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A Crise da<br />

"Aprendiza gem"<br />

A "ajrciitIiztic'eii no J)U1V Cta (111 cr/sc. ;to inrtc (IL'<br />

c1i'J)YLiar Jara €i " (Ili(aça() i,iicçral l.!() . 1tni -<br />

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c/a L iIutIaiui H I)?t,t ssH /1) Fn!fltIt) (IC (rai)(1IJio,<br />

'1/111tF!I) ItsiPIIC i?tlt (1<br />

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LVJ117Iflt'1IItI(It I', 11OH5 /1HC'ssL)S, ?flCh)tli)\ C (CtfliUS<br />

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i)1S1ICc. 1('1011 Ft'CiI?O.5 /)117i LSVL f/ui.<br />

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1111LI!t.4l .L/l1 11 \IUI)./C(lt/U, fOlitlit Clilti C ti/fl/U Jititi.<br />

IICL c:s.sithidt' la iidiiidt . lOfla F101ti fk)IltiCa il<br />

aprcntIi'i'cun C tic novas met du/(Fgiar (pie<br />

$: OprOx1?fl(, J)l(Il.\ (.) a/)ren(1zZ da atividade produii -<br />

£ FUP1!Cfll o ensino iflhliS mais ecOflônuCO C eficaz,<br />

fh,n ac.cj,n, dos "Centros dc Aprendiza gem ", corn<br />

equiiakniii do cii rino formal de P' gran e de<br />

adotart,n reginics de freqi'ituicia quc perinhtaun, no<br />

mini?no iriplic'ar stia capaculade.<br />

Finalmente, a soluçao ectá numna poliuca de mais<br />

estrita Coope?ao ('mitre a bnpresa e as Inst ituiçoec<br />

cfl<br />

de Formtirmn Pro/;rsutu;aI, dcmiiro de urn ('n/O(/Ue h/Uc<br />

a tr10; J)oc.ca iuiiclts stir.<br />

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SENAI<br />

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SENAI PAItNA 50 ANOS<br />

SENAI:<br />

Uma Contribuicao<br />

a Historia<br />

do Progresso<br />

Social e Econômico<br />

do Parana'<br />

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Antonio Theolincic T<br />

SENAI PA1NA<br />

1943 A 19<br />

SENAI:<br />

Uma Contrib<br />

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a ri.stori<br />

do Progre5<br />

Social e Ecori<br />

do Paran<br />

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Copyright 1996 - Direitos reservados ao autor.<br />

Trevizan, Antonio Theolindo<br />

T.814 SENAI - Paraná - 50 anos<br />

- Curitiba: Champagnat, 1995.<br />

152 p. : 21 cm.<br />

1. Formacao Profissional no Paraná. 2.Servico Nacjo-<br />

nal de Aprendizagem Industrial - HistOria.<br />

lTItulo.<br />

Capa: Designer Rosane Maria Demeterco<br />

Planejamento Gráfico: Designer Edson Marcus de Freitas<br />

Revisão Gráfica: Prof. Antonio Camilotto<br />

Publicado em 1996<br />

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"A memória do pa<br />

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As açöes do pres<br />

Os desafios do fun<br />

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Indice<br />

1. Notas biográficas do autor .9<br />

2. Agradecimento ............................................................................11<br />

3. Observação sobre o motivo desta publicacao .............................. 13<br />

4. Prefácio ........................................................................................15<br />

5. CitaçOes de poetas paranaenses ...................................................17<br />

PRIMEIRA PARTE<br />

I. Paraná - uma Unidade Histórica e Geográfica IndefectIvel .........21<br />

SEGUNDA PARTE<br />

ii. Orgaos e Unidades Operacionais do SENAI/PR ........................39<br />

1. Centros de Forrnação Profissional ...............................................39<br />

1.1. C.F.P. de Curitiba .....................................................................39<br />

1.2. C.F.P. de Londrina ...................................................................44<br />

1.3. C.F.P. de Ponta Grossa .............................................................46<br />

1.4. C.F.P. de Maringá .....................................................................52<br />

1.5. C.F.P. de Paranaguá .................................................................56<br />

1.6. C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba ............................... .....59<br />

1.7. C.F.P. de Cascavel .....................................................................62<br />

1.8. C.F.P. de Foz do Iguaçu ............................................................65<br />

C.F.P. de Pato Branco ..............................................................71<br />

1.10. C.F.P. de União da Vitoria .....................................................74<br />

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1.! 1. C.F.P. de Rio Branco do Sul .79<br />

1.12. C.F.P. deGuarapuava .............................................................81<br />

1.13. C.F.P. deApticarana ...............................................................83<br />

1.14. C.F.P. de Toledo .....................................................................86<br />

2. Centre de Unidades Móveis de Formacao Profissional ..............90<br />

3. Escolas Técnica ...........................................................................92<br />

r' 3.1. Escola SENAL e Centre Técnico de Celulose e Papel de<br />

TelémacoBorba ..............................................................................92<br />

3:2. Escola Técnica de Saneamento ................................................99<br />

4. DivisOes Operacionais ...............................................................101<br />

4, 1. Diviso de Assisténcia as Empresas .......................................101<br />

4,2. Divisão de Apoio Técnico e Desenvoivimento de Pessoal .... 104<br />

5. Novas Unidades de Formacao Profjssjonal ...............................105<br />

5. 1. Centro de Formaçao Profissional de São José dos Pinhais ....105<br />

5.2. Centro de Formacao Profissional de Campo Largo ...............107<br />

TERCEIRA PARTE<br />

III. Rra1i7açOe.s das Administraçöes Regionais do SENAI/PR.. ... Ill<br />

1. Aritecedentes Institucionais .......................................................111<br />

7 . Delegacia Regional dos Estados do Paraná e de Sta Catarina 117<br />

2.1. Ivo Cauduro Picoli e Flausino Mendes da Silva ....................117<br />

3. Departanien.to Regional .............................................................120<br />

3.1. Administraçao Heitor Stockier de Franca ..............................121<br />

3,2, A.dministraçao Lydio Paulo Betega ........................................124<br />

3.3. .Ad.ministração Mario de Mari ................................................ 128<br />

3.4. Aclministraçao Altavir Zaniolo ...............................................133<br />

3.5. Adrninistraçao Jorge Aloysio Weber .....................................136<br />

Q'JART.A PARTE<br />

IV, Fecho .......................................................................................145<br />

0 valor do SENAI .....................................................................145<br />

2. Formaçao Profissional: Educaçao, Ciência e Tecnologia<br />

aServiçodo Povo ..........................................................................145<br />

3. Referências Bihliograficas ........................................................151<br />

Antonio Theolindo Trevizan<br />

Nasceu em Almirante Tarnandaré - Parana', a 14 de fevereiro<br />

de 1916. Filho de Antonio Eduardo Trevizan e de Juvina de SiqueiIa<br />

Trevizan, comerciantes. Trabalhou na in'dñstria e no comérciO Fez o<br />

curso básico em escolas péblicas e no Colégio Novo Atheneu. Em' 1.940<br />

formou-se pela Escola de Professores de Curitiba. Em 1952 bacharelOu-<br />

se em Direito pela UFPR. Em 1955 frequentou o programa de tina-<br />

mento da O.I.T., na area de formação profissional e do attesâitato,<br />

administrado pelo Ministdrio do Trabaiho da Franca, nesse pals, Suiça<br />

e ltália; visitou estabelecimentos de ensino profissional na Alemanha e<br />

Bélgica. Em 1960 concluiu o Curso de Desenvolvimento de Cornunida-<br />

de, na Universidade da California, em Berkeley e visjtou estabeleci-<br />

mentos de ensino profissional nos Estados Unidos. Em 1965 participou<br />

de treinamento pedagógico em "Artes Industrials" no Coléglo da<br />

Universidade do Estado de Nova York, em Buffalo e visitou estabele-<br />

cimentos de ensino profissional nos Estados de Ohio e Kentucky - USA.<br />

Em 1986 visitou indóstrias de artesanato na China e na India.<br />

Foi Diretor e Professorda Escola Profissional Ferroviária Cel.<br />

Tibürcio Cavalcanti e do Colégio Liceu dos Campos, em Ponta Grossa.<br />

Diretor da Divisão Técnico-Administrativa do Servico Social Rural do<br />

Parana'; Chefe da Divisão de Ensino, Subdiretor, Diretor e Consultor<br />

Técnico do Departamnto Regional do SENAI do Paraná; Interventor do<br />

Departamento Regional do SENAI do' Estado do Rio de Janeiro;<br />

Professor do Curso de Legislaçao Sindical e do Trabaiho no Paraná;<br />

Coordenador Técnico do Programa Paranaense de Formacao de Mao-<br />

de-Obra, da Secretaria do Trabaiho e Assisténcia Social do Paraná;<br />

Coordenador Estadual do Programa Intensivo de Preparacao de Mao-<br />

de-Obra, Técnico em Assuntos Educacionais e Representante no Con-<br />

seiho Regional do SENAC!PR, do Ministdrio do Trabalho.<br />

Além de artigos, escreveu: "A Qualificação Profissional<br />

Dirigida a Populaçoes Urbanas de Baixa Renda" - SENAC/PR, 1982;<br />

"Servicos Federais de Formacao Profissional Não Formal - Crlticas e<br />

SugestOes" - Secretaria da Indñstria e Comércio do Paraná, 1985; "A<br />

Qualificacao Profissional Através da Empresa Pedagógica (lQ e 32 vs.)"<br />

- SENAC/PR, 1985; "Programas de Cursos de Formação Profissional"<br />

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SENAI/PR, 1993 e "A Filosofia do SENAI" - SENAI/PR, 1995.<br />

Durante o exercIcio profissional fol agraciado corn os seguintes<br />

tItulos: "Pioneiro na História do SENAI" - CNI, Rio de Janeiro,<br />

1982; "Colaborador Emérito do Exército" - Quartel General, Curitiba,<br />

982; "Oficial da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho" - T. S. T.,<br />

Brasilia, 1993 e placa comemorativa do cinqüentenário da instalaçao do<br />

SENAI no Paraná, "por relevantes serviços prestados ao ensino profis-<br />

•sinncd brasileiro" - Federaçao das Indüstrias e Departarnento Regional<br />

doSENA!, do Paraná, 1993.<br />

Aposentou-se em 1 9 de dezembro de 1994, corn 54 anos, 6<br />

meses e .25 dias de tempo de serviço contado pelo'INSS.<br />

Endereço: Rua Recife, 355<br />

Curitiba - Parana' - Brash<br />

CEP: 80035-110 - Fone:(041)252-1526<br />

Agradecimento<br />

Agradecemos ao Professor Orual Nernésio Boska, ex-Diretor<br />

de Formação Profissional do SENAI/PR, por sua valiosa colaboraçao.<br />

A.T.T.<br />

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Observaçao sobre o motivo<br />

desta publicação<br />

0 presente livro foi concebido para conter unia sIntese histórica<br />

dos cinquenta anos de existência do SENAI no Paraná. 0 original<br />

contém cerca de 260 páginas e está ilustrado corn 168 fotografias de<br />

edifIcios, oficinas, laboratórios, salas de aula, professores, instrutores,<br />

alunos em seus postos de trabaiho e de personalidades estaduais e<br />

nacionais. Já se encontrava escrito e composto em princIpios de 1993.<br />

Emjulho de 1995,0 C.F.P. do SENAI de Curitiba o tinha impresso tins<br />

seus 25%. Esperamos ver concluIda sua publicaçao no próximo ann,<br />

evitando, assim, que se perca 0 ánico documentário que, de forma<br />

organizada, retrata a projecao do SENAI no cenário de meio século do<br />

desenvolvimento privilegiado da história social e econômica do Paraná.<br />

Curitiba, dezembro de 1995.<br />

73<br />

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Prefácio<br />

A intençao do livro-Album "SENAI PARANA 50 ANOS,<br />

corn abundância de fotografias de pessoas, paisagens e imagens de<br />

:realizaçOes e açOes do SENAI é a de pro jetar essa importante instituicão<br />

'educacional no cenário do progresso econômico, social e politico do<br />

Parana'. Por isso a sua primeira parte traça urn breve histórico do Estado.<br />

desde suas origens pre-colombianas ate a data em que o SENAT/PR<br />

ëOmemorou seu cinqüentenário. A segunda parte focaliza a estriiti,ra<br />

fIsica e funcional das escolas e demais órgaos operacionais do SENAL!<br />

PR. A terceira parte encerra urn retrospecto das principais realizacOes<br />

das administraçOes regionais representadas nas pessoas de seus Delegados<br />

e Presidentes do Conselho Regional. A quarta parte acrescentada<br />

neste volume, contém alguns comentários sobre o valor da Forrnaco<br />

Profissional e aspectos politicos. Como se sabe, a principal finalidnde<br />

do SENA! é a de organizar e administrar escolas de aprendizageni ern<br />

todo o pals.<br />

A sua filosofia, segundo se infere das "Diretorias do Conselho<br />

Nacional", em vigor ate 1993, era a de proporcionar educaçao integral,<br />

isto é, tédnica e humana, a jovens candidatos ao trabalho industrial, bern<br />

como a de proporcionar condiçOes.de aperfeicoamento social e profissional<br />

aos trabaihadores já engajados nos quadros do setor secundário<br />

da economia. De 1993 para cá, essa filosofia, por influéncia da coordenaçao<br />

central e de novas teorias administrativas, rnudou, não tendo<br />

ainda alcançado urn rumo definido, tanto no aspecto politico como<br />

metodológico. 0 certo e que hoje a instituicão precisa encontrar solucOes<br />

não so mais econômicas, mas de major aproximacão corn o mundo<br />

15


do Irahaiho que garantam a sua funçao social e sua continuidade. Para<br />

icsn 6 indispensivel contar corn seus técnicos e professores mais<br />

ped"nfrs.<br />

A ciiltura SENAJ acurnulada nos ültimos cinqUenta anos,<br />

•i ;ar de novas teorias endógenas ou exógenas, é a base de tudo. Nos<br />

it mpos atiiais. o trabalho tornou-se urn dos fatores mais importantes da<br />

'fIf!ania. fssa instituição educacional que, por razOes óbvias enfatiza<br />

I' "n1açn profissional, deverá manter suas caracterIsticas de pioneira<br />

'I' ifr das refornias educacionais que visam ao ajustamento do ensino<br />

I da tecnologia e da produçao em escala cada vez major.<br />

A. antecipação desta publicaçao corn apenas os textos do<br />

"hvro .-aIhl!m". ('uja edicao deverá ser conclulda pela escola de artes<br />

rfieas do Dpartamento Regional do SENAI, visa a sua divulgaçao<br />

ni Inpo opnrtiino e, de qualquer forma, assegurar a memória de urna<br />

I t III içn que vern prestando relevantes servlços de apoio a educaçao<br />

•. 'rescjniento industrial do Paraná.<br />

Curitiba, dezernbro de 1995.<br />

A.T.T.<br />

SENAI<br />

PARANA<br />

5OANOS<br />

"PARA QUEM VIAJA EM DIRE cÁO AO SOL E SEMPRE MADRU-<br />

GADA"<br />

"Pinheiro que tens no bojo<br />

Riquezas que a terra dá,<br />

Ta representas o arrojo<br />

Dopovo do Parana"'.<br />

(Helena Kolody, poeta paranaense)<br />

(Orlando Woczikosky, trovador paranaense)<br />

Aos servidores do SENAI do Paraná, de hoje e de ontem,<br />

rendernos rnerecida hornenageni por seus 50 anos de profIcuo trabaiho.<br />

If: IT'


SENA! Parana' 50 Anos<br />

PRIMEIRA PARTE<br />

Jo


PARANA<br />

Uma Unidade Histórica e Geográflca<br />

IndefectIvel<br />

Grandes acontecimentos como o descobrimento da America<br />

e do Brasil e a exploracao da costa ocidental africana, constituem marco<br />

indelével que, no final do século XV, assinala a passagem da Idacle<br />

Media para o Mundo Moderno. Os olhos do homem que, ate entäo,<br />

estiveram voltados quase so para o céu, baixam para a terra e o mar.<br />

Estudos cientIficos de geografia e navegação, promovidos e incentivados<br />

por Dom Henrique, filho do Rei de Portugal, D. João 1, através da<br />

Escola de Sagres, levariam os portugueses a estender os bracos da antiga<br />

Europa sobre o continente asiático, quase inacessIvel por caminhos<br />

terrestres, inóspitos e semeados de povos hostis, nao bastasse estar o mar<br />

Mediterrãneo infestado de corsários árabes. Bartolorneu Dias dobra o<br />

cabo da Boa Esperança, no extremo sul da Africa, abrindo passagem<br />

para o oceano Indico. Vasco da Gama descobre o caminho marItimo<br />

para as Indias. CristóvAo Colombo, navegando para o ocidente, aponta<br />

na America Central e Pedro Alvares Cabral, na costa oriental da<br />

Aniérica do Sul. Fernão de Magalhaes, em 1521, contorna a terra e<br />

chega as Filipinas. DaI por diante, espanhóis e portugueses singram os<br />

mares para, além da conquista de outros territórios, buscar ouro e prata,<br />

metais preciosos que, na época, engrandeciam as n'açöes As duas<br />

27<br />

4.<br />

* .<br />

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1,otncPas da peninsula Lbérica que se destacavam no domInio mundial,<br />

rirn tornar-se ainda maiores e mais poderosas. Nem tudo porém seria<br />

os bravos navegantes.<br />

Depois de vencerem as dificuldades de imensos oceanos<br />

ci;con.hecidos, ora calmos, ora furiosos, velas enfunadas, ao abrigo de<br />

ensea.das e balas, desembarcavam suas tripulacOes aguerridas, prontas<br />

enfrentar, seno duendes fantásticos, populaçöes silvIcolas arredias e<br />

desconfiadas muitas vezes hostis. Tudo isso, entretanto, seria, ainda,<br />

porn: n harrar-Ihes os passos corajosos, levantava-se a imensa e<br />

ag.reiiP Srra do Mar, coberta de florestas tropicais e, do outro lado do<br />

'"nineiite sul-arnericano, a áspera, quase intransponIvel e gelada<br />

dilheira dos Andes, além de numerosos e<br />

s' rdas ahert.as para o ãmago dos sertöes, constituiam-se, também, em<br />

c.veros obstcuIos a obstinada marcha para ermos misteriosos.<br />

No conieco do século XVI, a terra descoberta por Cabral era<br />

vi'itada pot naus portuguesas que vinham buscar pau-brasil, muito<br />

apreciado na Europa para a fabricacão de móveis e lavores diversos - por<br />

sua consisténcia e cor rósea. Os espanhóis, tatfib6tn, stirveftdo conhecirn'ntn<br />

ni Escola de Sagres, on mesrnO rivaliandternospbttugueses<br />

no ahrarnento de arrojados e competentes maiifthdiros 6,00rftaridantes<br />

navais. estenclerarn essa competicão aosgrnde' HnTetitO e, cotho<br />

evidente, A exploracao do litoral americarto. OTrat9'thsTordesi1has,<br />

firmado entre a Espanha e Portugal em 1494iOit o rnridiano que, de<br />

nrte a sni passava a 370 16gua do tabo , Vede,uaAftica e dividindo<br />

n:inndo em duas partes, deixava l sétiadivetgéfeias quantb ao limite<br />

que deveria assinalar. Os portugueses eit1pUrravm a linha imaginária<br />

para o C)cidente e os espanhdis devolviam-na para o Oriente.<br />

E verdade que esse Tratado arrefeceu os ãnimTs para a disputa<br />

armada, trazendo a grande vantagem de afastar oscontendtes, locali-<br />

.undn mis corn mais frequência, no lado ocidental e outros no lado<br />

"rintn1. Enquaiito os portugueses, corneçando coifr Martith Afonso de<br />

em 1530, huscavam explorar a costa brasileiralandocombate e<br />

fspUlSaUdO eventuais intrusos, os espaihóis penetravam pela embocadi'ra<br />

do rioda Prata e fundavam BuenosAires naArgentinaeAssunçãt,<br />

no Paraguai. Para os portugueses, o meridiano do Tratado das Tordesilhas<br />

passava pot Belém, no Pará e Laguna, em Santa Catarina; enquantO os<br />

22<br />

espanhóis afirmavam que o mesmo devia passar pelo mar, na costa de<br />

Paranaguá, de tal sorte que o ocidente do Paraná e o sul do Brasil Ihes<br />

pertenciarn.<br />

Martim Afonso de . Souza, nomeado pelo rei Dorn João Ill, no<br />

comando de chico naUs, fortemente armadas, trazendo, além de quinhentos<br />

tripulantes, soldados e colonos, sementes, mudas de plantas,<br />

ferramentas agrIcolas, cabecas de gado e outros materiais, - Iota<br />

incumbido de explorar e defender a nova terra, bern como de iniciar a<br />

sua colonizacão. Depois de expedicOes para o sul, que ambicionavam<br />

levar a posse portuguesa ate o rio da Prata, prudenternente resolveu<br />

fundar a vila de São Vicente. Nessa altura, para meihor garantir seus<br />

domInios, decidiu o rei de Portugal dividir o Brasil em Capitanias<br />

Hereditárias. Assirn, no sul, foram criadas as Capitanias de São Vicente,<br />

que Ia da barra de Parañaguá, para o norte, ate Bertioga, doada, em 1532,<br />

a Martim Afonso de Souza; e a de Sant'Ana, que ía da barra de<br />

Paranaguá, para o sul, ate onde, "legitimamente", alcancasse a posse<br />

portuguesa, doada, em 1535, a Pero Lopes de Souza.<br />

Interessante assinalar que Martim Afonso de Souza, quando<br />

no comando da frota real tinha apenas 30 abs de idade. Durante os 3<br />

anos que permaneceu no Brasil, alétfl de ter cimiprido corn a missão<br />

coloniadOra e ftthdgdo São Vicente e Piratininga, saneou a costa<br />

brasileira da preseñca de corsários e invasoreS. Coiiio fato notável os<br />

historiadores citam os aprisionamento de 4 embarcaçOes francesas,<br />

duas das quais anexou a sua esquadra: uma enviou a costa penambucana<br />

para reforcar sua defesa e a outra, pot razOes estrategicas, incendiou.<br />

A colonização paulista desenvolveu-se rapidaniente.<br />

Vicentistas, no final do século XVI, arrojavam-se aO sul para capturar<br />

Indios para o trablho escravo, a procura de minas de metais preciosos<br />

e de novas conquistas territoriais. Cómo a distância entre São Vicente,<br />

depois São Paulo, ate Paranaguá e dal ao planalto Curitibano fosse, na<br />

época, muito grande, levando a viagem de urn e meio a dois meses,<br />

muitos mineradores e bandeirantes foram levantando seus ranchos,<br />

localizados junto as minas, dando, assim, inIcio aoS pritheiros nücleos<br />

populacionais de Paranaguá e de Curitiba. A açao do g bañdeirantes,<br />

porém, não cessava. As Bandeiras organizadas em S. Paülocoiflpostas<br />

de portugueses e de seus descendentes, mamelucos e Indios preparados<br />

23


tara a guerra engrossavam suas fileiras corn parananguaras e curitibanos;<br />

oercorriam Ion gos caminhos para o ocidente, geralmente ja trilhados<br />

pelos .siivIcolas.,<br />

Os handeirantes usavam os próprios Indios para capturar<br />

outros ahorigenes como guerreiros nos combates as ReduçOes Jesulticas<br />

e contra as forcas militarizadas dos colonizadores espanhóis.<br />

A princIpio, o Indio escravizado e, pouco mais tarde o escravo<br />

airicano förarn .fatores importantes na colonizaçao e na implantaçao de<br />

lntitl!icoes portuguesas no sul do Brasil.<br />

Os conquistadores e colonizadores espanhóis, no século XVI<br />

o 1eçn do século XVII, vindos do Paraguai, avançarampara o leste,<br />

lindando numerosos nücleos populacionais. A partir do. rio Paraná,<br />

cnizavarn OS caminhos do Peabiru e o rio Piquiri, na . direçao do<br />

rio IvaI.<br />

Subiarn rilmo ao norte, contornando pela margern esq.uerda ' do rio<br />

Piq!Jiri. ate alcançarem, de volta, orio Paraná a.penetrarde novoemseus<br />

dr'mIniosji consolidados. Ao longo de uma larga faixa de terra semeada<br />

rh niicleos populacionais, fundaram "Ciudad Real" e "Vila Rica del<br />

Fspiritn Santo'. A primeira, na foz do rio Piquiri ea segunda, ao sul do<br />

I in FvaI.<br />

0 governo espanhol adotou o sisternade "encorniendas", uma<br />

spécie de concessão de terras pa .ra serern. .exploradas per nobres,<br />

"til izavarn n hraço do Indio para suas plantaço'es Op, mandioca e milho,<br />

vJ heita e beneficiamento de erva-mate parasrvendida aos mineradores<br />

de prata. descoberta no Cerro de Patosi,,n•as,proxirnidades do.rio, que<br />

pot esse niesmo motivo tornou.o nome de.Pratae que nada mais 6 d que<br />

a emhneadl!ra dos rios Parana' e Uru.guai no Atlântico.<br />

A expliiraçao dos Indios acirroulhes o ânin o hostil, levandoce<br />

re!-'darem contra o invasor de suasgenerosasterras. Tal rebeidia<br />

-p lininit )u de tal maneira queagitou emobilizou oscereade 200mil<br />

i ndgenas qrie - habitavam o ocide.nte do .atual estado do }araná, chegando<br />

a preocupar a monarquia espanhola.<br />

Felipe l.Ique, em 1560,•anexou Portugal Espanhapela força<br />

alegando direito hereditário em conseqüéncia de uniao matrimonial de<br />

nobre.s espanhóis, foi movido pelo ideal de unir sob uma so .coroa as<br />

naçOes cia peninsula Ibérica.<br />

A fini de acalmar os indIgenas, obteve a adesão da.Companhia<br />

24<br />

de Jesus (fundada por Santo macjo de Loyola) enviando a região<br />

conflagrada padres JesuItas. Esses, embora em pequeno nümero, aliayam<br />

a uma profunda fé católica grande competéncia poiitica,administrativa,<br />

tecnológica e pedagógica; cram administradoreS,pv@fessores,<br />

artesãos, agricultores, medicos e, sobretudo, padres e pastores. Em<br />

chegando a região, pacificaram os silvIcolas. Depois de organizá-los e<br />

garantir seu bem-estar, visando atingir o objetivo major que era o da<br />

evangelização, trataram de fixá-Ios em povoados on aldeias, de onde a<br />

expressão "Indios aldeados" on Reducoes. 0 sistema politico adotado<br />

pelos JesuItas confiava as chefias administrativas aos próprios Indios,<br />

sob a autoridade do cura.<br />

0 trabalho que desenvolveram foi tao eficiente que os Inidos<br />

não so se deixaram dirigir como prosperaram mais do que na vida livre<br />

de que gozavam no seio das florestas. Esse fato levou o rei Felipe III da<br />

Espanha a criar a provIncia do Guairá em 1608, a qual se estendia desde<br />

o rio Paranapanema, para o sul, ate o rio Iguaçu e do rio Tibaji, para o<br />

oeste ate o rio Parana', abrangendo mais de dois terços de todo o território<br />

hoje ocupado pelo Estado do Paraná. A adrninistração dos jesuItas corn<br />

seu sistema de "ReducOes", nao era bern vista pelos colonizadores<br />

espanhóis, por impedirem a escravização dos aborigines. Pot isso.<br />

quando atacadas, deviam defender-se por Si mesmas.<br />

Enquanto o governo espanhol, quer através do processo de<br />

colonização, quer através do sistema de Reduçöes jesuIticas tentava<br />

estender seus domInios para o leste, chegando mesmo, em certa ocasião,<br />

a ocupar S. Vicente, corn o objetivo de se fixar na costa atlântica,<br />

bandeirantes de S. Paulo. de Paranaguá on radicados no planalto<br />

curitibano, organizavam Bandeiras armadas que no século XVI, chefiadas<br />

por Jerônimo Leitão e noséculo XVII, pot Manuel Preto, Nicolau<br />

Barreto, Sebastião Preto, Lázaro da Costa, Fernão Paes e Raposo<br />

Tavares, davarn-Ihes duro combate Em 1629, era destruIda a empresa<br />

jesuItica do Guairá, corn o golpe final que Ihe fora desfechado por<br />

Antonio Raposo Tavares e Manuel Preto, comandando urna Bandeira<br />

composta de 69 paulistas, 900 mamelucos e 3.000 Indios..<br />

De modo que, se o estado do Paraná tern a configurar-Ihe o<br />

perfil geográfico rios rnilenares correndo de leste para oeste e do norte<br />

para o sul, compondo enormes bacias hidrográficasr que irrigarn ricas<br />

25


tcrras agriciilttirveis e amptos campos propIcios a criacão de gado -<br />

todo esse património não foi corisguido pôr , acaso: foi desbravado,<br />

e conquistado a dUras penas è a'è•USt•'a & inuitas'Vidas, pela<br />

'spad:.i e pelo bacamarte de bravos pau1it arfiangura urit:ibanos<br />

p'. no curso cia história, precederatti aöpaa hOje:<br />

Convérn acrescentar quo a uitiddh 5*a' geffia do<br />

P4ranA no se deve, apenas, a ma?hiak<br />

irevani mndios aldeados on não: a<br />

ane.xaço de Portugal pela<br />

do os poucos que sobraram para dO rio<br />

Ptranti. ou para além da bacia do rio Igiaçu Dtt deoüro<br />

qie ':iescohri tam, das rocas que plantararn 4 d ftif .iS'dOhsticos que<br />

rriararn: dos niananciais de água<br />

!idas: da etva .-mate poreles podad;<br />

ks caminhos por eles ahertos,<br />

i 'icos populacionais, a partir dos qual ërii •f dii!ta e a<br />

I)OSSC do território paranaense.<br />

Nesse tempo, bandeirantes pauli9&006dAfITidm qo litoral<br />

paranaense cacando Indios carijós para a<br />

fazadas P a prOC!!ra de ouro e prata.<br />

No seculo XVII, o litoral dO Pttpdpelos<br />

119Jjsts que af se radicaram. Bartlot1 fTbfálSi . Vicente,<br />

ips façanhas no Guairá, corn muihet, fif ho ë fsthiá ido<br />

pf ilneiro ase estabelecer na iiha do Cotittga:Ebiâftiográfico,<br />

i'"nco depois de formado foi transfrido as<br />

n1rgens do rio ttiberê, dando inIcio ao'<br />

lirimeiros povoadores remanescentes<br />

niente desceram para o sul em buscade<br />

"icranise juntar novos contingentes de brand-69 , I%4—rNMWd6 sravos<br />

e Inçfjos carijds aculturados.<br />

(Jabriel de Lara, como militar e bafid6tahtd" , de4aca,s6 na<br />

!idcranca da Capitania. que tinha como Casäis,<br />

"'i.ipnndo cargos importantes como o & Capftã6 it Pb'màdor<br />

!!'idOr:j40j. '.''i"<br />

De Paranaguá, grupos de<br />

nas, sobein a Serra do Mar e vérn explof'O ?iddptirn'eiro<br />

planalto. Como a travessia da serra do Mar fosse bastante penosa e as<br />

betas e catas de ouro nao eram de grande rendimento, foarn levantando<br />

seus ranchos e fixando-se próximos das minas pesquisadas e exploradas,<br />

dando inIcio ads prirneiros aglomerados habitäcionais. No começo<br />

viviam da canade-açücar, da caça, da pesca, dos anithais domésticos,<br />

das roças de rnilho e mandioca e do pouco gado que criavam; mercadorias<br />

essenciais como sal e fazendas para roupa vinham do Rio de Janeiro,<br />

de S. Paulo ou de Paranaguá e eram pagas corn ouro em pó.<br />

Bandeirantes paulistas em arrojadas aventuras na caca a<br />

carijós, tupis e guaranis; dando combate aos espanhóis que do Paraguai<br />

chegaram as cercanias de Ponta Grossa, ao passar pelos novos uticleos<br />

populacionais engrossavam suas tropas, na ida, deixavam novos habitantes<br />

na volta, contribuindo para o crescirnento econômico e demográfico<br />

da região.<br />

A 61tima metade do século XVII é especialmente dedicada<br />

consolidacao das conquistas dos bandeirantes e de expedicoes militates.<br />

Domingos Lopes Cascais parte de Caiacanga e, descendo o rio Iguacu<br />

chega aos saltos, onde hoje está Bituruna; EstéVão Ribeiro Baião e<br />

Francisco Lopesda Silva, partindo do Porto S. Bento, no Tibaji, chegam<br />

por terra ão' ho Ivale ttavegando pot este; atingem "Sete Quedas" no rio<br />

Paraná. De retorno, chegam au Igu'acu. Francisco Nunes Pereira explorou<br />

o rio Piquiri e subindo o tiO Paraná chêgou a foz do rio Tietê, em S<br />

Paulo; Bruno da Costa Filgueira, pattindo também de Caiacanga,<br />

desceu o Iguacu e chegou a foz do Potinga; Antonio Silveira Peixoto<br />

partindo ainda de Caiacanga, desce o Iguacu, indo sair nas "MissOes"<br />

espanholas; Cândido Xavier descobre os campos de Guarapuava<br />

Francisco Martins Lustosa, passando pelos rios Guaraüna, das Almas e<br />

Imbituva, vence a Serra da Esperanca e chega a periferia dos campos de<br />

Guarapuava; Afonso Botelho explora os campos de Guarapuava. Em<br />

1768 o governador Capitão General Dorn Luis Antonio autorizou a<br />

construcão de urna igreja em Registro de Curitiba, doando-the sesmari.a<br />

de urna ldgua quadrada para esse fim.<br />

Como fteguesia, Santo AntOnio da Lapa exite desde 1769.<br />

Ate '1820, quando Saint-Hilaire pecorreu O'Estado do Paran.<br />

vindo de S. Paulo potItararé, pàsandd pelos Campos Gerais e cheganclo<br />

a Paranaguá - Curitiba abrangiaquase tOdo o Estado do Paraná. Informa<br />

- 27


na lraduçao de David A. da Silva Carneiro, "4 1 Pane", relativa ao<br />

naJ Estado do Parana', de "Viagem no Interior do Brash" que: "A<br />

ornarca dc Curitiba é lirnitada ao noPe pelo rio Itararé; ao sul pelas<br />

pt'ovIncias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul;faleste pelo<br />

)ceano e pela provIncia de Santa Catarina. Ainda a oeste- seus lirnites<br />

n5o pareceni esta.r perfeitamente determinados". Nessaépoa o lndio<br />

C o escravo constituIam a mão-de-obra que servia desustentánulo ao<br />

r:lxniço das estruturas sociais; eram empregados-nalavoura, nos<br />

u ahal hos dornesticos, na mineracão, transporte de c-a•rgas cnstrução de<br />

rst!adas. nas fortificaçoes e como soldados na guerraQo]-tra outros<br />

indgenas.<br />

A medida que os aglomerados.<br />

V P r,q nagiiA e Curitiba, fosse por espIrito de aventutaud. novas<br />

l"ntun idades de prosperar. expandiam-se. Grupos de cuii.ii-anos, ja<br />

di (erenciados dos habitantes de Paranaguáe de80iauliitrapassarnos<br />

I irnites do pnirneiro planalto e vencendo a Serra deuIianvao<br />

estahelecer-se nos Campos Gerais. Al fundam fazencasepm agricultura<br />

de siihsitêncii e criação de gado. Algun.s maiS-arwjadeatultrapassam a<br />

.rra da Boa Esperança, chegando a Guar rdpi aPaImas<br />

liveIndia. Pat.o Branco e a Cascavel o<br />

!flhlicipifl 'Ic Toledo, numa verdadeira<br />

"rn (odios hostis e mil acidentes-geográfios nttifm toiher-<br />

-a ruarcha heróica, a urn tempo audaisa e.pathótic- qeconquis'<br />

tu ia dos habitantes pr&cabralinos .e dos esah asptras que hoje<br />

ifflegrani o ternitório do Parana' corno unidadehitórica! eTgeográfica<br />

iiidefectivel<br />

I-ri I i...<br />

. • f)J<br />

- ;o<br />

A notIcia da existência de grand:c rbaflhosde1 bovinos,<br />

rq( l inose muares do Sul e a inexisténCia de con1uflieacã poMer-ra corn<br />

os 'eptros consuniidores de S. Paulo Rio- deJanthrneMjn g Gerais<br />

iwaram o governadorde S. Paulo adetermitar -akestirade.uma estrada<br />

que partindo de Viamão, no Rio Grande do'Sul9 passSsp'elOs Campos<br />

(Terais e chegasse a Feira de Sorocaba. Essaestr€ia pisde3 anos<br />

dc aiduos trabaihos, foi concluIda em 1731.<br />

0 gado e a animalada foi deixada em abandono pelos colonizadores<br />

e bandeirantes que, corn a descoberta de grandes jazidas de onTo<br />

em Cuiabá e Guaitacazes, mudararn-se para essas regiOs dUrahte cerca<br />

de urn século, havia-se multiplicado atingindo grande ilailtidade.<br />

vigiadas apenas plas missOes dos Jesultas das margens do rib Uruguai,<br />

princhpalmente aquelas concentradas na reghao de "Vacaria da Serra".<br />

Esse fato levou os pacatos habitantes de Curitiba, Campos Gerais,<br />

Guarapuava e Palmas a se transformarem em ativos comefciantes,<br />

condutores de grandes manadas de muares, eqUinos e bovinos que<br />

vinham enriquecr-lhes as fazendas, ou eram objeto de venda lucrativa<br />

na grande Feira de Sorocaba, de onde outros comerciaPtes as levavam<br />

para serem negociadas em S. Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Mato<br />

