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A Crise da<br />
"Aprendiza gem"<br />
A "ajrciitIiztic'eii no J)U1V Cta (111 cr/sc. ;to inrtc (IL'<br />
c1i'J)YLiar Jara €i " (Ili(aça() i,iicçral l.!() . 1tni -<br />
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i)1S1ICc. 1('1011 Ft'CiI?O.5 /)117i LSVL f/ui.<br />
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IICL c:s.sithidt' la iidiiidt . lOfla F101ti fk)IltiCa il<br />
aprcntIi'i'cun C tic novas met du/(Fgiar (pie<br />
$: OprOx1?fl(, J)l(Il.\ (.) a/)ren(1zZ da atividade produii -<br />
£ FUP1!Cfll o ensino iflhliS mais ecOflônuCO C eficaz,<br />
fh,n ac.cj,n, dos "Centros dc Aprendiza gem ", corn<br />
equiiakniii do cii rino formal de P' gran e de<br />
adotart,n reginics de freqi'ituicia quc perinhtaun, no<br />
mini?no iriplic'ar stia capaculade.<br />
Finalmente, a soluçao ectá numna poliuca de mais<br />
estrita Coope?ao ('mitre a bnpresa e as Inst ituiçoec<br />
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de Formtirmn Pro/;rsutu;aI, dcmiiro de urn ('n/O(/Ue h/Uc<br />
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SENAI<br />
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SENAI PAItNA 50 ANOS<br />
SENAI:<br />
Uma Contribuicao<br />
a Historia<br />
do Progresso<br />
Social e Econômico<br />
do Parana'<br />
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Antonio Theolincic T<br />
SENAI PA1NA<br />
1943 A 19<br />
SENAI:<br />
Uma Contrib<br />
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do Progre5<br />
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Copyright 1996 - Direitos reservados ao autor.<br />
Trevizan, Antonio Theolindo<br />
T.814 SENAI - Paraná - 50 anos<br />
- Curitiba: Champagnat, 1995.<br />
152 p. : 21 cm.<br />
1. Formacao Profissional no Paraná. 2.Servico Nacjo-<br />
nal de Aprendizagem Industrial - HistOria.<br />
lTItulo.<br />
Capa: Designer Rosane Maria Demeterco<br />
Planejamento Gráfico: Designer Edson Marcus de Freitas<br />
Revisão Gráfica: Prof. Antonio Camilotto<br />
Publicado em 1996<br />
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"A memória do pa<br />
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As açöes do pres<br />
Os desafios do fun<br />
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Indice<br />
1. Notas biográficas do autor .9<br />
2. Agradecimento ............................................................................11<br />
3. Observação sobre o motivo desta publicacao .............................. 13<br />
4. Prefácio ........................................................................................15<br />
5. CitaçOes de poetas paranaenses ...................................................17<br />
PRIMEIRA PARTE<br />
I. Paraná - uma Unidade Histórica e Geográfica IndefectIvel .........21<br />
SEGUNDA PARTE<br />
ii. Orgaos e Unidades Operacionais do SENAI/PR ........................39<br />
1. Centros de Forrnação Profissional ...............................................39<br />
1.1. C.F.P. de Curitiba .....................................................................39<br />
1.2. C.F.P. de Londrina ...................................................................44<br />
1.3. C.F.P. de Ponta Grossa .............................................................46<br />
1.4. C.F.P. de Maringá .....................................................................52<br />
1.5. C.F.P. de Paranaguá .................................................................56<br />
1.6. C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba ............................... .....59<br />
1.7. C.F.P. de Cascavel .....................................................................62<br />
1.8. C.F.P. de Foz do Iguaçu ............................................................65<br />
C.F.P. de Pato Branco ..............................................................71<br />
1.10. C.F.P. de União da Vitoria .....................................................74<br />
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1.! 1. C.F.P. de Rio Branco do Sul .79<br />
1.12. C.F.P. deGuarapuava .............................................................81<br />
1.13. C.F.P. deApticarana ...............................................................83<br />
1.14. C.F.P. de Toledo .....................................................................86<br />
2. Centre de Unidades Móveis de Formacao Profissional ..............90<br />
3. Escolas Técnica ...........................................................................92<br />
r' 3.1. Escola SENAL e Centre Técnico de Celulose e Papel de<br />
TelémacoBorba ..............................................................................92<br />
3:2. Escola Técnica de Saneamento ................................................99<br />
4. DivisOes Operacionais ...............................................................101<br />
4, 1. Diviso de Assisténcia as Empresas .......................................101<br />
4,2. Divisão de Apoio Técnico e Desenvoivimento de Pessoal .... 104<br />
5. Novas Unidades de Formacao Profjssjonal ...............................105<br />
5. 1. Centro de Formaçao Profissional de São José dos Pinhais ....105<br />
5.2. Centro de Formacao Profissional de Campo Largo ...............107<br />
TERCEIRA PARTE<br />
III. Rra1i7açOe.s das Administraçöes Regionais do SENAI/PR.. ... Ill<br />
1. Aritecedentes Institucionais .......................................................111<br />
7 . Delegacia Regional dos Estados do Paraná e de Sta Catarina 117<br />
2.1. Ivo Cauduro Picoli e Flausino Mendes da Silva ....................117<br />
3. Departanien.to Regional .............................................................120<br />
3.1. Administraçao Heitor Stockier de Franca ..............................121<br />
3,2, A.dministraçao Lydio Paulo Betega ........................................124<br />
3.3. .Ad.ministração Mario de Mari ................................................ 128<br />
3.4. Aclministraçao Altavir Zaniolo ...............................................133<br />
3.5. Adrninistraçao Jorge Aloysio Weber .....................................136<br />
Q'JART.A PARTE<br />
IV, Fecho .......................................................................................145<br />
0 valor do SENAI .....................................................................145<br />
2. Formaçao Profissional: Educaçao, Ciência e Tecnologia<br />
aServiçodo Povo ..........................................................................145<br />
3. Referências Bihliograficas ........................................................151<br />
Antonio Theolindo Trevizan<br />
Nasceu em Almirante Tarnandaré - Parana', a 14 de fevereiro<br />
de 1916. Filho de Antonio Eduardo Trevizan e de Juvina de SiqueiIa<br />
Trevizan, comerciantes. Trabalhou na in'dñstria e no comérciO Fez o<br />
curso básico em escolas péblicas e no Colégio Novo Atheneu. Em' 1.940<br />
formou-se pela Escola de Professores de Curitiba. Em 1952 bacharelOu-<br />
se em Direito pela UFPR. Em 1955 frequentou o programa de tina-<br />
mento da O.I.T., na area de formação profissional e do attesâitato,<br />
administrado pelo Ministdrio do Trabaiho da Franca, nesse pals, Suiça<br />
e ltália; visitou estabelecimentos de ensino profissional na Alemanha e<br />
Bélgica. Em 1960 concluiu o Curso de Desenvolvimento de Cornunida-<br />
de, na Universidade da California, em Berkeley e visjtou estabeleci-<br />
mentos de ensino profissional nos Estados Unidos. Em 1965 participou<br />
de treinamento pedagógico em "Artes Industrials" no Coléglo da<br />
Universidade do Estado de Nova York, em Buffalo e visitou estabele-<br />
cimentos de ensino profissional nos Estados de Ohio e Kentucky - USA.<br />
Em 1986 visitou indóstrias de artesanato na China e na India.<br />
Foi Diretor e Professorda Escola Profissional Ferroviária Cel.<br />
Tibürcio Cavalcanti e do Colégio Liceu dos Campos, em Ponta Grossa.<br />
Diretor da Divisão Técnico-Administrativa do Servico Social Rural do<br />
Parana'; Chefe da Divisão de Ensino, Subdiretor, Diretor e Consultor<br />
Técnico do Departamnto Regional do SENAI do Paraná; Interventor do<br />
Departamento Regional do SENAI do' Estado do Rio de Janeiro;<br />
Professor do Curso de Legislaçao Sindical e do Trabaiho no Paraná;<br />
Coordenador Técnico do Programa Paranaense de Formacao de Mao-<br />
de-Obra, da Secretaria do Trabaiho e Assisténcia Social do Paraná;<br />
Coordenador Estadual do Programa Intensivo de Preparacao de Mao-<br />
de-Obra, Técnico em Assuntos Educacionais e Representante no Con-<br />
seiho Regional do SENAC!PR, do Ministdrio do Trabalho.<br />
Além de artigos, escreveu: "A Qualificação Profissional<br />
Dirigida a Populaçoes Urbanas de Baixa Renda" - SENAC/PR, 1982;<br />
"Servicos Federais de Formacao Profissional Não Formal - Crlticas e<br />
SugestOes" - Secretaria da Indñstria e Comércio do Paraná, 1985; "A<br />
Qualificacao Profissional Através da Empresa Pedagógica (lQ e 32 vs.)"<br />
- SENAC/PR, 1985; "Programas de Cursos de Formação Profissional"<br />
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SENAI/PR, 1993 e "A Filosofia do SENAI" - SENAI/PR, 1995.<br />
Durante o exercIcio profissional fol agraciado corn os seguintes<br />
tItulos: "Pioneiro na História do SENAI" - CNI, Rio de Janeiro,<br />
1982; "Colaborador Emérito do Exército" - Quartel General, Curitiba,<br />
982; "Oficial da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho" - T. S. T.,<br />
Brasilia, 1993 e placa comemorativa do cinqüentenário da instalaçao do<br />
SENAI no Paraná, "por relevantes serviços prestados ao ensino profis-<br />
•sinncd brasileiro" - Federaçao das Indüstrias e Departarnento Regional<br />
doSENA!, do Paraná, 1993.<br />
Aposentou-se em 1 9 de dezembro de 1994, corn 54 anos, 6<br />
meses e .25 dias de tempo de serviço contado pelo'INSS.<br />
Endereço: Rua Recife, 355<br />
Curitiba - Parana' - Brash<br />
CEP: 80035-110 - Fone:(041)252-1526<br />
Agradecimento<br />
Agradecemos ao Professor Orual Nernésio Boska, ex-Diretor<br />
de Formação Profissional do SENAI/PR, por sua valiosa colaboraçao.<br />
A.T.T.<br />
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10<br />
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Observaçao sobre o motivo<br />
desta publicação<br />
0 presente livro foi concebido para conter unia sIntese histórica<br />
dos cinquenta anos de existência do SENAI no Paraná. 0 original<br />
contém cerca de 260 páginas e está ilustrado corn 168 fotografias de<br />
edifIcios, oficinas, laboratórios, salas de aula, professores, instrutores,<br />
alunos em seus postos de trabaiho e de personalidades estaduais e<br />
nacionais. Já se encontrava escrito e composto em princIpios de 1993.<br />
Emjulho de 1995,0 C.F.P. do SENAI de Curitiba o tinha impresso tins<br />
seus 25%. Esperamos ver concluIda sua publicaçao no próximo ann,<br />
evitando, assim, que se perca 0 ánico documentário que, de forma<br />
organizada, retrata a projecao do SENAI no cenário de meio século do<br />
desenvolvimento privilegiado da história social e econômica do Paraná.<br />
Curitiba, dezembro de 1995.<br />
73<br />
ØV<br />
-V<br />
V •V -
Prefácio<br />
A intençao do livro-Album "SENAI PARANA 50 ANOS,<br />
corn abundância de fotografias de pessoas, paisagens e imagens de<br />
:realizaçOes e açOes do SENAI é a de pro jetar essa importante instituicão<br />
'educacional no cenário do progresso econômico, social e politico do<br />
Parana'. Por isso a sua primeira parte traça urn breve histórico do Estado.<br />
desde suas origens pre-colombianas ate a data em que o SENAT/PR<br />
ëOmemorou seu cinqüentenário. A segunda parte focaliza a estriiti,ra<br />
fIsica e funcional das escolas e demais órgaos operacionais do SENAL!<br />
PR. A terceira parte encerra urn retrospecto das principais realizacOes<br />
das administraçOes regionais representadas nas pessoas de seus Delegados<br />
e Presidentes do Conselho Regional. A quarta parte acrescentada<br />
neste volume, contém alguns comentários sobre o valor da Forrnaco<br />
Profissional e aspectos politicos. Como se sabe, a principal finalidnde<br />
do SENA! é a de organizar e administrar escolas de aprendizageni ern<br />
todo o pals.<br />
A sua filosofia, segundo se infere das "Diretorias do Conselho<br />
Nacional", em vigor ate 1993, era a de proporcionar educaçao integral,<br />
isto é, tédnica e humana, a jovens candidatos ao trabalho industrial, bern<br />
como a de proporcionar condiçOes.de aperfeicoamento social e profissional<br />
aos trabaihadores já engajados nos quadros do setor secundário<br />
da economia. De 1993 para cá, essa filosofia, por influéncia da coordenaçao<br />
central e de novas teorias administrativas, rnudou, não tendo<br />
ainda alcançado urn rumo definido, tanto no aspecto politico como<br />
metodológico. 0 certo e que hoje a instituicão precisa encontrar solucOes<br />
não so mais econômicas, mas de major aproximacão corn o mundo<br />
15
do Irahaiho que garantam a sua funçao social e sua continuidade. Para<br />
icsn 6 indispensivel contar corn seus técnicos e professores mais<br />
ped"nfrs.<br />
A ciiltura SENAJ acurnulada nos ültimos cinqUenta anos,<br />
•i ;ar de novas teorias endógenas ou exógenas, é a base de tudo. Nos<br />
it mpos atiiais. o trabalho tornou-se urn dos fatores mais importantes da<br />
'fIf!ania. fssa instituição educacional que, por razOes óbvias enfatiza<br />
I' "n1açn profissional, deverá manter suas caracterIsticas de pioneira<br />
'I' ifr das refornias educacionais que visam ao ajustamento do ensino<br />
I da tecnologia e da produçao em escala cada vez major.<br />
A. antecipação desta publicaçao corn apenas os textos do<br />
"hvro .-aIhl!m". ('uja edicao deverá ser conclulda pela escola de artes<br />
rfieas do Dpartamento Regional do SENAI, visa a sua divulgaçao<br />
ni Inpo opnrtiino e, de qualquer forma, assegurar a memória de urna<br />
I t III içn que vern prestando relevantes servlços de apoio a educaçao<br />
•. 'rescjniento industrial do Paraná.<br />
Curitiba, dezernbro de 1995.<br />
A.T.T.<br />
SENAI<br />
PARANA<br />
5OANOS<br />
"PARA QUEM VIAJA EM DIRE cÁO AO SOL E SEMPRE MADRU-<br />
GADA"<br />
"Pinheiro que tens no bojo<br />
Riquezas que a terra dá,<br />
Ta representas o arrojo<br />
Dopovo do Parana"'.<br />
(Helena Kolody, poeta paranaense)<br />
(Orlando Woczikosky, trovador paranaense)<br />
Aos servidores do SENAI do Paraná, de hoje e de ontem,<br />
rendernos rnerecida hornenageni por seus 50 anos de profIcuo trabaiho.<br />
If: IT'
SENA! Parana' 50 Anos<br />
PRIMEIRA PARTE<br />
Jo
PARANA<br />
Uma Unidade Histórica e Geográflca<br />
IndefectIvel<br />
Grandes acontecimentos como o descobrimento da America<br />
e do Brasil e a exploracao da costa ocidental africana, constituem marco<br />
indelével que, no final do século XV, assinala a passagem da Idacle<br />
Media para o Mundo Moderno. Os olhos do homem que, ate entäo,<br />
estiveram voltados quase so para o céu, baixam para a terra e o mar.<br />
Estudos cientIficos de geografia e navegação, promovidos e incentivados<br />
por Dom Henrique, filho do Rei de Portugal, D. João 1, através da<br />
Escola de Sagres, levariam os portugueses a estender os bracos da antiga<br />
Europa sobre o continente asiático, quase inacessIvel por caminhos<br />
terrestres, inóspitos e semeados de povos hostis, nao bastasse estar o mar<br />
Mediterrãneo infestado de corsários árabes. Bartolorneu Dias dobra o<br />
cabo da Boa Esperança, no extremo sul da Africa, abrindo passagem<br />
para o oceano Indico. Vasco da Gama descobre o caminho marItimo<br />
para as Indias. CristóvAo Colombo, navegando para o ocidente, aponta<br />
na America Central e Pedro Alvares Cabral, na costa oriental da<br />
Aniérica do Sul. Fernão de Magalhaes, em 1521, contorna a terra e<br />
chega as Filipinas. DaI por diante, espanhóis e portugueses singram os<br />
mares para, além da conquista de outros territórios, buscar ouro e prata,<br />
metais preciosos que, na época, engrandeciam as n'açöes As duas<br />
27<br />
4.<br />
* .<br />
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1,otncPas da peninsula Lbérica que se destacavam no domInio mundial,<br />
rirn tornar-se ainda maiores e mais poderosas. Nem tudo porém seria<br />
os bravos navegantes.<br />
Depois de vencerem as dificuldades de imensos oceanos<br />
ci;con.hecidos, ora calmos, ora furiosos, velas enfunadas, ao abrigo de<br />
ensea.das e balas, desembarcavam suas tripulacOes aguerridas, prontas<br />
enfrentar, seno duendes fantásticos, populaçöes silvIcolas arredias e<br />
desconfiadas muitas vezes hostis. Tudo isso, entretanto, seria, ainda,<br />
porn: n harrar-Ihes os passos corajosos, levantava-se a imensa e<br />
ag.reiiP Srra do Mar, coberta de florestas tropicais e, do outro lado do<br />
'"nineiite sul-arnericano, a áspera, quase intransponIvel e gelada<br />
dilheira dos Andes, além de numerosos e<br />
s' rdas ahert.as para o ãmago dos sertöes, constituiam-se, também, em<br />
c.veros obstcuIos a obstinada marcha para ermos misteriosos.<br />
No conieco do século XVI, a terra descoberta por Cabral era<br />
vi'itada pot naus portuguesas que vinham buscar pau-brasil, muito<br />
apreciado na Europa para a fabricacão de móveis e lavores diversos - por<br />
sua consisténcia e cor rósea. Os espanhóis, tatfib6tn, stirveftdo conhecirn'ntn<br />
ni Escola de Sagres, on mesrnO rivaliandternospbttugueses<br />
no ahrarnento de arrojados e competentes maiifthdiros 6,00rftaridantes<br />
navais. estenclerarn essa competicão aosgrnde' HnTetitO e, cotho<br />
evidente, A exploracao do litoral americarto. OTrat9'thsTordesi1has,<br />
firmado entre a Espanha e Portugal em 1494iOit o rnridiano que, de<br />
nrte a sni passava a 370 16gua do tabo , Vede,uaAftica e dividindo<br />
n:inndo em duas partes, deixava l sétiadivetgéfeias quantb ao limite<br />
que deveria assinalar. Os portugueses eit1pUrravm a linha imaginária<br />
para o C)cidente e os espanhdis devolviam-na para o Oriente.<br />
E verdade que esse Tratado arrefeceu os ãnimTs para a disputa<br />
armada, trazendo a grande vantagem de afastar oscontendtes, locali-<br />
.undn mis corn mais frequência, no lado ocidental e outros no lado<br />
"rintn1. Enquaiito os portugueses, corneçando coifr Martith Afonso de<br />
em 1530, huscavam explorar a costa brasileiralandocombate e<br />
fspUlSaUdO eventuais intrusos, os espaihóis penetravam pela embocadi'ra<br />
do rioda Prata e fundavam BuenosAires naArgentinaeAssunçãt,<br />
no Paraguai. Para os portugueses, o meridiano do Tratado das Tordesilhas<br />
passava pot Belém, no Pará e Laguna, em Santa Catarina; enquantO os<br />
22<br />
espanhóis afirmavam que o mesmo devia passar pelo mar, na costa de<br />
Paranaguá, de tal sorte que o ocidente do Paraná e o sul do Brasil Ihes<br />
pertenciarn.<br />
Martim Afonso de . Souza, nomeado pelo rei Dorn João Ill, no<br />
comando de chico naUs, fortemente armadas, trazendo, além de quinhentos<br />
tripulantes, soldados e colonos, sementes, mudas de plantas,<br />
ferramentas agrIcolas, cabecas de gado e outros materiais, - Iota<br />
incumbido de explorar e defender a nova terra, bern como de iniciar a<br />
sua colonizacão. Depois de expedicOes para o sul, que ambicionavam<br />
levar a posse portuguesa ate o rio da Prata, prudenternente resolveu<br />
fundar a vila de São Vicente. Nessa altura, para meihor garantir seus<br />
domInios, decidiu o rei de Portugal dividir o Brasil em Capitanias<br />
Hereditárias. Assirn, no sul, foram criadas as Capitanias de São Vicente,<br />
que Ia da barra de Parañaguá, para o norte, ate Bertioga, doada, em 1532,<br />
a Martim Afonso de Souza; e a de Sant'Ana, que ía da barra de<br />
Paranaguá, para o sul, ate onde, "legitimamente", alcancasse a posse<br />
portuguesa, doada, em 1535, a Pero Lopes de Souza.<br />
Interessante assinalar que Martim Afonso de Souza, quando<br />
no comando da frota real tinha apenas 30 abs de idade. Durante os 3<br />
anos que permaneceu no Brasil, alétfl de ter cimiprido corn a missão<br />
coloniadOra e ftthdgdo São Vicente e Piratininga, saneou a costa<br />
brasileira da preseñca de corsários e invasoreS. Coiiio fato notável os<br />
historiadores citam os aprisionamento de 4 embarcaçOes francesas,<br />
duas das quais anexou a sua esquadra: uma enviou a costa penambucana<br />
para reforcar sua defesa e a outra, pot razOes estrategicas, incendiou.<br />
A colonização paulista desenvolveu-se rapidaniente.<br />
Vicentistas, no final do século XVI, arrojavam-se aO sul para capturar<br />
Indios para o trablho escravo, a procura de minas de metais preciosos<br />
e de novas conquistas territoriais. Cómo a distância entre São Vicente,<br />
depois São Paulo, ate Paranaguá e dal ao planalto Curitibano fosse, na<br />
época, muito grande, levando a viagem de urn e meio a dois meses,<br />
muitos mineradores e bandeirantes foram levantando seus ranchos,<br />
localizados junto as minas, dando, assim, inIcio aoS pritheiros nücleos<br />
populacionais de Paranaguá e de Curitiba. A açao do g bañdeirantes,<br />
porém, não cessava. As Bandeiras organizadas em S. Paülocoiflpostas<br />
de portugueses e de seus descendentes, mamelucos e Indios preparados<br />
23
tara a guerra engrossavam suas fileiras corn parananguaras e curitibanos;<br />
oercorriam Ion gos caminhos para o ocidente, geralmente ja trilhados<br />
pelos .siivIcolas.,<br />
Os handeirantes usavam os próprios Indios para capturar<br />
outros ahorigenes como guerreiros nos combates as ReduçOes Jesulticas<br />
e contra as forcas militarizadas dos colonizadores espanhóis.<br />
A princIpio, o Indio escravizado e, pouco mais tarde o escravo<br />
airicano förarn .fatores importantes na colonizaçao e na implantaçao de<br />
lntitl!icoes portuguesas no sul do Brasil.<br />
Os conquistadores e colonizadores espanhóis, no século XVI<br />
o 1eçn do século XVII, vindos do Paraguai, avançarampara o leste,<br />
lindando numerosos nücleos populacionais. A partir do. rio Paraná,<br />
cnizavarn OS caminhos do Peabiru e o rio Piquiri, na . direçao do<br />
rio IvaI.<br />
Subiarn rilmo ao norte, contornando pela margern esq.uerda ' do rio<br />
Piq!Jiri. ate alcançarem, de volta, orio Paraná a.penetrarde novoemseus<br />
dr'mIniosji consolidados. Ao longo de uma larga faixa de terra semeada<br />
rh niicleos populacionais, fundaram "Ciudad Real" e "Vila Rica del<br />
Fspiritn Santo'. A primeira, na foz do rio Piquiri ea segunda, ao sul do<br />
I in FvaI.<br />
0 governo espanhol adotou o sisternade "encorniendas", uma<br />
spécie de concessão de terras pa .ra serern. .exploradas per nobres,<br />
"til izavarn n hraço do Indio para suas plantaço'es Op, mandioca e milho,<br />
vJ heita e beneficiamento de erva-mate parasrvendida aos mineradores<br />
de prata. descoberta no Cerro de Patosi,,n•as,proxirnidades do.rio, que<br />
pot esse niesmo motivo tornou.o nome de.Pratae que nada mais 6 d que<br />
a emhneadl!ra dos rios Parana' e Uru.guai no Atlântico.<br />
A expliiraçao dos Indios acirroulhes o ânin o hostil, levandoce<br />
re!-'darem contra o invasor de suasgenerosasterras. Tal rebeidia<br />
-p lininit )u de tal maneira queagitou emobilizou oscereade 200mil<br />
i ndgenas qrie - habitavam o ocide.nte do .atual estado do }araná, chegando<br />
a preocupar a monarquia espanhola.<br />
Felipe l.Ique, em 1560,•anexou Portugal Espanhapela força<br />
alegando direito hereditário em conseqüéncia de uniao matrimonial de<br />
nobre.s espanhóis, foi movido pelo ideal de unir sob uma so .coroa as<br />
naçOes cia peninsula Ibérica.<br />
A fini de acalmar os indIgenas, obteve a adesão da.Companhia<br />
24<br />
de Jesus (fundada por Santo macjo de Loyola) enviando a região<br />
conflagrada padres JesuItas. Esses, embora em pequeno nümero, aliayam<br />
a uma profunda fé católica grande competéncia poiitica,administrativa,<br />
tecnológica e pedagógica; cram administradoreS,pv@fessores,<br />
artesãos, agricultores, medicos e, sobretudo, padres e pastores. Em<br />
chegando a região, pacificaram os silvIcolas. Depois de organizá-los e<br />
garantir seu bem-estar, visando atingir o objetivo major que era o da<br />
evangelização, trataram de fixá-Ios em povoados on aldeias, de onde a<br />
expressão "Indios aldeados" on Reducoes. 0 sistema politico adotado<br />
pelos JesuItas confiava as chefias administrativas aos próprios Indios,<br />
sob a autoridade do cura.<br />
0 trabalho que desenvolveram foi tao eficiente que os Inidos<br />
não so se deixaram dirigir como prosperaram mais do que na vida livre<br />
de que gozavam no seio das florestas. Esse fato levou o rei Felipe III da<br />
Espanha a criar a provIncia do Guairá em 1608, a qual se estendia desde<br />
o rio Paranapanema, para o sul, ate o rio Iguaçu e do rio Tibaji, para o<br />
oeste ate o rio Parana', abrangendo mais de dois terços de todo o território<br />
hoje ocupado pelo Estado do Paraná. A adrninistração dos jesuItas corn<br />
seu sistema de "ReducOes", nao era bern vista pelos colonizadores<br />
espanhóis, por impedirem a escravização dos aborigines. Pot isso.<br />
quando atacadas, deviam defender-se por Si mesmas.<br />
Enquanto o governo espanhol, quer através do processo de<br />
colonização, quer através do sistema de Reduçöes jesuIticas tentava<br />
estender seus domInios para o leste, chegando mesmo, em certa ocasião,<br />
a ocupar S. Vicente, corn o objetivo de se fixar na costa atlântica,<br />
bandeirantes de S. Paulo. de Paranaguá on radicados no planalto<br />
curitibano, organizavam Bandeiras armadas que no século XVI, chefiadas<br />
por Jerônimo Leitão e noséculo XVII, pot Manuel Preto, Nicolau<br />
Barreto, Sebastião Preto, Lázaro da Costa, Fernão Paes e Raposo<br />
Tavares, davarn-Ihes duro combate Em 1629, era destruIda a empresa<br />
jesuItica do Guairá, corn o golpe final que Ihe fora desfechado por<br />
Antonio Raposo Tavares e Manuel Preto, comandando urna Bandeira<br />
composta de 69 paulistas, 900 mamelucos e 3.000 Indios..<br />
De modo que, se o estado do Paraná tern a configurar-Ihe o<br />
perfil geográfico rios rnilenares correndo de leste para oeste e do norte<br />
para o sul, compondo enormes bacias hidrográficasr que irrigarn ricas<br />
25
tcrras agriciilttirveis e amptos campos propIcios a criacão de gado -<br />
todo esse património não foi corisguido pôr , acaso: foi desbravado,<br />
e conquistado a dUras penas è a'è•USt•'a & inuitas'Vidas, pela<br />
'spad:.i e pelo bacamarte de bravos pau1it arfiangura urit:ibanos<br />
p'. no curso cia história, precederatti aöpaa hOje:<br />
Convérn acrescentar quo a uitiddh 5*a' geffia do<br />
P4ranA no se deve, apenas, a ma?hiak<br />
irevani mndios aldeados on não: a<br />
ane.xaço de Portugal pela<br />
do os poucos que sobraram para dO rio<br />
Ptranti. ou para além da bacia do rio Igiaçu Dtt deoüro<br />
qie ':iescohri tam, das rocas que plantararn 4 d ftif .iS'dOhsticos que<br />
rriararn: dos niananciais de água<br />
!idas: da etva .-mate poreles podad;<br />
ks caminhos por eles ahertos,<br />
i 'icos populacionais, a partir dos qual ërii •f dii!ta e a<br />
I)OSSC do território paranaense.<br />
Nesse tempo, bandeirantes pauli9&006dAfITidm qo litoral<br />
paranaense cacando Indios carijós para a<br />
fazadas P a prOC!!ra de ouro e prata.<br />
No seculo XVII, o litoral dO Pttpdpelos<br />
119Jjsts que af se radicaram. Bartlot1 fTbfálSi . Vicente,<br />
ips façanhas no Guairá, corn muihet, fif ho ë fsthiá ido<br />
pf ilneiro ase estabelecer na iiha do Cotittga:Ebiâftiográfico,<br />
i'"nco depois de formado foi transfrido as<br />
n1rgens do rio ttiberê, dando inIcio ao'<br />
lirimeiros povoadores remanescentes<br />
niente desceram para o sul em buscade<br />
"icranise juntar novos contingentes de brand-69 , I%4—rNMWd6 sravos<br />
e Inçfjos carijds aculturados.<br />
(Jabriel de Lara, como militar e bafid6tahtd" , de4aca,s6 na<br />
!idcranca da Capitania. que tinha como Casäis,<br />
"'i.ipnndo cargos importantes como o & Capftã6 it Pb'màdor<br />
!!'idOr:j40j. '.''i"<br />
De Paranaguá, grupos de<br />
nas, sobein a Serra do Mar e vérn explof'O ?iddptirn'eiro<br />
planalto. Como a travessia da serra do Mar fosse bastante penosa e as<br />
betas e catas de ouro nao eram de grande rendimento, foarn levantando<br />
seus ranchos e fixando-se próximos das minas pesquisadas e exploradas,<br />
dando inIcio ads prirneiros aglomerados habitäcionais. No começo<br />
viviam da canade-açücar, da caça, da pesca, dos anithais domésticos,<br />
das roças de rnilho e mandioca e do pouco gado que criavam; mercadorias<br />
essenciais como sal e fazendas para roupa vinham do Rio de Janeiro,<br />
de S. Paulo ou de Paranaguá e eram pagas corn ouro em pó.<br />
Bandeirantes paulistas em arrojadas aventuras na caca a<br />
carijós, tupis e guaranis; dando combate aos espanhóis que do Paraguai<br />
chegaram as cercanias de Ponta Grossa, ao passar pelos novos uticleos<br />
populacionais engrossavam suas tropas, na ida, deixavam novos habitantes<br />
na volta, contribuindo para o crescirnento econômico e demográfico<br />
da região.<br />
A 61tima metade do século XVII é especialmente dedicada<br />
consolidacao das conquistas dos bandeirantes e de expedicoes militates.<br />
Domingos Lopes Cascais parte de Caiacanga e, descendo o rio Iguacu<br />
chega aos saltos, onde hoje está Bituruna; EstéVão Ribeiro Baião e<br />
Francisco Lopesda Silva, partindo do Porto S. Bento, no Tibaji, chegam<br />
por terra ão' ho Ivale ttavegando pot este; atingem "Sete Quedas" no rio<br />
Paraná. De retorno, chegam au Igu'acu. Francisco Nunes Pereira explorou<br />
o rio Piquiri e subindo o tiO Paraná chêgou a foz do rio Tietê, em S<br />
Paulo; Bruno da Costa Filgueira, pattindo também de Caiacanga,<br />
desceu o Iguacu e chegou a foz do Potinga; Antonio Silveira Peixoto<br />
partindo ainda de Caiacanga, desce o Iguacu, indo sair nas "MissOes"<br />
espanholas; Cândido Xavier descobre os campos de Guarapuava<br />
Francisco Martins Lustosa, passando pelos rios Guaraüna, das Almas e<br />
Imbituva, vence a Serra da Esperanca e chega a periferia dos campos de<br />
Guarapuava; Afonso Botelho explora os campos de Guarapuava. Em<br />
1768 o governador Capitão General Dorn Luis Antonio autorizou a<br />
construcão de urna igreja em Registro de Curitiba, doando-the sesmari.a<br />
de urna ldgua quadrada para esse fim.<br />
Como fteguesia, Santo AntOnio da Lapa exite desde 1769.<br />
Ate '1820, quando Saint-Hilaire pecorreu O'Estado do Paran.<br />
vindo de S. Paulo potItararé, pàsandd pelos Campos Gerais e cheganclo<br />
a Paranaguá - Curitiba abrangiaquase tOdo o Estado do Paraná. Informa<br />
- 27
na lraduçao de David A. da Silva Carneiro, "4 1 Pane", relativa ao<br />
naJ Estado do Parana', de "Viagem no Interior do Brash" que: "A<br />
ornarca dc Curitiba é lirnitada ao noPe pelo rio Itararé; ao sul pelas<br />
pt'ovIncias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul;faleste pelo<br />
)ceano e pela provIncia de Santa Catarina. Ainda a oeste- seus lirnites<br />
n5o pareceni esta.r perfeitamente determinados". Nessaépoa o lndio<br />
C o escravo constituIam a mão-de-obra que servia desustentánulo ao<br />
r:lxniço das estruturas sociais; eram empregados-nalavoura, nos<br />
u ahal hos dornesticos, na mineracão, transporte de c-a•rgas cnstrução de<br />
rst!adas. nas fortificaçoes e como soldados na guerraQo]-tra outros<br />
indgenas.<br />
A medida que os aglomerados.<br />
V P r,q nagiiA e Curitiba, fosse por espIrito de aventutaud. novas<br />
l"ntun idades de prosperar. expandiam-se. Grupos de cuii.ii-anos, ja<br />
di (erenciados dos habitantes de Paranaguáe de80iauliitrapassarnos<br />
I irnites do pnirneiro planalto e vencendo a Serra deuIianvao<br />
estahelecer-se nos Campos Gerais. Al fundam fazencasepm agricultura<br />
de siihsitêncii e criação de gado. Algun.s maiS-arwjadeatultrapassam a<br />
.rra da Boa Esperança, chegando a Guar rdpi aPaImas<br />
liveIndia. Pat.o Branco e a Cascavel o<br />
!flhlicipifl 'Ic Toledo, numa verdadeira<br />
"rn (odios hostis e mil acidentes-geográfios nttifm toiher-<br />
-a ruarcha heróica, a urn tempo audaisa e.pathótic- qeconquis'<br />
tu ia dos habitantes pr&cabralinos .e dos esah asptras que hoje<br />
ifflegrani o ternitório do Parana' corno unidadehitórica! eTgeográfica<br />
iiidefectivel<br />
I-ri I i...<br />
. • f)J<br />
- ;o<br />
A notIcia da existência de grand:c rbaflhosde1 bovinos,<br />
rq( l inose muares do Sul e a inexisténCia de con1uflieacã poMer-ra corn<br />
os 'eptros consuniidores de S. Paulo Rio- deJanthrneMjn g Gerais<br />
iwaram o governadorde S. Paulo adetermitar -akestirade.uma estrada<br />
que partindo de Viamão, no Rio Grande do'Sul9 passSsp'elOs Campos<br />
(Terais e chegasse a Feira de Sorocaba. Essaestr€ia pisde3 anos<br />
dc aiduos trabaihos, foi concluIda em 1731.<br />
0 gado e a animalada foi deixada em abandono pelos colonizadores<br />
e bandeirantes que, corn a descoberta de grandes jazidas de onTo<br />
em Cuiabá e Guaitacazes, mudararn-se para essas regiOs dUrahte cerca<br />
de urn século, havia-se multiplicado atingindo grande ilailtidade.<br />
vigiadas apenas plas missOes dos Jesultas das margens do rib Uruguai,<br />
princhpalmente aquelas concentradas na reghao de "Vacaria da Serra".<br />
Esse fato levou os pacatos habitantes de Curitiba, Campos Gerais,<br />
Guarapuava e Palmas a se transformarem em ativos comefciantes,<br />
condutores de grandes manadas de muares, eqUinos e bovinos que<br />
vinham enriquecr-lhes as fazendas, ou eram objeto de venda lucrativa<br />
na grande Feira de Sorocaba, de onde outros comerciaPtes as levavam<br />
para serem negociadas em S. Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato<br />
Grosso.<br />
Corn a abentura da Estrada do Viamão, chegou ao Campos<br />
Gerais a pnimeira tropa de mais de duas mil cabecas de eavalos, éguas<br />
e mulas vindas do Rio Grande do Sul, tangidas porquase ilna centena<br />
de tropeiros, comerciantes, esctavos e camatths, coth destino a S.<br />
Paulo: Foi assirn que se inaugurP a fase do TrOpe-ilisffio no Paraná.<br />
Tropas de e ÜirtOs,' muares é bovinoä wiftfiriliariarn a yin do<br />
Rio GrandèdoSOJl, do-UtUguai eda Argentina<br />
Depidiftvetnadas dflrntecera de trés mesesPa região da<br />
Lapa on Campos Geraispara ge tecuetaremda longa caminhada, as<br />
tropas seguiam para a Feira de Sorocaba. Essecothdrciorescei.i ate a<br />
década de 1860, prornovendo a formacão e o crescimento de cidades,<br />
como Palmeira, Lapa, Ponta Grossa, Castro, Guarapuava e Palmas<br />
todas no caminho das tropas, invernadas e fazendas. 0 comérci.'<br />
tropeiro veio a declinar em conseqüência da construcão de estradas de<br />
ferro e de rodagern que passaram a substituir os anirnais no transporte<br />
de cargas. Saint-Hilaire, na parte referente ao Parana', refenindo-se a<br />
sociedade campeira, corn origem no tropeirisnlo, faz as seguintes<br />
observaçOes: "Os homens de todas as classes operárias, cultivadores.<br />
desde que tenharn algum dinheiro ganho, partem para. o Sul e comprarn<br />
mulas chucras e as vendem no seu Estado on levarn-nas ate Sorocaba<br />
Aproveitam-se as excelentes pastagens dos Campos Gerais para fazer<br />
invernar al as imensas tropas de mulas que vém do Rio Grande do Sul<br />
divididas em pontas de 500a 600 aninlais".<br />
I Q 20
Segundo "I-Listória do Paraná" deAltiva Pilati Baihana, Brasil<br />
Pinheiro Machado e Cecilia Maria Westphalen, 1 Q volume - o Paraná do<br />
SéCIdO X I X caracteriza-se pelas grandes propriedades, criaçao de gado,<br />
tropeirisnio. invernagem e pelo trabalho escravo de Indios e negros. As<br />
famfilas fazend.eiras vivem em suas terras e: detém. ."o poder politico<br />
r.ginnaI pnr mein de oligarquias parentais".<br />
A antiga Comarca de Curitiba - ouY Comarca d finalmente<br />
iwiiipacla de S. Paulo e elevada a categoria dePiovInciacom a posse<br />
sen primeiro presidente, Zacariasde Goes e Vascon€elos, em 19 de<br />
dezembro de 1853, em conseqüência da Lei n 2 704v .de29de agosto<br />
desse no, corn o norne de ProvIncia do Paraná, niantidososlimites da<br />
(omarca extinta. 0 nome de Curitiba é consewadoapenascomo nome<br />
da (Tapifal 1a nova ProvIncia.<br />
No sculo XIX a e'conomia de subsistn€ia do Paraná é<br />
"!J!da de atividades comerciais, tendo coino prneipaifatores de<br />
uda a exportaçâo de erva-mate e a compra e , jvondw de 1 animals,<br />
awcipalrnente de muares. A uti1iza4g5oexter1sivaade mão-de-obra<br />
u'ssas atividades deixava a ProvIncia dependente,da importação de<br />
urande, parte do que necessitava, de outras Provincia e mesmo do<br />
exterior. Apelos do governo provincial atraIrarn: imp:rtan.tesrecursos<br />
para a coristruçao de estradas de ferro e ofinanciamtnto.de'imigraçoes<br />
enropéjas. Os navios que chegavam carregadosaoporto deParanaguá<br />
necessitavarn regressar carregados para dirniiiuir os custosdos fretes.<br />
Em 1860 a populaçao da ProvIncia era cerea de 80.000<br />
hahilante.s. indicativo de urn consumo considerável para a época.<br />
A constrtição da Estrada da Graciosa em 1872, da Estrada de<br />
Prro ('i;rit.iba-Paranagua em 1885 e daEstrada dc Ferro S. Paulo-Rio<br />
rnde a partir de 1900, intensificararn o transporte de cargas, principalniente<br />
