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DEDICATÓRIA<br />
Dedicamos esse livro com muito carinho aos nossos avós, pois sem<br />
eles não teríamos essas histórias para contar.<br />
AGRADECIMENTO<br />
Agradecemos a nossa professora Fernanda, que nos ajudou na<br />
produção dos textos, a professora Adriana, a auxiliar de laboratório Fabi-<br />
ana e a publicitária Cláudia, que colaboraram com a montagem do livro.<br />
Agradecemos também aos nossos pais, que nos ajudaram nas entrevistas.<br />
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PREFÁCIO<br />
É com muita alegria e satisfação que entregamos a vocês: avós, pais<br />
e familiares o livro Causos de avô e avó.<br />
Este livro é fruto de um longo processo de dedicação, esforço e carinho<br />
dos nossos alunos. O trabalho deles foi dividido em várias etapas. A primeira<br />
foi à entrevista com os avós para saber sobre um causo marcante na vida<br />
deles. Depois iniciamos o registro, mas percebemos que estavam faltando<br />
informações importantes para a clareza do texto. Decidimos, então, ter<br />
uma nova conversa com os avós, mas dessa vez em forma de pergunta e<br />
resposta.<br />
Essa tarefa nos ajudou bastante a organizar as informações que<br />
estavam incompletas. Nossos alunos tiveram que encaixar as informações<br />
nos lugares adequados. (Árdua tarefa!).<br />
Terminada essa fase fomos digitar o texto e depois fizemos várias<br />
revisões melhorando o jeito de dizer, corrigindo palavras escritas erradas e<br />
até tirando e colocando informações.<br />
Depois de tudo isso, nosso livro ficou pronto. Nossas crianças se<br />
empenharam bastante e se emocionaram também.<br />
Agora é a vez de vocês desfrutarem desses causos maravilhosos de<br />
avós que foram escritos com muito carinho.<br />
Parabéns às crianças!
Davi Mattos Heinzle da Silva<br />
Giovanna Louro<br />
Guilherme de Lima Helaehil<br />
Isabella Rondi Pinto<br />
Juan Victório Prebelli<br />
Jackeline de Almeida Martins<br />
Kaic Rdrigues Lopes<br />
Kaio Matheus Spadrizani<br />
Larissa Carreira Martins Pereira<br />
Laura Parisotto Vaccari<br />
AUTORES<br />
Leonardo Augusto Crizol de Oliveira<br />
Letícia Fernanda Fredo<br />
Maria de Fátima Rodrigues Soares<br />
Mário Augusto Bulizani Alves<br />
Matheus Dias de Oliveira<br />
Matheus dos Santos Silva<br />
Murilo Ambrozin Ribeiro<br />
Nathan Andrey Merenciano Bastos<br />
Pamela Mayara Rocha<br />
Rodrigo Pereira Cardoso dos Santos<br />
Samuel Gualberto Oliveira Feitosa<br />
Tales Henrique Ishimoto Guerra<br />
Yasmim de Oliveira Pisoni<br />
Giovanna de Miranda Souza<br />
Mariana Bessa Machado<br />
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A molecagem do meu avô<br />
O primeiro dia na escola<br />
Um dia de trabalho<br />
Minha avó em desastre<br />
ÍNDICE<br />
Quando minha avó quis ir para a escola<br />
Conhecendo a praia<br />
O barranco<br />
Minha avó e o ferro<br />
O perigo do bebê<br />
Quando minha avó quase morreu<br />
Minha avó e os papéis higiênicos<br />
A batida do carro<br />
Quando minha avó encontrou uma banda junto com o prefeito<br />
Acidente no barranco<br />
As Festas Juninas<br />
Minha avó e o peixe<br />
O cacho cortado<br />
Vindo para o Brasil<br />
Meus avós<br />
A tragédia no sótão<br />
O corte da vó Neide<br />
O roubo da pêra<br />
A picada da minha avó<br />
A vó Eliane<br />
O nascimento do irmãozinho do meu avô
A MOLECAGEM DO MEU AVÔ<br />
Davi Mattos Heinzle da Silva<br />
Quando meu avô Gonçalo tinha dez anos ele morava numa casa de<br />