Grosso.<br />

Corn a abentura da Estrada do Viamão, chegou ao Campos<br />

Gerais a pnimeira tropa de mais de duas mil cabecas de eavalos, éguas<br />

e mulas vindas do Rio Grande do Sul, tangidas porquase ilna centena<br />

de tropeiros, comerciantes, esctavos e camatths, coth destino a S.<br />

Paulo: Foi assirn que se inaugurP a fase do TrOpe-ilisffio no Paraná.<br />

Tropas de e ÜirtOs,' muares é bovinoä wiftfiriliariarn a yin do<br />

Rio GrandèdoSOJl, do-UtUguai eda Argentina<br />

Depidiftvetnadas dflrntecera de trés mesesPa região da<br />

Lapa on Campos Geraispara ge tecuetaremda longa caminhada, as<br />

tropas seguiam para a Feira de Sorocaba. Essecothdrciorescei.i ate a<br />

década de 1860, prornovendo a formacão e o crescimento de cidades,<br />

como Palmeira, Lapa, Ponta Grossa, Castro, Guarapuava e Palmas<br />

todas no caminho das tropas, invernadas e fazendas. 0 comérci.'<br />

tropeiro veio a declinar em conseqüência da construcão de estradas de<br />

ferro e de rodagern que passaram a substituir os anirnais no transporte<br />

de cargas. Saint-Hilaire, na parte referente ao Parana', refenindo-se a<br />

sociedade campeira, corn origem no tropeirisnlo, faz as seguintes<br />

observaçOes: "Os homens de todas as classes operárias, cultivadores.<br />

desde que tenharn algum dinheiro ganho, partem para. o Sul e comprarn<br />

mulas chucras e as vendem no seu Estado on levarn-nas ate Sorocaba<br />

Aproveitam-se as excelentes pastagens dos Campos Gerais para fazer<br />

invernar al as imensas tropas de mulas que vém do Rio Grande do Sul<br />

divididas em pontas de 500a 600 aninlais".<br />

I Q 20


Segundo "I-Listória do Paraná" deAltiva Pilati Baihana, Brasil<br />

Pinheiro Machado e Cecilia Maria Westphalen, 1 Q volume - o Paraná do<br />

SéCIdO X I X caracteriza-se pelas grandes propriedades, criaçao de gado,<br />

tropeirisnio. invernagem e pelo trabalho escravo de Indios e negros. As<br />

famfilas fazend.eiras vivem em suas terras e: detém. ."o poder politico<br />

r.ginnaI pnr mein de oligarquias parentais".<br />

A antiga Comarca de Curitiba - ouY Comarca d finalmente<br />

iwiiipacla de S. Paulo e elevada a categoria dePiovInciacom a posse<br />

sen primeiro presidente, Zacariasde Goes e Vascon€elos, em 19 de<br />

dezembro de 1853, em conseqüência da Lei n 2 704v .de29de agosto<br />

desse no, corn o norne de ProvIncia do Paraná, niantidososlimites da<br />

(omarca extinta. 0 nome de Curitiba é consewadoapenascomo nome<br />

da (Tapifal 1a nova ProvIncia.<br />

No sculo XIX a e'conomia de subsistn€ia do Paraná é<br />

"!J!da de atividades comerciais, tendo coino prneipaifatores de<br />

uda a exportaçâo de erva-mate e a compra e , jvondw de 1 animals,<br />

awcipalrnente de muares. A uti1iza4g5oexter1sivaade mão-de-obra<br />

u'ssas atividades deixava a ProvIncia dependente,da importação de<br />

urande, parte do que necessitava, de outras Provincia e mesmo do<br />

exterior. Apelos do governo provincial atraIrarn: imp:rtan.tesrecursos<br />

para a coristruçao de estradas de ferro e ofinanciamtnto.de'imigraçoes<br />

enropéjas. Os navios que chegavam carregadosaoporto deParanaguá<br />

necessitavarn regressar carregados para dirniiiuir os custosdos fretes.<br />

Em 1860 a populaçao da ProvIncia era cerea de 80.000<br />

hahilante.s. indicativo de urn consumo considerável para a época.<br />

A constrtição da Estrada da Graciosa em 1872, da Estrada de<br />

Prro ('i;rit.iba-Paranagua em 1885 e daEstrada dc Ferro S. Paulo-Rio<br />

rnde a partir de 1900, intensificararn o transporte de cargas, principalniente<br />

de made.ira.<br />

Ate o final do século XIX, o Brasil importava madeira dos<br />

Estados Unidos e paIses do mar Báitico. 0 uso depinho limitava-se a<br />

fabricaçäo de harricas para acondicionamento da erva-mate e de outros<br />

produtos. Entretanto, a partir da abertura de vias de comunicaçào para<br />

Pettc de Paranagu, iniciou-se a exportaçao de madeira para o Rio de<br />

Lnirn e. outros Estados, de preferência o pinho, que passou a ter<br />

'n .' IIires preços e a competir comas madeiras importadas.<br />

Corn a concessão de terras a companhias estrangeiras abriu-se<br />

também a exportação de toras pelo rio Paraná. 0 comércio de madei ra<br />

intensificou-se durante e após a Grande Guerra de 1914-1918.<br />

De 1880 a 1930, destaca-se a navegação do rio Iguaçu,<br />

iniciada pelo paranaense Coronel Amazonas de Aratijo Marcondes, no<br />

trecho Porto Amazonas-União da Vitória, corn barcos a vapor para o<br />

transporte de erva-mate e principalmente de madeira.<br />

Ao lado da longa história de conquistá e povoamento do<br />

Paraná merecem registro as imigraçOes europélas e asiáticas.<br />

Acorianos vierarn para Brasil, inclusive para o Paraná, no<br />

século XVIII. Urn século depois iniciava-se a imigracao de europeus. Já<br />

em 1808,0 Principe Regente Dom João baixava ato real permitindo que<br />

Os estrangeiros se tornassem proprietários de terras no Brasil. De 1.853<br />

em diante, o recebirnento de novos imigrantes no pals ficou a cargo dos<br />

governos provinciais. A partir daI, as centenas e milhares, irnigrantes<br />

poloneses, ucranianos, alemães, italianos, russos, sIrios, japoneses e dc<br />

outras nacionalidades ingressaram no Paraná. Essas imigracöes foram,<br />

em sua major parte, planejadas e financiadas pelo governo central e<br />

pelos governos provinciais on estaduais.<br />

Aquelas localizadas nas imediacOes de populosos centros<br />

urbanos foram as que mais prosperaram. Afeitos ao trabalho agrIcola e<br />

pecuário, nao so produziam para atender as próprias necessidades,<br />

como abasteciam vilas e cidades.<br />

Trouxeram consigo, além das técnicas agrárias, tecnologias<br />

avançadas da Revoluçao Industrial, tornaram-se agricultores, criadores,<br />

comerciantes e industriais.<br />

Fornentararn o desenvolvimento e a prosperidade do Paraná.<br />

Corn o advento da revoluçao liderada por Gettilio Vargas e as estradas<br />

já construIdas, o emprego do caminhão a partir de 1930 no transporte de<br />

cargas, faria as vezes da carroca e do barco a vapor na economia<br />

ervateira e madeireira, descortinando novos horizontes para a Sociedade<br />

Moderna.<br />

Intensifica-se a dispersao da Sociedade Campeira, latifundiaria<br />

e escravocrata. Os imigrantes, colonos de ontem, assumem a<br />

direçao dos empreendirnentos agropecuários e industriais; de carroceiros<br />

alugados passam a proprietários de caminhOes, sItios, granjas e fazen-<br />

I 3.1


d.. Da sociedade clássica herdam o amor pela terra, a coragem<br />

mpreendedora do tropeiro; alimentando corn suor e poupança a educaçii'<br />

de setis filhos, espIrito de sacrifIcio e religiao cristã, as raIzes<br />

histnrjcas do Paraná.<br />

ni<br />

Desde 1850, Frei Timotheo de Castel Novo cóth seus Indios<br />

aldeados de S. Pedro de Alcântara e S. Gerônimo daSefIà, próimos a<br />

fozdo Tibaji. já produziarn café para consumo própfiO. A terra e o clima<br />

erani favorveis.<br />

A partir de 1860 fazendeiros capitalistas otigirálios, em sua<br />

ttaioria, de Minas Gerais, penetram pelo curo superior ethédio do rio<br />

Ftirre, adquirindo grande g extensóes de t dhi 'O' e'rnprgo de<br />

tnnlogia paulista e expandern a cafeicu1tur or ddW"NôTté Veiho"<br />

ci'. Paraná.<br />

Nessa década teve início a formacaodas 86kkrfttk,6es urbaflas<br />

de Colônia Mineira, Tomazina, Santo Aflt6i6da?Mtii%; Wenceslau<br />

Rraz e Sn José da Boa Vista. Todavia, aptoduãb piiçaO de café<br />

rassaram a ter irnportância na ecônOffii p 1nse átr de 1924.<br />

Nesse ann foram exportadas 2952T<br />

Do Norte Veiho, a cUlturad •fé kd'sdè COrnélio<br />

rnOpio pelo Norte Novo, atingindo I iWthaidl;atéo rio hal, para,<br />

por tJti.mo, chegar ao Norte NOt'issimô, etflréOsñóIVale Piquiri. De<br />

crescendo em crescendo, o café tOnás'. Via inestra da economia<br />

parariaense. Em 1960 atinge a cifra de 20 rnilhöes desacas, rdpresentanrIn<br />

113 do volume mutidial e a n'ietade da prdducão brasileira. DaI por<br />

diante a produço de café - em parte dvidO' a polItica fiscal do governo<br />

ccniral, em parte, a competitividAdd esttangira que atlrnentou sua<br />

producao e passou a ofertar no mecado mundial café de meihor<br />

qualidade e a preços competitivos - comeou a declinar, ttdendo lugar<br />

a s prodi.itos de uma nova agricultura, diversificada e mecanizada, onde<br />

snbressaeni Os cereals e os grâos de sOja, näo so no Norte, Oeste e<br />

.Sndoeste.. mas de urn modo gerat em todo o Estado do Párañá. Mesmo<br />

assim, o café continua aserprodutoprivilegiado paraoëohsumo ihterno<br />

e na balança de exportacao.<br />

Durante a fase cafeeira, em todo o Norte surgiram cidades,<br />

hoje importantes, como Jacarezinho, Bandeirantes, Santo Antonio di<br />

Platina, Cornélio ProcOpio, Londrina, Rolândia, Arapongas, Apucarana.<br />

Maringá, ParanavaI e outras.<br />

Aconcentraçao de capitais oriundos da economia cafeeira,e.rn<br />

grande parte dependente do trabatho braçat, permitiu ao Paran a<br />

cimentaçao de bases sólidas Para a instalação ou expansão de parques<br />

industriais. Tornou possIveis grandes empreendimentos no setor<br />

agroindustrial, conio a edificacao de fábricas de laticInios, que chegarn<br />

a industrializar mais de 200 mil litros de leite, ou de frigorIficos que<br />

abatem e aprontam wais 250 mil ayes, 3 mil sulnos e 150 bovinos por<br />

dia, para serern consumidos no pals e exportados para todo o mundo.<br />

A partir de 1920, agricultores vindos do Rio Grande do Sul -<br />

principalmente de origern alemã e italiana - chegaram act Sudoeste e<br />

Oeste do Paraná encontrarani as terras livres, conquistadas por handelrantes<br />

paul istas e curitibanos; desbravadas e povoadas porguarapuavanos<br />

que se deslocararn para Clevelândia, Pato Branco, Cascavet e Toledo;<br />

inclusive resolvida a questão de limites corn a Argentina, a qual teve<br />

como árbitro o Presidente dos Estados Unidos, Grover Cleveland. No<br />

Noroeste, na década de 1920, graças a Companhia de Terras Norte do<br />

Paraná, originada de empreendedores ingleses, paulistas e paranaenses,<br />

chegaram colonizadores vindos de todos os recantos do pals e exterior,<br />

para se fundirem no amlgama da cultura e da história do Paraná.<br />

Corn o acesso dos teuto-Italo-gaüchos ao Sudoeste e Oeste do<br />

Paraná, uma nova onda povoadora viria incrementar o crescimento<br />

demográfico e econOmico do Estado. Assentaram-se, porém, sobre<br />

raIzes históricas e geograficas, já totalmente definidas e indefectIveis.<br />

A regiäo tornou-se, sem diivida, importante Para a econonhia<br />

paranaense, principalmente pela criação de sulnos, producão de cereais<br />

e o estabelecimento de novos complexos industrials - não fora ainda a<br />

presença, entre os novos paranaenses, de uma inabalável dedicaçäo an<br />

trabaiho e inquebrantável vontade de progredir.<br />

Facilitou sobremaneira 0 povoamento e o desenvolvimento<br />

do Norte, Sudoeste e Oeste do Paraná a administraçao encetada a partir<br />

de 1.932 pelo Interventor Manoel Ribas que revogou as concessOes<br />

abusivas de terras a falsos pretextos; apoiou e estirnulou a colonizaçao<br />

33


Iir,neta c ('Ill: construiu estradas importantes para a econornia paranaease,<br />

corno a do Cerne: arnpliou o cais do porto de Paranaguá; moralizou<br />

serviç piihlico e coihiu os desmandos e a corrupção polItica em seus<br />

anoq de governo.<br />

A populaqio do Paraná que em 1900 era de 327.136 habitanasca<br />

['ara 4.227.763 em 1960 e aproxirnadarnente 9 milhóes em<br />

2, alirnefflada pOt seu crescimento vegetativo e principalmente,<br />

'las correntes migratórias nacionais, européias e asiáticas que para cá<br />

'n ye riani desde 1930.<br />

A indüstria paranaense que, sdculos atrás, já se manifestava<br />

15 afivi(lades artesariais dos pimeiros colonizadorés e das ReducOes<br />

JeSIIItiCaS, cresce corn chegada dos imigrantes eütbjiërs e asiáticos<br />

cécnlo XVIll corn as dificuldades de itiipOttaã'o, provocadas<br />

'ela Prirne,a Grande Guerra e contando corn as teservás dà economia<br />

niac.Ieireira e sobretudo cafeeira. na década de 1960, corn o<br />

valioso apolo de organismos educacionais e propulsores do desenvol-<br />

" im. ecnio o Fundo de Desenvolvimento Eoi16ñiico F. D. E. e a<br />

nrupinhia Parinaense de Desenvolvi pito Eônômico -<br />

(() F.PAR. apresenta considerável progtsO.<br />

0 setor prinlário, corno major produtofagUtola per capita do<br />

J .c, contoll ainda corn o apoio técnicode orgagvéhYamentaisconio<br />

a Café do Paran. a Associaçao de Cr6dito e Msigt6ficia Rural -<br />

ACARPA e a COPASA, especial izadas ñä rodtIção e distribuiçao de<br />

semeittes. em extensäo rural, operaçOes c'feditic"iAs ê äri1azenagem de<br />

pro(lntcls agricolas - o que estimulou a aceléraãOdósnvOlvimentista,<br />

dim'ntada que fnj corn a abundância de energla 616trica.<br />

Por sua vez, a pecuria era sensivelMente melhorada corn a<br />

iirodiicio. pelo Governo do Estado, das tàiis Gir e Nelore nos<br />

ptanaenses. A Companhia Paranai1s6 dEttëia - COPEL<br />

onSiflhia novas usinas geradoras de energia eIéttià pra atnder a<br />

.rc'cenie denianda do desenvoivimento econóniicO nos stores prima-<br />

1-j (), seeiriidrio C terciJrio.<br />

W11 ipl icani-se lndüstrias como as de café iol6vel, agiornerad,s<br />

do mac:leira. fiaçao de aigodão. compuientes para a indüstria<br />

ci "nal de autonióveis e tratores, aço, óleos veetais brutos e refinados.<br />

trigorIlicos. eletrodomésticos, ferro fundido, fertilizantes granula-<br />

-1<br />

dos; produtos farmacêuticos, mecânicos, elétricos e outras.<br />

A partir de 1975, a indüstria passa a ter major valor relativo na<br />

geraçäo da renda interna do Estado. De 1970 em diante, numerosos<br />

parques industriais aparecem on se expandem, como os da Cidade<br />

Industrial de Curitiba, de Londrina, de Maringá. de Ponta Grossa, de<br />

Cascavel, de Toledo, de Marechal Candido Rondon e outros. Urn<br />

sistema interligado de energia elétrica, corn urna producao instalada<br />

superior a 14 milhöes de KW, operada pela COPEL, Centrais Elétricas<br />

do Sul do Brasil - Eletrosul e Itaipu Binacional - estirnula o desenvolvirnento<br />

industrial paranaese. Alémdisso, o Estado passa a contar corn<br />

eficientes sistemas de telecomunicaçOes, rodoviário, ferroviário, terminal<br />

marItimo e redes de armazenamento; de água e esgoto, bancária,<br />

cornercial e outros recursos próprios de urna adequada e forte infraestrutura<br />

voltada para o desenvolvimento econômico. lndüstrias mecânicas,<br />

quImicas, elétricas, eletrônicas, cerâmicas (loucas e azulejos),<br />

frigorIficos; de apareihos elétricos, de telecornunicaçOes; de celulose e<br />

papel e de alimentos, empregando tecnologia de ponta - concorrem corn<br />

as de igual género do Primeiro Mundo.<br />

E ainda da major irnportãncia para a sustentação de todo esse<br />

complexo desenvolvimentista urn amplo e adequado sisterna educacional<br />

integrado por inñmeras escolas del Inguas estrangeiras, estabelecimentos<br />

de ensino de 1 e 2 gratis, oficiais e particulares, capazes de<br />

atender a toda a demanda educacional nesses nIveis, dezenas de escolas<br />

técnicas, industriais, comerciais e de rnagistério, püblicas e privadas;<br />

pela Universidade Federal do Paraná, pela Pontificia Universidade<br />

Católica do Paraná, 4 Universidades Estaduais e 43 Faculdades isola.-<br />

4as; pela rede de ensino profissional do SENA!, corn quinze Centros de<br />

Formaçâo Profissional, duas escolas técnicas - saneamento e celulose e<br />

papel - e trinta Unidades Móveis de Formaçao Profissional, pela rede de<br />

ensino comercial do SENAC corn Centros de Desenvolvirnento Profissional<br />

e Unidades Móveis.<br />

Finairnente, aI está urn breve relato do que foi, é e seth o Estado<br />

do Paraná que, como Unidade PolItica da Repüblica Federativa do<br />

Brash, pela bravura e sacrifIcio de seus pioneiros, pela capacidade<br />

produtiva de seus filhos - nativos on nao - por suas raIzes históricas e<br />

geográficas; pela versatilidade e harmonia de seu ambiente telérico;<br />

35


pela aspiraçäo hiimana de nIveis de vida cada vez mais felizes - é e<br />

se.r empre, no sen todo, indivisIvel.<br />

SENAI PARANA 50 ANOS<br />

SEGUNDA PARTE<br />

37


Orgãos e Unidades Operacionais<br />

do Departamento Regional do SENA!<br />

do Parana'<br />

A parte Os acontecirnentos que através do tempo marcaram as<br />

açöes dos organizadores. administradores e chefes do SENAI no Estado<br />

do Paraná, a história dos "Orgaos e Unidades Operacionais" retrala as<br />

caracterIsticas consolidadas da Entidade nos ültimos dois quartéis desfe<br />

século. Eis por que, a seguir, passaremos a relatar os fatos que deixaram<br />

niarcas indeléveis na trajetória da existência de cada urn, desd i'ii<br />

inIcio ate Os dias de hoje. Fixos e Móveis, Orgãos e Unidades Opraci<br />

onais a segur analisados, atingern meia centena, cobrindo todo o<br />

território paranaense.<br />

1. CENTROS DE FORMAçAO PROFISSIONAL<br />

1.1 - C.F.P. de Curitiba<br />

0 Centro de Forrnacão Profissional de Curitiba está situado a<br />

Rua Chile. 1678, em Curitiba. capital do Estado do Paran. cidacle<br />

cosmopolita, cidade de Cecilia Maria Westphalen, Helena Kolody.<br />

Apolo Tahorda Franca e Orlando Woczikosky. EleVada a condico d<br />

0


Vili em 1693. ascendeu a Cidade pela Lei n 9 5, de 1842, da ProvIncia<br />

deSão Paulo. Em 1854, corn a emancipaçao polItica do Paraná, foi<br />

esrnlhida para capital do Estado. Seu prinleiro prefeito foi José Borges<br />

de M'cedci. Lirnita-see corn os municIpios de Campo Largo, Almirante<br />

ramaiidar, Colombo, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandirituba e<br />

.\rattjrj. Entre setis intimeros Bairros destacam-se: Vista Alegre,<br />

[ilrzinho. AhtI, Boa Vista, Bacacheri, Capão da lmbtiia, Cajuru, Vila<br />

I latter. Portão. Agua Verde, Batel e Nossa Senhora das Mercés.<br />

A populaçao atual vai aléni de 1,6 milhOes, na grande maioria<br />

perencenIes i religião católica.<br />

(Tidade universitária; abriga duas Universidades e dezenas de<br />

Ci,rsos Stiperiores.<br />

Sen universo industrial engloba 4.514 empresas do Setor<br />

)ecundino. Além clealimehtos, háproducao,desdelapisateimplementos<br />

eletrcliiicos. tanto Para consumo interno como Para exportação.<br />

A receita municipal Para este exercIcio é de Cr$<br />

4 5.(00 000.00000 (seiscentos e oitenta e cinco bilhOes de cruzeiros)<br />

fli,, aproxirnadamente, 98 milhOes de dólares..<br />

Posstij urn dos meihores sistems de transporte coletivo do<br />

nititido. Arvores, jardins, praças e parques, oferecrn 52m2 de area<br />

verde para cada curitibano. Nos tiltimos cinqUertaanos distinguiram-se<br />

na adrninistraçao municipal os prefeitos: Dr Rozaldo G. de Mello<br />

I.fitan (1940-1943), Dr. Erasto Gaertner (1951'-1953), Major Ney<br />

Anl!nthas de Barros Braga (1954-1958), Gal. Ibréde Mattos (1958-<br />

062), Eng' Ivo Arzua Pereira (1962-1967), EPg Omar Sabbag (1967l°71.<br />

Fng Saul Raiz (1975-1979), Dr. MaurIcioRoseljndo Fruet<br />

I'M 4- 1986) e o Arquiteto Jaime Lerner corn trés mandatos(1971-1975,<br />

1979-1983 7 1989-1993). Os sobrenomes indicam a versatilidade das<br />

etnias: portuguesa, alemã, italiana, árabe e outrasii<br />

Além de.ssas. poloneses, ucranianos, russos, japoneses, chineses,<br />

coreanos, suiços, franceses, espanhóis, sW.-ameticanos, imigrantes<br />

vinrins ile todas as regities do pals; indIgenas, africanos, portugueses -<br />

ftmdni-se no cadinho da formaçao étnica de seu povo e na cultura<br />

1trai1adnse Para se integrarem na comunidade nacional,<br />

Corria o anode 1943. A industrializaçao incipiente do Parana'<br />

;iuda näo havia motivado a criação de urna "Federaçao das Indtistrias",<br />

condição necessária Para a existéncia de tim Departamento Regional di<br />

SENA!, autônomo. 0 mesmo fato se repetia em Santa Catarina. Por es<br />

razãolo Conseiho Nacional do SENAI, pela resolucao n° 1, de 10/02/<br />

1943, criou a "Delegacia Regional do Paraná e Santa Catarina" corn<br />

sede em Curitiba. Instalada por seu 1 9 Delegado, Ivo Cauduro Picolli,<br />

()Q, 05 -infcio as atividades naigião,a 12demarçode 1943. Ivo Picolli.<br />

diligentee operoso, procura meios para i niciar as atividades operacionais.<br />

Firmou aordo corn a Escola Técnica Federal de Curitiba e instaloit os<br />

! primeiros Cursos de Formacão e Aperfeiçoamento. Juntamente corn as<br />

instalaçOesda Escola, fornecia material didático, ferramentase rnatéria•<br />

)<br />

prima Para a - aprendizagernder.ecâiiica e niarcenaria.<br />

Os "Cursos de Trabalhadores Menores" que consistiam<br />

complementacao do vigente "Curso Primário" foram instalados na<br />

Academia de Comércio Dr. De Plácido e Silva.<br />

Assim é que o SENAI/PR deve o inIcio de suas atividades a<br />

colaboraçao dessas duas personalidades do ensino técnico: Laiirn<br />

Wilhelm, Diretor da Escola Técnica Federal de Curitiba que expanditi<br />

e criou as bases Para que o atual Centro Federal de Educaçao Tecnológica<br />

- CEFET, se tornasse urn dos mais eficientes e famosos do pals na<br />

preparacao de técnicos e tecnólogos Para o setor secundário; e De.<br />

Plácido e Silva, grande jurista, pioneiro do ensino técnico Para o setor<br />

terciário da economia paranaense, Diretor da Escola Técnica de Cornercio<br />

e precursor da atual Faculdade de Administracão de Empresas -<br />

FADEPS.<br />

Cornoa . Escola Técnica Federal, sornente . pudesse ceder<br />

espaços no perIodo noturno e as administracOes de tais estabelecimenlos<br />

de ensino perseguissern objetivos e regimes diversos daqueles<br />

herdadospJpNAl do Centro Ferroviãrio do Ensino e Se.lecn<br />

Profissional, da Estrada de Ferrro Sorocabana, de S. Paulo, o segundo<br />

Delegado Regional do SENAI, na Região do Paraná e Santa Catarina,<br />

Flausino Mendes da Silva - que além de "Ajudante" da Divisão de<br />

Locomocao da Rede de Viaçao Paraná - Santa Catarina, havia dirigido<br />

o "Serviço de Ensino e Orientaçao Profissional" dessa Entidade - corn<br />

apoio do primeiro Chefe da Divisão de Ensino da Delegacia, Aiitônio<br />

Theolindo Trevizan, houve por bern encerrar os acordos existentes e<br />

instaIaia primeira Escola de Aprendizagem. SENAI do Paraná. em<br />

47


uriti ba. no ano de 1944.<br />

Essa Escola de Aprendizagem, hoje denorninada Centro de<br />

tirrnaçâo Profissional de Curitiba, tSye suas oficinas demecânica<br />

geral, solda, rnarcenaria e eletricidade ita1adasem pavilhao alugado.<br />

na Alameda Princesa Isabel n 2 359, o'eWsino de cultura geral era<br />

ministrado em casa locada a Rua Riac!14001 Oseuprimeiro Diretor foi<br />

o Professor Osvaldo Raimundo, cuja fomao pedagogica e invulgar<br />

idea lismo de eclucador imprimiram aos pritn6itbs estabelecimentos de<br />

ensino do SENAI cxcepcional cunho edueac!on-al digno de inspirar,<br />

aipda hoje. Chefes e Diretores de "órgães e.Unidades Operacionais" de<br />

tdo o Sisterna de Formaçao Profissional.<br />

o Professor Osvaldo Raimundo.eiitrvistado pelo atual Direor<br />

do C.F.P., Prof. Luis Carlos Schittini, asithe tnáhifestou: "Durante<br />

a fae eni que exercemos o cargo de DiretbrdEà1tIe Aprendizagem<br />

SENAI de Curitiba demos nfase Para qUe ocatgodocehte despertasse<br />

nos ahI!nos 0 amor pela profissao, fazendo corn que Os professores<br />

tivessern vivéncja nas drias areas de teoria e pMt'ida, popatreditarmos na<br />

nidade da Ciéncia. Incentivamos a presençado'Professor nas oficinas<br />

e. dn Instrutor nas salas de aula, atraVdsdëreuh•jOes edagogicas"<br />

(IQUfl<br />

o C.F.P. de Curitiba foi construldefn'i948 e começou a<br />

funcionar soh a direção do Prof. Osvaldo .Rait1tthdo;atixiliado pelo<br />

hefe da Divisäo de Ensino, Antonio Chefe<br />

da Sec ,-to de Seleçao e Orientaçâo Profissional, AntOnio Weinhardt, os<br />

quais agiarn sob a sábia e inteligente Direç5o4D1egado.e posteriormente<br />

Diretordo Depa.rtarnento Regional doS-ENAIdParaná, Flausino<br />

Menries da Silva. Várias vezes ampliado eeftha1bconta hoje coni<br />

702 pnsoc de trahalho permanerites e auxiliaes .€n rOficinas, laboratói<br />

ioc C calas de atila destinados as areas ocuacoiiais demecânica geral,<br />

ierramentaria, rnecãnica de autornóveis, thëâika de 'niotbcicleta,<br />

iJda. panificacao. refrigeraçao ear cond .icionadO,é'letrieidade e artres<br />

graficas<br />

No ano passado absorveu 1.557matiiculäs nas modalidades<br />

de formaço profissional: aprendizagem, quaiifiMçao e aperfeicoa-<br />

,m'ut, des!inadas ajovens e adultos. Ate hoje pasavà•rpela.Direçâo do<br />

(1.F.P, além de Osvaldo Raimundo, Lauro Ribas Linhares, Alulzio<br />

12<br />

Plombom, César Gornes Pessoa, fndio Corrêa, Milton Otto de Audrack<br />

e Martim José Jadyr Pereira.<br />

Entre os Instrutores, nierecem honrosa mencão por slia<br />

excepcinal vocação pedagógica:<br />

- Afonso Shinzcl: ajustador, montador, caldeireiro, ftinileirn,<br />

chefe das oficinas e mais tarde assistente técnico do Departarnent"<br />

Regional. Introduziu no ensino a construção de peças, apareihos e<br />

máquinas industriais como complementacao das series nietódicas de<br />

aprendizagem; colaborou na estruturacão do Curso de Afiacäo ne<br />

Serras, o primeiro no pals; compôs o livro didático "Tabelas. Cálculos<br />

e Traçados", ainda hoje utilizado.<br />

- João Romano Canalli e Joâo Sobzak: Instrutores dos Cursis<br />

de Marcenaria.<br />

- Edgard Germano Oertel e Kurt Reile: Instrutores dos Cursos<br />

de Tornearia Mecânica.<br />

- Bernardo Gemim: Instrutor do Corso de Serraiheria.<br />

- Mardeval Fornarolli, Evaldo Jacheski, Lourival Koch e<br />

Rissieres Massolin: Instrutores dos Cursos de Artes Gráficas.<br />

- Orlando Rubens Mohr: Instrutor do Corso de Eletricidade<br />

Sens Chefes de Oficinas, além do grande pioneiro Afnncn<br />

Shinzel, foram os competentes técnicos: AntOnio Hamilton Migliorn,<br />

José Leonardi, Milton Otto de Andrade e o atual, Jaime Rudnik<br />

O C.F.P. de Curitiba atualmente é administrado pelo expe i i -<br />

ente e dinâmico Diretor Luis Carlos Schittini que tern corno auxiliat<br />

imediato o Assistente de Direçao Prof. Jairo Renato Nascimento.<br />

Pronunciamento do Prof. Luis Carlos Schittini:<br />

"Durante Os 23 anos de serviços prestados ao SENAL, exer<br />

cendo diversos cargos na area adniinistrativa, procuramos sernpre<br />

dedicar-nos ao máximo ao exercIcio de nossas funçOes. Deve.mos,<br />

entretanto, confessar que melhor nos identificamos corn as a.tnais<br />

funcOes de Diretor do C.F.P. de Curitiba".<br />

A Unidade. Operacional, em eplgrafe, envereda agora pa ra<br />

era da informática. Está preparada para enfrentar os desafios futuros cia


capa(i taçao técnica, especialmente ao nIvel de qualificaçao, dar seu<br />

eficicrite apolo ao notável progresso tecnológico que caracteriza a<br />

modernizaçao clas empresas industrials do Parana' e continuar assim a<br />

pmmover o ajustamento dos jovens as cirdunstãncias sociais e econônilcac<br />

cia vida moderna.<br />

1.2 - C.F.P. de Londrina<br />

A histOria de Londrina tern inicio em 1924. A convite do<br />

geverno bracileiro chegou ao norte do Paraná uma Cornissãô de capitalistac<br />

ingleses chefiados por Lord Simon Lvat, eecthlitáem agriculbra<br />

P refinreslamento. Constatada a qualidâde do s016,áduiriu do<br />

gov'rno do Paraná 500 mil alqueite e éWifta'dOéhtre os rios<br />

Tihai, JvaIe Paranapanema, corn apoio da Syndicate,<br />

de Loiidre.Apos o fracasso do primeiro prOjéto, fi ctiIà em Londres<br />

i Par aná Plantations, tendo como subsiditi btasifrãórnpanhua de<br />

Torras Norte do Paran6 corn a finalidade do P thbvâoibniaçao da<br />

re jj n C o mo sede fundaram o prirnefd 1o6p?ifjonai corn o<br />

norne de Loncirini.<br />

Em 1929 iniciaram a demär rurais a<br />

preç1s acessIveis e facilitados. Já naquek uiIMaráth eficientes<br />

tntodos de comerciahzaçao, corn ttánsôrW gtth!b facilidade de<br />

acesso e a eficaz posse da terra, planejatan!i é d ebiram a major<br />

corrente rnigratória de todos os ponto do pI g.' Ma Thior stiesso a<br />

Para na Plantation .Limitada criou a Companhia Feiroviária São Paulo-<br />

[")raiia rnncfrljjpdo o ramal ferroviário que dà antiga São Paulo-Rio<br />

(irandeninio a oeste chegon ate tarde em<br />

•'\pucaral)a. a Estrada de Ferro Central do Paràná.<br />

A partir de 1944 a Conipanhia de 1ertas Norte do Paraná<br />

passou ail controle de brasileiros. Entre seus priniitos Diretorés destacam-se<br />

Erasmo T. Assunçao e Joäo Domingues Satiipaio.<br />

Londrina tornou-se municIpio a 3 de de thbTo de .1934, pelo<br />

Dc,eto assina.do pelo entAo Interventor Manôel Rbs 0 ku primeiro<br />

prefeito foi Jo<strong>aqui</strong>ni Vicente de Castro. Em 21 de jâiéiro de 1938<br />

integia o Poder Judiciário, na Categoria de Comaca. 0 municIpio d<br />

44 1<br />

formado pelo Distrito Sede e os Distritos de Tamarana. Lerrovili,<br />

Warta, Ireré, Paiquerê, Maravilha, São Luis e Guaravera. Limita-se corn<br />

Os municIpios de Cambé, Sertanópotis, Ibiporã, Assal, S. Jerônirno di<br />

Serra, Ortigueira, Marilãndia do Sul, Apucarana e Arapongac.<br />

Está a 576 m acirna do nIvel do mar. Tern clinia quente n.<br />

verão e ameno no inverno. Capital da lavoura cefeeira, nessa economia<br />

atinge a hegemonia nacional na década de cinqUenta.<br />

Além da expansão agrIcola e peduária, passou a industrial izarse<br />

nas (iltimas ddcadas, a partir do beneficiamento de cereais, das<br />

oleaginosas, da solubilidade do café edo leite procedente de mais lr I<br />

mil vacas ordenhadas.<br />

0 nümero de estabelecimentos do setor secundário passa dc<br />

1500 empregando mais de 13 mil trabaihadores. Destacam-se as indiistrias<br />

mecânicas, metaltirgicas, do mobiliário, de produtos alimentIcins,<br />

do vestuário, calcadista, artefatos de tecidos e constnição civil.<br />

Depois de ter feito parte da região do Guair, palco di<br />

Reptiblica Cristã dos JesuItas formada por Indios aldeaclos depoic qn.'<br />

os espanhóis acoçados pelos valentes bandeirantes paulistac lriw<br />

expulsos para além das barrancas do rio Paraná, no século X\ Ill, as<br />

terras roxas do Norte do Paraná - scm Indios para prear, scm ininas LIL<br />

ouro e prata - permaneceram praticamente esquecidas ate a colon izaça i<br />

pela Companhia de Terras Norte do Paraná. Hoje a região sedia o<br />

segundo major polo de desenvolvimento do Estado e a maior cidade d1<br />

Sul do Brasil depois das capitais, corn poputacão superior a meio mil ho<br />

de habitantes.<br />

Foi esta cidade pioneira escoihida para sede de uma cias diiac<br />

primeiras Escolas de Aprendizagem que a Delegacia Regional dii<br />

SENAI do Paraná e Santa Catarina construiu em território paranaense.<br />

0 terreno em que se encontra o C.F.P. de Londrina ioi cloach<br />

pela Companhia de Terras Norte do Parana', por escritura ptibhca de IX<br />

de agosto de 1944, firmada da parte do SENAL pelo Delegado ReginaI<br />

Eng Flausino Mendes da Silva e por parte da Companhia, pot sell<br />

Diretor, Arthur Hug Miller Thomas, ou simplesmente Mister Thomas.<br />

Iniciada em 1947 e concluIda em 1950 a Escola de Aprendizagem<br />

de Londrina, hoje C.F.P. - conta atualmente corn formaço<br />

profissional nas areas ocupacionais de mecânica geral. eletricidade,


mecãnica de ailtornoveis, rnecânica diesel, costura industrial e manutenco<br />

de eql!ipamentos agrIcofas,<br />

A capacidade do C.F.P. é de 642 postos de trabaiho permanenaoxiliares,<br />

iristalados em oficinas, laboratórios e salas de aula.<br />

No tiltimo ano a matrIcula de alunos no C.F.P. em Cursos de<br />

Apreucfizagem. qual ificação profissional, aperfeicoamento e treinanientn<br />

de su.Ipervisores atingiu urn total de 3.754 alunos, sendo 407<br />

nwnores (af.rPtid!zes) e 3.347 adultos. Findo esse ano, constatou-se a<br />

eodusn (i f, 169 aiunos nos Cursos de Aprendizagem e 3.047 alunos<br />

fnrrnadc nac atividades de qualificaçao e treinaniento.<br />

De 1950 a 1991 passaram pelo C.F.P. de Londrina 78.186<br />

fin's, Es a contribuiçao do SENAL para o desenvolvimento econômieo<br />

iii pioneira região de Londrina.<br />

Desde o inIcio diriglram, o C.F.P., corn competéncia e ideaos<br />

E)iretores: Normando Camargo da Silva, Orual Nernézio<br />

flocka e o atnal. Altivo Pedroso de Oliveira que tern como Assistente o<br />

Professor Warley Okano.<br />

1.3 - C. F.P. de Ponta Grossa<br />

Ponta (Jrossa nasce após longa história de trés sédulos de<br />

" III, In i7qc5n paranaense, acima da Serra do Mar. Ate o século XVfH,<br />

(irtiha ahran gia urn imenso território que do rio Paranapanerna, para<br />

ciif. exfrndi ..se ate os confins dos campos de Palmas; e de leste para<br />

atérn do prirneiro planalto, por toda a regiao do Guairá, que<br />

nici3va 03 niargern esquerda do Tibaji eterminava nas barrancas do rio<br />

Paran<br />

orno as cornunicaçöes da Cotônia cram feitas por mar, a<br />

\racti(liu) d3 (Tapitania de São Vicente e depois São Paulo, relegaram o<br />

infto a tins poticos aventureiros europeus e as exdursOes das aguer-<br />

' d Bancleiras Paulistas, na sua major parte constitneidasde portuguec<br />

setis descericlentes, mamelucos e Indios que aIse estabeleciam corn<br />

lav(uras e criaçâo de gado on sacudiam o sertäo preando Indios e<br />

niscando mi nas de ouro e prata. Não havia carninhos para o sul, ate que<br />

(aide ira Pirnentel. governador de São Paulo, sahedor da grande quan-<br />

tidade de gado selvagem, equinos e muares existentes nas pradarias do<br />

Rio Grande, Uruguai e Argentina perseverou naihiciativa de const ruin<br />

uma estrada ligando aqueias paragens a importantes ceétro$ comercia.is<br />

como era, na época, a Feira de Sorocaba.<br />

Apesar da oposicão dosiesuItas das MisSó'esdb tiöUruguai,<br />

que previam grave ameaca a "Vacaria da Serra"; dos habitant dns<br />

Campos Gerais que se preocupavarn corn a possIvel baixa dO'preço de<br />

sen gado e dos curitibanos que temiam a elcvaçao de impostos pata fazer<br />

face as despesas corn a construçao da estrada, essa era injciada em 1728<br />

ja. em 1731, apontava nos campos do segundo planalto paranaense,<br />

tropa de cavalos, éguas, burros e mulas, corn mais de 2 mil cabeças<br />

tangida por cerca de 80 tropei.ros.<br />

Daf para a frente tornaram-se frequentes ditas tropas, forma<br />

das principalmente de equinos e muares, compostas de várias ponfac:<br />

cada ponta compunha-se de 500 a 600 animais. 0 anode 1731 marcci ()<br />

inicio do tropeirismo no Paraná, que se prolonga ate fins do século XIX<br />

corn o advento das estradas de ferro e de rodagem. 0 gado grosso vindo<br />

sul, após trés on mais meses de viagern, cansava e emagrecia. Por esse<br />

motivo era invernado por outros tantos meses nos Campos Gerais. antes<br />

de continuar para Sorocaba. Essas paradas contrjhuIram para a formacäo<br />

de nücleos populacionais. Entre esses tern início o de Estref a. qile<br />

foi a primeira denominaçao de Ponta Grossa, fundada em 1812. Pela I ci<br />

Provincial n Q 34, de 7 de abril de 1855 foi elevada a categoria dc<br />

municIpio corn território desrnernbrado de Castro, instaládo a 6 de<br />

dezembrd do mesmo ano. A 24 de marco de 1862 foi elevada a categoria<br />

de cidade. Em 1871 passou a denominar-se Pitangui, retornando a. Ponta<br />

Grossa no ano seguinte. E sede de Coniarca Judiciária desde .1876.<br />

Saint-Hilaire em sua "Viagem ao Interior do Brash". em 1820,<br />

na "4 Parte" referente ao Paraná, traduzida por David Carneirô, assirn<br />

descreve os Campos Gerais: "Descobrem-se irnensas pastagens, capOes<br />

de mato onde domina a ütil e majetosa araucária, estão semeados <strong>aqui</strong><br />

e ali, nos vales contrastam por sua coloração escura corn o verde<br />

agradável da relva".<br />

Nessa época, a principal preocupação dos fazendeirOs era a<br />

criação de gado, utilizando o trahalho do escravo africano.<br />

Esses fazendeiros quando reuniarn aiglim dinheiro dirigiam-.


ao Rio Grande do Sul de onde regressavam tangendo tropas de<br />

hn;jn05 eqilinos e. nivares para povoar seus pastos e cornerciA-las na<br />

I- e!r de o rocaha. corn outros tantos trope iros que se encarregavarn de<br />

'I I nos mercados de S, Paulo, Rio e Minas, onde o gaclo vacuni<br />

,isupiido como alimento e o eqüino e muar utilizado corno rneio<br />

tJ W5pr te Entre Os primeirosmoradoresde Ponta Grossa, Faissal. Elem<br />

"História do Parana', IV volume cita: Domingos Teixeira<br />

bo, Renedito Mariano Ferreira Ribas, Antonio da Rocha Carvalhaes,<br />

I inios Ferreira Pinto e Miguel da Rocha Carvalhaes.<br />

r'.i0 civismo de sen povo e beleza das paisagens, Ponta<br />

(pc1 fni congnominada "Capital Civica do ParanA" e é conhecida<br />

1 ,1111h6m omo "Princesa dos Campos".<br />

ror sua posicão estratégica unindo os pontos cardeais do<br />

Estado e liganclo São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul -<br />

to, no se. a partir da Estrada do Viamäo, o major entrorica.rnenfo<br />

I". ot rmxjri(-) do Sul.<br />

A Pém clas fazendas de gado de corte e leiteiro, de ovinos,<br />

'Piiflo e pmdutos agrIcolas, Ponta Grossa possui urna das principals<br />

ttraces in dust rjajs do Estado, rival izando com Lon drina, MaringA<br />

'ai:c avel.<br />

Scu uriiverso, nesse setor, espelha 52 empresas de extraçAo<br />

mineral, 724 de transformaçao e 163 de construção civil, destacando-se<br />

a I iTIer:1ço dc l alco, as inchustrias metal rgicaseos maiorescomplexo.s<br />

he11 ; cianento dc grãos da America do Sul.<br />

Na Area do ens mo abriga uma das principais Universiclades do<br />

Fds !Irsos TCcnicos para os trôs setores da economia, tima rcde de<br />

I. ' c alje j ecirne,itos de ensino de 1q e 22 graus capazes de atencler A<br />

dc!uanda de toda stia populaçào. Em sua sede localiza-se urn dos<br />

'uaiorec "( entros de Formaçao Profissional" do SENAI no Estado do<br />

P; I m it<br />

A popu!aço attual é de cerca de 234 mil habitantes, dos quals<br />

' I mi l '' 'n'entram-se na sede municipal.<br />

i imita-se corn os municIpios de Campo Largo, Ipiranga,<br />

1ieira S' ares, Palmeira, Tibaji e Castro.<br />

'9<br />

As atividade.s de formaçao profissional do SENAI, em Ponta<br />

rossa ciii inIcjo, ainda, em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial.<br />

A auséncia de importacóes e a intensidade da demanda de produtos<br />

minerals e da indt'istria de transformacAo, aquecia considerave.lmenfr<br />

esse setor em todo o Brasil, passando a exigir, a cada dia, urn major<br />

nLirnero de trahaihadores qualificados. Cursos organizados pela S5o<br />

de Ensino do SENA!, sob a orientação do professor Antonio Theolindo<br />

Trevizan que alCm de curso pedagOgico, havia adquirido experiéncia<br />

em formacAo profissional. através de treinamentos real izaclos juntu no<br />

Centro Ferroviário de Ensino e Selecão Profissional, da Estracla. de<br />

Ferro Sorocabana. em São Paulo e cot-no "Professor Chefe' (Diretor) da<br />

Escola. Profissional Ferroviária Ccl. Tibórc.io Cavalcanti - no 61timn<br />

quartel desse ano, atingiram 78 matrIculas. Para coordenar, de,-mlnhar<br />

as funcOes de supervisor o treinar cis "Instrutores" clas incP(' j'i<br />

foi aclmitido o técnico em rnecânica Arinaldo Lucy Lobo. A prl.<br />

prática era realizada nas prOprias enipresas sob a orientaçAo dc nm<br />

mestre, contrarnestre ou ate de urn trahaihador qualificado, treinadu<br />

pelo supervisor do SENAI. As aulas teóricas dos Cursos de Apreri.cl iza<br />

gemde OfIcio e de Complementacão Educacional cram rninistradas om<br />

escolas püblicas on particulares, cedidas on alugadas.<br />

0 aurnento da demanda em cursos deAprendizagern dc 01 i<br />

_(cp) e de Aperfeiçoamento em niecãnica e rnobiliário, le\'ol.' a<br />

, lr<br />

Delegacia Regional a admitir, Além do pioneiro Arinaldo L. Goblu,<br />

inümeros tCcnicos e professores para rninistrarernulas nos perlodu<br />

diurno e noturrio.<br />

Para os Cursos de Aperfeiçoamento noturnos, para adultos,<br />

cram contratados instrutores da Escola Profissional FerroviAria ('RI<br />

Tibiircio Cavalcanti, em virtude de sna experiéncia no emprego 'Pi<br />

metodologia do ensino técnico, emque foram treinados e orientacloa jyr<br />

competentes técnicos de formaçao profissional do Centro Ferruvi:ii<br />

de Ensino e SeleçAo Profissional da Estrada de Ferro Sorocabana,<br />

conveniada corn a Rede de Viaçao ParanA-Santa Catarina e responsAvel<br />

pela instalaçao e pela introdução do prirneiro programa de forrnacn<br />

profissional racional no Estado do ParanA.<br />

Durante a primeira década da presenca do SENAT em Ponli<br />

GEOSSa, destacarani.-se por sua competéncia e dedicacao A faina pedar<br />

gica da Forrnacao Profissiot al dejovens e aduiltos o professor i\Si nah<br />

Lucy Gohho, clesde o inIcio envolvido corn atividades dc instrufto.


