuma saindo do teto e a sensação<br />

de que tudo vai cair na<br />

sua cabeça a qualquer momento.<br />

E essa é apenas uma parte<br />

da verdadeira cidade fantasma<br />

em que se transformou o Aeroclube,<br />

antigo ponto de encontro<br />

de soteropolitanos, que reunia<br />

lojas e espaços de lazer para todas<br />

as idades.<br />

Os tapumes, que anunciam<br />

a reforma do lugar, estão espalhados<br />

por toda parte: alguns<br />

já desbotados e outros caindo<br />

de onde foram colocados. A<br />

frequência do shopping a céu<br />

aberto, inaugurado em 1999,<br />

começou a cair em meados de<br />

2006. Hoje, a situação é ainda<br />

Mais cidade?<br />

www.metro1.com.br/cidade<br />

pior.<br />

O movimento é tão baixo<br />

que as poucas lojas da parte interna<br />

abrem somente a partir do<br />

meio-dia. Um segurança impede<br />

a passagem de pedestres e a<br />

sensação de abandono se reflete<br />

até no silêncio do ambiente. As<br />

pessoas não parecem conversar<br />

nem mesmo nas filas dos bancos<br />

ou da casa lotérica. “Esse<br />

Aeroclube, infelizmente, é uma<br />

vergonha”, diz o vendedor ambulante<br />

José Pinheiro, 67 anos,<br />

há pelo menos quatro trabalhando<br />

em um ponto atrás do shopping.<br />

Vergonha ou não, o empreendimento<br />

em ruínas ganhou<br />

mais 30 anos de concessão da<br />

Prefeitura de Salvador. O projeto<br />

aprovado pela Câmara Municipal<br />

em 13/12 do ano passado garante<br />

licença para a exploração<br />

do local até 2056.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


Corte no orçamento<br />

O secretário municipal da Fazenda, Mauro Ricardo Costa,<br />

anunciou corte de R$ 160 milhões no orçamento anual<br />

da Prefeitura de Salvador. O valor representa 25% do<br />

total e faz parte de um contingenciamento de recursos.<br />

Contrapartida ignorada<br />

O Aeroclube foi construído<br />

em uma área paisagística tombada<br />

pelo Instituto do Patrimônio<br />

Histórico e Artístico Nacional<br />

(Iphan) desde 1959. A contrapartida<br />

para a construção do shopping<br />

era a implantação e manutenção<br />

do Parque do Vento, em<br />

área vizinha ao Aeroclube. O parque<br />

nunca existiu e o clube, que<br />

funcionava como área de lazer<br />

para os moradores das proximidades,<br />

não cumpre mais este papel.<br />

Quando anunciou o projeto<br />

de revitalização, em 2006, a administração<br />

do shopping prome-<br />

Caindo aos pedaços<br />

Em 1999, quando foi inaugurado,<br />

o Aeroclube possuía 150 lojas<br />

em pleno funcionamento. Hoje, 13<br />

anos depois, apenas 20% do movimento<br />

se manteve, graças aos bancos,<br />

lotérica, cinema e poucas lojas.<br />

De acordo com a administração<br />

do Aeroclube, apenas 30 lojas e escritórios<br />

estão funcionando, o que<br />

mantém empregados 1.500 funcionários.<br />

No início, foram gerados<br />

cerca de 10 mil empregos diretos<br />

e indiretos. Agora, a administração<br />

teu ainda a ampliação e reforma<br />

do empreendimento.<br />

Mas, em 2008, a Justiça embargou<br />

as obras depois que o<br />

advogado Celson Ricardo, que se<br />

disse representante da comunidade<br />

da Boca do Rio, alegou que<br />

a área era tombada. Foi alegado<br />

ainda que o Parque do Vento<br />

também ficaria em uma área per-<br />

Obras foram liberadas<br />

em 2010, mas Aeroclube<br />

continua em ruínas<br />

O corredor de acesso à administração e a um quartel da Polícia Militar parece ter sido abandonado há anos<br />

diz que, com a futura revitalização,<br />

novos 7 mil empregos diretos serão<br />

gerados para a população da<br />

Boca do Rio.<br />

A situação atual não é boa para<br />

ninguém: os lojistas enfrentam<br />

o baixo movimento e o público<br />

Número oficial de<br />

1.500 funcionários<br />

é inacreditável<br />

circula por um lugar com ares de<br />

total abandono. “Isso não é nem<br />

mais um ex-ponto turístico. Isso<br />

já desencarnou, está no inferno e<br />

não tem como voltar”, diz o médico<br />

Humberto Costa, que costuma<br />

dar caminhadas pela orla da Boca<br />

do Rio, onde fica o Aeroclube.<br />

Descrente da famosa reforma, o<br />

ambulante José Pinheiro acredita<br />

que o melhor seja cuidar do resto<br />

da cidade enquanto o problema do<br />

antigo shopping não se resolve.<br />

cidade<br />

cidade@jornaldametropole.com.br<br />

tencente à União. O Aeroclube,<br />

no entanto, obteve autorização<br />

definitiva da Justiça para dar<br />

continuidade às obras em 2010,<br />

o que não aconteceu. Em nota, a<br />

administração disse que a obra<br />

do Parque do Vento “também<br />

precisou ser paralisada enquanto<br />

o embargo era vigente” e acrescentou<br />

que há uma nova contrapartida<br />

após a extensão do prazo<br />

de concessão até 2056: a construção<br />

de uma passarela da Boca do<br />

Rio ao futuro Parque do Vento.<br />

Não foram informados prazos<br />

para início ou término das obras. Motoristas que circulam pelas imediações acabam usando o estacionamento<br />

Projeto de Lei do Executivo<br />

Desde 2005, vereadores de Salvador<br />

vêm pedindo para que a situação<br />

do Aeroclube seja discutida. Em<br />

abril de 2006, o Executivo Municipal<br />

enviou à Câmara o Projeto de Lei<br />

72/2006, que dispunha sobre modificações<br />

no empreendimento e autorizava<br />

a “prorrogação do prazo do contrato<br />

de concessão de direito real de<br />

uso da área do Parque Atlântico”. Em<br />

junho do mesmo ano, o Executivo<br />

enviou um veto ao mesmo projeto.<br />

Segundo a administração do Aeroclube,<br />

o prazo de prorrogação da<br />

concessão foi definido em função do<br />

“prejuízo de R$ 150 milhões” sofrido<br />

durante o período de embargo. “Vale<br />

ressaltar que a negociação do prazo<br />

de concessão da área é fruto de um<br />

estudo técnico e criterioso realizado<br />

pela Fundação Mário Leal Ferreira<br />

(FMLF), assessorada pela Deloitte”,<br />

completou a nota.<br />

E se alguém pensa que funcionários<br />

sabem o que acontece, se engana.<br />

A reportagem do Jornal da<br />

Metrópole tentou falar com lojistas,<br />

mas a administração disse que não<br />

era permitido entrevistá-los. Um<br />

funcionário, que não quis se identificar,<br />

afirmou não saber sequer a<br />

previsão da reforma. Se é vantagem<br />

continuar lá? “Boa pergunta! Quase<br />

ninguém vem mais aqui”, ele diz.<br />

Entulho nos arredores do Aeroclube dá mostras do estado de destruição do local<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 7