de made.ira.<br />
Ate o final do século XIX, o Brasil importava madeira dos<br />
Estados Unidos e paIses do mar Báitico. 0 uso depinho limitava-se a<br />
fabricaçäo de harricas para acondicionamento da erva-mate e de outros<br />
produtos. Entretanto, a partir da abertura de vias de comunicaçào para<br />
Pettc de Paranagu, iniciou-se a exportaçao de madeira para o Rio de<br />
Lnirn e. outros Estados, de preferência o pinho, que passou a ter<br />
'n .' IIires preços e a competir comas madeiras importadas.<br />
Corn a concessão de terras a companhias estrangeiras abriu-se<br />
também a exportação de toras pelo rio Paraná. 0 comércio de madei ra<br />
intensificou-se durante e após a Grande Guerra de 1914-1918.<br />
De 1880 a 1930, destaca-se a navegação do rio Iguaçu,<br />
iniciada pelo paranaense Coronel Amazonas de Aratijo Marcondes, no<br />
trecho Porto Amazonas-União da Vitória, corn barcos a vapor para o<br />
transporte de erva-mate e principalmente de madeira.<br />
Ao lado da longa história de conquistá e povoamento do<br />
Paraná merecem registro as imigraçOes europélas e asiáticas.<br />
Acorianos vierarn para Brasil, inclusive para o Paraná, no<br />
século XVIII. Urn século depois iniciava-se a imigracao de europeus. Já<br />
em 1808,0 Principe Regente Dom João baixava ato real permitindo que<br />
Os estrangeiros se tornassem proprietários de terras no Brasil. De 1.853<br />
em diante, o recebirnento de novos imigrantes no pals ficou a cargo dos<br />
governos provinciais. A partir daI, as centenas e milhares, irnigrantes<br />
poloneses, ucranianos, alemães, italianos, russos, sIrios, japoneses e dc<br />
outras nacionalidades ingressaram no Paraná. Essas imigracöes foram,<br />
em sua major parte, planejadas e financiadas pelo governo central e<br />
pelos governos provinciais on estaduais.<br />
Aquelas localizadas nas imediacOes de populosos centros<br />
urbanos foram as que mais prosperaram. Afeitos ao trabalho agrIcola e<br />
pecuário, nao so produziam para atender as próprias necessidades,<br />
como abasteciam vilas e cidades.<br />
Trouxeram consigo, além das técnicas agrárias, tecnologias<br />
avançadas da Revoluçao Industrial, tornaram-se agricultores, criadores,<br />
comerciantes e industriais.<br />
Fornentararn o desenvolvimento e a prosperidade do Paraná.<br />
Corn o advento da revoluçao liderada por Gettilio Vargas e as estradas<br />
já construIdas, o emprego do caminhão a partir de 1930 no transporte de<br />
cargas, faria as vezes da carroca e do barco a vapor na economia<br />
ervateira e madeireira, descortinando novos horizontes para a Sociedade<br />
Moderna.<br />
Intensifica-se a dispersao da Sociedade Campeira, latifundiaria<br />
e escravocrata. Os imigrantes, colonos de ontem, assumem a<br />
direçao dos empreendirnentos agropecuários e industriais; de carroceiros<br />
alugados passam a proprietários de caminhOes, sItios, granjas e fazen-<br />
I 3.1
d.. Da sociedade clássica herdam o amor pela terra, a coragem<br />
mpreendedora do tropeiro; alimentando corn suor e poupança a educaçii'<br />
de setis filhos, espIrito de sacrifIcio e religiao cristã, as raIzes<br />
histnrjcas do Paraná.<br />
ni<br />
Desde 1850, Frei Timotheo de Castel Novo cóth seus Indios<br />
aldeados de S. Pedro de Alcântara e S. Gerônimo daSefIà, próimos a<br />
fozdo Tibaji. já produziarn café para consumo própfiO. A terra e o clima<br />
erani favorveis.<br />
A partir de 1860 fazendeiros capitalistas otigirálios, em sua<br />
ttaioria, de Minas Gerais, penetram pelo curo superior ethédio do rio<br />
Ftirre, adquirindo grande g extensóes de t dhi 'O' e'rnprgo de<br />
tnnlogia paulista e expandern a cafeicu1tur or ddW"NôTté Veiho"<br />
ci'. Paraná.<br />
Nessa década teve início a formacaodas 86kkrfttk,6es urbaflas<br />
de Colônia Mineira, Tomazina, Santo Aflt6i6da?Mtii%; Wenceslau<br />
Rraz e Sn José da Boa Vista. Todavia, aptoduãb piiçaO de café<br />
rassaram a ter irnportância na ecônOffii p 1nse átr de 1924.<br />
Nesse ann foram exportadas 2952T<br />
Do Norte Veiho, a cUlturad •fé kd'sdè COrnélio<br />
rnOpio pelo Norte Novo, atingindo I iWthaidl;atéo rio hal, para,<br />
por tJti.mo, chegar ao Norte NOt'issimô, etflréOsñóIVale Piquiri. De<br />
crescendo em crescendo, o café tOnás'. Via inestra da economia<br />
parariaense. Em 1960 atinge a cifra de 20 rnilhöes desacas, rdpresentanrIn<br />
113 do volume mutidial e a n'ietade da prdducão brasileira. DaI por<br />
diante a produço de café - em parte dvidO' a polItica fiscal do governo<br />
ccniral, em parte, a competitividAdd esttangira que atlrnentou sua<br />
producao e passou a ofertar no mecado mundial café de meihor<br />
qualidade e a preços competitivos - comeou a declinar, ttdendo lugar<br />
a s prodi.itos de uma nova agricultura, diversificada e mecanizada, onde<br />
snbressaeni Os cereals e os grâos de sOja, näo so no Norte, Oeste e<br />
.Sndoeste.. mas de urn modo gerat em todo o Estado do Párañá. Mesmo<br />
assim, o café continua aserprodutoprivilegiado paraoëohsumo ihterno<br />
e na balança de exportacao.<br />
Durante a fase cafeeira, em todo o Norte surgiram cidades,<br />
hoje importantes, como Jacarezinho, Bandeirantes, Santo Antonio di<br />
Platina, Cornélio ProcOpio, Londrina, Rolândia, Arapongas, Apucarana.<br />
Maringá, ParanavaI e outras.<br />
Aconcentraçao de capitais oriundos da economia cafeeira,e.rn<br />
grande parte dependente do trabatho braçat, permitiu ao Paran a<br />
cimentaçao de bases sólidas Para a instalação ou expansão de parques<br />
industriais. Tornou possIveis grandes empreendimentos no setor<br />
agroindustrial, conio a edificacao de fábricas de laticInios, que chegarn<br />
a industrializar mais de 200 mil litros de leite, ou de frigorIficos que<br />
abatem e aprontam wais 250 mil ayes, 3 mil sulnos e 150 bovinos por<br />
dia, para serern consumidos no pals e exportados para todo o mundo.<br />
A partir de 1920, agricultores vindos do Rio Grande do Sul -<br />
principalmente de origern alemã e italiana - chegaram act Sudoeste e<br />
Oeste do Paraná encontrarani as terras livres, conquistadas por handelrantes<br />
paul istas e curitibanos; desbravadas e povoadas porguarapuavanos<br />
que se deslocararn para Clevelândia, Pato Branco, Cascavet e Toledo;<br />
inclusive resolvida a questão de limites corn a Argentina, a qual teve<br />
como árbitro o Presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland. No<br />
Noroeste, na década de 1920, graças a Companhia de Terras Norte do<br />
Paraná, originada de empreendedores ingleses, paulistas e paranaenses,<br />
chegaram colonizadores vindos de todos os recantos do pals e exterior,<br />
para se fundirem no amlgama da cultura e da história do Paraná.<br />
Corn o acesso dos teuto-Italo-gaüchos ao Sudoeste e Oeste do<br />
Paraná, uma nova onda povoadora viria incrementar o crescimento<br />
demográfico e econOmico do Estado. Assentaram-se, porém, sobre<br />
raIzes históricas e geograficas, já totalmente definidas e indefectIveis.<br />
A regiäo tornou-se, sem diivida, importante Para a econonhia<br />
paranaense, principalmente pela criação de sulnos, producão de cereais<br />
e o estabelecimento de novos complexos industrials - não fora ainda a<br />
presença, entre os novos paranaenses, de uma inabalável dedicaçäo an<br />
trabaiho e inquebrantável vontade de progredir.<br />
Facilitou sobremaneira 0 povoamento e o desenvolvimento<br />
do Norte, Sudoeste e Oeste do Paraná a administraçao encetada a partir<br />
de 1.932 pelo Interventor Manoel Ribas que revogou as concessOes<br />
abusivas de terras a falsos pretextos; apoiou e estirnulou a colonizaçao<br />
33
Iir,neta c ('Ill: construiu estradas importantes para a econornia paranaease,<br />
corno a do Cerne: arnpliou o cais do porto de Paranaguá; moralizou<br />
serviç piihlico e coihiu os desmandos e a corrupção polItica em seus<br />
anoq de governo.<br />
A populaqio do Paraná que em 1900 era de 327.136 habitanasca<br />
['ara 4.227.763 em 1960 e aproxirnadarnente 9 milhóes em<br />
2, alirnefflada pOt seu crescimento vegetativo e principalmente,<br />
'las correntes migratórias nacionais, européias e asiáticas que para cá<br />
'n ye riani desde 1930.<br />
A indüstria paranaense que, sdculos atrás, já se manifestava<br />
15 afivi(lades artesariais dos pimeiros colonizadorés e das ReducOes<br />
JeSIIItiCaS, cresce corn chegada dos imigrantes eütbjiërs e asiáticos<br />
cécnlo XVIll corn as dificuldades de itiipOttaã'o, provocadas<br />
'ela Prirne,a Grande Guerra e contando corn as teservás dà economia<br />
niac.Ieireira e sobretudo cafeeira. na década de 1960, corn o<br />
valioso apolo de organismos educacionais e propulsores do desenvol-<br />
" im. ecnio o Fundo de Desenvolvimento Eoi16ñiico F. D. E. e a<br />
nrupinhia Parinaense de Desenvolvi pito Eônômico -<br />
(() F.PAR. apresenta considerável progtsO.<br />
0 setor prinlário, corno major produtofagUtola per capita do<br />
J .c, contoll ainda corn o apoio técnicode orgagvéhYamentaisconio<br />
a Café do Paran. a Associaçao de Cr6dito e Msigt6ficia Rural -<br />
ACARPA e a COPASA, especial izadas ñä rodtIção e distribuiçao de<br />
semeittes. em extensäo rural, operaçOes c'feditic"iAs ê äri1azenagem de<br />
pro(lntcls agricolas - o que estimulou a aceléraãOdósnvOlvimentista,<br />
dim'ntada que fnj corn a abundância de energla 616trica.<br />
Por sua vez, a pecuria era sensivelMente melhorada corn a<br />
iirodiicio. pelo Governo do Estado, das tàiis Gir e Nelore nos<br />
ptanaenses. A Companhia Paranai1s6 dEttëia - COPEL<br />
onSiflhia novas usinas geradoras de energia eIéttià pra atnder a<br />
.rc'cenie denianda do desenvoivimento econóniicO nos stores prima-<br />
1-j (), seeiriidrio C terciJrio.<br />
W11 ipl icani-se lndüstrias como as de café iol6vel, agiornerad,s<br />
do mac:leira. fiaçao de aigodão. compuientes para a indüstria<br />
ci "nal de autonióveis e tratores, aço, óleos veetais brutos e refinados.<br />
trigorIlicos. eletrodomésticos, ferro fundido, fertilizantes granula-<br />
-1<br />
dos; produtos farmacêuticos, mecânicos, elétricos e outras.<br />
A partir de 1975, a indüstria passa a ter major valor relativo na<br />
geraçäo da renda interna do Estado. De 1970 em diante, numerosos<br />
parques industriais aparecem on se expandem, como os da Cidade<br />
Industrial de Curitiba, de Londrina, de Maringá. de Ponta Grossa, de<br />
Cascavel, de Toledo, de Marechal Candido Rondon e outros. Urn<br />
sistema interligado de energia elétrica, corn urna producao instalada<br />
superior a 14 milhöes de KW, operada pela COPEL, Centrais Elétricas<br />
do Sul do Brasil - Eletrosul e Itaipu Binacional - estirnula o desenvolvirnento<br />
industrial paranaese. Alémdisso, o Estado passa a contar corn<br />
eficientes sistemas de telecomunicaçOes, rodoviário, ferroviário, terminal<br />
marItimo e redes de armazenamento; de água e esgoto, bancária,<br />
cornercial e outros recursos próprios de urna adequada e forte infraestrutura<br />
voltada para o desenvolvimento econômico. lndüstrias mecânicas,<br />
quImicas, elétricas, eletrônicas, cerâmicas (loucas e azulejos),<br />
frigorIficos; de apareihos elétricos, de telecornunicaçOes; de celulose e<br />
papel e de alimentos, empregando tecnologia de ponta - concorrem corn<br />
as de igual género do Primeiro Mundo.<br />
E ainda da major irnportãncia para a sustentação de todo esse<br />
complexo desenvolvimentista urn amplo e adequado sisterna educacional<br />
integrado por inñmeras escolas del Inguas estrangeiras, estabelecimentos<br />
de ensino de 1 e 2 gratis, oficiais e particulares, capazes de<br />
atender a toda a demanda educacional nesses nIveis, dezenas de escolas<br />
técnicas, industriais, comerciais e de rnagistério, püblicas e privadas;<br />
pela Universidade Federal do Paraná, pela Pontificia Universidade<br />
Católica do Paraná, 4 Universidades Estaduais e 43 Faculdades isola.-<br />
4as; pela rede de ensino profissional do SENA!, corn quinze Centros de<br />
Formaçâo Profissional, duas escolas técnicas - saneamento e celulose e<br />
papel - e trinta Unidades Móveis de Formaçao Profissional, pela rede de<br />
ensino comercial do SENAC corn Centros de Desenvolvirnento Profissional<br />
e Unidades Móveis.<br />
Finairnente, aI está urn breve relato do que foi, é e seth o Estado<br />
do Paraná que, como Unidade PolItica da Repüblica Federativa do<br />
Brash, pela bravura e sacrifIcio de seus pioneiros, pela capacidade<br />
produtiva de seus filhos - nativos on nao - por suas raIzes históricas e<br />
geográficas; pela versatilidade e harmonia de seu ambiente telérico;<br />
35
pela aspiraçäo hiimana de nIveis de vida cada vez mais felizes - é e<br />
se.r empre, no sen todo, indivisIvel.<br />
SENAI PARANA 50 ANOS<br />
SEGUNDA PARTE<br />
37
Orgãos e Unidades Operacionais<br />
do Departamento Regional do SENA!<br />
do Parana'<br />
A parte Os acontecirnentos que através do tempo marcaram as<br />
açöes dos organizadores. administradores e chefes do SENAI no Estado<br />
do Paraná, a história dos "Orgaos e Unidades Operacionais" retrala as<br />
caracterIsticas consolidadas da Entidade nos ültimos dois quartéis desfe<br />
século. Eis por que, a seguir, passaremos a relatar os fatos que deixaram<br />
niarcas indeléveis na trajetória da existência de cada urn, desd i'ii<br />
inIcio ate Os dias de hoje. Fixos e Móveis, Orgãos e Unidades Opraci<br />
onais a segur analisados, atingern meia centena, cobrindo todo o<br />
território paranaense.<br />
1. CENTROS DE FORMAçAO PROFISSIONAL<br />
1.1 - C.F.P. de Curitiba<br />
0 Centro de Forrnacão Profissional de Curitiba está situado a<br />
Rua Chile. 1678, em Curitiba. capital do Estado do Paran. cidacle<br />
cosmopolita, cidade de Cecilia Maria Westphalen, Helena Kolody.<br />
Apolo Tahorda Franca e Orlando Woczikosky. EleVada a condico d<br />
0
Vili em 1693. ascendeu a Cidade pela Lei n 9 5, de 1842, da ProvIncia<br />
deSão Paulo. Em 1854, corn a emancipaçao polItica do Paraná, foi<br />
esrnlhida para capital do Estado. Seu prinleiro prefeito foi José Borges<br />
de M'cedci. Lirnita-see corn os municIpios de Campo Largo, Almirante<br />
ramaiidar, Colombo, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandirituba e<br />
.\rattjrj. Entre setis intimeros Bairros destacam-se: Vista Alegre,<br />
[ilrzinho. AhtI, Boa Vista, Bacacheri, Capão da lmbtiia, Cajuru, Vila<br />
I latter. Portão. Agua Verde, Batel e Nossa Senhora das Mercés.<br />
A populaçao atual vai aléni de 1,6 milhOes, na grande maioria<br />
perencenIes i religião católica.<br />
(Tidade universitária; abriga duas Universidades e dezenas de<br />
Ci,rsos Stiperiores.<br />
Sen universo industrial engloba 4.514 empresas do Setor<br />
)ecundino. Além clealimehtos, háproducao,desdelapisateimplementos<br />
eletrcliiicos. tanto Para consumo interno como Para exportação.<br />
A receita municipal Para este exercIcio é de Cr$<br />
4 5.(00 000.00000 (seiscentos e oitenta e cinco bilhOes de cruzeiros)<br />
fli,, aproxirnadamente, 98 milhOes de dólares..<br />
Posstij urn dos meihores sistems de transporte coletivo do<br />
nititido. Arvores, jardins, praças e parques, oferecrn 52m2 de area<br />
verde para cada curitibano. Nos tiltimos cinqUertaanos distinguiram-se<br />
na adrninistraçao municipal os prefeitos: Dr Rozaldo G. de Mello<br />
I.fitan (1940-1943), Dr. Erasto Gaertner (1951'-1953), Major Ney<br />
Anl!nthas de Barros Braga (1954-1958), Gal. Ibréde Mattos (1958-<br />
062), Eng' Ivo Arzua Pereira (1962-1967), EPg Omar Sabbag (1967l°71.<br />
Fng Saul Raiz (1975-1979), Dr. MaurIcioRoseljndo Fruet<br />
I'M 4- 1986) e o Arquiteto Jaime Lerner corn trés mandatos(1971-1975,<br />
1979-1983 7 1989-1993). Os sobrenomes indicam a versatilidade das<br />
etnias: portuguesa, alemã, italiana, árabe e outrasii<br />
Além de.ssas. poloneses, ucranianos, russos, japoneses, chineses,<br />
coreanos, suiços, franceses, espanhóis, sW.-ameticanos, imigrantes<br />
vinrins ile todas as regities do pals; indIgenas, africanos, portugueses -<br />
ftmdni-se no cadinho da formaçao étnica de seu povo e na cultura<br />
1trai1adnse Para se integrarem na comunidade nacional,<br />
Corria o anode 1943. A industrializaçao incipiente do Parana'<br />
;iuda näo havia motivado a criação de urna "Federaçao das Indtistrias",<br />
condição necessária Para a existéncia de tim Departamento Regional di<br />
SENA!, autônomo. 0 mesmo fato se repetia em Santa Catarina. Por es<br />
razãolo Conseiho Nacional do SENAI, pela resolucao n° 1, de 10/02/<br />
1943, criou a "Delegacia Regional do Paraná e Santa Catarina" corn<br />
sede em Curitiba. Instalada por seu 1 9 Delegado, Ivo Cauduro Picolli,<br />
()Q, 05 -infcio as atividades naigião,a 12demarçode 1943. Ivo Picolli.<br />
diligentee operoso, procura meios para i niciar as atividades operacionais.<br />
Firmou aordo corn a Escola Técnica Federal de Curitiba e instaloit os<br />
! primeiros Cursos de Formacão e Aperfeiçoamento. Juntamente corn as<br />
instalaçOesda Escola, fornecia material didático, ferramentase rnatéria•<br />
)<br />
prima Para a - aprendizagernder.ecâiiica e niarcenaria.<br />
Os "Cursos de Trabalhadores Menores" que consistiam<br />
complementacao do vigente "Curso Primário" foram instalados na<br />
Academia de Comércio Dr. De Plácido e Silva.<br />
Assim é que o SENAI/PR deve o inIcio de suas atividades a<br />
colaboraçao dessas duas personalidades do ensino técnico: Laiirn<br />
Wilhelm, Diretor da Escola Técnica Federal de Curitiba que expanditi<br />
e criou as bases Para que o atual Centro Federal de Educaçao Tecnológica<br />
- CEFET, se tornasse urn dos mais eficientes e famosos do pals na<br />
preparacao de técnicos e tecnólogos Para o setor secundário; e De.<br />
Plácido e Silva, grande jurista, pioneiro do ensino técnico Para o setor<br />
terciário da economia paranaense, Diretor da Escola Técnica de Cornercio<br />
e precursor da atual Faculdade de Administracão de Empresas -<br />
FADEPS.<br />
Cornoa . Escola Técnica Federal, sornente . pudesse ceder<br />
espaços no perIodo noturno e as administracOes de tais estabelecimenlos<br />
de ensino perseguissern objetivos e regimes diversos daqueles<br />
herdadospJpNAl do Centro Ferroviãrio do Ensino e Se.lecn<br />
Profissional, da Estrada de Ferrro Sorocabana, de S. Paulo, o segundo<br />
Delegado Regional do SENAI, na Região do Paraná e Santa Catarina,<br />
Flausino Mendes da Silva - que além de "Ajudante" da Divisão de<br />
Locomocao da Rede de Viaçao Paraná - Santa Catarina, havia dirigido<br />
o "Serviço de Ensino e Orientaçao Profissional" dessa Entidade - corn<br />
apoio do primeiro Chefe da Divisão de Ensino da Delegacia, Aiitônio<br />
Theolindo Trevizan, houve por bern encerrar os acordos existentes e<br />
instaIaia primeira Escola de Aprendizagem. SENAI do Paraná. em<br />
47
uriti ba. no ano de 1944.<br />
Essa Escola de Aprendizagem, hoje denorninada Centro de<br />
tirrnaçâo Profissional de Curitiba, tSye suas oficinas demecânica<br />
geral, solda, rnarcenaria e eletricidade ita1adasem pavilhao alugado.<br />
na Alameda Princesa Isabel n 2 359, o'eWsino de cultura geral era<br />
ministrado em casa locada a Rua Riac!14001 Oseuprimeiro Diretor foi<br />
o Professor Osvaldo Raimundo, cuja fomao pedagogica e invulgar<br />
idea lismo de eclucador imprimiram aos pritn6itbs estabelecimentos de<br />
ensino do SENAI cxcepcional cunho edueac!on-al digno de inspirar,<br />
aipda hoje. Chefes e Diretores de "órgães e.Unidades Operacionais" de<br />
tdo o Sisterna de Formaçao Profissional.<br />
o Professor Osvaldo Raimundo.eiitrvistado pelo atual Direor<br />
do C.F.P., Prof. Luis Carlos Schittini, asithe tnáhifestou: "Durante<br />
a fae eni que exercemos o cargo de DiretbrdEà1tIe Aprendizagem<br />
SENAI de Curitiba demos nfase Para qUe ocatgodocehte despertasse<br />
nos ahI!nos 0 amor pela profissao, fazendo corn que Os professores<br />
tivessern vivéncja nas drias areas de teoria e pMt'ida, popatreditarmos na<br />
nidade da Ciéncia. Incentivamos a presençado'Professor nas oficinas<br />
e. dn Instrutor nas salas de aula, atraVdsdëreuh•jOes edagogicas"<br />
(IQUfl<br />
o C.F.P. de Curitiba foi construldefn'i948 e começou a<br />
funcionar soh a direção do Prof. Osvaldo .Rait1tthdo;atixiliado pelo<br />
hefe da Divisäo de Ensino, Antonio Chefe<br />
da Sec ,-to de Seleçao e Orientaçâo Profissional, AntOnio Weinhardt, os<br />
quais agiarn sob a sábia e inteligente Direç5o4D1egado.e posteriormente<br />
Diretordo Depa.rtarnento Regional doS-ENAIdParaná, Flausino<br />
Menries da Silva. Várias vezes ampliado eeftha1bconta hoje coni<br />
702 pnsoc de trahalho permanerites e auxiliaes .€n rOficinas, laboratói<br />
ioc C calas de atila destinados as areas ocuacoiiais demecânica geral,<br />
ierramentaria, rnecãnica de autornóveis, thëâika de 'niotbcicleta,<br />
iJda. panificacao. refrigeraçao ear cond .icionadO,é'letrieidade e artres<br />
graficas<br />
No ano passado absorveu 1.557matiiculäs nas modalidades<br />
de formaço profissional: aprendizagem, quaiifiMçao e aperfeicoa-<br />
,m'ut, des!inadas ajovens e adultos. Ate hoje pasavà•rpela.Direçâo do<br />
(1.F.P, além de Osvaldo Raimundo, Lauro Ribas Linhares, Alulzio<br />
12<br />
Plombom, César Gornes Pessoa, fndio Corrêa, Milton Otto de Audrack<br />
e Martim José Jadyr Pereira.<br />
Entre os Instrutores, nierecem honrosa mencão por slia<br />
excepcinal vocação pedagógica:<br />
- Afonso Shinzcl: ajustador, montador, caldeireiro, ftinileirn,<br />
chefe das oficinas e mais tarde assistente técnico do Departarnent"<br />
Regional. Introduziu no ensino a construção de peças, apareihos e<br />
máquinas industriais como complementacao das series nietódicas de<br />
aprendizagem; colaborou na estruturacão do Curso de Afiacäo ne<br />
Serras, o primeiro no pals; compôs o livro didático "Tabelas. Cálculos<br />
e Traçados", ainda hoje utilizado.<br />
- João Romano Canalli e Joâo Sobzak: Instrutores dos Cursis<br />
de Marcenaria.<br />
- Edgard Germano Oertel e Kurt Reile: Instrutores dos Cursos<br />
de Tornearia Mecânica.<br />
- Bernardo Gemim: Instrutor do Corso de Serraiheria.<br />
- Mardeval Fornarolli, Evaldo Jacheski, Lourival Koch e<br />
Rissieres Massolin: Instrutores dos Cursos de Artes Gráficas.<br />
- Orlando Rubens Mohr: Instrutor do Corso de Eletricidade<br />
Sens Chefes de Oficinas, além do grande pioneiro Afnncn<br />
Shinzel, foram os competentes técnicos: AntOnio Hamilton Migliorn,<br />
José Leonardi, Milton Otto de Andrade e o atual, Jaime Rudnik<br />
O C.F.P. de Curitiba atualmente é administrado pelo expe i i -<br />
ente e dinâmico Diretor Luis Carlos Schittini que tern corno auxiliat<br />
imediato o Assistente de Direçao Prof. Jairo Renato Nascimento.<br />
Pronunciamento do Prof. Luis Carlos Schittini:<br />
"Durante Os 23 anos de serviços prestados ao SENAL, exer<br />
cendo diversos cargos na area adniinistrativa, procuramos sernpre<br />
dedicar-nos ao máximo ao exercIcio de nossas funçOes. Deve.mos,<br />
entretanto, confessar que melhor nos identificamos corn as a.tnais<br />
funcOes de Diretor do C.F.P. de Curitiba".<br />
A Unidade. Operacional, em eplgrafe, envereda agora pa ra<br />
era da informática. Está preparada para enfrentar os desafios futuros cia
capa(i taçao técnica, especialmente ao nIvel de qualificaçao, dar seu<br />
eficicrite apolo ao notável progresso tecnológico que caracteriza a<br />
modernizaçao clas empresas industrials do Parana' e continuar assim a<br />
pmmover o ajustamento dos jovens as cirdunstãncias sociais e econônilcac<br />
cia vida moderna.<br />
1.2 - C.F.P. de Londrina<br />
A histOria de Londrina tern inicio em 1924. A convite do<br />
geverno bracileiro chegou ao norte do Paraná uma Cornissãô de capitalistac<br />
ingleses chefiados por Lord Simon Lvat, eecthlitáem agriculbra<br />
P refinreslamento. Constatada a qualidâde do s016,áduiriu do<br />
gov'rno do Paraná 500 mil alqueite e éWifta'dOéhtre os rios<br />
Tihai, JvaIe Paranapanema, corn apoio da Syndicate,<br />
de Loiidre.Apos o fracasso do primeiro prOjéto, fi ctiIà em Londres<br />
i Par aná Plantations, tendo como subsiditi btasifrãórnpanhua de<br />
Torras Norte do Paran6 corn a finalidade do P thbvâoibniaçao da<br />
re jj n C o mo sede fundaram o prirnefd 1o6p?ifjonai corn o<br />
norne de Loncirini.<br />
Em 1929 iniciaram a demär rurais a<br />
preç1s acessIveis e facilitados. Já naquek uiIMaráth eficientes<br />
tntodos de comerciahzaçao, corn ttánsôrW gtth!b facilidade de<br />
acesso e a eficaz posse da terra, planejatan!i é d ebiram a major<br />
corrente rnigratória de todos os ponto do pI g.' Ma Thior stiesso a<br />
Para na Plantation .Limitada criou a Companhia Feiroviária São Paulo-<br />
[")raiia rnncfrljjpdo o ramal ferroviário que dà antiga São Paulo-Rio<br />
(irandeninio a oeste chegon ate tarde em<br />
•'\pucaral)a. a Estrada de Ferro Central do Paràná.<br />
A partir de 1944 a Conipanhia de 1ertas Norte do Paraná<br />
passou ail controle de brasileiros. Entre seus priniitos Diretorés destacam-se<br />
Erasmo T. Assunçao e Joäo Domingues Satiipaio.<br />
Londrina tornou-se municIpio a 3 de de thbTo de .1934, pelo<br />
Dc,eto assina.do pelo entAo Interventor Manôel Rbs 0 ku primeiro<br />
prefeito foi Jo<strong>aqui</strong>ni Vicente de Castro. Em 21 de jâiéiro de 1938<br />
integia o Poder Judiciário, na Categoria de Comaca. 0 municIpio d<br />
44 1<br />
formado pelo Distrito Sede e os Distritos de Tamarana. Lerrovili,<br />
Warta, Ireré, Paiquerê, Maravilha, São Luis e Guaravera. Limita-se corn<br />
Os municIpios de Cambé, Sertanópotis, Ibiporã, Assal, S. Jerônirno di<br />
Serra, Ortigueira, Marilãndia do Sul, Apucarana e Arapongac.<br />
Está a 576 m acirna do nIvel do mar. Tern clinia quente n.<br />
verão e ameno no inverno. Capital da lavoura cefeeira, nessa economia<br />
atinge a hegemonia nacional na década de cinqUenta.<br />
Além da expansão agrIcola e peduária, passou a industrial izarse<br />
nas (iltimas ddcadas, a partir do beneficiamento de cereais, das<br />
oleaginosas, da solubilidade do café edo leite procedente de mais lr I<br />
mil vacas ordenhadas.<br />
0 nümero de estabelecimentos do setor secundário passa dc<br />
1500 empregando mais de 13 mil trabaihadores. Destacam-se as indiistrias<br />
mecânicas, metaltirgicas, do mobiliário, de produtos alimentIcins,<br />
do vestuário, calcadista, artefatos de tecidos e constnição civil.<br />
Depois de ter feito parte da região do Guair, palco di<br />
Reptiblica Cristã dos JesuItas formada por Indios aldeaclos depoic qn.'<br />
os espanhóis acoçados pelos valentes bandeirantes paulistac lriw<br />
expulsos para além das barrancas do rio Paraná, no século X\ Ill, as<br />
terras roxas do Norte do Paraná - scm Indios para prear, scm ininas LIL<br />
ouro e prata - permaneceram praticamente esquecidas ate a colon izaça i<br />
pela Companhia de Terras Norte do Paraná. Hoje a região sedia o<br />
segundo major polo de desenvolvimento do Estado e a maior cidade d1<br />
Sul do Brasil depois das capitais, corn poputacão superior a meio mil ho<br />
de habitantes.<br />
Foi esta cidade pioneira escoihida para sede de uma cias diiac<br />
primeiras Escolas de Aprendizagem que a Delegacia Regional dii<br />
SENAI do Paraná e Santa Catarina construiu em território paranaense.<br />
0 terreno em que se encontra o C.F.P. de Londrina ioi cloach<br />
pela Companhia de Terras Norte do Parana', por escritura ptibhca de IX<br />
de agosto de 1944, firmada da parte do SENAL pelo Delegado ReginaI<br />
Eng Flausino Mendes da Silva e por parte da Companhia, pot sell<br />
Diretor, Arthur Hug Miller Thomas, ou simplesmente Mister Thomas.<br />
Iniciada em 1947 e concluIda em 1950 a Escola de Aprendizagem<br />
de Londrina, hoje C.F.P. - conta atualmente corn formaço<br />
profissional nas areas ocupacionais de mecânica geral. eletricidade,
mecãnica de ailtornoveis, rnecânica diesel, costura industrial e manutenco<br />
de eql!ipamentos agrIcofas,<br />
A capacidade do C.F.P. é de 642 postos de trabaiho permanenaoxiliares,<br />
iristalados em oficinas, laboratórios e salas de aula.<br />
No tiltimo ano a matrIcula de alunos no C.F.P. em Cursos de<br />
Apreucfizagem. qual ificação profissional, aperfeicoamento e treinanientn<br />
de su.Ipervisores atingiu urn total de 3.754 alunos, sendo 407<br />
nwnores (af.rPtid!zes) e 3.347 adultos. Findo esse ano, constatou-se a<br />
eodusn (i f, 169 aiunos nos Cursos de Aprendizagem e 3.047 alunos<br />
fnrrnadc nac atividades de qualificaçao e treinaniento.<br />
De 1950 a 1991 passaram pelo C.F.P. de Londrina 78.186<br />
fin's, Es a contribuiçao do SENAL para o desenvolvimento econômieo<br />
iii pioneira região de Londrina.<br />
Desde o inIcio diriglram, o C.F.P., corn competéncia e ideaos<br />
E)iretores: Normando Camargo da Silva, Orual Nernézio<br />
flocka e o atnal. Altivo Pedroso de Oliveira que tern como Assistente o<br />
Professor Warley Okano.<br />
1.3 - C. F.P. de Ponta Grossa<br />
Ponta (Jrossa nasce após longa história de trés sédulos de<br />
" III, In i7qc5n paranaense, acima da Serra do Mar. Ate o século XVfH,<br />
(irtiha ahran gia urn imenso território que do rio Paranapanerna, para<br />
ciif. exfrndi ..se ate os confins dos campos de Palmas; e de leste para<br />
atérn do prirneiro planalto, por toda a regiao do Guairá, que<br />
nici3va 03 niargern esquerda do Tibaji eterminava nas barrancas do rio<br />
Paran<br />
orno as cornunicaçöes da Cotônia cram feitas por mar, a<br />
\racti(liu) d3 (Tapitania de São Vicente e depois São Paulo, relegaram o<br />
infto a tins poticos aventureiros europeus e as exdursOes das aguer-<br />
' d Bancleiras Paulistas, na sua major parte constitneidasde portuguec<br />
setis descericlentes, mamelucos e Indios que aIse estabeleciam corn<br />
lav(uras e criaçâo de gado on sacudiam o sertäo preando Indios e<br />
niscando mi nas de ouro e prata. Não havia carninhos para o sul, ate que<br />
(aide ira Pirnentel. governador de São Paulo, sahedor da grande quan-<br />
tidade de gado selvagem, equinos e muares existentes nas pradarias do<br />
Rio Grande, Uruguai e Argentina perseverou naihiciativa de const ruin<br />
uma estrada ligando aqueias paragens a importantes ceétro$ comercia.is<br />
como era, na época, a Feira de Sorocaba.<br />
Apesar da oposicão dosiesuItas das MisSó'esdb tiöUruguai,<br />
que previam grave ameaca a "Vacaria da Serra"; dos habitant dns<br />
Campos Gerais que se preocupavarn corn a possIvel baixa dO'preço de<br />
sen gado e dos curitibanos que temiam a elcvaçao de impostos pata fazer<br />
face as despesas corn a construçao da estrada, essa era injciada em 1728<br />
ja. em 1731, apontava nos campos do segundo planalto paranaense,<br />
tropa de cavalos, éguas, burros e mulas, corn mais de 2 mil cabeças<br />
tangida por cerca de 80 tropei.ros.<br />
Daf para a frente tornaram-se frequentes ditas tropas, forma<br />
das principalmente de equinos e muares, compostas de várias ponfac:<br />
cada ponta compunha-se de 500 a 600 animais. 0 anode 1731 marcci ()<br />
inicio do tropeirismo no Paraná, que se prolonga ate fins do século XIX<br />
corn o advento das estradas de ferro e de rodagem. 0 gado grosso vindo<br />
sul, após trés on mais meses de viagern, cansava e emagrecia. Por esse<br />
motivo era invernado por outros tantos meses nos Campos Gerais. antes<br />
de continuar para Sorocaba. Essas paradas contrjhuIram para a formacäo<br />
de nücleos populacionais. Entre esses tern início o de Estref a. qile<br />
foi a primeira denominaçao de Ponta Grossa, fundada em 1812. Pela I ci<br />
Provincial n Q 34, de 7 de abril de 1855 foi elevada a categoria dc<br />
municIpio corn território desrnernbrado de Castro, instaládo a 6 de<br />
dezembrd do mesmo ano. A 24 de marco de 1862 foi elevada a categoria<br />
de cidade. Em 1871 passou a denominar-se Pitangui, retornando a. Ponta<br />
Grossa no ano seguinte. E sede de Coniarca Judiciária desde .1876.<br />
Saint-Hilaire em sua "Viagem ao Interior do Brash". em 1820,<br />
na "4 Parte" referente ao Paraná, traduzida por David Carneirô, assirn<br />
descreve os Campos Gerais: "Descobrem-se irnensas pastagens, capOes<br />
de mato onde domina a ütil e majetosa araucária, estão semeados <strong>aqui</strong><br />
e ali, nos vales contrastam por sua coloração escura corn o verde<br />
agradável da relva".<br />
Nessa época, a principal preocupação dos fazendeirOs era a<br />
criação de gado, utilizando o trahalho do escravo africano.<br />
Esses fazendeiros quando reuniarn aiglim dinheiro dirigiam-.
ao Rio Grande do Sul de onde regressavam tangendo tropas de<br />
hn;jn05 eqilinos e. nivares para povoar seus pastos e cornerciA-las na<br />
I- e!r de o rocaha. corn outros tantos trope iros que se encarregavarn de<br />
'I I nos mercados de S, Paulo, Rio e Minas, onde o gaclo vacuni<br />
,isupiido como alimento e o eqüino e muar utilizado corno rneio<br />
tJ W5pr te Entre Os primeirosmoradoresde Ponta Grossa, Faissal. Elem<br />
"História do Parana', IV volume cita: Domingos Teixeira<br />
bo, Renedito Mariano Ferreira Ribas, Antonio da Rocha Carvalhaes,<br />
I inios Ferreira Pinto e Miguel da Rocha Carvalhaes.<br />
r'.i0 civismo de sen povo e beleza das paisagens, Ponta<br />
(pc1 fni congnominada "Capital Civica do ParanA" e é conhecida<br />
1 ,1111h6m omo "Princesa dos Campos".<br />
ror sua posicão estratégica unindo os pontos cardeais do<br />
Estado e liganclo São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -<br />
to, no se. a partir da Estrada do Viamäo, o major entrorica.rnenfo<br />
I". ot rmxjri(-) do Sul.<br />
A Pém clas fazendas de gado de corte e leiteiro, de ovinos,<br />
'Piiflo e pmdutos agrIcolas, Ponta Grossa possui urna das principals<br />
ttraces in dust rjajs do Estado, rival izando com Lon drina, MaringA<br />
'ai:c avel.<br />
Scu uriiverso, nesse setor, espelha 52 empresas de extraçAo<br />
mineral, 724 de transformaçao e 163 de construção civil, destacando-se<br />
a I iTIer:1ço dc l alco, as inchustrias metal rgicaseos maiorescomplexo.s<br />
he11 ; cianento dc grãos da America do Sul.<br />
Na Area do ens mo abriga uma das principais Universiclades do<br />
Fds !Irsos TCcnicos para os trôs setores da economia, tima rcde de<br />
I. ' c alje j ecirne,itos de ensino de 1q e 22 graus capazes de atencler A<br />
dc!uanda de toda stia populaçào. Em sua sede localiza-se urn dos<br />
'uaiorec "( entros de Formaçao Profissional" do SENAI no Estado do<br />
P; I m it<br />
A popu!aço attual é de cerca de 234 mil habitantes, dos quals<br />
' I mi l '' 'n'entram-se na sede municipal.<br />
i imita-se corn os municIpios de Campo Largo, Ipiranga,<br />
1ieira S' ares, Palmeira, Tibaji e Castro.<br />
'9<br />
As atividade.s de formaçao profissional do SENAI, em Ponta<br />
rossa ciii inIcjo, ainda, em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial.<br />
A auséncia de importacóes e a intensidade da demanda de produtos<br />
minerals e da indt'istria de transformacAo, aquecia considerave.lmenfr<br />
esse setor em todo o Brasil, passando a exigir, a cada dia, urn major<br />
nLirnero de trahaihadores qualificados. Cursos organizados pela S5o<br />
de Ensino do SENA!, sob a orientação do professor Antonio Theolindo<br />
Trevizan que alCm de curso pedagOgico, havia adquirido experiéncia<br />
em formacAo profissional. através de treinamentos real izaclos juntu no<br />
Centro Ferroviário de Ensino e Selecão Profissional, da Estracla. de<br />
Ferro Sorocabana. em São Paulo e cot-no "Professor Chefe' (Diretor) da<br />
Escola. Profissional Ferroviária Ccl. Tibórc.io Cavalcanti - no 61timn<br />
quartel desse ano, atingiram 78 matrIculas. Para coordenar, de,-mlnhar<br />
as funcOes de supervisor o treinar cis "Instrutores" clas incP(' j'i<br />
foi aclmitido o técnico em rnecânica Arinaldo Lucy Lobo. A prl.<br />
prática era realizada nas prOprias enipresas sob a orientaçAo dc nm<br />
mestre, contrarnestre ou ate de urn trahaihador qualificado, treinadu<br />
pelo supervisor do SENAI. As aulas teóricas dos Cursos de Apreri.cl iza<br />
gemde OfIcio e de Complementacão Educacional cram rninistradas om<br />
escolas püblicas on particulares, cedidas on alugadas.<br />
0 aurnento da demanda em cursos deAprendizagern dc 01 i<br />
_(cp) e de Aperfeiçoamento em niecãnica e rnobiliário, le\'ol.' a<br />
, lr<br />
Delegacia Regional a admitir, Além do pioneiro Arinaldo L. Goblu,<br />
inümeros tCcnicos e professores para rninistrarernulas nos perlodu<br />
diurno e noturrio.<br />
Para os Cursos de Aperfeiçoamento noturnos, para adultos,<br />
cram contratados instrutores da Escola Profissional FerroviAria ('RI<br />
Tibiircio Cavalcanti, em virtude de sna experiéncia no emprego 'Pi<br />
metodologia do ensino técnico, emque foram treinados e orientacloa jyr<br />
competentes técnicos de formaçao profissional do Centro Ferruvi:ii<br />
de Ensino e SeleçAo Profissional da Estrada de Ferro Sorocabana,<br />
conveniada corn a Rede de Viaçao ParanA-Santa Catarina e responsAvel<br />
pela instalaçao e pela introdução do prirneiro programa de forrnacn<br />
profissional racional no Estado do ParanA.<br />
Durante a primeira década da presenca do SENAT em Ponli<br />
GEOSSa, destacarani.-se por sua competéncia e dedicacao A faina pedar<br />
gica da Forrnacao Profissiot al dejovens e aduiltos o professor i\Si nah<br />
Lucy Gohho, clesde o inIcio envolvido corn atividades dc instrufto.