e Gerente de Treinamento; os Professores: Raul Machado,<br />

Udpnr Zan otti. LIdia Kubiak, Milcirede Franco, Orual Nemézio Boska<br />

-cuicos: Eugénio Alves, LuIs Lourenço, Marcos Tozetto, José<br />

it tot Ceregato, Dario de Oliveira, Angelo Kochmann, Wilson Tozetto<br />

J'seFdsori Roche.<br />

As atividades do SENAI no Paraná, corno em todo o pals<br />

roretizcram-se no princípio, através do uso provisório de imóveis,<br />

l000dn q m s cediclos.<br />

An mesmo tempo eram estabelecidos pianos para a constn,çc<br />

dc uina ott mais "Escolas de Aprendizagem". Desde 1944 estava<br />

pre: ista a construção de trés Escolas nos principais pólos industriais do<br />

l-st,cin. ( uritiha, Lonclrina e Ponta Grossa, como consta dos re!atórios<br />

d) I )irecio Regional. A demora na construcão desta ültima foi devido<br />

promesca de a prefeitura local doar o tçrreno, o que não aconteceu.<br />

Peunindo recursos financeiros próprios, o SENAI adquiriu o<br />

l'i 1 -no drs Srs. Dorningos Tozetto e Remo Moro, no hairro Vila Estrela,<br />

ui&.'leo populacionai que deu inlcio a forrnaçao do municIpio de Ponta<br />

A construção do atual C.F.P. foi realizada pela Adrninistracao<br />

i'eunt1tmentn Regional do SENAI que contratou a firma de mo-dea<br />

ii,i Senhor Anton Burger que inclusive desempenhou as funçOes de<br />

\•te'tr' dc ()bra, torna.ndo-se digno das meihores referéncias por sua<br />

( nieItnt'ia c honradez.<br />

Ale o firn da construção, a água era fornecida em caminhöesprefeitura,<br />

na gestao de José Hoffmann. Terminada a construe<br />

SENAI enfrentava duas dificuldades: falta d'água e falta de<br />

r ursos para instalaçao de máquinas e equipamentos. Em meados de<br />

196 t, (5 j rnais noticiaram a presença, no Hotel Iguaçu (hoje Bourbon)<br />

dc I'epre eutaiites do Comité Intergovernamental para as MigraçOes<br />

Ftropéias (CIME) e do Ministério de RelaçOes Exteriores do Brasil,<br />

'n') 1 4hietivo dc obter colaboraçao do Governo do Paraná para instalar<br />

iritiha urn "Centro de Treinamento" para adaptaçao profissional<br />

de tral'alhaclores qualific.ados em mecânica e eletricidade, vindos cia<br />

lnripci.<br />

Conic) era sabiclo que o Governo do Paraná não contava corn<br />

iiisalaçOes nern experiéncia na area da qualificação profissional, o<br />

Diretor do Departamento Regional procurou a Comissão e ofereceii<br />

"Centro de Forrnacão Profissional" próprio para os objetivos do C'JM[<br />

recém-construIdo na cidade de Ponta Grossa e que aguardava recursos<br />

financeiros para a instalaçao e funcionamento. Pordecisão do representante<br />

do Itamarati. Conseiheiro Tarcfsio, no dia seguinte a Comissn<br />

dirigiu-se a Ponta Grossa acompanhada do Diretor Regional. Visitando<br />

o prédio, ficou impressionacla corn a construcão e area destiiiada a<br />

esportes. Em seguida, corn a assisténcia direta do Diretor do Departamento<br />

Naciorial do SENAI, Paulo Afonso Horta Novaes, várias rewi<br />

Oes culminararn corn a assinatura de Convênio entre o Departarnento<br />

Regional e oCIME visando instalar e manter urn "Centro de Treinarnento<br />

e Adaptacäo Profissional corn internato. em Ponta Grossa destirnich<br />

a adaptacao profissional de imigrantes. profissionalmente Ia qualifirados<br />

e a formar trabaihadores brasileiros do interior do Estad o, pm<br />

mecânica e eletricidade. Pouco depois o Convénio foi aditado par<br />

construcão e instalacão de urn' poco artesiano, corn cisterna e<br />

d'água para abastecer o Centro.<br />

Recebidos os recursos do Convénio, o prédio foi rapidarnente<br />

adaptado para alojar os treinandos estrangeiros e brasileiros. lnaug"rado<br />

a 8 de marco de 1965 pelo Presidente da Federacao das Ii dtistrias do<br />

Paraná, Lydio Paulo Bettega, servidores do SENAI do Parariá edo Dep.<br />

Nacional, autoridades e representantes do Itamarati e do CIME, tornc''<br />

o nome de "Centro de Treinamento e Adaptacao Profissional Fiati.sini<br />

Mendes" em hornenagem ao competente e Inclito Diretor Regiona.! do<br />

SENAI falecido antes da conclusão do edificlo.<br />

Na reuniAo do Conseiho Nacional do SENAI em Florianópo<br />

us, o representante do Amazonas opunha-se tenazrnente a aprovaço do<br />

ConvCnjo firmado corn o CIME, por considerá-lo born dernais para nio<br />

ser "marmelada".<br />

Alérn de Aprendizagem. Qualificacao, Aperfeiçoarnento e<br />

Treinamento Profissinais na area de rnecânica geral, eletricidade. mecânica<br />

de automóveis, rnecânica de motores diesel, serralheria, solda e<br />

marcenaria - o Centro real iza a "Aprendizagem de Menores no Próprio<br />

Emprego", corn base em acordos especificos ajustados entre o SErIAl<br />

e as induistrias interessadas.<br />

0 primeiro Coordenador (Diretor) do Centro de Treinametito


AIaptaç Profissional Flausino Mendes(CTAP) foi o Prof. Arinald.o<br />

III v hIo. si,hstituIcio depois pelo Prof. Sérgio Karnide. Atuairnente<br />

exot u es(' cargo o Prof. Julio César Ingenchki.<br />

() prirneiro Chefe de Oficina foi o Técnico Alceu Dechaticit.<br />

No ultimo arm, o C.F.P. efetuou 396 matrIculas de menorcs<br />

A t r Th 1IZt'S) e I .672 de adultos (formacao, aperfeicoaniento e treina-<br />

() espaço frsico abriga 455 postos de trabaiho permanente e<br />

em oficinas, laboratórios e salas de aula.<br />

() desenvolvirnento acelerado da Indiistria, das Corni.rnicacñes<br />

e Ira usportes apresenta novos desafios para os quais técnicos do<br />

e da Administracao do Departamento Regional do SENAI vern<br />

s preparando. A instalaq5o de novos Iaboratórios de eletrOnica e<br />

nf,rm4tica. além de incentivo a expansao do Treinarnento Operacional<br />

nas próprias empresas atestam a preocupaço da Adrnin.isi<br />

'içii Regional do SENAI corn a modernizacão e continua atualizacio<br />

i (J.A.F'. de Ponta Grossa.<br />

1.4 - C. F. P. de Maringá<br />

!iista!ada a Delegacia Regional do SENAI do Paraiiá e Santa<br />

'r !ia ( I 2 dc marco de 1943), o Delegado e Engenheiro Ivo Cauduro<br />

Fi l i prociu:oti tomar conhecimen.to de situacOes corn ilderes industriais<br />

c auloridades püblicas. Tentou, simultaneamente, em acordo corn a<br />

l3seula Féciiica Federal, darinIcio as acöes do SENA! nadirecâo de seus<br />

I'jefives e consolidacao da novel instituicão. A partir do inIcio do<br />

ultimo qI.!arirnestre de 1943.já corn idéias mais claras, assessorado por<br />

siis ;inxiliares iniediatos como o medico Dr. Antonio Ferreira Pimpâo<br />

e Oq Pmfessnre.s AntOnio Theolindo Trevizan e AntOnio Weinhard.t,<br />

pacson a preoctipar-se corn a instalacao de Escolas de Aprendizagem.,<br />

prirneiio em prédios locados e a seguirem prédios próprios, aclequados<br />

?j5 dive'as inodalidades de cursos de forrnaçao profissional que obedesetii<br />

a metodos racionais de ensino, conforme experiéncias que<br />

inhani sendo realizadas corn sucesso pot Roberto Mange, na prepara-<br />

Ic nin-de.-obra qualificada para a Estrada de Ferro Sorocabana, em<br />

S<br />

Conforme Relatório de 1944, na gestão do Eng 2 Flansiim<br />

Mendes da Silva fol prograrnada a construção das Escolas de Curitiha.<br />

Ponta Grossa e Londrina por apresentareni, na ocasião, os trés principais<br />

pólos de desenvolvirnento industrial do Estado do Paraná. Executado<br />

esse programa, já na administracão do Departarnento Regional segiJin<br />

te, tendo em vista a expansão de outros pOlos de desenvoIvin,ent<br />

industrial no Estado, foi programada a construção de Centro. ,; d<br />

Forrnacão Profissional: em Paranaguá, Telérnaco Borba e Maringá, o<br />

que aconteceu ate o final do terceiro trimestre de 1972.<br />

No que se refere ao C.F.P. de Maringá, urn fato inusitad<br />

aconteceu. Os Centros de Curitiba, Londrina. Ponta Grossa e Parananii 4<br />

e mais o treinarnento de supervisores absorviarn quase inteiniment p a<br />

receitado Departarnento Regional do SENAI. Nadpoca, o Ministri' d0<br />

Educação estava empenhado nurn prograrna de educaçäo técnica<br />

seria desenvolvido por unia rede de "Ginásios Industriais". 0 niunieIpi'<br />

de Maringá foi tim dos contemplados corn os recursos do MEC. Graca<br />

a competCncia e lisura de seus prefeitos, no início de 19700 helo e hoip<br />

edificado edifIcio que iria abrigar o "Ginsio Industrial" estava pronto.<br />

para receber instalaçOes e equipamentos para o seu funcionaniento.<br />

Entretanto, dificuldades de ordeni tdcnica e administrativa levarani<br />

então prefeito Dr. Adriano Jose' Valente a procurar o Departame.ntn<br />

Regional do SE.NAI para obter apoio técnic.o-pedagOgico e finance<br />

para a instalaçäo e mantitencão do novo estahelecimento de eusi<br />

tCcnico. For ocasião da visita do Dr. Adriano José Valente ao C.F.P. de<br />

Curitiba, quando teve oportunidade de observar suas oficinas e denials<br />

instalaçOes em pleno funcionamento, o Diretor do Departamento Reg i -<br />

onal teve a idéia de ]he propor que o prédio do Ginásio Industrial<br />

Maringá fosse doado ao SENAI para ser all instalado e operado plo<br />

SENA! urn novo Centro de Formaçao Profissional corn metodoIo<br />

própria.<br />

A seguir, o Diretor do SENAl em companhia de técnkos<br />

visitou o prédio do "Ginásio" constatando a necessiade deadaptaçao das<br />

instalaçOes elCtricas e hidráulicas e ampliacao da area das oficinas hem<br />

como dos vãos de iluniinacâo ditirna. Realiza.do o projeto de adpataco<br />

das referidas instalaçOes - aumento do vão das janelas e amp!iac n do<br />

espaco das oficinas destinadas a forrnação profissional das 4re


•' I II" ' irniais de niecânica geral, mecânica de automóveis e eletricidacle<br />

" )I on I nento das clespesas previstas foi levado a apreciacão do Prefeito<br />

I II \li:iani José Valente. Como contraproposta o S.ENAJ recebeu a<br />

lade cessäo do prédio, em comodato, porvinte anos e a contribuicão<br />

municipal da rnäo-de-obra para as ampliacães previstas no projeto. A<br />

princta. aprovada pelo Conseiho Regional do SENAI, foi aceita e em<br />

ri' rn'ses o C.F.P. estava em condiçóes de funcionamento.<br />

A 14 de rnaio de 1.970 foi inaugurado, iniciando as atividad.e.s<br />

I d n1ho do mesmo ano.<br />

Decorriclos 13 anos, como houvesse interesse da indistria<br />

local na formacäo profissional em novas areas ocupacionais, para duja<br />

c(r!secucao revelava-se a necessidade da construcão de novo pavilhão,<br />

. NAT/PR nianteve entendimentos corn o prefeito Dr. Said FelIcio<br />

Ff rreira para que o imóvel doado em comodato pela prefeitura ao<br />

cPTIA1 ihe fosse definitivamente transferido por doacão. A Câmara<br />

' h!'lir il autOrlZoU legal mente a concesso, concretizada por escritura<br />

ntihlj a.<br />

Hoje. o C.F.P. de Maringá encontra-se instalado e bern equinad'<br />

para proniover a formacão profissional em rnecânica geral, mecâni.'a<br />

iI autrrnóve.js e mecânica de motores diesel.<br />

Aidni dessas atividades atua, corn seus Agentes, dentro das<br />

p1l i pi ccas, 'las modalidades de Treinamento Operacional, de Supervisoe<br />

c uua Aprendizagern no Próprio Enuprego.<br />

No ano próxirno passado real izou 1276 rnatrIculas para Apren..<br />

dizagetn e Qualificacäo profissional de adultos; 2304 para treinameilto<br />

de Siipervisores e Aprendizagem no Próprio Emprego. As portas do<br />

C FR cnntinuarn abertas para enfrentar os novos desafios que a<br />

prcprdade dc Mari ngáe dos municIpiosvizinhos: Mari valva, Sarandi,<br />

P Mad alva.<br />

Iseu prirneiro Diretor foi o Prof. Ramiro Enocente que contou<br />

a cdaboracao dos Instrutores Yukio Massaki e Celso Antonio<br />

L. ii , ell e mais o apolo dos servidores DecrIsi.o Ferreira da Costae Jorge<br />

de Paula Carvaiho.<br />

(.) rnunicípio de Maringá fol desmembrado de Mandaguari<br />

pe)al .,ei n 790, de 14de novenibrode 1951. ElimitadopelosmunicIpios<br />

d' Mandauaçu. lgtiaraçu, Astorga, Marialva, Floresta, Sarandi e<br />

Paicandu.<br />

Sua populacão soma cerca. de 250 mil habitantes. E fril<br />

constatar que desde seus primórdios. em 1938,0 aumento populae.!nnaT<br />

foi acompanhado de crescimento econOmico e cultural, singulares nr'<br />

Estado do Paraná.<br />

A ótima quaidade das terras aliada ao dinamisnio dos<br />

imigrantres nordestinos, mineiros, paulistas, japoneses, portugueses.<br />

alemães, italianos e poloneses que traziam na alma a sede de progresso.<br />

inspirada no amor ao trabalho - criou em toda a região urn r1imR d.'<br />

prosperidade, harmonia e bem-estar social.<br />

Distante 420 km de Curitiba, a cidade-sede do municípi"<br />

pontifica entre as maiores cidades do nordeste paranaense e est6 entic<br />

as rnaiores cidade do sul brasileiro. A agricultura e a pecuária: canadt<br />

acücar, café, rnilho, algodão, gado. suInos eaves - aliadas a florescejute<br />

agroind(istria de óleos vegetais, têxteis, frigorIficos, curtii nies.<br />

beneficiamento de algodão, fios de seda, acücar, álcool, rac ñes para<br />

animais, bern como de milho, feijão, arroz, café e niandioca e nma<br />

indtistria de base: mecânica, metalurgia, eletricidade, mobiliário, arls<br />

gráficas, confeccOes, couro e calçados - dão a dimensão de seu nIvel<br />

econOmico.<br />

Tudo isso corn o apoio e o estImulo de urn eficiente sistema de<br />

ensino de l e 2 graus, coroados por urna das maiores universiddec<br />

paranaenses corn capacidade para 9 mil alunos. Para apoio ao desen"1<br />

viniento da indüstria, transporte e comunicacOes conta corn o C.F.P.<br />

SENAI que está apto a promover quali.ficacao e treinamento prouisi'<br />

nat dos trabaihadores, corn capacidade de 419 postos de traballu<br />

permanente e auxiliares, em oficinas, laboratórios e salas de aula.<br />

Como quase toda a região do Guairá, apes a exputsão dos<br />

jesuItas corn seus Indios aldeados, perrnaneceu quase esquecida durarile<br />

mais de dois séculos.<br />

Os empreendimentos da missão inglesa corn Lord T. ,n"af:<br />

consórcio entre a Paranã Plantation Limited de capital inglês, a Crimpa.<br />

nhia de Terras Norte do Paranáe a Companhia Ferroviária São Pank'<br />

Paraná que rurno a oeste vai de Ourinhos-SP a Cianorte,juntamente collu<br />

a Conupanhia Melhoraamentos Norte do Paraná - levararn aos confins<br />

do sertão paranaense, compreendido pelos rios Paranapanerna, Tibaii e


Ival q urn surto novo de progresso permitindo a formaçao do nücleo<br />

pip'i!aciniial que den origern ao municIpio de Maringa fixando o marco<br />

inicint de sua histórja nos idos de 1938.<br />

A Intel igente polItica aplicada.na colonizaçao das terras roxas<br />

vididus em Totes rurais de 1.5 a 30 alqueires corn frente para estradas<br />

' fiindn para os rios, além da sede de progresso dos imi.grantes -<br />

pirri1itram urn dos mais prósperos e equilibrados desenvolvimentos<br />

gvuiais do Brash.<br />

A cançäo "Maringá... Maringá" de Joubert de Carvaiho,<br />

uspirada.na 'aga dos retirantes n.ordestinos acoçados pela seca, de.u-lhe<br />

nonie. talvez porque, depois de tantas penas e sofrimentos merecessew<br />

g07ar da ferlilidade da terra, frescura das águas e carIcias de urn<br />

arrieno, como que Se tivessem chegado a uma nova "terra<br />

rine l ida" qiie ihes acenava de urn lado corn o árduo trabalho exigido<br />

deshravamento das densas florestas, mas de outro, corn a<br />

iperclade, a segurança, a paz e a felicidade para eles e seus descen-<br />

1.5 C.F.P. de Paranaguá<br />

Paranaguã, berço da conquista do Paraná.pelo homem branco,<br />

j;i Ii NicIeo, Vila e sede de Capitania. Nasçerna ilha do Cotinga. Dal<br />

li transferida para as margens do rio ltibeçé,. ji,eToCapitão-Povoador<br />

lriel de Lara, Corn o norne de Vila de NossaSenhora do Rosário de<br />

I 'aranagui, t'oi criada pe.lo Ouvidor Geral do.BrasilAntônio Raposo da<br />

Silv'.jra em 1648e instaladaa 9dejaneirode 1649..Em 1660foi elevada<br />

cateni-ia de Capitania. e incorporada a Capitania de São Paulo em<br />

1711: pein Lei Provincial de São Paulo n 2 5, de 5 de fevereiro de 1842<br />

i eva(I.k I condição de cidade.<br />

Gabriel de Lara, porseus feitos cornobandei ran teem inerador,<br />

uorneado pelo donatário da Capitania Marqiés d Cascais, seu lugarne!)te.<br />

Depo;s da elevaçao do pelourinho, sImbolo de organização e<br />

il"ica. (iahriel de Lara ascendeu ao posto deCapitão-Mor. Foi ele que<br />

levannti n peliurinho de Curitiba, em 1668. Foi Ouvidor da Capitania<br />

AIcijiIe-Mor,<br />

r<br />

Em seus prirnórdios, a economia.parananguara estava baseada<br />

na cata do ouro, apesar da oposição dos pau1ista&que viam no novo<br />

povoado urn concorrente de seu progresso conquistado.a duras penas e<br />

que tcmiani perder o controle real da produção ..desse metal..Qs prod.utos<br />

vindos de outras paragens eram pagos corn ouro<br />

Como urn dos prirneiros povoadores anterior, a-abriel de<br />

Lara, rnerece mencao o espanhol Bartolomeu Torales, que havi.a se<br />

defront?do corn os bandeirantes paulistas na fronteira corn o Paraguai.<br />

Quando em 1.632 os paulista destruIram Vila Rica, no Ival, corn outros<br />

espanhóis da regiao do Guairá, mudou-se para São Paulo.<br />

Em 1654 tern-se notIcia de sua presença em Paranaguã,<br />

dedicando-se corn sua muiher, filhos e escravos a nhineração de ouro.<br />

Devido a inexisténcia de caminhos por terra, as cornunicaçOes<br />

da Capitania corn o Sul eram feitas por mar, ate a construcão da estrada.<br />

em 1731, que passou a I igar Viarnão, no Rio Grande do Sul. a Sorocaba,<br />

em S. Paulo.<br />

Porto e do de ligação corn o primeiro planalto paranaense e o<br />

resto da costa, Paranaguá desenvolveu-se a frente de Curitiba. Em 1853.<br />

por ocasião da emancipação de São Paulo, Paranaguá tinha major<br />

populacao e major expressão econôrnica. Por ISSO pleiteara a condiço<br />

de capital da nova ProvIncia,não..o conseguindo por influéncia de sell<br />

prirneiro Presidente, Zacarias de Goes e Vasconcelos que se decidiu por<br />

Curitiba.<br />

Paranaguá lirnita corn os municIpios de Guaratuba, Morretes,<br />

Antonina, Guaraquecaba. Matinhos e o oceano Atlântico.<br />

A evolução da econornia parananguara passa por vãrios<br />

ciclos: do ouro, da erva-mate, da madeira, do café e o da diversificação,<br />

a partir de .1967.<br />

Sedia em sua magnIfica bala o terceiro major porto c a<br />

primeiro de grãos do Brasil.<br />

Estende sua area de 800 mil quilOrnetros. quadrados de<br />

influêncja aos Estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo,<br />

Mato Grosso do Sul e ao vizinho Paraguai.<br />

Além de armazéns de empresas privadas, possui mais dc 100<br />

mil metros quadrados para armazenamento modernarnente .equi pados.<br />

Sua capacidade de armazenaniento é de 1 milhãode toneladas de<br />

I 57


carla! cia Gaiheta que Ihe dá acesso e permanentemente<br />

ivizadn. corn .15 milhas de iercurso, 200m de largura e 1.2 a 37 pés<br />

cic i:rofundidade. Conta corn inéniros armaz6nsgeraisegraneleiros. 0<br />

p tn pssni 2. 106m de cais comercial e 494th de cais de inflarnáveis,<br />

nrwrando diariarnente 10 navios, eril media, eatre nacionais e estrangei-<br />

, ' c. () !eoclufo de Araucária transferdiretaiiiente combustIveis da<br />

ri1inara (ictrilio Vargas para o cai. Ab1ga ainda na area portuária<br />

cropresas de armazenarnento de cereais, industfializaçao de soja, bern<br />

ccni refinaria de óleo, margarina e óutros produtos; indiistrias de<br />

Irffliza,ites. de beneficiarnento de mdeirä, de pescado, fábrica de<br />

esfnlliiras nietuilicas, alCrn de modernas e dinârnicas empresas comer-<br />

0 Centro de FornacäoProfissiondParanaguaestaiocaii<br />

ne hairro dos Padres. Foj cot1sthjd6 M' j sa "lnd'istrja e<br />

1 'imrcioTaniandaré Ltda."dirigida pé!OE larro Olavo Muller, em<br />

i uo de 7.348ni2 doado pela prefeitura nagestão do Interventor Gal.<br />

Jo cia Silva Rchcllo, no exercIcio de 1968.<br />

A1Cn das salas de a.ula, espaço para se6retaria, Direçao e sala<br />

d irii rnn j c profissional conta corn oficinAs pata cacitaçao técnica<br />

rip (1O1r e adultos nas areas de i1 ântathl, mecãrnca de<br />

io n ' 1c cletricidade e reparação de corhatidosfetricos Sua capa-<br />

I1 tta! ahrange 204 postos de trabaiho, ethnentes e auxiliares.<br />

No mesmo terreno fol tambérn eonstruIda a residéncia do<br />

I.'ctor do C.F.P. 0 vice-presidente da Fedèthãó ths'Iiidtistrias do<br />

F'arani. empresario Nilo Ludovico Zàniér acOThphhtiä construçäo,<br />

Uiscalizacla oem Frig° do SENAI, Frederico 13rathlMIia, E importante<br />

nidnc,cnar qtle cia solenidade de inaugir ã6,'i?i'defdvereiro de<br />

1971 pailiciparaIII figtiras dc destaque patanaelisee haciOi I, como: Dr.<br />

c. Bchring de Ma!ios, Diretor Geral d hitut&tivaldo Lodi e<br />

epresentanle cia Confederação Nacional da Indsiria E .ng Mario Dc<br />

Marl e o industrial Nilo Ludovico Zanier, tesptWanierit presidente e<br />

"e cia Federaçao das lndtIstrias do Estado dc P ianá; Harro Olavo<br />

M'iir, dir'ior cia erupresa construtora do CntThig industrial Jost<br />

icgeI. conseiheiro do SENAL Gal. João cia Sil% elt1iO, lnterventor<br />

ci ' ) fl)!IJ1!CIpIO de Paranaguá; os professores AntOiiiOi&3ljndoTrevizan<br />

I..lIrival Sponhobz e Lauro Ribas Linhares, rsectivamente Diretor,<br />

Diretor Adjunto e Chefe da Divisão de Ensino do Departam.ento<br />

Regional do SENAI; os Diretores dos Centros de Formacao Profissional<br />

de Londrina, Maringá, Ponta Grossa e TelérnacO Bora, pela ordeni:<br />

Professores Normando Camargo da Silva, Ramiro Inocente, Arinaido<br />

Lucy Gobbo e Orual Neniésio Boska; Dr. Carlos Trevizan,Chefe do<br />

Servico Medico; o Prof. Mariano Rodrigues do Carmo, Chefe da<br />

Divisäo de Plaiiejamen to, EstatIstica e Controle e o Dr. SIlvio Maggioiii<br />

Jr.. Chefe cia Divisão de Administracao - todos do Departamenlo<br />

Regional do SENAI; a professora do C.F.P. de Curitiba, Sra. Dirce<br />

Werneck do Carmo; Eng g Denizar Zanello Miranda, Chefe do Setor de<br />

Desenvolvimento de Pessoal da Rede Ferroviária Federal S/A e o Prof.<br />

João Kravichychyn, prinleiro Diretor designado do Centro de Forniacão<br />

Profissional de Paranaguá.<br />

Desde 1 de juiho de 1986 dirige Fo veteranoda<br />

formaçäo profissional Professor Joao Batista da Silveira, tenclo como<br />

assistente o Prof. Josef Scheks.<br />

0 C.F.P. do SENAI de Paranaguá atua nas modalidades de<br />

Aprendizagem para jovens adolescentes, Aperfeiçoamento, Qualificacão<br />

e Treinamento Profissional para adultos.<br />

Além das atividades mencionadas, organiza e supervisiona a<br />

"Aprendizageni Metódica no Próprio Emprego", para urn nrnero<br />

ilimitado de aprendizes na faixa etária de 14 a 18 anos.<br />

No exercIcio passado reali.zou 481 matrIculas, corn nina<br />

eficiCncia de 355 alunos concluintes em Cursos de Aprendizageni,<br />

Qualificação e Treinamento Profissional.<br />

A complexidade tecnológica atual impöe novos desafios para<br />

os quais os dirigentes e técnicos do SENAI se prepararn corn deterniinacâo<br />

e ccrteza no futuro prornissor de Paranaguá.<br />

1.6 - C.F.P. da Cidade Industrial de Curitiba<br />

A partir da década de sessenta, Curitiba assume de forma<br />

definitivaa liderança no desenvolvimento social eeConôniico do Estado<br />

do Paraná. As excepcionais qualidades do solo e do clittiä do Estado<br />

contribuIram para que as atividades agropecuárias atingissern excelen-<br />

59


f".c nIvr is de prn d,jtvjdade. Além de proverem a subsisténcia do povo,<br />

YcFdere,s excedentes forani exportados para outros mercados inter-<br />

P para n exterior.<br />

(I<br />

declinio da corrida cafeeira, recursos financeiros acumulabc<br />

;liados a iihertaçao de braços provocada pelo uso de novas tecnoe<br />

pela mecafuzacao cia Iavoura, criaram clirna para a expansäo de<br />

iru IT es industrials an.tigos e o surgirnento de novos. No segundo lustre<br />

les;i de8i .1a, o prefeito de CuritibaJayrne Lerner, sensIvel as rnutaçöes<br />

do pan"tania socio-econOmjco do rnunicIpio; preocupado corn o cresmuJiio<br />

deniogrMico e a necesssidade de atrair novos capitais para<br />

estirneribos em aliviclades -geradoras de empregos; os lastros<br />

bz nvnlvime II I isfas gerados pela CODEPARCompanhja Paranaense<br />

senv 'Ivirnento Econôrnico; a experiente competéncia da URBS -<br />

de Curitiba S/A e o aumento cia produção de energia<br />

rllia (In COI'EL-Cornpanhia Paranaens deEnergia - contribuIrani<br />

p"ca a concepçã&, e concretizaçao do projto de criaçao cia "Cidade<br />

Indus p lab cle Curitiba". Local izada no sul dacidade, no vale do rio<br />

arigiii, passnu a integrar a constelaçao dos bairros da Capital parana-<br />

urna area de 43 rnilhOes de metros quadrados, dos quais<br />

'es destinados a indtistria, 13 rnilhOes a serviços habitaçoes e<br />

IP via ria e ,S niiljtOes de areas verdes.<br />

Hoje. 16 milbOes de metros quadrados estão ocupados por<br />

,ic k 300 in ( tjsfrias corno a FurukawaS/A, NeHol land (hôje FordwI<br />

To l land). Inepar S/A, Equitel S/A(a .primeifa erlipresa a adquirir<br />

'uo, em 4/9/1973), Volvo, Becton Dickinson .(exMetalnobrc Para-<br />

C unia ce.niena de outras de grande porte.<br />

que Ia na década dc sessenta Fiderava o Estado corn<br />

In bikThia k aglomeraclos de rnadeira, fiaçao de Juta e algodao, eniba-<br />

; ensIindiçao metalurgia, rnecânica, eletricidade, moagem de trigo,<br />

'n nluirs a l imenticjo.s ccrâmica, mobiliário e outtas, corn a Cidade<br />

auruenta a diversificaçao e produçao no setor sedundário da<br />

Sobretudo, o que Se destaca nesse fabulosoempreendirnento,<br />

governos municipal e estaduab somam esforços para torná-lo<br />

reabidade, é. o sentido eclético de sua concepção. Ali se encontram, num<br />

so complexo harmônico, incitIstrias, conjuntos habitacionais, escolas.<br />

creches, hospitais, clinicas médicas e odontológicas, centros de satide;<br />

restaurantes, hotéis, postos policiais, corpo de hombeiros, terminals de<br />

ônibus, agendas bancárias; a Escola Técnica de Saneamento e o Centro<br />

de Formaçao Profissional do SENAI; clubes, campos de espoites,<br />

mercados - tudo que uma Cidade Industrial necessita para proporcionar<br />

trabalho, sailde, educaçao e lazer.<br />

No municIpio lirnItrofe. Araucária, localiza-se importante<br />

polo petroquImico corn a refinaria Gettillo Vargos, a fábrica de fertilizantes<br />

e outras indiistrias subsidiárias do corn.plexo industrial.<br />

0 C.F.P. foi construIdo em terreno doado pela URBS. Esta<br />

equipado para atender as necessidades de capacitação de rnão-de-thra<br />

em nIvel de Aprendizagem, Quatificaçao, Aperfeiçoamento, Especial ização,<br />

GerCncia e Treinarnento para todos os gratis cia hiei.arquia<br />

técnica.<br />

Inicioti corn cursos nas areas ocupacionais de Mecãnica e<br />

Eletricidade sob a direçäo do Prof. Ito Vieira, hoje Diretor do Deparinmento<br />

Regional do SENAI do Paraná.<br />

A inauguração da nova Unidade Operacional aconteccu no<br />

dia 22 de setembro de 1976. Corn area construlda de 9.333ni2. além das<br />

salas de aula, abriga oficinas e lahoratórios para as areas ocupacionais<br />

de mecânica, eletricidade, eletrOnica e costura industrial. Além disso<br />

ministra treinamento profissional nas empresas, em todos os nIveis.<br />

parajovens e adultos e cursos de"Aprendizageni Metódica no PrOpri'<br />

Emprego" para adolescentes de 14 a 18 anos.<br />

Os Cursos e Treinamentos para menores funcionam durante<br />

o dia e para adultos são diurnos e noturnos. De 1976 para ca passarani<br />

mais de 38 mil trabalhadores por seus Cursos e Treinamentos.<br />

As instalaçOe.s abrangem 800 postos de trabalho pernianentes<br />

e auxiliares, em oficinas, laboratórios e salas de atila. No exercIcio<br />

anterior, o C.F.P. da C1C niatriculou 3.814 alunos, alcançando a<br />

eficiCncia de 3.144 concluintes.<br />

O C.F.P. em tela vem desempenhando papel de fundamental<br />

importância na corisolidação e expansão do principal parque industrial<br />

do Paraná.<br />

0 atual Diretor do Centro e o Prof. Luis Fernando Troch mann,<br />

61


que tern coino Assistenie o Prof. LuIs Andreoli Silva e corno coordenadr<br />

dos cursos noturpos o técnico LuIs Ferro.<br />

Localizado no principal centro tecnológico do Estado, os<br />

is do presenle e do futuro multiplicam-se a cada dia. Nesse<br />

a Direç.o do Centro e o órgao do Departamento Regional,<br />

rP. lor!svel pela gestäo tecn.ológica, desenvolvem constantes estudos e<br />

csquisas visando rtão so identificar as necessidades de forrnaçao e<br />

'eiIrnniento de mão-deobra, mas sobretudo manter procedinientos<br />

te('nnlogicos atualizados e eficazes na direçao da demanda econôrnica,<br />

rt s di' qne a capacitação tdcnica é fator de valorizaçao do trabaihador,<br />

rni'Ihonn da quaJidade e prodtitividade Industrial.. Em resurno, proporr<br />

ina nie.Jhores concliçOes de vida social e ética para o povo brasileiro.<br />

Para melhor dcscmpenho de Silas atividades, rnantdm convénios<br />

corn organismos de cooperação técnica internacional.<br />

1.7 - C.F.P. dc Cascavel<br />

Quern hoje chega a Cascavel deveria ter na Iembrança as<br />

de urn passado trágico e romântico que, em gestação, ora<br />

nouJtuada. ora pot séculos adormecida, aguardou, na trajetória do<br />

fculpo. o niomento propIcio Para iniciar e perpetuar a aceleração<br />

cescenle de sen progresso.<br />

Antes do descobrjmen(o do .Brasil, perambulava pot toda a<br />

I'gio dn (l uail-A, lirnitada pelos rios Paranapanema, Iguaçu, Tibaji e<br />

qIli' , ora apressados em corredeiras e quedas d'água corn, as<br />

r')l en Hal idades energéticas que no futuro iriam impulsionar o progresra<br />

em relnansosas catmarias ofereciam fonte inesgotável de aumc<br />

nm is trihos das quals ate hoje não se sabe as origens. Marcando a<br />

ga de sell destino, a frente estavam a aculturaçao corn os brancos<br />

enropeus. ma is eperientes e equipados na arte da guerra, sedentos das<br />

r!q!Ie7s que o ouro, a prata c o braço escravo representavam; a<br />

Pnssgern peTas MissOes JesuIticas, que por quase urn século Ihes dera<br />

a sen.safo de paz. liherdade e o conforto dos frutos do trabatho<br />

.;Lr anizaclo. as trigicas Iropelias das Bandeiras paulistas, que corn suas<br />

hl igwias de bra ncos, niamelucose mil hares decari jós, tupis, tupiniquins<br />

e guaranis treinados para a guerra em busca de ouro, prata e novos<br />

escravos, levaram as MissOes dos aldeamentos a morte e a destruiçao,<br />

fazendo tremer os ermos sertOes do Paraná, alargando a ferro e fogo para<br />

alérn do rneridiano das Tordesil has as fronteiras do que urn dia seria o<br />

imenso território de urn pals soberano.<br />

De oeste para leste vinham aguerridos conquistadores espanhóis<br />

procedentes do Paraguai, de Ciudad Real e Vila Rica del Espiritu<br />

Santo corn a mesma cobiça e bravura dos bandeirantes paulistas. Mais<br />

de 40 mil famIlias indigenas, abrangendo mais de 200 mil pessoas<br />

aldeadas pelos jesultas que criararn a Repihli.ca Cristã do Guairá - fora.ni<br />

em grande parte massacradas pelos conquistadores brancos. Os que não<br />

tombaram sob o frio aço das espadas, capitaneadas por seus "protetores",<br />

ernigraram Para alérn do rio Iguacu, indo format as MissOes<br />

assentadas as margens do rio Uruguai.<br />

Desde o principio do sdculo XVIII ate o século XX, toda a<br />

região do oeste do Parana' perrnaneceu praticamente abandonada.<br />

0 prirneiro nome de Cascave! foi Encruzilhada, por estar<br />

localizada no entroncarnento de vários cam inhos abertos para a extraço<br />

de erva-mate e pelo exército, nas proximidades de Foz do Igtiaçii.<br />

Depois passou a denominar-se Aparecida dos Portos. Al, em Encruzi.<br />

Ihada, o comerciante Jose' Silvério vindo de Guarapuava, arrendoi.'<br />

terras pertencentes ao colono Antonio José Elias, "primeiro" habitante<br />

da localidade. 0 nome Cascavel vem mesmo da serpente dessa espdcie.<br />

Contam que urn grupo de colonos que au pernoitavam foram<br />

acordados pelo baruiho dos guisos dessa serpente. Assustados, levantaram<br />

acampamento, passando a narrar o fato corn tal veeniéncia que o<br />

lugar passou a set denominado - Cascavel.<br />

.Já no final do ciclo da erva-mate, na década de 30, as terras do<br />

Rio Grande do Sul iam se tornando escassas Para serem partilhadas entre<br />

os descendentes de italianos, alemães e poloneses que haviam colonizado<br />

terras gaiichas - informados das ricas florestas de araucária e outras<br />

esséncias nobres, venderam suas heranças e vieram estabelecer-se em<br />

Cascavel, fixando-Ihe os limites ejuntamente corn os poucos pioneiros<br />

que, conlo Jose' Silvério de Oliveira, A se haviam estabelecido, deram<br />

inIcio a história da Capital do Oeste Paranaense.<br />

Em 1943 passou a fazer parte do Território Federal do Iguaçu.<br />

0


e''m rrido. Pela Lei Estadual n 790, de 1.4 de novembro de 1951,<br />

'as . l foi de.sniembrada de Foz do Iguaçu que deixara de ser<br />

•ro Federal em 1946, e elevada a categoria de MunicIpio, tendo<br />

'orno prefejo Jose' Neves Form ich icri.<br />

.Sifijada a 514 kin de Cutitiba,está a 547m acirna do nIvel do<br />

wu. PoSSII, 192.673 habitante. Seu sistema educacjonal conta corn 190<br />

coIas p':iNicas de 1 . 0 e 2graus e a UNIO ESTE_(Jnjversidade do Oeste<br />

do Parani, corn capacidade para 6 mil alunos.<br />

A Ferroeste, em construçâo, éorn 419 km de extenso vai<br />

ap'oxirnar o ocste. do Parana' - tesponável pcla produçâo de 26% de<br />

g os do Itado - ao porlo exportador de Parailagna, fortalecendo aincla<br />

a 1-olloln ia cascavelense e paranaene.<br />

Além disso, Cascavel alia a prosperidade econômica urn<br />

I)I IJ ; I llte ,n.icleo socio-cultural, corn parques etológicos, autódromo<br />

wtcruajr)nal niuseus, teatros, clubes e igrejás. Sua economia provém<br />

n incipalmente da atividade agropastorjl dinaniizada por urn eficiente<br />

,.ist'nia de cooperativas. Son parque industrial desenvolve atividades<br />

uoc Setntes de rnadeira serrada, mobiliátio, inecânica, metalurgia,<br />

rCIrjdid artes gráficas, construção civil, cohfcöes, tefrigerantes,<br />

na agro-indüstria em constanfe ctecirnento.<br />

.inlita-se corn os municIpios Guaraniaçu, Toledo, Assis<br />

('aihriand , Nova Aurora, Corbélia, Catanduvase Capitao Leônidas<br />

M.rqos, Tern os distritos de Cafelândja do OeStë, Palmitopof is, Rio do<br />

Th!t, Sonta Teresa e São Salvador.<br />

Para (Jar apoio ao excepcional desenvolvimento econômico<br />

• k (ascave,I e de todo o oestc, o SENAL decidiij sediar ali urn dos seus<br />

rnportar,le.c ('entros de Forrnaçao Profissiiial, inâugurado a 25 de<br />

J 111 ho de 1977. Já passaram 24.592 alunos Orus cursos.<br />

No iiftirno ano o C.F.P. do SENAI de Cacavej efetjvou 3.814<br />

ivI l las corn 3.144 concltijntes<br />

A capacidacle do Centro espelhase em 397 postos de trahalho<br />

pci 'naucnes e a uxiliares, em ohcinas, Jaboratótios e salas de aula.<br />

Desenvolve forrnaçao profissional nas areas ocupacionais de<br />

irirjddp rnecânica diesel, mecânica de aUtbrnóvejs e rnecânica<br />

ei instalaçOes fixas do próprio Centro. Quando necessário,<br />

eh COmplenientaçao do Centro de Un.idades Móveis de Forniaçao<br />

(,/<br />

Profissional dc Curitiba.; desenvolve Treinamento e Aprendizagerri no<br />

Próprio Ernprego, em instalaçOes das empresas.<br />

0 C.F.P. de Cascavel é dirigido corn competéncia e louvável<br />

dedicação pelo Prof. MaurIlio Fregonezi, tendo como assistente o Prot.<br />

Anildo Torres e corno secretária Rosmery Dall'Oglio Kostycz. ()<br />

primeiro diretor foi o Prof. Edmundo Intema.<br />

1.8 - C.F.P. de Foz do Iguaçu<br />

Quando do descobrimento do Brasil, por toda a região do<br />

Guaira' campeavam tribos nômades de indIgenas. Terras cobertas de<br />

exuberantes fiorestas, imensos e numerosos rios proporcionavani allmentação<br />