8<br />

cidade<br />

cidade@jornaldametropole.com.br<br />

Conscientização dos dois lados<br />

Depois de perder o irmão, Andréa Piedade alerta para a necessidade<br />

de conscientização de motociclistas e empinadores de<br />

pipa, para uso da antena e abolição do cerol, respectivamente.<br />

Ela diz que também tem alertado ciclistas sobre o risco.<br />

Código Penal Brasileiro<br />

Para os estados onde não há legislação própria sobre o uso do<br />

cerol, vale o Artigo 132 do Código Penal, sobre o ato de colocar<br />

a vida de outra pessoa em risco. A lesão corporal prevê pena de<br />

três meses a um ano de detenção; o homicídio, de seis a 30 anos.<br />

A vida por um fio<br />

Uso do cerol é frequente e causa acidentes fatais, mas Salvador ainda não tem legislação que proíba o uso<br />

Fotos Darío Guimarães<br />

Texto Clarissa Pacheco<br />

clarissa.pacheco@jornaldametropole.com.br<br />

DESDE AGOSTO de 2010, o uso<br />

da antena de proteção contra o<br />

cerol – mistura de cola de sapateiro<br />

e vidro moído utilizada em<br />

pipas – é obrigatório, conforme<br />

Resolução n° 356, no Conselho<br />

Nacional de Trânsito (Conatran).<br />

Mas as estatísticas de acidentes<br />

envolvendo ciclistas e motoci-<br />

clistas atingidos pelas linhas de<br />

cerol não param de crescer. Os<br />

dados são imprecisos, já que, embora<br />

o uso seja proibido em muitos<br />

estados, não há fiscalização.<br />

Mas um levantamento feito<br />

pela Associação Brasileira de<br />

Motociclistas (Abram) em 2001<br />

apontou que, todos os anos,<br />

acontecem cerca de 100 acidentes<br />

com cerol em todo o Brasil:<br />

destes, 50% são casos graves e<br />

25% resultam em morte. Dados<br />

atualizados pela Campanha Nacional<br />

Cerol Não multiplicam os<br />

números por cinco: ou seja, há<br />

em média 500 acidentes por ano<br />

no Brasil, sendo que 25% destes<br />

são fatais.<br />

Foi o que aconteceu com o<br />

técnico em informática Alexandro<br />

Irênio Piedade, 36 anos, casado<br />

e pai de uma menina de sete<br />

anos. Alexandro trafegava pelo<br />

bairro da Boca do Rio no início<br />

da noite do dia 7/9 de 2012, quando<br />

foi atingido no pescoço por<br />

Mais cidade?<br />

www.metro1.com.br/cidade<br />

uma linha de cerol. “Ele usava capacete,<br />

mas não estava com a antena<br />

instalada na moto”, lembra<br />

a irmã do técnico, Andréa Piedade.<br />

Segundo ela, o irmão havia<br />

participado de uma campanha<br />

contra o uso do cerol e planejava<br />

instalar a antena, mas não deu<br />

tempo. Alexandro morreu pouco<br />

depois de dar entrada no Hospital<br />

Geral do Estado, com um corte<br />

na região da jugular.<br />

Bairro da Boca do Rio, onde Alexandro Irênio Piedade morreu, é conhecido pela presença dos empinadores de pipa; local é temido por motociclistas por conta do riso, mas não há fiscalização<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


<strong>DA</strong>RIO GUIMARÃES/METROPRESS<br />

Projeto em Salvador<br />

Em 2011, o vereador Paulo Câmara (PSDB) propôs ao então prefeito João Henrique<br />

(PP) a distribuição gratuita de antenas de proteção, além de uma campanha<br />

de conscientização pela Transalvador. O Projeto de Indicação 278/2011 está no<br />

setor de Coordenação de Expediente e Documentação desde 22/5/2012.<br />

Sem fiscalização, sem punição<br />

Para o presidente da Associação<br />

dos Motociclistas da Bahia<br />

(AMO-BA), Ruiter Franco, a falta<br />

de fiscalização e de uma legislação<br />

própria vigente na Bahia e<br />

em Salvador dificulta o combate<br />

ao uso do cerol. Segundo ele, existem,<br />

a nível nacional, projetos de<br />

lei que buscam classificar o cerol<br />

como arma, mas os projetos não<br />

são divulgados. “Lamentavelmente,<br />

o município de Salvador<br />

ainda não tem uma legislação<br />

própria com relação a isso”, diz.<br />

As punições para os responsáveis<br />

são raras ou até inexistentes.<br />

“Eu não tenho conhecimento<br />

de nenhum que tenha sido preso<br />

a nível de Brasil. Existe um total<br />

descaso por parte das autoridades<br />

com relação a isso”, lamenta. Para<br />

Andréa Piedade, que viu a 9ª CP<br />

(Boca do Rio) prometer investigar<br />

o caso, a ausência de resposta é<br />

revoltante. “O que me revolta é a<br />

questão da impunidade, a gente<br />

não vê, não tem nenhum retorno<br />

da investigação. As pessoas que<br />

causaram o acidente continuam<br />

no mesmo local utilizando a mesma<br />

arma como brinquedo”, desabafa<br />

Andréa.<br />

Motociclistas correm risco ao passar por área em que garotos empinam pipa<br />

cidade<br />

cidade@jornaldametropole.com.br<br />

Como se vê, não é fácil encontrar motociclistas com a antena de proteção<br />

Resistência ao uso da antena<br />

Encontrada em lojas de equipamentos<br />

motociclísticos, a antena<br />

de proteção custa entre R$ 20 e<br />

R$ 50. “Somos obrigados a usar, no<br />

mínimo, uma antena. Mas a recomendação<br />

é de usar duas, porque,<br />

a depender da posição em que o<br />

motociclista está, ele ainda pode se<br />

acidentar”, explica Franco. Para ele,<br />

no entanto, ainda há resistência<br />

no uso do equipamento, uma vez<br />

que este pode machucar em caso<br />

de acidentes. “É um equipamento<br />

que pode trazer até transtornos,<br />

porque, a depender do modelo da<br />

antena, ela pode atingir o motociclista<br />

e causar outro problema”, diz.<br />

Mesmo assim, considera-se<br />

que o uso da antena é mais proveitoso<br />

do que arriscado. A resistência<br />

parte, na maioria das vezes,<br />

de quem usa motos de altas cilindradas,<br />

inclusive porque o equipamento<br />

não agrada esteticamente.<br />

“Mas a maioria dos motociclistas<br />

urbanos, como motoboys, mototaxistas,<br />

motofretistas, esses usam<br />

sem problemas”, diz.<br />

Antena não agrada<br />

esteticamente e há<br />

quem a rejeite<br />

O novo portal de<br />

notícias do<br />

Grupo Metrópole<br />

www.metro1.com.br<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 9


10<br />

casos insolúveis<br />

Estranha demora<br />

Dois anos e seis meses após o crime, assassinos de Paulo Colombiano e Catarina Galindo seguem impunes<br />