e Gerente de Treinamento; os Professores: Raul Machado,<br />
Udpnr Zan otti. LIdia Kubiak, Milcirede Franco, Orual Nemézio Boska<br />
-cuicos: Eugénio Alves, LuIs Lourenço, Marcos Tozetto, José<br />
it tot Ceregato, Dario de Oliveira, Angelo Kochmann, Wilson Tozetto<br />
J'seFdsori Roche.<br />
As atividades do SENAI no Paraná, corno em todo o pals<br />
roretizcram-se no princípio, através do uso provisório de imóveis,<br />
l000dn q m s cediclos.<br />
An mesmo tempo eram estabelecidos pianos para a constn,çc<br />
dc uina ott mais "Escolas de Aprendizagem". Desde 1944 estava<br />
pre: ista a construção de trés Escolas nos principais pólos industriais do<br />
l-st,cin. ( uritiha, Lonclrina e Ponta Grossa, como consta dos re!atórios<br />
d) I )irecio Regional. A demora na construcão desta ültima foi devido<br />
promesca de a prefeitura local doar o tçrreno, o que não aconteceu.<br />
Peunindo recursos financeiros próprios, o SENAI adquiriu o<br />
l'i 1 -no drs Srs. Dorningos Tozetto e Remo Moro, no hairro Vila Estrela,<br />
ui&.'leo populacionai que deu inlcio a forrnaçao do municIpio de Ponta<br />
A construção do atual C.F.P. foi realizada pela Adrninistracao<br />
i'eunt1tmentn Regional do SENAI que contratou a firma de mo-dea<br />
ii,i Senhor Anton Burger que inclusive desempenhou as funçOes de<br />
\•te'tr' dc ()bra, torna.ndo-se digno das meihores referéncias por sua<br />
( nieItnt'ia c honradez.<br />
Ale o firn da construção, a água era fornecida em caminhöesprefeitura,<br />
na gestao de José Hoffmann. Terminada a construe<br />
SENAI enfrentava duas dificuldades: falta d'água e falta de<br />
r ursos para instalaçao de máquinas e equipamentos. Em meados de<br />
196 t, (5 j rnais noticiaram a presença, no Hotel Iguaçu (hoje Bourbon)<br />
dc I'epre eutaiites do Comité Intergovernamental para as MigraçOes<br />
Ftropéias (CIME) e do Ministério de RelaçOes Exteriores do Brasil,<br />
'n') 1 4hietivo dc obter colaboraçao do Governo do Paraná para instalar<br />
iritiha urn "Centro de Treinamento" para adaptaçao profissional<br />
de tral'alhaclores qualific.ados em mecânica e eletricidade, vindos cia<br />
lnripci.<br />
Conic) era sabiclo que o Governo do Paraná não contava corn<br />
iiisalaçOes nern experiéncia na area da qualificação profissional, o<br />
Diretor do Departamento Regional procurou a Comissão e ofereceii<br />
"Centro de Forrnacão Profissional" próprio para os objetivos do C'JM[<br />
recém-construIdo na cidade de Ponta Grossa e que aguardava recursos<br />
financeiros para a instalaçao e funcionamento. Pordecisão do representante<br />
do Itamarati. Conseiheiro Tarcfsio, no dia seguinte a Comissn<br />
dirigiu-se a Ponta Grossa acompanhada do Diretor Regional. Visitando<br />
o prédio, ficou impressionacla corn a construcão e area destiiiada a<br />
esportes. Em seguida, corn a assisténcia direta do Diretor do Departamento<br />
Naciorial do SENAI, Paulo Afonso Horta Novaes, várias rewi<br />
Oes culminararn corn a assinatura de Convênio entre o Departarnento<br />
Regional e oCIME visando instalar e manter urn "Centro de Treinarnento<br />
e Adaptacäo Profissional corn internato. em Ponta Grossa destirnich<br />
a adaptacao profissional de imigrantes. profissionalmente Ia qualifirados<br />
e a formar trabaihadores brasileiros do interior do Estad o, pm<br />
mecânica e eletricidade. Pouco depois o Convénio foi aditado par<br />
construcão e instalacão de urn' poco artesiano, corn cisterna e<br />
d'água para abastecer o Centro.<br />
Recebidos os recursos do Convénio, o prédio foi rapidarnente<br />
adaptado para alojar os treinandos estrangeiros e brasileiros. lnaug"rado<br />
a 8 de marco de 1965 pelo Presidente da Federacao das Ii dtistrias do<br />
Paraná, Lydio Paulo Bettega, servidores do SENAI do Parariá edo Dep.<br />
Nacional, autoridades e representantes do Itamarati e do CIME, tornc''<br />
o nome de "Centro de Treinamento e Adaptacao Profissional Fiati.sini<br />
Mendes" em hornenagem ao competente e Inclito Diretor Regiona.! do<br />
SENAI falecido antes da conclusão do edificlo.<br />
Na reuniAo do Conseiho Nacional do SENAI em Florianópo<br />
us, o representante do Amazonas opunha-se tenazrnente a aprovaço do<br />
ConvCnjo firmado corn o CIME, por considerá-lo born dernais para nio<br />
ser "marmelada".<br />
Alérn de Aprendizagem. Qualificacao, Aperfeiçoarnento e<br />
Treinamento Profissinais na area de rnecânica geral, eletricidade. mecânica<br />
de automóveis, rnecânica de motores diesel, serralheria, solda e<br />
marcenaria - o Centro real iza a "Aprendizagem de Menores no Próprio<br />
Emprego", corn base em acordos especificos ajustados entre o SErIAl<br />
e as induistrias interessadas.<br />
0 primeiro Coordenador (Diretor) do Centro de Treinametito
AIaptaç Profissional Flausino Mendes(CTAP) foi o Prof. Arinald.o<br />
III v hIo. si,hstituIcio depois pelo Prof. Sérgio Karnide. Atuairnente<br />
exot u es(' cargo o Prof. Julio César Ingenchki.<br />
() prirneiro Chefe de Oficina foi o Técnico Alceu Dechaticit.<br />
No ultimo arm, o C.F.P. efetuou 396 matrIculas de menorcs<br />
A t r Th 1IZt'S) e I .672 de adultos (formacao, aperfeicoaniento e treina-<br />
() espaço frsico abriga 455 postos de trabaiho permanente e<br />
em oficinas, laboratórios e salas de aula.<br />
() desenvolvirnento acelerado da Indiistria, das Corni.rnicacñes<br />
e Ira usportes apresenta novos desafios para os quais técnicos do<br />
e da Administracao do Departamento Regional do SENAI vern<br />
s preparando. A instalaq5o de novos Iaboratórios de eletrOnica e<br />
nf,rm4tica. além de incentivo a expansao do Treinarnento Operacional<br />
nas próprias empresas atestam a preocupaço da Adrnin.isi<br />
'içii Regional do SENAI corn a modernizacão e continua atualizacio<br />
i (J.A.F'. de Ponta Grossa.<br />
1.4 - C. F. P. de Maringá<br />
!iista!ada a Delegacia Regional do SENAI do Paraiiá e Santa<br />
'r !ia ( I 2 dc marco de 1943), o Delegado e Engenheiro Ivo Cauduro<br />
Fi l i prociu:oti tomar conhecimen.to de situacOes corn ilderes industriais<br />
c auloridades püblicas. Tentou, simultaneamente, em acordo corn a<br />
l3seula Féciiica Federal, darinIcio as acöes do SENA! nadirecâo de seus<br />
I'jefives e consolidacao da novel instituicão. A partir do inIcio do<br />
ultimo qI.!arirnestre de 1943.já corn idéias mais claras, assessorado por<br />
siis ;inxiliares iniediatos como o medico Dr. Antonio Ferreira Pimpâo<br />
e Oq Pmfessnre.s AntOnio Theolindo Trevizan e AntOnio Weinhard.t,<br />
pacson a preoctipar-se corn a instalacao de Escolas de Aprendizagem.,<br />
prirneiio em prédios locados e a seguirem prédios próprios, aclequados<br />
?j5 dive'as inodalidades de cursos de forrnaçao profissional que obedesetii<br />
a metodos racionais de ensino, conforme experiéncias que<br />
inhani sendo realizadas corn sucesso pot Roberto Mange, na prepara-<br />
Ic nin-de.-obra qualificada para a Estrada de Ferro Sorocabana, em<br />
S<br />
Conforme Relatório de 1944, na gestão do Eng 2 Flansiim<br />
Mendes da Silva fol prograrnada a construção das Escolas de Curitiha.<br />
Ponta Grossa e Londrina por apresentareni, na ocasião, os trés principais<br />
pólos de desenvolvirnento industrial do Estado do Paraná. Executado<br />
esse programa, já na administracão do Departarnento Regional segiJin<br />
te, tendo em vista a expansão de outros pOlos de desenvoIvin,ent<br />
industrial no Estado, foi programada a construção de Centro. ,; d<br />
Forrnacão Profissional: em Paranaguá, Telérnaco Borba e Maringá, o<br />
que aconteceu ate o final do terceiro trimestre de 1972.<br />
No que se refere ao C.F.P. de Maringá, urn fato inusitad<br />
aconteceu. Os Centros de Curitiba, Londrina. Ponta Grossa e Parananii 4<br />
e mais o treinarnento de supervisores absorviarn quase inteiniment p a<br />
receitado Departarnento Regional do SENAI. Nadpoca, o Ministri' d0<br />
Educação estava empenhado nurn prograrna de educaçäo técnica<br />
seria desenvolvido por unia rede de "Ginásios Industriais". 0 niunieIpi'<br />
de Maringá foi tim dos contemplados corn os recursos do MEC. Graca<br />
a competCncia e lisura de seus prefeitos, no início de 19700 helo e hoip<br />
edificado edifIcio que iria abrigar o "Ginsio Industrial" estava pronto.<br />
para receber instalaçOes e equipamentos para o seu funcionaniento.<br />
Entretanto, dificuldades de ordeni tdcnica e administrativa levarani<br />
então prefeito Dr. Adriano Jose' Valente a procurar o Departame.ntn<br />
Regional do SE.NAI para obter apoio técnic.o-pedagOgico e finance<br />
para a instalaçäo e mantitencão do novo estahelecimento de eusi<br />
tCcnico. For ocasião da visita do Dr. Adriano José Valente ao C.F.P. de<br />
Curitiba, quando teve oportunidade de observar suas oficinas e denials<br />
instalaçOes em pleno funcionamento, o Diretor do Departamento Reg i -<br />
onal teve a idéia de ]he propor que o prédio do Ginásio Industrial<br />
Maringá fosse doado ao SENAI para ser all instalado e operado plo<br />
SENA! urn novo Centro de Formaçao Profissional corn metodoIo<br />
própria.<br />
A seguir, o Diretor do SENAl em companhia de técnkos<br />
visitou o prédio do "Ginásio" constatando a necessiade deadaptaçao das<br />
instalaçOes elCtricas e hidráulicas e ampliacao da area das oficinas hem<br />
como dos vãos de iluniinacâo ditirna. Realiza.do o projeto de adpataco<br />
das referidas instalaçOes - aumento do vão das janelas e amp!iac n do<br />
espaco das oficinas destinadas a forrnação profissional das 4re
•' I II" ' irniais de niecânica geral, mecânica de automóveis e eletricidacle<br />
" )I on I nento das clespesas previstas foi levado a apreciacão do Prefeito<br />
I II \li:iani José Valente. Como contraproposta o S.ENAJ recebeu a<br />
lade cessäo do prédio, em comodato, porvinte anos e a contribuicão<br />
municipal da rnäo-de-obra para as ampliacães previstas no projeto. A<br />
princta. aprovada pelo Conseiho Regional do SENAI, foi aceita e em<br />
ri' rn'ses o C.F.P. estava em condiçóes de funcionamento.<br />
A 14 de rnaio de 1.970 foi inaugurado, iniciando as atividad.e.s<br />
I d n1ho do mesmo ano.<br />
Decorriclos 13 anos, como houvesse interesse da indistria<br />
local na formacäo profissional em novas areas ocupacionais, para duja<br />
c(r!secucao revelava-se a necessidade da construcão de novo pavilhão,<br />
. NAT/PR nianteve entendimentos corn o prefeito Dr. Said FelIcio<br />
Ff rreira para que o imóvel doado em comodato pela prefeitura ao<br />
cPTIA1 ihe fosse definitivamente transferido por doacão. A Câmara<br />
' h!'lir il autOrlZoU legal mente a concesso, concretizada por escritura<br />
ntihlj a.<br />
Hoje. o C.F.P. de Maringá encontra-se instalado e bern equinad'<br />
para proniover a formacão profissional em rnecânica geral, mecâni.'a<br />
iI autrrnóve.js e mecânica de motores diesel.<br />
Aidni dessas atividades atua, corn seus Agentes, dentro das<br />
p1l i pi ccas, 'las modalidades de Treinamento Operacional, de Supervisoe<br />
c uua Aprendizagern no Próprio Enuprego.<br />
No ano próxirno passado real izou 1276 rnatrIculas para Apren..<br />
dizagetn e Qualificacäo profissional de adultos; 2304 para treinameilto<br />
de Siipervisores e Aprendizagem no Próprio Emprego. As portas do<br />
C FR cnntinuarn abertas para enfrentar os novos desafios que a<br />
prcprdade dc Mari ngáe dos municIpiosvizinhos: Mari valva, Sarandi,<br />
P Mad alva.<br />
Iseu prirneiro Diretor foi o Prof. Ramiro Enocente que contou<br />
a cdaboracao dos Instrutores Yukio Massaki e Celso Antonio<br />
L. ii , ell e mais o apolo dos servidores DecrIsi.o Ferreira da Costae Jorge<br />
de Paula Carvaiho.<br />
(.) rnunicípio de Maringá fol desmembrado de Mandaguari<br />
pe)al .,ei n 790, de 14de novenibrode 1951. ElimitadopelosmunicIpios<br />
d' Mandauaçu. lgtiaraçu, Astorga, Marialva, Floresta, Sarandi e<br />
Paicandu.<br />
Sua populacão soma cerca. de 250 mil habitantes. E fril<br />
constatar que desde seus primórdios. em 1938,0 aumento populae.!nnaT<br />
foi acompanhado de crescimento econOmico e cultural, singulares nr'<br />
Estado do Paraná.<br />
A ótima quaidade das terras aliada ao dinamisnio dos<br />
imigrantres nordestinos, mineiros, paulistas, japoneses, portugueses.<br />
alemães, italianos e poloneses que traziam na alma a sede de progresso.<br />
inspirada no amor ao trabalho - criou em toda a região urn r1imR d.'<br />
prosperidade, harmonia e bem-estar social.<br />
Distante 420 km de Curitiba, a cidade-sede do municípi"<br />
pontifica entre as maiores cidades do nordeste paranaense e est6 entic<br />
as rnaiores cidade do sul brasileiro. A agricultura e a pecuária: canadt<br />
acücar, café, rnilho, algodão, gado. suInos eaves - aliadas a florescejute<br />
agroind(istria de óleos vegetais, têxteis, frigorIficos, curtii nies.<br />
beneficiamento de algodão, fios de seda, acücar, álcool, rac ñes para<br />
animais, bern como de milho, feijão, arroz, café e niandioca e nma<br />
indtistria de base: mecânica, metalurgia, eletricidade, mobiliário, arls<br />
gráficas, confeccOes, couro e calçados - dão a dimensão de seu nIvel<br />
econOmico.<br />
Tudo isso corn o apoio e o estImulo de urn eficiente sistema de<br />
ensino de l e 2 graus, coroados por urna das maiores universiddec<br />
paranaenses corn capacidade para 9 mil alunos. Para apoio ao desen"1<br />
viniento da indüstria, transporte e comunicacOes conta corn o C.F.P.<br />
SENAI que está apto a promover quali.ficacao e treinamento prouisi'<br />
nat dos trabaihadores, corn capacidade de 419 postos de traballu<br />
permanente e auxiliares, em oficinas, laboratórios e salas de aula.<br />
Como quase toda a região do Guairá, apes a exputsão dos<br />
jesuItas corn seus Indios aldeados, perrnaneceu quase esquecida durarile<br />
mais de dois séculos.<br />
Os empreendimentos da missão inglesa corn Lord T. ,n"af:<br />
consórcio entre a Paranã Plantation Limited de capital inglês, a Crimpa.<br />
nhia de Terras Norte do Paranáe a Companhia Ferroviária São Pank'<br />
Paraná que rurno a oeste vai de Ourinhos-SP a Cianorte,juntamente collu<br />
a Conupanhia Melhoraamentos Norte do Paraná - levararn aos confins<br />
do sertão paranaense, compreendido pelos rios Paranapanerna, Tibaii e
Ival q urn surto novo de progresso permitindo a formaçao do nücleo<br />
pip'i!aciniial que den origern ao municIpio de Maringa fixando o marco<br />
inicint de sua histórja nos idos de 1938.<br />
A Intel igente polItica aplicada.na colonizaçao das terras roxas<br />
vididus em Totes rurais de 1.5 a 30 alqueires corn frente para estradas<br />
' fiindn para os rios, além da sede de progresso dos imi.grantes -<br />
pirri1itram urn dos mais prósperos e equilibrados desenvolvimentos<br />
gvuiais do Brash.<br />
A cançäo "Maringá... Maringá" de Joubert de Carvaiho,<br />
uspirada.na 'aga dos retirantes n.ordestinos acoçados pela seca, de.u-lhe<br />
nonie. talvez porque, depois de tantas penas e sofrimentos merecessew<br />
g07ar da ferlilidade da terra, frescura das águas e carIcias de urn<br />
arrieno, como que Se tivessem chegado a uma nova "terra<br />
rine l ida" qiie ihes acenava de urn lado corn o árduo trabalho exigido<br />
deshravamento das densas florestas, mas de outro, corn a<br />
iperclade, a segurança, a paz e a felicidade para eles e seus descen-<br />
1.5 C.F.P. de Paranaguá<br />
Paranaguã, berço da conquista do Paraná.pelo homem branco,<br />
j;i Ii NicIeo, Vila e sede de Capitania. Nasçerna ilha do Cotinga. Dal<br />
li transferida para as margens do rio ltibeçé,. ji,eToCapitão-Povoador<br />
lriel de Lara, Corn o norne de Vila de NossaSenhora do Rosário de<br />
I 'aranagui, t'oi criada pe.lo Ouvidor Geral do.BrasilAntônio Raposo da<br />
Silv'.jra em 1648e instaladaa 9dejaneirode 1649..Em 1660foi elevada<br />
cateni-ia de Capitania. e incorporada a Capitania de São Paulo em<br />
1711: pein Lei Provincial de São Paulo n 2 5, de 5 de fevereiro de 1842<br />
i eva(I.k I condição de cidade.<br />
Gabriel de Lara, porseus feitos cornobandei ran teem inerador,<br />
uorneado pelo donatário da Capitania Marqiés d Cascais, seu lugarne!)te.<br />
Depo;s da elevaçao do pelourinho, sImbolo de organização e<br />
il"ica. (iahriel de Lara ascendeu ao posto deCapitão-Mor. Foi ele que<br />
levannti n peliurinho de Curitiba, em 1668. Foi Ouvidor da Capitania<br />
AIcijiIe-Mor,<br />
r<br />
Em seus prirnórdios, a economia.parananguara estava baseada<br />
na cata do ouro, apesar da oposição dos pau1ista&que viam no novo<br />
povoado urn concorrente de seu progresso conquistado.a duras penas e<br />
que tcmiani perder o controle real da produção ..desse metal..Qs prod.utos<br />
vindos de outras paragens eram pagos corn ouro<br />
Como urn dos prirneiros povoadores anterior, a-abriel de<br />
Lara, rnerece mencao o espanhol Bartolomeu Torales, que havi.a se<br />
defront?do corn os bandeirantes paulistas na fronteira corn o Paraguai.<br />
Quando em 1.632 os paulista destruIram Vila Rica, no Ival, corn outros<br />
espanhóis da regiao do Guairá, mudou-se para São Paulo.<br />
Em 1654 tern-se notIcia de sua presença em Paranaguã,<br />
dedicando-se corn sua muiher, filhos e escravos a nhineração de ouro.<br />
Devido a inexisténcia de caminhos por terra, as cornunicaçOes<br />
da Capitania corn o Sul eram feitas por mar, ate a construcão da estrada.<br />
em 1731, que passou a I igar Viarnão, no Rio Grande do Sul. a Sorocaba,<br />
em S. Paulo.<br />
Porto e do de ligação corn o primeiro planalto paranaense e o<br />
resto da costa, Paranaguá desenvolveu-se a frente de Curitiba. Em 1853.<br />
por ocasião da emancipação de São Paulo, Paranaguá tinha major<br />
populacao e major expressão econôrnica. Por ISSO pleiteara a condiço<br />
de capital da nova ProvIncia,não..o conseguindo por influéncia de sell<br />
prirneiro Presidente, Zacarias de Goes e Vasconcelos que se decidiu por<br />
Curitiba.<br />
Paranaguá lirnita corn os municIpios de Guaratuba, Morretes,<br />
Antonina, Guaraquecaba. Matinhos e o oceano Atlântico.<br />
A evolução da econornia parananguara passa por vãrios<br />
ciclos: do ouro, da erva-mate, da madeira, do café e o da diversificação,<br />
a partir de .1967.<br />
Sedia em sua magnIfica bala o terceiro major porto c a<br />
primeiro de grãos do Brasil.<br />
Estende sua area de 800 mil quilOrnetros. quadrados de<br />
influêncja aos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo,<br />
Mato Grosso do Sul e ao vizinho Paraguai.<br />
Além de armazéns de empresas privadas, possui mais dc 100<br />
mil metros quadrados para armazenamento modernarnente .equi pados.<br />
Sua capacidade de armazenaniento é de 1 milhãode toneladas de<br />
I 57
carla! cia Gaiheta que Ihe dá acesso e permanentemente<br />
ivizadn. corn .15 milhas de iercurso, 200m de largura e 1.2 a 37 pés<br />
cic i:rofundidade. Conta corn inéniros armaz6nsgeraisegraneleiros. 0<br />
p tn pssni 2. 106m de cais comercial e 494th de cais de inflarnáveis,<br />
nrwrando diariarnente 10 navios, eril media, eatre nacionais e estrangei-<br />
, ' c. () !eoclufo de Araucária transferdiretaiiiente combustIveis da<br />
ri1inara (ictrilio Vargas para o cai. Ab1ga ainda na area portuária<br />
cropresas de armazenarnento de cereais, industfializaçao de soja, bern<br />
ccni refinaria de óleo, margarina e óutros produtos; indiistrias de<br />
Irffliza,ites. de beneficiarnento de mdeirä, de pescado, fábrica de<br />
esfnlliiras nietuilicas, alCrn de modernas e dinârnicas empresas comer-<br />
0 Centro de FornacäoProfissiondParanaguaestaiocaii<br />
ne hairro dos Padres. Foj cot1sthjd6 M' j sa "lnd'istrja e<br />
1 'imrcioTaniandaré Ltda."dirigida pé!OE larro Olavo Muller, em<br />
i uo de 7.348ni2 doado pela prefeitura nagestão do Interventor Gal.<br />
Jo cia Silva Rchcllo, no exercIcio de 1968.<br />
A1Cn das salas de a.ula, espaço para se6retaria, Direçao e sala<br />
d irii rnn j c profissional conta corn oficinAs pata cacitaçao técnica<br />
rip (1O1r e adultos nas areas de i1 ântathl, mecãrnca de<br />
io n ' 1c cletricidade e reparação de corhatidosfetricos Sua capa-<br />
I1 tta! ahrange 204 postos de trabaiho, ethnentes e auxiliares.<br />
No mesmo terreno fol tambérn eonstruIda a residéncia do<br />
I.'ctor do C.F.P. 0 vice-presidente da Fedèthãó ths'Iiidtistrias do<br />
F'arani. empresario Nilo Ludovico Zàniér acOThphhtiä construçäo,<br />
Uiscalizacla oem Frig° do SENAI, Frederico 13rathlMIia, E importante<br />
nidnc,cnar qtle cia solenidade de inaugir ã6,'i?i'defdvereiro de<br />
1971 pailiciparaIII figtiras dc destaque patanaelisee haciOi I, como: Dr.<br />
c. Bchring de Ma!ios, Diretor Geral d hitut&tivaldo Lodi e<br />
epresentanle cia Confederação Nacional da Indsiria E .ng Mario Dc<br />
Marl e o industrial Nilo Ludovico Zanier, tesptWanierit presidente e<br />
"e cia Federaçao das lndtIstrias do Estado dc P ianá; Harro Olavo<br />
M'iir, dir'ior cia erupresa construtora do CntThig industrial Jost<br />
icgeI. conseiheiro do SENAL Gal. João cia Sil% elt1iO, lnterventor<br />
ci ' ) fl)!IJ1!CIpIO de Paranaguá; os professores AntOiiiOi&3ljndoTrevizan<br />
I..lIrival Sponhobz e Lauro Ribas Linhares, rsectivamente Diretor,<br />
Diretor Adjunto e Chefe da Divisão de Ensino do Departam.ento<br />
Regional do SENAI; os Diretores dos Centros de Formacao Profissional<br />
de Londrina, Maringá, Ponta Grossa e TelérnacO Bora, pela ordeni:<br />
Professores Normando Camargo da Silva, Ramiro Inocente, Arinaido<br />
Lucy Gobbo e Orual Neniésio Boska; Dr. Carlos Trevizan,Chefe do<br />
Servico Medico; o Prof. Mariano Rodrigues do Carmo, Chefe da<br />
Divisäo de Plaiiejamen to, EstatIstica e Controle e o Dr. SIlvio Maggioiii<br />
Jr.. Chefe cia Divisão de Administracao - todos do Departamenlo<br />
Regional do SENAI; a professora do C.F.P. de Curitiba, Sra. Dirce<br />
Werneck do Carmo; Eng g Denizar Zanello Miranda, Chefe do Setor de<br />
Desenvolvimento de Pessoal da Rede Ferroviária Federal S/A e o Prof.<br />
João Kravichychyn, prinleiro Diretor designado do Centro de Forniacão<br />
Profissional de Paranaguá.<br />
Desde 1 de juiho de 1986 dirige Fo veteranoda<br />
formaçäo profissional Professor Joao Batista da Silveira, tenclo como<br />
assistente o Prof. Josef Scheks.<br />
0 C.F.P. do SENAI de Paranaguá atua nas modalidades de<br />
Aprendizagem para jovens adolescentes, Aperfeiçoamento, Qualificacão<br />
e Treinamento Profissional para adultos.<br />
Além das atividades mencionadas, organiza e supervisiona a<br />
"Aprendizageni Metódica no Próprio Emprego", para urn nrnero<br />
ilimitado de aprendizes na faixa etária de 14 a 18 anos.<br />
No exercIcio passado reali.zou 481 matrIculas, corn nina<br />
eficiCncia de 355 alunos concluintes em Cursos de Aprendizageni,<br />
Qualificação e Treinamento Profissional.<br />
A complexidade tecnológica atual impöe novos desafios para<br />
os quais os dirigentes e técnicos do SENAI se prepararn corn deterniinacâo<br />
e ccrteza no futuro prornissor de Paranaguá.<br />
1.6 - C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba<br />
A partir da década de sessenta, Curitiba assume de forma<br />
definitivaa liderança no desenvolvimento social eeConôniico do Estado<br />
do Paraná. As excepcionais qualidades do solo e do clittiä do Estado<br />
contribuIram para que as atividades agropecuárias atingissern excelen-<br />
59
f".c nIvr is de prn d,jtvjdade. Além de proverem a subsisténcia do povo,<br />
YcFdere,s excedentes forani exportados para outros mercados inter-<br />
P para n exterior.<br />
(I<br />
declinio da corrida cafeeira, recursos financeiros acumulabc<br />
;liados a iihertaçao de braços provocada pelo uso de novas tecnoe<br />
pela mecafuzacao cia Iavoura, criaram clirna para a expansäo de<br />
iru IT es industrials an.tigos e o surgirnento de novos. No segundo lustre<br />
les;i de8i .1a, o prefeito de CuritibaJayrne Lerner, sensIvel as rnutaçöes<br />
do pan"tania socio-econOmjco do rnunicIpio; preocupado corn o cresmuJiio<br />
deniogrMico e a necesssidade de atrair novos capitais para<br />
estirneribos em aliviclades -geradoras de empregos; os lastros<br />
bz nvnlvime II I isfas gerados pela CODEPARCompanhja Paranaense<br />
senv 'Ivirnento Econôrnico; a experiente competéncia da URBS -<br />
de Curitiba S/A e o aumento cia produção de energia<br />
rllia (In COI'EL-Cornpanhia Paranaens deEnergia - contribuIrani<br />
p"ca a concepçã&, e concretizaçao do projto de criaçao cia "Cidade<br />
Indus p lab cle Curitiba". Local izada no sul dacidade, no vale do rio<br />
arigiii, passnu a integrar a constelaçao dos bairros da Capital parana-<br />
urna area de 43 rnilhOes de metros quadrados, dos quais<br />
'es destinados a indtistria, 13 rnilhOes a serviços habitaçoes e<br />
IP via ria e ,S niiljtOes de areas verdes.<br />
Hoje. 16 milbOes de metros quadrados estão ocupados por<br />
,ic k 300 in ( tjsfrias corno a FurukawaS/A, NeHol land (hôje FordwI<br />
To l land). Inepar S/A, Equitel S/A(a .primeifa erlipresa a adquirir<br />
'uo, em 4/9/1973), Volvo, Becton Dickinson .(exMetalnobrc Para-<br />
C unia ce.niena de outras de grande porte.<br />
que Ia na década dc sessenta Fiderava o Estado corn<br />
In bikThia k aglomeraclos de rnadeira, fiaçao de Juta e algodao, eniba-<br />
; ensIindiçao metalurgia, rnecânica, eletricidade, moagem de trigo,<br />
'n nluirs a l imenticjo.s ccrâmica, mobiliário e outtas, corn a Cidade<br />
auruenta a diversificaçao e produçao no setor sedundário da<br />
Sobretudo, o que Se destaca nesse fabulosoempreendirnento,<br />
governos municipal e estaduab somam esforços para torná-lo<br />
reabidade, é. o sentido eclético de sua concepção. Ali se encontram, num<br />
so complexo harmônico, incitIstrias, conjuntos habitacionais, escolas.<br />
creches, hospitais, clinicas médicas e odontológicas, centros de satide;<br />
restaurantes, hotéis, postos policiais, corpo de hombeiros, terminals de<br />
ônibus, agendas bancárias; a Escola Técnica de Saneamento e o Centro<br />
de Formaçao Profissional do SENAI; clubes, campos de espoites,<br />
mercados - tudo que uma Cidade Industrial necessita para proporcionar<br />
trabalho, sailde, educaçao e lazer.<br />
No municIpio lirnItrofe. Araucária, localiza-se importante<br />
polo petroquImico corn a refinaria Gettillo Vargos, a fábrica de fertilizantes<br />
e outras indiistrias subsidiárias do corn.plexo industrial.<br />
0 C.F.P. foi construIdo em terreno doado pela URBS. Esta<br />
equipado para atender as necessidades de capacitação de rnão-de-thra<br />
em nIvel de Aprendizagem, Quatificaçao, Aperfeiçoamento, Especial ização,<br />
GerCncia e Treinarnento para todos os gratis cia hiei.arquia<br />
técnica.<br />
Inicioti corn cursos nas areas ocupacionais de Mecãnica e<br />
Eletricidade sob a direçäo do Prof. Ito Vieira, hoje Diretor do Deparinmento<br />
Regional do SENAI do Paraná.<br />
A inauguração da nova Unidade Operacional aconteccu no<br />
dia 22 de setembro de 1976. Corn area construlda de 9.333ni2. além das<br />
salas de aula, abriga oficinas e lahoratórios para as areas ocupacionais<br />
de mecânica, eletricidade, eletrOnica e costura industrial. Além disso<br />
ministra treinamento profissional nas empresas, em todos os nIveis.<br />
parajovens e adultos e cursos de"Aprendizageni Metódica no PrOpri'<br />
Emprego" para adolescentes de 14 a 18 anos.<br />
Os Cursos e Treinamentos para menores funcionam durante<br />
o dia e para adultos são diurnos e noturnos. De 1976 para ca passarani<br />
mais de 38 mil trabalhadores por seus Cursos e Treinamentos.<br />
As instalaçOe.s abrangem 800 postos de trabalho pernianentes<br />
e auxiliares, em oficinas, laboratórios e salas de atila. No exercIcio<br />
anterior, o C.F.P. da C1C niatriculou 3.814 alunos, alcançando a<br />
eficiCncia de 3.144 concluintes.<br />
O C.F.P. em tela vem desempenhando papel de fundamental<br />
importância na corisolidação e expansão do principal parque industrial<br />
do Paraná.<br />
0 atual Diretor do Centro e o Prof. Luis Fernando Troch mann,<br />
61
que tern coino Assistenie o Prof. LuIs Andreoli Silva e corno coordenadr<br />
dos cursos noturpos o técnico LuIs Ferro.<br />
Localizado no principal centro tecnológico do Estado, os<br />
is do presenle e do futuro multiplicam-se a cada dia. Nesse<br />
a Direç.o do Centro e o órgao do Departamento Regional,<br />
rP. lor!svel pela gestäo tecn.ológica, desenvolvem constantes estudos e<br />
csquisas visando rtão so identificar as necessidades de forrnaçao e<br />
'eiIrnniento de mão-deobra, mas sobretudo manter procedinientos<br />
te('nnlogicos atualizados e eficazes na direçao da demanda econôrnica,<br />
rt s di' qne a capacitação tdcnica é fator de valorizaçao do trabaihador,<br />
rni'Ihonn da quaJidade e prodtitividade Industrial.. Em resurno, proporr<br />
ina nie.Jhores concliçOes de vida social e ética para o povo brasileiro.<br />
Para melhor dcscmpenho de Silas atividades, rnantdm convénios<br />
corn organismos de cooperação técnica internacional.<br />
1.7 - C.F.P. dc Cascavel<br />
Quern hoje chega a Cascavel deveria ter na Iembrança as<br />
de urn passado trágico e romântico que, em gestação, ora<br />
nouJtuada. ora pot séculos adormecida, aguardou, na trajetória do<br />
fculpo. o niomento propIcio Para iniciar e perpetuar a aceleração<br />
cescenle de sen progresso.<br />
Antes do descobrjmen(o do .Brasil, perambulava pot toda a<br />
I'gio dn (l uail-A, lirnitada pelos rios Paranapanema, Iguaçu, Tibaji e<br />
qIli' , ora apressados em corredeiras e quedas d'água corn, as<br />
r')l en Hal idades energéticas que no futuro iriam impulsionar o progresra<br />
em relnansosas catmarias ofereciam fonte inesgotável de aumc<br />
nm is trihos das quals ate hoje não se sabe as origens. Marcando a<br />
ga de sell destino, a frente estavam a aculturaçao corn os brancos<br />
enropeus. ma is eperientes e equipados na arte da guerra, sedentos das<br />
r!q!Ie7s que o ouro, a prata c o braço escravo representavam; a<br />
Pnssgern peTas MissOes JesuIticas, que por quase urn século Ihes dera<br />
a sen.safo de paz. liherdade e o conforto dos frutos do trabatho<br />
.;Lr anizaclo. as trigicas Iropelias das Bandeiras paulistas, que corn suas<br />
hl igwias de bra ncos, niamelucose mil hares decari jós, tupis, tupiniquins<br />
e guaranis treinados para a guerra em busca de ouro, prata e novos<br />
escravos, levaram as MissOes dos aldeamentos a morte e a destruiçao,<br />
fazendo tremer os ermos sertOes do Paraná, alargando a ferro e fogo para<br />
alérn do rneridiano das Tordesil has as fronteiras do que urn dia seria o<br />
imenso território de urn pals soberano.<br />
De oeste para leste vinham aguerridos conquistadores espanhóis<br />
procedentes do Paraguai, de Ciudad Real e Vila Rica del Espiritu<br />
Santo corn a mesma cobiça e bravura dos bandeirantes paulistas. Mais<br />
de 40 mil famIlias indigenas, abrangendo mais de 200 mil pessoas<br />
aldeadas pelos jesultas que criararn a Repihli.ca Cristã do Guairá - fora.ni<br />
em grande parte massacradas pelos conquistadores brancos. Os que não<br />
tombaram sob o frio aço das espadas, capitaneadas por seus "protetores",<br />
ernigraram Para alérn do rio Iguacu, indo format as MissOes<br />
assentadas as margens do rio Uruguai.<br />
Desde o principio do sdculo XVIII ate o século XX, toda a<br />
região do oeste do Parana' perrnaneceu praticamente abandonada.<br />
0 prirneiro nome de Cascave! foi Encruzilhada, por estar<br />
localizada no entroncarnento de vários cam inhos abertos para a extraço<br />
de erva-mate e pelo exército, nas proximidades de Foz do Igtiaçii.<br />
Depois passou a denominar-se Aparecida dos Portos. Al, em Encruzi.<br />
Ihada, o comerciante Jose' Silvério vindo de Guarapuava, arrendoi.'<br />
terras pertencentes ao colono Antonio José Elias, "primeiro" habitante<br />
da localidade. 0 nome Cascavel vem mesmo da serpente dessa espdcie.<br />
Contam que urn grupo de colonos que au pernoitavam foram<br />
acordados pelo baruiho dos guisos dessa serpente. Assustados, levantaram<br />
acampamento, passando a narrar o fato corn tal veeniéncia que o<br />
lugar passou a set denominado - Cascavel.<br />
.Já no final do ciclo da erva-mate, na década de 30, as terras do<br />
Rio Grande do Sul iam se tornando escassas Para serem partilhadas entre<br />
os descendentes de italianos, alemães e poloneses que haviam colonizado<br />
terras gaiichas - informados das ricas florestas de araucária e outras<br />
esséncias nobres, venderam suas heranças e vieram estabelecer-se em<br />
Cascavel, fixando-Ihe os limites ejuntamente corn os poucos pioneiros<br />
que, conlo Jose' Silvério de Oliveira, A se haviam estabelecido, deram<br />
inIcio a história da Capital do Oeste Paranaense.<br />
Em 1943 passou a fazer parte do Território Federal do Iguaçu.<br />
0
e''m rrido. Pela Lei Estadual n 790, de 1.4 de novembro de 1951,<br />
'as . l foi de.sniembrada de Foz do Iguaçu que deixara de ser<br />
•ro Federal em 1946, e elevada a categoria de MunicIpio, tendo<br />
'orno prefejo Jose' Neves Form ich icri.<br />
.Sifijada a 514 kin de Cutitiba,está a 547m acirna do nIvel do<br />
