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Acordo de Empresa publicado - ANBP

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12<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

reunião<br />

u Rebelo Marinho, candidato à Liga dos<br />

Bombeiros Portugueses reuniu com os<br />

menbros da Direcção da <strong>ANBP</strong><br />

BV Carnaxi<strong>de</strong><br />

<strong>Acordo</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Empresa</strong> <strong>publicado</strong><br />

Já foi <strong>publicado</strong> no Boletim <strong>de</strong> Trabalho e Emprego (BTE) o <strong>Acordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Empresa</strong> (AE) celebrado<br />

entre o Sindicato Nacional <strong>de</strong> Bombeiros e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários<br />

<strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong>. O AE foi assinado no passado dia 1 <strong>de</strong> Junho, nas instalações da Associação Humanitária,<br />

em Carnaxi<strong>de</strong>, pelo presi<strong>de</strong>nte do SNBP, Sérgio Carvalho, e pela vice-presi<strong>de</strong>nte da<br />

direcção dos Voluntários <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong>, Dra. Inês Sanches.<br />

O documento, que compreen<strong>de</strong> os direitos e <strong>de</strong>veres <strong>de</strong> empregados e empregador, regulariza<br />

a situação laboral dos trabalhadores da AHBV <strong>de</strong> Carnaxi<strong>de</strong> e vai estar em vigor durante um ano.<br />

Um dos pontos mais vantajosos para os trabalhadores pren<strong>de</strong>-se com a atribuição <strong>de</strong> subsídio<br />

<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> 5% aos bombeiros assalariados daquela Associação Humanitária. Este é o primeiro<br />

<strong>Acordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Empresa</strong> assinado no Distrito <strong>de</strong> Lisboa, suce<strong>de</strong>ndo ao <strong>de</strong> O<strong>de</strong>mira, Con<strong>de</strong>ixa, Pombal,<br />

Guimarães e Alcobaça.<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

Candidato à<br />

Liga solicita<br />

reunião à <strong>ANBP</strong><br />

A Direcção Nacional da Associação Nacional <strong>de</strong> Bombeiros Profissionais<br />

reuniu-se, no passado dia 13 <strong>de</strong> Julho, com o Rebelo Marinho, candidato à<br />

li<strong>de</strong>rança da Liga dos Bombeiros Portugueses, na se<strong>de</strong> da <strong>ANBP</strong>.<br />

Em análise estiveram os principais problemas que têm afectado o sector dos<br />

bombeiros e da protecção civil, um dos mais prejudicados com os cortes feitos<br />

<strong>de</strong>vido à crise que o país atravessa.<br />

Foram ainda <strong>de</strong>batidos, nesta reunião, o futuro das estruturas dos bombeiros<br />

e seu enquadramento na organização do socorro, tendo em conta a<br />

salvaguarda da sua formação/competências e das suas condições <strong>de</strong> trabalho.<br />

Em cima da mesa esteve ainda a questão dos seguros e dos aci<strong>de</strong>ntes, bem<br />

como a assistência médica e medicamentosa.<br />

As eleições na LBP realizam-se em Outubro.<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

entrevista<br />

Gostaria <strong>de</strong> ver<br />

uma cultura <strong>de</strong><br />

segurança<br />

Dinis <strong>de</strong> Jesus é Comandante do Centro Distrital<br />

<strong>de</strong> Operações <strong>de</strong> Socorro <strong>de</strong> Setúbal (CDOS)<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Janeiro. Num distrito com “algumas<br />

carências <strong>de</strong> recursos humanos nos corpos <strong>de</strong><br />

bombeiros”, consi<strong>de</strong>ra que os riscos mais preocupantes<br />

são os incêndios florestais e os que se<br />

relacionam com as indústrias.<br />

Com que expectativas é que abraçou<br />

o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> ser o responsável máximo<br />

do CDOS <strong>de</strong> Setúbal?<br />

Encaro sempre todos os <strong>de</strong>safios que<br />

me são colocados com muita responsabilida<strong>de</strong><br />

e tranquilida<strong>de</strong> porque adapto-me<br />

com relativa facilida<strong>de</strong> e confio naqueles<br />

que colaboram comigo no dia-a-dia.<br />

Assim sendo, as expectativas são sempre<br />

positivas.<br />

De que forma é que o conhecimento<br />

que adquiriu na ANPC o ajuda a <strong>de</strong>sempenhar<br />

o seu cargo?<br />

Durante o período em que fui 2º.<br />

Comandante do Distrito <strong>de</strong> Lisboa tive o<br />

privilégio <strong>de</strong> trabalhar com bons colaboradores<br />

da ANPC. Destaco, em especial, o<br />

Comandante Elísio <strong>de</strong> Oliveira com quem<br />

adquiri muitos conhecimentos que hoje<br />

me são muito úteis no <strong>de</strong>sempenho da<br />

nova missão.<br />

Que dificulda<strong>de</strong>s é que encontra no<br />

distrito <strong>de</strong> Setúbal, ao nível da protecção<br />

civil? Quais os maiores riscos?<br />

A Sul do Distrito <strong>de</strong> Setúbal constatei<br />

existirem algumas carências <strong>de</strong> recursos<br />

humanos nos Corpos <strong>de</strong> Bombeiros. Estas<br />

dificultaram a organização do dispositivo<br />

<strong>de</strong> combate a incêndios. Em relação<br />

aos riscos, estes são diversos, sendo os<br />

mais preocupantes os incêndios florestais<br />

e aqueles que são intrínsecos às indústrias<br />

SEVESO.<br />

Como encara a diminuição do dispositivo<br />

para os incêndios florestais para<br />

este ano?<br />

Encaro-o com naturalida<strong>de</strong>, dadas as<br />

condições económicas em que o nosso<br />

País se encontra mergulhado. A sua gestão<br />

<strong>de</strong>ve ser feita com eficiência.<br />

O dispositivo nunca será suficiente se<br />

a sensibilização, a prevenção, a vigilância<br />

e a <strong>de</strong>tecção não forem eficazes. Além<br />

disso, é também imperioso criar acessos e<br />

pontos <strong>de</strong> água para os veículos <strong>de</strong> combate<br />

aos incêndios.<br />

A redução <strong>de</strong> meios, <strong>de</strong>cidida pelo<br />

governo, po<strong>de</strong> comprometer a eficácia<br />

no combate? Existem meios aéreos suficientes?<br />

E bombeiros?<br />

O combate nunca será comprometido.<br />

Tal como afirmei anteriormente, o combate<br />

só acontece quando a montante não<br />

forem tomadas medidas a<strong>de</strong>quadas para<br />

evitar os incêndios. Os meios aéreos ou<br />

terrestres nunca serão suficientes se as<br />

condições meteorológicas forem muito<br />

adversas. Existem países com dispositivos<br />

proporcionalmente superiores ao nosso e<br />

quando é necessário recorrem ao apoio<br />

externo.<br />

Está a ser equacionado algum plano<br />

especial para fazer frente a qualquer<br />

inci<strong>de</strong>nte na Serra da Arrábida?<br />

“A Sul do Distrito <strong>de</strong><br />

Setúbal constatei existirem<br />

algumas carências <strong>de</strong><br />

recursos humanos nos<br />

Corpos <strong>de</strong> Bombeiros”<br />

Existe um plano elaborado pela entida<strong>de</strong><br />

responsável do Instituto da Conservação<br />

da Natureza e Biodiverida<strong>de</strong> (ICNB),<br />

on<strong>de</strong> estão <strong>de</strong>finidas as áreas <strong>de</strong> maior<br />

risco face ao Histórico e as medidas a<strong>de</strong>quadas<br />

a implementar durante todo o ano.<br />

Nos períodos <strong>de</strong> maior risco está previsto<br />

ainda um dispositivo <strong>de</strong> vigilância e <strong>de</strong><br />

combate que é estrategicamente colocado<br />

na Serra.<br />

Como está a <strong>de</strong>correr a fase Bravo?<br />

Está a <strong>de</strong>correr com normalida<strong>de</strong>. Não<br />

se têm registado ocorrências relevantes.<br />

Quais os principais receios para a<br />

fase Charlie? Consi<strong>de</strong>ra que este ano vai<br />

ser mais difícil do que o ano passado?<br />

Os receios são, como sempre, as condições<br />

meteorológicas extremas. Não é possível<br />

prever o futuro, apenas posso dizer<br />

que todos os agentes <strong>de</strong> protecção civil<br />

que concorrem para a <strong>de</strong>fesa da floresta<br />

estão bem preparados.<br />

Quais os pontos positivos do Distrito,<br />

a nível <strong>de</strong> protecção civil? E negativos?<br />

Os pontos positivos são a disponibilida<strong>de</strong>,<br />

a excelente relação e articulação<br />

entre os diferentes agentes <strong>de</strong> protecção<br />

civil do distrito.<br />

Os pontos negativos são algumas<br />

carências <strong>de</strong> recursos humanos que se<br />

verificam na Companhia Bombeiros Sapadores<br />

a Sul do Distrito.<br />

Que tipo <strong>de</strong> relação existe entre o<br />

CDOS <strong>de</strong> Setúbal e o Governo Civil?<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011 13<br />