Texto Clarissa Pacheco<br />

clarissa.pacheco@jornaldametropole.com.br<br />

O ASSASSINATO do ex-diretor<br />

financeiro do Sindicato dos Rodoviários,<br />

Paulo Colombiano, e<br />

da esposa dele, a secretaria do<br />

PCdoB de Salvador, Catarina<br />

Galindo, completa nesta sexta-<br />

-feira (11) dois anos e seis meses.<br />

São 928 dias desde que o casal<br />

foi morto a tiros dentro do<br />

carro em que ia para casa, no<br />

bairro de Brotas. Mas os suspeitos<br />

de terem mandado matar<br />

o casal não chegaram a passar<br />

20 dias na cadeia. Presos em<br />

Mais polícia?<br />

www.metro1.com.br/policia<br />

17/5/2012, os irmãos Claudiomiro<br />

César Ferreira Santana e Cássio<br />

Miranda de Santana, donos<br />

do plano de saúde Mastermed,<br />

receberam da Justiça baiana, no<br />

dia 6/6/2012, o direito de responder<br />

ao processo em liberdade.<br />

Um dos acusados de executar<br />

o casal, o segurança Adailton<br />

Araújo de Jesus foi solto<br />

no início do mês de agosto. O<br />

advogado de Adailton alegou<br />

falta de provas contra o cliente.<br />

Os outros dois acusados de participação<br />

no crime são os seguranças<br />

Wagner Luís Lopes de<br />

Souza e Edilson Duarte de Sou-<br />

Os filhos de Catarina Galindo contrataram novos profissionais para acompanhar o caso: Paulo e Catarina foram assassinados em junho de 2010<br />

AMERICO BARROS/DIVULGAÇÃO<br />

A CTB-BA, amigos e familiares do casal planejam novos protestos e mobilização a fim de solucionar o crime<br />

REPRODUÇÃO<br />

za, e também não estão presos.<br />

Edilson confessou ter seguido<br />

os passos de Colombiano nas<br />

48 horas que antecederam o<br />

crime, e afirmou também ter<br />

dado a ordem dos disparos à<br />

queima-roupa na noite do dia<br />

29/6/2010. Mas ele negou que<br />

fosse o autor dos tiros.<br />

Um dos casos mais obscuros<br />

enfrentados pela polícia<br />

baiana nos últimos anos, por<br />

conta da falta de testemunhas<br />

e do tempo levado nas investigações<br />

até se chegar aos suspeitos<br />

do duplo assassinato,<br />

continua sem solução.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


Testemunhas sumiram<br />

Ao longo dos quase dois anos em<br />

que o crime foi investigado pela Polícia<br />

Civil, a principal dificuldade foi a<br />

falta de testemunhas. “Ninguém viu,<br />

ninguém sabia de nada”, lembrou a<br />

filha de Catarina, Ana Paula Galindo,<br />

que estava no momento do crime.<br />

Pela cidade, cartazes foram espalhados<br />

e muros pintados oferecendo<br />

R$ 10 mil de recompensa para quem<br />

desse informações que levassem aos<br />

responsáveis. Em vão. O caso, que<br />

envolvia denúncias de supostas irregularidades<br />

financeiras dentro do<br />

sindicato, ganhou apelo popular.<br />

Segundo a Secretaria de Segu-<br />

Juiz negou prisão preventiva<br />

Em 4/10/2012, os promotores<br />

Nivaldo Aquino, Davi Gallo e Dorival<br />

da Silva pediram novamente a<br />

prisão preventiva dos suspeitos por<br />

homicídio triplamente qualificado.<br />

O juiz Paulo César de Oliveira,<br />

da 1ª Vara do Júri Sumariante, negou<br />

o pedido em 18/10/2012 e pediu<br />

que os acusados apresentassem defesa<br />

preliminar. O Tribunal de Justiça<br />

da Bahia (TJ-BA) não localizou os<br />

estamos<br />

o que<br />

de olho<br />

rola<br />

casos insolúveis<br />

rança Pública (SSP-BA), Paulo e Catarina<br />

teriam sido mortos porque<br />

ele havia descoberto um esquema<br />

de desvio de dinheiro por meio dos<br />

pagamentos do Sindicato dos Rodoviários<br />

à Mastermed, empresa que<br />

operava o plano de saúde dos funcionários.<br />

“Como o processo foi muito<br />

difícil, muito cauteloso, o crime foi<br />

muito profissional, não vou dizer que<br />

demorou, mas a polícia levou mais<br />

de dois anos. O caso aconteceu em<br />

junho de 2010 e somente em maio<br />

de 2012 que foi feita a primeira prisão<br />

preventiva”, ponderou Eder Galindo,<br />

filho de Catarina e enteado de Paulo. Recompensa de R$ 10 mil foi oferecida em troca de informações sobre crime, com garantia de anonimato. Em vão<br />

nomes dos acusados em nenhum<br />

processo relacionado a esse crime.<br />

Só agora o caso deve começar<br />

a ser julgado. “O que é mais triste é<br />

você ter que saber que eles dormem<br />

tranquilos enquanto a gente sofre a<br />

cada dia, pouquinho a pouquinho,<br />

pela perda de duas pessoas maravilhosas<br />

que só queriam a justiça, que<br />

só queriam que as coisas fossem<br />

legais”, lamenta Ana Paula Galindo.<br />

Promotora justifica liberdade<br />

Apesar da lentidão da justiça,<br />

Eder sonha com uma solução positiva.<br />

“Preciso crer nisso. Tenho<br />

confiança. Se eu perder a confiança,<br />

não vou ter no que me segurar. Tenho<br />

certeza que eles estão fazendo<br />

e vão fazer o melhor”, conta.<br />

A atual promotora responsável<br />

pelo caso, Isabel Adelaide, da 1ª<br />

Vara do Júri Sumariante, explica<br />

que não há circunstâncias legais<br />

.............................................................................................................................................................................................<br />

<strong>DA</strong>RIO GUIMARÃES/METROPRESS<br />

que justifiquem a prisão preventiva.<br />

“Por lei, todo acusado tem o<br />

direito de responder ao processo<br />

solto. No momento, não há indício<br />

de ameaça às testemunhas nem de<br />

“Não há indício de<br />

tentativa de fuga”,<br />

alega promotora<br />

tentativa de fuga”, disse.<br />

Isabel Adelaide lembra ainda<br />

que já se passou bastante tempo desde<br />

que ocorreu o crime. “Essa prisão<br />

preventiva não aconteceu naquela<br />

época. Diante da lei, você acha que<br />

faz sentido essa prisão preventiva<br />

agora?”, questiona. Apesar disso, ela<br />

diz que não existe um tempo, mas<br />

circunstâncias razoáveis que justifiquem<br />

a prisão preventiva.<br />

estamosdeolho@jornaldametropole.com.br<br />

Reforma do Aeroporto<br />

O governador Jaques Wagner (PT) assinou na quinta (10) a ordem de<br />

serviço para reformas e construção de uma nova torre de controle no<br />

Aeroporto Internacional de Salvador.<br />

Desconto na conta de luz<br />

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, garantiu o desconto de<br />

20% nas contas de luz a partir de fevereiro e descartou a possibilidade<br />

de desabastecimento por conta dos níveis de água dos reservatórios.<br />

Top Paralela<br />

Uma decisão judicial obrigará a Caixa Econômica Federal a trocar a<br />

construtora responsável pelos empreendimentos Top Paralela e Mares<br />

do Norte. As obras eram da construtora Verti, que faliu em 2009.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 11<br />

<strong>DA</strong>RIO GUIMARÃES


12<br />

política<br />

politica@jornaldametropole.com.br<br />

Maurício de Tude (I)<br />

Maurício Bacelar, ops, De Tude perdeu a eleição para<br />

a Prefeitura de Camaçari, mas ganhou como prêmio<br />

de consolação o cargo de presidente do PTN baiano,<br />

no lugar do irmão, João Carlos Bacelar.<br />

Maurício de Tude (II)<br />

Fosse no voto popular, dificilmente Maurício conseguiria<br />

o cargo. Afinal, o político já perdeu quatro eleições em<br />

Dias D’Ávila e Camaçari, onde adotou o sobrenome do<br />

ex-prefeito José Tude, com quem não tem parentesco.<br />

Esperando sentados<br />

Prometida desde o fim das eleições municipais, reforma do secretariado de Jaques Wagner custa a sair<br />