wu. PoSSII, 192.673 habitante. Seu sistema educacjonal conta corn 190<br />
coIas p':iNicas de 1 . 0 e 2graus e a UNIO ESTE_(Jnjversidade do Oeste<br />
do Parani, corn capacidade para 6 mil alunos.<br />
A Ferroeste, em construçâo, éorn 419 km de extenso vai<br />
ap'oxirnar o ocste. do Parana' - tesponável pcla produçâo de 26% de<br />
g os do Itado - ao porlo exportador de Parailagna, fortalecendo aincla<br />
a 1-olloln ia cascavelense e paranaene.<br />
Além disso, Cascavel alia a prosperidade econômica urn<br />
I)I IJ ; I llte ,n.icleo socio-cultural, corn parques etológicos, autódromo<br />
wtcruajr)nal niuseus, teatros, clubes e igrejás. Sua economia provém<br />
n incipalmente da atividade agropastorjl dinaniizada por urn eficiente<br />
,.ist'nia de cooperativas. Son parque industrial desenvolve atividades<br />
uoc Setntes de rnadeira serrada, mobiliátio, inecânica, metalurgia,<br />
rCIrjdid artes gráficas, construção civil, cohfcöes, tefrigerantes,<br />
na agro-indüstria em constanfe ctecirnento.<br />
.inlita-se corn os municIpios Guaraniaçu, Toledo, Assis<br />
('aihriand , Nova Aurora, Corbélia, Catanduvase Capitao Leônidas<br />
M.rqos, Tern os distritos de Cafelândja do OeStë, Palmitopof is, Rio do<br />
Th!t, Sonta Teresa e São Salvador.<br />
Para (Jar apoio ao excepcional desenvolvimento econômico<br />
• k (ascave,I e de todo o oestc, o SENAL decidiij sediar ali urn dos seus<br />
rnportar,le.c ('entros de Forrnaçao Profissiiial, inâugurado a 25 de<br />
J 111 ho de 1977. Já passaram 24.592 alunos Orus cursos.<br />
No iiftirno ano o C.F.P. do SENAI de Cacavej efetjvou 3.814<br />
ivI l las corn 3.144 concltijntes<br />
A capacidacle do Centro espelhase em 397 postos de trahalho<br />
pci 'naucnes e a uxiliares, em ohcinas, Jaboratótios e salas de aula.<br />
Desenvolve forrnaçao profissional nas areas ocupacionais de<br />
irirjddp rnecânica diesel, mecânica de aUtbrnóvejs e rnecânica<br />
ei instalaçOes fixas do próprio Centro. Quando necessário,<br />
eh COmplenientaçao do Centro de Un.idades Móveis de Forniaçao<br />
(,/<br />
Profissional dc Curitiba.; desenvolve Treinamento e Aprendizagerri no<br />
Próprio Ernprego, em instalaçOes das empresas.<br />
0 C.F.P. de Cascavel é dirigido corn competéncia e louvável<br />
dedicação pelo Prof. MaurIlio Fregonezi, tendo como assistente o Prot.<br />
Anildo Torres e corno secretária Rosmery Dall'Oglio Kostycz. ()<br />
primeiro diretor foi o Prof. Edmundo Intema.<br />
1.8 - C.F.P. de Foz do Iguaçu<br />
Quando do descobrimento do Brasil, por toda a região do<br />
Guaira' campeavam tribos nômades de indIgenas. Terras cobertas de<br />
exuberantes fiorestas, imensos e numerosos rios proporcionavani allmentação<br />
abundante em frutas, raIzes, a yes, peixes e outros animals.<br />
Scm origem, scm destino, scm norne e sew reJigião as populaçoes<br />
silvicolas viviam felizes, a nao ser de quando em quando perturbadas<br />
pelo confronto guerreiro entre os agruparnentos errantes. na disputa do<br />
território corn major abundância de alimento e de meihor calidez no<br />
inverno.<br />
Portugueses desembarcados nas praias do Atlântico e espanhóis<br />
em terras mais próximas do PacIfico, de urn lado, penetrando pelo<br />
continente fundavam. São Vicente, Cananéia e Paranaguá, on de outro.<br />
Buenos Aires e Assunção, ampliadas para a Argentina e Paraguai. Dc<br />
ambos os lados, movidos pela sede de conquista e de copiosas riquezas,<br />
avançavarn território a dentro. Atravessando rios caudalosos e florestas<br />
espessas, pouco a pouco iam vencendo o iruenso sertão. Vez por outra.,<br />
as tribos nôniades guaranis e caingangues opunham-Ihes acirrada<br />
resisténcia. Acabavarn sempre pot sucunibir ao bacamarte, a espada e<br />
A lanca dos invasores dos territórios, hoje abrangidos pelo municIpio de<br />
Foz do Eguaçu.<br />
Ficararn apenas poucos remanescentes, pois os que iiao foram<br />
aniquilados on escravizados, ernigraram para o sul. Muitos sob a<br />
Iiderança dos jesultas espanhóis foram fundar as "MissOes" as margens<br />
do Urugtiai. Desde os 61tirnos grandes confrontos entre os tiderados<br />
pelosjesuItas e os hespanhóis quo avançaram para o leste; as Bandciras<br />
paulistas que, indo para oeste, escorraçaram os primeiros para além do<br />
65
lgnaçii C OS denials para niargern direita do rio Paraná; sem Indios para<br />
aIlear on prear, scm ouro on prata para minerar - a região do extremo<br />
oeste paranaense ficou praticarnente esquecida.<br />
Pot singular capricho da sorte, argentinos e paraguaios que<br />
nas reglOes exirernas do oeste e sudoeste do Paraná exploravam a ervamate<br />
e rnadeira, rnovidos sirnplesmente pelo interesse econôrni.co,<br />
jamais Se preocuparam corn a colonização do território.<br />
Els porque, quando em 1888, o engenheiro niilitar José<br />
Jo<strong>aqui</strong>m Fermion at chegou incumbido de tornar posse do território<br />
imnteiriço e fundar uma colônia militar, nao encontron resisténcia, a<br />
no set de poucos Indios guaranis e caingangucs. Corn a colônia rnilitar<br />
aurnentou a pre.senca de paranaenses que se dedicavarn a extração de<br />
niadeira e erva-mate. Em 1912 a colônia militar foi extinta e sen<br />
tCrritorio passou a pertencer ao municIpio de Guarapuava.<br />
Decorridos 26 anos da chegada de José Jo<strong>aqui</strong>m Ferrnirio,<br />
nla I . . i Estadual n L 383, de 14de marçode 1914; foi criadoo municIpio<br />
(lo Vila tguaçu, instalado em 1.0 de juiho de mesmo ano. Seu prinieiro<br />
1nefito foi o Cel. Jorge Schimmelpfng. PelaLei Estadual n 2 1783, de<br />
.S de abril de 1918. a Vila Iguaçu passou a denomiflar-se Foz do Iguacu.<br />
Polo Decrelo-Lei W5872, de 13 de setei bro de 1943 passou a integrar<br />
o "Te.rritórin Federal do Iguaçu", tendocornocapital Laranjeiras do Sul.<br />
Em 1946 o TerritOrio Federal fOi extintovoltando seus doniInios a<br />
integral o Estado do Parana'. Hoje, detaca-se como urn dos principais<br />
pIos turIsticos do Brasil, servido por urna das meihores redes hoteleiias.<br />
Em seu roteiro turIstico a cidade sededo municIpio oferece<br />
atrativos deexcepcional interesse: alérnde visita a hidrelétrica de Itaipu,<br />
a major do mundo, corn barragern principal de 1234m de exteiisão e<br />
q'ie:la hrnto maxima de 128m e lIquida normal de I 18,4m, movimenlando<br />
18 geraclores corn capacidade para produzir 12.600 mega watts.<br />
As (Tataratas do Iguaçu, pela area de 7,7km quadrados, volume de água,<br />
ltura e conservação natural, apresenta-se corno o major espetaculo<br />
hidrico de força e beleza selvagem do mundo. E visitada anualmente pot<br />
cerca de 2 nijlhöes de pessoas.<br />
Oferece ainda visitas ao "Museu do Parque Nacional do<br />
Igiiaçii". a "Ponte da Amizade" c "Ponte Tancredo Neves" ligando<br />
rcspectivamente ao Paraguai e a Argentina e mais uma sdrie de alracOes.<br />
Limita-se corn Santa Teresinha do Itaipu, corn a Argentina e<br />
o Paraguai. Conta atualmente corn ccrca de 160.000 habitantes.<br />
0 nonie "lguaçu", em lingua indIgena, significa: "i"=água:<br />
"guaru"= grande, on seja, "Agua Grande".<br />
Além do turismo, a principal causa do desenvolvimento da<br />
regiâo cteve-se a construção de Itaipu. Corn o aumento da pOpulacio<br />
que, na década de 1970 teve urn aurnento de 400%, passando de 34.000<br />
para 136.000. Foi o perlodo de major intensidade na construçäo da<br />
barragern, chegando a ter 39.000 trabalhadores no canteiro de obras.<br />
Tanto o comércio como a ind(,stria básica de rnanutencão, vcstuário e<br />
alimentos tiveram variada e importante expansão.<br />
Nos meados de 1975, corn o inIcio da construcão da barragern<br />
do rio Paraná pelo Consórcio Brasileiro-Paraguaio-Unicon/Conenipa,<br />
além dos barrageiros imigrantes já qualificados para o trabalho, aflulram<br />
dezenas de milhares de trabaihadores, muitos scm capacitacão<br />
técnica para atender a demanda, como motoristas para caminhöcs<br />
pesados, escavadeiras e motoniveladoras, niarteleteiros. operadores de<br />
guindastes e de pontes rolantes; cozinheiros, garçons, pedreiros, carpinteiros,<br />
armadores, eletricistas além de ocupaçOes do setor de saride edo<br />
setor terciário. Por serem rejeitados, preocupavarn tanto a empresa<br />
binacional Itaipu, quanto as empresas brasileiras agrupadas pela Unirio<br />
de Construtoras-UNICON: Cetenco, CBPO, Carnargo Corréa, Andrade<br />
Gutierrez e Mendes Junior e principalmente o prefcito Eng° Clóvis<br />
Cunha Vianna (1974-198.1)<br />
A Direção do SENAL já sensibilizada pela situacäo e atendendo<br />
a solicitaco do Eng Clóvis, deslocou para Foz do Iguaçu várias<br />
"Unidades MOveis" das areas de mecânica geral, mecnica de motores<br />
diesel, eletricidade, solda e carpintaria que se instalararn inicialmente<br />
em prédio cedido pela empresa Cummins do Brasil S.A. Posteriormente<br />
o SENAI transferiu suas atividades para o prddio locado nas proximidades<br />
da Prefeitura Municipal, agora já corn oficinas iiistaladas de<br />
forma permariente. Na mesma ocasiäo montou, nas ptOximidades do<br />
Centro. uma "Agenda de Formação Profissional e de Treinarnento",<br />
designando como Coordenador (Diretor) o tdcnico Prof. Sergio Kamide.<br />
especiahzado em formacao profissional.<br />
07
Fi<br />
F.-se "Coordenador" ao mesnio tempo que dirigia o "Centro"<br />
juutinicnle :orn Os iécnicos (Ia UNICON, realizava diagnOsticos de<br />
issid:d de forrnacão profissional, montava prograrnas de treinaiien<br />
' c,iinistrava sua execuço.<br />
Em 1979, cjuando a construção da barragern da hidreldtrica de<br />
lipu cnmeçava a baixar do pico rnáximo de emprego de rnão-de-obra,<br />
mil1ires de trahaihadores povoavarn os bairos de Foz do Iguaçu. Scm<br />
r'mprego por näo terem encontrado trahaiho na UNICON, on terem sido<br />
dpi despedtdns exerciam, em sua grande maioria, atividades no niercado<br />
iufor'nal, usufruindo parcos rend.imentos econôrnicos. Dc tal forma,<br />
is dificiIdadcs sociais tendiam a crescer que preocupavam seriamente<br />
-'ieito Clovis Cunha Vianna e as equipes niunicipais das areas<br />
'cu(miica e social. Uma das medidas porcletracadas, como estratégias<br />
pri nhinorar tais dificuldades. sern despovoar o MunicIpio e criar<br />
.ndiçñes Para urn melhor equilibrio social consistiu em estimular e dar<br />
it, as açOes de forrnação profissional, que o Ministério do Trabaiho,<br />
:Ittavés do Prograrna Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra, SENAI<br />
e SENAC, vinham pondo em pratica desde 1975. Esse fato c mais as<br />
preocupaç(es revelada junto ao Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto,<br />
pel i [)ireçao da ITA1PU-BINACIONAL e pela Coordenação Nacional<br />
do "Prograna de Desenvolvimento do Oeste do Paraná - PRODOPAR.<br />
Ministro e scu Secretário Geral, Prof. Jorge Alberto Furtado<br />
re' ornendarern aos Coordenadores, Nacional e Estadual do PIPMO.<br />
respe.ctvamente, João Alberto SimOes e Antonio Theolindo Trevizan,<br />
a c:oIabiaren1 corn as autoridades municipais para a solucao do proble-<br />
tlia<br />
Corn esse objetivo a Coorderiação Estadual do PIP MO firmou<br />
oI,vnio corn o SENAC para reatizar unia pesquisa de dernanda social<br />
de forniaçäo profissional. Pesquisadas 1400 famIlias, foram contadas<br />
ni'is tie 200 ocupaçOes que necessitavani de formacäo profissional. lam<br />
desde olericnitor, lagoeiro, confeiteiro e auxiliar de escritório, pedreiro<br />
eleliicista ate vendedor, servente hospitalar, cambista (corretor do<br />
(11<br />
"Jo gu do Bicho") e dezenas de outras profissOes. Para atender a<br />
demanda social detectada. o P1PMO montou urna das maiorcs equipes<br />
de frrniiçäo profissional do Estado do Parana', integrada na execucão de<br />
uni.,,6 progrania.<br />
Recebidos os recursos através do Ministério do Trabalho.<br />
firmou convénlo corn o SENAI-Coordenação Profissional e Treina<br />
mento de Foz do Iguaçu, sob a direçao do Prof. Sergio Karnide; coin<br />
SENAC-Diretor Regional Pedro Teixeira Chaves e Gerente de Opeim<br />
cOes Aclrnir Paschoal e o Diretor do C.D.P. de Foz do lguaçu Eleodoro<br />
Seichas Riesling; corn a Secretaria de Estado da lndüstria e ComCrcio.<br />
Secretário LuIs Gonzaga Pinto e Diretor do Departamento do Trabaiho,<br />
Roberval F. de Freitas; corn a Secretaria de Estado da Saüde Ptiblica,<br />
Direlor da Escola de SaCde Piiblica Dr. Jaime Drumond de Carvalho e<br />
a coordenadora de cursos, Prof' LuIsa Stadel Iwersen e rnais o Serviço<br />
Nacional de Formação Profissiona.l Rural.<br />
Essas entidades apoiadas em Agéncias locais, em "Uniclades<br />
Móveis"desiocadas para Foz do Iguacu. corn a valiosa colaboraco de<br />
AssociaçOes de Bairros e da Prefeitura Municipal, especial nie.nte do<br />
Prefeito Clóvis Cunha Vianna e suas equipes das areas econOrnica e<br />
social, real izaram, em menos de urn semestre, a formação profissiona!<br />
de cerca de 2.500 pessoas de ambos os sexos, jovens e adultos.<br />
Esse fato fortaieceu o mcrcado de trabaiho, evitou uma crise<br />
social e impulsionou o progresso. As pessoas tornaram-se confiantes em<br />
sua capacidade produtiva; as trocas e os empregos se acentuarin'.<br />
Juntamente corn as demais medidas inteligentes e criativas do Goveno<br />
Municipal, no so resolveram a crise do mornento, como geraram meios<br />
de infra-estrutura e renda para que cada dia o MunicIpio de Foz do<br />
Iguaçu crescesse apoiado, nao sO na econornia do turismo, mas tambéni<br />
no comércio, indiistria, agricultura, transportes e comunicacOes, envolvido<br />
por clirna de desenvolvimento plenamente sustent5vel.<br />
Para oferecer rnelhores condiçOes as atividades que o SENAI<br />
vinha dcsenvolverido, a Direçao da Itaipu Binacional prontificou-se a<br />
construir, cm imóvel próprio, urn pavilhão adequado as metodologias<br />
da formacao profissional.<br />
Elahorado o Projeto, corn as especificaçOes fornecidas pelo<br />
SENAI, foi o mesmo construldo corn area de 668m2, pela Itaipii<br />
Binacional. Al não so foram instaladas, pelo SENA.1, oficinas de<br />
aprendizagem (400rn2), salas de a.ula, dependên.cia para ad.ministracan,<br />
depend€ncias Para sanitários, urn apartarnento completo para dorniit6rio<br />
de Instrutores (de Uniciades Móveis), bern cot-no foi preparado<br />
6°
spaçn adequado para estacionarnento de "Unidades Móveis", que<br />
;n-Icrnentani as açOes de formação profissional, dentro e fora do<br />
At!Ial niente o Centro dispóe de oficinas fixas em condiçOes de<br />
proporci!1ar forrnaçao prof issional as areas ocupacionais de rnecânica<br />
geraL rneciuica de autornóveis, eletricidade, refrigeraçäo e ar condicionado.<br />
Alérn disso o SENAL min istra Cursos de Treinamentos nas areas<br />
ik .pervisio. operacional e de segurança nas próptias empresas de Foz<br />
do Igiiacii e abs iminicIpios próxirnos, sob o gerenciame.nto da Admi-<br />
Irco do C.F.P.<br />
No ano passado essà "Unidade Operacional" rnatriculou 1276<br />
luuos. corn o rendirnento de 1144 conc1uiñts.<br />
Sna capacidadc fisica d de 115 postos de trabaiho. Dc modo<br />
geral. o C.F.P. estâ em condiçOes de atendertoda ademanda econômica<br />
de forimicäo profissional do oeste do Paraná. Para isto conta inclusive<br />
a aroojo direto de dezenas de oficinas e técnicos do "Centro de<br />
o!e Móveis de Formacão Profissional" de Curitiba.<br />
Conio registro especial conveth menciOnar a experiéncia<br />
k1uirida pelo SENAI no emprego de metoçlolog jas adequadas a<br />
qualificaço e treinamento de rnão-de-obra para a. coiistrução de barrager,s<br />
para a instalacão dc usinas hidreldtricas de.qualquer porte.<br />
C) C. F.P. é atualmente dirigido pelo Prof..Gerson Felix Luder.<br />
Depoimento dc urn ex-aluno do C.FP. Mtônio Barrios: "Foi<br />
°°m rnnit' trahalho e trernenda força de vontade que consegui me<br />
ipcFçoar e 'vencer'. Não foi fácil, mas o SENA! contribuiu para quc<br />
nv' ps srnlios fossem realizados.<br />
Hoje sou e..mpresário que corn muita garra sobrevive ao dia-adia,<br />
Irahaihanclo e paticipando corn todos os conhecimentos adquiriih.<br />
Sempre gostei de ficar pesquisando e olhandoo funcionarnento de<br />
tnd 's aparelhos. por isso, quando o SENAT me proporcionon a<br />
'prr'inulade de lidar conic] cs, näo tive diIvi.däs, fiz o curso. Curse este<br />
qite c denorninava "Curso de Reparos de AparelhOs de Refrigeraçao e<br />
(\r Condicionado", corn carga horária de 400 horas. Mas não parei por<br />
acp)i. Me.srno fazendo o curso, senti a necessidade de nao ficar restrito<br />
A area. e corn tremendo esforço fiz tambCrn, aos sábados, o Curso de<br />
Mecanica de Antomóveis corn 100 horas de duração.<br />
70<br />
Corn esses cursos já foi mais fácil arrumar emprego. Coniecci<br />
a trabalharna Eletrolar RefrigeraçAo, empresa pioneira na região. Senclo<br />
este meu prirneiro emprego, trabalhei de 02/01/1981 a 01/06/1982.<br />
Como fruto do meu born trabalho, corneçarani a surgir boas propostas<br />
de trabalho, algumas bern convenientes a mim. Já que men objetivo era<br />
crescer, resolvi aceitar um.a proposta e fui trabalhar, de 01./i 1/1982 a 13/<br />
07/1984, na Artécnica Foz, onde minhas funcOes foram dedicadas a<br />
Técnico de Regrigeração. Mas o melhor ainda estava pot vir. No<br />
vencimento da data citada surgiu então a meihor das propostas: fui<br />
convidado a gerenciar uma empresa de Refrigeraçao, a Incofoz (que no<br />
seti rarno de atividade sc destinava tambérn a importaçao e exportacão).<br />
onde trabalhei de 16/07/1984 a 07/06/1986.<br />
Corn certeza, omen rnaior passo fol quando, juntamente corn<br />
men grande amigo e socio Osni Prim, ex-funcionário da Consul S/A<br />
compramos a Artefrio Comércio de Refrigeração. No inIcio tratava-.se<br />
de uma empresa singular, hoje contamos corn urn complexo formado<br />
por mais trés empresas:<br />
09/02/1987 - Artefrio Comdrcio de Refrigeraçao Ltda.<br />
Av. Jose' Maria de Brito, 1636 (Matriz).<br />
• 01/07/1988 - Artefrio Comdrcio de Refrigeraçao.<br />
Rua Internacional, km 2,5 - Ciudad del Este - Paraguay.<br />
• 22/t2/1989 - Artefrio Comércio de Refrigeraçao Ltda.<br />
Rua das MissOes, 1831 (Filial)<br />
14/08/1989 - Frio Foz Cornércio de Refrigeraçao Ltda.<br />
Av. Juscelino Kubitschek, 1887 (Matriz).<br />
1-loje posso sentir-me realizado por integrar em nossas empresas<br />
25 funcionários, cujo sentiniento C conio de "Uma Grande FamIlia",<br />
Nosso intuito e sempre crescer, per isso procuramos melhorar<br />
e aprimorar cada vez mais nossos conhecimentos".<br />
1.9 - C. F. P. de Pato Branco<br />
Toda a história do povoamento do Paraná tern sua origem<br />
mais remota nas sedes da Capitania, pri.meiro denominada São Vicente.<br />
depois São Paulo. Portugueses, mestiços ou seus descendentes dal<br />
1 71
dcTrm Fiindararn Paranaguá. Vencerarn a Serra do Mare estabele-<br />
('('I nill sp em Curitiba. Partiram, formando a sociedade campeira, corn<br />
frsiue para as cornunidades de Ponta Grossa, Guarapuava e Palmas,<br />
nn siniplesmente embrenhando-se para oeste, levaram de vencida o<br />
ihnl (line ocupava a terra, 0110 primitivosilvIcola prd-colombiano.<br />
('urihanos cram todos os habitantes do território paranaensc<br />
iidicacJos aléni da Serra do Mar, aqudm do rio Tibaji para o Sul. e<br />
Sudoeste ate os confins do rio lguaçu.<br />
Não C estranho que tenha sido urn bandeirante curitibano,<br />
Pedro Siqucira Campos que, comandando uma expedicao para o sul<br />
tivesse. descoherto os campos de Palmas, em 1883, de onde novos e<br />
'lftprpidos menibros da sociedade campeira se destocarampara fundar<br />
('Iviindia qile. desmembrada de Palmas, constituIa-se ainda, em<br />
c0C1150 rnunicIpio.<br />
Como a região se enconttasse despovoada de silvIcolas -<br />
captnrados. aniquilados 011 expulsos pelos bandeirantes curitibanos e<br />
pm!Ilstas - arrojados comerciantes, descendentes dos bravos tropeiros<br />
g,iaripllavanos, em busca de riquezas c novos negócios, on simples-<br />
! n.91 h mnvidos pelo espIrito de aventura pouco antes da prinleira<br />
glirrr, nnnidial abriram uma picada de Clevelândia ate Barracão, na<br />
corn a Argentina que d.epois foi guarnecida pelo exCrcito.<br />
0 caminho aherto no ermo sertãO passava pelas cabeceiras do<br />
t:'a(o Branco, cujo sItio tornara-se ponto de descanso dos viajantes.<br />
Esse local de pouso deu origem an primeiro nCcleo popuiacional que<br />
-drain o ineresse de outros caçadores e colonizadores, impressionados<br />
vn a frtiIjcIade da terra on abundncia de caca<br />
DaI para a frente a história do dsenvo1vimento socio-econômico<br />
de Pato Branco segue a mesma trajetória do povoarnento dos<br />
prilicipais rnunicípios do sudoeste e oeste paranaense, corn maiorescala<br />
na imigraçäo de teutos e Ita10-gachos vindos do sul. Os primeiros<br />
moradoies foram Miguel Conrado, PacIfico fndiode Lima,João Macário<br />
dos Santos, lnáciô Galvo, Quintilhano M. Bueno e Manoel Loureiro.<br />
Fm 1927, . Vita Nova, denominacäo anterior do municIpio, foi<br />
cicvada a categoria de Distrito Judiciário corn olionie de "Born Retiro".<br />
Novas famIlias vindas do Rio Grande do Sul engrossaram a leva de<br />
deshravadores. entre elas os Bortot, Peloso, Dafla Costa, Daimolin,<br />
Conrado e Damaceno.<br />
Pela Lei n 790, de 14 de novembro de 1951, Born Retiro tn<br />
elevada a categoria de rnunicípio corn corn adenorninaçao de Paio<br />
Branco, por sugestão do Eng Q Francisco Gutierrez Beltrão. 0 novo<br />
municIpio que haveria de se projetar entre os demais do sudoeste, foi<br />
instalado a 14 de dezembro de 1952. 0 prirneiro prefeito, eleito, foi<br />
Plácido Machado.<br />
Frio no inverno e fresco no verão, está a 760m acima do nvd<br />
do mar. Dista 458 km dc Curitiba, a margem esquerda do Ignaçn.<br />
Atualmente conta corn 100 mil habitantes. Sua econornia provém l"<br />
setor prirnário: criação de suInos, bovinos, bubalinos, muares, cqisios<br />
e outros. Tern indCstria variada e significativa: extração, metalurgia,<br />
mecânica, papel e papclao, couro, téxtil, plásticos, calçado, confecçao,<br />
construção e transporte.<br />
Limita-se corn os municIpios de Coronel Vivida, Clevelânclia.<br />
Francisco Beltrão, Itapejarad'Oeste, Mangueirinha, Mariópolis, Vitorino<br />
e Renascenca. Distrito: Born Sucesso.<br />
0 C.F.P. está em pré1io próprio, inaugurado em 19 de oiitiihro<br />
de 1981. Inicialmente instalado em area construIda de 300rn, foi<br />
ampliado corn mais 317rn 2 no ano seguirite cern 1987 corn niaic 1 7rn2.<br />
Nesse espaco fIsico funcionarna administraço, oficinas dc mccinica<br />
geral, mecânica de automóveis, eletricidade e treinamento; salas dc'<br />
aula, almoxarifado, cantina, diretoria e secretaria, sala de estar do:<br />
professores; depósito, arquivo e higiene e espaço pararecebet a<br />
"Uriidades Móveis" que, de acordo corn a demanda econômica de<br />
qualificaçao e treinamento profissionais da Região atuam diretarnenle<br />
no Centro on deslocarn-se para outros lugares, segundo o interesse das<br />
empresas industriais.<br />
A capacidade do C.F.P do SENA! de Pato Branco compreen<br />
de 111 postos de trabalho permanentes e auxiliares.<br />
Em seus 10 anos de atividade quatificou e treinou 912<br />
trabaihadores. No ano passado efetuou 990 matrIculas, corn 9<br />
concluintes.<br />
A Administraçâo Regional mantém o Centro equipado e<br />
atualizado para servir debase de aten.dimentOà dernanda econmica de<br />
formaçao profissional não so de Pato Branco, mas de todo o sudoeste.<br />
Para isso promove continua atualização e aperfeiçoamento técnico &<br />
administrativo do sen pessoal. Atualmente,seuDiretoré .eficienle
diniinico Prof. Herus Pontes.<br />
1.10 - C. F. P. de União da Vitória<br />
A histórjci de Uniäo da Vitória, deixando de lado os habitantes<br />
do era pré-colombiana que pot all perambulavarn, data de 1768. Assim<br />
conio a fortnaqao dc outros povoados da região dos Campos Gerais, dos<br />
Campos dc. Guarapuava, de Palmas e de todo o sudoeste e oeste do<br />
a colonização de União da Vitória deve-se a bravura dos<br />
'orfanistas, descenclentes de hancleirantes paulistas e curitibanos.<br />
C) primeiro a chegar na regiao no comando de expediçao<br />
inililar. foi o Ten. Dom.ingos Lopes Cascais que tinha como imediato o<br />
cal'o Bi 'mo da Costa FiJgueiras. Pouco tempo depois o Tenente Cascais.<br />
Pi,r motivo de doeiiça. retorna a Curitiba, deixando o comando ao<br />
mediato. Cabo Bruno. o qual prossegue a descida pelo Rio Grande de<br />
on no Registro, cujos nomes foram substitimIdos por rio<br />
A expedição chegou ate a altura da salda para Cruz Machado,<br />
unde acarnpou, fundando urn arraial as margens do rio Iguaçu corn o<br />
home dc }3rifreposto de Nossa Senhora da Vitória.<br />
Como os hornens da expediçao estivessem exaustos e sem<br />
ahmento. Bruno mandou abi-ir roca e cacar. Estavam nesse trahalho<br />
qiiando rhegnu o capitão acoriano Antonio da Silveira Peixoto que näo<br />
etitendendo a estratCgia de Bruno, f6-lo voltar preso para Curitiba.<br />
Pt 'mo, mais tarde. tevescusfejios reconhecidoscomovajorososertanjsta.<br />
Vultou para ajudar o Capitao Peixoto que se achava em dificuldades.<br />
Este o dtspensou. Vadeanclo o lguaçu em nova exploraçao, percceu<br />
a h ga(Io.<br />
0 Ca.pitao Peixoto prosseguiu rio abaixo ate o rio da Prata.<br />
ole mi preso peos espanhóis. Libertado pebo Morgado do Mateus.<br />
;kntrio da Capitania, logo velo a falecer. E considerado urn dos<br />
fcnfadores de Unjäo cia Vjtórja.<br />
Emiquanto Palmas e Guarapuava progrediam, Porto Vitória,<br />
dumante 10 anos, raramente foi visitado. Agora, ja nao mais corn o<br />
intimito de expborar o rio Iguaçu e adjacCncias, mas de tornar mais fácil<br />
a cornmm!h!cacao entre Palmas e Palmeira, pró.xima de Curitiba, duas<br />
711<br />
expcdiçOes puseram-se em movimento: a do Padre Ponciaiio He Araijo,<br />
abrindo carninho para Palmas, e a do Capitão Pedro de Siqueira Cortes.<br />
abrimido caniinho de Palmas para Palmeira. As duas se encontrarani<br />
juntas levantaram os primeiros ranchos, dando ao novo arraial o nonm<br />
de Porto União cia Vitória: Porto, pot ligar-se corn Palmas; Uni,u',<br />
devido ao encontro das comitivas: e Vitória, do Entreposto No:)<br />
Senhora da Vitória. Pediram e Ihes foram enviados mais hemmens<br />
"ninfas" para consolidar o povoado e estimular o cresciniento.<br />
União da VitOria prospera nas ültimas duas décadas do sCcubo<br />
passado e nas trés primeiras deste; barcos a vapor singram o tguaç.im<br />
transportando erva-mate e madeira, consagrando o pioneirismo do CO<br />
Amazonas de Araujo Marcondes na navegação fluvial. Esse feito<br />
impulsionou o comdrcio ate set substituldo pelas estradas de rodagem,<br />
na década de 1.930.<br />
Pela Lei 4554, de 27 de marco de 1890, foi elevada a<br />
categoria de rnunicIpio demembrada de Palmas. Em 1907, nov05<br />
udicleos de colonizaçao se formaram corn imigrantes vindos cia Alerna<br />
nha.<br />
Entre as capi.tanias de Sao Paulo e Santa Catarina havia tuna<br />
questäo de liniites que se transferiu a nova Provmncia e posteriormnte<br />
ao Estado do Paraná. A regiao contestada abrangia 0 forte de S. Catarina<br />
e a região de Palmas, incluindo União da Vitória. Os conflitos ,'stahelecerani-se<br />
desde 1839, corn a divisão dc Palmas em: Palmas de Ctna<br />
e Palmas de Baixo, devido ao confronto das expediçOes comandadas por<br />
José Ferreira. dos Santos e Pacheco Siqueira Costa. A disputa eta<br />
motivada pelo interesse em ocupar as pastagens da região para a criaçm<br />
de gado.<br />
Em 1840 a disputa foi reativada. Santa Catarina evocava a<br />
carta régia de 1749. 0 Paraná, por sua vcz, evocava a "direito de Pnss'<br />
alegando que as terras em questão haviam sido povoadas por parannenses<br />
tan.to em tinião da Vitória, como em Palmas e Timbó. Durante o<br />
ImpCrio a questão permaneceli scm solucao. Corn o advento da Rcp(iblica<br />
(1889) as terras devolutas, que antes pertenciam ao governo<br />
central, tornaram-se propriedade dos Estados. Estes passaram a fazer<br />
concessão de grandes areas, corn o objetivo de povoá-las e aproveitar<br />
suas potenciabidades. Acontece que isso as vezes era feito aCompan Ii ias<br />
i 75
d" Colnmzaçao. ate mesmo estrangeiras, comprometendo o dircito de<br />
n1uios proprieOrios que mantinham residncia, fazendas corn criação<br />
dc ariiniais e cullura de cereais c extraçäo de madeira e erva-mate.<br />
Foi o que aconteceu corn as concessOes feitas a Estrada de<br />
kerro S. Paulo-Rio Grande que passou a ter corno subsidiiria a "Lumber<br />
Colonization Company". A "Lamber", Cotn.o era conhecida, montou<br />
rtnde e nioderna serraria prejudicando o eomCrcio das pequenas<br />
serrarias e descuidando-se das obtigaçoes de colonizaçao passou a<br />
aulcacar os possuidores de terras.<br />
Esse falo levou os moradores a se revoltarern contra os<br />
usurpadores. Estahelecido o donfronto corn a destruiçao das instalaçOes<br />
tins 'nn cessionanos. principalmente ao long da Estrada de Ferro, os<br />
do Parana e S. Catarina estimularaffi as faccOes helicosas para<br />
kl^Pf' ^M f il ac fronteiras pretendidas.<br />
Naquela época era comum a presehça, no meio sertanejo, de<br />
p regadojes clue, combinando religiao, Iifä1iIeifirnb e polItica, exercitm<br />
lone Iiderança sobre o povo. Nocaso da regiäocontestada, destacouse<br />
o "Mmge Joäo Maria", ou Anastas Maregraf, que desapareceu<br />
Jmster!osame !l te por volta de 1910.<br />
Fermentava a discórdia, a comtiâO pôlItica eritre os coronéis<br />
propiie.tirir,s de grandes fazendas: Foifiès eJiftià'de pequenos<br />
prprienios despejados de suas tertaS domVidfenCià, de trabalhadores<br />
tliidOs da Conipanhia de Estrada do FerrOS.Paülo/Rio Grande, no<br />
flual cia construção, dc grupos radicados no sehãä.dé grupos açuiados<br />
por Liendeiros rivals, de pequenos fazendeitOs, erváteiros e sitiantes<br />
empohrecidos por avarentos comerciantes ë äLthnbetCoionizatjon<br />
("On" IN, qiie --sob a liderança do MongeJosC Maria de Agostinho(que<br />
li,jt irnão e sucessor de João Maria)-que OSettáhejos se organizar:tut<br />
(iefe "der suas posses de terra e gai'aiitif SobrevivCncia de suas<br />
L)urante cerca de qua.tro anos verificaram-se varios combates,<br />
aguns Cnm dczeiias e centenas de mortos efltre Os sertanejos,jagitnços<br />
'rapangiieiros de gra.ndes proprietários e a!entados contingentes miiitares<br />
nlac polIcias dos Estados e ate mesmo do Exéritô para debelar os<br />
1nilnigos " cia Reprblica que naquela regiao tiVeram inclusive o sonho<br />
cie riar urna nova Monarquia.<br />
Desses confrontos merece destaque o quo ocorreu a 22 cit<br />
outubro de 1912 entre os cahocios liderados por José Maria e os<br />
militares da Po!Icia do Paraná comandados polo Col. João Gualberto.<br />
0 Coronel, subestimando o heroIsmo dos sertanejos, pane<br />
apenas corn 64 pracas e oficials muito bern armados etreinados. ern<br />
husca dos rebelados, nos campos do Irani, nas proximidades de Palmas<br />
Os sertanejos usarido da estratCgia guerrilheira, corn 200 honiens,<br />
escondern-se no mato e apanhando os militates de surpresa, aniquilam<br />
quase todos, a chumbo de garruchas e facoes de madeira de id. Os<br />
poucos sobreviventes, acoçados, retornam a base cia expedicão onde<br />
ficara o grosso da tropa corn mais de 600 soidados. 0Cc! João Giialhertn<br />
e o Monge José Maria morrem em combate.<br />
Dc 1912 a 1.915 as lutas repetirani-se corn graves perdas de<br />
ambos os lados.<br />
Os sertanejos que construIrani igrejas e arraiais fortificados,<br />
foram sendo aniquilados por contingentes militares cada vez maiore'z.<br />
Levados a rn iséria extrema, famintos e esmorecidos em sua fé, comecam<br />
a se render, a partir de 1915, as autoridades parannenses e<br />
catarinenses.<br />
Adeodato, o ijitmmo IIder dos heróicos sertanejos do Contestado<br />
é reconhecjdo na cidade Santa de São Pedro, por eles erguida e<br />
destruIda pelos "vaqueanos" de Lau Fernandes, foge e é preso ciii<br />
Canoinhas. Presos ou chacinados, os sertanejos. todos foram destruIdos.<br />
após quatro anos de lutas que a história do heroIsrno e da coragcw<br />
humana jamais poderá esquecer.<br />
No ano seguinte. 1916, os dois Estados firmam o tratado de<br />
ajuste., cessando as hostilidades. Desse acerto resultou a divisao de<br />
União da Vitória em duas, continuando a do Parana' a chamar-se União<br />
da Vitórja e a de S. Catarina, Porto Uniäo.<br />
União da Vitória limita-se corn os municipios de Cruz Machado,<br />
Genera! Carneiro, Bituruna, Paula Freitas e Porto União (S. Catarina).<br />
A 732m acinia do nIvel do mar, conta corn 44 fflilhabitantes. Set's<br />
distritos são: São CristOvão e Fazenda dos Reis. Apriticipal fonte de<br />
economia está baseada na agropecuária e mais de, duzntas indistnias,<br />
entre as quals destacam-se as indñstrias de madeira serrada e heneficiada.<br />
Situa-se a margem do médio Iguaçu.