fazenda com a minha bisavó. Era uma época boa e diferente da nossa.<br />
Minha avó fazia sabão em casa, não tinha TV e os alimentos não eram<br />
industrializado. Eles comiam o que colhiam da horta e da plantação.<br />
O causo é assim: meu avô adorava brincar de esconder e um dia se<br />
escondeu da minha bisavó no monte de palha de feijão. Ficou escondido<br />
por muito tempo e a mãe dele estava ficando nervosa. Ela pegou um chicote<br />
e quando ele apareceu deu uma surra. Meu avô nunca mais se escondeu<br />
na vida.<br />
O meu avô está se<br />
posicionando para fotografar.<br />
Tínhamos acabado de almoçar<br />
no “Nos Mostarda” e na saída<br />
resolvemos tirar uma foto. Isso<br />
foi em 2006.<br />
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6<br />
O PRIMEIRO DIA NA ESCOLA<br />
Giovanna Louro<br />
O ano de 1971 foi muito especial para minha tia Marina. Ela tinha sete<br />
anos e foi para a escola pela primeira vez. Estava indo para a “1ª série” e<br />
ainda não sabia ler e nem escrever.<br />
Quando chegou na Escola Pedro de Oliveira ficou com medo e não<br />
gostou do lugar por dois motivos: a professora era muito brava e colocava<br />
os alunos de castigo (eles ficavam virados no canto da lousa) e, além disso,<br />
ela não gostou da merenda que tinha que comer todo dia.<br />
A primeira semana de aula foi muito ruim, mas com um pouco de<br />
calma e paciência ela foi se acostumando com a escola e com a professora.<br />
Começou a gostar de ir para lá e fez muitas amizades. Até aprendeu a<br />
gostar da merenda!<br />
Eu estava comemorando o meu aniversário de<br />
dois anos e quem está do meu lado é minha<br />
tia Marina.
UM DIA DE TRABALHO<br />
Guilherme de Lima Helaehil<br />
Há 44 anos atrás, quando meu avô Paulo morava num sítio em Ribeirão<br />
Grande e tinha seis anos, ele já saía para trabalhar. Naquela época tudo<br />
era muito difícil e ele precisava ganhar dinheiro para ajudar no sustento da<br />
família.<br />
Todo dia ele pegava uma estrada de terra com sua jacá, que é um tipo<br />
de carroça, para ir trabalhar e se esbarrava nos galhos de árvore que<br />
encontrava pelo caminho.<br />
Então, para resolver esse problema meu avô construiu uma cabine na<br />
carroça com pedaços de madeira. Ficou parecendo uma carruagem, mas<br />
ajudava ele se proteger.<br />
Minhas tias, meus tios, minha avó e meu avô<br />
estavam jantando.<br />
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MINHA AVÓ EM DESASTRE<br />
Isabella Rondi Pinto<br />
No bairro que a minha avó Vera morava quando tinha doze anos havia<br />
muitas crianças da idade dela. Todos se conheciam e brincavam juntos.<br />
Um dia uma das crianças, que era um menino, ganhou de presente<br />
um rádio moderno e uma bicicleta e, como ninguém tinha nada disso, todas<br />
as crianças queriam ouvir rádio e andar de bicicleta.<br />
Minha avó pediu para a mãe dela se podia andar de bicicleta mas<br />
como ela não sabia a mãe não deixou. Só deixou os irmãos dela. Mesmo<br />
assim ela foi escondida e acabou levando um tombo feio. Ficou toda ralada<br />
depois de sair rolando no chão.<br />
Quando ela voltou para casa a mãe ficou muito brava e mesmo pedindo<br />
desculpas levou uma palmadas. Depois ela ficou um bom tempo de castigo<br />
trancada no quarto sem poder brincar e disse que nunca mais mentiu para<br />
a mãe.<br />
Minha avó e meu tio. Eles estão fazendo um churrasco<br />
e limpando a chácara.<br />
Como minha avó era uma criança muito arteira eu acho que ela<br />
desobedeceu a mãe dela outras vezes e ficou muitas vezes de castigo.