“O dispositivo nunca<br />

será suficiente se a<br />

sensibilização, a prevenção,<br />

a vigilância e a <strong>de</strong>tecção<br />

não forem eficazes”<br />

Entre o CDOS e o Governo Civil existe<br />

uma relação excelente.<br />

Que projectos é que gostaria <strong>de</strong> ver<br />

implementados no futuro?<br />

Porque quanto mais os combatentes<br />

dos incêndios forem solicitados, mais o<br />

país per<strong>de</strong>, gostaria <strong>de</strong> ver um dia uma<br />

floresta melhor gerida e mais limpa para<br />

que a preocupação com os incêndios fosse<br />

mínima. Gostaria também <strong>de</strong> ver implementada<br />

em todo o país uma verda<strong>de</strong>ira<br />

cultura <strong>de</strong> segurança.


14<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

formação<br />

INEM<br />

certifica<br />

formação<br />

da <strong>ANBP</strong><br />

O Instituto Nacional <strong>de</strong> Emergência Médica certificou a Unida<strong>de</strong> Formativa da Associação<br />

Nacional <strong>de</strong> Bombeiros Profissionais. A <strong>ANBP</strong> está, assim, certificada para<br />

a formação em Tripulante <strong>de</strong> Ambulância <strong>de</strong> Transporte, <strong>de</strong> acordo com as normas<br />

básicas para acreditação <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s na Área da Emergência Médica. Este era já uma<br />

ambição antiga da instituição, que vê este documento como um reconhecimento do<br />

seu trabalho no âmbito formativo.<br />

inem<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

Técnicos do<br />

INEM socorrem<br />

na Berlenga<br />

Técnicos do Instituto Nacional <strong>de</strong> Emergência Médica (INEM) que<br />

operam nos meios <strong>de</strong> socorro na zona <strong>de</strong> Peniche vão ter formação para<br />

começar a embarcar no salva-vidas para socorrer vítimas na ilha da<br />

Berlenga.<br />

A informação foi avançada à Agência Lusa pelo Comandante da<br />

Capitania do Porto <strong>de</strong> Peniche, Luís Patrocínio Tomás. O responsável<br />

adiantou que está a ser dada formação <strong>de</strong> adaptação à tripulação do<br />

salva-vidas, quer da Ambulância <strong>de</strong> Suporte Básico <strong>de</strong> Vida, quer da<br />

Viatura Médica <strong>de</strong> Emergência e Reanimação <strong>de</strong> Caldas da Rainha.<br />

“Quando houver uma situação grave, o 112 toma conta da ocorrência<br />

e vai <strong>de</strong>cidir se a evacuação será feita pelo salva-vidas e se a<br />

tripulação do INEM <strong>de</strong>ve ou não embarcar para acompanhar o doente<br />

ou esperá-lo só à chegada”, explicou o Comandante Luís Patrocínio<br />

Tomás.<br />

O responsável adiantou ainda que as orientações que estão a ser<br />

dadas passam por explicar ais técnicos do INEM o local on<strong>de</strong> colocar o<br />

material <strong>de</strong> apoio, <strong>de</strong>ntro do salva-vidas, as condições para o material<br />

funcionar e técnicas e condições <strong>de</strong> navegação a bordo.<br />

setúbal<br />

Incêndio quase <strong>de</strong>strói<br />

viatura dos bombeiros<br />

Uma viatura da Companhia Bombeiros Sapadores <strong>de</strong> Setúbal esteve<br />

perto <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>struída pelas chamas. Tudo aconteceu num incêndio numa<br />

zona <strong>de</strong> mato, ocorrido no passado dia 12 <strong>de</strong> Julho, junto à saída <strong>de</strong><br />

Setúbal para Alcácer do Sal, em Vale <strong>de</strong> Cobro. O alerta foi dado às 22h30.<br />

Quando os bombeiros chegaram ao local, <strong>de</strong>pararam-se com um incêndio<br />

num veículo ligeiro, abandonado. Devido ao vento, as chamas acabaram<br />

por se alastrar para uma zona <strong>de</strong> mato on<strong>de</strong> se encontrava uma viatura da<br />

CBSS que, entretanto, avariou, quando a tentaram retirar do local.<br />

Valeu a rápida intervenção <strong>de</strong> mais quatro viaturas, que evitaram que<br />

as chamas chegassem ao carro dos Sapadores.<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

ma<strong>de</strong>ira<br />

Ma<strong>de</strong>ira: novo centro <strong>de</strong> formação<br />

para protecção civil e bombeiros<br />

A Região Autónoma da Ma<strong>de</strong>ira vai ter um novo centro <strong>de</strong> formação para<br />

protecção civil e bombeiros. O equipamento <strong>de</strong>verá custar cerca <strong>de</strong> 5 milhões<br />

<strong>de</strong> euros. Vai ser financiado em cerca <strong>de</strong> 80% pelo Instituto do Desenvolvimento<br />

Regional (sob o projecto “Intervir Mais”) sendo os restantes 20%<br />

provenientes <strong>de</strong> receitas próprias do Serviço Regional <strong>de</strong> Protecção Civil da<br />

Ma<strong>de</strong>ira.<br />

O novo centro <strong>de</strong>verá dotar a Região <strong>de</strong> uma estrutura que permita ter<br />

Bombeiros<br />

melhor<br />

preparados<br />

No próximo verão já estará formada, na Ilha da Ma<strong>de</strong>ira, uma equipa<br />

<strong>de</strong> profissionais com competência para a intervenção em riscos<br />

tecnológicos, como matérias perigosas. De acordo com o responsável<br />

pelo Serviço Regional <strong>de</strong> Protecção Civil (SRPC), Luís Neri, “<strong>de</strong>zasseis<br />

bombeiros foram ao Regimento <strong>de</strong> Sapadores fazer formação<br />

em matérias perigosas”. Nestas equipas estarão incluídos não só um<br />

médico, mas também um enfermeiro. Entretanto, já se encontra disponível<br />

um conjunto <strong>de</strong> equipamentos através <strong>de</strong> um projecto do<br />

Plano <strong>de</strong> Emergência Sanitária em caso <strong>de</strong> Catástrofe na Macaronésia<br />

(PLESMACII).<br />

A Macaronésia é composta por quatro arquipélagos: Açores, Ma<strong>de</strong>ira,<br />

Canárias e Cabo Ver<strong>de</strong>.<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011 15<br />

as condições físicas e técnicas para a coor<strong>de</strong>nação e controle do socorro e<br />

emergência pré-hospitalar. Outro dos objectivos passa também pela formalização<br />

<strong>de</strong> parcerias com terceiros e a abertura da formação a entida<strong>de</strong>s privadas.<br />

A obra vai ser construída num terreno <strong>de</strong> 17 mil metros quadrados, disponibilizado<br />

pelo Governo Regional. O edifício principal vai ocupar uma área<br />

<strong>de</strong> 1700 metros quadrados. As obras <strong>de</strong>verão estar concluídas em meados do<br />

próximo ano.