t.<br />
fl C. F. P. do SENAI de !Jnião da Vitória situa-se em terreno<br />
do;ido pela prefeitura na gestão Gilberto Francisco Brites, conforme<br />
cscrilura ptIblica de 21 de novembro de 1978.<br />
0 Centro foi inaugurado a 12 de marco de 1982. Ao ato<br />
"nnparecerarn atitoridacles, como o Presidente da Federaçao das Endtistrias<br />
rio Parini. enipresário Altavir Zaniolo, o Diretor do Departamento<br />
Nvinil do SENA! Prof. Arivaldo Silveira Fontes e o Delegado<br />
Fe'naI do Trahaiho, Gal. Adalberto Massa; o bispo de União da<br />
'iiria. Dorn Walter Ebcjer; o diretor do Departamento Regional do<br />
SEN.A! Dr. (Jerônimo de Macedo MoUi; o representante do Governador<br />
Nev Braga: Dr. LuIs Roberto Soares, Secretário de Estado da Cultura e<br />
Fsporte: o prirneiro diretor do Centro, Prof. Luis Carlos Ambrósio; o<br />
Prof. Ivo Mezzadrj Djretor da Escola Tácnjca Federal do Paraná: o<br />
Prefeito dc União da Vitória Dr. Gilberto Antonio Brittes; o Prefeito de<br />
Putt') J I niAo Dr. Vitor Buch; o Prof. Célio Gouiart Diretor do Departamento<br />
Regional do SENAI do Estado de Santa Catarina; o Presidente da<br />
.Feleraco das Indtistrias do Estado de Santa Catarina, Dr. Bernardo<br />
Wolfgang Wener; o industrial LIdio Paulo Bettega e outros membros do<br />
Conselho Regional do SENAI, além de outras autoridades e representan<br />
tes do povo tin iâovitoriense.<br />
Para a concretizaçäo da obra, a SNA1, aléin de contar corn<br />
oapoio Has autoridades municipais e classistass obtve a colaboraçao do<br />
Or. Roberto Cyro Correa, advogado e lIdet-'dUcaciônal.<br />
o C.F.P. de Uniao dà Vitória piui urna das meihores<br />
cslu,tijras fIsica. ad.rninistrativa e técnica elitte as Unidades Operacionais<br />
do SENAI no Paraná, contando corn dependéncias para a diretoria,<br />
secretaria. nrientaçao educacional, capela, assisténcia as enipresas,<br />
;mdi!órin corn H2 lugares, cantina, sala de professores e instrutores,<br />
enferniigein. almoxa.rifado, vestiáros e hi.giene, biblioteca, laboratóri.o<br />
fr 'i'ncias, laboratOrio de metrologia, 6 salas de aula, oficinas para a<br />
Frniaço profissional nas areas odupacionais de rnecãnica geral, eletricidade,<br />
mecânica de automóveis, entaihador de niadeira, rnohi!iário,<br />
construco civil e treinamento.<br />
Corn 342 postos de trabaiho permanentes e auxiliares, capacidade<br />
para 370 alunos, além de dar apoio técnico para treinamento<br />
profissional ao nIvel operacional, dc supervisao e gerência reaiizarloc<br />
tanto no Centro como no ambiente empresarial.<br />
Sua acão estende-se aos demais munidIpios que consfltuern;<br />
microrregiao geo-econômica, contando corn o Centro de Unidack's<br />
Móveis de Formaçao Profissional de Curitiba para atender a toda a<br />
demanda econOmica de capaditacao técnica de mâo-de-obra regional<br />
em nIvel de qualificaço, treinamento e aprendizagem no próprin<br />
emprego. 0 primeiro Diretor foi o Prof. Luis Carlos AmhrOsio. Atiialmente<br />
é dirigido pelo Prof. Rodolfo José Grummt.<br />
No ültimo ano o C.F.P. formou, aperfeiçoou e treinou 37'<br />
trabalhaddores. Novos estudos estão sendo realizados para meliio<br />
adequar as funcOes do C.F.P. as necessidades regionais de forniaçio<br />
profissional.<br />
1.11 - C. F. P. de Rio Branco do Sul<br />
Rio Branco do Sul dista apenas 28 km de Curitiba. Na regi5',<br />
entre outros minérios, ha abundantes reservas de calcário. Devido a<br />
qualidade do minério, ali se instalou urn grande parque produtoi ck<br />
cimento e outras ind.strias que produzem cal para a construcão civil e<br />
outras indistrias do Estado, sendo também exportado para S. Paulo e<br />
diversas regiOes do pals. Coñio outros munidIpios próximos, foi desmembrado<br />
do municIpio de Curitiba.<br />
As notIcias históricas do primeiro n(icleo populacional 'Ia<br />
regiao tern origem no anode 1790, quando al se estabeleceu urn<br />
de deshravadores envolvidos em atividades de mineraçâo. Deram-111C.<br />
nome de Nossa Senhora do Amparo de Votuverava.<br />
Pela Lei Provincial n 30, dc 7 de abril de 1855 foi elevado<br />
categoria de Freguesia. A3 de abril de 1871 foi elevado a municIpio corn<br />
o nome de Votuverava. Em 1908 passou a denominar-se Vila Rio<br />
Branco. A 20 de outubro de 19380 municlpio foi extinto e seu territóri<br />
anexado ao municlpio de Cerro Azul como simples distrito. A 30 di<br />
dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei n 199 voltou a ter 0 nOde<br />
Votuverava. Finalmente, pela Lei Estadual n 2, de 10 de outubro de<br />
1947 adquiriu novamente a autonornia municipal passando a charnar-s<br />
70
Rio Branco do Sul.<br />
Corn area de 1190 km quadrados é urn dos municIpios mais<br />
elensee do Estado. Conta atualmente corn mais de 40 mil habitantes.<br />
E haiihido pelos rios Açungui, Ribei.ra, Tacaniça, Ribeirinha c Santana.<br />
Açuugui é seu iinico distrito. Graças a industrializaçao e<br />
iUnuas atividades agricolas e pacuárias, mantém harmonioso desenvr,lvirnenfo<br />
social e econômico que absorve toda a forca de trabaiho da<br />
regio em atividades produtivas. Sua Iigaçao corn Curitiba éfeita pot via<br />
frr€i e rodovia asfaltada.<br />
As necessidades de formacãoprofissional do setor secundário<br />
vinharn sendo atendidas no Centro de Formaçao Profissiona! do SENAL<br />
dc Curitiba. ou pelas Unidades Móveis. Acentuando-se a demanda de<br />
Treinamejito e Qualificacao Profissional e atendendo ao interesse<br />
maui festo das indüstrias locais, o SENAI resolveu instal at urn Centro de<br />
Forrtiaçao Profissional. Para isso contou corn a colaboraçao da Cia.<br />
Votorant;rn e da Prefeitura municipal.<br />
Seg'rnclo o Acordo de Cooperação estabelecido, coube ao<br />
SENAI contrihuir corn a direçao, o pessoal técnico, rn<strong>aqui</strong>nário, equipanlentc)s,<br />
material pedagógico e hihia Votorantim<br />
iih n . t<br />
predio. moveis, energia<br />
•<br />
eletrica,<br />
.-'<br />
agua<br />
•<br />
e telefone; e a Prefeitura,<br />
C0111 111,1xiliares de secretaria, serventia e vigilâficia.<br />
o Centro foi ma tad6éth<br />
- .<br />
djWho de 1983 corn a<br />
I:3re-enca dos T)iretores<br />
-<br />
do SENA!,`<br />
- L,4.<br />
Prefeitura Municipal, da Cia.<br />
\Tutorantim. diversos indflsttiais, auW?idad gs 6 o primeiro e atual<br />
J)jretor, Prof. Edson Fornarolli.<br />
o C.F.P. encontra-e iodrnaMetit'equipado para atender a<br />
demania econónhica de m5OAezobrai qta!ifidade treinamento, das<br />
tbricas de cimento e de prodütosddivdOs do alcatio da região, e de<br />
o,ttris indiistrias riobranquense e 1icfpibViiiihos. Corn programas<br />
adequados o Centro possni instalaôe attidthinitraçao, higiene,<br />
material didático, oficinas para a fOr iaáfëasde i'necãnica geral,<br />
eietricidacJe, eletrönica, pnewiiática'e otitta atiWdades operacionais<br />
this inctüstrias daquela microrregiaogeo-ècoiiornia. São 49 postos de<br />
trabalho permanentes e auxiliares.<br />
AIérn das instalaçOes prOprias o C.FP.de Rio Branco do Sul<br />
conta corn o apoio do Centro de UnidadesMóvejs de Formaçao<br />
Profiss i o nal de Curitiba. No correr do Ciltinio ano, matriculou 222<br />
'los cursos de qu.alificação e aperfeiçoamento, registrando urna<br />
eficiôncia de 140 concluintes.<br />
1.12 - C. F. P. de Giiarapuava<br />
Ha 222 anos, uma expedicão militar comandada pelo Ten.<br />
Cãndido Xavier, partindo dos Campos Gerais vencia a Serra cia Boa<br />
Esperança e chegava aos Campos de Guarapuava, ate en.tão paimilhacia<br />
pelos filhos da terra pré-colombianos e pot poucos bandeirantes que au<br />
chegaram, dois anos atrás, sem se fixarem. No ano seguinte nova<br />
expedição comandada pot Afonso Boteiho Sarnpaio e Souza reforçava<br />
a anterior. -<br />
As hostilidades dos guaranis e caingangues repel.irani ambas<br />
as expediçOes corn o grito de guerra: "Co lvi. Oguereco Yara". on seja,<br />
"Esta terra tern dono", atribuIdo ao cacique Guairacá.<br />
Passados quase quarenta anos, nova e aguerrida expedição<br />
comandada pelo Ten. Ce!. Diogo Pinto de Azevedo Portugal acompanhada<br />
pe!o Padre Francisco das Chagas Lima fiindou urn arraial<br />
fortificado "Atalaia" pot descortinar extensa area de campo e capOes de<br />
rnato. Em 1817, em virtude da repressao que, vez pot outra era obrigado<br />
a opor a reacão dos si!vIcolas, e mesmo sendo considerado muito<br />
independente. Diogo Pinto foi suhstituIdo pelo Ten. Antonio Rocha.<br />
Loures.<br />
A 10 quilômetros de Atalaia, pot interferéncia do Pc. Francis<br />
co das Chagas Lima e de Dorn Matheus, bispo de São Paulo, o Santo<br />
Padre o Papa João VI criou a Igreja Paroquial e Freguesia de Nossa<br />
Senhora do Belém de Guarapuava, oficia!izada pot a!vará rdgio de 9 de<br />
ezembrode 1819.<br />
A 28 de abril de 1.825 a Freguesia foi tomada e incendiada<br />
pe!os Indios. A ocupação dos silvIcolas clurou pouco tempo, repe!idos<br />
que foram para sItios bern afastados do povoado.<br />
Em 1.836 foi fundada a primeira escola do povoado e entregue<br />
A ProP Bibiana Carrie] Bitencourt.<br />
Em 1852 esse niiice!o populacional foi elevado a categoria de<br />
Vila separada de Castro. 0 primeiro prefeito foi oCLPedro-Lustosa dc<br />
Siqueira; o Juiz de Paz Bernardino José Lacerda e Presidente da Cãmara<br />
Major LuIs da Silva Gomes.<br />
RI
Em .1853 aFreguesiadeGuarapuavafoi novamenteameaçada<br />
de detruicão pelos Indios, que não tiverarn êxito, graças a reacão de 36<br />
hrivns gl'arapuavanos chefiados por Antonio de Si Carnargo, mais<br />
ipr r !e !innrado pela Coroa corn o tItulo de Visconde de Guarapuava.<br />
A popu!açao aumentou rapidarnente. No começo, os fazendcros<br />
residentes nos "Campos Gerais', pasavam apenas poucos meses<br />
por a.no eni suas propriedades; porém as facilidades corn que as terras<br />
el Rill concedidas. motivaram muitasfaPiulias empobrecidas de Curitiba,<br />
Grossa e Castro para IA fixarem tesidéticia, acelerando o cresciniito<br />
da populacão e o progresso da tegião.<br />
Guarapuava, aYmo Ponta Grossa, Castro e Patinas foram Os<br />
principals polos de desenvoIVimeito daSOdedade Campeira do Paraná.<br />
Os hahitantes. como OS dos demais p6los socio-econômicos do Estado,<br />
quando economizavani algum dinheiro, viajavam para o Rio Grande do<br />
Soil de onde traziam tropas debovinos, Üno emuaresque depois de<br />
nvernareni nas fazendas erarn tarigidäs Oara a Feira de Sorocaha para<br />
aIsereni verididas a outros tatitos cOni ciâñtesde S. Paulo, Rio Minas.<br />
Os guarapuavanos tOmattirn part ätiva no tropeirisnio, tn-<br />
Ihaudo bravarnente a Estrada de Viathão:a, iñtrépidos filhos da terra<br />
conqiiistada por valentes Bandeirantes pautistas e curitibanos rumaram<br />
para o sudoeste e oeste, fundando outras : cidades, corno Pato Branco e<br />
(7ascavel. Nas fazendas destacava-se a oper .osidade do hraco africano.<br />
Atualmente conta cornI6Otni1habitäfitempenhados nas<br />
mais vaniadas atividades dstaandbsea grbpeuaria e indiistria de<br />
base e agroindtIstria.<br />
Está lirnitada corn os mtinicItiios do Laranjeiras do Sul,<br />
Fitanga, Mangueirinha, Chopinzinho, PrudentOpolis, Palmital, Cãndido<br />
de Ahreu. Inicio Martins e Pinhão. Conta corn os distritos de<br />
(anipina do Sirnäo, Candoi, CantagaIo EtitreRios, Goioxim, Guairaca,<br />
(iI!ara .tacutinga. Marquinho, Palmeininha, Paz, Boqueirão, Carro-<br />
Ouebrado, Jordo e Morro Alto.<br />
Está situada a 1120m de altitude, no tetcciro planalto do<br />
Paraná.<br />
As atividades do SENAI tornaram-se continuas a partir de<br />
184 corn o atendimento a indüstria local pelas Unidades Móveis que<br />
se instalavani em prédios da Prefeitura. As acOes de formaçao e<br />
treinamento foram coordenadas inicialmente pelo técnico Edrniind<br />
Intema coadjuvado pelo Instrutor Manoel de Matos Neto.<br />
Tendo em vista o interesse cia comunidade e do gnvetn'<br />
municipal, em 1988 o SENA! construiu urn piédio em terfeno chah<br />
pela Prefeitura na gestão de Nivaldo Passos Kruger, inaugurado a 27<br />
dezembro de 1988.<br />
0 C.F.P. de Guarapuava abrange espacos fIsicos de admiiis<br />
tração, secretania, salas de aula convencionais e salas especiais pan<br />
treinamento e desenho técnico industrial, oficinas e demais instaaç&<br />
para as cursos de marcenaria, eletricidade predial e industrial e 1<br />
comandos elétricos. Além dessas instalaçOes recebe o apoio técrii<br />
operacional das dezenas de oficinas do Centro de Unidades MOve Is 1L<br />
Forrnaçao Profissional de Curitiba. Atualmente o Centro é dinigido pci<br />
competente e dinâmico Prof. Tede Gornes Camacho auxiliado pnr tim<br />
corpo técnico, administrativo e de serventia formado por ill servidnres<br />
0 Centro tern 134 postos de trahalho permanentes e auxiliares.<br />
Durante os ültimos trés anos foram qualificados, aperfeic<br />
dos ou treinados 7.266 trabalhadores corn apoio institucional e du<br />
empresariado regional. Está apto a atender a toda a demanda econOrn lea<br />
de forrnaçao profissional de Guarapuava e municIpios vizinbos nas<br />
modalidades de aperfeicoamento, qualificaçao e treinamenfo pnofi•cstonal.<br />
1.13 - C. F. P. de Apucarana<br />
0 municIpio de Apucarana situa-se na amiga regiño do<br />
Guaira, campo de disputas econOmicas entre portugueses nil mlis<br />
particularmente, entre handeirantes paulistas e os conquistadores espa<br />
nhóis vindos do Paraguai.<br />
Na sede de exploraçao de metais preciosos e na caça ao::<br />
Indios, ambos os lados defrontavam-se em renhidas pelejas. Pot lint,<br />
handeirantes paulistas acabarani vencendo e destruitido os nOcIco.'<br />
populacionais fundados pelos espanhóis, como Ciudad Real, Vita Rico<br />
Del Espiritu Santo e os aldeamentos organizados pelos Jesultas On<br />
I 83
conhl)anvos espanhóis foram escorraçados para aldm das barrancas (10<br />
rin Pran e Os Jesultas e seiis Indios aldeados sobreviventes, para além<br />
das corrrdeiras do Igtuaçu.<br />
Mais tarde. sern inclios Para prear e nâo tendo encontrado new<br />
'ito nern prata, os bandeirarites abandonararn a região, voltando-se<br />
novas aventuras nos Estados de Mato Grosso e Minas Gerais.<br />
A näo ser pela presença do exército brasileiro nas guarniçoes<br />
de fronwiri e de poucas povoaçOes nas niargens do rio Parariapanema,<br />
lod;ia r. giio a oeste do rio Tibaji, onde hoje se situam importantes<br />
rilades. ficou entregue a solidão dos sertöes, somente quebrada pelo<br />
ias fa!har das exuberantes florestas, peIo canto dos pássaros e pelo<br />
ma ii.' I hat dos rios.<br />
A forniaçäo do n(icleo populacional que deu origem a<br />
Apii:arana vem corn o niesmo movirnento de colonizaçäo do Norte do<br />
iraI qul' inol:ivou e estimulou o surgimento de outras cidades, como<br />
i,tuIrina e Maringá a partir da terceiraddcada deste sécido, corn<br />
special destaqueAs empresas Paraná Plantation Ltda., a Companhia de<br />
Mchorame.ntos Norte do Paraná e a Companhia Ferroviária S. Paulo-<br />
F'ii aria. que passando porApucaranarupo apeste,chego.0 aid Cianorte.<br />
Hoje Apucarana recebe.Qs trilhos da Estrada dc Ferro Central<br />
do Paraná que. I i gando o Norte ao poro deParanaguá, se constitui num<br />
dos principais corredores de exportaço. das.. grandes safras e dos<br />
produtos agricolase pecuários in natnra ou industrializados, nao so para<br />
oniroc Fsiados. mas ate para o exterior.<br />
Os pe rImetros urbano e rural de Apucarana foram dernarcados<br />
pl . o setiarissla Benevides Mesquita, que chegou aos altos da Serra de<br />
•Ajucaraiia onde fixara residéncia em 1934, Para isso encarregado pela<br />
('onilxinliia Melhorarnentos Norte do Paraná. Sua colonizacão seguiu o<br />
niesrno curso das de Londrina e Maringá.<br />
Devido ao notável e rapido.ptogresso, em 30 de dezembro de<br />
1 0 43. pelo Decreto-Lei Estadual n Q 199 do Interventor Manoel Ribas,<br />
fri eie'ada i categoria de rnunicIpio, desmembrado de Londrina c<br />
in €'m .28 dc janeiro de 1944.<br />
C) prirneiro prefeito, norneado, foi o 1 Ten. José Luis dos<br />
anios e o prirneiro prefeito eleito (16/11/1947) , o pioneiro Carlos<br />
'vlassarctto.<br />
Apucarana está limitada corn os rnunicIpios de Mandaguari.<br />
California. Londrina, Sabaudia, Arapongas, Marilândiä do Sul. Rio<br />
Born e Cambira. Situada a 983 m de altitude, pösu 1itha arne.no e<br />
saudável. Tern os distritos de Pirapó, Sâo Pedro, Cortia do Freitas e<br />
Vila Reis. Apucarana, "base ou entrada de imensd f1Ordsta', forma hoje<br />
entre as dez rnaiores cidades do Estado, corn urna popu1aão de 1.00 niil<br />
hahitantes.<br />
Entre as diversas indiistrias corn cerca de 14.455 traball'iailo<br />
res, destacam-se atividades de confeccOes, téxteis, curturfles, calçadns,<br />
baterias e acurnuladores elétricos; rrietaltirgicas, agroindiistrias. desti<br />
larias e uma das niais niodernas e importantes fábricas de bonds do<br />
mundo, procurados ate pelos azes da FOrmula Urn.<br />
No setor educacional conta corn 100 estabelecimentos de i c<br />
2 gratis e unia Faculdade de Ensino Superior corn indnieros Cursos nas<br />
Areas de Administracão, Ciéncias Contábeis e Econômic.as , corn capa<br />
cidade para. 2.000 alunos.<br />
Para clar apoio a qualificacão a mâo-de-ohra local nos setnr"<br />
industrial, dos iransportes e das cornunicaçOes, o SENAI instalou na<br />
sede municipal, em 1986, urn Centro de Formacão Profissional. Para.<br />
isso firmou acord.o de comodato para uso de trés pavilhOes da Fundaçao<br />
do Ensino Tdcnico que estavarn desativados. 0 regime de atendiniento<br />
adotado pelo SENAI, atravds de suas Unidacies Móveis dão-lhe capacidade<br />
técnica para atender a toda a demarida de qualificação e treinamn<br />
to profissionais, quer locais, como dos rnunicIpios vizinhos, no splor<br />
secundário. Tern 134 postos de trahaiho permanentes e auxiliares.<br />
Para planejar e coordenar as açOes de formação profissional<br />
foi nonieado o Prof. Manuel de AraOjo Ortiz, especializado na Area.<br />
No Oltirno ano o C.F.P. rnatriculou 442 alunos nos cursos dc<br />
qualificacio profissinnal. de "Aprendizagern no Próprio Eiiprego" c<br />
em treinamentos realizados dentro e fora de seus epacofIsicos,<br />
alcançando a eficiéncia de 404 concluintes.<br />
ApOs vários entendinienlos corn autoridades iittssaclas nn<br />
formacäo de mäo-de-obra do niiinicípio e em especiâldthO St. Milton<br />
Geraldo Lampe, Presidente cia Associacäo Con4hrc?al & In'dustrial no<br />
dia 10/08/1992 foi doado ao SENAI urn terreilo de 11.81.8 metros<br />
quadrados Para a construcão e instalaçao do Centtoerh pt'ddio prOprio,<br />
RII Sc
1w tie acnder a. de.nianda de formação profissional, pelos contribuindo<br />
SFNAI. desse e de outros mun.icIpios vizinhos.<br />
(nm a construção e instalacão desse novo Centro e dos<br />
Confi-cis j Ji. existentes em Maringá e Londrina, está o SENAI em<br />
condiçñcs tie atender a toda necessidade econômica, de formaçao e<br />
re in niento profissional do setor secundário na area de abrangéricia do<br />
Noite do Paranã. Para tais realizaçOes o SENAI vem recebendo o<br />
!ip-'!Ive1 apolo cias classes econômicas e profissionais, hem como<br />
wwrrnos mitnicipais da região.<br />
.1.4 - C. F. P. de Toledo<br />
Siltiado na região oeste do Paraná, nas vizinhanças do rio<br />
I'ar;,na, nIIm passaclo clistante Toledo já• fol palco das tropelias de<br />
balhleirantes e colon izadores espanhóis em busca.de ouro e prata e na<br />
Captitra (IC indios para., escravizados, trabaiharem em suas fazendas.<br />
1)esciberto o Brasil, enquanto portugueses .descendo o Atlãntico desembarcavam<br />
tias baIas ou simples ancoradouros para all darem inIcio<br />
ans priinetio.s nucleos populacionais e dali, rurno a oeste, iniciaram suas<br />
avenluraseni busca de riquezas econquistas territodais,.como foi o caso<br />
de S. Vicente, Paranaguá e São Francisco. Os espanhóis de Felipe If e<br />
Felipe lii. Incalizaram-se além dos Andes, atravessaram a cordilheira<br />
piia eliegar a Argentina ou descendo o mesmo Atlãntico do outro lado<br />
' lo m o ridiano de Tordesilhas, subiarn o rio .da Prata para fundarem<br />
i1ço. Da I estenderani seu domInio para leste, chegando a margem<br />
esquerda do rio Tibaji.<br />
Felipe III, rei da Espanha, pot carta régia de 1608 criou a<br />
proN im -1 ,1 do Gi.iairi clue ia dos rios Paraná ao Tibaji edo Paranapanema<br />
n hiiacii. Para pacificar os indIgenas ( revoitados.contra os colonizadoc,nhis.<br />
eutregou a administraçao da provIncia aos JesuItas, que<br />
itin de pacificar os ãnimos organizaram as ReduçOes que cram<br />
coinpostas de virios aldeamentos. No entanto, a poiltica de governo<br />
;tdotada pelos Padres trouxe descontentame.nto a espanhóis e portugueses.<br />
pois impedia-os de escravizar os Indios.<br />
DestruIdas as cidades espanholas; destruIdos os aldeamentos<br />
criados pelos JesuItas, estes, corn os nativos sobreviventes ahandonaram<br />
a região do Guairá e, atravessando o Iguaçu, rumaram para o sin,<br />
indo fundar novas "MissOes" as margens do rio Uruguai, cujos territórios<br />
voltariam novamente ao Brash, permutados pela "Colônia de<br />
Sacramento", fundada pelos potugueses em frente a Buenos Aires.<br />
Scm Indios para prear, não tendo encontrado nern ouro nem<br />
prata, os bandeirantes paulistas ahandonaram a região do Guairã qtte<br />
ficaria por mais de dois séculos esquecida, a não ser pot niissöes<br />
militares de fronteira e pouco significantes n6cleos populacionais nas<br />
margens dos grandes rios Paraná e Paranapanema.<br />
Toledo, desrnembrado de Cascavel a partir da década de 1930.<br />
prossegue no mesmo curso histórico cujo marco inicial que se estaheleceu<br />
as margens da estrada que liga Guarapuava a Foz do Iguactn, é<br />
encontrado na compra de terras feita pelo guarapuavano José Silveira do<br />
Oliveira, o qual passou a atrair para aquela região outros colonizadores,<br />
ate o novo e decisivo impulso provocado pelos teutos e Italo-gatchoc<br />
vjndos do Rio Grande do Sul.<br />
Em 1946 a "Industrial Madeireira Colonizadora Rio Parana<br />
adquiriu as terras da antiga Fazenda Britãnia para au fundar uma cidade<br />
que seria denominada Toledo. Seu rápido crescimento proporcionohi a<br />
elevaçao da nova concentração populacional a categoria de municIpo,<br />
em 14 de novembro de 1951.<br />
Limita-se corn os municIpios de Cascavel, Marechal Cãndido<br />
Rondon, Palotina, Assis Chateabriand, Céu Azul, Matelândia e Santa<br />
Helena. Setis distritos são: Dez de Maio, Dois Irmãos, Memória, Novo<br />
Sarandi, Vita Nova, Nova Santa Rosa, Ouro Verde, São Miguel e<br />
Bragantina.<br />
Desde 1930, alheio as convulsOes socio-polIticas que agitaram<br />
opals corn a vitória das forças militares sob o comando do valoroso<br />
caudilho e culto brasileiro Getiilio Vargas, assessorado pelos näo menos<br />
cultos e patriotas singulares José Antonio Flores da Cunha e Osvaldo<br />
Aranha, corn o apoio inicial do dinârnico e fervOroso Interventor<br />
Manoel Ribas, a regiao oeste do Paraná, corn pólos de desenvolvimento<br />
mais acentuados em Cascavel e Toledo, não cessou de crescer. Haja<br />
vista a importância das safras agrIcolas, da pedu•ária,suInos e ayes e o<br />
estabelecimento de grandes indiistrias de produtos agrlcolas e peciiri-
c , Merece destaque a Frigohrás-Companhia Brasileira de FrigorIficos<br />
(pi p iusaloil em Toledo o rnaior complexo do ramo na America Latina.<br />
(fI1 a indistralizaçao diana de 120 bovinos, 2.300 suIrios, 230.000<br />
mrs (I a produçao de 305.000 ovos e 220.000 pintinhos; real izando o<br />
ciiliivo de 1.479,22 hetares em refloretamento de pinus, araucária,<br />
eialupto e outras esséncias vegetais e 24,20 hetares de plantio de<br />
hrilicas. AlCm de atender ao mercado nacional, exporta para a ltália,<br />
AIniinha Mercado Comum Europeu, Hong-Kong, lihas Canarias,<br />
Iajio. Golfo Pérsico, Arabia e Singapura.<br />
E claro que aIse localiza uma iffipOttante rede de indi,strias de<br />
all uo, como mecânica geral, eletricidade prdial e industrial, construçio<br />
civil, calcados, alimentos e outras.<br />
Para a construção do Centro de Foraçao Profissiona de<br />
Toledo. inaugurado a 14 de dezembro de 1986 -data que coincide corn<br />
o aniversarin da instalação do nlunicípio - o SENAL obteve a colaboraca'<br />
'ir 'mpresariado local, especialmente do Dr. Pedrinho Antonio<br />
F!Irlaii, na Cpoca Diretor Administrativo da empresa Frigohras do<br />
industrial Ernesto A. Boettcher; do Presidente da Coordenadonia da<br />
Feleraçäo das indUstrias do Estado do Paraná, industrial Walter Feiel;<br />
do ati.ial prefeito Luis Alberto de Araiijo e o apoio decisivo do então<br />
prefeito Dr. Albino Corazza Neto que, corn aprovação da Câmara<br />
Municipal mandou construir urn pavilhão de 882rn2, cedido inteiraiienfe<br />
an SENA!. para ali instalar o Centro de Formacao Profissional.<br />
As relaçOes do SENAI corn as principals empresas de Toledo<br />
jJ1 aointecia ha mais de uma dezena de anos. Essas eram atendidas<br />
ahavCs de Agentes de Treinamento das "Unidades Móveis', do Centro<br />
de 1nrmacao Profissional de Cascavel e ate mesmo do Centro de<br />
Fnrrnaço Profissionaf de Curitiba. Dc rnodo que já havia uma rotina de<br />
trahalho re.sllltante das boas relacOes estabelecidas entre o SENAI e o<br />
empresarado toleclense por ocasião da inauguraäo do C.F.P.<br />
Os resultados alcancadOs polo trabalho eficiente e honesto a<br />
favor dos empresánios e trabalhadores, maiitinhaVivo o interesse dessas<br />
categorias C do governo municipal ernpnhados em proporcionar me-<br />
Ihores condicão de vida a populacao.<br />
Pal porqne o contInuo interesse do governo municipal e da<br />
classe empresarial na prese.nça permanefitt do SENAI, corn, urn Centro<br />
de Formação Profissional, interesse que perseva no sentido de consc<br />
guir que oSENAI construa ali novos pavilhOes corn instalaçOes adequadas<br />
e assim aumentar o leque de novos cursos, inclusive de qualificacao<br />
intermediária, bern corno de treinamento profissionL Para isso a<br />
sociedade toledense prontifica-se a contnibuir co&relAiN6kdoacao do<br />
atual pavilhão e area compatIvel corn as neceMidadM'&isio ti<br />
conforme declaração do prefeito, Sr. Luis Alberto de Araüjo.<br />
Embora o espaco fIsico de 882m2 pareca reduido, o atual<br />
C.F.P. do SENAT de Toledo deu atendimento a dernanda econôrnica de<br />
forrnação e trein amen to prof issionais da regio, graças a Oficinas fix-as<br />
de aprendizagem nas ocupaçOes de eletricidade, rnecânica geral e<br />
dezenas de "Unidades Móveis de Forrnação Profissional" corn capaci.<br />
dade para desenvolver niais de uma centena de cursos de qualificaco<br />
e treinamento que abrangern ocupaçOes que vão da construçäo civil nt<br />
as areas ocupacionais de eletrOnica e de informática.<br />
Durante o ültirno ano, o C.F.P.do SENAI de Toledo corn 154<br />
postos de trahaiho permanentes e auxiliares atencleu 983 alunos em<br />
cursos de qualificacão profissional e treinamento realizados no interior<br />
do mesmo ou dentro das próprias empresas. E intencão da Direço do<br />
Departamento Regional do SENAI dotar oC.F.P. de Toledo de Lecurs°<br />
técnicos, administrativos e financeiros necessários para atender a dc<br />
nianda econOmica de formaçao profissional, não so de Toledo, rnas<br />
tarnbém de seus progressistas municIpios vizinhos. Para isso tern a<br />
certeza de que continuará a contar corn o apoio e a colaboraçäo de todo<br />
o empresariado e dos governos municipais e muito partidularmelite dos<br />
representanteS das categorias econômicas e profissionais di lahoriosa<br />
próspera região do oeste paranaense.<br />
Desde a inauguracão, o C.F.P. de Toledo veffi sendo dirigido<br />
pelo cledicado técnico Prof. Ademir José Fiametti, cujo aperfeicoainen<br />
to de sna forrnação tecnico-pedagógica vem tendo o contInuo apoio da<br />
Administracão do Depantamento Regional. Gacas a suacornpeténcia C<br />
idealismo a faina do SENAI, vem sendo tafflbéthpre'sf ido apolado<br />
pelo Presidente daCoordenadonia local da Federã4ãd Erithstrias.Sr<br />
Walter Fejel. Todo otrabalho Jos(.<br />
Fiametti não teria alcancado êxito se<br />
singulardos demais servidores do CFP. ern reSpdiM dos dinigentes do
(eiltw dc Unidades Móveis de Formação Profissional corn sede em<br />
Curitiba.<br />
2 (:ENIRO DE UNIDADES MO VEtS DE FORMAcA0<br />
PROFISSIONAL<br />
A sede do Centro de Unidades Móveis de Formaçao Profissorial<br />
do SENAI está loca1.izadaem Curitiba, a Rua Chile & 1678, junto<br />
A Mministracao Regional-<br />
No Estado do.Paraná são mais de duas centenas de municIpios<br />
(Inc. em major on menor escala, tern necessidades evidentes de formaçao<br />
profissional para atender a dernanda econômica do próprio desenvolvimento<br />
industrial. Eritretanto, a maioria não justifica os vultosos<br />
investimentos financeiros que a construcão, as instalacOes e a nianutençio<br />
de !!fli C.F.P. exige. Antes da década de 1970 as Unidades Móveis<br />
cle Fnrmação Profissional ja vinham operando em outros paIses da<br />
A,vrica Latina, especialmente corn a ajuda técnica e financeira da<br />
Coopetacão Técnica Internacional.<br />
No Brasil alguns Departamentos Regionais adotavam processos<br />
senielhantes. Aqui no Paraná a Administraçao Regional, em princIpbs<br />
de 1 0 70. cogitava da criacão de "Cenrros" corn instalaçOes apropridis<br />
pnrn o emprego de equipamentos intercarnbiáveis, por considerar<br />
que t,js "Unidades" apresentavam as seguintes vantagens: reduçao de<br />
'paços fIsicns e siniplificaçao das construcOes; aproveitamento intenivo<br />
dos equipamentos, evitando obsoletismo; credenciamento dc Instrijtores<br />
radicaclos nos rnunicIpios, treinados e preparados pelo SENAI<br />
para montar sees próprios negócios corn atividades contInuas e manter<br />
sempre vivo 0 interesse da populacao pela educaçao técuica; flexibilidade<br />
e variedade de Cursos - o que evitaria o congestionamento e a<br />
emigrnçäo da rnão-de-ohra qualificada.<br />
Corn a stibstituiçao da Direcão Regional e renovaçäo da<br />
equipe central do Departarnento Regional,•nva Diretoria optou pela<br />
criação de "Unidades Móveis" corn presença intermitente nos MunicIpios.<br />
Hoje. corn a experiCncia vitoriosa.do .segundo processo e a<br />
originalidade e vantagem do primeiro acredita-se que a cornbinaçao<br />
91)<br />
desses dois sistemas de Formaçao Profissional será, ainda por inuilu<br />
tempo, a meihor solucao para o problema da demanda de capacitacäo<br />
técnica para a grande maioria dos MunicIpios .paranaenses. Para os<br />
municIpios industrialmente mais vocacionados parce mais aconseIhvel<br />
"Centros" corn equipamentos intercambiáveis; parav aqueles corn<br />
necessidades menores, "Unidades Móveis". Centros fixosapetias pam<br />
as grandes concentaçöes industrials.<br />
A partir do primeiro semestre de 1974 várias "Unidades<br />
Móveis" forani implementadas pelos órgaos técnicos do Departamento<br />
Regional e deslocadas para o rnunicIpio de Pato Branco, a fim de serem<br />
submetidas a prova inicial. Experimentadas, tanto para atuação isolada.<br />
quanto para complernento das instalaçOes de Centros de Formnço<br />
Profissional, a sua utilidade e eficiência foi comprovada para o afrndimento<br />
das demandas municipais. Corn o correr do tempo foram crescen<br />
do em nñmero e areas ocupacionais, ultrapassando hoje a casa das trés<br />
dezenas.<br />
Além de atender a procura geral, as Unidades tern-se localizado<br />
no patio de empresas interessadas em qualificar, apetfeiçoar on<br />
treinar seus próprios empregados.<br />
Quando se trata de interesse da Comunidade, o atendimcnto<br />
é feito corn os equipamentos instalados nas próprias "carretas" ou em<br />
espacos fIsicos cedidos quase sempre pelas prefeituras municipais.<br />
Quer se trate de empresas ou das prefeituras, o transporte da "carretaoficina"<br />
e feito pelos interessados, que tambérn instalam, por sea conta.<br />
"poritos" de água e energia elétrica, bern como arcam corn as despesas<br />
do consumo de ambas.<br />
Inicialmente, as "Unidades Móveis" estiveram subordinadas<br />
A Divisão de Ensino. Corn o crescirnento em némero e complexidade,<br />
a Administração Regional do SENAI resolveu reuni-Jasnum órgão<br />
autônomo, o "Centro de Unidades Móveis de Formaçao Profissional",<br />
subordinado diretamente a Diretoria Técnica.<br />
0 primeiro Diretor da nova Unidade 0pracional foi o Professor<br />
e Técnico em Treinamento Luis Carlos Ambrósio. Coma transferência<br />
dde para a Direçao do C.F.P. de União.da Vitória, foisubstituIdo<br />
pelo Engenheiro e Técnico em .FormacO . ,Profissoial Peraldo dc<br />
Oliveira Lima. ,.•.<br />
91
Atualmente o Centro de Unidades Móveis de Formação<br />
Prc'1i.sciriial do SENA! está equipado para atuar na qualificacao, aper-<br />
Ieiçoamcnto e treinaniento das seguintes areas ocupacionais: Eletrici-<br />
'lade, lnstataçoes l-Iidráulicas, Eletrônica, Calcados, Costura Industrial,<br />
J-tdraul,ca. Pneumática, Saneamerito, Matcenaria, Mecânica Geral,<br />
Meclnica Diesel, Soldagem e Mecânica de Manutencao de Máquinas<br />
,I,-' ( 'ositira Industrial, podendo atingir ate uma centena de ocupaçOes<br />
,',.nl diver-,a,; modalidades de FormaçAo PrOfissiOnal.<br />
1. ESCOLAS TECNICAS<br />
3.1 - Escola SENA! e Centro Técnic( y dë Ceiulose e Papel<br />
ne TeIêrnco Borba<br />
' SENAI. em TelCmaco Borba, apresenta caracterIsticas<br />
diera das dernais Uiiidad5Ofi bHgetietes - eis que abriga,<br />
nirft 1 1)(' 1)('911w so prédio, gCneros de f6fnio cfissional encentes ptt a<br />
sistemas de ensino de caracterIstica diVrsás: nãoforriial e formal.<br />
No prirneirocaso estäo Os curoprofisionais de Aprendiza-<br />
1 fl1. Aperfeicoarnento c Espëcializacâo, além de Treinaniento. No<br />
cFL!ndO caso está o CnttTéciit'dë'élulóse t Papel que integra o<br />
Sistrna de Enino SupIeüvO d tuVeHle2 grau:<br />
Conformc coñfa do t1ät6ti6 dO' partarnePto Regional<br />
relativo 210 exercIcio de 1940 e a esetitora I-{e11 Vellozo Fernandes faz<br />
reteréncia em seu magistral livro "Monte Alegre, Cidade Papel", as<br />
alivulades do SENAL em Monte Alegre tiveräm iñIcio nesse ano,<br />
iiiI'ndo al foram niinistrados Ctirsós deAprfëçôaiientopara traialha-<br />
Iorec quali heados das dc Clulose S/A. nas<br />
r:eas oeupacionais de mecânic,<br />
As IKPC, conio era conh&1da a'rf&id'ihdüstria , constitu-<br />
Ian-se cm especial atençäo do DiretOf d' tëto Regional, não<br />
sO p'r sua expressao social e econóthica, abrigando o maior n6n1ero de<br />
frahalliacl,:re.s nun sO estahelecimento e gi'idO iltri produto de demanda<br />
naci,nal cre.scente, porCm dependente74flase exclusivamente de<br />
in1pnrtaçi. mas sobretudo por se tratar de urn empreendimento cujos<br />
(H L<br />
dirigentes estavam sempre abertos para a mornjdade técnica e a<br />
meihoria do nIvel de vida de seus empregados<br />
Na larga visão de seu principal Ilder SamueL KI.aine perspicácia<br />
de seus superintendeiites Pericles Pacheco da Silva e.KavlZappert.<br />
projetava-se a imagem de uma comunidade que, àsôtnb'rada empresa,<br />
iria se desenvolver corn seguranca, harmonia e prosperidade. Seus<br />
antecessores ja haviarn contribuIdo para a concretização. .desse ideal,<br />
mudando inclusive o nome de rios e lugares onde haviam se desenrolado<br />
tragicos acontecimentos e qu.e enlutaram a vida do primeiro proprietário<br />
da "Fazenda Monte Alegre", José Felix - como é exemplo o nome dado<br />
por Hessel Klabin ao rio que. de rio Mortandade passou a deriominarse<br />
"Harnionia", nome esse também estendido a cidacle criada para sens<br />
Técnicos e Diretores.<br />
0 Eng9 Zappert contratado para a niontagern da Fábrica, na<br />
ocasião ocupava-se corn a Superintendéncia Técnica. enquanto Pericles<br />
Pacheco da Silva ocupava-se da Superintendéncia Administrativa.<br />
Designado por Zappert, desde o inIcio, ficara encarregado das relaçOes<br />
corn o SENAI, desempenhando ainda as funçOes de Coordenador dos<br />
cursos ministrados para os empregados da Indristria, o TCcnico Cláudio<br />
LobI que aliava a competéncia profissional singular sensibilidade<br />
humana.<br />
Na época, os tecnicos do SENAI para chegarem a Lagoa - seek<br />
social da Empresa corn escritórios. hotel, grupo escolare toda uma infi'aestrutura<br />
projetada e construIda para suportar o fabuloso empreendimento<br />
- seguiam de Curitiba pela Estrada do Cerne revestida de<br />
macadanie, principal via de acesso ao Norte Novo, ate Ventania, de<br />
onde partia urn ramal rodoviário para aquela localidade.<br />
Muitas vezes, pelo carninho topavani corn subidas, scm qual<br />
quer revestimento, que em tempo de chuva tornavam-se escoriegadias,<br />
obrigando-os a colocaçäo de correntes nas rodas do carrp.,..,,,,,<br />
Em 1956, além dos Cursos de AperfeicQarneptQp1a.mecànicos<br />
e eletricistas, foram ministrados Cursos RapiØp de Epima cão em<br />
mecãnica geral. no interior da própria oficina da empresaNesses cuisos<br />
era adotada a metodologia do SENAI, que fornecja3 aii da orientaco<br />
tecnico-pedagógica, o respectivo material didtio ew.co rno 0 certi-ficado<br />
de qiialificacao profissional para os concluintes.O ensino era<br />
•<br />
il<br />
- -<br />
-'I
ministrado pot Instrutores da própria empresa sob a orientação de seu<br />
encarregado, o técijico João Viezer que trabaihara nas oficinas da Reck<br />
:k Viaçâo Paraná-Santa Catarina (hoje RFFSA) e que havia se aperfeiçoado<br />
na Escola Profissional Ferroviária Ccl. Tibtircio Cavalcanti, em<br />
Pi,nta Gros-a.<br />
Em 1962 foi i.naugurado o "Centro de Treinamento e Formacoo<br />
de Mo-de-Ohra de Monte Alegre".<br />
Para dirigir o Centro e ministrar aulàs nos Cursos de Aprenhz.;gern<br />
(menores) e Qualificaçao Profissional (adultos), foi designado<br />
Professor Orual Nemésio Boska, ex-sePiidor do C.F.P. de Ponta<br />
Gross,] e professor de Ciéncias no C.F.P. de Curitiba.<br />
0 engenheiro Vil.ém Wilier, que havia substittiIdo o Eng<br />
7appert P qiie era do ramo da rnecãnica, cedera espaço fIsico na area<br />
ocuipdn pela Fábrica para que o SNAI instàlsse e administrasse o<br />
"'Pntro de Treinarnento e Forrnaço de Mäö-de-Obra de Monte Ale-<br />
'yr<br />
Por sua delicadeza de alma, colaboraçao e elevado interesse<br />
pela educaçäo tcnica dos trabalhadores jovens e aduitos, o Eng Vilém<br />
Willer, apesar de estrangeiro, granjeara entre o pessoal de erisino<br />
(SEN ACe 1KPC) além de m.erecedora amizade, respeitoa admiração.<br />
A inauguriço dessa nova Unidade Operacional do SENAI/PR aconte-<br />
CF,H n de setembro de 1962. As festividades contararn corn a presença<br />
lac principais chefias das IKPC, destacando-se bs sUp.rintendentes<br />
\'iléiii Wilier e Pericles Pacheco da Silva. Da parte do S.NAI, além de<br />
outros, estiveram prescntes o Diretor do DepartrnntoNacional, Enger,lieiro<br />
Paulo Affonso Horta Novaes; oPresideñtë da Federaçao das<br />
lncliistrias do Esta.do do Paratth e do COiisclho 16ional do SENAI,<br />
indu strial Lydio Paulo Bettega; oDitètOr dà afneiito Regional do<br />
SFNAI/PR. Prof. Antonio TheoliPdo Ftvidn;b Ditetor do Centro<br />
nlaug!Iraclo, Prof. Orual Nemésiô Bbska e t o'Cd6rderiador da Empresa<br />
Juntw3o SENA!. Eng Antonio Carlos de AlkiiiiinMoreira.<br />
Para identificar as necessidades de fohiiacao e treinarnento<br />
profissional das IKPC, acompanhar, promovèr du ministrar cursos e<br />
treina.mentos, a pedido dos SuperintendentOsda Fábria, o SENAI/PR<br />
eonvidou e treinon o professor de mMemáti David Laufer, que na<br />
casio lecionava no Colégio Estadual do PtaPá, em Curitiba, 0 qua]<br />
91<br />
pot suas caracterIsticas pessoais, cultura e vocação profissional. reveiava<br />
ótimas aptidOes e capacidade para desempenhar .aiém das funçñes<br />
de professor, o cargo de Encarregado do Desenvolvirnento de Recursos<br />
Hurnanos das IKPC.<br />
Para complementar a formaçao téflia do Prof.. David, (I<br />
SENAI/PR elaborou programa especIfico de treinamento, que foi pelo<br />
mesmo resalizado durante aproximadamente urn ano, no Departarnento<br />
Regional do SENAI do Parariá, e em Departamentos Regionais do<br />
SENAI de outros Estados.<br />
Decorridos 10 anos da inauguraçäo do referido Centro, tenclo<br />
em vista o su.cesso dos Cursos e Treinamentos ministrados pelo SENAT<br />
em Monte Alegre, e diante do acelerado desenvolvimento socio-econO<br />
mico da região papeleira do Estado, bern comopeio manifesto interesse<br />
da Diretoria das IKPC, a Administraçao Regional do SENAL tonou<br />
providCncias para ali set construIdo urn Centro de Forniação Profissio<br />
nai que, alérn dos Cursos de Qualificaçäo, Aperfeicoaniento e Treinamento<br />
profissionais preparasse rnao-dc-obra em nIvei Técnico para<br />
atendera grande necessidade das IKPC e das demais indCstrias papeieiras<br />
do Paraná e do pals. Corn esse objetivo obteve a cooperação técnica"<br />
financeira das IKPC edo Departarnento Nacional do SENAJ e tambCni<br />
a cooperacão financeira do Ministério da Educaçao - gracas ao apoio do<br />
seu Secretário Geral Prof. Jorge Alberto Furtado edo Diretor do Ensino<br />
Industrial Prof. Paulo Dutra de Castro. Somente as IKPC contrihuirarn<br />
corn Cr$ 300.000,00 para a construção do edifIcio do Centro, or(;ada em<br />
Cr$ 650.033,51.<br />
0 Convénio firmado corn as IKPC previa que o SENAI/PR<br />
atenderia as seguintes areas de formacão e treinamento profissional:<br />
a) Aprendizagem do Menores;<br />
b) Quaiificacao de Adultos;<br />
c) Aperfeiçoamento de Adultos;<br />
d) Aperfeicoarnento de Supervisores;<br />
e) Forrnaçao de Auxiliares Técnicos eTéCnios clii Celulose<br />
ePapel;<br />
t) Aperfeiçoamento e Especialização pa1aMetfe e Técni<br />
cos.<br />
Para o planejamento da consttticãO e inStalaçãO do Centro,<br />
aiém da contribuicão direta do então DiretotAdjuilto ddDepartamento<br />
It<br />
42
Nacinnal 10 SENA! Prof. MaurIlio Leite AraCijo, o SENAI recebeu a<br />
cohoraçno direta dos meihores técnicos das IKPC, detentores da mais<br />
:IvaI,ca(Ia tecnologia de fahricaçao de celulose e papel do pals.<br />
Em setembro de 1972, a Escola SENA! e Centro Técnico de<br />
('eltibose e Papel de Telémaco Borba estavarn construldos coni oficinas<br />
de aprendizagein de mecânica de manutenção, mecãnica de automóveis<br />
c eletricidade, totalmente equipadas e sendo iniciado o processo de<br />
iriliço para a compra de materials de laboratório para os Cursos<br />
ien nTreinamento do Pessoal das IKPC foi transferido da Fábrica<br />
para o novo Centro e eñi plena âtividade.<br />
Cumpre destãàt,' no deciirso Us atividde do SENAL em<br />
Monte Alegre, a indispehsáv1 e vhlioSa dôlàborac prestada ao<br />
SENAI nos ültimos 43 anos pelos t6nicos'espedi1zadosdas IKPC:<br />
CJiitclio Lohi. desenhista industrial; engenheiros quItnics Cyro Elecid<br />
Agnitani. Aldo Sani. Wobodynir Gallat, Leonel KOleski. Ricardo<br />
(raioI. René. Rickli Ficher; pelo Administrador de Empresas Alberto<br />
Rndolfo Pins, e pelos Diretores e Superintendentes Gerais Jiri Aron,<br />
B'nccliclo Dutra e o atual. VirgIlio Castelo Branco, além do inesquecIvel<br />
Vijém Wilier e Pericles Pacheco da Silva. Bern assim, merecern<br />
especial nienco os Prefeitos Euclydes Marcola e Denizar Ribas de<br />
('arvaiho cjne sempre prestaram valiosa colaboraçâo ao SENAJ. 0<br />
primeiro inclusive assinou a escritura piIbhca do terreno que o municIpin<br />
de Tel éniaco Borba fez doacão para a construção do Centro.<br />
0 primeiro Diretor designado para a nova Escola de Telémaco<br />
Borha fol o Professor Orual NernCslo Boska, que permaneceu no cargo<br />
ate 3 [/12/1981. desenvolvendo eficiente trabalho de pioneirismo no<br />
gCnero. cjuando foi transferido para a cüpula da Administracão Regiona1.<br />
Sell atual Diretor e o Eng QuImico, Nelson Tadeu Galvão de<br />
Oliveira, qile tern como assistente o Professor Massayoshi Condo.<br />
Para a localizacao do "Centro", hoje. denorninado Escola<br />
SEN At e Centro TCcnico de Celubose e Papel., na cidade de Telémaco<br />
i3orha, afé.m do interesse dos lIderes e administradores Samuel Kiahin,<br />
Pericles Pacheco da Silva, Vilém Willere demaisniembros do corpo<br />
iCenico e administrativo das IKPC, contribuiu principalniente o fato de<br />
all estar concentrado o rnaior parque pape1eiro , a America Latina que,<br />
por sua versalilidade e pioneirismo, num pals em desenvolvimento,<br />
possula as caracteristicas ideals para a complenientaçäo da formacn<br />
escolar dos tecnicos, através de programas de estgio, num dos melhn<br />
res ambientes de produçao de celulose e papel do pal.<br />
0 pioneirismo dos membros da famIlia Kiabin e Laffer na<br />
fabricacão dos referidos produtos, conhecedores e importadores das<br />
melhores tecnologias da Europa e dos Estados Unidos. é exattado pela<br />
cxcepcional coragem empregada, na transformação de terras cobertas<br />
de floresta. em areas de intenso desenvolvimento social e econômico.<br />
Difeiente do que existia no género, seus idealizadores, corn rara<br />
conipeténcia e criatividade conceberam e construIram uma grancle<br />
ind(istria no coracäo do sertâo paranaense.Tornararn-na auto-suficiente<br />
a partir da geracão da própria energia, utilizando fontes alternativas,<br />
como quedas d'gua e vapor de caldeiras aqueciclas a carvão mineral e<br />
óleo diesel. Desde o princIpio procuraram defender o melo ambiente<br />
corn o aproveitamento e util izacão dos efluentes cáusticos; Hoje encon -<br />
tram-se as IKPC engajadas nuni grande projeto de despoluicâo do<br />
grande e histórico rio Tibagi.<br />
Para a concorrCncia da construcâo do ediflcio do "Centro"<br />
fora nomeada uma Comissão de servidores do SENAI/PR presidida<br />
pebo cornpetente e honrado Eng Frederico Brambila que tarnhrn<br />
acompanhou a exccucão da obra ate o fini.<br />
A construção foi correta e ficimente executada pela firma<br />
vencedora da concorrCncia, "IndCstria e ComCrcio Tamandaré Ltd,-.A.presidida<br />
pelo Eng Q Harro Olavo Mueller, que contou corn a competente<br />
e honesta dedicaçao de seu gerene Geanfranco Bertoni.<br />
Atualmente a "Escola SENAI e Centro Técnico de Celulose<br />
e Papel" de Telêrnaco Borba ministram cursos de Aprendizagem,<br />
Qualificaçâo, Aperfeicoarnento, Especiaiizaçâo e Treinamento em diversas<br />
areas ocupacionais, em nIvel técnico e superior, especialmente<br />
nas atividades de fabricaçao de Celulose e Papel. Alunos procedentes de<br />
outras localidades paranaenses, hem como de outros Estados, so<br />
contemplados pelo SENA! corn holsas de estudos para cObrir<br />
despesas de estadia na cidade de Telémaco Borba.<br />
Ambas mantérn 570 postos de trahaiho perManentds e auxil Iares.<br />
No ültimo exercicio matricularam 1.526 alufios, alcancando a<br />
eficiéucia de 1.272 concluintes.<br />
9-<br />
I-.