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), e seu vice, Otto Alencar (PSD), devem divulgar a primeira parte da reforma administrativa até o dia 14/1. O clima, enquanto isso, é de expectativa<br />

Foto Darío Guimarães<br />

Texto Adalton dos Anjos<br />

adalton.anjos@metro1.com.br<br />

DEPOIS DOS resultados das<br />

eleições, que deixaram alguns<br />

aliados sem cargos e ajudaram<br />

a fechar um ano complicado<br />

para o governo, logo surgiram<br />

as primeiras conversas sobre<br />

a reforma de secretariado que<br />

seria promovida pelo governador<br />

Jaques Wagner (PT).<br />

Inclusive, o comandante<br />

do Estado afirmou à Rádio<br />

Metrópole, em 17/12, que mudanças<br />

em algumas pastas viriam<br />

logo na entrada de 2013.<br />

“Algumas áreas não estão<br />

funcionando bem. Vou fechar<br />

esse balanço até o final do<br />

ano”, disse.<br />

2013 começou e quem esperava<br />

que o governo anunciasse<br />

sua minirreforma e acabasse<br />

com as especulações se<br />

enganou. O líder do maioria<br />

na Assembleia Legislativa, Zé<br />

Neto (PT), jura não ter conversado<br />

com o governador sobre<br />

as alterações. Wagner, porém,<br />

Aliados que ficaram<br />

sem cargo esperam<br />

definição de Wagner<br />

afirmou ao site Bahia Notícias<br />

que deve anunciar as “mudanças<br />

pontuais” após voltar da<br />

China, daqui a duas semanas.<br />

Há rumores de que os<br />

novos nomes estarão nas seguintes<br />

pastas: Secretaria de<br />

Relações Institucionais (Serin);<br />

Secretaria Estadual de<br />

Assuntos da Copa (Secopa);<br />

Secretaria de Desenvolvimento<br />

Social e Combate à Pobreza<br />

(Sedes); e na Secretaria de<br />

Desenvolvimento Urbano<br />

(Sedur). Alguns cotados são<br />

os ex-prefeitos Luís Caetano e<br />

Moema Gramacho (PT), além<br />

do próprio Zé Neto.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


Por ora, silêncio<br />

A reportagem do Jornal da Metrópole tentou entrar<br />

em contato com o secretário de Relações Institucionais,<br />

Cézar Lisboa, mas não obteve sucesso. Especula-se que<br />

Cézar pode dar lugar a Zé Neto na pasta.<br />

Para oposição, reforma terá viés político<br />

Para o líder da oposição na<br />

Assembleia Legislativa, Paulo<br />

Azi (DEM), as mudanças previstas<br />

no secretariado visam atender<br />

apenas a interesses políticos.<br />

“O que nos preocupa é que<br />

o governador está sinalizando<br />

uma reforma não em sentido<br />

de melhorar a gestão da máquina<br />

do Estado, mas unicamente<br />

para atender aos interesses de<br />

aliados do governo, principalmente<br />

petistas que perderam<br />

as eleições ou deixaram de ser<br />

“Wagner é muito paciente”<br />

O deputado Zé Neto acredita<br />

que a demora no anúncio dos<br />

nomes dos novos secretários não<br />

traz prejuízos ao governo. “Esses<br />

dois primeiros meses são muito<br />

lentos, sem maiores acontecimentos.<br />

Até o Carnaval, está tudo tran-<br />

MANU DIAS/AGECOM<br />

prefeitos”, afirma.<br />

Wagner negou que as mudanças<br />

sejam para abrigar os aliados<br />

que ficaram sem cargo depois<br />

Mais política?<br />

www.metro1.com.br/politica<br />

quilo na Bahia”, afirma. Segundo<br />

ele, as contas do estado estão<br />

fechadas até fevereiro e a assembleia<br />

está de férias.<br />

O líder do governo ainda continuou<br />

sua defesa ao governador<br />

ao dizer que os integrantes da base<br />

das eleições municipais, mas<br />

afirmou que os ajustes acontecerão<br />

em áreas “em que o desenvolvimento<br />

não esteja a contento ou<br />

por uma necessidade política”.<br />

A ineficiência na administração<br />

pública foi o principal erro<br />

do governo na opinião de Paulo<br />

Azi. “O governo se preocupa<br />

muito em fazer política e por<br />

isso a grande maioria dos seus<br />

secretários está lá para defender<br />

os interesses partidários”, declara<br />

o democrata.<br />

MANUELA CAVA<strong>DA</strong>S/METROPRESS<br />

Líder do governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto é um dos cotados para a Secretaria de Relações Institucionais<br />

estão tranquilos quanto aos nomes<br />

escolhidos. “Se ele acha que<br />

tem que fazer alguma mudança,<br />

que está no time dele... Ele é muito<br />

paciente com as ações. Nada que<br />

tenha sido ultrapassado do ritmo<br />

normal”, afirma.<br />

política<br />

politica@jornaldametropole.com.br<br />

Azi afirmou que parte dos secretários busca apenas defender seus partidos<br />

Os personagens envolvidos<br />

não falam sobre a reforma de<br />

Wagner. O deputado Zé Neto diz<br />

que não tem informações se realmente<br />

substituirá Cézar Lisboa<br />

na pasta das Relações Institucionais.<br />

“Meu nome foi lembrado<br />

por uma questão natural de<br />

eu estar na liderança do governo.<br />

Até agora, não me disseram<br />

nada”, afirma.<br />

A ex-vereadora Olívia Santana<br />

(PCdoB), que teve o nome<br />

especulado para assumir a Secopa,<br />

negou ao Metro1 ter rece-<br />

MANUELA CAVA<strong>DA</strong>S/METROPRESS<br />

A ordem é despistar<br />

bido algum convite do governo.<br />

“É muita coisa que aparece na<br />

imprensa sem nem ser ouvida.<br />

Concretamente, não temos<br />

nada”, afirmou a comunista, que<br />

está de férias. Ela não antecipou<br />

o que fará após o período de<br />

descanso.<br />

Olívia diz que não<br />

recebeu nenhum<br />

convite do governo<br />

MANUELA CAVA<strong>DA</strong>S/METROPRESS<br />

Ex-candidata a vice-prefeita, Olívia Santana diz não ter recebido convite<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 13


14<br />

esportes<br />

esporte@jornaldametropole.com.br<br />

Atualizado mais rápido que troca de CPI.<br />

Bocão News, agora com aplicativo oocial appstore<br />

acesse também: www.bocaonews.com.br<br />

Gabriel no Flamengo<br />

O meia Gabriel está de partida para o Flamengo. Na<br />

divisão dos direitos econômicos 70% ficaram com o<br />

Bahia, 30% com o jogador e o empresário Carlos Leite.<br />

O rubro-negro ficou com 50% da parte do tricolor.<br />

Jogo-treino do Vitória<br />

O Vitória disputa amanhã (12) um jogo treino contra<br />

a equipe do Botafogo-BA como parte da preparação<br />

para o Campeonato do Nordeste. O time do<br />

interior disputará o Campeonato Baiano de 2013.<br />

Educação em jogo<br />

Investimento em esporte proporciona um bônus na formação escolar e ainda pode revelar talentos<br />