16<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

notícias<br />

Vai ser <strong>de</strong>molido<br />

prédio <strong>de</strong>voluto<br />

em Lisboa<br />

Vai ser <strong>de</strong>molido o prédio na Rua Marcos Marreiros, na zona <strong>de</strong> Santos, em<br />

Lisboa. O edifício tem sido alvo <strong>de</strong> vistorias por parte dos Bombeiros Sapadores<br />

<strong>de</strong> Lisboa e já levou ao corte da circulação automóvel. A confirmação<br />

foi feita pela directora municipal da protecção civil Emília Castela, em <strong>de</strong>clarações<br />

à Agência Lusa. “ A EPUL (<strong>Empresa</strong> Pública <strong>de</strong> Urbanização <strong>de</strong> Lisboa<br />

e proprietária do edifício) está a trabalhar para fazer a <strong>de</strong>molição do imóvel.<br />

Esperemos que não seja <strong>de</strong>morado”, diz a responsável.<br />

De acordo com a mesma fonte, o edifício em causa já estava referenciado<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Fevereiro e “vão continuar a pesquisar uma empresa para fazer a <strong>de</strong>molição”.<br />

De acordo com Emília Castela, a EPUL já tentou contratar uma empresa,<br />

mas “não apareceu nenhuma” para fazer o trabalho.<br />

Incêndio em Lisboa<br />

Um incêndio que <strong>de</strong>flagrou no sétimo andar <strong>de</strong> um prédio em Campo <strong>de</strong> Ourique,<br />

no passado dia 10 <strong>de</strong> Julho, <strong>de</strong>struiu não só um atelier como a cobertura do edifício.<br />

Contudo não houve registo <strong>de</strong> feridos. Até ao fecho <strong>de</strong>sta edição, as causas ainda<br />

eram <strong>de</strong>sconhecidas.<br />

No local estiveram 40 homens do Regimento Sapadores Bombeiros auxiliados por<br />

sete viaturas.<br />

Quatro feridos<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

em ultrapassagem<br />

Quatro pessoas ficaram feridas, no passado dia 19 <strong>de</strong> Julho, na sequência <strong>de</strong><br />

uma colisão entre uma ambulância do INEM e uma carrinha comercial, perto <strong>de</strong><br />

Chaves. Tudo aconteceu quando ao tentar ultrapassar o ligeiro (que seguia no<br />

mesmo sentido e que <strong>de</strong> repente mudou <strong>de</strong> direcção), a ambulância não conseguiu<br />

travar a tempo chocando com o mesmo. Do aci<strong>de</strong>nte resultaram três feridos<br />

graves e um ligeiro.<br />

Incêndio <strong>de</strong>strói<br />

prédio em Lisboa<br />

Catorze pessoas ficaram <strong>de</strong>salojadas na sequência <strong>de</strong> um incêndio que <strong>de</strong>flagrou<br />

num prédio em Lisboa no passado dia 25 <strong>de</strong> Julho. De acordo com fonte do<br />

Regimento <strong>de</strong> Sapadores Bombeiros (RSB) o incêndio começou no primeiro andar.<br />

Alastrou-se pelo prédio acima até à cobertura, <strong>de</strong>struindo-o parcialmente. Das 14<br />

pessoas que se encontravam, na altura, no prédio, 10 tiveram que ser assistidas<br />

no Hospital <strong>de</strong> São José com problemas respiratórios. Entre os moradores havia<br />

um recém-nascido. Um curto-circuito terá <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ado este incêndio, avançou<br />

o Jornal <strong>de</strong> Notícias.<br />

No local estiveram 25 bombeiros e oito viaturas do RSB.<br />

Breves<br />

Estado poupou 55 milhões<br />

O Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou, no passado<br />

dia 26 <strong>de</strong> Julho, que este ano, o investimento no dispositivo <strong>de</strong> combate a incêndios<br />

será <strong>de</strong> 74,8 milhões <strong>de</strong> euros. Ou seja, menos 55 milhões do que o<br />

orçamentado.<br />

Esta diminuição ficou a <strong>de</strong>ver-se à redução <strong>de</strong> gastos com meios aéreos. Também<br />

a extinção dos governos civis permite uma poupança <strong>de</strong> 2,8 milhões.<br />

Estudantes inventam novo sistema<br />

<strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> incêndios<br />

Um sistema <strong>de</strong>senvolvido por seis alunos da Universida<strong>de</strong> do Porto vai permitir<br />

a <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> incêndios em matas, florestas e parques industriais. É composto<br />

por unida<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>tectam variações <strong>de</strong> temperatura e estão ligadas a<br />

bombeiros e a outras unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> combate a incêndios, sendo as autorida<strong>de</strong>s<br />

imediatamente avisadas em caso <strong>de</strong> alarme. Uma tecnologia que tem custos<br />

mais baixos do que aquelas que são hoje utilizadas.<br />

I<strong>de</strong>ntificado suspeito <strong>de</strong> atear incêndios<br />

A GNR <strong>de</strong> Vila Real i<strong>de</strong>ntificou um homem <strong>de</strong> 45 anos, suspeito <strong>de</strong> ter<br />

ateado “pelo menos” quatro incêndios florestais no concelho <strong>de</strong> Alijó, no<br />

último mês.<br />

Em comunicado, a Guarda informa que o suspeito confessou a autoria<br />

<strong>de</strong> diversos incêndios florestais, indicando como motivo um “distúrbio<br />

mental”, que o leva a cometer estes actos.<br />

O suspeito tinha já antece<strong>de</strong>ntes criminais neste tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>litos.<br />

não faz feridos Incêndio em prédio fere seis pessoas<br />

Seis pessoas ficaram feridas na sequência <strong>de</strong> um incêndio que <strong>de</strong>flagrou num<br />

prédio em Lisboa no passado dia 25 <strong>de</strong> Julho. De acordo com fonte do Regimento<br />

<strong>de</strong> Sapadores Bombeiros o prédio <strong>de</strong> quatro andares ficou parcialmente <strong>de</strong>struído.<br />

Os seis feridos ligeiros foram transportados para o Hospital com problemas respiratórios.<br />

No local estiveram 25 bombeiros e oito viaturas.<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

comunicado<br />

Bombeiros Municipais <strong>de</strong><br />

Alpiarça “Um Case Study”<br />

Os Bombeiros Municipais <strong>de</strong> Alpiarça<br />

são uma instituição que é <strong>de</strong>tida e mantida<br />

pela Autarquia <strong>de</strong> Alpiarça. Contudo,<br />

e à semelhança <strong>de</strong> outras corporações,<br />

têm sido verificadas situações anómalas,<br />

nomeadamente:<br />

- o Comandante do corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />

municipal foi nomeado como<br />

voluntário, está na reserva militar como<br />

sargento da marinha, tem o 9º ano, e<br />

é ele que tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

avaliar os bombeiros municipais, através<br />

do sistema integrado <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho<br />

da administração pública.<br />

Mas o concurso para Comandante dos<br />

Bombeiros Municipais <strong>de</strong>veria ter sido feito<br />

ao abrigo do Decreto-Lei 106/2002, <strong>de</strong><br />

13 <strong>de</strong> Abril (Estatuto <strong>de</strong> Pessoal dos bombeiros<br />

profissionais da administração)<br />

Artigo 7.º<br />

Quadro <strong>de</strong> comando <strong>de</strong> bombeiros<br />

profissionais<br />

1 - O recrutamento para os cargos <strong>de</strong><br />

Comandante e <strong>de</strong> 2.º Comandante <strong>de</strong><br />

Regimento ou <strong>de</strong> Batalhão <strong>de</strong> Bombeiros<br />

Sapadores é feito, por escolha, <strong>de</strong> entre<br />

indivíduos licenciados com experiência<br />

<strong>de</strong>, pelo menos, quatro anos na área da<br />

protecção e do socorro e no exercício <strong>de</strong><br />

funções <strong>de</strong> comando ou <strong>de</strong> chefia.<br />

2 - O recrutamento para o cargo <strong>de</strong><br />

Comandante <strong>de</strong> Companhia <strong>de</strong> Bombeiros<br />

Sapadores, bem como para os<br />

cargos <strong>de</strong> comando dos bombeiros municipais,<br />

é feito, por concurso, <strong>de</strong> entre<br />

indivíduos licenciados com experiência<br />

<strong>de</strong>, pelo menos, quatro anos na área da<br />

protecção e do socorro e no exercício.<br />

Outras situações anómalas verificadas:<br />

1. A NOP 2101 do CNOS/ANPC refere<br />

que os elementos das ECIN´s (Equipa <strong>de</strong><br />

Combate a Incêndios) não po<strong>de</strong>m realizar<br />

muitas horas seguidas a fim <strong>de</strong> evitar<br />

o cansaço resultante <strong>de</strong> dias seguidos <strong>de</strong><br />

intervenção mas estes profissionais fizeram<br />

serviço durante semanas.<br />

2. Os elementos com formação em<br />

TAS (tripulante <strong>de</strong> ambulância <strong>de</strong> socorro)<br />