Hoje a "Escola" estende sua acão a todas as indüstrias de<br />
telérnaco Borha e dos municIpios vizinhos, nas modal idades de aprenqtialificaçao<br />
profissionais, treinamento operacional e de<br />
s!lperv icoI Ps e "Aprendizagem Metódica no Próprio Emprego.<br />
Quando do planejamento e da construção da Fábrica, toda a<br />
area de terras corn 65.000 alqueires adquiridas pelo grupo da Kiabi.n<br />
fazia parte cia Fazenda Monte Alegre, situada no municIpio de Tibaji.<br />
Corn o desenvolvimento social e econômico provocado pela nova<br />
indistria. a area pot cia ocupada e pela vizinha localidade, denorninada<br />
Cida.de Nova, foi desmembrada do municIpio de Tibaji e elevada a<br />
categoria de rnunicIpio pela Lei ng 4.779, de 5 dejiilhO de 1963, corn o<br />
norne dc Telémaco Borba. 0 novo municIpio de Telérnaco Borha foi<br />
instalado a 21 de marco de 1964. Lirnita-se corn ôs mtnicIpios de<br />
Ortigue.ira. Curidva, Reserva e Tibaji.<br />
o prinleiro prefeito foi o pioneiro e inolvidávei Superintendente<br />
Administrativo das IKPC, Pericles Pacheco da Silva. Alias é born<br />
!emhrar que personagens singulares como Samuel Kiabin, Vilem Wilier<br />
e Prjr1es Pacheco da Silva jamais deveräo ser omitidos na histOria do<br />
dpsenvnlvime.nto econômico e social do Paraná edo Brasil e bern assini<br />
crnpre lernhrados na história da Unidade Operacionai do SENA! de<br />
Te1111 aco florba.<br />
o norne dado ao novo municIpio deve-se a memória de<br />
das figuras exponenciais mais destacadas e originais do Paraná.<br />
Segundo o historiador Ruy Chistovam Wachowicz, Telérnaco<br />
Augi isto EnCas Moracines Borba nasçeu em Piraquara, a 15 de setembro<br />
de 1840.Sertanista e etnóiogo, estudou ern•Curitibaonde concluiu o<br />
Corso Secundário. Pesquisou o Sertão Para.naense na região dos rios<br />
Jval. Tibaji e Paraná. na companhia de Frei Tirnótheo de Castelnovo, o<br />
religioso que fundou o aldeamentoindIgenade São Pedro de Aicântara,<br />
s roargens do Tihaji, nas proximidades do .tio Paranapanenia. Pot seu<br />
trabaiho pioneiro e patriótico, em suas alTdanças, tornou-se amigo de<br />
lazendeiros e indIgenas. Poliglota, falava inclusive a lingua dos<br />
caingangues. Foi deputado provincial e stadual, Vice-Presidente do<br />
Estado do Paraná, Prefeito de Tibaji e Inspetor Escolar. Sua mernória<br />
iiietece ser cultuada pelo valor de sua intligencia e pelo exemplo de<br />
trahaiho perseverante que deixou em favor da história, da gente e do<br />
progresso econôrnico, social e politico do Parana'. Faieceu em 23 de<br />
dezembro de 1918.<br />
3.2 - Escola Técnica de Saneamento<br />
Desde várias décadas o SENAI vinha colaborando corn a<br />
Companhia de Sanearnento do Paraná-SANEPAR na qualificacäo e<br />
treinamento profissional da mão-de-obra empregada em ativiclades de<br />
saneamento, instaiacao de Redes Ptihlicas e Ramais Prediais de Aguas<br />
e Esgoto, EstaçOes Elevatórias e de Tratamento de Agua. Cursos<br />
Treinamentos realizavam-se e ainda se realizam em Centros de Forma<br />
ção Profissional do SENAL, da SANEPAR ou através de Uniclades<br />
Móveis.<br />
Depois que técnicos do SENAI acrescentararn as experiéncias<br />
adquiridas nas acöes de formacao profissional desenvolvidas em colaboracao<br />
corn a SANEPAR. informaçOes coihidas nos Estados de So<br />
Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e provenientes de estudos e pesqni<br />
sas da qualidade e intensidade da demanda de qualificacaO técni e<br />
treinamento nas areas ocupacionais envoividas, tendb em vista ainda a<br />
ausência de formação técnica em nIvel de 2 grau para as atividades de<br />
Saneamento no pals - a Direçao Regional do SENA! opton pela<br />
construcão e instalacao de uma Escola Técnica de Saneamento. Essa<br />
nova Unidade Operacional teriapor objetivo realizar Cursos Técnicos<br />
em nlvel de 2 grail, bern corno Cursos de Aperfeiçoamento e Treinamento<br />
em todos os nIveis da hierarquia profissional abrangidos pelas<br />
atividades de Saneamento.<br />
Para justificar os investimentos necessários, a Escola teria<br />
âmbito nacional corn a participacão do Departamento Nacional 1n<br />
SENA! e de outras entidades piIblicas e privadas, principalhiente corn<br />
a concessão de bolsas de Auxliio Pecuniário para osàlurios deste e de<br />
outros Estados da União.<br />
Concluldos os projetos de construcão, instalacao e definidoc<br />
os regimes de financiamento, decorridos cerca deYaos, fOi iniciacla a<br />
execução da obra em princIpio de 1985, dom4ecursos financeiros<br />
fornecidos pelo Departamento Nacional do SENAL<br />
99
Eli<br />
A2 t de juiho de 1986, a Escola era inaugurada corn a presenca<br />
ito Presidente da Confederacão Nacional da Indüstria, Senador Albano<br />
1-rnco: do Presidente da Federação das Indüstrias do Estado do Paraná,<br />
mpresário Altavir Zaniolo; do Diretor do Departamento Nacional do<br />
SENAL Prof. Arivaldo Silveira Fontes; do Governador do Estado, José<br />
Richa: do Diretor Regional do SENA!, Gerônirno de Macedo Moth; do<br />
Delegado Regional do Trabal ho, João Conceição e Silva; do Presidente<br />
da AssociacãO dos Ernpresários da Cidade Industrial de Curitiba e<br />
grande inirnero cle enlpreSáriOS e representafltS classistas do Estado do<br />
Patani.<br />
A Escola Técnica de Saneamento está situada ao lado do<br />
Centro de Formação Profissional da Cidade Industrial de Curitiba.<br />
Alérn dc Cursos em nIvel técnico de 2 9 grau e Treinamento que realiza<br />
nas areas ocupacionais de Saneamento, executa outros projetos importantes<br />
no setor da agroindüstria, visando reduzir a degradacão ambiental<br />
provocada pelos rejeitos da producão de ahimentos. Planeja e coordena<br />
ei'intoS de excepcional importância para o desenvolvirneflto sustentáv'l<br />
do Estado edo pals. como aconteceu corn o seminátio "0 SENAI e<br />
Meio Anihiente", em 1991, durante o qual foram debatidas as<br />
C)<br />
e.periênciaS do SENAI e de empresas piib!icas e privadas, especial-<br />
mente do setor agroindustrial.<br />
0 referido serninárionãO so teve repercussão nacional, corno<br />
inunclial. contando corn a presenca de vários especialistas de outros<br />
palses e• de organismos internacionaiS.<br />
Para o desenvolvimefltO e atuaiização de suas atividades, a<br />
Escola Técnica de Sanearnento do SENAIccnita corn o eficiente apoio<br />
da Cooperacão Técuica Internacioflal através do DepartamentO Naci.onat<br />
do SENAI, especialmente do Programa das NaçOes Unidas para o<br />
Desenvolvimeflto-PNUD.<br />
Tendo em vista sua irnportância e singularidade, num moniento<br />
que a todos preocupa a meihoria da qualidade de vida do ser<br />
hurnano e ao mesmo tempo a preservacão dos recursos naturals do<br />
planeta, é certo que, dentro de um futuro próximo esta Unidade<br />
Operacional do SENAL ampliará suaatliação corn novas açOes de<br />
forrnaçio profissional, assistênciatécnica e prestacão de serviços, tanto<br />
no setor de Saneanlento, quanto na defesa ambiental.<br />
700<br />
0 Diretor, Professores e Dirigeittes de órgãos Técnicos d<br />
Departamento Regina] do SENAI real izam estudos visandô transforniiha<br />
em Centro Tecnológico, sem abatar as raIzes de urn empreendimento<br />
bern sucedido e de excepcional valor para o progresso e o hern-estar<br />
social do povo brasileiro.<br />
Desde sua inauguração a Escola já forniofl 236 Véflicos<br />
reahizou 1.563 treinamentos, além de ter promovido e tomado p5rte em<br />
inUmeros eventos que trazern sempre valiosos subsIdios Para o äperfei<br />
çoamento de suas atividades técnicas e funcOes pedagógicas.<br />
Abrange 200 postos de trabaiho pernianentes e auxi.Iiares.<br />
E dirigida, desde a inauguracão, pelo competente e cledicado<br />
Eng Qulmico Industrial e Professor Luis 1-lenrique Bucco, que tern<br />
como assistente o não menos diligente Prof. João Antonio Veneri.<br />
4. DIVISOES TECNICAS OPERACIONAIS<br />
4.1 - Divisão de Assisténcia as Empresas<br />
A Divisão de Assisténcia as Ernpresas é urn órgâo de formacao<br />
profissional subordinado a Diretoria Técnica do Departaniento<br />
Regional do SENAI. Está localizada n.a Rua Ma]. Floriano PeiNnto,<br />
3062 em Curitiba. Tern como funçOes básicas a prestacäo de assisfêneia<br />
técnica as Empresas Industrials. de Transporte e de CornunicaçOes. no<br />
diagnóstico de necessidades de treinamento para adequar on cornph'<br />
mentar competéncias para o eficiente desernpenho dOs trabalhadores<br />
em nIveis operacionais, de supervisão e geréncia media, na elaboraçãu<br />
de projetos e programas de treinamento, na capacitacao técnico-pedagógica<br />
de instrutores e Monitores das Empresas, na estruturaçn.<br />
acompanhamento e avaliaçao de prograrnas de 'Aptendizaeffi Mtódica<br />
no Próprio Emprego', na ehaboracio e execticão depg fiii' d<br />
aperfeiçoamento técnico nas areas de Seguranca e Mëdi!ñtdo Ttah<br />
...<br />
I ho.<br />
No exercicio passado de 1992 realibu ñiais 11000 matrIculas<br />
de trabalhadores agrupados em mais de 700 tufhIäsJUa trajetória no<br />
Departamento Regional do SENAI do Pktatá1e'ièiñl±ict ios idos de<br />
101
1958. Ate a ascensão ao cargo de Diretor do Departamento Nacional do<br />
SENAJ do Eng Paulo Affonso Horta Novaes, em 1962, o SENAI<br />
preocupava-se prioritariamente corn a Forrnação Profissional ministrada<br />
em silas Escolas e nas Escolas mantidas em Convênio corn urn<br />
redu.z ido nCniero de Ernpresas, que obedeciam a urn mesmo sistema<br />
iciacional e regime técnico-pedgógico. 0 referido Diretor do Departamenlo<br />
Naiconal do SENAJ concebeu e implantou uma nova PolItica<br />
de Foriiação Profissional que alargava Os horizontes programáticos da<br />
Institiiiço e chegava mais perto de seus objctivos<br />
Elahoradas e aprovadas pelo Conseiho Ncionai do SENAT as<br />
Diretrizes da Nova PolItica de Formação Profision-aiNovaes lancou-<br />
Se pessoalmente a campo a firn de implantá-la. Desde logo, utilizandose<br />
de inétodos moclernos de treinamento, realizou nas sedes dos<br />
L)eparlmentos RegionAis corn Iiderancas destes e de seus Conseihos<br />
Regionais mais de urna reunião, onde corn ram brilhantismo e compet.ncin<br />
expunha os postulados básicos da Nova PolItica.<br />
Os primeiros a aderir as Diretrizes Básicas de Formaçâo<br />
Prof issional consubstanciadas em Documento de Trabalho, examinado<br />
e discutido em reuniOes de Diretores Regionais, foram os grandes<br />
Departamentos Regionais: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e<br />
Rio Giande do Sul que impiementararn pianos na area do Treinamento<br />
e foram a campo corn ambiciosos programas que lam da divulgaçao a<br />
preparacãn de Adniinistradores, Gerentes, Analistas, Prograrnadores,<br />
Agentes Multipiicadores, Instrutores e Monitores de Treinamento.<br />
O Treinamento no Departamento Regional do SENAI do<br />
Paraná teal inIcio no ano de 1958 corn a impiantacao do MCtodo TWI.<br />
Para sua implantacão contou corn aco1aborac5o dp Departamenlo<br />
Nacional e do Departarne.nto Regional doRioGrande do Sul.<br />
Para a formação dos primeiros Agentes multiplicadores, o<br />
Departamento Regional recebeu a valiosa contribuiçao dos Técnicos<br />
spedaIizados do Departaniento Regional do SENAI do Rio Grande do<br />
Sid, Frederico Larnachia Fitho e Aithair Rech.<br />
A princ.ipio o Treinamento ficou subordinado a Divisão de<br />
Eusiiio onde se concentravarn a gerCncia técnica e operacinal do<br />
Departamcnto Regional. Corn a diversificação e expansão dos Pianos,<br />
d.ilIgdos cliretamente as empresas, a Divisão de Ensino desdobrou-se<br />
em ENSINO, que abrangia todas as acOes desenvolvidas no âmbito<br />
escolar e TREINAMENTO, circunscirto as acOes desenvolvidas jun10<br />
on dentro das indéstrias e Empresas de Transporte e Cornunicacöes.<br />
A nova Divisâo de Treinamento, entregtte a Chéfiädd Professor<br />
Mardeval Fornarolli, como as demais Divisãs ficâräubOtdinada<br />
diretamente ao Diretor Regional. Desde então, esse órgão de Formaqão<br />
Profissional passou por diversas denorninaçOes, porem Corn a mesma<br />
finalidade. Já se chamou Divisão de Treinamento, Divisão de Ensino e<br />
Treinamento, Central de Treinarnento e a partir de 1988, Divis5o He<br />
Assisténcia as Ernpresas.<br />
Atualmente e adnilnistrada pelo Técnico de Treinamento<br />
Prof. Carlos Eduardo Rocha, que tern como assistente Técnico em<br />
Ensino e Treinamento Vitório Manoel Woss, e como colaboraclores<br />
diretos os Técnicos: Stefan K. Rosiak, Edésio de GouvCa Neto e Lticio<br />
Suckow.<br />
Voltaiido-se cada vez mais para o Mundo do Trahaiho, fie]<br />
missão especIfica que Ihe foi confiada, o Departarnento Regional do<br />
SENAI, nas prerrogativas da Divisão de Assistência as Ernpresas mdiii<br />
as funcOes técnicas de organizacão e agilizaçao de Prograrnas de<br />
Treinamento Profissional, desenvolvidas por centenas de empresas,<br />
decorrentes de Acordos de Cooperacão Técnica e Financeira, e que<br />
representam uma PORTA ABERTA para a racionalizacao e continua<br />
expansão das atividades de capacitação técnica dos trabaihadores em<br />
todos os nIveis da hierarquia ooupacional.<br />
A flexibilidade e competéncia corn que o SENAI se ajusta us<br />
frequentes mutacOes do mercado de trabaiho atendendo a demanda<br />
econôrnica de formação profissional, constituem a marca indelével de<br />
sua perene necessidade, como instrumento de apoio ao desenvolviniento<br />
econômico, a harmonia social e ao progresso educ.acional de todo o<br />
povo brasileiro.<br />
102 I 103
Pess!8 I<br />
4.2 - Divisão de Apoio Técnico e Desenvolvimento de<br />
A seleção, o Treinamento e o Aperfeiçoarnento do pessoal do<br />
Fepartarnento Regional do SENAI do Paraná, bern como as atividades<br />
educacionais extracurriculares corn urna ou outra denominação, sempre<br />
estiverarn sob a administração ou orientação técnica da Divisão de<br />
4 Fnsinn. Corn a expansão de seus servicos, quer em sentido vertical,<br />
( Innnin horizontal, a estrutora organizacional do Departmento Regional<br />
I'rn 4nfrido alteraçoes muitas vezes sensIveis. A ültima delas ocorreu<br />
porn a irivestidura do ProfCssor Ito Vieira que, fiel a doutrina de Fayol<br />
prornoveu uma nova departa mental izaçao dos Serviços do SENAI no<br />
Estado do Paraná.<br />
Assirn, aléth da Aclministracão que está afeta ao Diretor<br />
Regional ex-vi do Regimento Enstitucional, foram criadas duas novas<br />
flirfcrias: a Diretoria Técnica ca Diretoria Administrativa e Financeira.<br />
cada urna delas estruturada corn trés DivisOes. Assini as funçOes<br />
gohalizadas corn destaque nas tarefas operacionais mais ao estilo do<br />
it taylorisnio, passaram a set agrupadas em departamentos especializados.<br />
segundo normas doutrinárias concebidas e experimentadas pelo<br />
sAblo frances.<br />
1)essa forma, corn atribuiçOes mais restritas, porém melhor<br />
dfiniclns. foi reformulada a Divisão de Ensino e criadas rnais a Divisâo<br />
de AssistCncia as Enipresas e a Divisão de Apoio Técnico e Desenvol-<br />
\'inhinto de Pessoal cada uma corn competéncia e prerrogativas especIficas,<br />
subordinadas a Diretoria Técnica. 0 recrutarnento e a selecao dc<br />
110v05 servidores ficou corn a Divisão de Recursos 1-lumanos, suborditiada<br />
A Diretoria Administrtiva e Financeira.<br />
A Divisão de Apoio Técnico e Desenvolvimento de Pessoal,<br />
a.iérn de dat apoio As açOes que constituem prerrogativas da Diretoria<br />
Técuica, como por exernplo a escolha de locais, determinacao de<br />
espaçns fIsicos, especificacAo de equipamentos, elaboraçAo de layout<br />
dsti nados A irnplantacao de Cursos e Treinamentos na area de Segurariça<br />
e Higiene do Trabaiho, prornover ou executar, coordenar ou supervisionar<br />
projetos, locais ou nacionais, de atividades extraclasse que Se<br />
desenvolvern no Anthito ou a partir dos Centros de Formacao Profissi-<br />
104<br />
4<br />
I<br />
onal do SENAI corno: Feiras, ExposiçOes, Torneios, Concursos, De<br />
files de Modas e outros - tern por atribuiçao predOminantepromovei u<br />
treinamento, a especializacOa e o aperfeiçoamento .continuado de todos<br />
os servidores abrangidos pelo Departamento Rgional€nisuas multiplas<br />
funçöes administrativas; técnicas e pedagó.gicas'- . i -<br />
Outro setor importante confiado a administraçãO, coordena-ção,<br />
controle e avaliaçAo da Divisão em epIgfafe é ô .deBOlsas de<br />
Estudos para aperfeiçoamento, proporcionadas a servidotes do próprio<br />
Departamento Regional e a empregados de empresas sitiladas na esfera<br />
da ConfederaçAo Nacional da Ind(istria, no pals e no exterior.<br />
Para dar urna idéia da importAncia das açOes desenvolvidas on<br />
implernentadas pela DivisAo de Apoio Técnico e Desenvolvimento de<br />
Pessoal basta constatar que somente no Iiltimo exercicio de 1992 forani<br />
realizados 220 Programas de Desenvolvimento de Pessoal, abrangendo<br />
mais de 75% do pessoal, aléni de inürneras realizaçóes nas areas de<br />
CooperacAo Técnica Internacional, de atividades extracurriculares, dos<br />
Centros de ForrnacAo Profissional, de eventos diversos e do apoin<br />
técnico direto oferecido ao exercIcio de funçoes afetas A Diretoria<br />
Técuica.<br />
Desde sua criação encontra-se na chefia dessa DivisAo o<br />
Professor Percy Engel, que tern como Assistente o Técnico em ForniaçAo<br />
Profissional Stanislau Witajewski e a técnica em assuntos administrativos<br />
Vera Aparecida Vaz.<br />
A DAT, como é conhecida, é urn testemunho vivo do interesse<br />
pernianente da Administracão Regional do SENAI, pelo aperfeiçoamento<br />
continuado de seu pessoal. em plenacomemoracAo ci-nquentenAria.<br />
5. NOVAS UNIDADES DE FORMAcA0 PROFISSLONAL<br />
5.1 - Centro de Formação Profissional doSENAI de São<br />
Jose' dos Pinhais - Madeira e Móveis It'<br />
Encontra-se em fase final de execuãoopsoj'étct de constn'çao.<br />
instalaçAo e implantacAo do Centro de FbtthaçãiPrOfisional do<br />
SENAI em SAoJosé dos Pinhais, locâlizado a t9 knide.Clititiba. A nova.
I.<br />
III<br />
lIflRlade Operacional está sendo criada para atender a demanda de<br />
fnrmaçâo pro fissi onal pelo importante segmento da indüstria paranaense<br />
chi rnideiri e de fabricacão de móveis. A elaboracão do projeto e sua<br />
exiIcñ'l estio sendo feitas corn o auxilio técnico e financeiro do<br />
flepiitamento Nacional do SENAL, que acionou inclusive sua Diretoria<br />
de (ooperaçäo Tëcnica para obtet a colaboração do Governo Alemão,<br />
prestnda atravds da GT.Z-Deutsche Gesellschaft Fuer Technische<br />
Ziisarnrnenarbat - Socidade Aienã para Cooperacão Técnica. Alérn da<br />
forrnaço profissional que desenvoi'etá em nIvel de qualificacao,<br />
•supervisão e geréncia iiitermediária terá tarnbérn1 or finalidade prestar<br />
assisténcia tdcnica as indistriaS iiadeireias e oveIthas.<br />
ConstruIdo pela firma Matdet CôtistdcOes Civis Ltda. de<br />
Cascavel, em terreno doado pela prefeitura municipal, corn 20.061m2,<br />
tm area constru Ida de 5.069m2.<br />
De sen programa de capacitacão tdcnica constam Cursos e<br />
Treinarn.rnto.s mis areas ocupacionais das indéstrias da madeira e de<br />
mi 'veis, tais corno Marceneiro, Operador de Máquinas para Madeira,<br />
Pinfor de Móveis, Desenhista de Móveis, Esquadrias e Estruturas<br />
Diversas, Supervi.são, Segurançae MedicinadoTrabaiho, Prevenção de<br />
Aidentes do Trabaiho, Prevencão e Combate a Incêndio, Tdcnica de<br />
('hefi a. RelacOes Interpessoais, Instrutor e Monitor para a preparacão de<br />
tiabalhadores operacionais e de todos os tipos e estnituras profissionais<br />
que visem a methor adaptacão do homem ao trabalho, perfeicão das<br />
ol)ras e produtiviclade.<br />
Pra tal fim dispôe o novo Centro de anibientes e instalaçOes,<br />
racionalemrite concebidas e planejadas para tornar o ensino agradável,<br />
efirinte e eficaz. DispOe de espaços fIsicos em salas de aula, oficinas<br />
C lalviratoros para 176 alunos, alérn de todo o complexo administrativo<br />
1<br />
e de apoio.<br />
Sua concepcãO, regimes de funcionamento, conteüdos<br />
curriculares se inserem nas diiiietisOes 'etigidhs 'para clue a mão-deobia<br />
formada, aperfeicoada e treinada pOsa .dtl.tribui.r para que as<br />
iiidüstrias envolvidassetorflern cadavez mais eficientes e competitivas,<br />
tanto no cenáriO nacional como internacional.<br />
Além das atividades de ensi.no•e da assist énciatécnica ao setor<br />
Madeireiro e Moveleiro. o Centro de Forrnaqão Profissional do SENAL<br />
I ()(<br />
p.<br />
de São Jose' dos Pinhais realizãrá pesquisas.cientIficase te€nológicas de<br />
essências vegetais e de outros rnateriais, comobjetitdeidefltifiCa1<br />
suas caracterIsticaS, adequar processos de tratarnento ede fabricação.<br />
aproveitamentO de sobras e resIduos, para transf ná-lös; tie agents<br />
nocivos ao meio ambienteem materiaiseconOrniCameflt1eaPf0veitáe15<br />
pela indiistria ou pela agricultura.<br />
Paralelaniente as atividades tdcnico-pedagógicas' o Centro<br />
desenvolverá açOes extracurriculares nos domInios da , cultura4 lazer e<br />
esporte buscando de urn lado, motivar seus alunos para a conquista da<br />
cidadania e de outro, para o desfrute de urna vida saudávl, solid5ria e<br />
patriótica.<br />
5.2 - Centro tie Formação Profissional do SENAL em<br />
Campo Largo Cerãmica<br />
Encontra-se concluIdo o Projeto de Construção e lnstalnc5<br />
do Centro de Formação Profissonal do SENAI de Campo Larga.<br />
distante 30 km de Curitiba. Terá por finalidade qualificar, aperfeicl sir<br />
e treinar mao-de-obra nas areas ocupacionais das indéstrias de fabricacão<br />
de produtos cerãmicos,' Iouças, apareihos sanitários, azulejos e<br />
ladrilhos, artefatos decorativos, utilitários e outros, bern como realizar<br />
pesquisas cientIficas e tecnológicas e prestar assisténcia técnica ao<br />
referido e importante segmento da economia paranaense.<br />
Além de estudos nos setores da pesquisa cientIfica e tecnológica,<br />
de processos de fabricação, reparacão e manutencão de equipamentos<br />
de uso na fabricação de artefatos cerâmicos, da promocão e/cnu<br />
execução de Cursos e Treinamentos nas areas ocupacionais mencionadas,<br />
o Centro terá oficinas e laboratórios para a formação profissiona<br />
em atividades de apoio como rnecânica, eletricidade, eletrôiiica e<br />
informática.<br />
0 terreno doado pela prefeitura de Campo Largo, tern area de<br />
20.000m2. 0 espaço fIsico que abrigará todas as atividades tdcnicas e<br />
administrativas está projetado em area de 4.835rn2 construIdos. A<br />
construção está prevista para ser executada corn a cooperacão do<br />
Governo do Estado e da prefeitura municipal, na proporcão de urn terco<br />
para cada urn e corn a colaboracão do Sindicato das Indüstrias de Vi dms.<br />
1(17
(Irslais. Espelhos, Cerâmica de Louças e Porcelana do Estado do<br />
o qual deverá arcar corn as despesas de <strong>aqui</strong>sicão dos equipamenns<br />
Ilecessarios.<br />
Ao SENAI, como proprietário do prédio, dos esquiparnentos<br />
e instalaçOes caberá as despesas corn o funcionamento permanente do<br />
Centro dentro de suas finalidades.<br />
Inicialmente estão previstas as matrIculas de 205 alunos em<br />
lit alividades de aprendizagern aperfeiçoarnento, especializacao e treinarnentn<br />
profissionais, bern corno a execucão de projetos envolvendo<br />
procedirnentos de ordeni tno16gia<br />
Tendo em vista'a expressâo do parque industrial ceràmico<br />
localizado no rnunicípio de Campo Largo, corn area construIda superior<br />
a 200.000rn2 empregando acima de 8,000 ttabalhadores, o alto nIvel<br />
tecnolOgico Ia deseniolvido na regiao, inclusive por empresas de<br />
grande porte que utilizarn tecnologia importada da Europa ha dezenas<br />
de anos - e de Se esperar que o SENAI, corno Instituição de apoio ao<br />
it dsenvo!virnento industrial do Estado possa prestar servicos eficazes a<br />
esse grande complexo industrial localizado nas proximidades de extensa<br />
reserva de excelente matéria-prima, servido por abundante fonte de<br />
energia elétrica, por excelente rede de estradas de rodagem, sistema<br />
eficiente de transporte ferroviário e marItimo que o pOe em contato corn<br />
s principals centros consumidores do pals e do exterior.<br />
Ill<br />
SENAI PARANA 50 ANOS<br />
TERCEIRA PARTE
,t<br />
T<br />
AS ADMINISTRAcOES REGIONAIS<br />
E SUAS PRINCIPAlS<br />
REALIZAçOES<br />
1. ANTECEDENTES INSTITUCIONAIS<br />
A história poiltica dos povos através dos tempos vern sendo<br />
escrita por homens e muiheres que, por razöes mais diversas foram<br />
predestinados a traça.r os rumos do porvir. São pessoas cultural e<br />
profissionairnente aptas que a própria sociedade preparou para captar as<br />
pulsacOes do presente e vislumbrar as imagens do futuro. São inspitathis<br />
e conduzidas por urn processo incognito de causa e efeito gerado no<br />
borborinho das aspiracóes hurnanas em buscca da perfeicão global<br />
Neste pals d legItimo pensar que todo brasileiro deve se<br />
orguihar das pessoas ilustres que nos mais variados setores da ciência,<br />
da arte e da tecnologia se destacaram como verdadeiros sOld ados da<br />
conquista territorial e da integridade nacional, on cotiiO autênticns<br />
Instrutores de urn povo anioso de construir umnovaertndiosa<br />
nação.<br />
Assinalararn-se por exemplo, Martim "Afol 6'd Otia qne<br />
no vigor de seus 30 anos livrou a costa brsil giradãt&àIflaão e fin<br />
pilhagem corsária. Audazes bandeirantes qualgaifOiiteiras e<br />
aprofundaram as raizes de urna nova civilizaçà cotho Fernão Dias<br />
Paes, Francisco Bueno, Raposo Tavarese Mãéoel.Ptéto!Povoadores<br />
111
U<br />
conio Gabriel de Lara, Eleodoro Ebano Pereira, Mateus Leme e Batazar<br />
(arrasco dos Reis. Mineradores corno Bartolomeu Torales. Campeiros<br />
ciio Benedito Mariano Ferreira Ribas. Colonizadores como Arthur<br />
1-lug Miller Thomas. Industrials como o Col. Amazonas Marcondes e<br />
Jrinii Evangelista de Souza-Visconde de Mauá, LIdio Paulo Bettega,<br />
Altavir Zaniolo e ErniIrio de Moracs. Diplomatas, juristas e politicos,<br />
coino Agostinho da Silva Paranhos-barão do Rio Branco, Osvaldo<br />
Aianha, Rui Barbosa, Get(ilio Vargas e Manoel Ribas. Militares como<br />
i)iogo Pinto de Azevedo Macedo, Luis Alves de Lima e Silva- o duque<br />
.de ('xias. Floriano Peixoto-o Marchal de Ferro, Humberto de Alencar<br />
(I'Ir Branco que corrigiu os rumos do progresso nacional. Cândido<br />
4irianr da Silva Rondon-d Marechal Rondon quo levou as comunicacöes<br />
aos confins do Brasil e tornou-se o major sImbolo dos deshravadores<br />
dos sertöes amazôicos, da aculturacão pacIfica dos Indios e da<br />
juventucie pioneira do Brasil.<br />
Como esses e milhares de outros heróis brasileiros que mereceriam<br />
ser mencionados e exaltados, o ensino profissional formal e não<br />
formal tamhérn teve seus pioneiros. Para mencionar apenas alguns dos<br />
mis modernos. são lembrados o Presidente Nib Pecanha que den apoio<br />
fieri qivna fnrmaçâo profissional de trabalhadores criando para esse fim<br />
ilnia EsroJa de Aprendizes Artifices em cada Estado, através do Decreto<br />
n° 66 dc 23 de setembro de 1909 Por esse ato é considerado o<br />
fundador do ensino profissional brasileiro.<br />
Näo serA preciso recordarque tab regime de ensino técnico na<br />
uea federal evolulu para o ensino industrial, corn equivaléncia do P<br />
grau de hoje. Desse, ao ensino de mestria e tdcnico, ao nIvel de 2 grau<br />
e finalniente para os Centros Federals de Educacao Tecnológica-<br />
CEFETs que ministram ensino tdcnico de 2 1 e 3 0 graus.<br />
Tiidavia, ao m.esmo tempo quo os governos federais elevavam<br />
'ertiralniente o nIveb do esino técnico, horizontalmente a demanda de<br />
( . iirsns ' I C Forrnação Profissional principalmente ao nIvel de qualificaço.<br />
cxcedia de muito a oferta. Já no início da década de 1930 propagaam-se<br />
na Europa correntes polIticas de cunho nacionalista que obviaruiente<br />
restringiani a importação de mao-de-obra qualificada desse<br />
continente.<br />
Em 1930, vindo do sul a frente de forcas revolucionárias.<br />
.112<br />
/<br />
/<br />
Getülio Vargas assurniu o poder. Essa façanha .qi dpoefvor do<br />
progresso geral do Estado, iria marcar o . inIib rc1e uritalhovweta de<br />
ajustanientos sociais e prosperidade econômia dd pais 1I, ituclo o<br />
novo governo contou corn o apoio da expériê icothpetência e<br />
idealismo de Lindolfo Collor, seu primeiro Mih.Ist.ro,d.TrabaIho.<br />
Industria e Comércio, para a introducao dos avancosciantotathpo<br />
dotrabaiho. Também foi decisiva a presenca de Gustav o<br />
Ministério da Educaçao e Sauide Pñblica, para a introduqãod refornias<br />
nos sistemas nacionais de ensino e particularmente para abotvèr as<br />
sugestoes de técnicos em educaçao, de rara nomeada.<br />
Em 10 de novembro de 1937 Getülio Vargas outorga ao Brasil<br />
uma nova Constituicao sob o signo de Estado Novo. Essa nova Carta<br />
Magna, forjada nos bastidores de urn Regime Ditatorial esclarecido e<br />
patriótico, emseu artigo 129 determinava: "Edeverdas indiistrias e dos<br />
sindicatos econômicos (patronais) criar, na esfera de sua especialidacle.<br />
escolas de aprendizes, destinadas aos fithos de seas operários ou de Se!!S<br />
associados. A lei regulará o cumprimento desse dever e os poderes qiie<br />
caberão ao Estado sobre essas escolas, bern como os auxflios, facilidades<br />
e subsIdios a Ihes serem concedidos pelo poder püblico".<br />
Como nos outros campos de atividade humana, o ensino<br />
profissional tambérn tinha seus heróis que ha algum tempo, através de<br />
pareceres e sugestOes incentivavam o governo a pôr em prática medidas<br />
de major alcance. Estre esses destacavam-se figuras exponenciais como<br />
as de Jo<strong>aqui</strong>m Faria Goes Filho e Lycerlo Schreiner, aos quais,pouco<br />
antes de criação do SENAI viera se juntar o ex-diretor do lilstiti.ito<br />
Parobé de Porto Alegre, João Luderitz. Essa trIade de heróisda forniação<br />
Profissional iria prestar valiosos servicos na concepcãO le-gal, ti<br />
implantacao e na administracao nacional do SENAI. Entretanto tinham<br />
eles o pensamen.to voltado para solucoes genuinammte goverrafnentais.<br />
Embora esses e outros especialistas do Ministérioda Educacao e<br />
Sai.Ide Ptiblica dispuzessem da lideranca de urn dos ma-is ffletei1tes<br />
e audaciosos Diretores do Ensino Industrial, FranèiOMOfl:tOjOs<br />
As tentativas do poder puiblico naologravatnp!enoêxito, nao<br />
raro desagradando a empregadores e empregadas.aofihTegTho tempo:<br />
Segundo se infere da obra de SteftlioTopregi."UIVA'SagA da<br />
Criativi.dade Brasileira" fol o própriO PUei nttèfu1iVatgas que<br />
113
1e" a genial idia que levaria àsoiuçaoda questão. Sua habilidade eseu<br />
preslIgio, aliados a natureza do regime politico de cxcecão, convencetiatn<br />
os ilderes cia indtIstria nacional, Euvaldo Lodi, Presidente da<br />
(- 'ojifederaç5o Nacional da lndüstria e Roberto Simonsem, Presidente<br />
cia Federico das tnch.istrias do Estado de S. Paulo a encontrarern urna<br />
snliic corn a. participacão direta das categorias cconôrnicas que<br />
r(rfe111avan1.<br />
Vsaiido toda a bagagem de estudos, pareceres e decretos<br />
pri 'cluziclos pelos técnicos que participavam do Ministérlo da Educacao<br />
e Saude Pübhca c corn o apoio de suas instituicOes, chegararn a<br />
concluso dc que a participacão direta das empresas seria imprescindivel<br />
para a adoção de medidas eficazes e duradouras, destinadas a<br />
preparaço técnica cia mão-de-obra necessária para sustentar as bases do<br />
desenvoivirnento industrial, quer no presente, quer no futuro. De modo<br />
qu o Decreto-Lei n'4.048, de 22 de janeiro de 1942 que criou o SENAE<br />
n todos surpreencie por ter consubstanciado em apenas nove artigos<br />
nt "rmas 'Ic tao largo e profundo alcance, não nasceu abrupta e<br />
iprovisadanientc, mas foi fruto de urn perIodo de gestaçäo de quase uma<br />
década alirnentaclo pela capacidade e experiéncia de urn grupo de<br />
devnlnr!os e. inteiigentes educadores e. pot firn, da clarividente decisão<br />
de urn dos maiores e mais completos estadistas brasileiros, que foi o<br />
Presidente Get(ulio Vargas. Esse decreto estaheleceu:<br />
.1 - Que competia ao "Servico Nacional de Aprendizagem dos<br />
Industriarios organizar e administrar, em todo opals, escolas de apren-<br />
clizageni para industriários".<br />
- Que seria "organizado e administrado pela Confederação<br />
Nacinnal cia lnd[stria".<br />
- Que seria mantido pelas indñstrias "corn uma contribuição<br />
m'nsal para montagem e custeio das escolas deaprendizagem".<br />
4Q - 0 paragrafo ünico do • artigo 6 9 completava o Piano,<br />
extraorclinarianiente concebido, exigiiido uma contrihuição adicionai<br />
(Ic 20% dos "estahelecinientos que tiveren mais de 500 empregados",<br />
para serem aplicados no ensino "quer ciando boisas de estudo" para<br />
"aperfeicoarnento e especializacão profissional, quer prornovendo a<br />
rnnntagenl de iahoratórios quc possam meihorar as condiçOes técnicas<br />
e pedaggicas". Conforme estabelecia o decreto W'4048. as contribui-<br />
cOes empresariais começararn a set arrecadadas pa r itiê de abtil<br />
do mesnio ano, o que possibiiitouo inIcio da ilSN'AIiiida<br />
no exercIcio de 1942. Estruturado o novo Sdri e<br />
urn Departmento Nacional e Conseihos e DirétOte UtiTigados<br />
Regionais, foi nomeado para o Departamento Nacion1WEfiJoao<br />
Luderitz, que entäo formava na equipe de técnicOs dO itft'étb da<br />
Educacao e SaOde Phlica. Para projetar e instalar as primdiiA§$W6l5§<br />
de Aprendizagem no pals obteve especialmente a coiai5oiação do<br />
técTiico ministerial Eng Licdrio Schriner e dos técnicos pioniicis do<br />
Centro Ferroviário de Ensino e Seleço Profissional de S. Paulo,<br />
Engenheiros Roberto Mange, Italo Bologna e Hermenegildo C. de<br />
Almeida.<br />
Jo<strong>aqui</strong>rn Faria Goes Fiiho e Roberto Mange que pot indicaco<br />
de JoAo Luderitz assumiram, o primeiro a Direcão do Departamentn<br />
Regional do Rio de Janeiro, corn jurisdição na 4 Regiao que compreendia<br />
os Estados do EspIrito Santo, Rio de Janeiro e o então Distrito<br />
Federal, e o segundo o Departamento Regional de S. Paulo, corn<br />
jurisdiçao no Estado de S. Paulo.<br />
Faria Goes e Mange, este Oltimo coadjuvado diretamente por<br />
Italo Bologna e Hermengildo C. de Almeida, ao lado de Luderitz<br />
lideraram a implantaçao do SENA! em todo o pals.<br />
Como honra ao mérito é mister destacar o papel impréscindIvl<br />
desempenhaclo por essa equipe do mais alto hfvel que 0 pals já<br />
possuiu na adoçao do regime escolar, dos programas c da metodologia<br />
de formação profissional racional, testada durante cerca de dez anos no<br />
ensino ferroviário brasileiro sob a dgide do Centro Ferroviãrio de<br />
Ensino e Selecäo Profissional-CFESP, por Mange e Bologna,idealizado,<br />
criado, administrado e constituido corn caracterIsiticas de natureza<br />
privada. para atender a várias estradas de ferro paulistas, efltf?'âs'iTais<br />
destacava-se a Sorocabana.<br />
Roberto Mange principairnente como<br />