Texto Adalton dos Anjos<br />

adalton.anjos@metro1.com.br<br />

ESCOLAS QUE incentivam seus<br />

alunos a praticarem esportes e<br />

estudantes que são revelados no<br />

cenário esportivo podem parecer<br />

realidades distantes do contexto<br />

da Bahia, mas já é possível notar<br />

esforços neste sentido.<br />

As instituições de ensino que<br />

investem na formação de atletas<br />

mirins relatam resultados positivos<br />

com seus alunos, que muitas<br />

vezes não ficam apenas com os<br />

triunfos dos torneios estudantis<br />

e partem para desafios maiores<br />

como as competições promovidas<br />

por federações.<br />

Os Jogos Estudantis da Rede<br />

Pública (Jerp) agitam o ano dos<br />

colégios estaduais da Bahia e<br />

acabam revelando talentos. Além<br />

disso, professores e funcionários<br />

notam um maior vínculo afetivo<br />

entre os alunos que fazem algum<br />

esporte. “Muitos se envolvem<br />

mais e passam a preservar a escola.<br />

Os laços de amizade se fortalecem.<br />

Algumas escolas que tinham<br />

um número alto de evasão,<br />

quando começaram a participar,<br />

perceberam que o número foi diminuindo”,<br />

afirma o professor da<br />

coordenação de educação física<br />

e esporte escolar da Secretaria de<br />

Educação, Francisco Camarão.<br />

No Isba e no Colégio São<br />

Paulo, apesar de o foco não ser<br />

resultados de alto nível, os alunos<br />

chamam atenção com suas<br />

participações em competições<br />

nacionais de futsal, ginástica<br />

rítmica e vôlei.<br />

Mais esporte?<br />

www.metro1.com.br/esporte<br />

Nos Jogos Estudantis da Rede Pública, as competições proporcionam aos alunos conhecer outras cidades<br />

Esporte como meio de integração<br />

Um grande incentivo na rede<br />

pública é a chance de conhecer cidades<br />

vizinhas. “Às vezes a cidade é<br />

até próxima, mas há dificuldade de<br />

transporte. Eles aproveitam o esporte<br />

para fazer a relação pessoal”, afirma<br />

Francisco. Mais de 100 mil alunos<br />

participaram do Jerp em 2012.<br />

O professor conta que os Jogos<br />

fazem mais sucesso no interior.<br />

“Salvador é grande, e fazemos os jogos<br />

por polos. Ou seja, a região da<br />

Cidade Baixa, Centro... Nem sempre<br />

as mesmas modalidades estão<br />

na região. Aí na hora de deslocar<br />

escolas da orla para a Cidade Baixa,<br />

elas têm dificuldade”, afirma.<br />

Xadrez é uma das modalidades dos Jogos Estudantis da Rede Pública<br />

DIVULGAÇÃO<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


esportes<br />

esporte@jornaldametropole.com.br<br />

MANUELA CAVA<strong>DA</strong>S/METROPRESS<br />

Jorginho satisfeito titulo<br />

O presidente do Bahia, Marcelo texto Guimarães texto texto Filho, texto ne- texto texto texto texto texto<br />

gou que o técnico Jorginho esteja texto insatisfeito texto texto com texto as texto texto texto texto texto<br />

contratações. “Ele está muito satisfeito texto texto com texto o trabalho texto texto texto texto texto texto<br />

que está sendo feito. Tem acompanhado texto texto tudo” texto disse. texto texto texto<br />

“Possibilidade de conhecer culturas”<br />

O Isba, que tem um histórico<br />

de apoiar o esporte amador, mantém<br />

uma boa estrutura esportiva<br />

com ginásios e piscinas conhecidos<br />

entre os alunos, professores e<br />

atletas locais. “Temos as seleções e<br />

escolinhas em que todos têm acesso.<br />

Todos os anos, participamos de<br />

torneios em várias modalidades. O<br />

Isba chegou a ter a visita de profis-<br />

sionais do esporte de Cuba”, explica<br />

o coordenador de esportes da instituição,<br />

Augusto Assis.<br />

No Colégio São Paulo, a coor-<br />

“O Isba chegou a ter a<br />

visita de profissionais<br />

do esporte de Cuba”<br />

denadora do setor de educação<br />

física, Rita Hastereiter, ressalta<br />

a possibilidade de intercâmbio<br />

entre os alunos que participam<br />

de torneios esportivos nacionais,<br />

como no karatê e basquete. “O<br />

que a gente valoriza também é a<br />

possibilidade de conhecer novas<br />

culturas e pessoas, além de respeitar<br />

o outro”, conta.<br />

De Salvador para a Catalunha<br />

SARA REGIS/DIVULGAÇÃO<br />

Com 11 anos, Cassiano Buzon,<br />

estudante do Isba, já chamou atenção<br />

até do time do Barcelona. O<br />

garoto, assim como a maioria dos<br />

alunos das escolas soteropolitanas,<br />

acabou optando pelo futsal. “Hoje, o<br />

Cassiano é página no Google e sai<br />

nos jornais internacionais”, conta,<br />

orgulhosa, a mãe do garoto, Irtes<br />

Buzon, que ainda elogia o incentivo<br />

da escola à prática de esportes.<br />

A ida do menino para a Espanha<br />

foi postergada, já que ele não tem<br />

idade para ficar no time catalão. “Era<br />

muito ruim deixar ele lá com 11 anos<br />

sozinho, fora do país. Não dissemos<br />

‘não’, só adiamos”, conclui o pai de<br />

Cassiano, Francisco de Jesus.<br />

Segundo os pais, o garoto não<br />

liga para a fama repentina e as<br />

comparações com o jogador argentino<br />

Lionel Messi. “Ele é muito<br />

tranquilo e tem uma personalidade<br />

que às vezes assusta”, afirma o pai. Cassiano, aluno do Isba, já chamou a atenção até mesmo do Barcelona<br />

titulo<br />

esportes<br />

texto texto texto texto texto texto texto texto texto<br />

texto texto texto texto texto texto texto texto texto<br />

texto texto texto texto texto texto texto texto texto<br />

texto texto texto texto texto texto<br />

esporte@jornaldametropole.com.br<br />

bagunçando o baba<br />

Reforma do estatuto<br />

O edital de convocação já foi lançado, Marcelo Guimarães<br />

Filho fala há algum tempo que o sócio do Bahia vai votar para<br />

presidente em 2014, mas eu acho bom o torcedor não cantar vitória<br />

antes da hora. Com dirigente, vale sempre a pena ficar com<br />

um pé atrás. Esperemos o dia 15/1.<br />

Presepada (I)<br />

Que presepada essa do<br />

Vitória com a contratação de<br />

Pedro Oldoni... Primeiro, o site<br />

do clube confirmou que o atacante<br />

havia sido contratado.<br />

Depois, o diretor de futebol<br />

do Leão, Raimundo Queiroz,<br />

disse que ele apenas vai fazer<br />

tratamento no Barradão.<br />

LADEIRA ABAIXO<br />

Ele já está saindo do<br />

clube e eu ainda não consigo<br />

acreditar que o Bahia<br />

contratou Cláudio Pitbull<br />

no ano passado. O jogador<br />

só confirmou sua péssima e<br />

duradoura fase e ainda se reapresentou<br />

lesionado. Uma<br />

contratação inadmissível.<br />

próximo jogo/Bahia<br />

Dia 19/1<br />

Bahia x Itabaiana<br />

Pituaçu/Salvador<br />

por Felipe Paranhos<br />

Presepada (II)<br />

Essa história tem toda a<br />

cara de que contrataram o rapaz<br />

sem saber do seu estado (e<br />

do seu histórico) médico e depois<br />

inventaram esse papinho<br />

de que ele não está contratado<br />

— desconhecimento, aliás, bem<br />

comum por parte dos dois principais<br />

clubes da Bahia.<br />

LADEIRA ACIMA<br />

Não é difícil esquecer<br />

que o meia Jéferson ainda<br />

faz parte do elenco do<br />

Bahia. Afinal, só fez dois<br />

jogos em 2012. Em 2013, o<br />

atleta tem a chance de reerguer<br />

a carreira, já marcada<br />

pela terrível contusão que<br />

sofreu no ano passado.<br />

próximo jogo/Vitória<br />

Dia 20/1<br />

América-RN x Vitória<br />

Nazarenão/Goianinha<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 15


16<br />

badalo<br />

badalo@jornaldametropole.com.br<br />

entrevista aninha franco<br />

“O controle da igreja com o prazer me deixa irritada”<br />

Alice Kate é um gay numa viagem a Nova York com um grupo de outros viajantes. Durante uma pane no avião, ele promete a São Sebastião que deixará<br />

