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O Escravo

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APRESENTAÇÃO<br />

O Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS), Departamento da Secretaria da Administração e<br />

dos Recursos Humanos, vem atendendo à sociedade ao longo dos seus 104 anos e proporcionando aos cidadãos um dos<br />

preceitos constitucionais: o acesso à informação (artigo 5º, inciso XIV). Para atendê-lo e disseminá-lo, um arquivo<br />

permanente precisa, necessariamente, elaborar instrumentos de pesquisa, que têm como finalidade construir a via de acesso<br />

do pesquisador ao documento.<br />

Neste sentido, o APERS, por meio do Projeto Documentos da Escravidão, pretende retomar uma prática que foi<br />

iniciada em 1921 e se estendeu até 1930, quando publicou instrumentos de pesquisa, como o Inventário da Comarca de<br />

Porto Alegre, na Revista do Arquivo Público.<br />

O Projeto Documentos da Escravidão no Rio Grande do Sul tem por objetivo difundir a temática através da<br />

publicação dos catálogos seletivos que tratam da comercialização de escravos: o escravo como bem, na partilha de bens, e o<br />

escravo como réu ou vítima em crimes. O recorte temporal abrange o período de setembro de 1763, relativo à escritura<br />

pública mais antiga do acervo do APERS, até o dia 13 de maio de 1888, data da abolição da escravatura no Brasil. Para a<br />

realização deste trabalho, foram inventariadas, da época escravista, 542.600 registros notariais e 73.260 ações judiciais,<br />

totalizando 615.860 fontes primárias. Tivemos a colaboração de mais de 30 pesquisadores que se debruçaram sobre os<br />

documentos para a elaboração dos verbetes que deram origem aos catálogos. Encontra-se já publicado desde 2006 o<br />

catálogo referente às cartas de liberdade que identificou 18.718 documentos. Desta forma, o APERS possui o maior acervo<br />

do Estado referente ao período da escravidão.<br />

O trabalho beneficiará a comunidade científica, pela facilidade de acesso e compilação das informações, o usuário<br />

em geral, principalmente os descendentes de origem africana, pela possibilidade de resgate de sua história e o APERS, por<br />

tornar ainda mais visível o seu acervo, constituído de 18 milhões de documentos.<br />

Elói Guimarães<br />

Secretário da Administração e dos Recursos Humanos<br />

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