Politdcnica de S. Paulo e fundador cia Escola Profisinhfid,'em<br />
1924, junto ao Liceu de Artes e OfIcios de S. Pti'&thhàlifhsso<br />
a importantes industriais e politicos da epoca dfadilit&u'aropagacã.o<br />
de sen genial idealismo.<br />
Após o Decreto-Lei n 2 4.048 que ci itSëiçb NdiOnal dc<br />
/11 . 175
u<br />
Aprrndizagem dos lndustriários, o qual, no decorrer do mesmo ano<br />
passou a denominar-se Servico National de Aprendizagem Industrial-<br />
SENAI, vários Decretos-Leis, Decretos, dispositivos regularnentares e<br />
regimentais foram baixados corn o objetivo de disciplinar a organizaco,<br />
administração e operacionalizacâo do SENAI. Desses, dois devern<br />
ser destacados por condensarrn os dernais e melhor definirem as<br />
caracterIsticas jurIdicas e as fina.1.idades da Instituição.<br />
Assirn, mrecern destaqUe os Decretos n 10.009 e 494.<br />
respectivarnentede 16 de juihO de 1941e de 10 dc janeiro de 1962, que<br />
aprovararn os dois dnicoS Regthiefltos do SENAI ate hoje editados. 0<br />
segundoRegimento mantéiT aestrutura otgatiizacional básica da entidade<br />
q.iie compreende urn Conseiho de âmbito nacional e urn órgão<br />
Centrd de Coocdenaço, denorninado Departamer to Nacional, o qual<br />
de jnicin si,lyomlinava também as Delegacias Regioiiais, criadas nas<br />
RegiOes, que eram compostas de urn on mais Estados on Distritos<br />
Federais que não contassem corn Federação de Indéstrias; Conseihos<br />
Regionais e Departamentos Regionais, onde se constituIrarn as FederacOes<br />
das Indéstrias, órgaos sindicais patronais de 2 Q grail. Reafirma a<br />
definiçäo do SENAI como Entidade de direito privado, organizada e<br />
(irninistrada pela Confedera(;ão Nacional da Indistria. Traca suas<br />
filidades resurnindo-as em: a) "organizare administrar, emtodo opals,<br />
escolas de aprendizagern" para jovens de 14 a 18 anos de idade; b)<br />
assistir os empregadores na elaboração e execução de programas de<br />
treiiiamento e na organizacäo da aprendizagem metódica no próprio<br />
ernprego c) ministrar Cursos rápidos e de aperfeicoamento para niaiores<br />
de. 18 anos; .d) coop&ar no desenvolvirnentO de pesqu.isas tecnológicas<br />
de interessrpara,ainddstDia eatividades,asseneihadaS; e) proporcionar<br />
holsas cta ggtud6para'th gathos4affiresaScOm rnais de 500<br />
trahaihadores e pam servidOres dpi6priO SENAL<br />
Dentro dessas finalldadts e c ttefIsticas o Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem Industrial iflrla ill gtitiiiãO de etiino profissional de<br />
alta flexiblidade, isto é, capaZ di st.adàtãtiapidameflte as variaçöes da<br />
demanda econômica de capacitaçaotéchicade rnão-de-obra, livre de<br />
quatquer peia de ordem legal on admir.istrativa. Por isso mesmo tratase<br />
de urn Serviço cuja eficácia está na rao direta da competência e da<br />
criatividade de seus órgãos norniativoS e executivos.<br />
2. DELEGACIA REGIONAL DO SENA! DO PAAt SAN-<br />
TA CATARINA - iVO CAUD'URO PICOLI E1AUM$O<br />
MENDES DA SILVA<br />
Ainda nao havia sido baixada a Instruçao de Servico n2 1, de<br />
19/05/1944, pela qual o Diretor do Departamento Ntcional do SENA!<br />
oficializava a divisão do pals em 10 Regioes, para fins administrativos<br />
- dentre as quais a 7 1 abrangia Os Estados do Paraná e Santa Catarina -<br />
para a administraçAo desta, a 12 de marco do ano anterior já era nonieadn<br />
o engenheiro catarinense Ivo Cauduro Picoli. Como a posse desse<br />
primeiro Delegado realizou-se sem maiores formalidades, é essa data,<br />
12 de marco de 1943 que marca o evento da criacão da "Delegacia<br />
Reginal do SENAI do Paraná e Santa Catarina", corn sede em Curitiba.<br />
0 novo Delegado, após receber a necessária orientação do Diretor do<br />
Departamento Nacional do SENAI Joâo Luderitz e de seu Chefe cia<br />
Divisão Técnica Licério Schreiner; deter visitaclo ojá criado Departamento<br />
Regional do SENAI dé São Paulo e de ter recebido valiosas<br />
informacOes de sen Diretor Roberto Mange e de seu principal Assessor<br />
italo Bologna - retornou a Curitiba iniciando imediatamente a instalação<br />
da Delegacia.<br />
Durante suas repetidas viagens ao Rio de Janeiro era substituldo<br />
pela Contadora Gisela Stock Portugal ou pelo medico Dr. Antonio<br />
Ferreira Pimpao. Alias, foi dona Gisela que instalou os prirneiros Cijrsos<br />
de "Trabalhadores Menores" na Academia de Comercio De Plácido e<br />
Silva.<br />
Os prirneiros cursos nas areas ocupacionais de Mecânica e<br />
Desenho Técnico foram instalados pelo Delegado, na Escola Técnica e<br />
Industrial de Curitiba, corn a colaboracão de seu Diretor Eng/ Lauro<br />
Wilhem.<br />
A sede da Delegacia foi instalada no 1 9 atrdidblEdiflcio<br />
Moreira Garcez, sito a Avenida João Pessoa, i.frDibä Os<br />
setbres burocráticos - Secretaria, Protocofo, Càthli&A1itbirifado<br />
- ja se encontravam instalados quando a 1- deseternro de 1943 o<br />
Delegado admitiu o Professor Antonio Thehnd 1rizah, cuja expe-<br />
riéncia adquirida na Escola Profissional Tibürcio<br />
Cavalcanti, de Ponta Grossa e treirnéfltéS i'sCè?ittoFrro-<br />
117
virio de Ensino e Seleção Profissional de S. Paulo, muito contribuIrarn<br />
lra ckslanchar os primeiros passos do SENAI no Paraná e Santa<br />
Cataiiva. Muito apoio deram a promocão polItica e a iniplantacão do<br />
SFNAI "a 7 Região o medico Dr. Antonio Ferreira Pimpão, por suas<br />
!gacñes corn as autoridades estaduais e o Delegado Regional do<br />
Trahaiho Dr. Alvaro Albuquerque. 0 Dr. Pimpão inclusivejâ haviasido<br />
Prefeito Municipal no interior do Estado, e foi o primeiro srvidor da<br />
Delegacia, depois do Delegado.<br />
Quando Ivo Cauduro Picoli deixou o cargo de Delegado para<br />
assumir a Chefia da .Divisão de Ensino do Departamento Nacional do<br />
SENAI. corn a nomeacão do Eng 2 Flausino Mendes da Silva para<br />
sijhstltnl-In. em 16 de marco de 1944; durante urn ano e onze dias havia<br />
divulgado o SENA! nos dois Estados, admitido pessoal técnico e<br />
l,urocrSico, iristalado a Delegacia e os primeiros Cursos do SENAI em<br />
(luritiha, Ponta Grossa, Joinvile e Blumenau, programado aconstruçäo<br />
ck "Escolas Lie Aprendizagern" em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa,<br />
FiorianOpolis. Joinvile, Blumenau, Tubarão e Criciüma - todas rnais<br />
tarde constrnIdas, exceto a de Florianópolis que foi instalada em prédio<br />
adqui rido e adaptado e a de Criciüma que foi transferidapara Siderópolis,<br />
ror meihor sat isfazer as necessidades de treinamento de mineiros de<br />
;1rv.o, em plena Segunda Guerra Mundial.<br />
o Eng2 Flausino Mendes da Silva ao assumir a Direção da<br />
liclegacia den prosseguimento ao progrania traçado pot Ivo Cauduro<br />
PIcnH. Transferiu os Cursos da Academia de Cornércio Dc Plácido c<br />
Silva e da Escola TCcnica de Curitiba para prddios locados: urn a Rita<br />
P lachnel n. onde funcionou a Oficina de Aprendizagem de Alfaiataria e<br />
ernm m!nistradas atilas de cultura geral, e outro a Alameda Princesa D<br />
!s:TheI onde erarn ministradas as práticas de oficina e as aulas de cultura<br />
tecuica.<br />
Aérn do papel desempenhado pelo Chefe da Seccäo de<br />
Ensino AntOnio Theolin.do Trevizan, no planejamento e instalação dos<br />
prirnerios Cursos diretamente ministrados pelo SENAI no Paraná,<br />
merece set lembrada a competência e a rara dcdicacao ao ensino<br />
proflssional do prirneiro "Instrutor Chefe" Afonso Schinzel.<br />
A 1 de junho de 1944 vieram se juntar ao professor Trevizan<br />
os cornpetentes Professores Rubens de Assunçao Miranda e AntOnio<br />
fIR<br />
Weinhardt, que muito contribuIram corn sUa echl,<br />
capacidade e raro idealismo para traçar ogdi3do<br />
SENAI. 0 prinleiro, sempre preocupado corn a<br />
pelo eclucando: o segundo, corn seu ajustamento social cbntInuo<br />
desenvolvirnento da personalidade. Weinhardt, após se ter especializado<br />
na Franca cliriglu o setor de Selecão e 0rientaçãPdfis1onal,<br />
irnplantou os cursos vocacionais para alunos de 12 a .13 anos de idade<br />
que, além do conhecimento de ferramentas e matérias-primas procurava<br />
despertar nos nos jovens a melhor vocação profissional e O álMo<br />
criativo.<br />
0 exercIcio da gestão delegada pelo Departamento Nacional<br />
do SENA.1 no Estado do Paraná encerrou-se em 31 de dezembro de 1947<br />
corn a criacão e o reconhecimento da Federaçao das lnddstrias, que teve<br />
como conseqiiéncia a transformacão da Delegacia em Departamento<br />
Regional do SENAI na forma prevista pelo "Reginiento do Serviçn<br />
Nac.ional de Aprendizagem Industrial - SENAI", aprovado pelo Decrr<br />
to n 10.009, de 16 de juiho de 1942.<br />
Durante o ültimo ano da fase de Delegacia, o SENA! no<br />
Estado do Paraná irnplantou cursos de formaçao profissional em Curitiba<br />
e Ponta Grossa: adquiriu terrenos para a construcão de Escolas de<br />
Aprendizagern ciii Curitiba e Londruna. Nestas duas (iltimas den inIcio<br />
as obras de execuco dos projetos elaborados pela Divisão Técnica do<br />
Departamento Nacional.<br />
Nesse niesrno perlodo.' no Paraná foram ministrados Cursos<br />
de Ajustagem, Tornearia Mecânica, Fundiçao, Motor de Explosão.<br />
Eletricidade, Solda. Mecànica de Radio, Tornearia de Madeira e Construcäo<br />
Civil, corn urn total de 45 alunos concluintes.<br />
E interessante lembrar que após os alunos cotichiIrni as<br />
tarefas que compunharn a respectiva "Série MetOdita de Oficina",<br />
passavann a trahalhar em equipes multidisciplinares ii 66risifdq5b de<br />
máquinas, aparelhos on peças industrials, como aldéiV ajO't', fogio<br />
de cozinlia, portäo de ferro e rnohiliário que<br />
pecas industriais on vendidas a alunos e sidOs NA!. A<br />
aprendizagern de construçao civil atuava na consruão de muros e<br />
pequenas edificacOes. . . J.<br />
Foi uma época de salutar pioiieitismo lc-ado'et princIpios<br />
t..
4.<br />
racionais e pedagógicos da "Escola Nova" da qual o major arauto neste<br />
Estado era o Professor Erasmo Photo, Diretor Técnico da "Escola de<br />
Professores de Curitiba".<br />
3. DEPARTAMENTO REGIONAL DO SENAL DO PARANA<br />
fSsegufldo estabelecia o art. 12 do Regimento do SENAI,<br />
aprovado pelo Decreto W 9 10.009, de 16 de juiho de 1942, no Distrito<br />
Federal como também no Estado on Território em que houvesse<br />
federacão das inddstriàs, seria constituldo urn Conselho Regional<br />
"composto dos segu:iiltes mernebros: presidnte dafederaçao das indiistrias<br />
on seu representante, trés representantes dos sindicatos dos empregadores<br />
da indüstra, diretor do depattarnento regional do SENAL,<br />
Delegado Federal de Educaçao do Ministério da Educação e Sadde ou<br />
seu representante e urn representante do Ministério do Trabaiho. Inddstria<br />
e Comércio designado pelo Ministro"<br />
A Federaçao das Inddstrias do Estado do Paraná-FIEP foi<br />
criada por sete sindicatos em reunião do dia 28 de outubro de 1943, na<br />
sede do Sindicato da Inddstria do Mate, a rua Marechal Floriano<br />
Peixoto. 134. 2 aridar, tendo sido aclamado Presidente da Diretoria<br />
Provisória o Dr. Heitor Stockier de Franca, corn os seguintes membros:<br />
vice-presidente Arnaldo Paulo Lipmann, 1 9 secretário Manoel Francisco<br />
Correa, 2Q secretário Luis Alberto Langer, V tesoureiro Teófilo<br />
Kiarnas. 2 tesoureiro Julio C. Moura.<br />
)< Entretanto sua existéncia de direito aconteceu a partir de 18 de<br />
agosto de 1944 corn o reconhecimento peio Ministério do Trabaiho,<br />
lod(istria e Comércio e expedicao da respectiva "Carta". A filiaçao da<br />
PEP a Confederaçao Nacional da Inddstria-CNIaos 19 dias do més de<br />
outubro de 1946 ultirnou o processo jurIdico-administrativo exigido<br />
para o desmembramento do SENAJ/PR do SENAi/SC e sua caracterizacão<br />
corno Departamento Regional. Todavia passaria urn ano, trés<br />
meses e 13 dias para que essa condicao de fato Se tornasse de pleno<br />
direito.<br />
Segundo consta da ata de reunião da Federaçao das Indi:istrias<br />
do Estado do Paraná realizada aos 2 dias do mês de fevereiro de 1948,<br />
120<br />
localizada no EdifIcio Moreira Garcez, 8 Q andar, sala 810 nessa data, o<br />
Presidente Dr. Heitor Stockier de Franca du posse ao Eng Flausino<br />
Mendes da Silva que já vinha desempenhando as fnnçöes de Delegado,<br />
no cargo de Diretor do Departamento Regiofiäidi SENAI doParaná,<br />
para o qual havia sido nomeado peio Presidente do<br />
do SENA!, Dr. Euvaldo Lodi, pela Instruçao de Serviço n9 1I48d 7 de<br />
janeiro de 1948. 0 Conselho Regional que juntanlkflte cothrdDiretor<br />
Regional compoe a estrutura organizacional básica doSENAI, nos..<br />
Estados, so veio a set constituIdo meses depois. Em sua primeira reunião<br />
real izada a ii de agosto de 1948 estava assim representado: .<br />
a) Heitor Stockier de Franca - Presidente da Federaçãodas<br />
Indiistrias do Paraná;<br />
b) Alvaro Albuquerque - Representante do Ministério do<br />
Trahaiho, lnduistria e Comércio;<br />
c) Lauro Wilhelm - Representante do Ministdrio da Educação<br />
e Saüde;<br />
d) Jose' Bitencourt de Paula - do Sindicato da Indüstria da<br />
Construção Civil;<br />
e) Humberto Malucelli - do Sindicato da Indüstria da Madeira;<br />
f) Rodolfo Schinzei - do Sindicato da Inddstria Mecânica,<br />
Metalürgica e de Materiais Elétricos;<br />
g) Flausino Mendes da Silva - Diretor do Departarnento<br />
Regional do SENAI do Parana'.<br />
Para secretariat as reuniOes do Conselho, o sr. Presidente<br />
designou o servidor da Federacao das lnddstrias do Estado do Paraná-<br />
FLEP. Rômulo da Costa Faria.<br />
3.1 - Administração Presidente Hietor Stockler'deFrança<br />
0 Dr. Heitor Stockier de Franca era urn hotnern de visão<br />
global. Tudo o que assurnia fazia-o corn ideatistno edpIrito iii'bado.<br />
Nascido em Palmeira/PR em 05/11/188.drafithurnaiexisténcia<br />
de 86 anos, por onde passou deixou a rnar&tdeeiiprOfIcuo<br />
trabaiho, a luz de sua inteligência e o caIor.deucoacãOhdnsto e<br />
121<br />
I
ivagnnirno. Talentos para as atividades industriais e comerciaisj a Os<br />
liatia do hcrço. Seu pai, Capitäo João de Araüjo Franca heneficiou a<br />
economa paranaense coma industria!izaçäo e o comércio da erva-mate.<br />
d' cereals e criacão degado. Orfãoaos dois anos fora educado<br />
no ca nm ho do hem, da verdade, da honradez edo belo por sua geni.tora<br />
Leaudrina Marcondes Ribas Stockier, de ascendéncia campeira e por<br />
sua tia. Professora Ernestina da Conceiçao Stockier, de quem aprendera<br />
a prirnei ras letras.<br />
Como comerciário e escrivão da Coletoria Estadual de Renlas,<br />
exe.rcitou a Ihaneza do .trato corn as pessoas de todos os nIveis<br />
socinis. Abrindo sernpre novos caminhos corn passos firmes estabeleceu-se<br />
no centro de Curitiba corn indástria gráfica c Iivraria, a "Livraria<br />
MwidiaI. Formou-se em Direito. Desde a adolescéncia projetou-se no<br />
SCIO dos lieratos paranaenses corn obras de escol, narradas em prosa e<br />
vcts . Poeta dc alma sublime exaltou sempre o belo e os acontecimentos<br />
que dignificarn a espécie humana.<br />
Fiel as cliretrizes do Conseiho Nacional do SENAI do qual era<br />
rnenihro pot todos respeitadc, admirado e querido, presidiu o Conselho<br />
fe p,ionai liderando suas reuniOes corn competéncia, elevado senso de<br />
res1onsabilidade, so] idariedade e companheirismo scm preconceitos.<br />
Nas atividades do Departamento Regional do SENAL nao so<br />
ri'nl' corn absoluta lealdade o seu Diretor Regional, como apoiou<br />
td;as boas iniciafivas que dependiam de sua aprovação privativa, ou<br />
cIa :iprwaçäo do Conseiho Regional. 0 seu preslIgio junto ao Conselho<br />
Nacional da Entidade e particu!armente aos Presidentes da Confederacan<br />
Nacional da lndliistria trouxeram para o Parana' valiosos suhsIdios<br />
linanceiros e técnicos que auxiliaram sobremaneira a consolidaçao e a<br />
eficiéncia do SENAL neste Estado. Facilitararn e incentivaram as acOes<br />
(to D_ iretor Regional Eng Flausino MendesdaSilva e deseusauxi!iares.<br />
Grncas aossubsIdios financeiros acrescentados a receita normal<br />
do SENA! do Paraná foram concluldas as construcOes e equipados<br />
durante sua gestao os dois grandes Centros de Formacão Profissioal do<br />
norte e do sul do Estado corn sede em Londrina e Curitiba e exccuta.dos<br />
prograrnas dc formacão e aperfeiçoamento prof issionais nas principals<br />
ciclad.es do Estado.<br />
A!é.m dos inestirnáveis serviços prestados ao SENAI regional<br />
e nacional, colaborou na criacão do Servico Social da IndttiaS$J<br />
promoveu a instalação do mesrno no Estado do Paraná. Norneou<br />
Superintendéncia do SESI o competente e dedicado José Maiàihãb!<br />
Fi!ho, o qual prestou vahosos apoio ao SENAI/PR forta1eceit1 a<br />
cooperacäo entre as duas primeiras entidades que compunham o Sistema<br />
FIEP e auxiliando-as a se firmarem no conceito do meio empresarial.<br />
No inIcio da fase Departamenta!, o SENAI do Parana ja se<br />
encoritrava cstruturado corn urna Divisão de Ensino sob a chefia do Prof..<br />
Antonio Theo!indo Trevizan que englobava as SecçOes de Selecão:.e<br />
OrientacAo Profissional, que inclusive procedia a selecão do pesso.aI<br />
para a Administração e para as Unidades Operacionais sob a chefia do<br />
Prof. Antonio Weinhardt. A Inspetoria de Ensino sob a chefia do Prof.<br />
Louriva! Sponho!z. A segunda Divisão era a de Contabilidade. Essas<br />
duas DivisOes abrangiarn todas as acOes. meio e fim, do Departamento.<br />
Ao findar a administração do Presidente Dr. Heitor Stockier<br />
dc Franca, em outubro de 1.958.o Departmento Regional continuava sob<br />
a direção do Eng F!ansino Mendes da Silva, que tinha como subdiretor<br />
o Prof. Antonio Theolindo Trevizan.<br />
Nos Centros de Formacão Profissional de Curitiba e Londrina<br />
eram ministrados Cursos de A!faiate, Marceneiro. Pedreiro. Compositor<br />
Manual, Mecanotipista, Impressor, Encadernador. Ajustador. Serra-<br />
Iheiro. Mecânico de Auto. Toerneiro Mecânico, Soldador, MecAnico,<br />
Eletricista, Eletricista Instalador. Mecãnico de Radio. Mestre de Obras<br />
em Construção Civil, Motor de, Expiosäo, Afiador de Serras e Cursos<br />
Preparatórios para jovens e adultos.<br />
A matrIcu!a ascendia a 1.551 alunos, além da imp!antacão do<br />
Treinamento de Supervisores nas indüstrias, através do "Método TWI"<br />
a partir die 1957 e da prestacäo de assistência técnica aa!gumas<br />
indristrias cine colaboravam corn o SENAI na producão de peças e<br />
máquinas industriais, fornecendo rnatéria-prima para usinagern.<br />
Nas Indéstrias Kiahin de Ce!uiose e Papel,:em Monte Alegre<br />
eram ministrados diversos cursos de quaIificacãoeaperfeicoaniento<br />
profissionais, bern corno na cidade de Ponta Grossa, onde já havia sido<br />
adquirido o terreno no qual se situa o C.F.P. do SENAI.<br />
Fina!rnentc, por axiomático que pareça,'deve-se afirmar ciue<br />
o Dr. 1-leitor. peio muito que rea!izaou em favor do Estado do Paraná e<br />
123
particiilarrnente do SENAI e da paz social no Brash, não so merece o<br />
galardão da honra ao mérito, mas o tItulo de herói nacional.<br />
3.2 - Administraçao do Presidente Lydio Paulo Bettega<br />
Lydio Paulo Bettga é natural de Piraquara•-PR onde nasceu<br />
aos 15 dias cle jtrnho de 1904. Corn 10 anos mudou-se corn seus paisioão<br />
Bettega e Thereza Bettega para 13eunos Ayres, onde se ocupavam corn<br />
.0 comerc,o de madeira.<br />
Seus pais esmera•arn-se por ihe prOporcionar urna educação<br />
eclética abrangente corn sólida forrnaçâo básica 4 iñstruão técnica<br />
ohjetiva em comércio, economiae finanç-as, coroadaporconhecimentos<br />
h!tnianIsticos do major valor em LInguas Vivas, Fiiosofia Pura,<br />
Apologética, Psicologia, Literatura e História, ministrados no Colégio<br />
Santa Catar.na, Colégio San Carlos, Cotégio Federal Domingos<br />
Sarmiento e no Instituto Pio IX anexo a PontifIcia Universidade<br />
Católica. em Buenos Aires, Argentina.<br />
Retornou ao Brasil, corn a famIlia em 1924.<br />
Em 1928 já vamos encontrá-lo assumindo graves responsabiliclades<br />
dc Diretor-Gerente dos escritórios de representaçao e venda de<br />
madeira da empresa J. Bettega & Cia na cidade do Rio de Janeiro. De<br />
1930 em diante, as açOes de urn gênio criativo, do administrador<br />
competente. devotado ao trabalho perseverante e construtivo nao cessam.<br />
Cu!to e dinârnico, suas realizacOes se multiplicam em vrios<br />
setores das atividades indu•striais e cornerciais que da madeira passam<br />
pelo radio e televisão, pelas bebidas, pelo cinema e corndrcio de<br />
afflorndveis. Criando, expandindo e dirigindoempresas e agremiacOes<br />
sindicais traça uma das mais brilhantes trajetórias no cenário do progresso<br />
para.naense.<br />
Em 1958 Lydio Paulo Bettega é eleito Presidente da Federaço<br />
das lndistrias do Estado do Paraná. Nessa condicao preside pela<br />
primeira vez a reunião do Conselho Regional : do SENAI, a 3 de outubro<br />
clesse. ano.<br />
A sede da FIEP havia passado por imóveis locados, a começar<br />
pe.lo X andar do EdifIcho Morei.ra Garcez, sala 81. Na ocasião encontra-<br />
124<br />
va-se localizada a Rua Cornendador Araüjo .n.252, 3?,andr.<br />
Uma das primeiras e grandes reaiizaçOes.:de.stra gestão,<br />
assessorado por José Maranhão Filho que.como.Superiiitendente do<br />
Servico social da Indüstria-SESI já havia dado sua• dficiénte cola.boaçãø<br />
ao Pres idente Heitor Stockier de Franca foi aconstrucão do edifIio<br />
de nove andares para a instalacao da FIEP edo SESI; sito :à Rua Cndido<br />
de Abreu, 200 fiesta Capital. Desde então passoU a reunir alitânMM o<br />
Conselho Regional do SENAI.<br />
0 Conselho Regional do SENAI que presidiu pelaprimeira<br />
vez estava assim constituIdo:<br />
Lydio Paulo Bettega, Presidente<br />
Flausino Mendes da Silva, Diretor do Dep. Reg. do SENAI<br />
Rodolfo Schinzel, Representante da lndüstria<br />
Ney Aimeida Faria, Representante da Indüstria<br />
Lauro Wilhelm, Representante do Ministério da Educacao e<br />
Cultura.<br />
Na adrninistraçao regional do SENAL além do Diretor Fla.usino<br />
Mendes da Silva contava corn o Professor Antonio Theolindo Trevizan<br />
no cargo de Subdiretor Regional; Louriva! Sponholz, na Chefia da<br />
Divisão de Ensino; Milton Maggioni, na Chefia da Divisão de Contabilidade;<br />
Lauro Ribas Linhares, na Direção do C.F.P. de Curitiba e<br />
Normando Camargo da Silva na Direçao do C.F.P. de Londrina.<br />
Corn sua aprovaçao, por curto espaço de tempo, o Prof.<br />
Antonio Theolindo Trevizanexerceu cumulativarnente as funçOes de<br />
Interventor do Departamento Regional do SENAI, do Estado do Rhode<br />
Janeiro, tendo normal izado a situacão administrativa do rnesrno. Dessa<br />
missão foi dispensado em 17 de janeiro de 1962, tendo ijidicado para<br />
substitul-lo o Prof. Lourival Sponholz que permaneceu a frente daqii:ele<br />
Departamento Regional ate 31 de marco de 1962.<br />
No primeiro ano do mandato do Presidente. LydioPaulo<br />
Bettega foi consolidada a implantacao, no Paraná, do Tr6damento<br />
Profissional na indüstria què a partir do AperfeiçoaientodutSUpervisores,<br />
expandiu-se por todo o Estado 3 atingindopririeipaImente os<br />
nIveis de supervisao e geréncia intermediária Nesseano:foram atendidas<br />
107 indtstrias corn urn total de 1928 treinado<br />
Nesse mesmo perIodo passavam pelos cu.tôsdesenvo1vidos<br />
S
em unidades operacionais fixas do SENAL, em Curitiba, Ponta Grossa,<br />
Miinte Alegre e Londrina. 1551 aluno.s.<br />
Durante a década de 1958a 1968 em que exerceu niandatos de<br />
Prcside.nte d.a FederaçAo das Indistrias e do Conselho Regional do<br />
SENIM do Paraná. o .Dr. Lydio Paulo Bettega comandon, orientou e<br />
estirnulou corn espIrito criativo e atributos carismáticos de auténtico<br />
i(ler importantes tealizacoes do SENAI no Paraná, como por exemplo<br />
durante a admi nistraço do Diretor do Departamento Regional, Flausino<br />
Mencles:<br />
a) 0 planejamento e inIcio da construção do Centro de<br />
ormaçao Profissional do SENAI de Ponta Grossa, que por suas<br />
frial dadcs. em hornenagem ao saudoso Diretor, foi denominado "Cenlro<br />
dc Treinarnento e Adaptacäo Profissional Flausino Mendes", conforme<br />
aprovaço do Conseiho Regional do SENAI, constante da Ata da<br />
,'eun iäo real izada a 25/02/1965;<br />
h) a iniplantação do "Servico de Treinaniento na 1ndstria";<br />
c) oaperfeicoamentodeAdministradores, OrientadoresTéctacos<br />
c lnstrutores do Departamento Regional do SENA!, na Europa e<br />
Eslados Uniclos.<br />
Na administracao do Diretor Regional, Antonio Theolindo<br />
Trevzan nomeado em 23 de abril de 1962, por sua direta indicação ao<br />
Presideiite do Conseiho Nacional do SENAI, DomIcio Velloso da<br />
Silveira, corn apoio do Diretor do Departamento Nacional do SENAL.<br />
Paulo Affonso Horta Novaes:<br />
a) conclusão da constru(;ào do C.F.P. de Ponta Grossa (Ceritro<br />
de Treinarnento e Adpatacão Profissional Flausino Mendes);<br />
h) expansão da formacão profissional no Paraná atravds de<br />
cnvênios corn Orgos técnicos dos Ministérios da Educaço e do<br />
Traballit, (PIPMO e DNMO);<br />
c) estabelecimento de convénios entre o Departarnento Regional<br />
do SENA!. a Ministério das RelacOes Exteriores (Etamarati) e o<br />
'mi tél niergovernarnental Para MigracOes Europélas-CIME corn sede<br />
urn. (Jenebra. cu jos recursos daI oriundos permitiram equipar o "CETAP-<br />
Fiatiino Mendes', inclusive supri-lo de abundncia de água corn a<br />
construçäo dc urn poco artesiano e manté-lo por cinco anos. Embora<br />
altarnente vantajoso para o SENAI do Paraná, a aprovação desse<br />
1 20<br />
• 6nénio sofreu oposição de membros do Conseiho Regional, do Norte,<br />
somente tendo sido aprovado gracas ao prstIgio de que.oPresidente<br />
Lydio gozava junta ao Presidente do ConseihoNacional do SENA1,<br />
Thomas Pompeu de Souza Brasil Neto, a quabdeudecidido apoioao<br />
pleito do Paran. Nesta aitura merecem ser lembradoso ConsTdl.freiro<br />
Mtônio Carlos de Ahreu e Silva, representante do Itani riite os<br />
representantes do CIME no Brash, E.K.Rahardt e GuiiheriJoffiIy - as<br />
dois ditinios respectivamente Chefe e Chefe Adjunto da Missäo db<br />
CEME no Brasil - pelo apoio técnico e politico que semrpe deramàs<br />
iniciativas do Departamento Regional do SENAI do Parana:<br />
d) lan(;amento no Paraná do "Projeto Empresa", composto<br />
dos seguintes suhprojetos:<br />
- Administra(;ão do Treinamento<br />
Aprendizagem de Menores no Emprego<br />
Treinaniento de Supervisores<br />
Treinamento de Adultos<br />
- Reunião .Antial de Técnicos<br />
- Material Técnico de Divulgaçao;<br />
e) aprovacao dos Pianos Anuais de Trahalho do Departarnento<br />
Regional;<br />
f) <strong>aqui</strong>sicão de equipamentos para renovação e complementacão<br />
tdcnica do ensino, atravds do Banco Interamericano de Desenvolvirnento,<br />
corn contrapartida do SENAI e doacâo do Ministdrio da<br />
Educacão e Cuitura-MEC;<br />
g) comemoraçOes alusivas aos 25 anos do SENA!, em 1968.<br />
Todas as tunas de aiunosque se formaram no ano receheram a<br />
denorninaç5o de "Turma Jubileu de Prata", tendo a Presidente Lydio<br />
coma patrono.<br />
Pode-se afirmar que se oSENAI do Paraná do qued;heste ano<br />
que comemora seu cinqUenteuário de fundacäo. muito deve àcompetdncia,<br />
sensibilidade hurnana, interesse diuturno pelo progresso.da Indi)stnia<br />
e sobretudo a força do idealismo empregado para alcanç'àtrne1hores<br />
condiçOes de vida para a classe trabaihadora, par esePresidente"do<br />
Conselho Regional do SENAI.<br />
Lyclio Paulo Bettega, assirn como Heitor Stockler de Franca<br />
representam a "Fase Pioneira do SENA1n6Etd doParará'..Qpapel<br />
127
E<br />
I4<br />
qie desempenharani no carninho luminoso de suas vidas no comércio,<br />
na induistria, na educaçao técnica e na busca da paz social jamais deverá<br />
ser esquecido na história do Paraná e do Brasil.<br />
A produção do Departamento Regional do SENAL, no ültimo<br />
ano de sua gestão foi de 2521 matrIculas de alunos, e 123 turmas,<br />
qual.ificados on aperfeicoados em cursos de capacitação técnica, ministrados<br />
nos Centros de Formação Prof issional de Curitiba, Ponta Grossa,<br />
Monte Alegre e Londrina, no local de trabalho e em dezenas de<br />
rnunicIpios, abrangendo 291 empresas do setor secundário da econo-<br />
mia.<br />
Finalmente é mister destacar o grande apreco dedicado pot<br />
esse Presidente aos serviddores do SENA!, manifestado principalmente<br />
pot ocasião das solenidades realizadas para comemorar o Jubileu de<br />
Prata da instalação do SENAL no Estado do Paraná.<br />
0 Presidente Lydio não so participou da elaboracao do programa<br />
conio tomou pane ativa em todas as solenidades.<br />
Todos os servidores foram premiados corn cheques bancários.<br />
Aqueles admitidos ha mais de 5, 10, 15 e 20 anos foram homenageados<br />
corn uma insignia de onto, onde se destacava o nümero de anos de<br />
serviços prestados ao SENAI do Parana', sobre urn campo azul.<br />
3.3 - Administração Presideñte Mario De Marl<br />
Mario De Mari nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de<br />
1923. E Iii ho de Augusto e Henriqueta De Man. Seu pai foi comerciante<br />
estabelecido em Curitiba, corn armazém de secos e molhados e materials<br />
para construção civil a quem, o jovem De Mari,na adolescéncia,<br />
Preston destemida colaboraçAo. Casado corn Ursula Elizabeth Henriete<br />
De Mari, teve dois filhos: Carmem Lécia De Mari Ribas e Mario De<br />
Mari Jt'inior.<br />
No Ian, na escola e na universidade recebeu esmerada e<br />
completa educação básica e superior. Em 1946 formou-se em Engenhana<br />
Civil na Universidade Federal do Parana'.<br />
Participou de vánios cursos nas areas de Anquitetura, Admin<br />
istração e Economi a quando teve oportunidade de aprofundar e alargar<br />
128<br />
os conhecimentos que servitam de forte apoiO parao desltichar<br />
eficiente de sua carreira técnica e para projet a- 'r. siIa..striuIar 1SI19iit<br />
dade no mundo cientIfico, no setor industrial eno compleko ëTp&a<br />
polItica sindical, havendo-se sempre corn excepcioi lbri1haiitisiiti. Na<br />
busca constante de novas informaçöes, trilhou os pnincipai ninho<br />
do mundo cnn missOes especIficas dos cargos que ocupavaOupa ainda<br />
hoje, on smmplesmente pela sede de desbravar o descoiihcidot Vist<br />
cerca de cento e cinquenta palses, absorvendo e divtilgalido euln*4<br />
conhecimentos técnicos e sociais deste e de outros continentestjb<br />
No setor püblico desernpenhou irnportantes funcOes i(Pf<br />
feitura Municipal de Curitiba. No setor privado criou e corna;iidtu<br />
grandes empresas. Participou de organizaçöes e missOes de planejamento<br />
e desenvolvirnento social e econômico do Estado do Paraná.<br />
Tomou parte ativa em organizacöes de grande alcance social, corno por.<br />
exemplo: Governador da Associacão Internacional do Lions Clube,<br />
Presidente do Conselho do Projeto Rondon do Paraná, Presidentedo<br />
Movimento Brasileiro de Alfabetização em Curitiba e de dezenas de<br />
outras entidades pbIicas, particulates e agremiacOes sinclicais básicas<br />
e de grau superior. Oficial da Reserva do Exército Nacional, durante a<br />
Segunda Guerra Mundial incoiporado a tropa, realizou valioso trahal ho<br />
na preparacão de contingentes militates, tornando-os aptos a defesa da<br />
pátria, tanto no pals como nos campos de bataiha da veiha Europa.<br />
Terminada a guenra retortion a seus mtultiplos afazeres na vida civil.<br />
Eleito presidente da Federacao das lndtistnias do Estado do<br />
Pananá ern substituiçao ao industrial Lydio Paulo Bettega, tomou posse<br />
no dia l de outubro de .1968. Como Presidente nato. nessa qualidade<br />
assume a lideranca do Conselho Regional do SENAI, presidindo sua<br />
primeira reunião aos 30 dias desse mesmo més. Nessa ocasiäo o<br />
Consel ho Regional do SENAL estava assim constituIdo: Mario Dc Man;<br />
presidente; Roberto Faria Affonso da Costa, representante do Ministério<br />
da Educacão e Cultura; Ewaldo Hohmann, representante do M ,hiistério<br />
do Trabalho e Previdéncia Social; AntônioTheolindo Trevizan,<br />
Diretor do Departamento Regional do SENAL Como Secretário<br />
Executivo era mantido o Dr. SIlvio Maggioni Jñnioryqutambérn<br />
exercia as funçOes de Chefe da DivisaodeAdrniflistracao do Departamento<br />
Regional. Na reuniâo seguinte, alétn dosConseiheiros aponta-<br />
129
dos. foram empossados mais Os Conseiheiros: Mules LuIs Zaniolo,<br />
Atigusfo Senegal ia e Lydio Paulo Bettega, representantes das atividades<br />
industriais. A constituiçãO do Conseiho Regional do SENAI do Paraná<br />
sofreri.a várias alteraçOes ao longo dos dois mandatos do Presidente<br />
Mario Dc Marl.<br />
Durante OS Sets anosqlie, corno Presidente da Federaçao das<br />
Endistrias exerceu, ex-vi de dispOsitivo regimental do SENAI, as<br />
funçOes de Presidente do Conselilo Regional, realizou nessa lnstituicão<br />
de ejisiflOteCfliCO iittportatitesObts novas e melhorou as já existentes.<br />
No correr da administraãn do Ditetor do Departarnento Regional<br />
Antonio Theolindo Trevian entre tittos; foram executados os seguintes<br />
pro jetos aprovados na gestão doPresideflte anterior:<br />
a) Construção de mais.um pavilhão no C.F.P. de Curitiba,<br />
corn 1538m2 destinado as instalaçöes deuma oficina de aprendizagern<br />
de matrizeiros, treinamento em rnáquinas operatrizes e a instalacão da<br />
Divisão dc Treinam.ento;<br />
h) Construção, instalação e inauguracão do C.F.P. de<br />
Paranaguit;<br />
c) Construção e parte da instalacão da Escola SENAI e<br />
Centro Técnico de Celulose e Papel de Telémaco Borba.<br />
Foram ainda aprovadas e dinamizadas as seguintes açOes:<br />
a) tendo em vista que o Centro de Treinamento e Formacão<br />
de Mão-de-Obra de Monte Alegre seria absorvido pela Escola SENAI<br />
e Centro Técnico de Celulose e Papel de Teldmaco Borba e que o seu<br />
coordenador, Prof. Orual Nen&ioBoska era a pessoa indicada para<br />
dirigi-lo, foi o mesmo enviadO a Tutifli. na ItáIia, para freqQentar o<br />
Curso de Administraão dc lt titlit6edeFJrfl1aqão Profissional no<br />
('entro de AperfeicoathentO Thciid e.PtofisioPaI da Organizacão<br />
Internacional do Trabalho'OiT<br />
h) continuacão dOi CWIVEftio corn o Comité<br />
Intergovernamental para Migra ropéias(C1ME) que desenvolvia<br />
urn progranla de qualificaç pTOf?ssinàIda aduitos procedentes do<br />
interior do Estado e de adaptaao ptOfiThial pata irnigrantes proce-<br />
dentes da Europa;<br />
c) dinamização de convéttiOs corn os Mini stérios do Traba-<br />
Iho e cia Educaçäo e Cultura (DNMO e PIPMO) os quais possibilitaram<br />
/3()<br />
t.<br />
- -_<br />
aumentar Os cursos de qualificacao profissional de adultos c inclusive<br />
a formação profissional de centenas de jovens conscritos militares,<br />
antes de deixarern Os quartéis;<br />
d) convênio SENAJ - Instituto Euvaldo Lodi e Uhiversidade<br />
Federal do Paraná para treinaniento dc estudantes de Cursos Superiore<br />
das areas técnicas de Mecânica e Eletricidade;<br />
e) convénio SUDESUL para pesquisa de mão-deobra: e<br />
necessidadesde form a(;ãoprofissional. Essapesquisafornece!eleihentos<br />