abundante em frutas, raIzes, a yes, peixes e outros animals.<br />

Scm origem, scm destino, scm norne e sew reJigião as populaçoes<br />

silvicolas viviam felizes, a nao ser de quando em quando perturbadas<br />

pelo confronto guerreiro entre os agruparnentos errantes. na disputa do<br />

território corn major abundância de alimento e de meihor calidez no<br />

inverno.<br />

Portugueses desembarcados nas praias do Atlântico e espanhóis<br />

em terras mais próximas do PacIfico, de urn lado, penetrando pelo<br />

continente fundavam. São Vicente, Cananéia e Paranaguá, on de outro.<br />

Buenos Aires e Assunção, ampliadas para a Argentina e Paraguai. Dc<br />

ambos os lados, movidos pela sede de conquista e de copiosas riquezas,<br />

avançavarn território a dentro. Atravessando rios caudalosos e florestas<br />

espessas, pouco a pouco iam vencendo o iruenso sertão. Vez por outra.,<br />

as tribos nôniades guaranis e caingangues opunham-Ihes acirrada<br />

resisténcia. Acabavarn sempre pot sucunibir ao bacamarte, a espada e<br />

A lanca dos invasores dos territórios, hoje abrangidos pelo municIpio de<br />

Foz do Eguaçu.<br />

Ficararn apenas poucos remanescentes, pois os que iiao foram<br />

aniquilados on escravizados, ernigraram para o sul. Muitos sob a<br />

Iiderança dos jesultas espanhóis foram fundar as "MissOes" as margens<br />

do Urugtiai. Desde os 61tirnos grandes confrontos entre os tiderados<br />

pelosjesuItas e os hespanhóis quo avançaram para o leste; as Bandciras<br />

paulistas que, indo para oeste, escorraçaram os primeiros para além do<br />

65


lgnaçii C OS denials para niargern direita do rio Paraná; sem Indios para<br />

aIlear on prear, scm ouro on prata para minerar - a região do extremo<br />

oeste paranaense ficou praticarnente esquecida.<br />

Pot singular capricho da sorte, argentinos e paraguaios que<br />

nas reglOes exirernas do oeste e sudoeste do Paraná exploravam a ervamate<br />

e rnadeira, rnovidos sirnplesmente pelo interesse econôrni.co,<br />

jamais Se preocuparam corn a colonização do território.<br />

Els porque, quando em 1888, o engenheiro niilitar José<br />

Jo<strong>aqui</strong>m Fermion at chegou incumbido de tornar posse do território<br />

imnteiriço e fundar uma colônia militar, nao encontron resisténcia, a<br />

no set de poucos Indios guaranis e caingangucs. Corn a colônia rnilitar<br />

aurnentou a pre.senca de paranaenses que se dedicavarn a extração de<br />

niadeira e erva-mate. Em 1912 a colônia militar foi extinta e sen<br />

tCrritorio passou a pertencer ao municIpio de Guarapuava.<br />

Decorridos 26 anos da chegada de José Jo<strong>aqui</strong>m Ferrnirio,<br />

nla I . . i Estadual n L 383, de 14de marçode 1914; foi criadoo municIpio<br />

(lo Vila tguaçu, instalado em 1.0 de juiho de mesmo ano. Seu prinieiro<br />

1nefito foi o Cel. Jorge Schimmelpfng. PelaLei Estadual n 2 1783, de<br />

.S de abril de 1918. a Vila Iguaçu passou a denomiflar-se Foz do Iguacu.<br />

Polo Decrelo-Lei W5872, de 13 de setei bro de 1943 passou a integrar<br />

o "Te.rritórin Federal do Iguaçu", tendocornocapital Laranjeiras do Sul.<br />

Em 1946 o TerritOrio Federal fOi extintovoltando seus doniInios a<br />

integral o Estado do Parana'. Hoje, detaca-se como urn dos principais<br />

pIos turIsticos do Brasil, servido por urna das meihores redes hoteleiias.<br />

Em seu roteiro turIstico a cidade sededo municIpio oferece<br />

atrativos deexcepcional interesse: alérnde visita a hidrelétrica de Itaipu,<br />

a major do mundo, corn barragern principal de 1234m de exteiisão e<br />

q'ie:la hrnto maxima de 128m e lIquida normal de I 18,4m, movimenlando<br />

18 geraclores corn capacidade para produzir 12.600 mega watts.<br />

As (Tataratas do Iguaçu, pela area de 7,7km quadrados, volume de água,<br />

ltura e conservação natural, apresenta-se corno o major espetaculo<br />

hidrico de força e beleza selvagem do mundo. E visitada anualmente pot<br />

cerca de 2 nijlhöes de pessoas.<br />

Oferece ainda visitas ao "Museu do Parque Nacional do<br />

Igiiaçii". a "Ponte da Amizade" c "Ponte Tancredo Neves" ligando<br />

rcspectivamente ao Paraguai e a Argentina e mais uma sdrie de alracOes.<br />

Limita-se corn Santa Teresinha do Itaipu, corn a Argentina e<br />

o Paraguai. Conta atualmente corn ccrca de 160.000 habitantes.<br />

0 nonie "lguaçu", em lingua indIgena, significa: "i"=água:<br />

"guaru"= grande, on seja, "Agua Grande".<br />

Além do turismo, a principal causa do desenvolvimento da<br />

regiâo cteve-se a construção de Itaipu. Corn o aumento da pOpulacio<br />

que, na década de 1970 teve urn aurnento de 400%, passando de 34.000<br />

para 136.000. Foi o perlodo de major intensidade na construçäo da<br />

barragern, chegando a ter 39.000 trabalhadores no canteiro de obras.<br />

Tanto o comércio como a ind(,stria básica de rnanutencão, vcstuário e<br />

alimentos tiveram variada e importante expansão.<br />

Nos meados de 1975, corn o inIcio da construcão da barragern<br />

do rio Paraná pelo Consórcio Brasileiro-Paraguaio-Unicon/Conenipa,<br />

além dos barrageiros imigrantes já qualificados para o trabalho, aflulram<br />

dezenas de milhares de trabaihadores, muitos scm capacitacão<br />

técnica para atender a demanda, como motoristas para caminhöcs<br />

pesados, escavadeiras e motoniveladoras, niarteleteiros. operadores de<br />

guindastes e de pontes rolantes; cozinheiros, garçons, pedreiros, carpinteiros,<br />

armadores, eletricistas além de ocupaçOes do setor de saride edo<br />

setor terciário. Por serem rejeitados, preocupavarn tanto a empresa<br />

binacional Itaipu, quanto as empresas brasileiras agrupadas pela Unirio<br />

de Construtoras-UNICON: Cetenco, CBPO, Carnargo Corréa, Andrade<br />

Gutierrez e Mendes Junior e principalmente o prefcito Eng° Clóvis<br />

Cunha Vianna (1974-198.1)<br />

A Direção do SENAL já sensibilizada pela situacäo e atendendo<br />

a solicitaco do Eng Clóvis, deslocou para Foz do Iguaçu várias<br />

"Unidades MOveis" das areas de mecânica geral, mecnica de motores<br />

diesel, eletricidade, solda e carpintaria que se instalararn inicialmente<br />

em prédio cedido pela empresa Cummins do Brasil S.A. Posteriormente<br />

o SENAI transferiu suas atividades para o prddio locado nas proximidades<br />

da Prefeitura Municipal, agora já corn oficinas iiistaladas de<br />

forma permariente. Na mesma ocasiäo montou, nas ptOximidades do<br />

Centro. uma "Agenda de Formação Profissional e de Treinarnento",<br />

designando como Coordenador (Diretor) o tdcnico Prof. Sergio Kamide.<br />

especiahzado em formacao profissional.<br />

07


Fi<br />

F.-se "Coordenador" ao mesnio tempo que dirigia o "Centro"<br />

juutinicnle :orn Os iécnicos (Ia UNICON, realizava diagnOsticos de<br />

issid:d de forrnacão profissional, montava prograrnas de treinaiien<br />

' c,iinistrava sua execuço.<br />

Em 1979, cjuando a construção da barragern da hidreldtrica de<br />

lipu cnmeçava a baixar do pico rnáximo de emprego de rnão-de-obra,<br />

mil1ires de trahaihadores povoavarn os bairos de Foz do Iguaçu. Scm<br />

r'mprego por näo terem encontrado trahaiho na UNICON, on terem sido<br />

dpi despedtdns exerciam, em sua grande maioria, atividades no niercado<br />

iufor'nal, usufruindo parcos rend.imentos econôrnicos. Dc tal forma,<br />

is dificiIdadcs sociais tendiam a crescer que preocupavam seriamente<br />

-'ieito Clovis Cunha Vianna e as equipes niunicipais das areas<br />

'cu(miica e social. Uma das medidas porcletracadas, como estratégias<br />

pri nhinorar tais dificuldades. sern despovoar o MunicIpio e criar<br />

.ndiçñes Para urn melhor equilibrio social consistiu em estimular e dar<br />

it, as açOes de forrnação profissional, que o Ministério do Trabaiho,<br />

:Ittavés do Prograrna Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra, SENAI<br />

e SENAC, vinham pondo em pratica desde 1975. Esse fato c mais as<br />

preocupaç(es revelada junto ao Ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto,<br />

pel i [)ireçao da ITA1PU-BINACIONAL e pela Coordenação Nacional<br />

do "Prograna de Desenvolvimento do Oeste do Paraná - PRODOPAR.<br />

Ministro e scu Secretário Geral, Prof. Jorge Alberto Furtado<br />

re' ornendarern aos Coordenadores, Nacional e Estadual do PIPMO.<br />

respe.ctvamente, João Alberto SimOes e Antonio Theolindo Trevizan,<br />

a c:oIabiaren1 corn as autoridades municipais para a solucao do proble-<br />

tlia<br />

Corn esse objetivo a Coorderiação Estadual do PIP MO firmou<br />

oI,vnio corn o SENAC para reatizar unia pesquisa de dernanda social<br />

de forniaçäo profissional. Pesquisadas 1400 famIlias, foram contadas<br />

ni'is tie 200 ocupaçOes que necessitavani de formacäo profissional. lam<br />

desde olericnitor, lagoeiro, confeiteiro e auxiliar de escritório, pedreiro<br />

eleliicista ate vendedor, servente hospitalar, cambista (corretor do<br />

(11<br />

"Jo gu do Bicho") e dezenas de outras profissOes. Para atender a<br />

demanda social detectada. o P1PMO montou urna das maiorcs equipes<br />

de frrniiçäo profissional do Estado do Parana', integrada na execucão de<br />

uni.,,6 progrania.<br />

Recebidos os recursos através do Ministério do Trabalho.<br />

firmou convénlo corn o SENAI-Coordenação Profissional e Treina<br />

mento de Foz do Iguaçu, sob a direçao do Prof. Sergio Karnide; coin<br />

SENAC-Diretor Regional Pedro Teixeira Chaves e Gerente de Opeim<br />

cOes Aclrnir Paschoal e o Diretor do C.D.P. de Foz do lguaçu Eleodoro<br />

Seichas Riesling; corn a Secretaria de Estado da lndüstria e ComCrcio.<br />

Secretário LuIs Gonzaga Pinto e Diretor do Departamento do Trabaiho,<br />

Roberval F. de Freitas; corn a Secretaria de Estado da Saüde Ptiblica,<br />

Direlor da Escola de SaCde Piiblica Dr. Jaime Drumond de Carvalho e<br />

a coordenadora de cursos, Prof' LuIsa Stadel Iwersen e rnais o Serviço<br />

Nacional de Formação Profissiona.l Rural.<br />

Essas entidades apoiadas em Agéncias locais, em "Uniclades<br />

Móveis"desiocadas para Foz do Iguacu. corn a valiosa colaboraco de<br />

AssociaçOes de Bairros e da Prefeitura Municipal, especial nie.nte do<br />

Prefeito Clóvis Cunha Vianna e suas equipes das areas econOrnica e<br />

social, real izaram, em menos de urn semestre, a formação profissiona!<br />

de cerca de 2.500 pessoas de ambos os sexos, jovens e adultos.<br />

Esse fato fortaieceu o mcrcado de trabaiho, evitou uma crise<br />

social e impulsionou o progresso. As pessoas tornaram-se confiantes em<br />

sua capacidade produtiva; as trocas e os empregos se acentuarin'.<br />

Juntamente corn as demais medidas inteligentes e criativas do Goveno<br />

Municipal, no so resolveram a crise do mornento, como geraram meios<br />

de infra-estrutura e renda para que cada dia o MunicIpio de Foz do<br />

Iguaçu crescesse apoiado, nao sO na econornia do turismo, mas tambéni<br />

no comércio, indiistria, agricultura, transportes e comunicacOes, envolvido<br />

por clirna de desenvolvimento plenamente sustent5vel.<br />

Para oferecer rnelhores condiçOes as atividades que o SENAI<br />

vinha dcsenvolverido, a Direçao da Itaipu Binacional prontificou-se a<br />

construir, cm imóvel próprio, urn pavilhão adequado as metodologias<br />

da formacao profissional.<br />

Elahorado o Projeto, corn as especificaçOes fornecidas pelo<br />

SENAI, foi o mesmo construldo corn area de 668m2, pela Itaipii<br />

Binacional. Al não so foram instaladas, pelo SENA.1, oficinas de<br />

aprendizagem (400rn2), salas de a.ula, dependên.cia para ad.ministracan,<br />

depend€ncias Para sanitários, urn apartarnento completo para dorniit6rio<br />

de Instrutores (de Uniciades Móveis), bern cot-no foi preparado<br />


spaçn adequado para estacionarnento de "Unidades Móveis", que<br />

;n-Icrnentani as açOes de formação profissional, dentro e fora do<br />

At!Ial niente o Centro dispóe de oficinas fixas em condiçOes de<br />

proporci!1ar forrnaçao prof issional as areas ocupacionais de rnecânica<br />

geraL rneciuica de autornóveis, eletricidade, refrigeraçäo e ar condicionado.<br />

Alérn disso o SENAL min istra Cursos de Treinamentos nas areas<br />

ik .pervisio. operacional e de segurança nas próptias empresas de Foz<br />

do Igiiacii e abs iminicIpios próxirnos, sob o gerenciame.nto da Admi-<br />

Irco do C.F.P.<br />

No ano passado essà "Unidade Operacional" rnatriculou 1276<br />

luuos. corn o rendirnento de 1144 conc1uiñts.<br />

Sna capacidadc fisica d de 115 postos de trabaiho. Dc modo<br />

geral. o C.F.P. estâ em condiçOes de atendertoda ademanda econômica<br />

de forimicäo profissional do oeste do Paraná. Para isto conta inclusive<br />

a aroojo direto de dezenas de oficinas e técnicos do "Centro de<br />

o!e Móveis de Formacão Profissional" de Curitiba.<br />

Conio registro especial conveth menciOnar a experiéncia<br />

k1uirida pelo SENAI no emprego de metoçlolog jas adequadas a<br />

qualificaço e treinamento de rnão-de-obra para a. coiistrução de barrager,s<br />

para a instalacão dc usinas hidreldtricas de.qualquer porte.<br />

C) C. F.P. é atualmente dirigido pelo Prof..Gerson Felix Luder.<br />

Depoimento dc urn ex-aluno do C.FP. Mtônio Barrios: "Foi<br />

°°m rnnit' trahalho e trernenda força de vontade que consegui me<br />

ipcFçoar e 'vencer'. Não foi fácil, mas o SENA! contribuiu para quc<br />

nv' ps srnlios fossem realizados.<br />

Hoje sou e..mpresário que corn muita garra sobrevive ao dia-adia,<br />

Irahaihanclo e paticipando corn todos os conhecimentos adquiriih.<br />

Sempre gostei de ficar pesquisando e olhandoo funcionarnento de<br />

tnd 's aparelhos. por isso, quando o SENAT me proporcionon a<br />

'prr'inulade de lidar conic] cs, näo tive diIvi.däs, fiz o curso. Curse este<br />

qite c denorninava "Curso de Reparos de AparelhOs de Refrigeraçao e<br />

(\r Condicionado", corn carga horária de 400 horas. Mas não parei por<br />

acp)i. Me.srno fazendo o curso, senti a necessidade de nao ficar restrito<br />

A area. e corn tremendo esforço fiz tambCrn, aos sábados, o Curso de<br />

Mecanica de Antomóveis corn 100 horas de duração.<br />

70<br />

Corn esses cursos já foi mais fácil arrumar emprego. Coniecci<br />

a trabalharna Eletrolar RefrigeraçAo, empresa pioneira na região. Senclo<br />

este meu prirneiro emprego, trabalhei de 02/01/1981 a 01/06/1982.<br />

Como fruto do meu born trabalho, corneçarani a surgir boas propostas<br />

de trabalho, algumas bern convenientes a mim. Já que men objetivo era<br />

crescer, resolvi aceitar um.a proposta e fui trabalhar, de 01./i 1/1982 a 13/<br />

07/1984, na Artécnica Foz, onde minhas funcOes foram dedicadas a<br />

Técnico de Regrigeração. Mas o melhor ainda estava pot vir. No<br />

vencimento da data citada surgiu então a meihor das propostas: fui<br />

convidado a gerenciar uma empresa de Refrigeraçao, a Incofoz (que no<br />

seti rarno de atividade sc destinava tambérn a importaçao e exportacão).<br />

onde trabalhei de 16/07/1984 a 07/06/1986.<br />

Corn certeza, omen rnaior passo fol quando, juntamente corn<br />

men grande amigo e socio Osni Prim, ex-funcionário da Consul S/A<br />

compramos a Artefrio Comércio de Refrigeração. No inIcio tratava-.se<br />

de uma empresa singular, hoje contamos corn urn complexo formado<br />

por mais trés empresas:<br />

09/02/1987 - Artefrio Comdrcio de Refrigeraçao Ltda.<br />

Av. Jose' Maria de Brito, 1636 (Matriz).<br />

• 01/07/1988 - Artefrio Comdrcio de Refrigeraçao.<br />

Rua Internacional, km 2,5 - Ciudad del Este - Paraguay.<br />

• 22/t2/1989 - Artefrio Comércio de Refrigeraçao Ltda.<br />

Rua das MissOes, 1831 (Filial)<br />

14/08/1989 - Frio Foz Cornércio de Refrigeraçao Ltda.<br />

Av. Juscelino Kubitschek, 1887 (Matriz).<br />

1-loje posso sentir-me realizado por integrar em nossas empresas<br />

25 funcionários, cujo sentiniento C conio de "Uma Grande FamIlia",<br />

Nosso intuito e sempre crescer, per isso procuramos melhorar<br />

e aprimorar cada vez mais nossos conhecimentos".<br />

1.9 - C. F. P. de Pato Branco<br />

Toda a história do povoamento do Paraná tern sua origem<br />

mais remota nas sedes da Capitania, pri.meiro denominada São Vicente.<br />

depois São Paulo. Portugueses, mestiços ou seus descendentes dal<br />

1 71


dcTrm Fiindararn Paranaguá. Vencerarn a Serra do Mare estabele-<br />

('('I nill sp em Curitiba. Partiram, formando a sociedade campeira, corn<br />

frsiue para as cornunidades de Ponta Grossa, Guarapuava e Palmas,<br />

nn siniplesmente embrenhando-se para oeste, levaram de vencida o<br />

ihnl (line ocupava a terra, 0110 primitivosilvIcola prd-colombiano.<br />

('urihanos cram todos os habitantes do território paranaensc<br />

iidicacJos aléni da Serra do Mar, aqudm do rio Tibaji para o Sul. e<br />

Sudoeste ate os confins do rio lguaçu.<br />

Não C estranho que tenha sido urn bandeirante curitibano,<br />

Pedro Siqucira Campos que, comandando uma expedicao para o sul<br />

tivesse. descoherto os campos de Palmas, em 1883, de onde novos e<br />

'lftprpidos menibros da sociedade campeira se destocarampara fundar<br />

('Iviindia qile. desmembrada de Palmas, constituIa-se ainda, em<br />

c0C1150 rnunicIpio.<br />

Como a região se enconttasse despovoada de silvIcolas -<br />

captnrados. aniquilados 011 expulsos pelos bandeirantes curitibanos e<br />

pm!Ilstas - arrojados comerciantes, descendentes dos bravos tropeiros<br />

g,iaripllavanos, em busca de riquezas c novos negócios, on simples-<br />

! n.91 h mnvidos pelo espIrito de aventura pouco antes da prinleira<br />

glirrr, nnnidial abriram uma picada de Clevelândia ate Barracão, na<br />

corn a Argentina que d.epois foi guarnecida pelo exCrcito.<br />

0 caminho aherto no ermo sertãO passava pelas cabeceiras do<br />

t:'a(o Branco, cujo sItio tornara-se ponto de descanso dos viajantes.<br />

Esse local de pouso deu origem an primeiro nCcleo popuiacional que<br />

-drain o ineresse de outros caçadores e colonizadores, impressionados<br />

vn a frtiIjcIade da terra on abundncia de caca<br />

DaI para a frente a história do dsenvo1vimento socio-econômico<br />

de Pato Branco segue a mesma trajetória do povoarnento dos<br />

prilicipais rnunicípios do sudoeste e oeste paranaense, corn maiorescala<br />

na imigraçäo de teutos e Ita10-gachos vindos do sul. Os primeiros<br />

moradoies foram Miguel Conrado, PacIfico fndiode Lima,João Macário<br />

dos Santos, lnáciô Galvo, Quintilhano M. Bueno e Manoel Loureiro.<br />

Fm 1927, . Vita Nova, denominacäo anterior do municIpio, foi<br />

cicvada a categoria de Distrito Judiciário corn olionie de "Born Retiro".<br />

Novas famIlias vindas do Rio Grande do Sul engrossaram a leva de<br />

deshravadores. entre elas os Bortot, Peloso, Dafla Costa, Daimolin,<br />

Conrado e Damaceno.<br />

Pela Lei n 790, de 14 de novembro de 1951, Born Retiro tn<br />

elevada a categoria de rnunicípio corn corn adenorninaçao de Paio<br />

Branco, por sugestão do Eng Q Francisco Gutierrez Beltrão. 0 novo<br />

municIpio que haveria de se projetar entre os demais do sudoeste, foi<br />

instalado a 14 de dezembro de 1952. 0 prirneiro prefeito, eleito, foi<br />

Plácido Machado.<br />

Frio no inverno e fresco no verão, está a 760m acima do nvd<br />

do mar. Dista 458 km dc Curitiba, a margem esquerda do Ignaçn.<br />

Atualmente conta corn 100 mil habitantes. Sua econornia provém l"<br />

setor prirnário: criação de suInos, bovinos, bubalinos, muares, cqisios<br />

e outros. Tern indCstria variada e significativa: extração, metalurgia,<br />

mecânica, papel e papclao, couro, téxtil, plásticos, calçado, confecçao,<br />

construção e transporte.<br />

Limita-se corn os municIpios de Coronel Vivida, Clevelânclia.<br />

Francisco Beltrão, Itapejarad'Oeste, Mangueirinha, Mariópolis, Vitorino<br />

e Renascenca. Distrito: Born Sucesso.<br />

0 C.F.P. está em pré1io próprio, inaugurado em 19 de oiitiihro<br />

de 1981. Inicialmente instalado em area construIda de 300rn, foi<br />

ampliado corn mais 317rn 2 no ano seguirite cern 1987 corn niaic 1 7rn2.<br />

Nesse espaco fIsico funcionarna administraço, oficinas dc mccinica<br />

geral, mecânica de automóveis, eletricidade e treinamento; salas dc'<br />

aula, almoxarifado, cantina, diretoria e secretaria, sala de estar do:<br />

professores; depósito, arquivo e higiene e espaço pararecebet a<br />

"Uriidades Móveis" que, de acordo corn a demanda econômica de<br />

qualificaçao e treinamento profissionais da Região atuam diretarnenle<br />

no Centro on deslocarn-se para outros lugares, segundo o interesse das<br />

empresas industriais.<br />

A capacidade do C.F.P do SENA! de Pato Branco compreen<br />

de 111 postos de trabalho permanentes e auxiliares.<br />

Em seus 10 anos de atividade quatificou e treinou 912<br />

trabaihadores. No ano passado efetuou 990 matrIculas, corn 9<br />

concluintes.<br />

A Administraçâo Regional mantém o Centro equipado e<br />

atualizado para servir debase de aten.dimentOà dernanda econmica de<br />

formaçao profissional não so de Pato Branco, mas de todo o sudoeste.<br />

Para isso promove continua atualização e aperfeiçoamento técnico &<br />

administrativo do sen pessoal. Atualmente,seuDiretoré .eficienle


diniinico Prof. Herus Pontes.<br />

1.10 - C. F. P. de União da Vitória<br />

A histórjci de Uniäo da Vitória, deixando de lado os habitantes<br />

do era pré-colombiana que pot all perambulavarn, data de 1768. Assim<br />

conio a fortnaqao dc outros povoados da região dos Campos Gerais, dos<br />

Campos dc. Guarapuava, de Palmas e de todo o sudoeste e oeste do<br />

a colonização de União da Vitória deve-se a bravura dos<br />

'orfanistas, descenclentes de hancleirantes paulistas e curitibanos.<br />

C) primeiro a chegar na regiao no comando de expediçao<br />

inililar. foi o Ten. Dom.ingos Lopes Cascais que tinha como imediato o<br />

cal'o Bi 'mo da Costa FiJgueiras. Pouco tempo depois o Tenente Cascais.<br />

Pi,r motivo de doeiiça. retorna a Curitiba, deixando o comando ao<br />

mediato. Cabo Bruno. o qual prossegue a descida pelo Rio Grande de<br />

on no Registro, cujos nomes foram substitimIdos por rio<br />

A expedição chegou ate a altura da salda para Cruz Machado,<br />

unde acarnpou, fundando urn arraial as margens do rio Iguaçu corn o<br />

home dc }3rifreposto de Nossa Senhora da Vitória.<br />

Como os hornens da expediçao estivessem exaustos e sem<br />

ahmento. Bruno mandou abi-ir roca e cacar. Estavam nesse trahalho<br />

qiiando rhegnu o capitão acoriano Antonio da Silveira Peixoto que näo<br />

etitendendo a estratCgia de Bruno, f6-lo voltar preso para Curitiba.<br />

Pt 'mo, mais tarde. tevescusfejios reconhecidoscomovajorososertanjsta.<br />

Vultou para ajudar o Capitao Peixoto que se achava em dificuldades.<br />

Este o dtspensou. Vadeanclo o lguaçu em nova exploraçao, percceu<br />

a h ga(Io.<br />

0 Ca.pitao Peixoto prosseguiu rio abaixo ate o rio da Prata.<br />

ole mi preso peos espanhóis. Libertado pebo Morgado do Mateus.<br />

;kntrio da Capitania, logo velo a falecer. E considerado urn dos<br />

fcnfadores de Unjäo cia Vjtórja.<br />

Emiquanto Palmas e Guarapuava progrediam, Porto Vitória,<br />

dumante 10 anos, raramente foi visitado. Agora, ja nao mais corn o<br />

intimito de expborar o rio Iguaçu e adjacCncias, mas de tornar mais fácil<br />

a cornmm!h!cacao entre Palmas e Palmeira, pró.xima de Curitiba, duas<br />

711<br />

expcdiçOes puseram-se em movimento: a do Padre Ponciaiio He Araijo,<br />

abrindo carninho para Palmas, e a do Capitão Pedro de Siqueira Cortes.<br />

abrimido caniinho de Palmas para Palmeira. As duas se encontrarani<br />

juntas levantaram os primeiros ranchos, dando ao novo arraial o nonm<br />

de Porto União cia Vitória: Porto, pot ligar-se corn Palmas; Uni,u',<br />

devido ao encontro das comitivas: e Vitória, do Entreposto No:)<br />

Senhora da Vitória. Pediram e Ihes foram enviados mais hemmens<br />

"ninfas" para consolidar o povoado e estimular o cresciniento.<br />

União da VitOria prospera nas ültimas duas décadas do sCcubo<br />

passado e nas trés primeiras deste; barcos a vapor singram o tguaç.im<br />

transportando erva-mate e madeira, consagrando o pioneirismo do CO<br />

Amazonas de Araujo Marcondes na navegação fluvial. Esse feito<br />

impulsionou o comdrcio ate set substituldo pelas estradas de rodagem,<br />

na década de 1.930.<br />

Pela Lei 4554, de 27 de marco de 1890, foi elevada a<br />

categoria de rnunicIpio demembrada de Palmas. Em 1907, nov05<br />

udicleos de colonizaçao se formaram corn imigrantes vindos cia Alerna<br />

nha.<br />

Entre as capi.tanias de Sao Paulo e Santa Catarina havia tuna<br />

questäo de liniites que se transferiu a nova Provmncia e posteriormnte<br />

ao Estado do Paraná. A regiao contestada abrangia 0 forte de S. Catarina<br />

e a região de Palmas, incluindo União da Vitória. Os conflitos ,'stahelecerani-se<br />

desde 1839, corn a divisão dc Palmas em: Palmas de Ctna<br />

e Palmas de Baixo, devido ao confronto das expediçOes comandadas por<br />

José Ferreira. dos Santos e Pacheco Siqueira Costa. A disputa eta<br />

motivada pelo interesse em ocupar as pastagens da região para a criaçm<br />

de gado.<br />

Em 1840 a disputa foi reativada. Santa Catarina evocava a<br />

carta régia de 1749. 0 Paraná, por sua vcz, evocava a "direito de Pnss'<br />

alegando que as terras em questão haviam sido povoadas por parannenses<br />

tan.to em tinião da Vitória, como em Palmas e Timbó. Durante o<br />

ImpCrio a questão permaneceli scm solucao. Corn o advento da Rcp(iblica<br />

(1889) as terras devolutas, que antes pertenciam ao governo<br />

central, tornaram-se propriedade dos Estados. Estes passaram a fazer<br />

concessão de grandes areas, corn o objetivo de povoá-las e aproveitar<br />

suas potenciabidades. Acontece que isso as vezes era feito aCompan Ii ias<br />

i 75


d" Colnmzaçao. ate mesmo estrangeiras, comprometendo o dircito de<br />

n1uios proprieOrios que mantinham residncia, fazendas corn criação<br />

dc ariiniais e cullura de cereais c extraçäo de madeira e erva-mate.<br />

Foi o que aconteceu corn as concessOes feitas a Estrada de<br />

kerro S. Paulo-Rio Grande que passou a ter corno subsidiiria a "Lumber<br />

Colonization Company". A "Lamber", Cotn.o era conhecida, montou<br />

rtnde e nioderna serraria prejudicando o eomCrcio das pequenas<br />

serrarias e descuidando-se das obtigaçoes de colonizaçao passou a<br />

aulcacar os possuidores de terras.<br />

Esse falo levou os moradores a se revoltarern contra os<br />

usurpadores. Estahelecido o donfronto corn a destruiçao das instalaçOes<br />

tins 'nn cessionanos. principalmente ao long da Estrada de Ferro, os<br />

do Parana e S. Catarina estimularaffi as faccOes helicosas para<br />

kl^Pf' ^M f il ac fronteiras pretendidas.<br />

Naquela época era comum a presehça, no meio sertanejo, de<br />

p regadojes clue, combinando religiao, Iifä1iIeifirnb e polItica, exercitm<br />

lone Iiderança sobre o povo. Nocaso da regiäocontestada, destacouse<br />

o "Mmge Joäo Maria", ou Anastas Maregraf, que desapareceu<br />

Jmster!osame !l te por volta de 1910.<br />

Fermentava a discórdia, a comtiâO pôlItica eritre os coronéis<br />

propiie.tirir,s de grandes fazendas: Foifiès eJiftià'de pequenos<br />

prprienios despejados de suas tertaS domVidfenCià, de trabalhadores<br />

tliidOs da Conipanhia de Estrada do FerrOS.Paülo/Rio Grande, no<br />

flual cia construção, dc grupos radicados no sehãä.dé grupos açuiados<br />

por Liendeiros rivals, de pequenos fazendeitOs, erváteiros e sitiantes<br />

empohrecidos por avarentos comerciantes ë äLthnbetCoionizatjon<br />

("On" IN, qiie --sob a liderança do MongeJosC Maria de Agostinho(que<br />

li,jt irnão e sucessor de João Maria)-que OSettáhejos se organizar:tut<br />

(iefe "der suas posses de terra e gai'aiitif SobrevivCncia de suas<br />

L)urante cerca de qua.tro anos verificaram-se varios combates,<br />

aguns Cnm dczeiias e centenas de mortos efltre Os sertanejos,jagitnços<br />

'rapangiieiros de gra.ndes proprietários e a!entados contingentes miiitares<br />

nlac polIcias dos Estados e ate mesmo do Exéritô para debelar os<br />

1nilnigos " cia Reprblica que naquela regiao tiVeram inclusive o sonho<br />

cie riar urna nova Monarquia.<br />

Desses confrontos merece destaque o quo ocorreu a 22 cit<br />

outubro de 1912 entre os cahocios liderados por José Maria e os<br />

militares da Po!Icia do Paraná comandados polo Col. João Gualberto.<br />

0 Coronel, subestimando o heroIsmo dos sertanejos, pane<br />

apenas corn 64 pracas e oficials muito bern armados etreinados. ern<br />

husca dos rebelados, nos campos do Irani, nas proximidades de Palmas<br />

Os sertanejos usarido da estratCgia guerrilheira, corn 200 honiens,<br />

escondern-se no mato e apanhando os militates de surpresa, aniquilam<br />

quase todos, a chumbo de garruchas e facoes de madeira de id. Os<br />

poucos sobreviventes, acoçados, retornam a base cia expedicão onde<br />

ficara o grosso da tropa corn mais de 600 soidados. 0Cc! João Giialhertn<br />

e o Monge José Maria morrem em combate.<br />

Dc 1912 a 1.915 as lutas repetirani-se corn graves perdas de<br />

ambos os lados.<br />

Os sertanejos que construIrani igrejas e arraiais fortificados,<br />

foram sendo aniquilados por contingentes militares cada vez maiore'z.<br />

Levados a rn iséria extrema, famintos e esmorecidos em sua fé, comecam<br />

a se render, a partir de 1915, as autoridades parannenses e<br />

catarinenses.<br />

Adeodato, o ijitmmo IIder dos heróicos sertanejos do Contestado<br />

é reconhecjdo na cidade Santa de São Pedro, por eles erguida e<br />

destruIda pelos "vaqueanos" de Lau Fernandes, foge e é preso ciii<br />

Canoinhas. Presos ou chacinados, os sertanejos. todos foram destruIdos.<br />

após quatro anos de lutas que a história do heroIsrno e da coragcw<br />

humana jamais poderá esquecer.<br />

No ano seguinte. 1916, os dois Estados firmam o tratado de<br />

ajuste., cessando as hostilidades. Desse acerto resultou a divisao de<br />

União da Vitória em duas, continuando a do Parana' a chamar-se União<br />

da Vitórja e a de S. Catarina, Porto Uniäo.<br />

União da Vitória limita-se corn os municipios de Cruz Machado,<br />

Genera! Carneiro, Bituruna, Paula Freitas e Porto União (S. Catarina).<br />

A 732m acinia do nIvel do mar, conta corn 44 fflilhabitantes. Set's<br />

distritos são: São CristOvão e Fazenda dos Reis. Apriticipal fonte de<br />

economia está baseada na agropecuária e mais de, duzntas indistnias,<br />

entre as quals destacam-se as indñstrias de madeira serrada e heneficiada.<br />

Situa-se a margem do médio Iguaçu.


t.<br />

fl C. F. P. do SENAI de !Jnião da Vitória situa-se em terreno<br />

do;ido pela prefeitura na gestão Gilberto Francisco Brites, conforme<br />

cscrilura ptIblica de 21 de novembro de 1978.<br />

0 Centro foi inaugurado a 12 de marco de 1982. Ao ato<br />

"nnparecerarn atitoridacles, como o Presidente da Federaçao das Endtistrias<br />

rio Parini. enipresário Altavir Zaniolo, o Diretor do Departamento<br />

Nvinil do SENA! Prof. Arivaldo Silveira Fontes e o Delegado<br />

Fe'naI do Trahaiho, Gal. Adalberto Massa; o bispo de União da<br />

'iiria. Dorn Walter Ebcjer; o diretor do Departamento Regional do<br />

SEN.A! Dr. (Jerônimo de Macedo MoUi; o representante do Governador<br />

Nev Braga: Dr. LuIs Roberto Soares, Secretário de Estado da Cultura e<br />

Fsporte: o prirneiro diretor do Centro, Prof. Luis Carlos Ambrósio; o<br />

Prof. Ivo Mezzadrj Djretor da Escola Tácnjca Federal do Paraná: o<br />

Prefeito dc União da Vitória Dr. Gilberto Antonio Brittes; o Prefeito de<br />

Putt') J I niAo Dr. Vitor Buch; o Prof. Célio Gouiart Diretor do Departamento<br />

Regional do SENAI do Estado de Santa Catarina; o Presidente da<br />

.Feleraco das Indtistrias do Estado de Santa Catarina, Dr. Bernardo<br />

Wolfgang Wener; o industrial LIdio Paulo Bettega e outros membros do<br />

Conselho Regional do SENAI, além de outras autoridades e representan<br />

tes do povo tin iâovitoriense.<br />

Para a concretizaçäo da obra, a SNA1, aléin de contar corn<br />

oapoio Has autoridades municipais e classistass obtve a colaboraçao do<br />

Or. Roberto Cyro Correa, advogado e lIdet-'dUcaciônal.<br />

o C.F.P. de Uniao dà Vitória piui urna das meihores<br />

cslu,tijras fIsica. ad.rninistrativa e técnica elitte as Unidades Operacionais<br />

do SENAI no Paraná, contando corn dependéncias para a diretoria,<br />

secretaria. nrientaçao educacional, capela, assisténcia as enipresas,<br />

;mdi!órin corn H2 lugares, cantina, sala de professores e instrutores,<br />

enferniigein. almoxa.rifado, vestiáros e hi.giene, biblioteca, laboratóri.o<br />

fr 'i'ncias, laboratOrio de metrologia, 6 salas de aula, oficinas para a<br />

Frniaço profissional nas areas odupacionais de rnecãnica geral, eletricidade,<br />

mecânica de automóveis, entaihador de niadeira, rnohi!iário,<br />

construco civil e treinamento.<br />

Corn 342 postos de trabaiho permanentes e auxiliares, capacidade<br />

para 370 alunos, além de dar apoio técnico para treinamento<br />

profissional ao nIvel operacional, dc supervisao e gerência reaiizarloc<br />

tanto no Centro como no ambiente empresarial.<br />

Sua acão estende-se aos demais munidIpios que consfltuern;<br />

microrregiao geo-econômica, contando corn o Centro de Unidack's<br />

Móveis de Formaçao Profissional de Curitiba para atender a toda a<br />

demanda econOmica de capaditacao técnica de mâo-de-obra regional<br />

em nIvel de qualificaço, treinamento e aprendizagem no próprin<br />

emprego. 0 primeiro Diretor foi o Prof. Luis Carlos AmhrOsio. Atiialmente<br />

é dirigido pelo Prof. Rodolfo José Grummt.<br />

No ültimo ano o C.F.P. formou, aperfeiçoou e treinou 37'<br />

trabalhaddores. Novos estudos estão sendo realizados para meliio<br />

adequar as funcOes do C.F.P. as necessidades regionais de forniaçio<br />

profissional.<br />

1.11 - C. F. P. de Rio Branco do Sul<br />

Rio Branco do Sul dista apenas 28 km de Curitiba. Na regi5',<br />

entre outros minérios, ha abundantes reservas de calcário. Devido a<br />

qualidade do minério, ali se instalou urn grande parque produtoi ck<br />

cimento e outras ind.strias que produzem cal para a construcão civil e<br />

outras indistrias do Estado, sendo também exportado para S. Paulo e<br />

diversas regiOes do pals. Coñio outros munidIpios próximos, foi desmembrado<br />

do municIpio de Curitiba.<br />

As notIcias históricas do primeiro n(icleo populacional 'Ia<br />

regiao tern origem no anode 1790, quando al se estabeleceu urn<br />

de deshravadores envolvidos em atividades de mineraçâo. Deram-111C.<br />

nome de Nossa Senhora do Amparo de Votuverava.<br />

Pela Lei Provincial n 30, dc 7 de abril de 1855 foi elevado<br />

categoria de Freguesia. A3 de abril de 1871 foi elevado a municIpio corn<br />

o nome de Votuverava. Em 1908 passou a denominar-se Vila Rio<br />

Branco. A 20 de outubro de 19380 municlpio foi extinto e seu territóri<br />

anexado ao municlpio de Cerro Azul como simples distrito. A 30 di<br />

dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei n 199 voltou a ter 0 nOde<br />