continuam a conduzir as ambulâncias<br />

<strong>de</strong> transporte e os estagiários a prestar<br />

o socorro;<br />

3. Os estagiários voluntários continuam<br />

a fazer os serviços em que os bombeiros<br />

municipais estão escalados profissionalmente,<br />

inclusive a fazer trocas <strong>de</strong><br />

turnos completos com profissionais para<br />

que estes garantam a guarnição comple-<br />

ta das ECIN´s (Equipa <strong>de</strong> Combate a Incêndios);<br />

4. Existem funcionários da Autarquia<br />

com a categoria <strong>de</strong> assistentes operacionais<br />

a <strong>de</strong>sempenhar as funções nos bombeiros<br />

municipais com o posto <strong>de</strong> bombeiro<br />

voluntário, um <strong>de</strong>les é bombeiro<br />

<strong>de</strong> 1ª, voluntário, e foi colocado pelo<br />

comando como chefe <strong>de</strong> serviço - manda<br />

em todos os profissionais.<br />

5. Acções <strong>de</strong> formação realizadas por<br />

bombeiros sem o CAP (Certificado <strong>de</strong><br />

aptidão profissional) e sem qualificação<br />

DGERT.<br />

6. Foi afixada, pelo comandante, uma<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serviço on<strong>de</strong> invoca a disponibilida<strong>de</strong><br />

permanente, obrigando assim<br />

os bombeiros, nos dias da sua folga,<br />

quando se ausentam do concelho <strong>de</strong> Alpiarça,<br />

a informar o corpo <strong>de</strong> bombeiros<br />

que o vão fazer.<br />

7. As horas extraordinárias, que são<br />

pagas aos bombeiros, não o são na percentagem<br />

que está estipulada na lei, prejudicando<br />

os bombeiros.<br />

8. Os bombeiros profissionais que entraram<br />

há menos tempo para o quadro <strong>de</strong><br />

bombeiros foram or<strong>de</strong>nados na carreira<br />

hierárquica pela antiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrada<br />

no corpo <strong>de</strong> bombeiros como voluntário-<br />

<strong>de</strong>sta forma foram colocados acima <strong>de</strong><br />

alguns bombeiros profissionais que são<br />

mais antigos na carreira.<br />

9. A publicação da escala <strong>de</strong> serviço<br />

é feita um dia ou dois antes do início do<br />

mês.<br />

De uma forma mais <strong>de</strong>senvolvida<br />

verificamos que, nas corporações <strong>de</strong><br />

bombeiros municipais on<strong>de</strong> existem<br />

bombeiros profissionais e voluntários, a<br />

ANPC transfere as verbas respeitantes ao<br />

DECIF (Dispositivo Especial <strong>de</strong> Combate<br />

a Incêndios Florestais) para as respectivas<br />

autarquias uma vez que estas são<br />

quem tutelam os respectivos bombeiros<br />

municipais, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do tipo<br />

<strong>de</strong> vínculo que o pessoal tenha à mesma<br />

instituição. Contudo, as Autarquias<br />

não conseguem negociar com os respectivos<br />

bombeiros voluntários a forma <strong>de</strong><br />

pagamento, porque a lei do voluntariado<br />

não permite o pagamento aos elementos<br />

voluntários. Em causa está o facto <strong>de</strong> os<br />

mesmos não po<strong>de</strong>rem ser remunerados,<br />

porque se pressupõe que o voluntariado<br />

não é remunerado. No entanto, são utilizadas<br />

algumas Associações Culturais<br />

e Desportivas, sem fins lucrativos, em<br />

que os seus estatutos permitem como<br />

receitas da associação os donativos voluntários<br />

dos seus membros, ou <strong>de</strong> ter-<br />

ceiros, subsídios atribuídos por várias<br />

entida<strong>de</strong>s, jóias e quotas pagas pelos<br />

seus membros, por doações ou <strong>de</strong>ixas<br />

testamentárias. A Associação Cultural<br />

Desportiva e <strong>de</strong> Beneficência dos Bombeiros<br />

<strong>de</strong> Alpiarça está registada no numero<br />

272 da III Série <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Novembro<br />

<strong>de</strong> 2004 e tem por finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> carácter <strong>de</strong>sportivo e social,<br />

bem como subsidiar na compensação<br />

dos bombeiros pela execução <strong>de</strong><br />

tarefas. Não obstante o que foi referido<br />

anteriormente, a mesma associação é <strong>de</strong>nominada<br />

sem fins lucrativos.<br />

Ainda em relação à respectiva Associação,<br />

verifica-se que a mesma é composta<br />

pelos órgãos <strong>de</strong> direcção. Tendo em conta<br />

que o n.º 2 do art.º 31º do DL 241/2007<br />

refere que “os elementos do quadro <strong>de</strong><br />

comando e do quadro activo estão impedidos<br />

<strong>de</strong> exercer funções <strong>de</strong> presidência<br />

dos órgãos sociais da respectiva associação<br />

humanitária <strong>de</strong> bombeiros”, então<br />

nenhum dos elementos dos respectivos<br />

quadros referenciados po<strong>de</strong>ria pertencer<br />

aos órgãos <strong>de</strong> direcção. Mas a realida<strong>de</strong><br />

não é o que acontece. Resumidamente,<br />

esta associação proce<strong>de</strong> aos pagamentos<br />

<strong>de</strong> horas <strong>de</strong> trabalho realizado pelos<br />

bombeiros voluntários e profissionais<br />

durante o ano. Acontece que a mesma<br />

associação não serve só para o referido<br />

anteriormente, mas também para pagar,<br />

aos bombeiros voluntários e profissionais,<br />

as verbas <strong>de</strong>stinadas às equipas <strong>de</strong><br />

combate a incêndios que fazem parte do<br />

Dispositivo Especial <strong>de</strong> Combate a Incêndios<br />

Florestais criado pelo Governo.<br />

Resta referir que nem sempre as equipas<br />

estão completas com a totalida<strong>de</strong> dos<br />

elementos. Desta forma a verba <strong>de</strong>stinada<br />

aos elementos da ECIN em falta<br />

acaba por ficar na conta da associação.<br />

Os bombeiros Profissionais fazem trocas<br />

<strong>de</strong> serviço para po<strong>de</strong>rem fazer parte das<br />

ECIN´s, intercalando este serviço com o<br />

serviço que fazem enquanto profissionais.<br />

Estes bombeiros chegam a estar <strong>de</strong><br />

serviço vários dias seguidos sem terem<br />

os períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso. Por vezes também<br />

se verifica que, para fazerem parte<br />

das ECIN’s, para que as equipas não<br />

fiquem <strong>de</strong>sfalcadas, retira-se um bombeiro<br />

<strong>de</strong> 3ª classe profissional que está a<br />

cumprir o serviço <strong>de</strong> escala profissional<br />

e coloca-se um estagiário da recruta <strong>de</strong><br />

voluntários a realizar o serviço do profissional,<br />

para que o profissional possa<br />

integrar as ECIN’s. Quando não é possível<br />

esta troca e como os estagiários não<br />

po<strong>de</strong>m fazer parte das ECIN´s, coloca-<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011 17<br />

