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Laudo Técnico Vicuña - Ibama

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LAUDO TÉCNICO DO ACIDENTE DO NAVIO VICUÑA<br />

1. ACIDENTE<br />

1.1 OCORRÊNCIA<br />

O acidente ocorreu às 19:45 h do dia 15 de novembro de 2004, decorrente de duas explosões a<br />

bordo do Navio <strong>Vicuña</strong>, atracado no píer da empresa Cattalini Terminais Marítimos, na cidade de<br />

Paranaguá/PR, em operação de descarga de metanol. Momentos após a explosão, foram avistados<br />

fogo sobre o navio e no mar, além de grande quantidade de óleo. O metanol, espalhado num raio<br />

aproximado de 300 metros a partir do navio, na superfície das águas da Baía de Paranaguá, em<br />

direção oposta ao píer, incendiou-se e permaneceu queimando por diversas horas.<br />

O Corpo de Bombeiros tentou resfriar o navio com jatos de água, bombeados a partir de dois<br />

rebocadores, pois havia riscos de novas explosões, em virtude das chamas e do estoque de óleo nos<br />

tanques do navio. Barreiras de contenção e absorção foram lançadas em torno do navio, na tentativa<br />

de conter o óleo. Porém, essa medida mostrou-se ineficiente por ser a quantidade de barreiras<br />

insuficiente em relação à quantidade de óleo existente na água. Devido a esse vazamento, que se<br />

prolongou por alguns meses, ocorreu a contaminação de diversas áreas do Complexo Estuarino de<br />

Paranaguá, um ambiente extremamente frágil e de elevada importância ecológica, evidenciada pelas<br />

unidades de conservação existentes nessa área.<br />

Quatro tripulantes do navio vieram a óbito em decorrência do acidente, e milhares de pessoas<br />

foram evacuadas da área, pois justamente nesse local e data ocorria uma festa religiosa, dedicada à<br />

padroeira do Estado do Paraná, Nossa Senhora do Rocio.<br />

1.2 CARACTERÍSTICAS DO NAVIO<br />

Nome: N.T. <strong>Vicuña</strong>.<br />

Bandeira: Chilena<br />

Ano de fabricação: 1983<br />

Estaleiro: Nakskov Skibsvaerft – Noruega.<br />

N o IMO: 81000076<br />

Comprimento total: 149,43 metros<br />

Comprimento proa a popa: 145,50 metros<br />

Capacidade máxima dos tanques de carga (100%): 21.192,00 m 3<br />

Capacidade operacional dos tanques de carga (98%): 20.762,00 m 3<br />

Largura: 22,44 metros<br />

Calado: 9,02 metros<br />

Bombas no convés: 32 para descarga<br />

Óleo combustível: 08 tanques, com capacidade total de 1.569,00 m 3<br />

Óleo diesel: 07 tanques, com capacidade total de 324,00 m 3<br />

Óleo lubrificante: 12 tanques, com capacidade total de 82,00 m 3<br />

Óleo residual: 05 tanques, com capacidade de 14,40 m 3<br />

Óleo descartado: 03 tanques, com capacidade total 9,40 m 3<br />

Água: 06 tanques, com capacidade total 317,37 m 3<br />

Tripulação: O navio tinha 28 tripulantes, sob o comando do Capitão Jaime Lopez Vasquez.<br />

Planta do navio: Anexo 001<br />

1.3 SUBSTÂNCIAS ENVOLVIDAS<br />

Há necessidade de se fazer distinção entre os diversos produtos que o navio carregava, e que<br />

vazaram após o acidente, entre a carga propriamente dita, que é o metanol, e os óleos combustíveis<br />

e lubrificantes, usados no próprio funcionamento do navio. Apesar do metanol ser o produto<br />

existente em maior quantidade no navio, no momento do acidente, foram os óleos combustíveis e<br />

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