QUANDO MINHA AVÓ QUIS IR PARA A ESCOLA<br />
Jackeline de Almeida Martins<br />
Essa á a minha avó. A foto foi tirada em 2005 no<br />
aniversário do meu irmão.<br />
Quando minha avó Helina tinha oito anos e mora em Itabirito, em Minas<br />
Gerais, ela falou para a mãe dela que queria muito ir para a escola aprender<br />
ler e escrever. Mas a mãe dela não queria deixar porque na época tinha<br />
muita pobreza e minha avó precisava ajudar a cuidar dos irmãos e da casa.<br />
As duas brigaram muito. Minha avó insistiu tanto que acabaram chegando<br />
num acordo e a mãe dela deixou.<br />
No primeiro dia de aula minha avó ficou com vergonha porque não<br />
sabia nada. Depois o tempo foi passando e ela foi se acostumando com a<br />
escola. Quando chegou no fim do ano ela já sabia ler, escrever e fazer<br />
conta. Esse foi o momento mais feliz da vida dela.<br />
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CONHECENDO A PRAIA<br />
Juan Victório Prebelli<br />
Eu e minha avó. Ela tinha 70 anos e foi tirada em 1998.<br />
Minha avó Ruth tinha vinte e cinco anos quando essa história aconteceu<br />
e mora em Amparo. O sonho dela era conhecer a praia e quando ela se<br />
casou com meu avô João, em 1978, eles foram passar a lua-de-mel em<br />
Santos, porque lá tinha praia.<br />
Chegando lá minha avó pegou um copo com água do mar num copinho<br />
e experimentou para ver se era salgada. E era mesmo!<br />
Quando eles voltaram para casa A vó Ruth trouxe uma garrafa cheia<br />
de água do mar e algumas conchinhas para ela e meu avô ouvirem o barulho<br />
do mar.<br />
O BARRANCO<br />
Kaic Rdrigues Lopes<br />
Quando minha avó Carmelita tinha doze anos ela foi numa Festa Junina<br />
num sítio lá em Ribeirão Claro, onde ela morava.<br />
Na festa tinha muitas brincadeiras e uma delas era a cabra-cega. Minha<br />
avó resolveu brincar e como estava com os olhos fechados tropeçou barranco<br />
abaixo. Quando chegou lá embaixo ela tinha se machucado toda<br />
nos pedregulhos e ficou morrendo de vergonha, porque todo mundo deu<br />
gargalhada. Depois disso ela foi embora para casa cuidar dos ferimentos.<br />
Chegando em casa os pais dela ficaram muito preocupados e ajudaram<br />
cuidar dos ferimentos.
MINHA AVÓ E O FERRO<br />
Kaio Matheus Spadrizani<br />
Minha avó Rosa tinha doze anos e morava em Jundiaí na época que<br />
essa história aconteceu. Tudo começou quando ela resolveu sair de casa<br />
escondida com a irmã Tatá para colher mexerica numa árvore que tinha ali<br />
por perto.<br />
Este é o meu avô. A foto foi tirada no churrasco<br />
de final de semana.<br />
Elas foram e quando voltaram para casa a mãe descobriu e pegou as<br />
duas de jeito. A vó Rosa apanhou na mão com um ferro e depois ficou de<br />
castigo. Naquela época as crianças que não obedeciam apanhavam<br />
bastante. Depois minha avó teve que pedir desculpas e aprendeu que não<br />
podia sair sem permissão da mãe dela.<br />
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O PERIGO DO BEBÊ<br />
Larissa Carreira Martins Pereira<br />
Essa é minha avó Estefania<br />
Quando minha avó Estefania era criança, morava num sítio em Tupã.<br />
Ela gostava de brincar de feirinha com seus irmãos e um dia foi fazer bolinho<br />
de terra com uma das irmãs. O irmão menor, que só tinha um ano, ouviu<br />
que tinha bolinho e comeu um. Quando minha avó viu foi correndo avisar a<br />
mãe dela. Ele ficou um pouco doente, só um pouquinho, mas depois ficou<br />
tudo bem.<br />
QUANDO MINHA AVÓ QUASE MORREU<br />
Laura Parisotto Vaccari<br />
A minha avó Neide tinha cinco anos quando aconteceu essa história e<br />
morava em São Paulo, em 1944. Ela era uma criança muito boazinha. Na<br />
casa dela tinha uma arma de chumbinho que o pai e os tios usam para<br />
tentar tiro ao alvo.<br />
Tudo começou com uma brincadeira de arma de chumbinho com o tio<br />
dela. Um dos tios acertou sem querer na cabeça dela e machucou. Ele<br />
não sabia que a arma estava carregada. Minha avó ficou muito assustada.<br />
Foi uma correria e tanta e os pais dela levaram ela para o hospital.<br />
Lá no hospital lavaram a cabeça dela e tiraram o chumbinho. O tio<br />
mais novo chorou muito por causa dela e acabou sendo perdoado.