se o estagiário na ECIN, mas será que o<br />

número que vai para o relatório é <strong>de</strong> um<br />

bombeiro qualificado?<br />

A NOP 2101 do CNOS/ANPC <strong>de</strong> 2011<br />

relativa a “Forças dos Bombeiros do Dispositivo<br />

Especial <strong>de</strong> Combate a Incêndios<br />

Florestais – DECIF” refere no ponto<br />

2.1.2 b) que “o serviço será efectuado<br />

em escala rotativa, <strong>de</strong> forma a evitar-se<br />

o cansaço resultante <strong>de</strong> dias seguidos<br />

<strong>de</strong> intervenção”, o que não se verifica<br />

através das escalas afixadas.<br />

Nos corpos <strong>de</strong> Bombeiros Municipais<br />

verifica-se ainda uma certa confusão em<br />

termos <strong>de</strong> graduações. O DL 241/2007<br />

refere no ponto 2 do seu artigo 5º que<br />

“havendo no mesmo município, um corpo<br />

<strong>de</strong> bombeiros profissional ou misto e<br />

um ou mais corpos <strong>de</strong> bombeiros voluntários,<br />

a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> actuação<br />

prioritária e comando cabe ao corpo <strong>de</strong><br />

bombeiros profissional ou, quando este<br />

não exista, ao corpo <strong>de</strong> bombeiros misto,<br />

sem prejuízo <strong>de</strong> eventual primeira intervenção<br />

<strong>de</strong> algum dos outros em benefício<br />

da rapi<strong>de</strong>z e prontidão do socorro”.<br />

Contudo verifica-se que o legislador dá<br />

responsabilida<strong>de</strong> na actuação aos bombeiros<br />

profissionais. Neste sentido, os<br />

funcionários da Autarquia <strong>de</strong> Alpiarça<br />

que <strong>de</strong>sempenham as suas funções no<br />

corpo <strong>de</strong> bombeiros municipais, estando<br />

na carreira <strong>de</strong> Assistente Operacional ou<br />

Técnico, como bombeiros <strong>de</strong> 3ª e 1ª na<br />

categoria Voluntário, ou seja, o bombeiro<br />

<strong>de</strong> 1ª que é voluntário executa as suas<br />

funções como bombeiro <strong>de</strong> 1ª, mas na<br />

sua realida<strong>de</strong> é um assistente operacional<br />

da autarquia que nem na carreira <strong>de</strong><br />

bombeiro profissional está inserido.<br />

Para finalizar, as situações mais recentes,<br />

nomeadamente as acções <strong>de</strong> formação<br />

ministradas pelos bombeiros que<br />

não têm CAP. No passado mês <strong>de</strong>correram<br />

várias acções <strong>de</strong> formação sobre<br />

manuseio <strong>de</strong> extintores. Acontece que<br />

estas acções <strong>de</strong> formação não passam<br />

<strong>de</strong> acções <strong>de</strong> sensibilização visto que<br />

os ditos “Formadores” nem todos têm o<br />

respectivo Certificado <strong>de</strong> Aptidão Profissional<br />

<strong>de</strong> Formador, não existe uma certificação<br />

da DGERT para a realização <strong>de</strong>stas<br />

Acções <strong>de</strong> Formação, sendo o mais<br />

curioso é que se passa aos formandos um<br />

Diploma da Acção <strong>de</strong> Formação, como se<br />

isso tivesse valida<strong>de</strong> para curriculum.<br />

Estas situações por nós i<strong>de</strong>ntificadas<br />

tornam Alpiarça num “CASE STUDY”<br />

Direcção do Sindicato Nacional<br />

dos Bombeiros Prosissionais


Alto Risco 18 Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

entrevista<br />

u O presi<strong>de</strong>nte da Direcção da A.H.B.V do Entroncamento,<br />

Filipe Rato da Graça e o presi<strong>de</strong>nte do SNBP, Sérgio Carvalho.<br />

“Fizemos um bom <strong>Acordo</strong>”<br />

Filipe Rato da Graça é presi<strong>de</strong>nte da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do<br />

Entroncamento, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2009. Depois <strong>de</strong> uma má experiência com outro sindicato, a proposta apresentada pelo<br />

Sindicato Nacional <strong>de</strong> Bombeiros Profissionais reuniu consensos e a negociação culminou na assinatura, no<br />

passado dia 22 <strong>de</strong> Julho, no primeiro <strong>Acordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Empresa</strong> assinado no Distrito <strong>de</strong> Santarém.<br />

Que benefícios é que este <strong>Acordo</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Empresa</strong> trás para esta Associação?<br />

Uma relação <strong>de</strong> trabalho mais<br />

transparente, na medida em que os<br />

trabalhadores não tinham um documento,<br />

um guião. Estavam ligados a<br />

um Sindicato que não existia. Eu penso<br />

que isto traduz-se numa melhoria<br />

substancial, não só para a Associação,<br />

como também para os trabalhadores.<br />

Falava <strong>de</strong> negociações que <strong>de</strong>correram<br />

com outro sindicato. Que diferenças<br />

é que notou?<br />

O sindicato com quem nós chegámos<br />

a iniciar esta negociação estava<br />

fora da realida<strong>de</strong> dos bombeiros. Foi<br />

esta a principal causa <strong>de</strong> ruptura. Eles<br />

foram introduzindo cláusulas ao longo<br />

da negociação, exigindo que as já ne-<br />

gociadas se vinculassem. Não tinham<br />

a noção da realida<strong>de</strong>, não sabiam da<br />

relação entre os bombeiros profissionais,<br />

enquanto bombeiros profissionais e<br />

voluntários (não faziam essa distin-<br />

“(este <strong>Acordo</strong>)estabelece<br />

uma relação mais<br />

transparente”<br />

ção). E este acordo enquadra-se, <strong>de</strong><br />

longe, melhor na realida<strong>de</strong> dos bombeiros<br />

do que o anterior.<br />

Quais são os pontos fortes <strong>de</strong>ste<br />

<strong>Acordo</strong>?<br />

No anterior, gran<strong>de</strong> parte das cláusulas<br />

estavam mais para o Sindicato<br />

do que para a relação entre a Associa-<br />

ção e os Trabalhadores. Este, <strong>de</strong> facto, estabelece<br />

uma relação mais transparente,<br />

e que era necessário existir. Acho que<br />

fizemos um bom <strong>Acordo</strong>.<br />

Que dificulda<strong>de</strong>s é que encontrou<br />

quando chegou à direcção?<br />

As dificulda<strong>de</strong>s naturais. Este tipo<br />

<strong>de</strong> associações tem muita <strong>de</strong>spesa,<br />

muitos problemas, poucos subsídios,<br />

mas penso que esta direcção, com uma<br />

boa gestão, vai conseguir andar. E boa<br />

gestão implica muito rigor, que isto<br />

não está para brinca<strong>de</strong>iras. Vem agora<br />

aí uma outra tarefa, e que vai ser complicada,<br />

que são as obras <strong>de</strong> ampliação<br />

e requalificação <strong>de</strong>ste quartel. O<br />

processo foi aprovado há 15 dias, nós<br />

vamos iniciá-lo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> dois meses<br />

e vai acarretar novos problemas que<br />

vamos ter que resolver. Logo veremos<br />

como.<br />

Qual o feedback que teve dos funcionários<br />

em relação a este <strong>Acordo</strong>?<br />

Acho que eles ficaram satisfeitos<br />

em relação a este documento. Eles<br />

também estavam impacientes, porque<br />

as negociações com outro sindicato<br />

tinham começado em finais <strong>de</strong> 2009<br />

e foram sistematicamente sendo adiadas.<br />

Isto, hoje, foi um alívio para ambas<br />

as partes. Consi<strong>de</strong>ro que foi uma<br />

vitória e acho que eles também sentiram<br />

isso. Têm agora um documento.<br />

Este é o nosso <strong>Acordo</strong>, que nós<br />

fizemos, e que não se vinculou a nenhum<br />

outro já feito. E isso é importante.<br />

Este <strong>Acordo</strong> foi, então, adaptado à<br />

realida<strong>de</strong> da Associação?<br />

Exactamente. E adaptado a eles,<br />

também. Eu <strong>de</strong>i-lhes toda a liberda<strong>de</strong><br />

“Consi<strong>de</strong>ro que a base<br />

do documento está bem<br />

conseguida”<br />

<strong>de</strong> discutirem. Aliás, eu quase nem interferi<br />

neste <strong>Acordo</strong>. Fiz uma leitura,<br />

achei interessante, eles também. Poucas<br />

alterações foram feitas. Consi<strong>de</strong>ro<br />

que a base do documento está bem<br />

conseguida. Há aqui muitas horas <strong>de</strong><br />

trabalho e bem conseguidas.<br />

Que projectos é que tem para esta<br />

associação?<br />

Tenho um projecto, que está em<br />

estudo. Penso ser prematuro estar a<br />

abordar. Uma coisa é certa: isto tem<br />

que mudar. Temos que nos adaptar,<br />

<strong>de</strong> uma vez por todas, à realida<strong>de</strong>.<br />

E neste caso, nós, a Associação dos<br />

Voluntários do Entroncamento, temos<br />

uma realida<strong>de</strong> diferente das outras<br />

associações porque estamos confinados<br />

à área urbana e é para aqui que<br />

nós temos que nos virar. Ajudando os<br />

concelhos limítrofes, sim, mas a nossa<br />

terra é prioritária e é neste sentido que<br />

isto tem que ir.<br />

u O vice-presi<strong>de</strong>nte António Caetano Rodrigues, ao lado do<br />

presi<strong>de</strong>nte da Direcção dos A.H.B.V. do Entroncamento.<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011 19