de ser gay caso termine tudo bem. Com texto de Aninha Franco, que estreia programa na Rádio Metrópole em 25/2, o musical ‘Éramos Gays’ entra em cartaz<br />

hoje (11) no Teatro Módulo. A produção inédita é a primeira parceria entre uma peça baiana e uma equipe da Broadway. Por Clarissa Pacheco<br />

Jornal da Metrópole – Como<br />

foi fazer essa parceria entre a<br />

música baiana e a linguagem<br />

dos musicais da Broadway?<br />

Aninha Franco – Foi a parte<br />

mais emocionante da construção<br />

desse musical. Por questões<br />

políticas, eu me recusei a<br />

aprender inglês e tive que trabalhar<br />

com criadores estadunidenses<br />

que não falavam português,<br />

então era muito curioso e<br />

instigante. Éramos colegas, não<br />

existia nenhum tipo de diferença<br />

de países, nem de artistas,<br />

éramos todos criadores. Nós<br />

conseguimos juntar a música<br />

baiana com o gestual estadunidense.<br />

Isso foi o mais lindo.<br />

Unimos a coreografia de profissionais<br />

estadunidenses com o<br />

arrocha e o axé. O idioma artístico<br />

foi mais forte do que o de origem.<br />

Eu tinha problemas sérios<br />

com a relação com os EUA, por<br />

causa da colonização brasileira,<br />

mas com este trabalho, as coisas<br />

ficaram melhores. E trabalhar<br />

com Adrian Steinway, um<br />

cérebro estadunidense misturado<br />

com várias outras culturas,<br />

foi incrível. Em resumo, temos<br />

um espetáculo belo, com coreografia<br />

e direção estadunidense,<br />

música e dramaturgia brasileira<br />

e baiana, figurinos paulistas, enfim,<br />

uma mistura muito boa.<br />

JM – De que forma foi feita a<br />

seleção para os atores e para<br />

a equipe técnica do musical?<br />

AF – A seleção foi feita pelo<br />

diretor Adrian Steinway e por<br />

Kiara Sasso, uma grande estrela<br />

dos musicais nacionais. Vê-la<br />

cantar foi fascinante. Gerônimo<br />

Santana é meu parceiro de trabalho<br />

e não podia ser diferente<br />

nessa história. Ele foi fundamental<br />

para a coesão da música,<br />

porque temos muitos compositores<br />

e diversidade. A trilha<br />

vai do cânone até o arrocha. E<br />

essa variedade foi arrumada<br />

por ele, o diretor musical da<br />

montagem, de forma brilhante.<br />

JM – De onde veio a inspiração<br />

para a história?<br />

AF – Essa é uma ideia muito<br />

antiga, que sempre tive vontade<br />

de fazer. Parte de uma piada<br />

muito batida nos anos 1980 e<br />

que acabou virando o mote do<br />

roteiro. É um mote que me permitiu<br />

discutir algumas coisas<br />

como a repressão basicamente<br />

religiosa aos gays, que acontece<br />

até os dias de hoje. Essa coisa<br />

do controle da igreja com o<br />

prazer me deixa irritada e sempre<br />

achei necessário discutir<br />

este tema. A ideia é humanizar.<br />

Precisamos nos humanizar,<br />

discutir, dialogar para conseguir<br />

destruir preconceitos e<br />

violências contra os gays e<br />

contra a humanidade. Não vejo<br />

outro caminho a não ser discutindo<br />

as relações humanas.<br />

Depois de ‘Éramos Gays’, irei<br />

fazer outro musical chamado<br />

‘As Cachorras’, que discutirá a<br />

violência contra as mulheres, a<br />

submissão, o exagero da liber-<br />

“A reflexão do<br />

musical é atual,<br />

completamente<br />

contemporânea”<br />

Rock Forever<br />

A Banda Rock Forever se apresenta amanhã (12)<br />

na Praia do Forte. O show ‘Golden Rocks de Elvis a<br />

Beatles’ acontece a partir das 20h no Projeto Tamar. Os<br />

ingressos custam R$ 20 (homens) e R$ 10 (mulheres).<br />

Aninha Franco na Metrópole<br />

A dramaturga estreia o programa ‘Na República’, na<br />

Rádio Metrópole, no dia 25/2. Antes disso, Aninha<br />

Franco faz o programa piloto, ao vivo, em 2/2, da Festa<br />

de Iemanjá. O novo programa substituirá o Roda Baiana.<br />

Entrevista completa no Metro 1 (metro1.com.br)<br />

TATI FREITAS/DIVULGAÇÃO<br />

dade. As mulheres continuam<br />

numa situação complicada na<br />

sociedade e precisamos discutir<br />

isso. Ainda virão muitos musicais<br />

por aí, este é só o primeiro<br />

de muitos. Temos, no Brasil,<br />

uma música que é maravilhosa<br />

e precisamos fazer mais musicais,<br />

criar mais, criar menos que<br />

exportar. Podemos muito.<br />

JM – Apesar do humor, ‘Éramos<br />

Gays’ não deixa de tratar<br />

um tema sério. Como é<br />

falar de liberdade sexual no<br />

contexto do século passado?<br />

AF – Não se trata da época em<br />

que as cenas se passam. A reflexão<br />

do musical é atual, completamente<br />

contemporânea.<br />

Estamos discutindo o agora,<br />

afinal ainda existem homens<br />

e mulheres no armário, não<br />

é? Estamos falando da humanização,<br />

da necessidade de o<br />

ser humano estar bem com<br />

ele mesmo. Essa é uma montagem<br />

que vem pra provocar<br />

reflexões profundas acerca de<br />

todos nós, homens, mulheres<br />

ou gays.<br />

JM – Alice Kate fez uma promessa<br />

um tanto “complicada”<br />

para São Sebastião. O<br />

que o público deve esperar da<br />

personagem?<br />

AF – Essa mesma promessa foi<br />

feita por milhares de homens,<br />

dessa maneira ou não. Alguns<br />

cumpriram, outros não. A grande<br />

piada é que o próprio Santo<br />

desce pra liberá-la dessa obrigação<br />

louca. Ou seja, até o santo<br />

entende que ninguém pode<br />

lutar contra o próprio desejo.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