Votuverava. Finalmente, pela Lei Estadual n 2, de 10 de outubro de<br />

1947 adquiriu novamente a autonornia municipal passando a charnar-s<br />

70


Rio Branco do Sul.<br />

Corn area de 1190 km quadrados é urn dos municIpios mais<br />

elensee do Estado. Conta atualmente corn mais de 40 mil habitantes.<br />

E haiihido pelos rios Açungui, Ribei.ra, Tacaniça, Ribeirinha c Santana.<br />

Açuugui é seu iinico distrito. Graças a industrializaçao e<br />

iUnuas atividades agricolas e pacuárias, mantém harmonioso desenvr,lvirnenfo<br />

social e econômico que absorve toda a forca de trabaiho da<br />

regio em atividades produtivas. Sua Iigaçao corn Curitiba éfeita pot via<br />

frr€i e rodovia asfaltada.<br />

As necessidades de formacãoprofissional do setor secundário<br />

vinharn sendo atendidas no Centro de Formaçao Profissiona! do SENAL<br />

dc Curitiba. ou pelas Unidades Móveis. Acentuando-se a demanda de<br />

Treinamejito e Qualificacao Profissional e atendendo ao interesse<br />

maui festo das indüstrias locais, o SENAI resolveu instal at urn Centro de<br />

Forrtiaçao Profissional. Para isso contou corn a colaboraçao da Cia.<br />

Votorant;rn e da Prefeitura municipal.<br />

Seg'rnclo o Acordo de Cooperação estabelecido, coube ao<br />

SENAI contrihuir corn a direçao, o pessoal técnico, rn<strong>aqui</strong>nário, equipanlentc)s,<br />

material pedagógico e hihia Votorantim<br />

iih n . t<br />

predio. moveis, energia<br />

•<br />

eletrica,<br />

.-'<br />

agua<br />

•<br />

e telefone; e a Prefeitura,<br />

C0111 111,1xiliares de secretaria, serventia e vigilâficia.<br />

o Centro foi ma tad6éth<br />

- .<br />

djWho de 1983 corn a<br />

I:3re-enca dos T)iretores<br />

-<br />

do SENA!,`<br />

- L,4.<br />

Prefeitura Municipal, da Cia.<br />

\Tutorantim. diversos indflsttiais, auW?idad gs 6 o primeiro e atual<br />

J)jretor, Prof. Edson Fornarolli.<br />

o C.F.P. encontra-e iodrnaMetit'equipado para atender a<br />

demania econónhica de m5OAezobrai qta!ifidade treinamento, das<br />

tbricas de cimento e de prodütosddivdOs do alcatio da região, e de<br />

o,ttris indiistrias riobranquense e 1icfpibViiiihos. Corn programas<br />

adequados o Centro possni instalaôe attidthinitraçao, higiene,<br />

material didático, oficinas para a fOr iaáfëasde i'necãnica geral,<br />

eietricidacJe, eletrönica, pnewiiática'e otitta atiWdades operacionais<br />

this inctüstrias daquela microrregiaogeo-ècoiiornia. São 49 postos de<br />

trabalho permanentes e auxiliares.<br />

AIérn das instalaçOes prOprias o C.FP.de Rio Branco do Sul<br />

conta corn o apoio do Centro de UnidadesMóvejs de Formaçao<br />

Profiss i o nal de Curitiba. No correr do Ciltinio ano, matriculou 222<br />

'los cursos de qu.alificação e aperfeiçoamento, registrando urna<br />

eficiôncia de 140 concluintes.<br />

1.12 - C. F. P. de Giiarapuava<br />

Ha 222 anos, uma expedicão militar comandada pelo Ten.<br />

Cãndido Xavier, partindo dos Campos Gerais vencia a Serra cia Boa<br />

Esperança e chegava aos Campos de Guarapuava, ate en.tão paimilhacia<br />

pelos filhos da terra pré-colombianos e pot poucos bandeirantes que au<br />

chegaram, dois anos atrás, sem se fixarem. No ano seguinte nova<br />

expedição comandada pot Afonso Boteiho Sarnpaio e Souza reforçava<br />

a anterior. -<br />

As hostilidades dos guaranis e caingangues repel.irani ambas<br />

as expediçOes corn o grito de guerra: "Co lvi. Oguereco Yara". on seja,<br />

"Esta terra tern dono", atribuIdo ao cacique Guairacá.<br />

Passados quase quarenta anos, nova e aguerrida expedição<br />

comandada pelo Ten. Ce!. Diogo Pinto de Azevedo Portugal acompanhada<br />

pe!o Padre Francisco das Chagas Lima fiindou urn arraial<br />

fortificado "Atalaia" pot descortinar extensa area de campo e capOes de<br />

rnato. Em 1817, em virtude da repressao que, vez pot outra era obrigado<br />

a opor a reacão dos si!vIcolas, e mesmo sendo considerado muito<br />

independente. Diogo Pinto foi suhstituIdo pelo Ten. Antonio Rocha.<br />

Loures.<br />

A 10 quilômetros de Atalaia, pot interferéncia do Pc. Francis<br />

co das Chagas Lima e de Dorn Matheus, bispo de São Paulo, o Santo<br />

Padre o Papa João VI criou a Igreja Paroquial e Freguesia de Nossa<br />

Senhora do Belém de Guarapuava, oficia!izada pot a!vará rdgio de 9 de<br />

ezembrode 1819.<br />

A 28 de abril de 1.825 a Freguesia foi tomada e incendiada<br />

pe!os Indios. A ocupação dos silvIcolas clurou pouco tempo, repe!idos<br />

que foram para sItios bern afastados do povoado.<br />

Em 1.836 foi fundada a primeira escola do povoado e entregue<br />

A ProP Bibiana Carrie] Bitencourt.<br />

Em 1852 esse niiice!o populacional foi elevado a categoria de<br />

Vila separada de Castro. 0 primeiro prefeito foi oCLPedro-Lustosa dc<br />

Siqueira; o Juiz de Paz Bernardino José Lacerda e Presidente da Cãmara<br />

Major LuIs da Silva Gomes.<br />

RI


Em .1853 aFreguesiadeGuarapuavafoi novamenteameaçada<br />

de detruicão pelos Indios, que não tiverarn êxito, graças a reacão de 36<br />

hrivns gl'arapuavanos chefiados por Antonio de Si Carnargo, mais<br />

ipr r !e !innrado pela Coroa corn o tItulo de Visconde de Guarapuava.<br />

A popu!açao aumentou rapidarnente. No começo, os fazendcros<br />

residentes nos "Campos Gerais', pasavam apenas poucos meses<br />

por a.no eni suas propriedades; porém as facilidades corn que as terras<br />

el Rill concedidas. motivaram muitasfaPiulias empobrecidas de Curitiba,<br />

Grossa e Castro para IA fixarem tesidéticia, acelerando o cresciniito<br />

da populacão e o progresso da tegião.<br />

Guarapuava, aYmo Ponta Grossa, Castro e Patinas foram Os<br />

principals polos de desenvoIVimeito daSOdedade Campeira do Paraná.<br />

Os hahitantes. como OS dos demais p6los socio-econômicos do Estado,<br />

quando economizavani algum dinheiro, viajavam para o Rio Grande do<br />

Soil de onde traziam tropas debovinos, Üno emuaresque depois de<br />

nvernareni nas fazendas erarn tarigidäs Oara a Feira de Sorocaha para<br />

aIsereni verididas a outros tatitos cOni ciâñtesde S. Paulo, Rio Minas.<br />

Os guarapuavanos tOmattirn part ätiva no tropeirisnio, tn-<br />

Ihaudo bravarnente a Estrada de Viathão:a, iñtrépidos filhos da terra<br />

conqiiistada por valentes Bandeirantes pautistas e curitibanos rumaram<br />

para o sudoeste e oeste, fundando outras : cidades, corno Pato Branco e<br />

(7ascavel. Nas fazendas destacava-se a oper .osidade do hraco africano.<br />

Atualmente conta cornI6Otni1habitäfitempenhados nas<br />

mais vaniadas atividades dstaandbsea grbpeuaria e indiistria de<br />

base e agroindtIstria.<br />

Está lirnitada corn os mtinicItiios do Laranjeiras do Sul,<br />

Fitanga, Mangueirinha, Chopinzinho, PrudentOpolis, Palmital, Cãndido<br />

de Ahreu. Inicio Martins e Pinhão. Conta corn os distritos de<br />

(anipina do Sirnäo, Candoi, CantagaIo EtitreRios, Goioxim, Guairaca,<br />

(iI!ara .tacutinga. Marquinho, Palmeininha, Paz, Boqueirão, Carro-<br />

Ouebrado, Jordo e Morro Alto.<br />

Está situada a 1120m de altitude, no tetcciro planalto do<br />

Paraná.<br />

As atividades do SENAI tornaram-se continuas a partir de<br />

184 corn o atendimento a indüstria local pelas Unidades Móveis que<br />

se instalavani em prédios da Prefeitura. As acOes de formaçao e<br />

treinamento foram coordenadas inicialmente pelo técnico Edrniind<br />

Intema coadjuvado pelo Instrutor Manoel de Matos Neto.<br />

Tendo em vista o interesse cia comunidade e do gnvetn'<br />

municipal, em 1988 o SENA! construiu urn piédio em terfeno chah<br />

pela Prefeitura na gestão de Nivaldo Passos Kruger, inaugurado a 27<br />

dezembro de 1988.<br />

0 C.F.P. de Guarapuava abrange espacos fIsicos de admiiis<br />

tração, secretania, salas de aula convencionais e salas especiais pan<br />

treinamento e desenho técnico industrial, oficinas e demais instaaç&<br />

para as cursos de marcenaria, eletricidade predial e industrial e 1<br />

comandos elétricos. Além dessas instalaçOes recebe o apoio técrii<br />

operacional das dezenas de oficinas do Centro de Unidades MOve Is 1L<br />

Forrnaçao Profissional de Curitiba. Atualmente o Centro é dinigido pci<br />

competente e dinâmico Prof. Tede Gornes Camacho auxiliado pnr tim<br />

corpo técnico, administrativo e de serventia formado por ill servidnres<br />

0 Centro tern 134 postos de trahalho permanentes e auxiliares.<br />

Durante os ültimos trés anos foram qualificados, aperfeic<br />

dos ou treinados 7.266 trabalhadores corn apoio institucional e du<br />

empresariado regional. Está apto a atender a toda a demanda econOrn lea<br />

de forrnaçao profissional de Guarapuava e municIpios vizinbos nas<br />

modalidades de aperfeicoamento, qualificaçao e treinamenfo pnofi•cstonal.<br />

1.13 - C. F. P. de Apucarana<br />

0 municIpio de Apucarana situa-se na amiga regiño do<br />

Guaira, campo de disputas econOmicas entre portugueses nil mlis<br />

particularmente, entre handeirantes paulistas e os conquistadores espa<br />

nhóis vindos do Paraguai.<br />

Na sede de exploraçao de metais preciosos e na caça ao::<br />

Indios, ambos os lados defrontavam-se em renhidas pelejas. Pot lint,<br />

handeirantes paulistas acabarani vencendo e destruitido os nOcIco.'<br />

populacionais fundados pelos espanhóis, como Ciudad Real, Vita Rico<br />

Del Espiritu Santo e os aldeamentos organizados pelos Jesultas On<br />

I 83


conhl)anvos espanhóis foram escorraçados para aldm das barrancas (10<br />

rin Pran e Os Jesultas e seiis Indios aldeados sobreviventes, para além<br />

das corrrdeiras do Igtuaçu.<br />

Mais tarde. sern inclios Para prear e nâo tendo encontrado new<br />

'ito nern prata, os bandeirarites abandonararn a região, voltando-se<br />

novas aventuras nos Estados de Mato Grosso e Minas Gerais.<br />

A näo ser pela presença do exército brasileiro nas guarniçoes<br />

de fronwiri e de poucas povoaçOes nas niargens do rio Parariapanema,<br />

lod;ia r. giio a oeste do rio Tibaji, onde hoje se situam importantes<br />

rilades. ficou entregue a solidão dos sertöes, somente quebrada pelo<br />

ias fa!har das exuberantes florestas, peIo canto dos pássaros e pelo<br />

ma ii.' I hat dos rios.<br />

A forniaçäo do n(icleo populacional que deu origem a<br />

Apii:arana vem corn o niesmo movirnento de colonizaçäo do Norte do<br />

iraI qul' inol:ivou e estimulou o surgimento de outras cidades, como<br />

i,tuIrina e Maringá a partir da terceiraddcada deste sécido, corn<br />

special destaqueAs empresas Paraná Plantation Ltda., a Companhia de<br />

Mchorame.ntos Norte do Paraná e a Companhia Ferroviária S. Paulo-<br />

F'ii aria. que passando porApucaranarupo apeste,chego.0 aid Cianorte.<br />

Hoje Apucarana recebe.Qs trilhos da Estrada dc Ferro Central<br />

do Paraná que. I i gando o Norte ao poro deParanaguá, se constitui num<br />

dos principais corredores de exportaço. das.. grandes safras e dos<br />

produtos agricolase pecuários in natnra ou industrializados, nao so para<br />

oniroc Fsiados. mas ate para o exterior.<br />

Os pe rImetros urbano e rural de Apucarana foram dernarcados<br />

pl . o setiarissla Benevides Mesquita, que chegou aos altos da Serra de<br />

•Ajucaraiia onde fixara residéncia em 1934, Para isso encarregado pela<br />

('onilxinliia Melhorarnentos Norte do Paraná. Sua colonizacão seguiu o<br />

niesrno curso das de Londrina e Maringá.<br />

Devido ao notável e rapido.ptogresso, em 30 de dezembro de<br />

1 0 43. pelo Decreto-Lei Estadual n Q 199 do Interventor Manoel Ribas,<br />

fri eie'ada i categoria de rnunicIpio, desmembrado de Londrina c<br />

in €'m .28 dc janeiro de 1944.<br />

C) prirneiro prefeito, norneado, foi o 1 Ten. José Luis dos<br />

anios e o prirneiro prefeito eleito (16/11/1947) , o pioneiro Carlos<br />

'vlassarctto.<br />

Apucarana está limitada corn os rnunicIpios de Mandaguari.<br />

California. Londrina, Sabaudia, Arapongas, Marilândiä do Sul. Rio<br />

Born e Cambira. Situada a 983 m de altitude, pösu 1itha arne.no e<br />

saudável. Tern os distritos de Pirapó, Sâo Pedro, Cortia do Freitas e<br />

Vila Reis. Apucarana, "base ou entrada de imensd f1Ordsta', forma hoje<br />

entre as dez rnaiores cidades do Estado, corn urna popu1aão de 1.00 niil<br />

hahitantes.<br />

Entre as diversas indiistrias corn cerca de 14.455 traball'iailo<br />

res, destacam-se atividades de confeccOes, téxteis, curturfles, calçadns,<br />

baterias e acurnuladores elétricos; rrietaltirgicas, agroindiistrias. desti<br />

larias e uma das niais niodernas e importantes fábricas de bonds do<br />

mundo, procurados ate pelos azes da FOrmula Urn.<br />

No setor educacional conta corn 100 estabelecimentos de i c<br />

2 gratis e unia Faculdade de Ensino Superior corn indnieros Cursos nas<br />

Areas de Administracão, Ciéncias Contábeis e Econômic.as , corn capa<br />

cidade para. 2.000 alunos.<br />

Para clar apoio a qualificacão a mâo-de-ohra local nos setnr"<br />

industrial, dos iransportes e das cornunicaçOes, o SENAI instalou na<br />

sede municipal, em 1986, urn Centro de Formacão Profissional. Para.<br />

isso firmou acord.o de comodato para uso de trés pavilhOes da Fundaçao<br />

do Ensino Tdcnico que estavarn desativados. 0 regime de atendiniento<br />

adotado pelo SENAI, atravds de suas Unidacies Móveis dão-lhe capacidade<br />

técnica para atender a toda a demarida de qualificação e treinamn<br />

to profissionais, quer locais, como dos rnunicIpios vizinhos, no splor<br />

secundário. Tern 134 postos de trahaiho permanentes e auxiliares.<br />

Para planejar e coordenar as açOes de formação profissional<br />

foi nonieado o Prof. Manuel de AraOjo Ortiz, especializado na Area.<br />

No Oltirno ano o C.F.P. rnatriculou 442 alunos nos cursos dc<br />

qualificacio profissinnal. de "Aprendizagern no Próprio Eiiprego" c<br />

em treinamentos realizados dentro e fora de seus epacofIsicos,<br />

alcançando a eficiéncia de 404 concluintes.<br />

ApOs vários entendinienlos corn autoridades iittssaclas nn<br />

formacäo de mäo-de-obra do niiinicípio e em especiâldthO St. Milton<br />

Geraldo Lampe, Presidente cia Associacäo Con4hrc?al & In'dustrial no<br />

dia 10/08/1992 foi doado ao SENAI urn terreilo de 11.81.8 metros<br />

quadrados Para a construcão e instalaçao do Centtoerh pt'ddio prOprio,<br />

RII Sc


1w tie acnder a. de.nianda de formação profissional, pelos contribuindo<br />

SFNAI. desse e de outros mun.icIpios vizinhos.<br />

(nm a construção e instalacão desse novo Centro e dos<br />

Confi-cis j Ji. existentes em Maringá e Londrina, está o SENAI em<br />

condiçñcs tie atender a toda necessidade econômica, de formaçao e<br />

re in niento profissional do setor secundário na area de abrangéricia do<br />

Noite do Paranã. Para tais realizaçOes o SENAI vem recebendo o<br />

!ip-'!Ive1 apolo cias classes econômicas e profissionais, hem como<br />

wwrrnos mitnicipais da região.<br />

.1.4 - C. F. P. de Toledo<br />

Siltiado na região oeste do Paraná, nas vizinhanças do rio<br />

I'ar;,na, nIIm passaclo clistante Toledo já• fol palco das tropelias de<br />

balhleirantes e colon izadores espanhóis em busca.de ouro e prata e na<br />

Captitra (IC indios para., escravizados, trabaiharem em suas fazendas.<br />

1)esciberto o Brasil, enquanto portugueses .descendo o Atlãntico desembarcavam<br />

tias baIas ou simples ancoradouros para all darem inIcio<br />

ans priinetio.s nucleos populacionais e dali, rurno a oeste, iniciaram suas<br />

avenluraseni busca de riquezas econquistas territodais,.como foi o caso<br />

de S. Vicente, Paranaguá e São Francisco. Os espanhóis de Felipe If e<br />

Felipe lii. Incalizaram-se além dos Andes, atravessaram a cordilheira<br />

piia eliegar a Argentina ou descendo o mesmo Atlãntico do outro lado<br />

' lo m o ridiano de Tordesilhas, subiarn o rio .da Prata para fundarem<br />

i1ço. Da I estenderani seu domInio para leste, chegando a margem<br />

esquerda do rio Tibaji.<br />

Felipe III, rei da Espanha, pot carta régia de 1608 criou a<br />

proN im -1 ,1 do Gi.iairi clue ia dos rios Paraná ao Tibaji edo Paranapanema<br />

n hiiacii. Para pacificar os indIgenas ( revoitados.contra os colonizadoc,nhis.<br />

eutregou a administraçao da provIncia aos JesuItas, que<br />

itin de pacificar os ãnimos organizaram as ReduçOes que cram<br />

coinpostas de virios aldeamentos. No entanto, a poiltica de governo<br />

;tdotada pelos Padres trouxe descontentame.nto a espanhóis e portugueses.<br />

pois impedia-os de escravizar os Indios.<br />

DestruIdas as cidades espanholas; destruIdos os aldeamentos<br />

criados pelos JesuItas, estes, corn os nativos sobreviventes ahandonaram<br />

a região do Guairá e, atravessando o Iguaçu, rumaram para o sin,<br />

indo fundar novas "MissOes" as margens do rio Uruguai, cujos territórios<br />

voltariam novamente ao Brash, permutados pela "Colônia de<br />

Sacramento", fundada pelos potugueses em frente a Buenos Aires.<br />

Scm Indios para prear, não tendo encontrado nern ouro nem<br />

prata, os bandeirantes paulistas ahandonaram a região do Guairã qtte<br />

ficaria por mais de dois séculos esquecida, a não ser pot niissöes<br />

militares de fronteira e pouco significantes n6cleos populacionais nas<br />

margens dos grandes rios Paraná e Paranapanema.<br />

Toledo, desrnembrado de Cascavel a partir da década de 1930.<br />

prossegue no mesmo curso histórico cujo marco inicial que se estaheleceu<br />

as margens da estrada que liga Guarapuava a Foz do Iguactn, é<br />

encontrado na compra de terras feita pelo guarapuavano José Silveira do<br />

Oliveira, o qual passou a atrair para aquela região outros colonizadores,<br />

ate o novo e decisivo impulso provocado pelos teutos e Italo-gatchoc<br />

vjndos do Rio Grande do Sul.<br />

Em 1946 a "Industrial Madeireira Colonizadora Rio Parana<br />

adquiriu as terras da antiga Fazenda Britãnia para au fundar uma cidade<br />

que seria denominada Toledo. Seu rápido crescimento proporcionohi a<br />

elevaçao da nova concentração populacional a categoria de municIpo,<br />

em 14 de novembro de 1951.<br />

Limita-se corn os municIpios de Cascavel, Marechal Cãndido<br />

Rondon, Palotina, Assis Chateabriand, Céu Azul, Matelândia e Santa<br />

Helena. Setis distritos são: Dez de Maio, Dois Irmãos, Memória, Novo<br />

Sarandi, Vita Nova, Nova Santa Rosa, Ouro Verde, São Miguel e<br />

Bragantina.<br />

Desde 1930, alheio as convulsOes socio-polIticas que agitaram<br />

opals corn a vitória das forças militares sob o comando do valoroso<br />

caudilho e culto brasileiro Getiilio Vargas, assessorado pelos näo menos<br />

cultos e patriotas singulares José Antonio Flores da Cunha e Osvaldo<br />

Aranha, corn o apoio inicial do dinârnico e fervOroso Interventor<br />

Manoel Ribas, a regiao oeste do Paraná, corn pólos de desenvolvimento<br />

mais acentuados em Cascavel e Toledo, não cessou de crescer. Haja<br />

vista a importância das safras agrIcolas, da pedu•ária,suInos e ayes e o<br />

estabelecimento de grandes indiistrias de produtos agrlcolas e peciiri-


c , Merece destaque a Frigohrás-Companhia Brasileira de FrigorIficos<br />

(pi p iusaloil em Toledo o rnaior complexo do ramo na America Latina.<br />

(fI1 a indistralizaçao diana de 120 bovinos, 2.300 suIrios, 230.000<br />

mrs (I a produçao de 305.000 ovos e 220.000 pintinhos; real izando o<br />

ciiliivo de 1.479,22 hetares em refloretamento de pinus, araucária,<br />

eialupto e outras esséncias vegetais e 24,20 hetares de plantio de<br />

hrilicas. AlCm de atender ao mercado nacional, exporta para a ltália,<br />

AIniinha Mercado Comum Europeu, Hong-Kong, lihas Canarias,<br />

Iajio. Golfo Pérsico, Arabia e Singapura.<br />

E claro que aIse localiza uma iffipOttante rede de indi,strias de<br />

all uo, como mecânica geral, eletricidade prdial e industrial, construçio<br />

civil, calcados, alimentos e outras.<br />

Para a construção do Centro de Foraçao Profissiona de<br />

Toledo. inaugurado a 14 de dezembro de 1986 -data que coincide corn<br />

o aniversarin da instalação do nlunicípio - o SENAL obteve a colaboraca'<br />

'ir 'mpresariado local, especialmente do Dr. Pedrinho Antonio<br />

F!Irlaii, na Cpoca Diretor Administrativo da empresa Frigohras do<br />

industrial Ernesto A. Boettcher; do Presidente da Coordenadonia da<br />

Feleraçäo das indUstrias do Estado do Paraná, industrial Walter Feiel;<br />

do ati.ial prefeito Luis Alberto de Araiijo e o apoio decisivo do então<br />

prefeito Dr. Albino Corazza Neto que, corn aprovação da Câmara<br />

Municipal mandou construir urn pavilhão de 882rn2, cedido inteiraiienfe<br />

an SENA!. para ali instalar o Centro de Formacao Profissional.<br />

As relaçOes do SENAI corn as principals empresas de Toledo<br />

jJ1 aointecia ha mais de uma dezena de anos. Essas eram atendidas<br />

ahavCs de Agentes de Treinamento das "Unidades Móveis', do Centro<br />

de 1nrmacao Profissional de Cascavel e ate mesmo do Centro de<br />

Fnrrnaço Profissionaf de Curitiba. Dc rnodo que já havia uma rotina de<br />

trahalho re.sllltante das boas relacOes estabelecidas entre o SENAI e o<br />

empresarado toleclense por ocasião da inauguraäo do C.F.P.<br />

Os resultados alcancadOs polo trabalho eficiente e honesto a<br />

favor dos empresánios e trabalhadores, maiitinhaVivo o interesse dessas<br />

categorias C do governo municipal ernpnhados em proporcionar me-<br />

Ihores condicão de vida a populacao.<br />

Pal porqne o contInuo interesse do governo municipal e da<br />

classe empresarial na prese.nça permanefitt do SENAI, corn, urn Centro<br />

de Formação Profissional, interesse que perseva no sentido de consc<br />

guir que oSENAI construa ali novos pavilhOes corn instalaçOes adequadas<br />

e assim aumentar o leque de novos cursos, inclusive de qualificacao<br />

intermediária, bern corno de treinamento profissionL Para isso a<br />

sociedade toledense prontifica-se a contnibuir co&relAiN6kdoacao do<br />

atual pavilhão e area compatIvel corn as neceMidadM'&isio ti<br />

conforme declaração do prefeito, Sr. Luis Alberto de Araüjo.<br />

Embora o espaco fIsico de 882m2 pareca reduido, o atual<br />

C.F.P. do SENAT de Toledo deu atendimento a dernanda econôrnica de<br />

forrnação e trein amen to prof issionais da regio, graças a Oficinas fix-as<br />

de aprendizagem nas ocupaçOes de eletricidade, rnecânica geral e<br />

dezenas de "Unidades Móveis de Forrnação Profissional" corn capaci.<br />

dade para desenvolver niais de uma centena de cursos de qualificaco<br />

e treinamento que abrangern ocupaçOes que vão da construçäo civil nt<br />

as areas ocupacionais de eletrOnica e de informática.<br />

Durante o ültirno ano, o C.F.P.do SENAI de Toledo corn 154<br />

postos de trahaiho permanentes e auxiliares atencleu 983 alunos em<br />

cursos de qualificacão profissional e treinamento realizados no interior<br />

do mesmo ou dentro das próprias empresas. E intencão da Direço do<br />

Departamento Regional do SENAI dotar oC.F.P. de Toledo de Lecurs°<br />

técnicos, administrativos e financeiros necessários para atender a dc<br />

nianda econOmica de formaçao profissional, não so de Toledo, rnas<br />

tarnbém de seus progressistas municIpios vizinhos. Para isso tern a<br />

certeza de que continuará a contar corn o apoio e a colaboraçäo de todo<br />

o empresariado e dos governos municipais e muito partidularmelite dos<br />

representanteS das categorias econômicas e profissionais di lahoriosa<br />

próspera região do oeste paranaense.<br />

Desde a inauguracão, o C.F.P. de Toledo veffi sendo dirigido<br />

pelo cledicado técnico Prof. Ademir José Fiametti, cujo aperfeicoainen<br />

to de sna forrnação tecnico-pedagógica vem tendo o contInuo apoio da<br />

Administracão do Depantamento Regional. Gacas a suacornpeténcia C<br />

idealismo a faina do SENAI, vem sendo tafflbéthpre'sf ido apolado<br />

pelo Presidente daCoordenadonia local da Federã4ãd Erithstrias.Sr<br />

Walter Fejel. Todo otrabalho Jos(.<br />

Fiametti não teria alcancado êxito se<br />

singulardos demais servidores do CFP. ern reSpdiM dos dinigentes do


(eiltw dc Unidades Móveis de Formação Profissional corn sede em<br />

Curitiba.<br />

2 (:ENIRO DE UNIDADES MO VEtS DE FORMAcA0<br />

PROFISSIONAL<br />

A sede do Centro de Unidades Móveis de Formaçao Profissorial<br />

do SENAI está loca1.izadaem Curitiba, a Rua Chile & 1678, junto<br />

A Mministracao Regional-<br />

No Estado do.Paraná são mais de duas centenas de municIpios<br />

(Inc. em major on menor escala, tern necessidades evidentes de formaçao<br />

profissional para atender a dernanda econômica do próprio desenvolvimento<br />

industrial. Eritretanto, a maioria não justifica os vultosos<br />

investimentos financeiros que a construcão, as instalacOes e a nianutençio<br />

de !!fli C.F.P. exige. Antes da década de 1970 as Unidades Móveis<br />

cle Fnrmação Profissional ja vinham operando em outros paIses da<br />

A,vrica Latina, especialmente corn a ajuda técnica e financeira da<br />

Coopetacão Técnica Internacional.<br />

No Brasil alguns Departamentos Regionais adotavam processos<br />

senielhantes. Aqui no Paraná a Administraçao Regional, em princIpbs<br />

de 1 0 70. cogitava da criacão de "Cenrros" corn instalaçOes apropridis<br />

pnrn o emprego de equipamentos intercarnbiáveis, por considerar<br />

que t,js "Unidades" apresentavam as seguintes vantagens: reduçao de<br />

'paços fIsicns e siniplificaçao das construcOes; aproveitamento intenivo<br />

dos equipamentos, evitando obsoletismo; credenciamento dc Instrijtores<br />

radicaclos nos rnunicIpios, treinados e preparados pelo SENAI<br />

para montar sees próprios negócios corn atividades contInuas e manter<br />

sempre vivo 0 interesse da populacao pela educaçao técuica; flexibilidade<br />

e variedade de Cursos - o que evitaria o congestionamento e a<br />

emigrnçäo da rnão-de-ohra qualificada.<br />

Corn a stibstituiçao da Direcão Regional e renovaçäo da<br />

equipe central do Departarnento Regional,•nva Diretoria optou pela<br />

criação de "Unidades Móveis" corn presença intermitente nos MunicIpios.<br />

Hoje. corn a experiCncia vitoriosa.do .segundo processo e a<br />

originalidade e vantagem do primeiro acredita-se que a cornbinaçao<br />

91)<br />

desses dois sistemas de Formaçao Profissional será, ainda por inuilu<br />

tempo, a meihor solucao para o problema da demanda de capacitacäo<br />

técnica para a grande maioria dos MunicIpios .paranaenses. Para os<br />

municIpios industrialmente mais vocacionados parce mais aconseIhvel<br />

"Centros" corn equipamentos intercambiáveis; parav aqueles corn<br />

necessidades menores, "Unidades Móveis". Centros fixosapetias pam<br />

as grandes concentaçöes industrials.<br />

A partir do primeiro semestre de 1974 várias "Unidades<br />

Móveis" forani implementadas pelos órgaos técnicos do Departamento<br />

Regional e deslocadas para o rnunicIpio de Pato Branco, a fim de serem<br />

submetidas a prova inicial. Experimentadas, tanto para atuação isolada.<br />

quanto para complernento das instalaçOes de Centros de Formnço<br />

Profissional, a sua utilidade e eficiência foi comprovada para o afrndimento<br />

das demandas municipais. Corn o correr do tempo foram crescen<br />

do em nñmero e areas ocupacionais, ultrapassando hoje a casa das trés<br />

dezenas.<br />

Além de atender a procura geral, as Unidades tern-se localizado<br />

no patio de empresas interessadas em qualificar, apetfeiçoar on<br />

treinar seus próprios empregados.<br />

Quando se trata de interesse da Comunidade, o atendimcnto<br />

é feito corn os equipamentos instalados nas próprias "carretas" ou em<br />

espacos fIsicos cedidos quase sempre pelas prefeituras municipais.<br />

Quer se trate de empresas ou das prefeituras, o transporte da "carretaoficina"<br />

e feito pelos interessados, que tambérn instalam, por sea conta.<br />

"poritos" de água e energia elétrica, bern como arcam corn as despesas<br />

do consumo de ambas.<br />

Inicialmente, as "Unidades Móveis" estiveram subordinadas<br />

A Divisão de Ensino. Corn o crescirnento em némero e complexidade,<br />

a Administração Regional do SENAI resolveu reuni-Jasnum órgão<br />

autônomo, o "Centro de Unidades Móveis de Formaçao Profissional",<br />

subordinado diretamente a Diretoria Técnica.<br />

0 primeiro Diretor da nova Unidade 0pracional foi o Professor<br />

e Técnico em Treinamento Luis Carlos Ambrósio. Coma transferência<br />

dde para a Direçao do C.F.P. de União.da Vitória, foisubstituIdo<br />

pelo Engenheiro e Técnico em .FormacO . ,Profissoial Peraldo dc<br />

Oliveira Lima. ,.•.<br />

91


Atualmente o Centro de Unidades Móveis de Formação<br />

Prc'1i.sciriial do SENA! está equipado para atuar na qualificacao, aper-<br />

Ieiçoamcnto e treinaniento das seguintes areas ocupacionais: Eletrici-<br />

'lade, lnstataçoes l-Iidráulicas, Eletrônica, Calcados, Costura Industrial,<br />

J-tdraul,ca. Pneumática, Saneamerito, Matcenaria, Mecânica Geral,<br />

Meclnica Diesel, Soldagem e Mecânica de Manutencao de Máquinas<br />

,I,-' ( 'ositira Industrial, podendo atingir ate uma centena de ocupaçOes<br />

,',.nl diver-,a,; modalidades de FormaçAo PrOfissiOnal.<br />

1. ESCOLAS TECNICAS<br />

3.1 - Escola SENA! e Centro Técnic( y dë Ceiulose e Papel<br />

ne TeIêrnco Borba<br />

' SENAI. em TelCmaco Borba, apresenta caracterIsticas<br />

diera das dernais Uiiidad5Ofi bHgetietes - eis que abriga,<br />

nirft 1 1)(' 1)('911w so prédio, gCneros de f6fnio cfissional encentes ptt a<br />

sistemas de ensino de caracterIstica diVrsás: nãoforriial e formal.<br />

No prirneirocaso estäo Os curoprofisionais de Aprendiza-<br />

1 fl1. Aperfeicoarnento c Espëcializacâo, além de Treinaniento. No<br />

cFL!ndO caso está o CnttTéciit'dë'élulóse t Papel que integra o<br />

Sistrna de Enino SupIeüvO d tuVeHle2 grau:<br />

Conformc coñfa do t1ät6ti6 dO' partarnePto Regional<br />

relativo 210 exercIcio de 1940 e a esetitora I-{e11 Vellozo Fernandes faz<br />

reteréncia em seu magistral livro "Monte Alegre, Cidade Papel", as<br />

alivulades do SENAL em Monte Alegre tiveräm iñIcio nesse ano,<br />

iiiI'ndo al foram niinistrados Ctirsós deAprfëçôaiientopara traialha-<br />

Iorec quali heados das dc Clulose S/A. nas<br />

r:eas oeupacionais de mecânic,<br />

As IKPC, conio era conh&1da a'rf&id'ihdüstria , constitu-<br />

Ian-se cm especial atençäo do DiretOf d' tëto Regional, não<br />

sO p'r sua expressao social e econóthica, abrigando o maior n6n1ero de<br />

frahalliacl,:re.s nun sO estahelecimento e gi'idO iltri produto de demanda<br />

naci,nal cre.scente, porCm dependente74flase exclusivamente de<br />

in1pnrtaçi. mas sobretudo por se tratar de urn empreendimento cujos<br />

(H L<br />

dirigentes estavam sempre abertos para a mornjdade técnica e a<br />

meihoria do nIvel de vida de seus empregados<br />

Na larga visão de seu principal Ilder SamueL KI.aine perspicácia<br />

de seus superintendeiites Pericles Pacheco da Silva e.KavlZappert.<br />

projetava-se a imagem de uma comunidade que, àsôtnb'rada empresa,<br />

iria se desenvolver corn seguranca, harmonia e prosperidade. Seus<br />

antecessores ja haviarn contribuIdo para a concretização. .desse ideal,<br />

mudando inclusive o nome de rios e lugares onde haviam se desenrolado<br />

tragicos acontecimentos e qu.e enlutaram a vida do primeiro proprietário<br />

da "Fazenda Monte Alegre", José Felix - como é exemplo o nome dado<br />

por Hessel Klabin ao rio que. de rio Mortandade passou a deriominarse<br />

"Harnionia", nome esse também estendido a cidacle criada para sens<br />

Técnicos e Diretores.<br />

0 Eng9 Zappert contratado para a niontagern da Fábrica, na<br />

ocasião ocupava-se corn a Superintendéncia Técnica. enquanto Pericles<br />

Pacheco da Silva ocupava-se da Superintendéncia Administrativa.<br />

Designado por Zappert, desde o inIcio, ficara encarregado das relaçOes<br />

corn o SENAI, desempenhando ainda as funçOes de Coordenador dos<br />

cursos ministrados para os empregados da Indristria, o TCcnico Cláudio<br />

LobI que aliava a competéncia profissional singular sensibilidade<br />

humana.<br />

Na época, os tecnicos do SENAI para chegarem a Lagoa - seek<br />

social da Empresa corn escritórios. hotel, grupo escolare toda uma infi'aestrutura<br />

projetada e construIda para suportar o fabuloso empreendimento<br />

- seguiam de Curitiba pela Estrada do Cerne revestida de<br />

macadanie, principal via de acesso ao Norte Novo, ate Ventania, de<br />

onde partia urn ramal rodoviário para aquela localidade.<br />

Muitas vezes, pelo carninho topavani corn subidas, scm qual<br />

quer revestimento, que em tempo de chuva tornavam-se escoriegadias,<br />

obrigando-os a colocaçäo de correntes nas rodas do carrp.,..,,,,,<br />

Em 1956, além dos Cursos de AperfeicQarneptQp1a.mecànicos<br />

e eletricistas, foram ministrados Cursos RapiØp de Epima cão em<br />

mecãnica geral. no interior da própria oficina da empresaNesses cuisos<br />

era adotada a metodologia do SENAI, que fornecja3 aii da orientaco<br />

tecnico-pedagógica, o respectivo material didtio ew.co rno 0 certi-ficado<br />

de qiialificacao profissional para os concluintes.O ensino era<br />

•<br />

il<br />

- -<br />

-'I


ministrado pot Instrutores da própria empresa sob a orientação de seu<br />

encarregado, o técijico João Viezer que trabaihara nas oficinas da Reck<br />

:k Viaçâo Paraná-Santa Catarina (hoje RFFSA) e que havia se aperfeiçoado<br />

na Escola Profissional Ferroviária Ccl. Tibtircio Cavalcanti, em<br />

Pi,nta Gros-a.<br />

Em 1962 foi i.naugurado o "Centro de Treinamento e Formacoo<br />

de Mo-de-Ohra de Monte Alegre".<br />

Para dirigir o Centro e ministrar aulàs nos Cursos de Aprenhz.;gern<br />

(menores) e Qualificaçao Profissional (adultos), foi designado<br />

Professor Orual Nemésio Boska, ex-sePiidor do C.F.P. de Ponta<br />

Gross,] e professor de Ciéncias no C.F.P. de Curitiba.<br />

0 engenheiro Vil.ém Wilier, que havia substittiIdo o Eng<br />

7appert P qiie era do ramo da rnecãnica, cedera espaço fIsico na area<br />

ocuipdn pela Fábrica para que o SNAI instàlsse e administrasse o<br />

"'Pntro de Treinarnento e Forrnaço de Mäö-de-Obra de Monte Ale-<br />

'yr<br />

Por sua delicadeza de alma, colaboraçao e elevado interesse<br />

pela educaçäo tcnica dos trabalhadores jovens e aduitos, o Eng Vilém<br />

Willer, apesar de estrangeiro, granjeara entre o pessoal de erisino<br />

(SEN ACe 1KPC) além de m.erecedora amizade, respeitoa admiração.<br />

A inauguriço dessa nova Unidade Operacional do SENAI/PR aconte-<br />

CF,H n de setembro de 1962. As festividades contararn corn a presença<br />

lac principais chefias das IKPC, destacando-se bs sUp.rintendentes<br />

\'iléiii Wilier e Pericles Pacheco da Silva. Da parte do S.NAI, além de<br />

outros, estiveram prescntes o Diretor do DepartrnntoNacional, Enger,lieiro<br />

Paulo Affonso Horta Novaes; oPresideñtë da Federaçao das<br />

lncliistrias do Esta.do do Paratth e do COiisclho 16ional do SENAI,<br />

indu strial Lydio Paulo Bettega; oDitètOr dà afneiito Regional do<br />

SFNAI/PR. Prof. Antonio TheoliPdo Ftvidn;b Ditetor do Centro<br />

nlaug!Iraclo, Prof. Orual Nemésiô Bbska e t o'Cd6rderiador da Empresa<br />

Juntw3o SENA!. Eng Antonio Carlos de AlkiiiiinMoreira.<br />

Para identificar as necessidades de fohiiacao e treinarnento<br />

profissional das IKPC, acompanhar, promovèr du ministrar cursos e<br />

treina.mentos, a pedido dos SuperintendentOsda Fábria, o SENAI/PR<br />

eonvidou e treinon o professor de mMemáti David Laufer, que na<br />

casio lecionava no Colégio Estadual do PtaPá, em Curitiba, 0 qua]<br />

91<br />

pot suas caracterIsticas pessoais, cultura e vocação profissional. reveiava<br />

ótimas aptidOes e capacidade para desempenhar .aiém das funçñes<br />

de professor, o cargo de Encarregado do Desenvolvirnento de Recursos<br />

Hurnanos das IKPC.<br />

Para complementar a formaçao téflia do Prof.. David, (I<br />

SENAI/PR elaborou programa especIfico de treinamento, que foi pelo<br />

mesmo resalizado durante aproximadamente urn ano, no Departarnento<br />

Regional do SENAI do Parariá, e em Departamentos Regionais do<br />

SENAI de outros Estados.<br />

Decorridos 10 anos da inauguraçäo do referido Centro, tenclo<br />

em vista o su.cesso dos Cursos e Treinamentos ministrados pelo SENAT<br />

em Monte Alegre, e diante do acelerado desenvolvimento socio-econO<br />

mico da região papeleira do Estado, bern comopeio manifesto interesse<br />

da Diretoria das IKPC, a Administraçao Regional do SENAL tonou<br />

providCncias para ali set construIdo urn Centro de Forniação Profissio<br />

nai que, alérn dos Cursos de Qualificaçäo, Aperfeicoaniento e Treinamento<br />

profissionais preparasse rnao-dc-obra em nIvei Técnico para<br />

atendera grande necessidade das IKPC e das demais indCstrias papeieiras<br />

do Paraná e do pals. Corn esse objetivo obteve a cooperação técnica"<br />

financeira das IKPC edo Departarnento Nacional do SENAJ e tambCni<br />

a cooperacão financeira do Ministério da Educaçao - gracas ao apoio do<br />

seu Secretário Geral Prof. Jorge Alberto Furtado edo Diretor do Ensino<br />

Industrial Prof. Paulo Dutra de Castro. Somente as IKPC contrihuirarn<br />

corn Cr$ 300.000,00 para a construção do edifIcio do Centro, or(;ada em<br />

Cr$ 650.033,51.<br />

0 Convénio firmado corn as IKPC previa que o SENAI/PR<br />

atenderia as seguintes areas de formacão e treinamento profissional:<br />

a) Aprendizagem do Menores;<br />

b) Quaiificacao de Adultos;<br />

c) Aperfeiçoamento de Adultos;<br />

d) Aperfeicoarnento de Supervisores;<br />

e) Forrnaçao de Auxiliares Técnicos eTéCnios clii Celulose<br />

ePapel;<br />

t) Aperfeiçoamento e Especialização pa1aMetfe e Técni<br />

cos.<br />

Para o planejamento da consttticãO e inStalaçãO do Centro,<br />

aiém da contribuicão direta do então DiretotAdjuilto ddDepartamento<br />

It<br />

42


Nacinnal 10 SENA! Prof. MaurIlio Leite AraCijo, o SENAI recebeu a<br />

cohoraçno direta dos meihores técnicos das IKPC, detentores da mais<br />

:IvaI,ca(Ia tecnologia de fahricaçao de celulose e papel do pals.<br />

Em setembro de 1972, a Escola SENA! e Centro Técnico de<br />

('eltibose e Papel de Telémaco Borba estavarn construldos coni oficinas<br />

de aprendizagein de mecânica de manutenção, mecãnica de automóveis<br />

c eletricidade, totalmente equipadas e sendo iniciado o processo de<br />

iriliço para a compra de materials de laboratório para os Cursos<br />

ien nTreinamento do Pessoal das IKPC foi transferido da Fábrica<br />

para o novo Centro e eñi plena âtividade.<br />

Cumpre destãàt,' no deciirso Us atividde do SENAL em<br />

Monte Alegre, a indispehsáv1 e vhlioSa dôlàborac prestada ao<br />

SENAI nos ültimos 43 anos pelos t6nicos'espedi1zadosdas IKPC:<br />

CJiitclio Lohi. desenhista industrial; engenheiros quItnics Cyro Elecid<br />

Agnitani. Aldo Sani. Wobodynir Gallat, Leonel KOleski. Ricardo<br />

(raioI. René. Rickli Ficher; pelo Administrador de Empresas Alberto<br />

Rndolfo Pins, e pelos Diretores e Superintendentes Gerais Jiri Aron,<br />

B'nccliclo Dutra e o atual. VirgIlio Castelo Branco, além do inesquecIvel<br />

Vijém Wilier e Pericles Pacheco da Silva. Bern assim, merecern<br />

especial nienco os Prefeitos Euclydes Marcola e Denizar Ribas de<br />

('arvaiho cjne sempre prestaram valiosa colaboraçâo ao SENAJ. 0<br />

primeiro inclusive assinou a escritura piIbhca do terreno que o municIpin<br />

de Tel éniaco Borba fez doacão para a construção do Centro.<br />

0 primeiro Diretor designado para a nova Escola de Telémaco<br />

Borha fol o Professor Orual NernCslo Boska, que permaneceu no cargo<br />

ate 3 [/12/1981. desenvolvendo eficiente trabalho de pioneirismo no<br />

gCnero. cjuando foi transferido para a cüpula da Administracão Regiona1.<br />

Sell atual Diretor e o Eng QuImico, Nelson Tadeu Galvão de<br />

Oliveira, qile tern como assistente o Professor Massayoshi Condo.<br />

Para a localizacao do "Centro", hoje. denorninado Escola<br />

SEN At e Centro TCcnico de Celubose e Papel., na cidade de Telémaco<br />

i3orha, afé.m do interesse dos lIderes e administradores Samuel Kiahin,<br />

Pericles Pacheco da Silva, Vilém Willere demaisniembros do corpo<br />

iCenico e administrativo das IKPC, contribuiu principalniente o fato de<br />

all estar concentrado o rnaior parque pape1eiro , a America Latina que,<br />

por sua versalilidade e pioneirismo, num pals em desenvolvimento,<br />

possula as caracteristicas ideals para a complenientaçäo da formacn<br />

escolar dos tecnicos, através de programas de estgio, num dos melhn<br />

res ambientes de produçao de celulose e papel do pal.<br />

0 pioneirismo dos membros da famIlia Kiabin e Laffer na<br />

fabricacão dos referidos produtos, conhecedores e importadores das<br />

melhores tecnologias da Europa e dos Estados Unidos. é exattado pela<br />

cxcepcional coragem empregada, na transformação de terras cobertas<br />

de floresta. em areas de intenso desenvolvimento social e econômico.<br />

Difeiente do que existia no género, seus idealizadores, corn rara<br />

conipeténcia e criatividade conceberam e construIram uma grancle<br />

ind(istria no coracäo do sertâo paranaense.Tornararn-na auto-suficiente<br />

a partir da geracão da própria energia, utilizando fontes alternativas,<br />

como quedas d'gua e vapor de caldeiras aqueciclas a carvão mineral e<br />

óleo diesel. Desde o princIpio procuraram defender o melo ambiente<br />

corn o aproveitamento e util izacão dos efluentes cáusticos; Hoje encon -<br />

tram-se as IKPC engajadas nuni grande projeto de despoluicâo do<br />

grande e histórico rio Tibagi.<br />

Para a concorrCncia da construcâo do ediflcio do "Centro"<br />

fora nomeada uma Comissão de servidores do SENAI/PR presidida<br />

pebo cornpetente e honrado Eng Frederico Brambila que tarnhrn<br />

acompanhou a exccucão da obra ate o fini.<br />

A construção foi correta e ficimente executada pela firma<br />

vencedora da concorrCncia, "IndCstria e ComCrcio Tamandaré Ltd,-.A.presidida<br />

pelo Eng Q Harro Olavo Mueller, que contou corn a competente<br />

e honesta dedicaçao de seu gerene Geanfranco Bertoni.<br />

Atualmente a "Escola SENAI e Centro Técnico de Celulose<br />

e Papel" de Telêrnaco Borba ministram cursos de Aprendizagem,<br />

Qualificaçâo, Aperfeicoarnento, Especiaiizaçâo e Treinamento em diversas<br />

areas ocupacionais, em nIvel técnico e superior, especialmente<br />

nas atividades de fabricaçao de Celulose e Papel. Alunos procedentes de<br />

outras localidades paranaenses, hem como de outros Estados, so<br />

contemplados pelo SENA! corn holsas de estudos para cObrir<br />

despesas de estadia na cidade de Telémaco Borba.<br />

Ambas mantérn 570 postos de trahaiho perManentds e auxil Iares.<br />

No ültimo exercicio matricularam 1.526 alufios, alcancando a<br />

eficiéucia de 1.272 concluintes.<br />

9-<br />

I-.