Alto Risco 20 Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

das negociações, já que o único beneficiário<br />

<strong>de</strong>ste <strong>Acordo</strong> seria o STAL e nunca<br />

comunicado notícias<br />

O STAL enganou os Bombeiros<br />

Profissionais da Associação Humanitária<br />

dos Bombeiros do Entroncamento<br />

A Associação Nacional <strong>de</strong> Bombeiros<br />

Profissionais (<strong>ANBP</strong>) e o Sindicato Nacional<br />

<strong>de</strong> bombeiros Profissionais (SNBP)<br />

evitam efectuar comentários acerca <strong>de</strong><br />

outros Sindicatos, da sua representativida<strong>de</strong>,<br />

assim como da <strong>de</strong>ontologia que vão<br />

“apregoando” e que fica aquém daquilo<br />

que são os nossos objectivos, enquanto<br />

bombeiros profissionais na <strong>de</strong>fesa das<br />

populações e do País.<br />

Em alguns corpos <strong>de</strong> bombeiros verificam-se<br />

situações “anormais” <strong>de</strong> reivindicação,<br />

algumas mesmo sem fundamento,<br />

e vão-nos sendo relatadas pelos<br />

próprios bombeiros que, aos poucos, vão<br />

percebendo que, efectivamente, apenas<br />

um SINDICATO <strong>de</strong> CLASSE, como o é o<br />

Sindicato Nacional <strong>de</strong> Bombeiros Profissionais<br />

po<strong>de</strong> resolver e SOLUCIONAR os<br />

nossos problemas.<br />

Há reivindicações que em nada ajudam<br />

os bombeiros e <strong>de</strong>vem ser efectua-<br />

notícias<br />

Durante o mês <strong>de</strong> Agosto, cinco praias<br />

do território continental vão receber a<br />

unida<strong>de</strong> móvel da campanha promovida<br />

pelo Instituto Português do Sangue, para<br />

sensibilizar os jovens e garantir um volume<br />

elevado <strong>de</strong> colheitas.<br />

É nas praias que estão os jovens portugueses<br />

na altura do Verão, com as suas<br />

famílias, e é por isso nas praias que o Instituto<br />

Português do Sangue (IPS) focaliza<br />

a campanha Dador-Salvador. O objectivo<br />

é sensibilizar os mais jovens - com ida<strong>de</strong>s<br />

entre os 18 e os 25 anos – para a participação<br />

nas acções <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> sangue.<br />

“A geração facebook não tem só direitos,<br />

tem <strong>de</strong> ter a noção que é preciso<br />

largar o computador e ir ao hospital dar<br />

sangue porque esse acto é um <strong>de</strong>ver”,<br />

afirmou Álvaro Beleza, presi<strong>de</strong>nte do IPS,<br />

numa das cerimónias <strong>de</strong> apresentação<br />

da campanha, realizada em Faro, a 18<br />

<strong>de</strong> Julho. Citado pela Agência Lusa, este<br />

responsável acrescenta que “em Agosto<br />

as dádivas <strong>de</strong> sangue diminuem cerca <strong>de</strong><br />

10 por cento, tanto em Portugal como na<br />

Europa, registando-se, por outro lado, um<br />

aumento do consumo <strong>de</strong> sangue <strong>de</strong>vido<br />

ao número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes nas estradas e<br />

doenças que surgem no Verão”, sobretudo<br />

na população mais idosa.<br />

Os dados do Instituto Português do<br />

das com cabeça, tronco e membros e não<br />

a reboque <strong>de</strong> qualquer partido político,<br />

usando os bombeiros como arma <strong>de</strong> arremesso.<br />

Estas atitu<strong>de</strong>s ditas “sindicais” e<br />

impensadas estão “em vias <strong>de</strong> extinção”. É<br />

necessário que os sindicatos tenham uma<br />

atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> coerência <strong>de</strong> luta, colocando<br />

sempre em primeiro lugar os direitos dos<br />

bombeiros profissionais <strong>de</strong> modo a que a<br />

nossa <strong>de</strong>ontologia seja uma referência nas<br />

nossas lutas com vista a alcançar vitórias.<br />

O único SINDICATO <strong>de</strong> classe em Portugal<br />

(bombeiros profissionais) é o Sindicato<br />

Nacional <strong>de</strong> Bombeiros Profissionais.<br />

Antes da assinatura do <strong>Acordo</strong> <strong>de</strong> <strong>Empresa</strong><br />

com o Sindicato Nacional dos Bombeiros<br />

Profissionais, a Associação Humanitária<br />

dos Bombeiros Voluntários do<br />

Entroncamento andou em negociações,<br />

durante quase dois anos, com o Sindicato<br />

dos Trabalhadores da Administração Lo-<br />

Campanha Dador-Salvador<br />

Sangue referem uma variação sazonal<br />

nas dádivas, com menor abundância nos<br />

meses <strong>de</strong> Julho, Agosto e Setembro, o que<br />

também acontece nos meses <strong>de</strong> Dezembro<br />

e Janeiro. Nestas alturas do ano, o<br />

número <strong>de</strong> colheitas fica abaixo da média,<br />

fenómeno que “não é esporádico, repetese<br />

todos os anos” por altura das férias.<br />

Este ano, <strong>de</strong> 1 a 31 <strong>de</strong> Agosto vai<br />

<strong>de</strong>correr a Campanha Dador-Salvador<br />

em cinco praias do território continental,<br />

a saber: Carcavelos, Monte Gordo, Quarteira,<br />

Figueira da Foz e Póvoa do Varzim.<br />

Junto a estas praias estará estacionado o<br />

autocarro da Unida<strong>de</strong> Móvel do IPS, pois<br />

a estratégia é ter “proximida<strong>de</strong> com os potenciais<br />

dadores”.<br />

Em Portugal existem cerca <strong>de</strong> 500 mil<br />

dadores inscritos e a média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>s<br />

situa-se entre os 40 e 50 anos. O envelhecimento<br />

da população tem reflexo no<br />

número <strong>de</strong> dadores, por isso, o IPS aposta<br />

numa campanha que é um “ponto <strong>de</strong> viragem<br />

por ser dirigida, muito particularmente,<br />

aos dadores mais jovens”, para os<br />

sensibilizar para uma acção que <strong>de</strong>ve ser<br />

entendida como um “acto benévolo e <strong>de</strong><br />

cidadania”.<br />

A campanha tem como figuras centrais<br />

o surfista Tiago Pires e a judoca<br />

Telma Monteiro, jovens cujo exemplo <strong>de</strong><br />

cal, para a assinatura <strong>de</strong> um documento<br />

semelhante. Uma negociação que culminou<br />

em NADA, porque o documento não<br />

favorecia em NADA, nem os Bombeiros,<br />

nem tão pouco a Associação Humanitária<br />

à qual pertenciam.<br />

O total <strong>de</strong>sconhecimento da realida<strong>de</strong><br />

do sector levou a que este hipotético<br />

ACORDO com o STAL ficasse con<strong>de</strong>nado<br />

à nascença. Como po<strong>de</strong> um Sindicato que<br />

não é <strong>de</strong> classe <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r profissionais<br />

com características tão específicas com<br />

as que são intrínsecas aos bombeiros?<br />

Como po<strong>de</strong> um Sindicato que <strong>de</strong>sconhece<br />

a realida<strong>de</strong> dos bombeiros e que pouco<br />

percebe da sua realida<strong>de</strong> laboral elaborar<br />

documentos on<strong>de</strong> se estabelecem direitos<br />

e <strong>de</strong>veres que preten<strong>de</strong>m balizar uma realida<strong>de</strong><br />

operacional que, por sua vez, este<br />

Sindicato, que não é <strong>de</strong> classe, <strong>de</strong>sconhece?<br />

