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Laudo Técnico Vicuña - Ibama

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Utilização de materiais absorventes: foram utilizados diversos tipos de barreiras absorventes, além<br />

de pompons e mantas. Estes materiais foram utilizados para recolher camadas finas de óleo da água,<br />

que não podiam ser eficientemente removidas com as bombas de sucção, que se desprendiam tanto<br />

do navio quanto de outras áreas atingidas pelo derramamento (costões, manguezais, cais do porto,<br />

entre outros).<br />

Coleta manual de placas e pelotas de óleo: aplicável quando eram encontrados acúmulos de óleo já<br />

intemperizado, especialmente nas praias arenosas. Para melhorar a eficiência desse processo foram<br />

utilizados rastelos, pás, peneiras, entre outros materiais de coleta.<br />

Lavagem com água do mar em baixa pressão: aplicado em áreas onde ocorreu grande acúmulo de<br />

óleo na superfície e em sub-superfície, situação observada em algumas praias arenosas e em faixas<br />

de praias cobertas por seixos e rochas de diferentes tamanhos. O processo de lavagem era precedido<br />

de um revolvimento superficial do sedimento, para liberar o óleo enterrado, e foi associado à<br />

colocação de materiais absorventes para conter o óleo que era progressivamente liberado do<br />

sedimento.<br />

Raspagem manual de rochas: processo utilizado apenas pontualmente em algumas rochas<br />

localizadas em pontos turísticos de grande freqüência de visitantes (na Ilha do Mel) onde foram<br />

encontrados acúmulos de óleo que poderiam contaminar as pessoas através do contato direto. Essa<br />

raspagem retirava apenas a camada superficial do óleo, sem a utilização de solventes químicos,<br />

sendo aplicada em locais onde não havia presença de fauna incrustante (cracas, ostras, mexilhões,<br />

entre outros).<br />

Lavagem com água do mar em alta pressão: processo utilizado para remoção do óleo incrustado nas<br />

superfícies artificiais (cais do porto, marinas, atracadouros) e em algumas rochas de maior porte<br />

situadas em porções contaminadas do supra-litoral (em áreas pouco expostas à ação da maré e do<br />

tempo).<br />

Poda de vegetação contaminada: técnica aplicada à vegetação de marisma, restringindo-se às<br />

porções altamente contaminadas e a marismas que cresciam sobre sedimento arenoso (em geral<br />

bancos esparsos de Spartina alterniflora crescendo sobre praias arenosas), onde os efeitos do<br />

tráfego de pessoas sobre o sedimento e a vegetação eram mínimos.<br />

Foram feitos ainda alguns testes e experiências com diferentes técnicas de limpeza, que, no<br />

entanto, mostraram-se ineficientes e/ou inadequadas para a situação e o ambiente onde foram<br />

aplicadas. Entre estas destacam-se: utilização de turfa orgânica (“peet sorb”) em áreas de marisma<br />

contaminadas, e uso de mantas absorventes para tentar remover, por fricção, o óleo incrustado nas<br />

raízes e troncos das árvores de mangue (técnica utilizada anteriormente pela Petrobras em um<br />

derramamento de óleo que atingiu manguezais na Bahia). Uma das experiências realizadas foi na<br />

Ponta Oeste, na Ilha do Mel, onde, no dia 08/12/2004, foram demarcadas três parcelas (de 2m x 2m,<br />

6m x 6m e 8m x 8m) para monitoramento do ambiente afetado, realizando-se três tratamentos<br />

diferentes de limpeza, para observar o efeito destes sobre a regeneração da marisma. No entanto,<br />

como a mancha de óleo no local era muito grande, definiu-se, no dia 22/12/2004, cortar a marisma<br />

afetada, deixando-se apenas as três parcelas intactas para avaliação futura. Adicionalmente foram<br />

colocadas, no dia 17/12/2004, barreiras de contenção na tentativa de reter o óleo fino que se<br />

desprendia das placas ali depositadas.<br />

Os resultados das ações de limpeza, com uma descrição do grau de contaminação inicial e da<br />

situação atual em que se encontram as áreas atingidas, estão contidos nos relatórios das vistorias<br />

conjuntas realizadas por equipes do IAP, IBAMA e CEM/UFPR, no final do mês de março e início<br />

de abril de 2005 (Anexo 048).<br />

Resíduos Sólidos Gerados pelo Acidente<br />

Os resíduos contaminados, retirados do local do acidente, são constituídos por areia, argila,<br />

solo, resíduos orgânicos (galhos, folhas), plásticos, papéis, barreiras de absorção, entre outros. Os<br />

mesmos foram encaminhados para um depósito provisório, cedido pela APPA, licenciado pelo IAP<br />

através da Autorização Ambiental nº 8040 (Anexo 049), em nome de Wilson Sons Agência<br />

Marítima Ltda, para serem triados, embalados e transportados de modo seguro. As orientações<br />

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