Hoje a "Escola" estende sua acão a todas as indüstrias de<br />

telérnaco Borha e dos municIpios vizinhos, nas modal idades de aprenqtialificaçao<br />

profissionais, treinamento operacional e de<br />

s!lperv icoI Ps e "Aprendizagem Metódica no Próprio Emprego.<br />

Quando do planejamento e da construção da Fábrica, toda a<br />

area de terras corn 65.000 alqueires adquiridas pelo grupo da Kiabi.n<br />

fazia parte cia Fazenda Monte Alegre, situada no municIpio de Tibaji.<br />

Corn o desenvolvimento social e econômico provocado pela nova<br />

indistria. a area pot cia ocupada e pela vizinha localidade, denorninada<br />

Cida.de Nova, foi desmembrada do municIpio de Tibaji e elevada a<br />

categoria de rnunicIpio pela Lei ng 4.779, de 5 dejiilhO de 1963, corn o<br />

norne dc Telémaco Borba. 0 novo municIpio de Telérnaco Borha foi<br />

instalado a 21 de marco de 1964. Lirnita-se corn ôs mtnicIpios de<br />

Ortigue.ira. Curidva, Reserva e Tibaji.<br />

o prinleiro prefeito foi o pioneiro e inolvidávei Superintendente<br />

Administrativo das IKPC, Pericles Pacheco da Silva. Alias é born<br />

!emhrar que personagens singulares como Samuel Kiabin, Vilem Wilier<br />

e Prjr1es Pacheco da Silva jamais deveräo ser omitidos na histOria do<br />

dpsenvnlvime.nto econômico e social do Paraná edo Brasil e bern assini<br />

crnpre lernhrados na história da Unidade Operacionai do SENA! de<br />

Te1111 aco florba.<br />

o norne dado ao novo municIpio deve-se a memória de<br />

das figuras exponenciais mais destacadas e originais do Paraná.<br />

Segundo o historiador Ruy Chistovam Wachowicz, Telérnaco<br />

Augi isto EnCas Moracines Borba nasçeu em Piraquara, a 15 de setembro<br />

de 1840.Sertanista e etnóiogo, estudou ern•Curitibaonde concluiu o<br />

Corso Secundário. Pesquisou o Sertão Para.naense na região dos rios<br />

Jval. Tibaji e Paraná. na companhia de Frei Tirnótheo de Castelnovo, o<br />

religioso que fundou o aldeamentoindIgenade São Pedro de Aicântara,<br />

s roargens do Tihaji, nas proximidades do .tio Paranapanenia. Pot seu<br />

trabaiho pioneiro e patriótico, em suas alTdanças, tornou-se amigo de<br />

lazendeiros e indIgenas. Poliglota, falava inclusive a lingua dos<br />

caingangues. Foi deputado provincial e stadual, Vice-Presidente do<br />

Estado do Paraná, Prefeito de Tibaji e Inspetor Escolar. Sua mernória<br />

iiietece ser cultuada pelo valor de sua intligencia e pelo exemplo de<br />

trahaiho perseverante que deixou em favor da história, da gente e do<br />

progresso econôrnico, social e politico do Parana'. Faieceu em 23 de<br />

dezembro de 1918.<br />

3.2 - Escola Técnica de Saneamento<br />

Desde várias décadas o SENAI vinha colaborando corn a<br />

Companhia de Sanearnento do Paraná-SANEPAR na qualificacäo e<br />

treinamento profissional da mão-de-obra empregada em ativiclades de<br />

saneamento, instaiacao de Redes Ptihlicas e Ramais Prediais de Aguas<br />

e Esgoto, EstaçOes Elevatórias e de Tratamento de Agua. Cursos<br />

Treinamentos realizavam-se e ainda se realizam em Centros de Forma<br />

ção Profissional do SENAL, da SANEPAR ou através de Uniclades<br />

Móveis.<br />

Depois que técnicos do SENAI acrescentararn as experiéncias<br />

adquiridas nas acöes de formacao profissional desenvolvidas em colaboracao<br />

corn a SANEPAR. informaçOes coihidas nos Estados de So<br />

Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e provenientes de estudos e pesqni<br />

sas da qualidade e intensidade da demanda de qualificacaO técni e<br />

treinamento nas areas ocupacionais envoividas, tendb em vista ainda a<br />

ausência de formação técnica em nIvel de 2 grau para as atividades de<br />

Saneamento no pals - a Direçao Regional do SENA! opton pela<br />

construcão e instalacao de uma Escola Técnica de Saneamento. Essa<br />

nova Unidade Operacional teriapor objetivo realizar Cursos Técnicos<br />

em nlvel de 2 grail, bern corno Cursos de Aperfeiçoamento e Treinamento<br />

em todos os nIveis da hierarquia profissional abrangidos pelas<br />

atividades de Saneamento.<br />

Para justificar os investimentos necessários, a Escola teria<br />

âmbito nacional corn a participacão do Departamento Nacional 1n<br />

SENA! e de outras entidades piIblicas e privadas, principalhiente corn<br />

a concessão de bolsas de Auxliio Pecuniário para osàlurios deste e de<br />

outros Estados da União.<br />

Concluldos os projetos de construcão, instalacao e definidoc<br />

os regimes de financiamento, decorridos cerca deYaos, fOi iniciacla a<br />

execução da obra em princIpio de 1985, dom4ecursos financeiros<br />

fornecidos pelo Departamento Nacional do SENAL<br />

99


Eli<br />

A2 t de juiho de 1986, a Escola era inaugurada corn a presenca<br />

ito Presidente da Confederacão Nacional da Indüstria, Senador Albano<br />

1-rnco: do Presidente da Federação das Indüstrias do Estado do Paraná,<br />

mpresário Altavir Zaniolo; do Diretor do Departamento Nacional do<br />

SENAL Prof. Arivaldo Silveira Fontes; do Governador do Estado, José<br />

Richa: do Diretor Regional do SENA!, Gerônirno de Macedo Moth; do<br />

Delegado Regional do Trabal ho, João Conceição e Silva; do Presidente<br />

da AssociacãO dos Ernpresários da Cidade Industrial de Curitiba e<br />

grande inirnero cle enlpreSáriOS e representafltS classistas do Estado do<br />

Patani.<br />

A Escola Técnica de Saneamento está situada ao lado do<br />

Centro de Formação Profissional da Cidade Industrial de Curitiba.<br />

Alérn dc Cursos em nIvel técnico de 2 9 grau e Treinamento que realiza<br />

nas areas ocupacionais de Saneamento, executa outros projetos importantes<br />

no setor da agroindüstria, visando reduzir a degradacão ambiental<br />

provocada pelos rejeitos da producão de ahimentos. Planeja e coordena<br />

ei'intoS de excepcional importância para o desenvolvirneflto sustentáv'l<br />

do Estado edo pals. como aconteceu corn o seminátio "0 SENAI e<br />

Meio Anihiente", em 1991, durante o qual foram debatidas as<br />

C)<br />

e.periênciaS do SENAI e de empresas piib!icas e privadas, especial-<br />

mente do setor agroindustrial.<br />

0 referido serninárionãO so teve repercussão nacional, corno<br />

inunclial. contando corn a presenca de vários especialistas de outros<br />

palses e• de organismos internacionaiS.<br />

Para o desenvolvimefltO e atuaiização de suas atividades, a<br />

Escola Técnica de Sanearnento do SENAIccnita corn o eficiente apoio<br />

da Cooperacão Técuica Internacioflal através do DepartamentO Naci.onat<br />

do SENAI, especialmente do Programa das NaçOes Unidas para o<br />

Desenvolvimeflto-PNUD.<br />

Tendo em vista sua irnportância e singularidade, num moniento<br />

que a todos preocupa a meihoria da qualidade de vida do ser<br />

hurnano e ao mesmo tempo a preservacão dos recursos naturals do<br />

planeta, é certo que, dentro de um futuro próximo esta Unidade<br />

Operacional do SENAL ampliará suaatliação corn novas açOes de<br />

forrnaçio profissional, assistênciatécnica e prestacão de serviços, tanto<br />

no setor de Saneanlento, quanto na defesa ambiental.<br />

700<br />

0 Diretor, Professores e Dirigeittes de órgãos Técnicos d<br />

Departamento Regina] do SENAI real izam estudos visandô transforniiha<br />

em Centro Tecnológico, sem abatar as raIzes de urn empreendimento<br />

bern sucedido e de excepcional valor para o progresso e o hern-estar<br />

social do povo brasileiro.<br />

Desde sua inauguração a Escola já forniofl 236 Véflicos<br />

reahizou 1.563 treinamentos, além de ter promovido e tomado p5rte em<br />

inUmeros eventos que trazern sempre valiosos subsIdios Para o äperfei<br />

çoamento de suas atividades técnicas e funcOes pedagógicas.<br />

Abrange 200 postos de trabaiho pernianentes e auxi.Iiares.<br />

E dirigida, desde a inauguracão, pelo competente e cledicado<br />

Eng Qulmico Industrial e Professor Luis 1-lenrique Bucco, que tern<br />

como assistente o não menos diligente Prof. João Antonio Veneri.<br />

4. DIVISOES TECNICAS OPERACIONAIS<br />

4.1 - Divisão de Assisténcia as Empresas<br />

A Divisão de Assisténcia as Ernpresas é urn órgâo de formacao<br />

profissional subordinado a Diretoria Técnica do Departaniento<br />

Regional do SENAI. Está localizada n.a Rua Ma]. Floriano PeiNnto,<br />

3062 em Curitiba. Tern como funçOes básicas a prestacäo de assisfêneia<br />

técnica as Empresas Industrials. de Transporte e de CornunicaçOes. no<br />

diagnóstico de necessidades de treinamento para adequar on cornph'<br />

mentar competéncias para o eficiente desernpenho dOs trabalhadores<br />

em nIveis operacionais, de supervisão e geréncia media, na elaboraçãu<br />

de projetos e programas de treinamento, na capacitacao técnico-pedagógica<br />

de instrutores e Monitores das Empresas, na estruturaçn.<br />

acompanhamento e avaliaçao de prograrnas de 'Aptendizaeffi Mtódica<br />

no Próprio Emprego', na ehaboracio e execticão depg fiii' d<br />

aperfeiçoamento técnico nas areas de Seguranca e Mëdi!ñtdo Ttah<br />

...<br />

I ho.<br />

No exercicio passado de 1992 realibu ñiais 11000 matrIculas<br />

de trabalhadores agrupados em mais de 700 tufhIäsJUa trajetória no<br />

Departamento Regional do SENAI do Pktatá1e'ièiñl±ict ios idos de<br />

101


1958. Ate a ascensão ao cargo de Diretor do Departamento Nacional do<br />

SENAJ do Eng Paulo Affonso Horta Novaes, em 1962, o SENAI<br />

preocupava-se prioritariamente corn a Forrnação Profissional ministrada<br />

em silas Escolas e nas Escolas mantidas em Convênio corn urn<br />

redu.z ido nCniero de Ernpresas, que obedeciam a urn mesmo sistema<br />

iciacional e regime técnico-pedgógico. 0 referido Diretor do Departamenlo<br />

Naiconal do SENAJ concebeu e implantou uma nova PolItica<br />

de Foriiação Profissional que alargava Os horizontes programáticos da<br />

Institiiiço e chegava mais perto de seus objctivos<br />

Elahoradas e aprovadas pelo Conseiho Ncionai do SENAT as<br />

Diretrizes da Nova PolItica de Formação Profision-aiNovaes lancou-<br />

Se pessoalmente a campo a firn de implantá-la. Desde logo, utilizandose<br />

de inétodos moclernos de treinamento, realizou nas sedes dos<br />

L)eparlmentos RegionAis corn Iiderancas destes e de seus Conseihos<br />

Regionais mais de urna reunião, onde corn ram brilhantismo e compet.ncin<br />

expunha os postulados básicos da Nova PolItica.<br />

Os primeiros a aderir as Diretrizes Básicas de Formaçâo<br />

Prof issional consubstanciadas em Documento de Trabalho, examinado<br />

e discutido em reuniOes de Diretores Regionais, foram os grandes<br />

Departamentos Regionais: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e<br />

Rio Giande do Sul que impiementararn pianos na area do Treinamento<br />

e foram a campo corn ambiciosos programas que lam da divulgaçao a<br />

preparacãn de Adniinistradores, Gerentes, Analistas, Prograrnadores,<br />

Agentes Multipiicadores, Instrutores e Monitores de Treinamento.<br />

O Treinamento no Departamento Regional do SENAI do<br />

Paraná teal inIcio no ano de 1958 corn a impiantacao do MCtodo TWI.<br />

Para sua implantacão contou corn aco1aborac5o dp Departamenlo<br />

Nacional e do Departarne.nto Regional doRioGrande do Sul.<br />

Para a formação dos primeiros Agentes multiplicadores, o<br />

Departamento Regional recebeu a valiosa contribuiçao dos Técnicos<br />

spedaIizados do Departaniento Regional do SENAI do Rio Grande do<br />

Sid, Frederico Larnachia Fitho e Aithair Rech.<br />

A princ.ipio o Treinamento ficou subordinado a Divisão de<br />

Eusiiio onde se concentravarn a gerCncia técnica e operacinal do<br />

Departamcnto Regional. Corn a diversificação e expansão dos Pianos,<br />

d.ilIgdos cliretamente as empresas, a Divisão de Ensino desdobrou-se<br />

em ENSINO, que abrangia todas as acOes desenvolvidas no âmbito<br />

escolar e TREINAMENTO, circunscirto as acOes desenvolvidas jun10<br />

on dentro das indéstrias e Empresas de Transporte e Cornunicacöes.<br />

A nova Divisâo de Treinamento, entregtte a Chéfiädd Professor<br />

Mardeval Fornarolli, como as demais Divisãs ficâräubOtdinada<br />

diretamente ao Diretor Regional. Desde então, esse órgão de Formaqão<br />

Profissional passou por diversas denorninaçOes, porem Corn a mesma<br />

finalidade. Já se chamou Divisão de Treinamento, Divisão de Ensino e<br />

Treinamento, Central de Treinarnento e a partir de 1988, Divis5o He<br />

Assisténcia as Ernpresas.<br />

Atualmente e adnilnistrada pelo Técnico de Treinamento<br />

Prof. Carlos Eduardo Rocha, que tern como assistente Técnico em<br />

Ensino e Treinamento Vitório Manoel Woss, e como colaboraclores<br />

diretos os Técnicos: Stefan K. Rosiak, Edésio de GouvCa Neto e Lticio<br />

Suckow.<br />

Voltaiido-se cada vez mais para o Mundo do Trahaiho, fie]<br />

missão especIfica que Ihe foi confiada, o Departarnento Regional do<br />

SENAI, nas prerrogativas da Divisão de Assistência as Ernpresas mdiii<br />

as funcOes técnicas de organizacão e agilizaçao de Prograrnas de<br />

Treinamento Profissional, desenvolvidas por centenas de empresas,<br />

decorrentes de Acordos de Cooperacão Técnica e Financeira, e que<br />

representam uma PORTA ABERTA para a racionalizacao e continua<br />

expansão das atividades de capacitação técnica dos trabaihadores em<br />

todos os nIveis da hierarquia ooupacional.<br />

A flexibilidade e competéncia corn que o SENAI se ajusta us<br />

frequentes mutacOes do mercado de trabaiho atendendo a demanda<br />

econôrnica de formação profissional, constituem a marca indelével de<br />

sua perene necessidade, como instrumento de apoio ao desenvolviniento<br />

econômico, a harmonia social e ao progresso educ.acional de todo o<br />

povo brasileiro.<br />

102 I 103


Pess!8 I<br />

4.2 - Divisão de Apoio Técnico e Desenvolvimento de<br />

A seleção, o Treinamento e o Aperfeiçoarnento do pessoal do<br />

Fepartarnento Regional do SENAI do Paraná, bern como as atividades<br />

educacionais extracurriculares corn urna ou outra denominação, sempre<br />

estiverarn sob a administração ou orientação técnica da Divisão de<br />

4 Fnsinn. Corn a expansão de seus servicos, quer em sentido vertical,<br />

( Innnin horizontal, a estrutora organizacional do Departmento Regional<br />

I'rn 4nfrido alteraçoes muitas vezes sensIveis. A ültima delas ocorreu<br />

porn a irivestidura do ProfCssor Ito Vieira que, fiel a doutrina de Fayol<br />

prornoveu uma nova departa mental izaçao dos Serviços do SENAI no<br />

Estado do Paraná.<br />

Assirn, aléth da Aclministracão que está afeta ao Diretor<br />

Regional ex-vi do Regimento Enstitucional, foram criadas duas novas<br />

flirfcrias: a Diretoria Técnica ca Diretoria Administrativa e Financeira.<br />

cada urna delas estruturada corn trés DivisOes. Assini as funçOes<br />

gohalizadas corn destaque nas tarefas operacionais mais ao estilo do<br />

it taylorisnio, passaram a set agrupadas em departamentos especializados.<br />

segundo normas doutrinárias concebidas e experimentadas pelo<br />

sAblo frances.<br />

1)essa forma, corn atribuiçOes mais restritas, porém melhor<br />

dfiniclns. foi reformulada a Divisão de Ensino e criadas rnais a Divisâo<br />

de AssistCncia as Enipresas e a Divisão de Apoio Técnico e Desenvol-<br />

\'inhinto de Pessoal cada uma corn competéncia e prerrogativas especIficas,<br />

subordinadas a Diretoria Técnica. 0 recrutarnento e a selecao dc<br />

110v05 servidores ficou corn a Divisão de Recursos 1-lumanos, suborditiada<br />

A Diretoria Administrtiva e Financeira.<br />

A Divisão de Apoio Técnico e Desenvolvimento de Pessoal,<br />

a.iérn de dat apoio As açOes que constituem prerrogativas da Diretoria<br />

Técuica, como por exernplo a escolha de locais, determinacao de<br />

espaçns fIsicos, especificacAo de equipamentos, elaboraçAo de layout<br />

dsti nados A irnplantacao de Cursos e Treinamentos na area de Segurariça<br />

e Higiene do Trabaiho, prornover ou executar, coordenar ou supervisionar<br />

projetos, locais ou nacionais, de atividades extraclasse que Se<br />

desenvolvern no Anthito ou a partir dos Centros de Formacao Profissi-<br />

104<br />

4<br />

I<br />

onal do SENAI corno: Feiras, ExposiçOes, Torneios, Concursos, De<br />

files de Modas e outros - tern por atribuiçao predOminantepromovei u<br />

treinamento, a especializacOa e o aperfeiçoamento .continuado de todos<br />

os servidores abrangidos pelo Departamento Rgional€nisuas multiplas<br />

funçöes administrativas; técnicas e pedagó.gicas'- . i -<br />

Outro setor importante confiado a administraçãO, coordena-ção,<br />

controle e avaliaçAo da Divisão em epIgfafe é ô .deBOlsas de<br />

Estudos para aperfeiçoamento, proporcionadas a servidotes do próprio<br />

Departamento Regional e a empregados de empresas sitiladas na esfera<br />

da ConfederaçAo Nacional da Ind(istria, no pals e no exterior.<br />

Para dar urna idéia da importAncia das açOes desenvolvidas on<br />

implernentadas pela DivisAo de Apoio Técnico e Desenvolvimento de<br />

Pessoal basta constatar que somente no Iiltimo exercicio de 1992 forani<br />

realizados 220 Programas de Desenvolvimento de Pessoal, abrangendo<br />

mais de 75% do pessoal, aléni de inürneras realizaçóes nas areas de<br />

CooperacAo Técnica Internacional, de atividades extracurriculares, dos<br />

Centros de ForrnacAo Profissional, de eventos diversos e do apoin<br />

técnico direto oferecido ao exercIcio de funçoes afetas A Diretoria<br />

Técuica.<br />

Desde sua criação encontra-se na chefia dessa DivisAo o<br />

Professor Percy Engel, que tern como Assistente o Técnico em ForniaçAo<br />

Profissional Stanislau Witajewski e a técnica em assuntos administrativos<br />

Vera Aparecida Vaz.<br />

A DAT, como é conhecida, é urn testemunho vivo do interesse<br />

pernianente da Administracão Regional do SENAI, pelo aperfeiçoamento<br />

continuado de seu pessoal. em plenacomemoracAo ci-nquentenAria.<br />

5. NOVAS UNIDADES DE FORMAcA0 PROFISSLONAL<br />

5.1 - Centro de Formação Profissional doSENAI de São<br />

Jose' dos Pinhais - Madeira e Móveis It'<br />

Encontra-se em fase final de execuãoopsoj'étct de constn'çao.<br />

instalaçAo e implantacAo do Centro de FbtthaçãiPrOfisional do<br />

SENAI em SAoJosé dos Pinhais, locâlizado a t9 knide.Clititiba. A nova.


I.<br />

III<br />

lIflRlade Operacional está sendo criada para atender a demanda de<br />

fnrmaçâo pro fissi onal pelo importante segmento da indüstria paranaense<br />

chi rnideiri e de fabricacão de móveis. A elaboracão do projeto e sua<br />

exiIcñ'l estio sendo feitas corn o auxilio técnico e financeiro do<br />

flepiitamento Nacional do SENAL, que acionou inclusive sua Diretoria<br />

de (ooperaçäo Tëcnica para obtet a colaboração do Governo Alemão,<br />

prestnda atravds da GT.Z-Deutsche Gesellschaft Fuer Technische<br />

Ziisarnrnenarbat - Socidade Aienã para Cooperacão Técnica. Alérn da<br />

forrnaço profissional que desenvoi'etá em nIvel de qualificacao,<br />

•supervisão e geréncia iiitermediária terá tarnbérn1 or finalidade prestar<br />

assisténcia tdcnica as indistriaS iiadeireias e oveIthas.<br />

ConstruIdo pela firma Matdet CôtistdcOes Civis Ltda. de<br />

Cascavel, em terreno doado pela prefeitura municipal, corn 20.061m2,<br />

tm area constru Ida de 5.069m2.<br />

De sen programa de capacitacão tdcnica constam Cursos e<br />

Treinarn.rnto.s mis areas ocupacionais das indéstrias da madeira e de<br />

mi 'veis, tais corno Marceneiro, Operador de Máquinas para Madeira,<br />

Pinfor de Móveis, Desenhista de Móveis, Esquadrias e Estruturas<br />

Diversas, Supervi.são, Segurançae MedicinadoTrabaiho, Prevenção de<br />

Aidentes do Trabaiho, Prevencão e Combate a Incêndio, Tdcnica de<br />

('hefi a. RelacOes Interpessoais, Instrutor e Monitor para a preparacão de<br />

tiabalhadores operacionais e de todos os tipos e estnituras profissionais<br />

que visem a methor adaptacão do homem ao trabalho, perfeicão das<br />

ol)ras e produtiviclade.<br />

Pra tal fim dispôe o novo Centro de anibientes e instalaçOes,<br />

racionalemrite concebidas e planejadas para tornar o ensino agradável,<br />

efirinte e eficaz. DispOe de espaços fIsicos em salas de aula, oficinas<br />

C lalviratoros para 176 alunos, alérn de todo o complexo administrativo<br />

1<br />

e de apoio.<br />

Sua concepcãO, regimes de funcionamento, conteüdos<br />

curriculares se inserem nas diiiietisOes 'etigidhs 'para clue a mão-deobia<br />

formada, aperfeicoada e treinada pOsa .dtl.tribui.r para que as<br />

iiidüstrias envolvidassetorflern cadavez mais eficientes e competitivas,<br />

tanto no cenáriO nacional como internacional.<br />

Além das atividades de ensi.no•e da assist énciatécnica ao setor<br />

Madeireiro e Moveleiro. o Centro de Forrnaqão Profissional do SENAL<br />

I ()(<br />

p.<br />

de São Jose' dos Pinhais realizãrá pesquisas.cientIficase te€nológicas de<br />

essências vegetais e de outros rnateriais, comobjetitdeidefltifiCa1<br />

suas caracterIsticaS, adequar processos de tratarnento ede fabricação.<br />

aproveitamentO de sobras e resIduos, para transf ná-lös; tie agents<br />

nocivos ao meio ambienteem materiaiseconOrniCameflt1eaPf0veitáe15<br />

pela indiistria ou pela agricultura.<br />

Paralelaniente as atividades tdcnico-pedagógicas' o Centro<br />

desenvolverá açOes extracurriculares nos domInios da , cultura4 lazer e<br />

esporte buscando de urn lado, motivar seus alunos para a conquista da<br />

cidadania e de outro, para o desfrute de urna vida saudávl, solid5ria e<br />

patriótica.<br />

5.2 - Centro tie Formação Profissional do SENAL em<br />

Campo Largo Cerãmica<br />

Encontra-se concluIdo o Projeto de Construção e lnstalnc5<br />

do Centro de Formação Profissonal do SENAI de Campo Larga.<br />

distante 30 km de Curitiba. Terá por finalidade qualificar, aperfeicl sir<br />

e treinar mao-de-obra nas areas ocupacionais das indéstrias de fabricacão<br />

de produtos cerãmicos,' Iouças, apareihos sanitários, azulejos e<br />

ladrilhos, artefatos decorativos, utilitários e outros, bern como realizar<br />

pesquisas cientIficas e tecnológicas e prestar assisténcia técnica ao<br />

referido e importante segmento da economia paranaense.<br />

Além de estudos nos setores da pesquisa cientIfica e tecnológica,<br />

de processos de fabricação, reparacão e manutencão de equipamentos<br />

de uso na fabricação de artefatos cerâmicos, da promocão e/cnu<br />

execução de Cursos e Treinamentos nas areas ocupacionais mencionadas,<br />

o Centro terá oficinas e laboratórios para a formação profissiona<br />

em atividades de apoio como rnecânica, eletricidade, eletrôiiica e<br />

informática.<br />

0 terreno doado pela prefeitura de Campo Largo, tern area de<br />

20.000m2. 0 espaço fIsico que abrigará todas as atividades tdcnicas e<br />

administrativas está projetado em area de 4.835rn2 construIdos. A<br />

construção está prevista para ser executada corn a cooperacão do<br />

Governo do Estado e da prefeitura municipal, na proporcão de urn terco<br />

para cada urn e corn a colaboracão do Sindicato das Indüstrias de Vi dms.<br />

1(17


(Irslais. Espelhos, Cerâmica de Louças e Porcelana do Estado do<br />

o qual deverá arcar corn as despesas de <strong>aqui</strong>sicão dos equipamenns<br />

Ilecessarios.<br />

Ao SENAI, como proprietário do prédio, dos esquiparnentos<br />

e instalaçOes caberá as despesas corn o funcionamento permanente do<br />

Centro dentro de suas finalidades.<br />

Inicialmente estão previstas as matrIculas de 205 alunos em<br />

lit alividades de aprendizagern aperfeiçoarnento, especializacao e treinarnentn<br />

profissionais, bern corno a execucão de projetos envolvendo<br />

procedirnentos de ordeni tno16gia<br />

Tendo em vista'a expressâo do parque industrial ceràmico<br />

localizado no rnunicípio de Campo Largo, corn area construIda superior<br />

a 200.000rn2 empregando acima de 8,000 ttabalhadores, o alto nIvel<br />

tecnolOgico Ia deseniolvido na regiao, inclusive por empresas de<br />

grande porte que utilizarn tecnologia importada da Europa ha dezenas<br />

de anos - e de Se esperar que o SENAI, corno Instituição de apoio ao<br />

it dsenvo!virnento industrial do Estado possa prestar servicos eficazes a<br />

esse grande complexo industrial localizado nas proximidades de extensa<br />

reserva de excelente matéria-prima, servido por abundante fonte de<br />

energia elétrica, por excelente rede de estradas de rodagem, sistema<br />

eficiente de transporte ferroviário e marItimo que o pOe em contato corn<br />

s principals centros consumidores do pals e do exterior.<br />

Ill<br />

SENAI PARANA 50 ANOS<br />

TERCEIRA PARTE


,t<br />

T<br />

AS ADMINISTRAcOES REGIONAIS<br />

E SUAS PRINCIPAlS<br />

REALIZAçOES<br />

1. ANTECEDENTES INSTITUCIONAIS<br />

A história poiltica dos povos através dos tempos vern sendo<br />

escrita por homens e muiheres que, por razöes mais diversas foram<br />

predestinados a traça.r os rumos do porvir. São pessoas cultural e<br />

profissionairnente aptas que a própria sociedade preparou para captar as<br />

pulsacOes do presente e vislumbrar as imagens do futuro. São inspitathis<br />

e conduzidas por urn processo incognito de causa e efeito gerado no<br />

borborinho das aspiracóes hurnanas em buscca da perfeicão global<br />

Neste pals d legItimo pensar que todo brasileiro deve se<br />

orguihar das pessoas ilustres que nos mais variados setores da ciência,<br />

da arte e da tecnologia se destacaram como verdadeiros sOld ados da<br />

conquista territorial e da integridade nacional, on cotiiO autênticns<br />

Instrutores de urn povo anioso de construir umnovaertndiosa<br />

nação.<br />

Assinalararn-se por exemplo, Martim "Afol 6'd Otia qne<br />

no vigor de seus 30 anos livrou a costa brsil giradãt&àIflaão e fin<br />

pilhagem corsária. Audazes bandeirantes qualgaifOiiteiras e<br />

aprofundaram as raizes de urna nova civilizaçà cotho Fernão Dias<br />

Paes, Francisco Bueno, Raposo Tavarese Mãéoel.Ptéto!Povoadores<br />

111


U<br />

conio Gabriel de Lara, Eleodoro Ebano Pereira, Mateus Leme e Batazar<br />

(arrasco dos Reis. Mineradores corno Bartolomeu Torales. Campeiros<br />

ciio Benedito Mariano Ferreira Ribas. Colonizadores como Arthur<br />

1-lug Miller Thomas. Industrials como o Col. Amazonas Marcondes e<br />

Jrinii Evangelista de Souza-Visconde de Mauá, LIdio Paulo Bettega,<br />

Altavir Zaniolo e ErniIrio de Moracs. Diplomatas, juristas e politicos,<br />

coino Agostinho da Silva Paranhos-barão do Rio Branco, Osvaldo<br />

Aianha, Rui Barbosa, Get(ilio Vargas e Manoel Ribas. Militares como<br />

i)iogo Pinto de Azevedo Macedo, Luis Alves de Lima e Silva- o duque<br />

.de ('xias. Floriano Peixoto-o Marchal de Ferro, Humberto de Alencar<br />

(I'Ir Branco que corrigiu os rumos do progresso nacional. Cândido<br />

4irianr da Silva Rondon-d Marechal Rondon quo levou as comunicacöes<br />

aos confins do Brasil e tornou-se o major sImbolo dos deshravadores<br />

dos sertöes amazôicos, da aculturacão pacIfica dos Indios e da<br />

juventucie pioneira do Brasil.<br />

Como esses e milhares de outros heróis brasileiros que mereceriam<br />

ser mencionados e exaltados, o ensino profissional formal e não<br />

formal tamhérn teve seus pioneiros. Para mencionar apenas alguns dos<br />

mis modernos. são lembrados o Presidente Nib Pecanha que den apoio<br />

fieri qivna fnrmaçâo profissional de trabalhadores criando para esse fim<br />

ilnia EsroJa de Aprendizes Artifices em cada Estado, através do Decreto<br />

n° 66 dc 23 de setembro de 1909 Por esse ato é considerado o<br />

fundador do ensino profissional brasileiro.<br />

Näo serA preciso recordarque tab regime de ensino técnico na<br />

uea federal evolulu para o ensino industrial, corn equivaléncia do P<br />

grau de hoje. Desse, ao ensino de mestria e tdcnico, ao nIvel de 2 grau<br />

e finalniente para os Centros Federals de Educacao Tecnológica-<br />

CEFETs que ministram ensino tdcnico de 2 1 e 3 0 graus.<br />

Tiidavia, ao m.esmo tempo quo os governos federais elevavam<br />

'ertiralniente o nIveb do esino técnico, horizontalmente a demanda de<br />

( . iirsns ' I C Forrnação Profissional principalmente ao nIvel de qualificaço.<br />

cxcedia de muito a oferta. Já no início da década de 1930 propagaam-se<br />

na Europa correntes polIticas de cunho nacionalista que obviaruiente<br />

restringiani a importação de mao-de-obra qualificada desse<br />

continente.<br />

Em 1930, vindo do sul a frente de forcas revolucionárias.<br />

.112<br />

/<br />

/<br />

Getülio Vargas assurniu o poder. Essa façanha .qi dpoefvor do<br />

progresso geral do Estado, iria marcar o . inIib rc1e uritalhovweta de<br />

ajustanientos sociais e prosperidade econômia dd pais 1I, ituclo o<br />

novo governo contou corn o apoio da expériê icothpetência e<br />

idealismo de Lindolfo Collor, seu primeiro Mih.Ist.ro,d.TrabaIho.<br />

Industria e Comércio, para a introducao dos avancosciantotathpo<br />

dotrabaiho. Também foi decisiva a presenca de Gustav o<br />

Ministério da Educaçao e Sauide Pñblica, para a introduqãod refornias<br />

nos sistemas nacionais de ensino e particularmente para abotvèr as<br />

sugestoes de técnicos em educaçao, de rara nomeada.<br />

Em 10 de novembro de 1937 Getülio Vargas outorga ao Brasil<br />

uma nova Constituicao sob o signo de Estado Novo. Essa nova Carta<br />

Magna, forjada nos bastidores de urn Regime Ditatorial esclarecido e<br />

patriótico, emseu artigo 129 determinava: "Edeverdas indiistrias e dos<br />

sindicatos econômicos (patronais) criar, na esfera de sua especialidacle.<br />

escolas de aprendizes, destinadas aos fithos de seas operários ou de Se!!S<br />

associados. A lei regulará o cumprimento desse dever e os poderes qiie<br />

caberão ao Estado sobre essas escolas, bern como os auxflios, facilidades<br />

e subsIdios a Ihes serem concedidos pelo poder püblico".<br />

Como nos outros campos de atividade humana, o ensino<br />

profissional tambérn tinha seus heróis que ha algum tempo, através de<br />

pareceres e sugestOes incentivavam o governo a pôr em prática medidas<br />

de major alcance. Estre esses destacavam-se figuras exponenciais como<br />

as de Jo<strong>aqui</strong>m Faria Goes Filho e Lycerlo Schreiner, aos quais,pouco<br />

antes de criação do SENAI viera se juntar o ex-diretor do lilstiti.ito<br />

Parobé de Porto Alegre, João Luderitz. Essa trIade de heróisda forniação<br />

Profissional iria prestar valiosos servicos na concepcãO le-gal, ti<br />

implantacao e na administracao nacional do SENAI. Entretanto tinham<br />

eles o pensamen.to voltado para solucoes genuinammte goverrafnentais.<br />

Embora esses e outros especialistas do Ministérioda Educacao e<br />

Sai.Ide Ptiblica dispuzessem da lideranca de urn dos ma-is ffletei1tes<br />

e audaciosos Diretores do Ensino Industrial, FranèiOMOfl:tOjOs<br />

As tentativas do poder puiblico naologravatnp!enoêxito, nao<br />

raro desagradando a empregadores e empregadas.aofihTegTho tempo:<br />

Segundo se infere da obra de SteftlioTopregi."UIVA'SagA da<br />

Criativi.dade Brasileira" fol o própriO PUei nttèfu1iVatgas que<br />

113


1e" a genial idia que levaria àsoiuçaoda questão. Sua habilidade eseu<br />

preslIgio, aliados a natureza do regime politico de cxcecão, convencetiatn<br />

os ilderes cia indtIstria nacional, Euvaldo Lodi, Presidente da<br />

(- 'ojifederaç5o Nacional da lndüstria e Roberto Simonsem, Presidente<br />

cia Federico das tnch.istrias do Estado de S. Paulo a encontrarern urna<br />

snliic corn a. participacão direta das categorias cconôrnicas que<br />

r(rfe111avan1.<br />

Vsaiido toda a bagagem de estudos, pareceres e decretos<br />

pri 'cluziclos pelos técnicos que participavam do Ministérlo da Educacao<br />

e Saude Pübhca c corn o apoio de suas instituicOes, chegararn a<br />

concluso dc que a participacão direta das empresas seria imprescindivel<br />

para a adoção de medidas eficazes e duradouras, destinadas a<br />

preparaço técnica cia mão-de-obra necessária para sustentar as bases do<br />

desenvoivirnento industrial, quer no presente, quer no futuro. De modo<br />

qu o Decreto-Lei n'4.048, de 22 de janeiro de 1942 que criou o SENAE<br />

n todos surpreencie por ter consubstanciado em apenas nove artigos<br />

nt "rmas 'Ic tao largo e profundo alcance, não nasceu abrupta e<br />

iprovisadanientc, mas foi fruto de urn perIodo de gestaçäo de quase uma<br />

década alirnentaclo pela capacidade e experiéncia de urn grupo de<br />

devnlnr!os e. inteiigentes educadores e. pot firn, da clarividente decisão<br />

de urn dos maiores e mais completos estadistas brasileiros, que foi o<br />

Presidente Get(ulio Vargas. Esse decreto estaheleceu:<br />

.1 - Que competia ao "Servico Nacional de Aprendizagem dos<br />

Industriarios organizar e administrar, em todo opals, escolas de apren-<br />

clizageni para industriários".<br />

- Que seria "organizado e administrado pela Confederação<br />

Nacinnal cia lnd[stria".<br />

- Que seria mantido pelas indñstrias "corn uma contribuição<br />

m'nsal para montagem e custeio das escolas deaprendizagem".<br />

4Q - 0 paragrafo ünico do • artigo 6 9 completava o Piano,<br />

extraorclinarianiente concebido, exigiiido uma contrihuição adicionai<br />

(Ic 20% dos "estahelecinientos que tiveren mais de 500 empregados",<br />

para serem aplicados no ensino "quer ciando boisas de estudo" para<br />

"aperfeicoarnento e especializacão profissional, quer prornovendo a<br />

rnnntagenl de iahoratórios quc possam meihorar as condiçOes técnicas<br />

e pedaggicas". Conforme estabelecia o decreto W'4048. as contribui-<br />

cOes empresariais começararn a set arrecadadas pa r itiê de abtil<br />

do mesnio ano, o que possibiiitouo inIcio da ilSN'AIiiida<br />

no exercIcio de 1942. Estruturado o novo Sdri e<br />

urn Departmento Nacional e Conseihos e DirétOte UtiTigados<br />

Regionais, foi nomeado para o Departamento Nacion1WEfiJoao<br />

Luderitz, que entäo formava na equipe de técnicOs dO itft'étb da<br />

Educacao e SaOde Phlica. Para projetar e instalar as primdiiA§$W6l5§<br />

de Aprendizagem no pals obteve especialmente a coiai5oiação do<br />

técTiico ministerial Eng Licdrio Schriner e dos técnicos pioniicis do<br />

Centro Ferroviário de Ensino e Seleço Profissional de S. Paulo,<br />

Engenheiros Roberto Mange, Italo Bologna e Hermenegildo C. de<br />

Almeida.<br />

Jo<strong>aqui</strong>rn Faria Goes Fiiho e Roberto Mange que pot indicaco<br />