MINHA AVÓ E OS PAPÉIS HIGIÊNICOS<br />
Leonardo Augusto Crizol de Oliveira<br />
Isto aconteceu com a minha avó Nice e a mãe dela, minha bisavó<br />
Olga. Foi há muito tempo, aqui em Jundiaí, e naquela época ela tinha oito<br />
anos.<br />
Esta é minha avó Nice. Nesta foto estamos<br />
comemorando o meu batizado. Foi uma linda<br />
e grande festa. Foi toda a família. Não me<br />
lembro de nada, mas hoje sei que teve festa.<br />
Era Natal e minha avó estava com a mãe dela em um supermercado<br />
bem grande quando a mãe dela falou assim:<br />
— Filha, pegue papel higiênico – e minha avó foi pegar.<br />
Ela estava em frente de uma árvore de Natal de papel higiênico e pegou<br />
um pacote de lá do meio. Caiu tudo em cima dela e minha bisavó Olga<br />
chamou alguns funcionários para tirar os papéis de cima da filha. Depois<br />
que eles tiraram, todo mundo deu risada e minha avó ficou com vergonha.<br />
Para resolver o causo, elas foram embora para casa.<br />
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A BATIDA DO CARRO<br />
Letícia Fernanda Fredo<br />
Janelma (mãe), avô Urias, Raquel (tia), avó<br />
Claudete, Janete (tia) e alguns convidados.<br />
Mais ou menos no dia 15 de fevereiro de alguns anos atrás meus avós<br />
Urias e Claudete e minha tia Raquel, que na época era pequena, estavam<br />
voltando de São Paulo para Jundiaí quando meu avô bateu o carro.<br />
Tudo começou com uma teimosia: meu avô queria entrar numa rua e<br />
minha avó falava para ele não ir porque era contra-mão. Mas ele foi, achando<br />
que a rua era duas-mãos, e um carro que estava vindo bateu nele. Graças<br />
a deus só tiveram ferimentos leves.<br />
Minha mãe Janelma e minha outra tia Janete ficaram muito<br />
preocupadas, mas todos ficaram bem. Na época meus avós já eram<br />
separados, mas ainda eram amigos. Depois do acidente a amizade entre<br />
eles estremeceu e até hoje não se falam.