O resultado só po<strong>de</strong>ria ser a cessação<br />

sucesso e vida saudável é aproveitado<br />

como “i<strong>de</strong>ia positiva para a promoção da<br />

dádiva <strong>de</strong> sangue”. Será também solicitado<br />

o apoio dos nadadores-salvadores das<br />

cinco praias abrangidas pela campanha,<br />

que foi lançada no Dia Mundial do Dador<br />

<strong>de</strong> Sangue, assinalado a 14 <strong>de</strong> Junho, e<br />

que este ano tem por lema “Mais Sangue.<br />

Mais Vida”.<br />

OMS apela a mais dadores<br />

A Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

(OMS) assinala todos os anos o Dia Mundial<br />

do Dador <strong>de</strong> Sangue para lembrar<br />

a “importante contribuição dos dadores<br />

voluntários” e, ao mesmo tempo, “sensibilizar<br />

a socieda<strong>de</strong> para a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> sangue inócuo e seus <strong>de</strong>rivados para<br />

transfusões”. Este ano, repetiu-se o apelo<br />

para que mais pessoas <strong>de</strong>cidam dar<br />

sangue e com mais frequência “para salvarem<br />

vidas”. Segundo a OMS, “o acesso<br />

a sangue seguro po<strong>de</strong> chegar a evitar um<br />

quarto <strong>de</strong> todas as mortes”. Por outro<br />

lado, “uma perda <strong>de</strong> sangue grave não<br />

tratada po<strong>de</strong> matar mesmo uma pessoa<br />

saudável num espaço <strong>de</strong> duas horas”.<br />

Em Portugal, o índice <strong>de</strong> dádivas por<br />

dador em 2010 foi <strong>de</strong> 1,4, ou seja, “os dadores<br />

<strong>de</strong>ram em média uma vez e meia<br />

(quase) por ano. Cerca <strong>de</strong> 60% fizeram-<br />

os Bombeiros ou a Associação que representam.<br />

A transparência continua a ser,<br />

num mundo <strong>de</strong> gente séria, o caminho<br />

a optar. A transparência continua a ser o<br />

lema do SNBP que tem procurado, através<br />

dos <strong>Acordo</strong>s <strong>de</strong> <strong>Empresa</strong>, ajudar à criação<br />

<strong>de</strong> carreiras dos bombeiros profissionais<br />

que trabalham nas Associações Humanitárias.<br />

O objectivo é dignificar cada vez<br />

mais a profissão <strong>de</strong> bombeiro e não contabilizar<br />

cotas ao fim do mês.<br />

Foi por causa da clareza e transparência<br />

que apresentaram no processo <strong>de</strong><br />

negociação que o SNBP conseguiu fechar,<br />

em pouco mais que uma semana, um<br />

documento importante para os Bombeiros<br />

Profissionais e para a Associação<br />

Humanitária dos Bombeiros Voluntários<br />

do Entroncamento. Neste entendimento,<br />

valeu a disponibilida<strong>de</strong>, a humilda<strong>de</strong> e a<br />

honestida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos para a elaboração<br />

<strong>de</strong> um bom <strong>Acordo</strong>.<br />

SNBP/<strong>ANBP</strong> agra<strong>de</strong>ce a confiança<br />

e também o trabalho dos bombeiros, do<br />

<strong>de</strong>legado sindical, do Gabinete Jurídico<br />

da <strong>ANBP</strong>/SNBP e da direcção da A.H.B.V.<br />

do Entroncamento que foram incansáveis<br />

na execução e conclusão <strong>de</strong>ste documento.<br />

Quando isto suce<strong>de</strong>, ganham as populações<br />

que servimos e o país.<br />

Direcção da <strong>ANBP</strong>/SNBP<br />

no apenas uma vez por ano, mas mais<br />

<strong>de</strong> um quarto fê-lo duas vezes por ano<br />

e quase 10% <strong>de</strong>u mais que duas vezes<br />

por ano”, refere o Instituto Português do<br />

Sangue.<br />

Os homens po<strong>de</strong>m dar sangue <strong>de</strong> três<br />

em três meses e as mulheres <strong>de</strong> quatro<br />

em quatro meses e qualquer pessoa com<br />

mais <strong>de</strong> 18 anos, peso igual ou superior<br />

a 50 kgs e hábitos <strong>de</strong> vida saudável po<strong>de</strong><br />

ser dador <strong>de</strong> sangue.<br />

Portugal<br />

fustigado<br />

pelas chamas<br />

Mais <strong>de</strong> nove mil operacionais apoiados<br />

por 2381 viaturas combateram, nos<br />

dias 24 e 25 <strong>de</strong> Julho, cerca <strong>de</strong> 613 incêndios<br />

florestais <strong>de</strong> norte a sul do país,<br />

segundo a Autorida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Protecção<br />

Civil.<br />

No dia 25, a vaga <strong>de</strong> incêndios não<br />

<strong>de</strong>u tréguas aos bombeiros. Um fogo em<br />

Castelo Branco foi combatido por 205 homens<br />

e 58 viaturas. Em Santarém, 111 elementos<br />

faziam frente a um outro incêndio.<br />

No Alentejo, mais <strong>de</strong> 20 bombeiros<br />

apoiados por oito veículos combateram<br />

as chamas em O<strong>de</strong>mira. No norte do<br />

país, o fogo afectou os concelhos <strong>de</strong><br />

Baião, Cinfães, Vila Ver<strong>de</strong> e Oliveira <strong>de</strong><br />

Azeméis.<br />

No domingo (24), os incêndios que<br />

400 elementos<br />

<strong>de</strong>flagraram em Coimbra, Viana do Castelo<br />

e Póvoa do Varzim foram combatidos<br />

por cerca <strong>de</strong> 315 operacionais. Em<br />

Montemor-o-Velho, um incêndio florestal<br />

levou à intervenção <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 169<br />

operacionais e 46 veículos. Em Monção,<br />

um outro incêndio numa zona <strong>de</strong> mato<br />

e pinhal, levou 86 operacionais apoiados<br />

por 28 veículos e um helicóptero bombar<strong>de</strong>iro<br />

pesado, a intervir. Na mesma<br />

altura um outro incêndio em Arcos <strong>de</strong><br />

Val<strong>de</strong>vez mobilizava 10 operacionais. Na<br />

Póvoa <strong>de</strong> Varzim um incêndio com duas<br />

frentes activas forçou o corte da A28, em<br />

ambos os sentidos, durante três horas.<br />

Destes incêndios resultaram 20 feridos,<br />

entre os quais três civis e 17 bombeiros.<br />

<strong>de</strong>stacados para<br />

combate a incêndio<br />

Dois incêndios <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dimensão que <strong>de</strong>flagraram nas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Oledo<br />

e Palvarinho, no distrito <strong>de</strong> Castelo Branco, no passado dia 19 <strong>de</strong> Julho, envolveram<br />

mais <strong>de</strong> 400 elementos das forças <strong>de</strong> socorro. No combate às chamas estiveram<br />

vários corpos <strong>de</strong> bombeiros, um grupo da Afocelca, sapadores florestais,<br />

FEB, GNR, que contaram com o apoio <strong>de</strong> meios aéreos e ainda <strong>de</strong> diversas máquinas<br />

<strong>de</strong> rasto do Serviço Municipal <strong>de</strong> Protecção Civil.<br />

Municipais<br />

<strong>de</strong> Abrantes<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011 21<br />

pagam subsídio<br />

a bombeiros<br />

O Sindicato Nacional <strong>de</strong> Bombeiros Profissionais e a Associação Nacional <strong>de</strong><br />

Bombeiros Profissionais congratulam-se com a <strong>de</strong>cisão da Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

Abrantes <strong>de</strong> pagar o subsídio <strong>de</strong> turno a alguns bombeiros municipais que, até<br />

agora, não recebiam qualquer valor relativo a essa prestação.<br />

A regularização <strong>de</strong>sta situação vinha sendo pedida pelo SNBP há já alguns<br />

anos. <strong>ANBP</strong>/SNBP esperam agora que esta <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> pagar o subsídio <strong>de</strong> turno<br />

seja extensível a todos os bombeiros que prestam serviço na corporação.