Qual o critério, Festival?<br />

A banda dos filhos de Bell, também conhecida como Oito7Nove4,<br />

entrou de vez para o rol dos grupos que volta e meia conseguem<br />

uma pontinha no palco principal do Festival de Verão por interesses<br />

diversos que nada têm a ver com talento e reconhecimento.<br />

badalo<br />

badalo@jornaldametropole.com.br<br />

FRED PONTES/DIVULGAÇÃO<br />

Como ser um intelectual<br />

Em Feira de Santana, professor diz ensinar candidatos ao funcionalismo a fazer a mente funcionar<br />

Texto João Gabriel Galdea<br />

joao.gabriel@metro1.com.br<br />

PARA QUEM deseja somar pontos ao Q.I., o convite<br />

é atraente: “Seja um intelectual como nós”. Presente<br />

num panfleto mal diagramado do Curso de Formação<br />

de Intelectuais (CFI), em Feira de Santana, a frase<br />

é mais que uma convocação ao universo dos seres<br />

de alto intelecto, mas também um chamamento ao<br />

funcionalismo público! Quem garante o sucesso da<br />

evolução intelecto-profissional é Márcio Araújo, 26,<br />

que há dois anos leciona no curso por ele idealizado.<br />

“Utilizo o método de aula geminada, em que<br />

você associa as disciplinas. Por exemplo, a palavra<br />

‘agulha’: ela pode ser vista em várias disciplinas, seja<br />

na língua portuguesa, numa experiência física... É<br />

uma associação, e isso ajuda a ir bem em qualquer<br />

concurso”, ilustra. E as agulhadas filosóficas do jovem<br />

mestre de Conceição do Jacuípe, onde dava<br />

aulas desde os 12 anos, estouram qualquer bolha de<br />

desconfiança à luz dos resultados obtidos pelo alunado:<br />

dos 400 que já passaram pelo CFI, cerca de 100 já<br />

tiveram êxito em seus projetos. “Sempre tive facilidade<br />

de relacionar”, conta, referindo-se às disciplinas.<br />

No CFI, elas são 15, passadas em aulas híbridas.<br />

“O intelectual é aquele que consegue associar<br />

disciplinas com um conteúdo só”, explica Márcio,<br />

para quem a inspiração inicial para ensinar foi, literalmente,<br />

divina. “A religião evangélica me levou<br />

a ser professor”, conta, sem lhe ocorrer, no entanto,<br />

nenhum autor que o tenha inspirado na missão de<br />

lecionar, a não ser pastores e professores da Escola<br />

Athenas, onde confirmou sua vocação à filosofia e<br />

intelectualidade. A cereja no bolo veio com as formações<br />

em Letras com Inglês (UEFS) e em um curso<br />

à distância de psicologia, além do já encaminhado<br />

canudo em Geologia na UFRB. Um gênio completo.<br />

Mais irreverência?<br />

www.metro1.com.br/oreaseca<br />

A sala de aula é bem inusitada, mas o professor garante que os alunos — dos mais variados perfis — se tornam intelectuais<br />

No panfleto um tanto simplório, Márcio promete criar “intelectuais”<br />

serviço<br />

O QUE: Curso de Formação de<br />

Intelectuais (CFI)<br />

DURAÇÃO: dois semestres<br />

LOCAL: Rua Almirante Barroso,<br />

48, Centro de Feira de Santana<br />

VALOR: R$ 250 por mês (padrão)<br />

CONTEÚDO: O que ocorrer.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 17<br />

DIVULGAÇÃO<br />

DIVULGAÇÃO


18<br />

badalo<br />

badalo@jornaldametropole.com.br<br />

o que rola<br />

‘Ella’<br />

Mariella Santiago lança nos domingos de janeiro o<br />

single ‘Ella’, faixa de seu novo disco. O lançamento será<br />

no MAM, durante os ‘Encontros de Verão com Mariella<br />

& Convidados’, às 19h. Ingressos: R$ 16 (inteira).<br />

‘Vidas Secas’<br />

O livro homônimo de Graciliano Ramos é a inspiração<br />

da peça ‘Vidas Secas’, em cartaz na próxima quarta (16),<br />

no Centro Cultural Plataforma. A história de Fabiano e<br />

sua família será contada às 20h. Ingressos: R$ 1 (inteira).<br />

Margareth Menezes - Afropop Pipoca Moderna - Marcia Castro Festival de Verão 2013<br />

Acontece amanhã (12) a primeira edição do Festival<br />

Afropop, comandado por Margareth Menezes. Este ano,<br />

Maga faz o show na Concha Acústica do TCA e convida<br />

os Filhos de Gandhy, o Cortejo Afro e a Banda Filhos de<br />

Jorge. A partir das 19h, com ingressos a R$ 30 (inteira).<br />

A cantora baiana Marcia Castro recebe os cariocas<br />

Luiz Melodia e Mart’nália para a primeira edição de<br />

2013 dos seus ensaios de verão, apelidados de ‘Pipoca<br />

Moderna’. O show de estreia acontece amanhã (12), a<br />

partir das 21h, no Clube Fantoches, no Dois de Julho.<br />

DIVULGAÇÃO PEDRO ACCIOLY/DIVULGAÇÃO<br />

O Festival de Verão Salvador chega em 2013 à sua<br />

15ª edição. A festa acontece entre os dias 16 e 19/1<br />

no Parque de Exposições. Dentre as atrações, estão<br />

Nando Reis, Kid Abelha, Luiza Possi, Paula Lima e a<br />

banda americana Soja. Ingressos: R$ 96 a R$ 170.<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013


Carla Cristina Dany Bananinha<br />

Claudia Leitte Neymar<br />

227 curtem 1.299 curtem<br />

8.147 curtem 12.529 curtem<br />

Alexandre Herchcovitch<br />

1.003 curtem<br />

Karina Bacchi<br />

1.025 curtem<br />

DIVULGAÇÃO<br />

Descobrimos quem matou Sereia! Foi usar<br />

o vestido de Carla Cristina, sacana...<br />

E você que achava que não falta mais<br />

vender nada, né? Até rim já vendem<br />

por aí. (Sacanagem: rim, em inglês, é<br />

jante — aquela da roda dos carros). Mas,<br />

em tempo de tráfico de pessoas, bem<br />

que poderia ser outra coisa.<br />

Por que ainda acham bonito fazer essas<br />

montagens toscas nos programas de<br />

edição de foto no celular? E qual o<br />

objetivo de embrulhar o cachorro com<br />

papel alumínio? Vereadora Ana Rita<br />

Tavares, cadê você?<br />

Ajude uma sem-trio<br />

Com 30 anos de carreira e faltando menos de um mês para o início do Carnaval,<br />

a cantora da “Roda”, Sarajane, está a perigo em busca de uma vaga em um trio.<br />

“Quero cantar, volta à ativa! Mandei algumas mensagens mas não tive respostas”,<br />

postou a artista no Twitter que ainda marcou Ivete Sangalo e Carlinhos Brown.<br />

Existia algum animal mitológico com<br />

corpo de humano e crina de cavalo?<br />

Isso aí, Claudinha! Sexy, tendência, supersensual<br />

a roupinha e o sapatinho.<br />

sociais<br />

Gil Cebola, amigo de Neymar, bebeu demais<br />

e ‘caiu na net’. Amigão, o Neymar?<br />

EM UM PACTO, TODOS SEGUEM<br />

A MESMA DIREÇÃO. EM UM PACTO<br />

PELA VI<strong>DA</strong>, ESSA DIREÇÃO<br />

É A <strong>DA</strong> CONSCIÊNCIA.<br />

Apoio:<br />

UM PACTO PELA VI<strong>DA</strong><br />

Para conseguirmos um trânsito seguro e pacífi co, não podemos<br />

nos limitar ao cumprimento das regras de trânsito. É preciso mais.<br />

Precisamos ter consciência das nossas atitudes como atores do<br />

trânsito, e, fundamentalmente, da responsabilidade que temos com<br />

a nossa vida e com a vida de outras pessoas. Afi nal, somos todos<br />

afetados pela violência no trânsito.<br />

Faça parte deste pacto.<br />

Acesse paradapelavida.com.br<br />

e saiba como.<br />

facebook/paradapelavida • @paradapelavida<br />

Cissa Guimarães – Atriz e apresentadora de televisão. Não cobrou cachê.<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013 19


