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POLÍTICA
ANTES DO ADEUS
Política e casa arrumada
Luiz Henrique quer solucionar questões partidárias e administrativas para só
depois deixar o cargo
A sessão extraordinária do Tribunal de Justiça, no dia 31, para analisar o caso do vicegovernador
Leonel Pavan (PSDB), deixou de ser referência para a renúncia de Luiz
Henrique (PMDB) do governo.
Questões partidárias e administrativas tomaram proporções que se sobrepõem à análise
da Justiça daquele que era considerado o fato político mais importante para a decisão do
governador.
A prévia do PMDB, mantida para 27 de março, aliada ao descontentamento do
Democratas, que deve desembarcar do governo na segunda-feira, complicam as relações
da tríplice aliança. No gabinete do governador, pilhas de documentos e processos
precisam ser assinados antes da renúncia.
Na semana que vem, Luiz Henrique deve deixar as viagens de lado para concentrar-se
na solução dos problemas partidários e administrativos. O secretário da Coordenação,
Valdir Cobalchini (PMDB), conversou com o governador e, ao perguntar sobre a data
da renúncia, ouviu um “não sei, não sei” como resposta. Em Araranguá, Luiz Henrique
irritou-se com a insistência dos jornalistas sobre o assunto. Mais tarde, informações do
Centro Administrativo cravavam a data de saída como 2 de abril.
À noite, em Chapecó, Luiz Henrique, Pavan e o senador Raimundo Colombo (DEM)
assistiram ao jogo da Chapecoense com o Atlético Mineiro e conversaram sobre a
manutenção da tríplice aliança no Estado.
Para complicar o cenário de urgência, o Senado deve aprovar hoje a autorização de
empréstimo de R$ 343 milhões de um banco japonês para a Casan. Esse contrato
precisa ser assinado pelo governador em Tóquio até 31 de março. Por telefone, Pavan
demonstrou preocupação com esse fato, já que a viagem para o Japão demora dois dias
e Luiz Henrique precisa estar no Estado para renunciar até 2 de abril. O presidente da
Casan, Walmor de Luca, garante que é Pavan quem irá ao Japão já como governador. A
viagem será em 28 ou 29 de março.
Colaborou: Natália Viana
ANTES DO ADEUS
Pavan não prioriza mais o TJ
O que era uma questão de honra para o vice-governador Leonel Pavan – ser julgado
pelo Tribunal de Justiça para que pudesse provar sua inocência – já não tem tanta
importância.
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