Foto Arquivo<br />

Alto Risco 22 Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais<br />

rsb internacional<br />

Bombeiros:<br />

uma profissão<br />

<strong>de</strong> confiança<br />

Saber qual ou quais os profissionais<br />

em quem as pessoas mais confiam é o<br />

objectivo do estudo “GfK Trust In<strong>de</strong>x”<br />

que foi <strong>de</strong>senvolvido pelo Grupo GFK em<br />

19 países e que se traduz numa tabela.<br />

Advogados, bombeiros, carteiros, militares,<br />

jornalistas, juízes, médicos, polícias,<br />

políticos e professores foram algumas<br />

das profissões que constaram <strong>de</strong>ste estudo.<br />

Em comparação ao ano <strong>de</strong> 2010, a<br />

maioria dos profissionais subiu em termos<br />

<strong>de</strong> confiança, wm 2011.<br />

A nível internacional, os bombeiros<br />

mantiveram a mesma posição do ano<br />

passado com um total <strong>de</strong> 94% <strong>de</strong> confiança<br />

por parte dos inquiridos, com<br />

excepção da Bulgária (89%). Ocupando<br />

um lugar também privilegiado na tabela<br />

encontram-se os professores com uma<br />

subida <strong>de</strong> 1% (85%) seguidos pelos<br />

médicos (86%) e carteiros (84%), que<br />

também subiram 2% na confiança das<br />

pessoas. Os profissionais que também<br />

possuem um nível razoável <strong>de</strong> confiança<br />

são os polícias (76%) e os militares<br />

(82%), que subiram este ano 1% ,e ainda<br />

os Juízes 4% (66%).<br />

No fundo da tabela encontram-se os<br />

Advogados 1% (47%) Jornalistas 3%<br />

(44%) e políticos 3% (17%) como sendo<br />

os profissionais mais <strong>de</strong>sacreditados.<br />

A nível nacional do ano passado para<br />

este, os resultados levaram uma gran-<br />

<strong>de</strong> reviravolta. Tirando os bombeiros<br />

(95%), os carteiros (89%), os médicos<br />

(88%) e os professores (90%), que continuam<br />

a ocupar um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na<br />

tabela, as restantes profissões <strong>de</strong>sceram<br />

no nível <strong>de</strong> confiança dos portugueses.<br />

Embora tenham perdido alguma credibilida<strong>de</strong>,<br />

os polícias (75%), que <strong>de</strong>sceram<br />

4%, e os militares (86%) que <strong>de</strong>sceram<br />

1%, continuam a ocupar um lugar<br />

satisfatório.<br />

As maiores <strong>de</strong>scidas entre 2010 e 2011<br />

foram os jornalistas (60%) que per<strong>de</strong>ram<br />

6% <strong>de</strong> credibilida<strong>de</strong>, Juízes (44%) que<br />

<strong>de</strong>sceram 4% e os políticos (10%) que<br />

ocupam o último lugar da tabela com<br />

uma <strong>de</strong>sacreditação <strong>de</strong> 7%. Apesar <strong>de</strong><br />

os Advogados (36%) ocuparem o penúltimo<br />

lugar, os portugueses reduziram<br />

apenas 3% da confiança nestes profissionais.<br />

Em 19.261 entrevistas realizadas, em<br />

Portugal foram feitas 1.257. Todos os<br />

inquiridos tinham ida<strong>de</strong>s superiores a<br />

15 anos, 52% dos quais, eram mulheres.<br />

Bélgica, Bulgária, Republica Checa,<br />

França, Alemanha, Hungria, Itália,<br />

Holanda, Polónia, Portugal, Roménia,<br />

Espanha, Suécia, Turquia, Reino Unido,<br />

Estados Unidos da América, Brasil,<br />

Colômbia e Índia foram os países que<br />

participaram no “Trust In<strong>de</strong>x”.<br />

Este estudo é feito em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

o ano <strong>de</strong> 2008.<br />

Vaga <strong>de</strong> calor<br />

já matou 24<br />

pessoas<br />

Vinte e quatro pessoas morreram no Midwest dos Estados<br />

Unidos, <strong>de</strong>vido a uma onda <strong>de</strong> calor. O calor intenso afectou<br />

30 estados e motivou a procura <strong>de</strong> assitência médica<br />

por várias pessoa. De acordo com informações avançadas<br />

por órgãos <strong>de</strong> imprensa internacional, no passado dia 22<br />

<strong>de</strong> Julho, cerca <strong>de</strong> 100 pessoas, na maioria adolescentes,<br />

<strong>de</strong>smaiaram durante um espectáculo que se realizou na<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> New Jersey. Em Wichita, no estado do Kansas,<br />

25 pessoas tiveram que ser assistidas no Hospital <strong>de</strong>vido a<br />

doenças relacionadas com o calor.<br />

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional explica<br />

que a combinação <strong>de</strong> temperaturas elevadas com um<br />

nível muito alto <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia índices <strong>de</strong> calor<br />

muito perigosos. Os meteorologistas dizem que esta vaga<br />

<strong>de</strong> calor po<strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r-se até Agosto.<br />

Ministro da<br />

Administrção<br />

Interna presi<strong>de</strong><br />

à Sessão Solene<br />

Polícia Marítima<br />

trava motim em<br />

navio estrangeiro<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011 23<br />

A Capitania do porto <strong>de</strong> Lisboa recebeu um pedido <strong>de</strong> socorro, por parte do comandante <strong>de</strong> um<br />

navio que se encontrava ao largo <strong>de</strong> Cascais, no passado dia 25 <strong>de</strong> Julho. Ameaças à integrida<strong>de</strong><br />

física, por parte <strong>de</strong> dois tripulantes, levaram o comandante do petroleiro, com a ban<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Malta,<br />

a pedir ajuda às autorida<strong>de</strong>s portuguesas.<br />

Dos 18 tripulantes, dois<br />

foram <strong>de</strong>tidos e entregues ao Serviço<br />

<strong>de</strong> Estrangeiros e Fronteiras<br />

(SEF). Na origem <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sentendimento<br />

estiveram problemas laborais<br />

relacionados com a carga e<br />

<strong>de</strong>scarga do navio.<br />

Nesta acção intervieram 15<br />

agentes, três viaturas e duas lanchas<br />

da Polícia Marítima.<br />

Proveniente <strong>de</strong> Leixões o navio,<br />

que transportava combustível,<br />

tinha como <strong>de</strong>stino o porto <strong>de</strong> Lisboa.<br />

dia nacional do bombeiro profissional em Loulé<br />

u Coimbra recebeu, no ano passado, as<br />

comemorações do Dia Nacional <strong>de</strong> Bombeiros<br />

Profissionais, que este ano <strong>de</strong>correm em Loulé<br />

O Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, vai presidir à cerimónia<br />

<strong>de</strong> abertura do Dia Nacional do Bombeiro Profissional, a 11 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2011.<br />

A 4ª edição vai <strong>de</strong>correr na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Loulé e vai contar com a participação <strong>de</strong><br />

centenas <strong>de</strong> bombeiros <strong>de</strong> Portugal Continental e Ilhas.<br />

O Dia do Bombeiro Profissional foi instituído em 2008 pela Associação Nacional<br />

<strong>de</strong> Bombeiros Profissionais, com o objectivo <strong>de</strong> dignificar a profissão <strong>de</strong><br />

bombeiro e <strong>de</strong> lembrar a sua importância da socieda<strong>de</strong>. Um dos momentos mais<br />

importantes da cerimónia é a homenagem aos bombeiros falecidos em serviço e<br />

a atribuição <strong>de</strong> medalhas a pessoas ou entida<strong>de</strong>s que se <strong>de</strong>stacaram no sector da<br />

protecção civil.<br />

As comemorações do Dia Nacional do Bombeiro Profissional passaram já pelas<br />

cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Setúbal, Lisboa e Coimbra.<br />

Foto DR<br />

Foto Arquivo


24<br />

Alto Risco<br />

Julho/Agosto <strong>de</strong> 2011<br />

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais

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