QUANDO MINHA AVÓ ENCONTROU UMA<br />
BANDA JUNTO COM O PREFEITO<br />
Maria de Fátima Rodrigues Soares<br />
Minha avó Ignez quando ela fez 88 anos. A foto<br />
foi tirada na minha chácara e ela estava sentada<br />
no murinho do jardim.<br />
Quando a minha avó Ignez, de 91 anos de idade, tinha 18 anos, ela<br />
gostava muito de esporte e jogava na Seleção de Basquete Feminino de<br />
Jundiaí. O time dela nunca perdia e ela sempre passeava de trem para<br />
participar dos jogos contra os times das outras cidades da região.<br />
No ano de 1933 o time dela foi jogar em Rio Claro. Chegando na estação<br />
de trem o prefeito da cidade estava esperando pelo time com uma banda e<br />
muitas outras pessoas para fazer uma homenagem. Foi uma surpresa<br />
para todos, principalmente para minha avó. Esse dia é inesquecível para<br />
ela porque ela se sentiu muito importante.<br />
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16<br />
ACIDENTE NO BARRANCO<br />
Mário Augusto Bulizani Alves<br />
Estes são meus avós. Estão comemorando o<br />
aniversário do meu avô, que foi em 24 de setembro<br />
de 2006.<br />
Essa história aconteceu com a minha avó Leonilda quando ela era<br />
criança e morava num sítio em Jacutinga. Um dia a mãe pediu para ela ir<br />
comprar fermento e, como o mercado ficava longe, ela foi de bicicleta numa<br />
velocidade alta. No meio do caminho minha avó desceu um barranco só<br />
que o freio da bicicleta se soltou e ela foi parar no arame farpado. Um<br />
médico que passava por ali ajudou minha avó e levou ela para o hospital.<br />
Depois um vizinho deu carona para casa. A mãe dela só descobriu o que<br />
tinha acontecido porque sua irmã, a tia da minha avó, contou para ela.
AS FESTAS JUNINAS<br />
Matheus Dias de Oliveira<br />
O nome da minha avó materna é Alice. Quando ela era criança morava<br />
num sítio em Araçatuba e todo mês de junho acontecia a Festa de São<br />
João lá.<br />
Na festa tinha fogueira e soltavam balão. Vinham muitas crianças dos<br />
sítios vizinhos para dançar quadrilha e brincar. a Festa de São João era a<br />
que a minha avó mais gostava na infância dela.<br />
Minha avó ainda mora em Araçatuba mas não é mais no sítio, é numa<br />
casa, e como é longe de Jundiaí eu só vou para lá de vez em quando nos<br />
feriados e nas férias.<br />
Este é meu avô Armando e minha avó Alice. Eu estou<br />
no colo da minha avó, com um aninho. A foto foi<br />
tirada em Araçatuba na casa dos meus avós quando<br />
fui visitá-los.<br />
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18<br />
MINHA AVÓ E O PEIXE<br />
Matheus dos Santos Silva<br />
A minha avó se chama Angelina. Na época que isso aconteceu ela<br />
tinha sete anos e morava numa fazenda em Água Boa, Minas Gerais.<br />
Na fazenda que a minha avó morava tinha muitas plantas, frutas e um<br />
rio. Naquela época o rio não era poluído, tinha muitos peixes e também não<br />
havia violência, ela podia brincar com os amiguinhos. Minha avó gostava<br />
muito de pescar nesse rio e um dia foi até lá com alguns amigos para<br />
pescar. Ela pescou um peixe que se chama lambari e levou para casa para<br />
comer no dia da Paixão.<br />
Vovó Angelina cantando parabéns<br />
para o meu primo Pedro.
O CACHO CORTADO<br />
Murilo Ambrozin Ribeiro<br />
Quando isso que eu vou contar aconteceu com a minha avó Eva, ela<br />
tinha sete anos e morava em Jundiaí.<br />
Um dia ela foi no cabeleireiro com a mãe dela para fazer cachos.<br />
Minha avó tinha cabelo liso, mas gostava que eles ficassem enrolados.<br />
Quando chegou em casa uma das irmãs dela pegou a tesoura e fez<br />
uma brincadeira de mau gosto: cortou um cacho da minha avó. Ela ficou<br />
muito triste e teve que cortar todo o cabelo, curtinho. Depois disso ela nunca<br />
mais fez cachos.<br />
Eu, mina avó, meu primo e minha prima. Estávamos<br />
assistindo TV.<br />
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VINDO PARA O BRASIL<br />
Nathan Andrey Merenciano Bastos<br />
Quando minha avó Odete tinha cinco anos de idade ela morava em La<br />
Paz, na Bolívia. Como lá não tinha trabalho para todo mundo os pais dela<br />
resolveram vir para o Brasil procurar emprego. Eles vieram de navio e minha<br />
avó trouxe uma boneca de pano que ela tinha ganhado. Só que a boneca<br />
não cabia na bagagem, então o pai dela tirou e deu para uma bolivianinha<br />
que eles quase trouxeram junto para o Brasil. Minha avó só percebeu que a<br />
boneca não estava mais lá quando ela foi tirar da mala para brincar. ela<br />
ficou triste e chorou muito.<br />
Quando chegaram no Brasil foram morar na casa de alguns familiares<br />
que já viviam aqui e meu bisavô começou a trabalhar numa fábrica de<br />
madeira.<br />
Nesta foto estão meu avô João (já falecido), com vinte<br />
e nove anos, minha avó Odete com vinte e sete anos,<br />
minha tia Sandra com sete anos e minha mãe com<br />
quatro anos. Estavam passeando em Pirapora. O carro<br />
do meu avô era novo e lindo, na cor verde e com porta<br />
branca. A foto é de 6/2/1966.