para a elaboracão e exedução de urn importante prograrna de<br />
formacao profissional para trabaihadores da Indüstria da Construçao<br />
Civil, executado em convénio corn o Departamento Nacional de Maode-Obra<br />
do MTPS. Os alunos receberarn. "Bolsa AuxIlio" em diriheiro<br />
durante o durso. Os concluintes receberam inclusive jogo de ferramentas;<br />
f) 0 ESTABELECIMENTO DE CONVENLO COM 0<br />
GOVERNO DO ESTADO DO PARANA PARA A REALIzAcA0<br />
DE CURSOS DE APRENDIZAGEM COM EQUIVALENCIA DO l.<br />
GRAU DO ENSINO FORMAL, PREVISTA NA LEI N L 5692, DE<br />
1971;<br />
g) participação do Departamento Regional do SENAI na<br />
"Feira Nacional de Engenharia e Ind6stria".<br />
A 08/1 1/1972 o Consultor Técnico Antonio Theolindo<br />
Trevizan foi dispensado das funcöes de Diretor do Departamnto<br />
Regional. Terminava nessa data a fase do pioneirismo do SENAI. no<br />
Estado do Paraná. Surgia nesse final de ano o grande parque industrial<br />
de Curitiba, situado na periferia sul da cidade. Otitros parques a seguir<br />
sinstalariam nos principais pólos de desenvoIvimentoeconOrnico'd.ii<br />
Estado, como os de Ponta Grossa, Londrina, Cacavel e outros..<br />
substituir o Prof. Trevizan, pot indicacâo do PresidenteMário Dc Mafi,<br />
o :Presidente do Conseiho Nacional do SENAI,Thornaz.Poi'h1de<br />
SOuza Brasil Netto, nomeou "pro tempore", osubditb8OMptamento<br />
Prof. Lourival Sponholz, na mesma datã08/1 1Ii972t<br />
Devido ao curto lapso de sua adm.iflistrà'o...itf Lourival.<br />
aeiias deu continuidade aos "Plaiiosda Th1ltO pOados .i1c<br />
Conselho Regional para os exercIciosde :197/dS'iã tnereei<br />
destaque as providéncias que tomotli ara caiuI plait4ão do Curso<br />
131
I<br />
U U<br />
TéCniCO de Celulose e Papel na Escola SENAT e Centro Tdcnico de<br />
(elulose. e Papel de Telêmaco Borba, de forma a permitir oinIcio de suas<br />
tivdades a l de marco de 1973.<br />
A 13/03/1973 o Prof. Lourival Sponholz foi dispensado das<br />
funçoes de .Diretor Regional "pro tempore", retornando a suas funcOes<br />
normais de "Diretot Regional Adjunto". Pot indicacão do Presidente do<br />
('onseiho Regional Eng Mario De Mari,para dirigir o Departarnento<br />
Regional do SENAI do Parana' , neSta msrna data e nomeado o Dr.<br />
(ierôni.rnlo de Macedo Mali que já ocupara o cargo de Vice-Presidente<br />
cia Federaçäo das lndcistrias do Etado do Paraná.<br />
Durante a administtaão do Dr. Gerônimo, o SENAL do<br />
Parni continuou a se expandir, tanto no que se refere ao leque dos<br />
tItiiios ocupacionais, quanto a sua capacidade fIsica.<br />
Ainda sob a liderança do Presidente Mario De Mari e a<br />
aclmiiiistração do Dr. Gerônimo foi inaugurada a Escola SENA! e<br />
Centro Técnico de Celulose e Papel de Telêmaco Borba e ainda como<br />
iniciativa de grande alcance, na expansão dos serviços do SENAI,<br />
verificou-se a cniacão e irnplantacão do Centro de Unidades Móveis de<br />
Formação Profissional. Nesse contexto merece especial destaque o<br />
irabaiho desenvolvido pelo então Chefe da Divisão de Ensino, Prof.<br />
Lauro Rihas Linhares, urn dos mais diligentes pioneiros do SENAI do<br />
Parami. que admitido em 19/07/1944 iniciou suas atividades conio<br />
professor na "Escola da Mina do Mato", da Companhia Metropolitana,<br />
de exfração de cart'ão, em Cniciáma, Santa Catarina. Corn seu dinamismoe<br />
invuIgardediaco as at-ividads doSENAI, Lauro Ribas Linhares,<br />
via- gestöes do Diretor Gerônirno 'de Macedo Molli e do Presidente<br />
Mario De Man, foi o principal inh.tivdOt da criacão do "Centro de<br />
Unidades Móveis de<br />
Dezenas de " 0jdades"eficaZmgflteequips e corn Instrutores<br />
treinados tornaram-se àptasa atender à'demanda de formacão<br />
profissional, presente rnesrno nos mais rernotos municIpioS do Estado<br />
do Paraná. No ñltimo exercIcio dagestaodoPESideflte Mario De Man<br />
euicerrado em 31/09/1974, o Departamento Regional do SENAI do<br />
Parana' efetuo \ em seus Cursos e Trehiatiento, 7.202 matrIculas,<br />
inclitindo alunos dos Cursos de AprendiZageirrCOrn equivalência do l<br />
132<br />
grau do ensino formal supletivo, atendendoa856 reã:J,do setor.<br />
secundánio da economia. A crença, a fé e oideaiinsnOncaeionalda<br />
todos os servidores do SENAI do Parahá obbjetiv : sdessa Institiiid<br />
ção; a busca de meihores dias para a<br />
Paz<br />
prosperidade para todos os brasileiros a<br />
caprichosos da saga humana - testeniunhavam mäisuave arIua<br />
gestão do Presidente MSnio De Man.<br />
3.4 - Administração Presidente Altavir Zanhillo cw<br />
I<br />
'*01 ;ç1I<br />
Attavir Zaniolo nasceu em São José dos Pinhais-PR, a 22/071<br />
1922. Filho do sr. Modesto Zaniolo e Dona Julia B. Zaniolo. Contraiu<br />
nüpcias corn a sra. Elza M. Zaniolo, de cujo matrimônio nasceram os<br />
filhos Luis César, Cantos Roberto e Jtilia Maria.<br />
E administradon de Empresas, Contador e Industrial.<br />
Suas atividades profissionais atestam urn elevado nivel de<br />
competéncia tdcnica e excepcional tinocInio no campo de funçOes<br />
administrativas e das relacoes sociais.<br />
Tais qualidades permitiram-Ihe exercer o cornando diretivo<br />
de importantes empresas e ocupar posiçaode destaque na liderança da<br />
polItica sindical, principalmente de categonias econômicas do Estado do<br />
Pataná, como por exemplo na Indéstnia da Madeira Zalilolo S/A;<br />
Agnopecuaria Florestal AMA Ltda., Presidente da FederacaO das 1ndüs<br />
tnias do Estado do Paraná, na Vice-Presidéncia da Confedetação Naèi'<br />
oñal da Ind6stnia-CN1, na Presidéncia do Sindicato da thdñstria.d..<br />
Laminados e Compensados do Parané, Presidente da Comisãoi4e'<br />
Desenvolvimento da Pequena e Media Indñstnia junto a CNLédZPas<br />
de outros cargos de igual relevo em dezenas de ditris
econOmico e social dos paranaenses, bern corno a prosperidade nacional.<br />
Altavir Zaniolo por sua luta diuturna a favor da indüstria<br />
parariaense e nacional, por suas açOes a favor das categorias econôrnicas<br />
I- profissionais, do progresso dos trabaihadores impulsionados pela<br />
edicacão técnica, pela grandeza de alma que estampa em suas relacoes<br />
interpessoais, pelo exemplo que sempre deu de homem honesto e<br />
lionrado. dedicado ao trabalho, a famIlia e a pátria - bern merece o tItulo<br />
de "Cidadão Eminente do Parariá".<br />
• Eleito Presidnte da Federacao das Indt'istrias do Paraná,<br />
inicion sua gestão a 1/10/1974.<br />
POT ter convivido corn o SENAI vários anos, quando no<br />
exeucIcio de Vice-Presiente da FIEP, conhecia bern os critérios e<br />
objetivos dessa lnstituiçao.<br />
Ex-vi do sell mandato de Presidente nato do Conselho Regional<br />
do SENAI do Paraná, presidiu sua primeira reunião a 28 de outubro<br />
de 1974. Naquela data, o mencionado órgão normativo de aconipanhamento<br />
e controle das atividades do Departrnento Regional do SENA!<br />
estava assini constituIdo: Altavir Zaniolo, Presidente; Evaldo Hohmann,<br />
representante do Ministério do Trabaiho; Ivo Mezzadri, representante<br />
do Ministério da Educacão e Cultura; Gerônimo de Macedo Molli,<br />
Diretor do Departamento Reginonal do SENAI; Lydio Paulo Bettega,<br />
Geraklo Hens e Miguel Arquimedes Richiter, representantes da Indilstria,<br />
seguidos de mais os suplentes Orlando Cmi, Anacleto Busato e João<br />
Manfredo W. Siemens.<br />
Ao assumir a Presidéncia do CdnseIhoRegional do SENAI,<br />
Altavir Zaniolo encontrou na direcoadmithstratiyatécnica e operacional<br />
do Departarnento Regional umafOtte, ecpefiente ededicada equipe<br />
de qervidores, preparada paia cOrnfflthito tabalhO e competéncia ir ao<br />
encontro dos anseios do novo Presidente, de dinamizar e expandir as<br />
açñes do SENA! na mesma proporç5o.•rue1resciamos parques i.ndustriais,<br />
os transportes e as comunicacOeseni todo o Estado e consequentemente<br />
o seu suporte financeiro. Alérncto Diretor Regional Gerônimo<br />
de Macedo Molli, e do Diretor Regional Adjunto Lourival Sponholz,<br />
destacavani-se por sua capacidade, eperincia e dinamismo o Dr.<br />
Silvio Maggiorini Jinior na Chefia da Divisão de Administraçâo; o<br />
134<br />
Adrninistrador Mariano Rodrigues<br />
Planejamento, EstatItica e COntrole; O tin na<br />
Chefia da Divisão de Ensifio; o Dr.<br />
Divisão de Treinawento; o Dr. Luis<br />
JurIdica.<br />
Corn essa equipe de escol,<br />
da faina industrial, corn seriedade de prop5sitos e<br />
fora difIcil Para o Presidente Altavir pôr em ptátitodéoji.thi<br />
aspiraçOes de grande alcance. Assim é que nos , l2arlos A frfltdffs<br />
destinos do SENAI do Paraná permitiram-Ihe osfadoscriar e acrestht<br />
tar iniImeras tlnidades Operacionais a capacidade já istM'l do<br />
Departamento Regional, gerar e estimular novas acoes 4ne iriam<br />
caracterizar urna das fases de maior crescimento do SENAI no Estado.<br />
Entre suas principais realizaçOes que do corneco ao fini de setis<br />
mandatos, contou corn a colaboraçao imediata do Diretor Regioiiál<br />
Gerônimo de Macedo Molli, contam-se as seguintes: Ji<br />
a) A construçâo e instalaçao do C.R.P. da Cidade lndustial<br />
de Curitiba;<br />
b) a ampliação da sede do Departarnento Regional e do<br />
C.F.P. de Curitiba corn a construçaode novos artxt;<br />
d) a arnpliação do C.F.P. de Londrii1a,cti a cOnstruçäo de<br />
novas dependéncias;<br />
e) a ampliaçao do C.F.P. de Ponta Grossa corn novas edifi-<br />
CacOes;<br />
a instalaçao do C.F.P. de Foz do Iguacu;<br />
g) a <strong>aqui</strong>siçao de uma area corn 454 1m2, sita a RtlaJdão<br />
Viana Seiler, em Curitiba, destinada a nova sede do Depattaifiento<br />
Regional do SENAI;<br />
h) a construção e instalaçao do C.F.P. de União da Vitória<br />
i) a construção e instalaçao do C.F.P. de Pato Branco;<br />
j) a construcão e instalaçao da "Escola Técnica de dail<br />
niento" em nIvel de 2 0 grau do ensino formal supletivo na Cithdá<br />
Industrial de Curitiba.<br />
M44<br />
Além dessas realizaçOes, em caráter definitivo, contfibfifi-am<br />
o ensino do SENAI no interior do Estado, a S1a56 doe<br />
Ntileos de Formaçao Profissional nas sedes dos rnuThipios d
(nnapI.!ava. Rio Branco do Sul e Apucarana.<br />
Para adaptar ou ampliar os C.F.Ps. de maneira a comportarem<br />
frrniaço profissional em major nñmero de tItulos ocupacionais, Aitavir<br />
r'l!znu, corn apoio da Administraçao do Departamento Regional, tim<br />
arplo programa de reformas e melhorias nos espaços fIsicos e nas<br />
inctalacOes das Unidades Operacionais fixas do Departamento Regional,<br />
devon Para cerca de trés dezenasas Unidades Móveis tornando-as<br />
aptas a ministrar forniacão profisisonal e treinamento em mais de uma<br />
centeua dc ocupacOes qualificadas, do saneamento a eletrônica.<br />
Dinamizou e e.xpandiu as açöes decorrentes de convénios corn<br />
entidacles estaduais e federals, da administraçao piiblia direta e indireta<br />
Em 1986, derradeiro ano de seu mandato à•frente do Conseiho<br />
Regional do SENAI, as Unidades Operacionais do Departamento<br />
Regional atingiram a elevada cifra de 42.177 matrIculas de trabaihadores<br />
em Cursos e Treinamento profissionais realizados na capital e no<br />
interior do Estado, o que por Si SO seria bastante para consagrar uma<br />
eficiente aclministraçao.<br />
Trés fatores importantes contribuIrarn Para o sucesso da<br />
A d miriistraçao do Presidente Altavir Zaniolo:<br />
1 - a capacidade e a dedicacão do Presidente;<br />
- a qualidade, criatividade e o idealismo do Diretor Regional<br />
do SENAL e de sua equipe;<br />
- a confiança e certeza de todo o pessoal da Adminisstração<br />
e das Unidades Operaciona .is do Departamento Regional na competéncia<br />
e nos critérios de justiça tanto do CnseIho como das Chefias<br />
regionals.<br />
3.5 - Administracäo Presidente Jorge Aloysio Weber<br />
0 industrial Jorge Aloysio'Weber fol empossado pela primeira<br />
vez no cargo de Presidente da Fecleracao das indüstrias do Paraná em<br />
1.0/10/1986. Nesse cargo adquiriu a qualidade de presidente nato do<br />
Coriseiho Regional do SENAI.<br />
E natural de Passo Fundo-RS onderia•sceu em 1928. E filho do<br />
sr. Frederico Bernardo Weber e Da. Nila Marques Weber. Contrai.0<br />
.136<br />
nipcias corn a senhora Maria Lulsa RennevWber,duj&matrimóio<br />
nasceram as filhas Marta e Carmem Teve apurada eduGaçãbasicae<br />
superior no lar e na escola, formando-se Contbilista Professor'de<br />
Escolas Tecnicas de Contabilidade,<br />
Organizacao e Métodos em seuEstado natai.' .'. ;.<br />
Em Porto Alegre e Buenos Ayresrtcve 'opor Ià1 de..<br />
aperfeiçoar e aprofundar seus conhecimento nas areas iidUrit<br />
comcrcial principalmente na administracao de empresas, dti'Ubs<br />
comerciais, alta geréncla, economia e psicologia das rela60-11dustfi<br />
ais Pôs em pratica sua capacidade técnica e de relacoe interpessoaise.<br />
sociais em atividades desenvolvidas na Universidadedo Rio Grandd. 4.<br />
Sul e em funcOes administrativas exercidas junto ao governo do EStad<br />
de Santa Catarina.<br />
Em 1964 veio fixar-se em Curitiba, onde como enipresio .<br />
passou a desenvolver atividades no comdrcio e na inddstria,ha<br />
fabricacao e venda de produts de escritório e de artes gráficas1<br />
Uma personalidade aberta, genuIna e comunicativa desde<br />
logo abriu-lhe espaco na Iiderança de associaçOes cornuilitárias e de<br />
categorias econômicas. Entre os muitos cargos importantes tjue exercefli<br />
e exerce estão os de Presidente da Federacao das 1nsd6striasdoP-aran4-<br />
Presidente dos Conselhos Regionais do Serviço Naciona1de<br />
Aprendizaagem Industrial-SENAI e do Serviço Social da IndisWia<br />
SESI, Diretor Geral deste tiltimo e Diretor Geral do Instituto Euvaldo<br />
Lodi-IEL; Presidente do Centro de lndiistrias do Estado do Pârariá e<br />
Vice-Presidente da Confederacao Nacional da lndi'istria-CNI; Presi,<br />
dente da ABIGRAF/PR. membro do Conseiho de Desenvolvirnentoda,<br />
PontifIcia Universidade Católica do Paraná-PUC PR; Presidenteid<br />
Conseiho do Servico Brasileiro de Assisténcia a Pequena e Mda<br />
Empresa-SEBRAE/PR e Presidente do Sindicato da lndtistria G.ráfi,a<br />
do Estado do Parana, Presidente da Comissão de Orçamento doCoie-<br />
Iho Nacional do Serviço Social da Industria-SESI e representánte da<br />
Confederaçao Nacional da lndCistria na Organizacao das Naçöes Uni.. 4:<br />
das-ONU.<br />
Eleito em 22/08/1986, tomou posse do cargo de Presidenteda;<br />
Fderação das Industrias do Estado do Parana em 1 2 de oumbro<br />
segainle. .;..J<br />
I-<br />
137<br />
-..--
A 09/110/86 presidiu pela primeira vez o Conselho Regional<br />
do SENAI. Nessa ocasião esse órgao do sistema FIEP estava assim<br />
constituldo; Jorge Alysio Weber, Presidente; Gil José Galli, representante<br />
do Ministério do Trabaiho; Waldomiro Koialanskas Fliho, representante<br />
das categorias econômicas dos Transportes, das Comunicaçñes<br />
e cia Pesca e, empossados na mesma reunião, Mario De Man, João<br />
Baptista Fontana e Cnistovam Linero Sobrinho, representantes das<br />
atividades industriais, que tinhani como suplentes João Manfredo<br />
Warkentin Siemens, Hélio Brugmann de Campos e Armando Moura.<br />
Oilson Schmidt era mantido na funcão de Secretário Executivo do<br />
re.ferido Conselho.<br />
Por Portania baixada pelo Presidente do Conselho Nacional do<br />
SEN.AI datacla de 29/01/1988 que entrou em vigor a 31 desse mesmo<br />
més. o Dr. Gerônimo de Macedo Molli, em conseqüéncia de intermediaço<br />
do Presidente Jorge Aloysio Weber foi dispensado do cargo de<br />
Diretor do Departamento Regional do SENAL do Paraná, funçOes essas<br />
qite vinha desempenhando desde 13/03/1973.<br />
Durante a gesto do Presidente Jorge A. Weber e a adminisfracio<br />
do Diretor Gerônimo de Macedo Molli merecem especial destaque<br />
a instalaçao do Nücleo de Formacao Profissional na sede do<br />
rnunicIpio de Toledo, que contemplando a laboriosa e próspera região<br />
do Oeste. e os inmeros melhoramentos técnicos decorrentes de equipamentos<br />
novos ou renovados introduzidos nas Unidades Operacionais.<br />
EdifIcios existentes foram reformados e instalaçOes substituIdas e<br />
nielhoradas.<br />
Ao terniinar a geréncia do Departamento Regional do SENAL,<br />
(Ie.rônimo de Macedo Moli tinha como octipãntës dos principals cargos<br />
de chefia os seguintes servidores: Matianó Rodrigues do Carmo,<br />
Assessor Geral; César Gomes Pessoa Assesor rFdcnico; Edésio Govéa<br />
Filho. Auditor Geral; Oilson Schmidt, Dittot Administrativo-Financeiro:<br />
Joao Barreto Lopes, DiretordeRcursoSHurna pos; Nelson Daher<br />
Santos. Diretor de Planejamento, Pesquisae : AVatiacao; Orual Nemézio<br />
Boska, Diretor de Forrnaçao Profissional.<br />
Por intercessão do Presidente Jorge A. Weber junto ao Presidenfe<br />
do Conselho Nacional do SENAI,senador Albano Franco, foi<br />
nomeado para o cargo de confiança de Diretor do Departamento<br />
138<br />
r<br />
Regional do SENAI do Paraná o economists Ito Vieira;cdineercicio<br />
a partir de 12/02/1988.<br />
Ito Vieira e dessas personagens que no teatro da vida abrti<br />
caminho, caminhando luzes endogenas iluminam a triIha'd.&is<br />
passos. Graças ao caráter genulno de seus atos, dificuldade queoiitm<br />
pareciam inertes, tornam-se flexiveis e permeáveis a mudanaórtünas<br />
e promissoras. Abrindo caminho, caniinhando; pelas.std1asde<br />
uma adolescéncia severa, porém sem jaca, seus pais e avós indicaran<br />
lhe as oportunidades, segundo as quais as circunstãncias econônii<br />
sociais que o rodeavam poderiàm permitir-Ihe sucesso no traha1hcrtä<br />
vida.<br />
'oq.<br />
Sua formacão básica, a par de estudos propedéuticc$s. de)1e<br />
29 graus, iniciou-se corn o Curso de Aprendizagem em ArtésGtáfiâs<br />
no Centro de Formaçao Profissional do SENAI de Curitiba. Iilgtessaiido<br />
no mundo do trabalho ainda jovem, passou por várias empresas,<br />
desempenhando fun, çOes em ocupaçOes cia i ndiistria gráfica ascendeü ãb<br />
nIvel de supervisor de produçao.<br />
A 10/02/1967, corn 27 anos ingressou no SENAI para des'eipenhar<br />
as funcOes de Instrutor de Aprendizagem no C.F.P. de Curitii5.<br />
0 born filho a casa tornava. Subindo sempre, abrindo caminho cathinhando,<br />
ocupou cargos e desempenhou funçães de InstrutOr de Trinamento<br />
na area de Higiene e Seguranca do Trabaiho, OrientadbrTécnico<br />
Empresarial para montagem de programas de Forrnacao ProfissionaF<br />
corn incentivos fiscais proporcionados pela Lei n 2697/75 e Acordos<br />
para a nealizaçao da Aprendizagem Metódica no Próprio Empt<br />
Assistente de Direcão do Centro de Formacao Profissional do SENAI<br />
de Curitiba, Diretor do Centro de Formacão Profissional da Cidade<br />
Industrial de Curitiba e antes de ocupar o atual cargo de Diretor Regional<br />
exercia as funçOes de Chefe cia Divisão de Treinamento do DepartimeP<br />
to Regional do SENAI.<br />
Ao mesmo tempo que traçava uma das mais briIhntes tr4tórias<br />
jamais percorrida pot outros servidores do Serviço Nacion1d<br />
Aprendizagem Industrial em todo opals, complementava sua forthc..<br />
técnica e humanlstica em cursos de nivel médio e superior, taisind:<br />
Técnico de Contabilidade, Bacharel em Ciéncias Econ6micas1rfs<br />
sor de Disciplinas EspecIficas de 2 grau, Técnico de Seuranca do<br />
_.<br />
,g. '
Trahaiho, Tecnologia Educacional, Desenvolvimento Gerencial e ontros;<br />
paiticipava de seminários nas areas técnica e pedagógica e realiza-<br />
va viageris de estudos e observação especialmente no campo da Forma-<br />
c Profissional.<br />
Já no ano seguinte ao da sua investidura no cargo de Diretor<br />
do DepartamentO Regional do SENAI, corn apoio e aprovacão do<br />
Presidente do Conseiho Regional do SENAI, Jorge Aloysio Weber<br />
ii itroduziu sensivel alteração na estrutura organizacional do referido<br />
rgao tornando-a mais ágil, eficaz e econômica: cargos de chefia são<br />
rernanejados. Corn as alteraçOes aconteidasa cCipula.de sun equipe de<br />
apoio técnico e administrativo ficou assim constituIda: Mariano<br />
Rodrigues do Carmo, Diretor Adjuntodo Depart.anlento Regional<br />
Acijunto: César Gomes Pessoa, Dirétor Ténico; Oiison Schmidt, Diretor<br />
Aciministrativo-FinanceiTO; NelsomDaher Santos,Assssor:de Planejamento;<br />
Mardeval Fornarolli, Assessor da Dirtoria Técnica; Danilo<br />
Benedito Jenrich, Assessorda Diretoria Administrativo-Fiflaflceira<br />
Martini José Jadyr Pereira, Chefe da Divisão de Ensino; Carlos Eduardo<br />
Rocha. Chefe da Divisâo de Assistência as Empresas; Percy Engel,<br />
Chele cia Divisão de Apoio Técnico e DesenvolvimentO de Pessoal; José<br />
Mainardes Lopes, Chefe da Divisão Contabil-Financeira; João Barreto<br />
Lopes. Chefe da Divisão de Recursos Humanos e Renato César Gumy<br />
Teixeira, Chefe da Divisão de Apoio Administrativo.<br />
Durarite a gestão do Presidente Jorge Aloysio Weber no<br />
perlodo da Administracão do Dr. Ito Vieira (de 31/01/1988 a fevereiro<br />
dc 1993). o Departamerito Regional do SENAI do Parana', entre outras,<br />
ieaiizou as sguintes obras e aoes:<br />
a) ampliacão em 197m 2, construcão do muro da frente,<br />
refornia e embelezamento do jardi.m externo e das areas de lazer, do<br />
C.F.P. Fkiusino Mendes;<br />
h) construcão de mais urn paviih5oCom4047m 2, meihoria<br />
do sistema de iluminacão, do C.F.P. daCidade'lhdustrial de Curitiba;<br />
c) <strong>aqui</strong>sição pot doacao de terredo. corn 11.818m 2 para a<br />
construço de urn C.F.P. em Apucarana; ,ernsubstituicão das instala-<br />
çOes que vérn sendo usadas em comodato;<br />
d) construcão de garagem corn 60rn 2 na Escola Técnica de<br />
.140<br />
Sancamerito da Cidade Industrial de Curitiba; n"<br />
e) construção de urn patio dRangu;<br />
corn 168m2;<br />
Ur, ft<br />
f) instalação e inauguracão<br />
g) construção e instalacão do Centro , de'T é%1gia daM<br />
deira e do Mobiliário em São José dos Pinhais emferredo doadI,<br />
prefeitura municipal, corn assistencla tecnlca do Go'erno do Estado<br />
Alenião de Baden -Wuntemberg; .<br />
h) consolidação do C.F.P. de Rio Branco do Sulatdofn<br />
convênio corn a Companhia de Cirnento Rio Branco, do Grupo<br />
Votorantim;<br />
i) regularizacão e defini(;ão predial dos C.F.Ps. de PatE<br />
Branco, Toledo e Apucarana;<br />
j)<br />
- <strong>aqui</strong>sicão e irnplantacão de mais duas Unidades Móveis de Forthaã<br />
Profissional: Costura Industrial e Marcenaria;<br />
k) ampi iação das oficinas do C.F.P. de União da Vitória corn<br />
mais unia secção de aprendizagem para mecãnica de automóvel;<br />
I) meihoria e complementacão, corn instalaçOes e equipamentos<br />
de todos os Centros de Formação Profissional e Unidades<br />
Móveis;<br />
m) incentivo ao aurnento de "Acordos de Cooperacão Técnica<br />
e Financeira" corn grandes e médias empresas para expansão e<br />
aperfeiçoamento do treinamento profissional;<br />
n) participacão eom apresentacão de teses no 1 Q Fórurn<br />
Paranaense de Educação, realizado sob os auspIcios da Federação das<br />
Inthistrias e da Associação Comercial do Estado do Parana' em 1990;<br />
o) implantacão no Departamento Regional do Piano de Sande<br />
para todos os seus servidores, corn participacão de 5 a 15% dos custos<br />
pelos usuáriOS.<br />
Em 1992, corn o Presidente Jorge Aiysio Weber na lideranca<br />
do Conseiho Regional e Ito Vi.eira na adrninistracão do Departamento<br />
Regional do SENAI, as Unidades Operacionais de Açao Direta e<br />
Indireta programadas pot esse órgão técnico de Formação Profissional<br />
matricularam 85.613 alunos - jovens e adultos - dos quais 80.868.,<br />
concluIram algum tipo de Curso on Treinamento.<br />
- ,4,_<br />
• 14]<br />
-- -<br />
-_.* '-s
Para se ter uma idéia do progresso do SENAI do Parana', nos<br />
il tinlos 50 arms de atividade profIcua é bastante saber que no anode sua<br />
criaco. em 1943, a matrIcula de alunos - jovens e adultos - em Cursos<br />
de Cornplementacão Educacional, Aprendizagem, Rápidos de Forma-<br />
e de AperfeicoamefltO Profissionais, foi de 460 alunos; 382 em<br />
ç5o<br />
(luritiha e 78 em Ponta Grossa.<br />
Previstos os quantitativos da Acão Direta e da Acão Indireta<br />
(Ac.OrdOS de Isenção Parcial e Acordos de Cooperacao), a matrIcula de<br />
atunosjovens e adultos para 1993 deverá chegar a casa dos 113.280.<br />
Em l de marco de 1993, em coriseqüência de sua nomeação<br />
pelo Governador do Estado Roberto Requião para ocupar o cargo de<br />
Secretrio da Indüstria e Comércio, o industrial Jorge Aloysio Weber<br />
l!cencinu-se dos cargos de Presidente da Federação das Indüstrias do<br />
Estado do Paraná e do Conseiho Regional do SENAI, assumindo seus<br />
postos o industrial Ari Paiva de Siqueira.<br />
SENAI PARANA 50 ANOS<br />
QUARTA PARTE<br />
r<br />
, fl<br />
i.:.<br />
I ;.- ., .....<br />
142143<br />
dr
I-<br />
1.0 VALOR DO SENA!<br />
FECHO<br />
4<br />
5 4. '0') $<br />
en' ,n •.<br />
'#<br />
C ft<br />
A filosofia da forrnacao pfofissional do SENAI de dois ano<br />
para cá, no Paraná e em outras RegiOes, vem mudando. A prevalecerla<br />
nova pohica, a 1egisaç5o q.ue fixa as finalidades, os objetivoo.<br />
estrut-ura organizacional do SENAI deverá set substitu-Ida ou adap.tada.<br />
Entretaito, é born lembrar que o valor, do residei<br />
suas Escolas de Aprendizagem, principa!rnen-te'daqueIas quãditAth o<br />
regime de equiva!ência corn o ensino formal.<br />
Curitiba, dezembro de 1995<br />
2. FORMAcA0 PROFISSIONAL: EDUCAcAO CIE<br />
TECNOLOGIA A SERVI0 DO POVO<br />
Pelo Clue retro ficou exposto constataim<br />
eno e repugnante agressão a histOria, geografia<br />
aquetes que pot q .ualquer razão pretendem justi<br />
Paraiv. E-Iiast-im-ável que pessoas jovens-,- poFitt€@<br />
vel poleacial hrgtdo, eapacidade verbal:64,00ft<br />
oviei temtodüucabedal'deraFOSe vaiosti<br />
prbienas de grande interesse<br />
s mcoftet p'grave<br />
a' j1)aranaefls€<br />
iar eta11iac. i4c,<br />
Ytthão $ 60111<br />
itt ththtQ flO<br />
5.<br />
5)<br />
.<br />
-.5<br />
.5<br />
H<br />
. ;.....<br />
J4L '<br />
$5
Como seja, v.g. a meihoria do bem-estar social e econômico<br />
de grancle paite da populaçao que vegeta, ainda, a sombra da ignorância<br />
e a niargem do aproveitamento de urn enorme potencial demográfico,<br />
representado por cerca de 50% da populaçao na "idade legal para o<br />
rahalho".<br />
Não faltam órgãos nas administraçoes püblicas municipais,<br />
estaduais e federais: na area de Governo, dos trés nIveis: Serviços<br />
Sorinis. Técnicos e Recursos Financeiros. Na area paraestatal, o SESI,<br />
O SENA!. o SEBRAE e os Bancos de Fomento e Desenvolvimento<br />
Social. Na area particulat, hm levâdo nümero de Entidades confessionais<br />
e. leigas, ansiosas por desenvolver programas que visem melhorar<br />
a vida das populaçOes carentes, proliferam.<br />
A Indole dos paranaenses e, de urn modo geral de todo o povo<br />
brasileiro. graças a sua Origem histórica e formaçao Itiiicaestá toda<br />
voltada para o trabalho. Violéncia, mendicãncia e miséria em major ou<br />
menor esca!a, estão intimamente relacionadas corn as polIticas de<br />
hivestimeritos em atividades produtivas, em Educaçao e em Formaçao<br />
.Profissinal que desenvolve e eleva as competéncias individual e coleti-<br />
Va. Ambas as competéncias tendo como resultante uma coisa que todo<br />
o mundo sahe o quo é: que todo o mundo quer e que se chama<br />
EM PRE(;O DURADOURO.<br />
Ale ntados Programas nacionais São minuciosamente detaihacbs<br />
nos gabinetes ministeriais. Serviços Püblicos e Categorias Econômicas<br />
são motivadas. Técnjcos do ma'is alto flI.vl viajam de ceca em<br />
meca. divulgando e debatendo metodologias, técnicas e Projetos. Redursos<br />
são alocados e uma onda de entusiasmo e crença nova galvanizam<br />
gregos e troianos.<br />
Tudo ou quase tudo & féitd sOb a ••arneaça cruel da<br />
coni pet itividade internacional. 0 Mercado Cornum Europeu e os Tigres<br />
Asikicos estäo entre as feras rnais feroes.'<br />
Anos Se passam, recursos poUticos; ttniCos, fIsicos e financeiros<br />
sa.o constimidos. .<br />
F a inflação e a recessão que rethieniropoder <strong>aqui</strong>sitivo das<br />
massas e debilitam as fontes geradorsdEMPREGo continuam sem<br />
que ate mesrno alguém "nobre"ou "plebu'ds'cohfie da eficáciade tais<br />
iniciativas. Ate parece que sereia de mares ignotos entorpeceu oespIrito<br />
146<br />
crItico e a criatividade dos mais ilustt-es brasilejros., ...•<br />
Etudo isso porque? Por que urn abalo emocional.terrjvocado<br />
urn desvio de 180 graus na trajeto'ria ,,da.,vi^5o ^cierttifidA dos<br />
economistas nacionais. • *<br />
Segundo abalizado técnico paran•aenseq1eie€efltemeNe<br />
:flJ ,. .via<br />
joua Alemanha em estudo e observaçao, nas-con<br />
d<strong>aqui</strong> a cern anos o Brasil ascendera aos niveis de desenvolviment&da<br />
rnaioria das naçOes do Mercado Cornum Europeu<br />
Acontece que o Brasil é urn pals descapitalizado, sup8i4dO.<br />
ainda a severa carga dos juros e demais obrigaçóes de uma dIvidat€iija<br />
dirnensão foge a compreensão do cidadao comurn.<br />
Para competir deverIamos ter capital bastante para importar1<br />
tecnobogia de ponta que ninguém dá de graca e equipamentos sofistic<br />
dos sem os quais apenas corn teorias bern articuladas será impossIvel<br />
atingir os padrOes de qualidade fixados por aqueles paIses, tecno16gira<br />
e economicamente muito a frente do nosso, igualar ou superareus<br />
nIveis de produtividade.<br />
Ate ja continuarão os 3/4 da populaçao brasileira narnSma<br />
situacao de 'pals em desenvolvimento".<br />
Do que não se lembram e se sabern não tern a humildade de)<br />
confessar: é que o Brasil tern urn dos maiores mercados de consurnd)<br />
interno, pelo menos da America, representado poruma populaçao'd<br />
mais de 160 milhOes de habitantes, dos quais mais de 100 niilsienii<br />
condiçöes de trabaihar e produzir para o seu próprio bem-estar, send<br />
bastante para isso organização econômica, gerenciamento admihistfativo<br />
e competéncia técnica, não so do Governo, rnas sobrtud &56io,.<br />
que deve meihor ser habilitado a produzir <strong>aqui</strong>bo de queiiecessita ei<br />
educado para o exercIcio da liberdade e da cidadania. . ...<br />
Ao invés de pretender fabricar produtci8ofis1.1'dos.<br />
exportação, vamos produzir aqueles de quo neces8ltamos equetodc<br />
mundo tenha meios para adquiri-los t,<br />
Ao inves de exportar grãos de soja iniiaturavamos pdur<br />
e exportar oleo refinado, outros cereais, frutascifl1es indutia1iadas<br />
Ao inves de exportar minerro de ferroou ferro gusa, 'amos<br />
exportar ago. I . , IA<br />
Ao invés de f<br />
I
esl:aduais e federais, vamos di.minu .ir as despesas püblicas, aiheics as<br />
la.rnirias dos Poderes Executivos que .para isso Os IIOSSOS representantes<br />
nas Cãmaras de Vereadores, nas Assembiéias Legislativas Estaduais,<br />
no C'ongresso Federal e no Senado tern os amplos e ilimitados poderes<br />
(1IC l.hes são conferidos ..e10 regime dernocrático.<br />
Ao invés de projetos educacionais, corn a finalidade •de<br />
promover polItico oil politicos, vams nicihoraroensino a partir do que<br />
temos ou podernos ter em material ddItko, .espaço ilsico, laboratórios<br />
e outras instalaçöes. ValOrizat tnais Professotes e instrutores. Vamos<br />
fortalecer 0 nosso rnercdc' inttffo a partir cb dupiicação real dos<br />
salários dos trabalhadres que dtverão ter ptoder <strong>aqui</strong>sitivo para cornprar<br />
o que produzern. Vamos proporcionarEMPRE6O a toda popula-<br />
ção - jovens e adultos.<br />
Ao mvés de lutar dernagogictrnetite 'contra 0 €xodo rural,<br />
conseqiléncia iógica e natural da evolucao tctidldicaedO aurnento da<br />
prodiitividade, vamos inoentivaracriacãodeuin inierocadavezmaior<br />
de agroindstrias, de indcistrias de produtos que atendamàs ae 'cessidades<br />
bsicas do povo, como mat enais para hahitaçös popula.res, vestuario,<br />
alirnentação e higiene LOCAUZADAS NA PERIFERIA DOS<br />
CENTROS URBANOS, de modo a facilitat a locomoqão dos trabaliaclores,<br />
a. distribuicão demográfica e o atendimento equitativo dos<br />
Servicos Püblicos. Privatizar não so as empresas e os mortopólios mas<br />
tambérn a Previdécia Social.<br />
Em assim 'procedendo eneonttrem0s tempo e rcursos financeiros<br />
bastante pat'a corciir a ttaIet&idaa tcnmtiia e- do progresso<br />
social do Brasil. As press6es da darndada MPRGO no Servico<br />
P(ihl.ico serão substituIdas comvafitageffrpelabftrtAde EMPREGO na<br />
iniciativa privada. ''<br />
Para labilitar o povo a VidUi pduzir corn Qualidade e<br />
Produtividade, aldm das estruta stWiOTffiai, te'rao papul irnprescind.Ivel<br />
a desempenhar na cap itãOténia destinada a atender<br />
a demanda econOmica de Formacão SENAI, o SENAC,<br />
as AssociaçOes de Créd:ito e Assist iWRai,aS Escolas Técnicas<br />
agricolas, industrials e comerciais, WSESIKOo SESC e dezenas de<br />
mitbares de Entidades de Serviço Social, pOt licas e privadas, existentes<br />
no pals e que deverão deixarde lado'odi1taritis1éio folclórico, artIstico<br />
.148<br />
ou doméstico, bern corno o pa :ernaiisrnoue alimenta aliment a4ide ea<br />
miséria. .<br />
Como ha poucos dias disse Atilano Orris thtiitho, Dirto<br />
Presidente da INEPAR, empresa das mais moderna ptogressistas.da<br />
Cidade Industrial de Curitiba, em Debate'prmv1rk4 peo ii.bE' "0<br />
Brasil joga fora seus recursos naturaiseescravisasiarnãodeob;p..<br />
tentar atrair capitais. Faz tudo erraOo'.<br />
0 SENAT e o Ensino Formal são indispensaveis ao proSsi<br />
e a harmonia social<br />
4.<br />
Formacao Profissional, Educaçao, Ciência e TenoIogia tIevetão<br />
ser colocadas a servico do povo e da dignidade nacional '<br />
4<br />
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REFERENCIAS BIBLIOGEAIICASL<br />
1. HISTORIA DO PARANA, dos Professores<br />
• Altiva Pillatti Balhana<br />
• Brasil Pinheiro Machado<br />
Cecilia aria IA West<br />
Riad Salamuni<br />
Jaime de Loyola e Silva<br />
Fans Antonio S Michae!e<br />
Roselys Vellozo Roderjan .<br />
Rosi de Sá Cardoso<br />
Leonidas Ferreira Filho<br />
Ruy Christovam Wachowiscz<br />
Faissal EI-Khatib<br />
•%Jt 1JILttII_JI t. - -<br />
1 ii o..<br />
1.1 iu<br />
----.--- ---v<br />
stu jus I auuiva t.1oas; org. e cooruenauorgrai<br />
Prof. Faissal El-Khatib. -<br />
1.2 Edicão GRAFIPAR - Gráfica Editora Paraná Cultural Ltdä. 1969. - - -<br />
2. ATLAS HISTORICO DO PARANA, de Jaime Antonio tatdoóe .- -<br />
Cecilia Maria Westphalen, Livr. Chain Edit. 1986, 2 4 ed. -<br />
3. MONTEALEGRE, CIDADE PAPEL, deHellé VellozoFernafrdes . -<br />
4. VIAGEM NO INTERIOR DO BRASIL, de Auguste de Sa* -.<br />
Hilaire, trad. de A. David da Silva Carneiro, Edit. J.B,Grdt9i<br />
(4 parte).<br />
5 UMA SAGA DA CRIATIVIDADE BRASILEIRA, d Sttno<br />
Lopes - SENAI/DN Rio de Janeiro<br />
6 RELATORIOS ANUAIS DO SENAIIPR, de 1943 a 1992<br />
7 INFORMAcOEs dos Diretores dos Centros dd. IoMço Piis<br />
sional e dos Chefes das DivisOes OperSa!s d6stxr/I<br />
8 ATAS das reuniöes da Diretoria da Fedraãdw1ndutiias do<br />
Parana.<br />
• - .':t .#.<br />
9 ATAS das reuniOes do Conselho Regioal doSENAI/PR'<br />
- -<br />
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