de JoAo Luderitz assumiram, o primeiro a Direcão do Departamentn<br />

Regional do Rio de Janeiro, corn jurisdição na 4 Regiao que compreendia<br />

os Estados do EspIrito Santo, Rio de Janeiro e o então Distrito<br />

Federal, e o segundo o Departamento Regional de S. Paulo, corn<br />

jurisdiçao no Estado de S. Paulo.<br />

Faria Goes e Mange, este Oltimo coadjuvado diretamente por<br />

Italo Bologna e Hermengildo C. de Almeida, ao lado de Luderitz<br />

lideraram a implantaçao do SENA! em todo o pals.<br />

Como honra ao mérito é mister destacar o papel impréscindIvl<br />

desempenhaclo por essa equipe do mais alto hfvel que 0 pals já<br />

possuiu na adoçao do regime escolar, dos programas c da metodologia<br />

de formação profissional racional, testada durante cerca de dez anos no<br />

ensino ferroviário brasileiro sob a dgide do Centro Ferroviãrio de<br />

Ensino e Selecäo Profissional-CFESP, por Mange e Bologna,idealizado,<br />

criado, administrado e constituido corn caracterIsiticas de natureza<br />

privada. para atender a várias estradas de ferro paulistas, efltf?'âs'iTais<br />

destacava-se a Sorocabana.<br />

Roberto Mange principairnente como<br />

Politdcnica de S. Paulo e fundador cia Escola Profisinhfid,'em<br />

1924, junto ao Liceu de Artes e OfIcios de S. Pti'&thhàlifhsso<br />

a importantes industriais e politicos da epoca dfadilit&u'aropagacã.o<br />

de sen genial idealismo.<br />

Após o Decreto-Lei n 2 4.048 que ci itSëiçb NdiOnal dc<br />

/11 . 175


u<br />

Aprrndizagem dos lndustriários, o qual, no decorrer do mesmo ano<br />

passou a denominar-se Servico National de Aprendizagem Industrial-<br />

SENAI, vários Decretos-Leis, Decretos, dispositivos regularnentares e<br />

regimentais foram baixados corn o objetivo de disciplinar a organizaco,<br />

administração e operacionalizacâo do SENAI. Desses, dois devern<br />

ser destacados por condensarrn os dernais e melhor definirem as<br />

caracterIsticas jurIdicas e as fina.1.idades da Instituição.<br />

Assirn, mrecern destaqUe os Decretos n 10.009 e 494.<br />

respectivarnentede 16 de juihO de 1941e de 10 dc janeiro de 1962, que<br />

aprovararn os dois dnicoS Regthiefltos do SENAI ate hoje editados. 0<br />

segundoRegimento mantéiT aestrutura otgatiizacional básica da entidade<br />

q.iie compreende urn Conseiho de âmbito nacional e urn órgão<br />

Centrd de Coocdenaço, denorninado Departamer to Nacional, o qual<br />

de jnicin si,lyomlinava também as Delegacias Regioiiais, criadas nas<br />

RegiOes, que eram compostas de urn on mais Estados on Distritos<br />

Federais que não contassem corn Federação de Indéstrias; Conseihos<br />

Regionais e Departamentos Regionais, onde se constituIrarn as FederacOes<br />

das Indéstrias, órgaos sindicais patronais de 2 Q grail. Reafirma a<br />

definiçäo do SENAI como Entidade de direito privado, organizada e<br />

(irninistrada pela Confedera(;ão Nacional da Indistria. Traca suas<br />

filidades resurnindo-as em: a) "organizare administrar, emtodo opals,<br />

escolas de aprendizagern" para jovens de 14 a 18 anos de idade; b)<br />

assistir os empregadores na elaboração e execução de programas de<br />

treiiiamento e na organizacäo da aprendizagem metódica no próprio<br />

ernprego c) ministrar Cursos rápidos e de aperfeicoamento para niaiores<br />

de. 18 anos; .d) coop&ar no desenvolvirnentO de pesqu.isas tecnológicas<br />

de interessrpara,ainddstDia eatividades,asseneihadaS; e) proporcionar<br />

holsas cta ggtud6para'th gathos4affiresaScOm rnais de 500<br />

trahaihadores e pam servidOres dpi6priO SENAL<br />

Dentro dessas finalldadts e c ttefIsticas o Serviço Nacional<br />

de Aprendizagem Industrial iflrla ill gtitiiiãO de etiino profissional de<br />

alta flexiblidade, isto é, capaZ di st.adàtãtiapidameflte as variaçöes da<br />

demanda econômica de capacitaçaotéchicade rnão-de-obra, livre de<br />

quatquer peia de ordem legal on admir.istrativa. Por isso mesmo tratase<br />

de urn Serviço cuja eficácia está na rao direta da competência e da<br />

criatividade de seus órgãos norniativoS e executivos.<br />

2. DELEGACIA REGIONAL DO SENA! DO PAAt SAN-<br />

TA CATARINA - iVO CAUD'URO PICOLI E1AUM$O<br />

MENDES DA SILVA<br />

Ainda nao havia sido baixada a Instruçao de Servico n2 1, de<br />

19/05/1944, pela qual o Diretor do Departamento Ntcional do SENA!<br />

oficializava a divisão do pals em 10 Regioes, para fins administrativos<br />

- dentre as quais a 7 1 abrangia Os Estados do Paraná e Santa Catarina -<br />

para a administraçAo desta, a 12 de marco do ano anterior já era nonieadn<br />

o engenheiro catarinense Ivo Cauduro Picoli. Como a posse desse<br />

primeiro Delegado realizou-se sem maiores formalidades, é essa data,<br />

12 de marco de 1943 que marca o evento da criacão da "Delegacia<br />

Reginal do SENAI do Paraná e Santa Catarina", corn sede em Curitiba.<br />

0 novo Delegado, após receber a necessária orientação do Diretor do<br />

Departamento Nacional do SENAI Joâo Luderitz e de seu Chefe cia<br />

Divisão Técnica Licério Schreiner; deter visitaclo ojá criado Departamento<br />

Regional do SENAI dé São Paulo e de ter recebido valiosas<br />

informacOes de sen Diretor Roberto Mange e de seu principal Assessor<br />

italo Bologna - retornou a Curitiba iniciando imediatamente a instalação<br />

da Delegacia.<br />

Durante suas repetidas viagens ao Rio de Janeiro era substituldo<br />

pela Contadora Gisela Stock Portugal ou pelo medico Dr. Antonio<br />

Ferreira Pimpao. Alias, foi dona Gisela que instalou os prirneiros Cijrsos<br />

de "Trabalhadores Menores" na Academia de Comercio De Plácido e<br />

Silva.<br />

Os prirneiros cursos nas areas ocupacionais de Mecânica e<br />

Desenho Técnico foram instalados pelo Delegado, na Escola Técnica e<br />

Industrial de Curitiba, corn a colaboracão de seu Diretor Eng/ Lauro<br />

Wilhem.<br />

A sede da Delegacia foi instalada no 1 9 atrdidblEdiflcio<br />

Moreira Garcez, sito a Avenida João Pessoa, i.frDibä Os<br />

setbres burocráticos - Secretaria, Protocofo, Càthli&A1itbirifado<br />

- ja se encontravam instalados quando a 1- deseternro de 1943 o<br />

Delegado admitiu o Professor Antonio Thehnd 1rizah, cuja expe-<br />

riéncia adquirida na Escola Profissional Tibürcio<br />

Cavalcanti, de Ponta Grossa e treirnéfltéS i'sCè?ittoFrro-<br />

117


virio de Ensino e Seleção Profissional de S. Paulo, muito contribuIrarn<br />

lra ckslanchar os primeiros passos do SENAI no Paraná e Santa<br />

Cataiiva. Muito apoio deram a promocão polItica e a iniplantacão do<br />

SFNAI "a 7 Região o medico Dr. Antonio Ferreira Pimpão, por suas<br />

!gacñes corn as autoridades estaduais e o Delegado Regional do<br />

Trahaiho Dr. Alvaro Albuquerque. 0 Dr. Pimpão inclusivejâ haviasido<br />

Prefeito Municipal no interior do Estado, e foi o primeiro srvidor da<br />

Delegacia, depois do Delegado.<br />

Quando Ivo Cauduro Picoli deixou o cargo de Delegado para<br />

assumir a Chefia da .Divisão de Ensino do Departamento Nacional do<br />

SENAI. corn a nomeacão do Eng 2 Flausino Mendes da Silva para<br />

sijhstltnl-In. em 16 de marco de 1944; durante urn ano e onze dias havia<br />

divulgado o SENA! nos dois Estados, admitido pessoal técnico e<br />

l,urocrSico, iristalado a Delegacia e os primeiros Cursos do SENAI em<br />

(luritiha, Ponta Grossa, Joinvile e Blumenau, programado aconstruçäo<br />

ck "Escolas Lie Aprendizagern" em Curitiba, Londrina, Ponta Grossa,<br />

FiorianOpolis. Joinvile, Blumenau, Tubarão e Criciüma - todas rnais<br />

tarde constrnIdas, exceto a de Florianópolis que foi instalada em prédio<br />

adqui rido e adaptado e a de Criciüma que foi transferidapara Siderópolis,<br />

ror meihor sat isfazer as necessidades de treinamento de mineiros de<br />

;1rv.o, em plena Segunda Guerra Mundial.<br />

o Eng2 Flausino Mendes da Silva ao assumir a Direção da<br />

liclegacia den prosseguimento ao progrania traçado pot Ivo Cauduro<br />

PIcnH. Transferiu os Cursos da Academia de Cornércio Dc Plácido c<br />

Silva e da Escola TCcnica de Curitiba para prddios locados: urn a Rita<br />

P lachnel n. onde funcionou a Oficina de Aprendizagem de Alfaiataria e<br />

ernm m!nistradas atilas de cultura geral, e outro a Alameda Princesa D<br />

!s:TheI onde erarn ministradas as práticas de oficina e as aulas de cultura<br />

tecuica.<br />

Aérn do papel desempenhado pelo Chefe da Seccäo de<br />

Ensino AntOnio Theolin.do Trevizan, no planejamento e instalação dos<br />

prirnerios Cursos diretamente ministrados pelo SENAI no Paraná,<br />

merece set lembrada a competência e a rara dcdicacao ao ensino<br />

proflssional do prirneiro "Instrutor Chefe" Afonso Schinzel.<br />

A 1 de junho de 1944 vieram se juntar ao professor Trevizan<br />

os cornpetentes Professores Rubens de Assunçao Miranda e AntOnio<br />

fIR<br />

Weinhardt, que muito contribuIram corn sUa echl,<br />

capacidade e raro idealismo para traçar ogdi3do<br />

SENAI. 0 prinleiro, sempre preocupado corn a<br />

pelo eclucando: o segundo, corn seu ajustamento social cbntInuo<br />

desenvolvirnento da personalidade. Weinhardt, após se ter especializado<br />

na Franca cliriglu o setor de Selecão e 0rientaçãPdfis1onal,<br />

irnplantou os cursos vocacionais para alunos de 12 a .13 anos de idade<br />

que, além do conhecimento de ferramentas e matérias-primas procurava<br />

despertar nos nos jovens a melhor vocação profissional e O álMo<br />

criativo.<br />

0 exercIcio da gestão delegada pelo Departamento Nacional<br />

do SENA.1 no Estado do Paraná encerrou-se em 31 de dezembro de 1947<br />

corn a criacão e o reconhecimento da Federaçao das lnddstrias, que teve<br />

como conseqiiéncia a transformacão da Delegacia em Departamento<br />

Regional do SENAI na forma prevista pelo "Reginiento do Serviçn<br />

Nac.ional de Aprendizagem Industrial - SENAI", aprovado pelo Decrr<br />

to n 10.009, de 16 de juiho de 1942.<br />

Durante o ültimo ano da fase de Delegacia, o SENA! no<br />

Estado do Paraná irnplantou cursos de formaçao profissional em Curitiba<br />

e Ponta Grossa: adquiriu terrenos para a construcão de Escolas de<br />

Aprendizagern ciii Curitiba e Londruna. Nestas duas (iltimas den inIcio<br />

as obras de execuco dos projetos elaborados pela Divisão Técnica do<br />

Departamento Nacional.<br />

Nesse niesrno perlodo.' no Paraná foram ministrados Cursos<br />

de Ajustagem, Tornearia Mecânica, Fundiçao, Motor de Explosão.<br />

Eletricidade, Solda. Mecànica de Radio, Tornearia de Madeira e Construcäo<br />

Civil, corn urn total de 45 alunos concluintes.<br />

E interessante lembrar que após os alunos cotichiIrni as<br />

tarefas que compunharn a respectiva "Série MetOdita de Oficina",<br />

passavann a trahalhar em equipes multidisciplinares ii 66risifdq5b de<br />

máquinas, aparelhos on peças industrials, como aldéiV ajO't', fogio<br />

de cozinlia, portäo de ferro e rnohiliário que<br />

pecas industriais on vendidas a alunos e sidOs NA!. A<br />

aprendizagern de construçao civil atuava na consruão de muros e<br />

pequenas edificacOes. . . J.<br />

Foi uma época de salutar pioiieitismo lc-ado'et princIpios<br />

t..


4.<br />

racionais e pedagógicos da "Escola Nova" da qual o major arauto neste<br />

Estado era o Professor Erasmo Photo, Diretor Técnico da "Escola de<br />

Professores de Curitiba".<br />

3. DEPARTAMENTO REGIONAL DO SENAL DO PARANA<br />

fSsegufldo estabelecia o art. 12 do Regimento do SENAI,<br />

aprovado pelo Decreto W 9 10.009, de 16 de juiho de 1942, no Distrito<br />

Federal como também no Estado on Território em que houvesse<br />

federacão das inddstriàs, seria constituldo urn Conselho Regional<br />

"composto dos segu:iiltes mernebros: presidnte dafederaçao das indiistrias<br />

on seu representante, trés representantes dos sindicatos dos empregadores<br />

da indüstra, diretor do depattarnento regional do SENAL,<br />

Delegado Federal de Educaçao do Ministério da Educação e Sadde ou<br />

seu representante e urn representante do Ministério do Trabaiho. Inddstria<br />

e Comércio designado pelo Ministro"<br />

A Federaçao das Inddstrias do Estado do Paraná-FIEP foi<br />

criada por sete sindicatos em reunião do dia 28 de outubro de 1943, na<br />

sede do Sindicato da Inddstria do Mate, a rua Marechal Floriano<br />

Peixoto. 134. 2 aridar, tendo sido aclamado Presidente da Diretoria<br />

Provisória o Dr. Heitor Stockier de Franca, corn os seguintes membros:<br />

vice-presidente Arnaldo Paulo Lipmann, 1 9 secretário Manoel Francisco<br />

Correa, 2Q secretário Luis Alberto Langer, V tesoureiro Teófilo<br />

Kiarnas. 2 tesoureiro Julio C. Moura.<br />

)< Entretanto sua existéncia de direito aconteceu a partir de 18 de<br />

agosto de 1944 corn o reconhecimento peio Ministério do Trabaiho,<br />

lod(istria e Comércio e expedicao da respectiva "Carta". A filiaçao da<br />

PEP a Confederaçao Nacional da Inddstria-CNIaos 19 dias do més de<br />

outubro de 1946 ultirnou o processo jurIdico-administrativo exigido<br />

para o desmembramento do SENAJ/PR do SENAi/SC e sua caracterizacão<br />

corno Departamento Regional. Todavia passaria urn ano, trés<br />

meses e 13 dias para que essa condicao de fato Se tornasse de pleno<br />

direito.<br />

Segundo consta da ata de reunião da Federaçao das Indi:istrias<br />

do Estado do Paraná realizada aos 2 dias do mês de fevereiro de 1948,<br />

120<br />

localizada no EdifIcio Moreira Garcez, 8 Q andar, sala 810 nessa data, o<br />

Presidente Dr. Heitor Stockier de Franca du posse ao Eng Flausino<br />

Mendes da Silva que já vinha desempenhando as fnnçöes de Delegado,<br />

no cargo de Diretor do Departamento Regiofiäidi SENAI doParaná,<br />

para o qual havia sido nomeado peio Presidente do<br />

do SENA!, Dr. Euvaldo Lodi, pela Instruçao de Serviço n9 1I48d 7 de<br />

janeiro de 1948. 0 Conselho Regional que juntanlkflte cothrdDiretor<br />

Regional compoe a estrutura organizacional básica doSENAI, nos..<br />

Estados, so veio a set constituIdo meses depois. Em sua primeira reunião<br />

real izada a ii de agosto de 1948 estava assim representado: .<br />

a) Heitor Stockier de Franca - Presidente da Federaçãodas<br />

Indiistrias do Paraná;<br />

b) Alvaro Albuquerque - Representante do Ministério do<br />

Trahaiho, lnduistria e Comércio;<br />

c) Lauro Wilhelm - Representante do Ministdrio da Educação<br />

e Saüde;<br />

d) Jose' Bitencourt de Paula - do Sindicato da Indüstria da<br />

Construção Civil;<br />

e) Humberto Malucelli - do Sindicato da Indüstria da Madeira;<br />

f) Rodolfo Schinzei - do Sindicato da Inddstria Mecânica,<br />

Metalürgica e de Materiais Elétricos;<br />

g) Flausino Mendes da Silva - Diretor do Departarnento<br />

Regional do SENAI do Parana'.<br />

Para secretariat as reuniOes do Conselho, o sr. Presidente<br />

designou o servidor da Federacao das lnddstrias do Estado do Paraná-<br />

FLEP. Rômulo da Costa Faria.<br />

3.1 - Administração Presidente Hietor Stockler'deFrança<br />

0 Dr. Heitor Stockier de Franca era urn hotnern de visão<br />

global. Tudo o que assurnia fazia-o corn ideatistno edpIrito iii'bado.<br />

Nascido em Palmeira/PR em 05/11/188.drafithurnaiexisténcia<br />

de 86 anos, por onde passou deixou a rnar&tdeeiiprOfIcuo<br />

trabaiho, a luz de sua inteligência e o caIor.deucoacãOhdnsto e<br />

121<br />

I


ivagnnirno. Talentos para as atividades industriais e comerciaisj a Os<br />

liatia do hcrço. Seu pai, Capitäo João de Araüjo Franca heneficiou a<br />

economa paranaense coma industria!izaçäo e o comércio da erva-mate.<br />

d' cereals e criacão degado. Orfãoaos dois anos fora educado<br />

no ca nm ho do hem, da verdade, da honradez edo belo por sua geni.tora<br />

Leaudrina Marcondes Ribas Stockier, de ascendéncia campeira e por<br />

sua tia. Professora Ernestina da Conceiçao Stockier, de quem aprendera<br />

a prirnei ras letras.<br />

Como comerciário e escrivão da Coletoria Estadual de Renlas,<br />

exe.rcitou a Ihaneza do .trato corn as pessoas de todos os nIveis<br />

socinis. Abrindo sernpre novos caminhos corn passos firmes estabeleceu-se<br />

no centro de Curitiba corn indástria gráfica c Iivraria, a "Livraria<br />

MwidiaI. Formou-se em Direito. Desde a adolescéncia projetou-se no<br />

SCIO dos lieratos paranaenses corn obras de escol, narradas em prosa e<br />

vcts . Poeta dc alma sublime exaltou sempre o belo e os acontecimentos<br />

que dignificarn a espécie humana.<br />

Fiel as cliretrizes do Conseiho Nacional do SENAI do qual era<br />

rnenihro pot todos respeitadc, admirado e querido, presidiu o Conselho<br />

fe p,ionai liderando suas reuniOes corn competéncia, elevado senso de<br />

res1onsabilidade, so] idariedade e companheirismo scm preconceitos.<br />

Nas atividades do Departamento Regional do SENAL nao so<br />

ri'nl' corn absoluta lealdade o seu Diretor Regional, como apoiou<br />

td;as boas iniciafivas que dependiam de sua aprovação privativa, ou<br />

cIa :iprwaçäo do Conseiho Regional. 0 seu preslIgio junto ao Conselho<br />

Nacional da Entidade e particu!armente aos Presidentes da Confederacan<br />

Nacional da lndliistria trouxeram para o Parana' valiosos suhsIdios<br />

linanceiros e técnicos que auxiliaram sobremaneira a consolidaçao e a<br />

eficiéncia do SENAL neste Estado. Facilitararn e incentivaram as acOes<br />

(to D_ iretor Regional Eng Flausino MendesdaSilva e deseusauxi!iares.<br />

Grncas aossubsIdios financeiros acrescentados a receita normal<br />

do SENA! do Paraná foram concluldas as construcOes e equipados<br />

durante sua gestao os dois grandes Centros de Formacão Profissioal do<br />

norte e do sul do Estado corn sede em Londrina e Curitiba e exccuta.dos<br />

prograrnas dc formacão e aperfeiçoamento prof issionais nas principals<br />

ciclad.es do Estado.<br />

A!é.m dos inestirnáveis serviços prestados ao SENAI regional<br />

e nacional, colaborou na criacão do Servico Social da IndttiaS$J<br />

promoveu a instalação do mesrno no Estado do Paraná. Norneou<br />

Superintendéncia do SESI o competente e dedicado José Maiàihãb!<br />

Fi!ho, o qual prestou vahosos apoio ao SENAI/PR forta1eceit1 a<br />

cooperacäo entre as duas primeiras entidades que compunham o Sistema<br />

FIEP e auxiliando-as a se firmarem no conceito do meio empresarial.<br />

No inIcio da fase Departamenta!, o SENAI do Parana ja se<br />

encoritrava cstruturado corn urna Divisão de Ensino sob a chefia do Prof..<br />

Antonio Theo!indo Trevizan que englobava as SecçOes de Selecão:.e<br />

OrientacAo Profissional, que inclusive procedia a selecão do pesso.aI<br />

para a Administração e para as Unidades Operacionais sob a chefia do<br />

Prof. Antonio Weinhardt. A Inspetoria de Ensino sob a chefia do Prof.<br />

Louriva! Sponho!z. A segunda Divisão era a de Contabilidade. Essas<br />

duas DivisOes abrangiarn todas as acOes. meio e fim, do Departamento.<br />

Ao findar a administração do Presidente Dr. Heitor Stockier<br />

dc Franca, em outubro de 1.958.o Departmento Regional continuava sob<br />

a direção do Eng F!ansino Mendes da Silva, que tinha como subdiretor<br />

o Prof. Antonio Theolindo Trevizan.<br />

Nos Centros de Formacão Profissional de Curitiba e Londrina<br />

eram ministrados Cursos de A!faiate, Marceneiro. Pedreiro. Compositor<br />

Manual, Mecanotipista, Impressor, Encadernador. Ajustador. Serra-<br />

Iheiro. Mecânico de Auto. Toerneiro Mecânico, Soldador, MecAnico,<br />

Eletricista, Eletricista Instalador. Mecãnico de Radio. Mestre de Obras<br />

em Construção Civil, Motor de, Expiosäo, Afiador de Serras e Cursos<br />

Preparatórios para jovens e adultos.<br />

A matrIcu!a ascendia a 1.551 alunos, além da imp!antacão do<br />

Treinamento de Supervisores nas indüstrias, através do "Método TWI"<br />

a partir die 1957 e da prestacäo de assistência técnica aa!gumas<br />

indristrias cine colaboravam corn o SENAI na producão de peças e<br />

máquinas industriais, fornecendo rnatéria-prima para usinagern.<br />

Nas Indéstrias Kiahin de Ce!uiose e Papel,:em Monte Alegre<br />

eram ministrados diversos cursos de quaIificacãoeaperfeicoaniento<br />

profissionais, bern corno na cidade de Ponta Grossa, onde já havia sido<br />

adquirido o terreno no qual se situa o C.F.P. do SENAI.<br />

Fina!rnentc, por axiomático que pareça,'deve-se afirmar ciue<br />

o Dr. 1-leitor. peio muito que rea!izaou em favor do Estado do Paraná e<br />

123


particiilarrnente do SENAI e da paz social no Brash, não so merece o<br />

galardão da honra ao mérito, mas o tItulo de herói nacional.<br />

3.2 - Administraçao do Presidente Lydio Paulo Bettega<br />

Lydio Paulo Bettga é natural de Piraquara•-PR onde nasceu<br />

aos 15 dias cle jtrnho de 1904. Corn 10 anos mudou-se corn seus paisioão<br />

Bettega e Thereza Bettega para 13eunos Ayres, onde se ocupavam corn<br />

.0 comerc,o de madeira.<br />

Seus pais esmera•arn-se por ihe prOporcionar urna educação<br />

eclética abrangente corn sólida forrnaçâo básica 4 iñstruão técnica<br />

ohjetiva em comércio, economiae finanç-as, coroadaporconhecimentos<br />

h!tnianIsticos do major valor em LInguas Vivas, Fiiosofia Pura,<br />

Apologética, Psicologia, Literatura e História, ministrados no Colégio<br />

Santa Catar.na, Colégio San Carlos, Cotégio Federal Domingos<br />

Sarmiento e no Instituto Pio IX anexo a PontifIcia Universidade<br />

Católica. em Buenos Aires, Argentina.<br />

Retornou ao Brasil, corn a famIlia em 1924.<br />

Em 1928 já vamos encontrá-lo assumindo graves responsabiliclades<br />

dc Diretor-Gerente dos escritórios de representaçao e venda de<br />

madeira da empresa J. Bettega & Cia na cidade do Rio de Janeiro. De<br />

1930 em diante, as açOes de urn gênio criativo, do administrador<br />

competente. devotado ao trabalho perseverante e construtivo nao cessam.<br />

Cu!to e dinârnico, suas realizacOes se multiplicam em vrios<br />

setores das atividades indu•striais e cornerciais que da madeira passam<br />

pelo radio e televisão, pelas bebidas, pelo cinema e corndrcio de<br />

afflorndveis. Criando, expandindo e dirigindoempresas e agremiacOes<br />

sindicais traça uma das mais brilhantes trajetórias no cenário do progresso<br />

para.naense.<br />

Em 1958 Lydio Paulo Bettega é eleito Presidente da Federaço<br />

das lndistrias do Estado do Paraná. Nessa condicao preside pela<br />

primeira vez a reunião do Conselho Regional : do SENAI, a 3 de outubro<br />

clesse. ano.<br />

A sede da FIEP havia passado por imóveis locados, a começar<br />

pe.lo X andar do EdifIcho Morei.ra Garcez, sala 81. Na ocasião encontra-<br />

124<br />

va-se localizada a Rua Cornendador Araüjo .n.252, 3?,andr.<br />

Uma das primeiras e grandes reaiizaçOes.:de.stra gestão,<br />

assessorado por José Maranhão Filho que.como.Superiiitendente do<br />

Servico social da Indüstria-SESI já havia dado sua• dficiénte cola.boaçãø<br />

ao Pres idente Heitor Stockier de Franca foi aconstrucão do edifIio<br />

de nove andares para a instalacao da FIEP edo SESI; sito :à Rua Cndido<br />

de Abreu, 200 fiesta Capital. Desde então passoU a reunir alitânMM o<br />

Conselho Regional do SENAI.<br />

0 Conselho Regional do SENAI que presidiu pelaprimeira<br />

vez estava assim constituIdo:<br />

Lydio Paulo Bettega, Presidente<br />

Flausino Mendes da Silva, Diretor do Dep. Reg. do SENAI<br />

Rodolfo Schinzel, Representante da lndüstria<br />

Ney Aimeida Faria, Representante da Indüstria<br />

Lauro Wilhelm, Representante do Ministério da Educacao e<br />

Cultura.<br />

Na adrninistraçao regional do SENAL além do Diretor Fla.usino<br />

Mendes da Silva contava corn o Professor Antonio Theolindo Trevizan<br />

no cargo de Subdiretor Regional; Louriva! Sponholz, na Chefia da<br />

Divisão de Ensino; Milton Maggioni, na Chefia da Divisão de Contabilidade;<br />

Lauro Ribas Linhares, na Direção do C.F.P. de Curitiba e<br />

Normando Camargo da Silva na Direçao do C.F.P. de Londrina.<br />

Corn sua aprovaçao, por curto espaço de tempo, o Prof.<br />

Antonio Theolindo Trevizanexerceu cumulativarnente as funçOes de<br />

Interventor do Departamento Regional do SENAI, do Estado do Rhode<br />

Janeiro, tendo normal izado a situacão administrativa do rnesrno. Dessa<br />

missão foi dispensado em 17 de janeiro de 1962, tendo ijidicado para<br />

substitul-lo o Prof. Lourival Sponholz que permaneceu a frente daqii:ele<br />

Departamento Regional ate 31 de marco de 1962.<br />

No primeiro ano do mandato do Presidente. LydioPaulo<br />

Bettega foi consolidada a implantacao, no Paraná, do Tr6damento<br />

Profissional na indüstria què a partir do AperfeiçoaientodutSUpervisores,<br />

expandiu-se por todo o Estado 3 atingindopririeipaImente os<br />

nIveis de supervisao e geréncia intermediária Nesseano:foram atendidas<br />

107 indtstrias corn urn total de 1928 treinado<br />

Nesse mesmo perIodo passavam pelos cu.tôsdesenvo1vidos<br />

S


em unidades operacionais fixas do SENAL, em Curitiba, Ponta Grossa,<br />

Miinte Alegre e Londrina. 1551 aluno.s.<br />

Durante a década de 1958a 1968 em que exerceu niandatos de<br />

Prcside.nte d.a FederaçAo das Indistrias e do Conselho Regional do<br />

SENIM do Paraná. o .Dr. Lydio Paulo Bettega comandon, orientou e<br />

estirnulou corn espIrito criativo e atributos carismáticos de auténtico<br />

i(ler importantes tealizacoes do SENAI no Paraná, como por exemplo<br />

durante a admi nistraço do Diretor do Departamento Regional, Flausino<br />

Mencles:<br />

a) 0 planejamento e inIcio da construção do Centro de<br />

ormaçao Profissional do SENAI de Ponta Grossa, que por suas<br />

frial dadcs. em hornenagem ao saudoso Diretor, foi denominado "Cenlro<br />

dc Treinarnento e Adaptacäo Profissional Flausino Mendes", conforme<br />

aprovaço do Conseiho Regional do SENAI, constante da Ata da<br />

,'eun iäo real izada a 25/02/1965;<br />

h) a iniplantação do "Servico de Treinaniento na 1ndstria";<br />

c) oaperfeicoamentodeAdministradores, OrientadoresTéctacos<br />

c lnstrutores do Departamento Regional do SENA!, na Europa e<br />

Eslados Uniclos.<br />

Na administracao do Diretor Regional, Antonio Theolindo<br />

Trevzan nomeado em 23 de abril de 1962, por sua direta indicação ao<br />

Presideiite do Conseiho Nacional do SENAI, DomIcio Velloso da<br />

Silveira, corn apoio do Diretor do Departamento Nacional do SENAL.<br />

Paulo Affonso Horta Novaes:<br />

a) conclusão da constru(;ào do C.F.P. de Ponta Grossa (Ceritro<br />

de Treinarnento e Adpatacão Profissional Flausino Mendes);<br />

h) expansão da formacão profissional no Paraná atravds de<br />

cnvênios corn Orgos técnicos dos Ministérios da Educaço e do<br />

Traballit, (PIPMO e DNMO);<br />

c) estabelecimento de convénios entre o Departarnento Regional<br />

do SENA!. a Ministério das RelacOes Exteriores (Etamarati) e o<br />

'mi tél niergovernarnental Para MigracOes Europélas-CIME corn sede<br />

urn. (Jenebra. cu jos recursos daI oriundos permitiram equipar o "CETAP-<br />

Fiatiino Mendes', inclusive supri-lo de abundncia de água corn a<br />

construçäo dc urn poco artesiano e manté-lo por cinco anos. Embora<br />

altarnente vantajoso para o SENAI do Paraná, a aprovação desse<br />

1 20<br />

• 6nénio sofreu oposição de membros do Conseiho Regional, do Norte,<br />

somente tendo sido aprovado gracas ao prstIgio de que.oPresidente<br />

Lydio gozava junta ao Presidente do ConseihoNacional do SENA1,<br />

Thomas Pompeu de Souza Brasil Neto, a quabdeudecidido apoioao<br />

pleito do Paran. Nesta aitura merecem ser lembradoso ConsTdl.freiro<br />

Mtônio Carlos de Ahreu e Silva, representante do Itani riite os<br />

representantes do CIME no Brash, E.K.Rahardt e GuiiheriJoffiIy - as<br />

dois ditinios respectivamente Chefe e Chefe Adjunto da Missäo db<br />

CEME no Brasil - pelo apoio técnico e politico que semrpe deramàs<br />

iniciativas do Departamento Regional do SENAI do Parana:<br />

d) lan(;amento no Paraná do "Projeto Empresa", composto<br />

dos seguintes suhprojetos:<br />

- Administra(;ão do Treinamento<br />

Aprendizagem de Menores no Emprego<br />

Treinaniento de Supervisores<br />

Treinamento de Adultos<br />

- Reunião .Antial de Técnicos<br />

- Material Técnico de Divulgaçao;<br />

e) aprovacao dos Pianos Anuais de Trahalho do Departarnento<br />

Regional;<br />

f) <strong>aqui</strong>sicão de equipamentos para renovação e complementacão<br />

tdcnica do ensino, atravds do Banco Interamericano de Desenvolvirnento,<br />

corn contrapartida do SENAI e doacâo do Ministdrio da<br />

Educacão e Cuitura-MEC;<br />

g) comemoraçOes alusivas aos 25 anos do SENA!, em 1968.<br />

Todas as tunas de aiunosque se formaram no ano receheram a<br />

denorninaç5o de "Turma Jubileu de Prata", tendo a Presidente Lydio<br />

coma patrono.<br />

Pode-se afirmar que se oSENAI do Paraná do qued;heste ano<br />

que comemora seu cinqUenteuário de fundacäo. muito deve àcompetdncia,<br />

sensibilidade hurnana, interesse diuturno pelo progresso.da Indi)stnia<br />

e sobretudo a força do idealismo empregado para alcanç'àtrne1hores<br />

condiçOes de vida para a classe trabaihadora, par esePresidente"do<br />

Conselho Regional do SENAI.<br />

Lyclio Paulo Bettega, assirn como Heitor Stockler de Franca<br />

representam a "Fase Pioneira do SENA1n6Etd doParará'..Qpapel<br />

127


E<br />

I4<br />

qie desempenharani no carninho luminoso de suas vidas no comércio,<br />

na induistria, na educaçao técnica e na busca da paz social jamais deverá<br />

ser esquecido na história do Paraná e do Brasil.<br />

A produção do Departamento Regional do SENAL, no ültimo<br />

ano de sua gestão foi de 2521 matrIculas de alunos, e 123 turmas,<br />

qual.ificados on aperfeicoados em cursos de capacitação técnica, ministrados<br />

nos Centros de Formação Prof issional de Curitiba, Ponta Grossa,<br />

Monte Alegre e Londrina, no local de trabalho e em dezenas de<br />

rnunicIpios, abrangendo 291 empresas do setor secundário da econo-<br />

mia.<br />

Finalmente é mister destacar o grande apreco dedicado pot<br />

esse Presidente aos serviddores do SENA!, manifestado principalmente<br />

pot ocasião das solenidades realizadas para comemorar o Jubileu de<br />

Prata da instalação do SENAL no Estado do Paraná.<br />

0 Presidente Lydio não so participou da elaboracao do programa<br />

conio tomou pane ativa em todas as solenidades.<br />

Todos os servidores foram premiados corn cheques bancários.<br />

Aqueles admitidos ha mais de 5, 10, 15 e 20 anos foram homenageados<br />

corn uma insignia de onto, onde se destacava o nümero de anos de<br />

serviços prestados ao SENAI do Parana', sobre urn campo azul.<br />

3.3 - Administração Presideñte Mario De Marl<br />

Mario De Mari nasceu em Curitiba, em 6 de setembro de<br />

1923. E Iii ho de Augusto e Henriqueta De Man. Seu pai foi comerciante<br />

estabelecido em Curitiba, corn armazém de secos e molhados e materials<br />

para construção civil a quem, o jovem De Mari,na adolescéncia,<br />

Preston destemida colaboraçAo. Casado corn Ursula Elizabeth Henriete<br />

De Mari, teve dois filhos: Carmem Lécia De Mari Ribas e Mario De<br />

Mari Jt'inior.<br />

No Ian, na escola e na universidade recebeu esmerada e<br />

completa educação básica e superior. Em 1946 formou-se em Engenhana<br />

Civil na Universidade Federal do Parana'.<br />

Participou de vánios cursos nas areas de Anquitetura, Admin<br />

istração e Economi a quando teve oportunidade de aprofundar e alargar<br />

128<br />

os conhecimentos que servitam de forte apoiO parao desltichar<br />

eficiente de sua carreira técnica e para projet a- 'r. siIa..striuIar 1SI19iit<br />