MEUS AVÓS<br />
Pamela Mayara Rocha<br />
Meu avô se chama Dário e minha avó se chama Antônia. Eles tinham<br />
vinte anos e estavam vindo de Recife quando isso que eu vou contar<br />
aconteceu.<br />
Em Pernambuco não tinha trabalho para todo mundo e então vieram<br />
para São Paulo com os filhos para ganhar dinheiro. Quando chegaram<br />
aqui estranharam o tempo frio, porque lá só fazia calor. Logo meu avô<br />
conheceu um fazendeiro que falou:<br />
— Querem ir para o Paraná?<br />
Aí eles disseram:<br />
— Queremos.<br />
Então foram para lá e meus avós conseguiram emprego num hotel.<br />
Assim tudo foi melhorando e depois nasceu outro filho que se chamava<br />
Fábio.<br />
Minhas primeiras visitas dos meus avós e do meu tio<br />
quando eu nasci. A foto foi tirada no hospital Paulo Sacramento.<br />
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22<br />
A TRAGÉDIA NO SÓTÃO<br />
Rodrigo Pereira Cardoso dos Santos<br />
Maria da Paz é mãe do meu pai. Quando ela tinha sete anos morava<br />
em São Paulo, capital, e foi lá que a história aconteceu.<br />
Minha avó era uma criança muito curiosa e um dia cismou de ir no<br />
sótão para ver o que tinha dentro de umas caixas e de uma mala que<br />
estavam guardadas lá. Era tudo de um vizinho que estava de mudança. A<br />
mãe dela que se chamava Conceição não queria que ela subisse mas ela<br />
foi escondida assim mesmo.<br />
Enquanto minha avó olhava dentro das caixas, que só tinham livros,<br />
de repente o chão começou ficar fraco. porque as madeiras já eram velhas<br />
e ela caiu de lá de cima na mesa da cozinha onde a mãe dela estava<br />
passando roupa. Tamanho foi o susto que minha bisavó até perdeu o nenê<br />
que estava esperando.<br />
Maria da Paz e Oscar<br />
No teto da cozinha ficou um buraco enorme que demorou para arrumar.<br />
A vó Maria apanhou muito e ainda ficou de castigo.