20<br />

obituário<br />

obituario@jornaldametropole.com.br<br />

Camaçari perde jornalista e músico Fábio Reis<br />

Estudante de direito era guitarrista da banda Pretexto e apresentador de um programa na Camaçari FM<br />

O JORNALISTA Fábio Lima<br />

Reis, de 28 anos, morreu na<br />

última segunda-feira (7), deixando<br />

saudades em familiares,<br />

amigos e admiradores<br />

de sua música. Também estudante<br />

de direito, o morador<br />

de Camaçari se sentiu mal à<br />

tarde, sofreu com a demora<br />

do Serviço de Atendimento<br />

Móvel de Urgência e acabou<br />

não resistindo.<br />

Fábio apresentava com<br />

sua irmã, Lane Reis, o programa<br />

Radar Rock, na Camaçari<br />

FM. O ritmo musical era uma<br />

das paixões do jornalista, que<br />

formava, junto com Lane<br />

e o irmão Nandneidson<br />

— o Skilo —, a banda de<br />

punk rock e hardcore Pretexto.<br />

A mãe de Fábio, Vera,<br />

lembra com orgulho da<br />

personalidade do filho.<br />

“Ele era excelente, maravilhoso.<br />

Nossa família é<br />

muito unida, então nós<br />

fazíamos tudo juntos,<br />

compartilhávamos tudo.<br />

Ele era o máximo que um<br />

filho poderia ser”, disse,<br />

emocionada.<br />

O diretor da Camaçari<br />

FM, Antônio Paulo, lastimou<br />

a perda do segundo<br />

colaborador em 15 dias<br />

— antes, um operador de<br />

áudio havia morrido em<br />

um acidente de carro na<br />

Linha Verde. “Fábio era<br />

muito querido por todos<br />

aqui na rádio. Não tinha<br />

problema nenhum com<br />

ninguém, era um cara dez<br />

mesmo. Era um menino de<br />

boa família, responsável, que<br />

não fazia nada errado, não<br />

se metia com coisa errada”,<br />

lamenta Antônio. “Por mais<br />

que a gente tente entender<br />

por que um garoto tão jovem<br />

vai embora, é muito díficil. O<br />

pessoal daqui ainda está passando<br />

por aquela fase de ‘É<br />

verdade?’, ‘Aconteceu mesmo<br />

isso?”, acrescenta.<br />

O velório de Fábio aconteceu<br />

na terça-feira (8), na capela<br />

do Cemitério Jardim da<br />

Eternidade, onde o jornalista<br />

foi sepultado.<br />

O adeus de Damião Lima Silva Lapa sem Jorge Selarón<br />

O porteiro Damião Lima Silva,<br />

nascido em 1957, faleceu no<br />

último dia 4/1, após ter passado<br />

mal em casa. Funcionário bastante<br />

querido entre os moradores do<br />

Condomínio Edifício Antônio,<br />

Damião gostava mesmo era de<br />

descansar em casa e do seu trabalho.<br />

“Ele não saía para passear<br />

muito. Ficava em casa descansando”,<br />

explica o filho Raimundo<br />

Nonato.<br />

Torcedor do Bahia, Damião<br />

“Fábio era o<br />

máximo que um<br />

filho poderia ser”<br />

No islamismo, a morte é um processo muito natural e não é encarada como a<br />

delimitação de um fim, mas como uma porta para a vida eterna. Nos velórios,<br />

não são utilizadas flores e nem velas. As urnas funerárias são as mais simples<br />

possíveis. A crença dos muçulmanos diz que, ao ser enterrado, o morto fica em um<br />

estado chamado ‘Alamul Barzakh’, que é o período entre a morte e a ressurreição,<br />

também muito natural entre os adeptos da religião. Depois do enterro, os muçulmanos<br />

acreditam que os mortos são visitados por dois anjos, chamados Munkar e<br />

Nakir, que lhes fazem três perguntas: ‘Quem é o teu Senhor?’, ‘Qual a tua religião?’<br />

e ‘O que tens a dizer a respeito deste Homem?’. Se o morto tiver sido crente, reconhecerá<br />

o Profeta Muhammad e descansará em paz até o Dia do Juízo Final.<br />

REPRODUÇÃO/FACEBOOK<br />

não ia mais assistir os jogos do<br />

time do coração no estádio como<br />

fazia na década de 1980, “nos<br />

bons tempos do tricolor”, como<br />

disse seu filho. O porteiro, que<br />

veio de Jacobina há mais de 20<br />

anos para conseguir um emprego<br />

na capital, constituiu família<br />

e deixou dois filhos, uma neta e<br />

uma esposa.<br />

O sepultamento de Damião<br />

aconteceu no último sábado (5),<br />

no Cemitério do Campo Santo.<br />

“Quem defende<br />

bandido é<br />

advogado”<br />

Bezerra da Silva • 1927 † 2005<br />

A partida do artista plástico<br />

chileno Jorge Selarón, de 65 anos,<br />

na madrugada da última quinta-<br />

-feira (10) deixou os cariocas mais<br />

tristes. Selarón foi o autor do mosaico<br />

colorido nos 215 degraus da<br />

Escadaria do Convento de Santa<br />

Teresa, na Lapa, que transformou o<br />

local em um dos pontos turísticos<br />

mais visitados da capital fluminense.<br />

A Escadaria Selarón, como ficou<br />

conhecida, foi tombada em 2005.<br />

De acordo com amigos e fami-<br />

liares, o corpo do chileno foi encontrado<br />

na própria escadaria, na<br />

manhã de ontem, queimado e ao<br />

lado de uma lata de tíner - solvente<br />

altamente inflamável.<br />

Vizinhos disseram que ele andava<br />

triste e vinha sofrendo ameaças.<br />

Na parte da escadaria em<br />

que explica o mosaico iniciado em<br />

1990, a que chamou de “A Grande<br />

Loucura”, Selarón disse: “Só acabarei<br />

este sonho louco e inédito no<br />

último dia da minha vida”.<br />

era (ou é) assim... deixaram saudade (ou não)...<br />

11/1 Jorge Lafond, ator (2003); Domenico Cimarosa, compositor italiano (1801)<br />

12/1 Afrânio Peixoto, médico brasileiro (1947); Zilda Arns, médica sanitarista (2010)<br />

13/1 Frei Caneca, religioso brasileiro (1825); James Joyce, escritor (1941)<br />

14/1 Anaïs Nin, escritora francesa (1977); Donna Reed, atriz americana (1986)<br />

15/1 Ruth Warrick, ativista americana (2005); Galba, imperador romano (69)<br />

16/1 Rodrigues Alves, ex-presidente (1919); Ted Cassidy, ator americano (1979)<br />

FOLHAPRESS<br />

17/1 Tarsila do Amaral, pintora (1973); Bezerra da Silva, compositor brasileiro (2005)<br />

Salvador, 11 de janeiro de 2013

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