O CORTE DA VÓ NEIDE<br />
Samuel Gualberto Oliveira Feitosa<br />
Minha avó está com suas três filhas: Adriana, Amanda<br />
e minha mãe, Andréa. Essa foto foi tirada no Natal<br />
de 2003.<br />
A avó Neide, que é mãe da minha mãe, tinha oito anos na época e<br />
morava no bairro da Freguesia do Ó, em São Paulo.<br />
Um dia ela estava tirando água do poço e o irmão dela chamou para<br />
ajudar a pegar uma galinha que tinha escapado. Minha avó saiu correndo e<br />
entrou no mato atrás da galinha. Ela fez um corte feio no pé, que até hoje<br />
tem cicatriz, e só percebeu quando parou de correr.<br />
A mãe dela ajudou cuidar do machucado e minha avó ficou sem ir à<br />
escola dois meses por causa do machucado.<br />
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O ROUBO DA PÊRA<br />
Tales Henrique Ishimoto Guerra<br />
O meu avô Dithan tinha sete anos quando isto que eu vou contar<br />
aconteceu. Foi em 1962, quando ele morava em um colégio interno em<br />
Cotia, no estado de São Paulo.<br />
Tudo começou quando ele e o irmão Fugio entraram escondidos na<br />
casa do vizinho para roubar pêra. Naquela época havia muitas chácaras<br />
dentro da cidade e na casa do vizinho, que era uma chácara, tinha um pé<br />
de pêra e uma horta. Quando eles menos esperavam apareceu um<br />
cachorro e tiveram que subir na árvore para não serem mordidos. Ficaram<br />
lá em cima mais de uma hora até que o dono chamou o cachorro e eles<br />
conseguiram ir embora. Como já era noite tiveram que atravessar o rio no<br />
escuto para voltar, porque o vizinho tinha tirado a pinguela que servia para<br />
atravessar.<br />
Eu e Dithan em um domingo no sítio da minha bisavó.<br />
Quando chegaram no colégio um homem viu os dois entrando e levou<br />
para a diretoria. A diretora deu uma bronca, mandou eles tomarem banho e<br />
depois ligou para o meu bisavô.
A PICADA DA MINHA AVÓ<br />
Yasmim de Oliveira Pisoni<br />
Essa é minha avó Jô. Eu estava no colo dela na minha<br />
festinha de um ano. A outra pessoa que está sentada é a<br />
minha bisavó Clô.<br />
Minha avó Joseli morava na cidade de Recife e tinha sete anos de<br />
idade quando aconteceu esse causo. Era um dia de Páscoa e ela estava<br />
brincando de casinha no quarto com sua irmã Zula. Na parede tinha um<br />
buraco onde dormia uma cobra, ma minha avó não sabia e achava que o<br />
olho da cobra era uma lâmpada. Ela adorava ficar cutucando aquele buraco,<br />
e cutucava muito até que um dia a cobra pulou e picou o braço dela.<br />
Ela foi para o hospital. Quando voltou para casa quis matar a cobra e<br />
quase foi picada de novo. Mas no fim da história ela conseguiu matar a<br />
cobra com um pedaço de pau.<br />
25
Paulo.<br />
26<br />
A VÓ ELIANE<br />
Giovanna de Miranda Souza<br />
Quando meus pais ainda eram só namorados eles moravam em São<br />
Um dia eles iam numa festa e minha avó Eliane, que é mãe da minha<br />
mãe, queria ir junto. Meu avô estava trabalhando e ela não queria ficar em<br />
casa sozinha. Só que a minha mãe não deixou. A vó Eliana ficou com tanta,<br />
tanta raiva que jogou um gole de café no vestido da filha e daí que não teve<br />
mesmo festa. Meu pai foi embora e minha mãe teve uma briga muito feia<br />
com a mãe dela.<br />
Minha avó Eliane e minha “bisa” Maria no meu<br />
aniversário de três anos.
O NASCIMENTO DO IRMÃOZINHO DO MEU AVÔ<br />
Mariana Bessa Machado<br />
Meu avô Antônio tinha dez anos e morava em um sítio no Ceará. No<br />
sítio tinha porcos, aves e vacas. A mãe dele estava para ter nenê e uma<br />
noite sentiu dores de parto. O marido estava trabalhando e só tinha meu<br />
avô para ajudar, que era o maior. Os outros nove irmãos eram mais novos<br />
e não podiam sair sozinhos.<br />
Naquela madrugada a mãe dele pediu para ele ir avisar o pai, que foi<br />
correndo buscar a parteira, porque naquela época não tinha hospital. Quando<br />
chegaram em casa a parteira ajudou o nenê a nascer e saiu um irmãozinho<br />
(outro, porque os outros dez eram só meninos). Depois de tudo aquilo,<br />
todo mundo foi dormir em paz.<br />
Esta foto é do meu avô materno, tirada em<br />
1989, numa casa de praia no litoral paulista.<br />
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