dade no mundo cientIfico, no setor industrial eno compleko ëTp&a<br />

polItica sindical, havendo-se sempre corn excepcioi lbri1haiitisiiti. Na<br />

busca constante de novas informaçöes, trilhou os pnincipai ninho<br />

do mundo cnn missOes especIficas dos cargos que ocupavaOupa ainda<br />

hoje, on smmplesmente pela sede de desbravar o descoiihcidot Vist<br />

cerca de cento e cinquenta palses, absorvendo e divtilgalido euln*4<br />

conhecimentos técnicos e sociais deste e de outros continentestjb<br />

No setor püblico desernpenhou irnportantes funcOes i(Pf<br />

feitura Municipal de Curitiba. No setor privado criou e corna;iidtu<br />

grandes empresas. Participou de organizaçöes e missOes de planejamento<br />

e desenvolvirnento social e econômico do Estado do Paraná.<br />

Tomou parte ativa em organizacöes de grande alcance social, corno por.<br />

exemplo: Governador da Associacão Internacional do Lions Clube,<br />

Presidente do Conselho do Projeto Rondon do Paraná, Presidentedo<br />

Movimento Brasileiro de Alfabetização em Curitiba e de dezenas de<br />

outras entidades pbIicas, particulates e agremiacOes sinclicais básicas<br />

e de grau superior. Oficial da Reserva do Exército Nacional, durante a<br />

Segunda Guerra Mundial incoiporado a tropa, realizou valioso trahal ho<br />

na preparacão de contingentes militates, tornando-os aptos a defesa da<br />

pátria, tanto no pals como nos campos de bataiha da veiha Europa.<br />

Terminada a guenra retortion a seus mtultiplos afazeres na vida civil.<br />

Eleito presidente da Federacao das lndtistnias do Estado do<br />

Pananá ern substituiçao ao industrial Lydio Paulo Bettega, tomou posse<br />

no dia l de outubro de .1968. Como Presidente nato. nessa qualidade<br />

assume a lideranca do Conselho Regional do SENAI, presidindo sua<br />

primeira reunião aos 30 dias desse mesmo més. Nessa ocasiäo o<br />

Consel ho Regional do SENAL estava assim constituIdo: Mario Dc Man;<br />

presidente; Roberto Faria Affonso da Costa, representante do Ministério<br />

da Educacão e Cultura; Ewaldo Hohmann, representante do M ,hiistério<br />

do Trabalho e Previdéncia Social; AntônioTheolindo Trevizan,<br />

Diretor do Departamento Regional do SENAL Como Secretário<br />

Executivo era mantido o Dr. SIlvio Maggioni Jñnioryqutambérn<br />

exercia as funçOes de Chefe da DivisaodeAdrniflistracao do Departamento<br />

Regional. Na reuniâo seguinte, alétn dosConseiheiros aponta-<br />

129


dos. foram empossados mais Os Conseiheiros: Mules LuIs Zaniolo,<br />

Atigusfo Senegal ia e Lydio Paulo Bettega, representantes das atividades<br />

industriais. A constituiçãO do Conseiho Regional do SENAI do Paraná<br />

sofreri.a várias alteraçOes ao longo dos dois mandatos do Presidente<br />

Mario Dc Marl.<br />

Durante OS Sets anosqlie, corno Presidente da Federaçao das<br />

Endistrias exerceu, ex-vi de dispOsitivo regimental do SENAI, as<br />

funçOes de Presidente do Conselilo Regional, realizou nessa lnstituicão<br />

de ejisiflOteCfliCO iittportatitesObts novas e melhorou as já existentes.<br />

No correr da administraãn do Ditetor do Departarnento Regional<br />

Antonio Theolindo Trevian entre tittos; foram executados os seguintes<br />

pro jetos aprovados na gestão doPresideflte anterior:<br />

a) Construção de mais.um pavilhão no C.F.P. de Curitiba,<br />

corn 1538m2 destinado as instalaçöes deuma oficina de aprendizagern<br />

de matrizeiros, treinamento em rnáquinas operatrizes e a instalacão da<br />

Divisão dc Treinam.ento;<br />

h) Construção, instalação e inauguracão do C.F.P. de<br />

Paranaguit;<br />

c) Construção e parte da instalacão da Escola SENAI e<br />

Centro Técnico de Celulose e Papel de Telémaco Borba.<br />

Foram ainda aprovadas e dinamizadas as seguintes açOes:<br />

a) tendo em vista que o Centro de Treinamento e Formacão<br />

de Mão-de-Obra de Monte Alegre seria absorvido pela Escola SENAI<br />

e Centro Técnico de Celulose e Papel de Teldmaco Borba e que o seu<br />

coordenador, Prof. Orual Nen&ioBoska era a pessoa indicada para<br />

dirigi-lo, foi o mesmo enviadO a Tutifli. na ItáIia, para freqQentar o<br />

Curso de Administraão dc lt titlit6edeFJrfl1aqão Profissional no<br />

('entro de AperfeicoathentO Thciid e.PtofisioPaI da Organizacão<br />

Internacional do Trabalho'OiT<br />

h) continuacão dOi CWIVEftio corn o Comité<br />

Intergovernamental para Migra ropéias(C1ME) que desenvolvia<br />

urn progranla de qualificaç pTOf?ssinàIda aduitos procedentes do<br />

interior do Estado e de adaptaao ptOfiThial pata irnigrantes proce-<br />

dentes da Europa;<br />

c) dinamização de convéttiOs corn os Mini stérios do Traba-<br />

Iho e cia Educaçäo e Cultura (DNMO e PIPMO) os quais possibilitaram<br />

/3()<br />

t.<br />

- -_<br />

aumentar Os cursos de qualificacao profissional de adultos c inclusive<br />

a formação profissional de centenas de jovens conscritos militares,<br />

antes de deixarern Os quartéis;<br />

d) convênio SENAJ - Instituto Euvaldo Lodi e Uhiversidade<br />

Federal do Paraná para treinaniento dc estudantes de Cursos Superiore<br />

das areas técnicas de Mecânica e Eletricidade;<br />

e) convénio SUDESUL para pesquisa de mão-deobra: e<br />

necessidadesde form a(;ãoprofissional. Essapesquisafornece!eleihentos<br />

para a elaboracão e exedução de urn importante prograrna de<br />

formacao profissional para trabaihadores da Indüstria da Construçao<br />

Civil, executado em convénio corn o Departamento Nacional de Maode-Obra<br />

do MTPS. Os alunos receberarn. "Bolsa AuxIlio" em diriheiro<br />

durante o durso. Os concluintes receberam inclusive jogo de ferramentas;<br />

f) 0 ESTABELECIMENTO DE CONVENLO COM 0<br />

GOVERNO DO ESTADO DO PARANA PARA A REALIzAcA0<br />

DE CURSOS DE APRENDIZAGEM COM EQUIVALENCIA DO l.<br />

GRAU DO ENSINO FORMAL, PREVISTA NA LEI N L 5692, DE<br />

1971;<br />

g) participação do Departamento Regional do SENAI na<br />

"Feira Nacional de Engenharia e Ind6stria".<br />

A 08/1 1/1972 o Consultor Técnico Antonio Theolindo<br />

Trevizan foi dispensado das funcöes de Diretor do Departamnto<br />

Regional. Terminava nessa data a fase do pioneirismo do SENAI. no<br />

Estado do Paraná. Surgia nesse final de ano o grande parque industrial<br />

de Curitiba, situado na periferia sul da cidade. Otitros parques a seguir<br />

sinstalariam nos principais pólos de desenvoIvimentoeconOrnico'd.ii<br />

Estado, como os de Ponta Grossa, Londrina, Cacavel e outros..<br />

substituir o Prof. Trevizan, pot indicacâo do PresidenteMário Dc Mafi,<br />

o :Presidente do Conseiho Nacional do SENAI,Thornaz.Poi'h1de<br />

SOuza Brasil Netto, nomeou "pro tempore", osubditb8OMptamento<br />

Prof. Lourival Sponholz, na mesma datã08/1 1Ii972t<br />

Devido ao curto lapso de sua adm.iflistrà'o...itf Lourival.<br />

aeiias deu continuidade aos "Plaiiosda Th1ltO pOados .i1c<br />

Conselho Regional para os exercIciosde :197/dS'iã tnereei<br />

destaque as providéncias que tomotli ara caiuI plait4ão do Curso<br />

131


I<br />

U U<br />

TéCniCO de Celulose e Papel na Escola SENAT e Centro Tdcnico de<br />

(elulose. e Papel de Telêmaco Borba, de forma a permitir oinIcio de suas<br />

tivdades a l de marco de 1973.<br />

A 13/03/1973 o Prof. Lourival Sponholz foi dispensado das<br />

funçoes de .Diretor Regional "pro tempore", retornando a suas funcOes<br />

normais de "Diretot Regional Adjunto". Pot indicacão do Presidente do<br />

('onseiho Regional Eng Mario De Mari,para dirigir o Departarnento<br />

Regional do SENAI do Parana' , neSta msrna data e nomeado o Dr.<br />

(ierôni.rnlo de Macedo Mali que já ocupara o cargo de Vice-Presidente<br />

cia Federaçäo das lndcistrias do Etado do Paraná.<br />

Durante a administtaão do Dr. Gerônimo, o SENAL do<br />

Parni continuou a se expandir, tanto no que se refere ao leque dos<br />

tItiiios ocupacionais, quanto a sua capacidade fIsica.<br />

Ainda sob a liderança do Presidente Mario De Mari e a<br />

aclmiiiistração do Dr. Gerônimo foi inaugurada a Escola SENA! e<br />

Centro Técnico de Celulose e Papel de Telêmaco Borba e ainda como<br />

iniciativa de grande alcance, na expansão dos serviços do SENAI,<br />

verificou-se a cniacão e irnplantacão do Centro de Unidades Móveis de<br />

Formação Profissional. Nesse contexto merece especial destaque o<br />

irabaiho desenvolvido pelo então Chefe da Divisão de Ensino, Prof.<br />

Lauro Rihas Linhares, urn dos mais diligentes pioneiros do SENAI do<br />

Parami. que admitido em 19/07/1944 iniciou suas atividades conio<br />

professor na "Escola da Mina do Mato", da Companhia Metropolitana,<br />

de exfração de cart'ão, em Cniciáma, Santa Catarina. Corn seu dinamismoe<br />

invuIgardediaco as at-ividads doSENAI, Lauro Ribas Linhares,<br />

via- gestöes do Diretor Gerônirno 'de Macedo Molli e do Presidente<br />

Mario De Man, foi o principal inh.tivdOt da criacão do "Centro de<br />

Unidades Móveis de<br />

Dezenas de " 0jdades"eficaZmgflteequips e corn Instrutores<br />

treinados tornaram-se àptasa atender à'demanda de formacão<br />

profissional, presente rnesrno nos mais rernotos municIpioS do Estado<br />

do Paraná. No ñltimo exercIcio dagestaodoPESideflte Mario De Man<br />

euicerrado em 31/09/1974, o Departamento Regional do SENAI do<br />

Parana' efetuo \ em seus Cursos e Trehiatiento, 7.202 matrIculas,<br />

inclitindo alunos dos Cursos de AprendiZageirrCOrn equivalência do l<br />

132<br />

grau do ensino formal supletivo, atendendoa856 reã:J,do setor.<br />

secundánio da economia. A crença, a fé e oideaiinsnOncaeionalda<br />

todos os servidores do SENAI do Parahá obbjetiv : sdessa Institiiid<br />

ção; a busca de meihores dias para a<br />

Paz<br />

prosperidade para todos os brasileiros a<br />

caprichosos da saga humana - testeniunhavam mäisuave arIua<br />

gestão do Presidente MSnio De Man.<br />

3.4 - Administração Presidente Altavir Zanhillo cw<br />

I<br />

'*01 ;ç1I<br />

Attavir Zaniolo nasceu em São José dos Pinhais-PR, a 22/071<br />

1922. Filho do sr. Modesto Zaniolo e Dona Julia B. Zaniolo. Contraiu<br />

nüpcias corn a sra. Elza M. Zaniolo, de cujo matrimônio nasceram os<br />

filhos Luis César, Cantos Roberto e Jtilia Maria.<br />

E administradon de Empresas, Contador e Industrial.<br />

Suas atividades profissionais atestam urn elevado nivel de<br />

competéncia tdcnica e excepcional tinocInio no campo de funçOes<br />

administrativas e das relacoes sociais.<br />

Tais qualidades permitiram-Ihe exercer o cornando diretivo<br />

de importantes empresas e ocupar posiçaode destaque na liderança da<br />

polItica sindical, principalmente de categonias econômicas do Estado do<br />

Pataná, como por exemplo na Indéstnia da Madeira Zalilolo S/A;<br />

Agnopecuaria Florestal AMA Ltda., Presidente da FederacaO das 1ndüs<br />

tnias do Estado do Paraná, na Vice-Presidéncia da Confedetação Naèi'<br />

oñal da Ind6stnia-CN1, na Presidéncia do Sindicato da thdñstria.d..<br />

Laminados e Compensados do Parané, Presidente da Comisãoi4e'<br />

Desenvolvimento da Pequena e Media Indñstnia junto a CNLédZPas<br />

de outros cargos de igual relevo em dezenas de ditris


econOmico e social dos paranaenses, bern corno a prosperidade nacional.<br />

Altavir Zaniolo por sua luta diuturna a favor da indüstria<br />

parariaense e nacional, por suas açOes a favor das categorias econôrnicas<br />

I- profissionais, do progresso dos trabaihadores impulsionados pela<br />

edicacão técnica, pela grandeza de alma que estampa em suas relacoes<br />

interpessoais, pelo exemplo que sempre deu de homem honesto e<br />

lionrado. dedicado ao trabalho, a famIlia e a pátria - bern merece o tItulo<br />

de "Cidadão Eminente do Parariá".<br />

• Eleito Presidnte da Federacao das Indt'istrias do Paraná,<br />

inicion sua gestão a 1/10/1974.<br />

POT ter convivido corn o SENAI vários anos, quando no<br />

exeucIcio de Vice-Presiente da FIEP, conhecia bern os critérios e<br />

objetivos dessa lnstituiçao.<br />

Ex-vi do sell mandato de Presidente nato do Conselho Regional<br />

do SENAI do Paraná, presidiu sua primeira reunião a 28 de outubro<br />

de 1974. Naquela data, o mencionado órgão normativo de aconipanhamento<br />

e controle das atividades do Departrnento Regional do SENA!<br />

estava assini constituIdo: Altavir Zaniolo, Presidente; Evaldo Hohmann,<br />

representante do Ministério do Trabaiho; Ivo Mezzadri, representante<br />

do Ministério da Educacão e Cultura; Gerônimo de Macedo Molli,<br />

Diretor do Departamento Reginonal do SENAI; Lydio Paulo Bettega,<br />

Geraklo Hens e Miguel Arquimedes Richiter, representantes da Indilstria,<br />

seguidos de mais os suplentes Orlando Cmi, Anacleto Busato e João<br />

Manfredo W. Siemens.<br />

Ao assumir a Presidéncia do CdnseIhoRegional do SENAI,<br />

Altavir Zaniolo encontrou na direcoadmithstratiyatécnica e operacional<br />

do Departarnento Regional umafOtte, ecpefiente ededicada equipe<br />

de qervidores, preparada paia cOrnfflthito tabalhO e competéncia ir ao<br />

encontro dos anseios do novo Presidente, de dinamizar e expandir as<br />

açñes do SENA! na mesma proporç5o.•rue1resciamos parques i.ndustriais,<br />

os transportes e as comunicacOeseni todo o Estado e consequentemente<br />

o seu suporte financeiro. Alérncto Diretor Regional Gerônimo<br />

de Macedo Molli, e do Diretor Regional Adjunto Lourival Sponholz,<br />

destacavani-se por sua capacidade, eperincia e dinamismo o Dr.<br />

Silvio Maggiorini Jinior na Chefia da Divisão de Administraçâo; o<br />

134<br />

Adrninistrador Mariano Rodrigues<br />

Planejamento, EstatItica e COntrole; O tin na<br />

Chefia da Divisão de Ensifio; o Dr.<br />

Divisão de Treinawento; o Dr. Luis<br />

JurIdica.<br />

Corn essa equipe de escol,<br />

da faina industrial, corn seriedade de prop5sitos e<br />

fora difIcil Para o Presidente Altavir pôr em ptátitodéoji.thi<br />

aspiraçOes de grande alcance. Assim é que nos , l2arlos A frfltdffs<br />

destinos do SENAI do Paraná permitiram-Ihe osfadoscriar e acrestht<br />

tar iniImeras tlnidades Operacionais a capacidade já istM'l do<br />

Departamento Regional, gerar e estimular novas acoes 4ne iriam<br />

caracterizar urna das fases de maior crescimento do SENAI no Estado.<br />

Entre suas principais realizaçOes que do corneco ao fini de setis<br />

mandatos, contou corn a colaboraçao imediata do Diretor Regioiiál<br />

Gerônimo de Macedo Molli, contam-se as seguintes: Ji<br />

a) A construçâo e instalaçao do C.R.P. da Cidade lndustial<br />

de Curitiba;<br />

b) a ampliação da sede do Departarnento Regional e do<br />

C.F.P. de Curitiba corn a construçaode novos artxt;<br />

d) a arnpliação do C.F.P. de Londrii1a,cti a cOnstruçäo de<br />

novas dependéncias;<br />

e) a ampliaçao do C.F.P. de Ponta Grossa corn novas edifi-<br />

CacOes;<br />

a instalaçao do C.F.P. de Foz do Iguacu;<br />

g) a <strong>aqui</strong>siçao de uma area corn 454 1m2, sita a RtlaJdão<br />

Viana Seiler, em Curitiba, destinada a nova sede do Depattaifiento<br />

Regional do SENAI;<br />

h) a construção e instalaçao do C.F.P. de União da Vitória<br />

i) a construção e instalaçao do C.F.P. de Pato Branco;<br />

j) a construcão e instalaçao da "Escola Técnica de dail<br />

niento" em nIvel de 2 0 grau do ensino formal supletivo na Cithdá<br />

Industrial de Curitiba.<br />

M44<br />

Além dessas realizaçOes, em caráter definitivo, contfibfifi-am<br />

o ensino do SENAI no interior do Estado, a S1a56 doe<br />

Ntileos de Formaçao Profissional nas sedes dos rnuThipios d


(nnapI.!ava. Rio Branco do Sul e Apucarana.<br />

Para adaptar ou ampliar os C.F.Ps. de maneira a comportarem<br />

frrniaço profissional em major nñmero de tItulos ocupacionais, Aitavir<br />

r'l!znu, corn apoio da Administraçao do Departamento Regional, tim<br />

arplo programa de reformas e melhorias nos espaços fIsicos e nas<br />

inctalacOes das Unidades Operacionais fixas do Departamento Regional,<br />

devon Para cerca de trés dezenasas Unidades Móveis tornando-as<br />

aptas a ministrar forniacão profisisonal e treinamento em mais de uma<br />

centeua dc ocupacOes qualificadas, do saneamento a eletrônica.<br />

Dinamizou e e.xpandiu as açöes decorrentes de convénios corn<br />

entidacles estaduais e federals, da administraçao piiblia direta e indireta<br />

Em 1986, derradeiro ano de seu mandato à•frente do Conseiho<br />

Regional do SENAI, as Unidades Operacionais do Departamento<br />

Regional atingiram a elevada cifra de 42.177 matrIculas de trabaihadores<br />

em Cursos e Treinamento profissionais realizados na capital e no<br />

interior do Estado, o que por Si SO seria bastante para consagrar uma<br />

eficiente aclministraçao.<br />

Trés fatores importantes contribuIrarn Para o sucesso da<br />

A d miriistraçao do Presidente Altavir Zaniolo:<br />

1 - a capacidade e a dedicacão do Presidente;<br />

- a qualidade, criatividade e o idealismo do Diretor Regional<br />

do SENAL e de sua equipe;<br />

- a confiança e certeza de todo o pessoal da Adminisstração<br />

e das Unidades Operaciona .is do Departamento Regional na competéncia<br />

e nos critérios de justiça tanto do CnseIho como das Chefias<br />

regionals.<br />

3.5 - Administracäo Presidente Jorge Aloysio Weber<br />

0 industrial Jorge Aloysio'Weber fol empossado pela primeira<br />

vez no cargo de Presidente da Fecleracao das indüstrias do Paraná em<br />

1.0/10/1986. Nesse cargo adquiriu a qualidade de presidente nato do<br />

Coriseiho Regional do SENAI.<br />

E natural de Passo Fundo-RS onderia•sceu em 1928. E filho do<br />

sr. Frederico Bernardo Weber e Da. Nila Marques Weber. Contrai.0<br />

.136<br />

nipcias corn a senhora Maria Lulsa RennevWber,duj&matrimóio<br />

nasceram as filhas Marta e Carmem Teve apurada eduGaçãbasicae<br />

superior no lar e na escola, formando-se Contbilista Professor'de<br />

Escolas Tecnicas de Contabilidade,<br />

Organizacao e Métodos em seuEstado natai.' .'. ;.<br />

Em Porto Alegre e Buenos Ayresrtcve 'opor Ià1 de..<br />

aperfeiçoar e aprofundar seus conhecimento nas areas iidUrit<br />

comcrcial principalmente na administracao de empresas, dti'Ubs<br />

comerciais, alta geréncla, economia e psicologia das rela60-11dustfi<br />

ais Pôs em pratica sua capacidade técnica e de relacoe interpessoaise.<br />

sociais em atividades desenvolvidas na Universidadedo Rio Grandd. 4.<br />

Sul e em funcOes administrativas exercidas junto ao governo do EStad<br />

de Santa Catarina.<br />

Em 1964 veio fixar-se em Curitiba, onde como enipresio .<br />

passou a desenvolver atividades no comdrcio e na inddstria,ha<br />

fabricacao e venda de produts de escritório e de artes gráficas1<br />

Uma personalidade aberta, genuIna e comunicativa desde<br />

logo abriu-lhe espaco na Iiderança de associaçOes cornuilitárias e de<br />

categorias econômicas. Entre os muitos cargos importantes tjue exercefli<br />

e exerce estão os de Presidente da Federacao das 1nsd6striasdoP-aran4-<br />

Presidente dos Conselhos Regionais do Serviço Naciona1de<br />

Aprendizaagem Industrial-SENAI e do Serviço Social da IndisWia<br />

SESI, Diretor Geral deste tiltimo e Diretor Geral do Instituto Euvaldo<br />

Lodi-IEL; Presidente do Centro de lndiistrias do Estado do Pârariá e<br />

Vice-Presidente da Confederacao Nacional da lndi'istria-CNI; Presi,<br />

dente da ABIGRAF/PR. membro do Conseiho de Desenvolvirnentoda,<br />

PontifIcia Universidade Católica do Paraná-PUC PR; Presidenteid<br />

Conseiho do Servico Brasileiro de Assisténcia a Pequena e Mda<br />

Empresa-SEBRAE/PR e Presidente do Sindicato da lndtistria G.ráfi,a<br />

do Estado do Parana, Presidente da Comissão de Orçamento doCoie-<br />

Iho Nacional do Serviço Social da Industria-SESI e representánte da<br />

Confederaçao Nacional da lndCistria na Organizacao das Naçöes Uni.. 4:<br />

das-ONU.<br />

Eleito em 22/08/1986, tomou posse do cargo de Presidenteda;<br />

Fderação das Industrias do Estado do Parana em 1 2 de oumbro<br />

segainle. .;..J<br />

I-<br />

137<br />

-..--


A 09/110/86 presidiu pela primeira vez o Conselho Regional<br />

do SENAI. Nessa ocasião esse órgao do sistema FIEP estava assim<br />

constituldo; Jorge Alysio Weber, Presidente; Gil José Galli, representante<br />

do Ministério do Trabaiho; Waldomiro Koialanskas Fliho, representante<br />

das categorias econômicas dos Transportes, das Comunicaçñes<br />

e cia Pesca e, empossados na mesma reunião, Mario De Man, João<br />

Baptista Fontana e Cnistovam Linero Sobrinho, representantes das<br />

atividades industriais, que tinhani como suplentes João Manfredo<br />

Warkentin Siemens, Hélio Brugmann de Campos e Armando Moura.<br />

Oilson Schmidt era mantido na funcão de Secretário Executivo do<br />

re.ferido Conselho.<br />

Por Portania baixada pelo Presidente do Conselho Nacional do<br />

SEN.AI datacla de 29/01/1988 que entrou em vigor a 31 desse mesmo<br />

més. o Dr. Gerônimo de Macedo Molli, em conseqüéncia de intermediaço<br />

do Presidente Jorge Aloysio Weber foi dispensado do cargo de<br />

Diretor do Departamento Regional do SENAL do Paraná, funçOes essas<br />

qite vinha desempenhando desde 13/03/1973.<br />

Durante a gesto do Presidente Jorge A. Weber e a adminisfracio<br />

do Diretor Gerônimo de Macedo Molli merecem especial destaque<br />

a instalaçao do Nücleo de Formacao Profissional na sede do<br />

rnunicIpio de Toledo, que contemplando a laboriosa e próspera região<br />

do Oeste. e os inmeros melhoramentos técnicos decorrentes de equipamentos<br />

novos ou renovados introduzidos nas Unidades Operacionais.<br />

EdifIcios existentes foram reformados e instalaçOes substituIdas e<br />

nielhoradas.<br />

Ao terniinar a geréncia do Departamento Regional do SENAL,<br />

(Ie.rônimo de Macedo Moli tinha como octipãntës dos principals cargos<br />

de chefia os seguintes servidores: Matianó Rodrigues do Carmo,<br />

Assessor Geral; César Gomes Pessoa Assesor rFdcnico; Edésio Govéa<br />

Filho. Auditor Geral; Oilson Schmidt, Dittot Administrativo-Financeiro:<br />

Joao Barreto Lopes, DiretordeRcursoSHurna pos; Nelson Daher<br />

Santos. Diretor de Planejamento, Pesquisae : AVatiacao; Orual Nemézio<br />

Boska, Diretor de Forrnaçao Profissional.<br />

Por intercessão do Presidente Jorge A. Weber junto ao Presidenfe<br />

do Conselho Nacional do SENAI,senador Albano Franco, foi<br />

nomeado para o cargo de confiança de Diretor do Departamento<br />

138<br />

r<br />

Regional do SENAI do Paraná o economists Ito Vieira;cdineercicio<br />

a partir de 12/02/1988.<br />

Ito Vieira e dessas personagens que no teatro da vida abrti<br />

caminho, caminhando luzes endogenas iluminam a triIha'd.&is<br />

passos. Graças ao caráter genulno de seus atos, dificuldade queoiitm<br />

pareciam inertes, tornam-se flexiveis e permeáveis a mudanaórtünas<br />

e promissoras. Abrindo caminho, caniinhando; pelas.std1asde<br />

uma adolescéncia severa, porém sem jaca, seus pais e avós indicaran<br />

lhe as oportunidades, segundo as quais as circunstãncias econônii<br />

sociais que o rodeavam poderiàm permitir-Ihe sucesso no traha1hcrtä<br />

vida.<br />

'oq.<br />

Sua formacão básica, a par de estudos propedéuticc$s. de)1e<br />

29 graus, iniciou-se corn o Curso de Aprendizagem em ArtésGtáfiâs<br />

no Centro de Formaçao Profissional do SENAI de Curitiba. Iilgtessaiido<br />

no mundo do trabalho ainda jovem, passou por várias empresas,<br />

desempenhando fun, çOes em ocupaçOes cia i ndiistria gráfica ascendeü ãb<br />

nIvel de supervisor de produçao.<br />

A 10/02/1967, corn 27 anos ingressou no SENAI para des'eipenhar<br />

as funcOes de Instrutor de Aprendizagem no C.F.P. de Curitii5.<br />

0 born filho a casa tornava. Subindo sempre, abrindo caminho cathinhando,<br />

ocupou cargos e desempenhou funçães de InstrutOr de Trinamento<br />

na area de Higiene e Seguranca do Trabaiho, OrientadbrTécnico<br />

Empresarial para montagem de programas de Forrnacao ProfissionaF<br />

corn incentivos fiscais proporcionados pela Lei n 2697/75 e Acordos<br />

para a nealizaçao da Aprendizagem Metódica no Próprio Empt<br />

Assistente de Direcão do Centro de Formacao Profissional do SENAI<br />

de Curitiba, Diretor do Centro de Formacão Profissional da Cidade<br />

Industrial de Curitiba e antes de ocupar o atual cargo de Diretor Regional<br />

exercia as funçOes de Chefe cia Divisão de Treinamento do DepartimeP<br />

to Regional do SENAI.<br />

Ao mesmo tempo que traçava uma das mais briIhntes tr4tórias<br />

jamais percorrida pot outros servidores do Serviço Nacion1d<br />

Aprendizagem Industrial em todo opals, complementava sua forthc..<br />

técnica e humanlstica em cursos de nivel médio e superior, taisind:<br />

Técnico de Contabilidade, Bacharel em Ciéncias Econ6micas1rfs<br />

sor de Disciplinas EspecIficas de 2 grau, Técnico de Seuranca do<br />

_.<br />

,g. '


Trahaiho, Tecnologia Educacional, Desenvolvimento Gerencial e ontros;<br />

paiticipava de seminários nas areas técnica e pedagógica e realiza-<br />

va viageris de estudos e observação especialmente no campo da Forma-<br />

c Profissional.<br />

Já no ano seguinte ao da sua investidura no cargo de Diretor<br />

do DepartamentO Regional do SENAI, corn apoio e aprovacão do<br />

Presidente do Conseiho Regional do SENAI, Jorge Aloysio Weber<br />

ii itroduziu sensivel alteração na estrutura organizacional do referido<br />

rgao tornando-a mais ágil, eficaz e econômica: cargos de chefia são<br />

rernanejados. Corn as alteraçOes aconteidasa cCipula.de sun equipe de<br />

apoio técnico e administrativo ficou assim constituIda: Mariano<br />

Rodrigues do Carmo, Diretor Adjuntodo Depart.anlento Regional<br />

Acijunto: César Gomes Pessoa, Dirétor Ténico; Oiison Schmidt, Diretor<br />

Aciministrativo-FinanceiTO; NelsomDaher Santos,Assssor:de Planejamento;<br />

Mardeval Fornarolli, Assessor da Dirtoria Técnica; Danilo<br />

Benedito Jenrich, Assessorda Diretoria Administrativo-Fiflaflceira<br />

Martini José Jadyr Pereira, Chefe da Divisão de Ensino; Carlos Eduardo<br />

Rocha. Chefe da Divisâo de Assistência as Empresas; Percy Engel,<br />

Chele cia Divisão de Apoio Técnico e DesenvolvimentO de Pessoal; José<br />

Mainardes Lopes, Chefe da Divisão Contabil-Financeira; João Barreto<br />

Lopes. Chefe da Divisão de Recursos Humanos e Renato César Gumy<br />

Teixeira, Chefe da Divisão de Apoio Administrativo.<br />

Durarite a gestão do Presidente Jorge Aloysio Weber no<br />

perlodo da Administracão do Dr. Ito Vieira (de 31/01/1988 a fevereiro<br />

dc 1993). o Departamerito Regional do SENAI do Parana', entre outras,<br />

ieaiizou as sguintes obras e aoes:<br />

a) ampliacão em 197m 2, construcão do muro da frente,<br />

refornia e embelezamento do jardi.m externo e das areas de lazer, do<br />

C.F.P. Fkiusino Mendes;<br />

h) construcão de mais urn paviih5oCom4047m 2, meihoria<br />

do sistema de iluminacão, do C.F.P. daCidade'lhdustrial de Curitiba;<br />

c) <strong>aqui</strong>sição pot doacao de terredo. corn 11.818m 2 para a<br />

construço de urn C.F.P. em Apucarana; ,ernsubstituicão das instala-<br />

çOes que vérn sendo usadas em comodato;<br />

d) construcão de garagem corn 60rn 2 na Escola Técnica de<br />

.140<br />

Sancamerito da Cidade Industrial de Curitiba; n"<br />

e) construção de urn patio dRangu;<br />

corn 168m2;<br />

Ur, ft<br />

f) instalação e inauguracão<br />

g) construção e instalacão do Centro , de'T é%1gia daM<br />

deira e do Mobiliário em São José dos Pinhais emferredo doadI,<br />

prefeitura municipal, corn assistencla tecnlca do Go'erno do Estado<br />

Alenião de Baden -Wuntemberg; .<br />

h) consolidação do C.F.P. de Rio Branco do Sulatdofn<br />

convênio corn a Companhia de Cirnento Rio Branco, do Grupo<br />

Votorantim;<br />

i) regularizacão e defini(;ão predial dos C.F.Ps. de PatE<br />

Branco, Toledo e Apucarana;<br />

j)<br />

- <strong>aqui</strong>sicão e irnplantacão de mais duas Unidades Móveis de Forthaã<br />

Profissional: Costura Industrial e Marcenaria;<br />

k) ampi iação das oficinas do C.F.P. de União da Vitória corn<br />

mais unia secção de aprendizagem para mecãnica de automóvel;<br />

I) meihoria e complementacão, corn instalaçOes e equipamentos<br />

de todos os Centros de Formação Profissional e Unidades<br />

Móveis;<br />

m) incentivo ao aurnento de "Acordos de Cooperacão Técnica<br />

e Financeira" corn grandes e médias empresas para expansão e<br />

aperfeiçoamento do treinamento profissional;<br />

n) participacão eom apresentacão de teses no 1 Q Fórurn<br />

Paranaense de Educação, realizado sob os auspIcios da Federação das<br />

Inthistrias e da Associação Comercial do Estado do Parana' em 1990;<br />

o) implantacão no Departamento Regional do Piano de Sande<br />

para todos os seus servidores, corn participacão de 5 a 15% dos custos<br />

pelos usuáriOS.<br />

Em 1992, corn o Presidente Jorge Aiysio Weber na lideranca<br />

do Conseiho Regional e Ito Vi.eira na adrninistracão do Departamento<br />

Regional do SENAI, as Unidades Operacionais de Açao Direta e<br />

Indireta programadas pot esse órgão técnico de Formação Profissional<br />

matricularam 85.613 alunos - jovens e adultos - dos quais 80.868.,<br />

concluIram algum tipo de Curso on Treinamento.<br />

- ,4,_<br />

• 14]<br />

-- -<br />

-_.* '-s


Para se ter uma idéia do progresso do SENAI do Parana', nos<br />

il tinlos 50 arms de atividade profIcua é bastante saber que no anode sua<br />

criaco. em 1943, a matrIcula de alunos - jovens e adultos - em Cursos<br />

de Cornplementacão Educacional, Aprendizagem, Rápidos de Forma-<br />

e de AperfeicoamefltO Profissionais, foi de 460 alunos; 382 em<br />

ç5o<br />

(luritiha e 78 em Ponta Grossa.<br />

Previstos os quantitativos da Acão Direta e da Acão Indireta<br />

(Ac.OrdOS de Isenção Parcial e Acordos de Cooperacao), a matrIcula de<br />

atunosjovens e adultos para 1993 deverá chegar a casa dos 113.280.<br />

Em l de marco de 1993, em coriseqüência de sua nomeação<br />

pelo Governador do Estado Roberto Requião para ocupar o cargo de<br />

Secretrio da Indüstria e Comércio, o industrial Jorge Aloysio Weber<br />

l!cencinu-se dos cargos de Presidente da Federação das Indüstrias do<br />

Estado do Paraná e do Conseiho Regional do SENAI, assumindo seus<br />

postos o industrial Ari Paiva de Siqueira.<br />

SENAI PARANA 50 ANOS<br />

QUARTA PARTE<br />

r<br />

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i.:.<br />

I ;.- ., .....<br />

142143<br />

dr


I-<br />

1.0 VALOR DO SENA!<br />

FECHO<br />

4<br />

5 4. '0') $<br />

en' ,n •.<br />

'#<br />

C ft<br />

A filosofia da forrnacao pfofissional do SENAI de dois ano<br />

para cá, no Paraná e em outras RegiOes, vem mudando. A prevalecerla<br />

nova pohica, a 1egisaç5o q.ue fixa as finalidades, os objetivoo.<br />

estrut-ura organizacional do SENAI deverá set substitu-Ida ou adap.tada.<br />

Entretaito, é born lembrar que o valor, do residei<br />

suas Escolas de Aprendizagem, principa!rnen-te'daqueIas quãditAth o<br />

regime de equiva!ência corn o ensino formal.<br />

Curitiba, dezembro de 1995<br />

2. FORMAcA0 PROFISSIONAL: EDUCAcAO CIE<br />

TECNOLOGIA A SERVI0 DO POVO<br />

Pelo Clue retro ficou exposto constataim<br />

eno e repugnante agressão a histOria, geografia<br />

aquetes que pot q .ualquer razão pretendem justi<br />

Paraiv. E-Iiast-im-ável que pessoas jovens-,- poFitt€@<br />

vel poleacial hrgtdo, eapacidade verbal:64,00ft<br />

oviei temtodüucabedal'deraFOSe vaiosti<br />

prbienas de grande interesse<br />

s mcoftet p'grave<br />

a' j1)aranaefls€<br />

iar eta11iac. i4c,<br />

Ytthão $ 60111<br />

itt ththtQ flO<br />

5.<br />

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J4L '<br />

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Como seja, v.g. a meihoria do bem-estar social e econômico<br />

de grancle paite da populaçao que vegeta, ainda, a sombra da ignorância<br />

e a niargem do aproveitamento de urn enorme potencial demográfico,<br />

representado por cerca de 50% da populaçao na "idade legal para o<br />

rahalho".<br />

Não faltam órgãos nas administraçoes püblicas municipais,<br />

estaduais e federais: na area de Governo, dos trés nIveis: Serviços<br />

Sorinis. Técnicos e Recursos Financeiros. Na area paraestatal, o SESI,<br />

O SENA!. o SEBRAE e os Bancos de Fomento e Desenvolvimento<br />

Social. Na area particulat, hm levâdo nümero de Entidades confessionais<br />

e. leigas, ansiosas por desenvolver programas que visem melhorar<br />

a vida das populaçOes carentes, proliferam.<br />

A Indole dos paranaenses e, de urn modo geral de todo o povo<br />

brasileiro. graças a sua Origem histórica e formaçao Itiiicaestá toda<br />

voltada para o trabalho. Violéncia, mendicãncia e miséria em major ou<br />

menor esca!a, estão intimamente relacionadas corn as polIticas de<br />

hivestimeritos em atividades produtivas, em Educaçao e em Formaçao<br />

.Profissinal que desenvolve e eleva as competéncias individual e coleti-<br />

Va. Ambas as competéncias tendo como resultante uma coisa que todo<br />

o mundo sahe o quo é: que todo o mundo quer e que se chama<br />

EM PRE(;O DURADOURO.<br />

Ale ntados Programas nacionais São minuciosamente detaihacbs<br />

nos gabinetes ministeriais. Serviços Püblicos e Categorias Econômicas<br />

são motivadas. Técnjcos do ma'is alto flI.vl viajam de ceca em<br />

meca. divulgando e debatendo metodologias, técnicas e Projetos. Redursos<br />

são alocados e uma onda de entusiasmo e crença nova galvanizam<br />

gregos e troianos.<br />

Tudo ou quase tudo & féitd sOb a ••arneaça cruel da<br />

coni pet itividade internacional. 0 Mercado Cornum Europeu e os Tigres<br />

Asikicos estäo entre as feras rnais feroes.'<br />

Anos Se passam, recursos poUticos; ttniCos, fIsicos e financeiros<br />

sa.o constimidos. .<br />

F a inflação e a recessão que rethieniropoder <strong>aqui</strong>sitivo das<br />

massas e debilitam as fontes geradorsdEMPREGo continuam sem<br />

que ate mesrno alguém "nobre"ou "plebu'ds'cohfie da eficáciade tais<br />

iniciativas. Ate parece que sereia de mares ignotos entorpeceu oespIrito<br />

146<br />

crItico e a criatividade dos mais ilustt-es brasilejros., ...•<br />

Etudo isso porque? Por que urn abalo emocional.terrjvocado<br />

urn desvio de 180 graus na trajeto'ria ,,da.,vi^5o ^cierttifidA dos<br />

economistas nacionais. • *<br />

Segundo abalizado técnico paran•aenseq1eie€efltemeNe<br />

:flJ ,. .via<br />

joua Alemanha em estudo e observaçao, nas-con<br />

d<strong>aqui</strong> a cern anos o Brasil ascendera aos niveis de desenvolviment&da<br />

rnaioria das naçOes do Mercado Cornum Europeu<br />

Acontece que o Brasil é urn pals descapitalizado, sup8i4dO.<br />

ainda a severa carga dos juros e demais obrigaçóes de uma dIvidat€iija<br />

dirnensão foge a compreensão do cidadao comurn.<br />

Para competir deverIamos ter capital bastante para importar1<br />

tecnobogia de ponta que ninguém dá de graca e equipamentos sofistic<br />

dos sem os quais apenas corn teorias bern articuladas será impossIvel<br />

atingir os padrOes de qualidade fixados por aqueles paIses, tecno16gira<br />

e economicamente muito a frente do nosso, igualar ou superareus<br />

nIveis de produtividade.<br />

Ate ja continuarão os 3/4 da populaçao brasileira narnSma<br />

situacao de 'pals em desenvolvimento".<br />

Do que não se lembram e se sabern não tern a humildade de)<br />

confessar: é que o Brasil tern urn dos maiores mercados de consurnd)<br />

interno, pelo menos da America, representado poruma populaçao'd<br />

mais de 160 milhOes de habitantes, dos quais mais de 100 niilsienii<br />

condiçöes de trabaihar e produzir para o seu próprio bem-estar, send<br />

bastante para isso organização econômica, gerenciamento admihistfativo<br />

e competéncia técnica, não so do Governo, rnas sobrtud &56io,.<br />

que deve meihor ser habilitado a produzir <strong>aqui</strong>bo de queiiecessita ei<br />

educado para o exercIcio da liberdade e da cidadania. . ...<br />

Ao invés de pretender fabricar produtci8ofis1.1'dos.<br />

exportação, vamos produzir aqueles de quo neces8ltamos equetodc<br />

mundo tenha meios para adquiri-los t,<br />

Ao inves de exportar grãos de soja iniiaturavamos pdur<br />

e exportar oleo refinado, outros cereais, frutascifl1es indutia1iadas<br />

Ao inves de exportar minerro de ferroou ferro gusa, 'amos<br />

exportar ago. I . , IA<br />

Ao invés de f<br />

I


esl:aduais e federais, vamos di.minu .ir as despesas püblicas, aiheics as<br />

la.rnirias dos Poderes Executivos que .para isso Os IIOSSOS representantes<br />

nas Cãmaras de Vereadores, nas Assembiéias Legislativas Estaduais,<br />

no C'ongresso Federal e no Senado tern os amplos e ilimitados poderes<br />

(1IC l.hes são conferidos ..e10 regime dernocrático.<br />

Ao invés de projetos educacionais, corn a finalidade •de<br />

promover polItico oil politicos, vams nicihoraroensino a partir do que<br />

temos ou podernos ter em material ddItko, .espaço ilsico, laboratórios<br />

e outras instalaçöes. ValOrizat tnais Professotes e instrutores. Vamos<br />

fortalecer 0 nosso rnercdc' inttffo a partir cb dupiicação real dos<br />

salários dos trabalhadres que dtverão ter ptoder <strong>aqui</strong>sitivo para cornprar<br />

o que produzern. Vamos proporcionarEMPRE6O a toda popula-<br />

ção - jovens e adultos.<br />

Ao mvés de lutar dernagogictrnetite 'contra 0 €xodo rural,<br />

conseqiléncia iógica e natural da evolucao tctidldicaedO aurnento da<br />

prodiitividade, vamos inoentivaracriacãodeuin inierocadavezmaior<br />

de agroindstrias, de indcistrias de produtos que atendamàs ae 'cessidades<br />

bsicas do povo, como mat enais para hahitaçös popula.res, vestuario,<br />

alirnentação e higiene LOCAUZADAS NA PERIFERIA DOS<br />

CENTROS URBANOS, de modo a facilitat a locomoqão dos trabaliaclores,<br />

a. distribuicão demográfica e o atendimento equitativo dos<br />

Servicos Püblicos. Privatizar não so as empresas e os mortopólios mas<br />

tambérn a Previdécia Social.<br />

Em assim 'procedendo eneonttrem0s tempo e rcursos financeiros<br />

bastante pat'a corciir a ttaIet&idaa tcnmtiia e- do progresso<br />

social do Brasil. As press6es da darndada MPRGO no Servico<br />

P(ihl.ico serão substituIdas comvafitageffrpelabftrtAde EMPREGO na<br />

iniciativa privada. ''<br />

Para labilitar o povo a VidUi pduzir corn Qualidade e<br />

Produtividade, aldm das estruta stWiOTffiai, te'rao papul irnprescind.Ivel<br />

a desempenhar na cap itãOténia destinada a atender<br />

a demanda econOmica de Formacão SENAI, o SENAC,<br />

as AssociaçOes de Créd:ito e Assist iWRai,aS Escolas Técnicas<br />

agricolas, industrials e comerciais, WSESIKOo SESC e dezenas de<br />

mitbares de Entidades de Serviço Social, pOt licas e privadas, existentes<br />

no pals e que deverão deixarde lado'odi1taritis1éio folclórico, artIstico<br />

.148<br />

ou doméstico, bern corno o pa :ernaiisrnoue alimenta aliment a4ide ea<br />

miséria. .<br />

Como ha poucos dias disse Atilano Orris thtiitho, Dirto<br />

Presidente da INEPAR, empresa das mais moderna ptogressistas.da<br />

Cidade Industrial de Curitiba, em Debate'prmv1rk4 peo ii.bE' "0<br />

Brasil joga fora seus recursos naturaiseescravisasiarnãodeob;p..<br />

tentar atrair capitais. Faz tudo erraOo'.<br />

0 SENAT e o Ensino Formal são indispensaveis ao proSsi<br />

e a harmonia social<br />

4.<br />

Formacao Profissional, Educaçao, Ciência e TenoIogia tIevetão<br />

ser colocadas a servico do povo e da dignidade nacional '<br />

4<br />

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REFERENCIAS BIBLIOGEAIICASL<br />

1. HISTORIA DO PARANA, dos Professores<br />

• Altiva Pillatti Balhana<br />

• Brasil Pinheiro Machado<br />

Cecilia aria IA West<br />

Riad Salamuni<br />

Jaime de Loyola e Silva<br />

Fans Antonio S Michae!e<br />

Roselys Vellozo Roderjan .<br />

Rosi de Sá Cardoso<br />

Leonidas Ferreira Filho<br />

Ruy Christovam Wachowiscz<br />

Faissal EI-Khatib<br />

•%Jt 1JILttII_JI t. - -<br />

1 ii o..<br />

1.1 iu<br />

----.--- ---v<br />

stu jus I auuiva t.1oas; org. e cooruenauorgrai<br />

Prof. Faissal El-Khatib. -<br />

1.2 Edicão GRAFIPAR - Gráfica Editora Paraná Cultural Ltdä. 1969. - - -<br />

2. ATLAS HISTORICO DO PARANA, de Jaime Antonio tatdoóe .- -<br />

Cecilia Maria Westphalen, Livr. Chain Edit. 1986, 2 4 ed. -<br />

3. MONTEALEGRE, CIDADE PAPEL, deHellé VellozoFernafrdes . -<br />

4. VIAGEM NO INTERIOR DO BRASIL, de Auguste de Sa* -.<br />

Hilaire, trad. de A. David da Silva Carneiro, Edit. J.B,Grdt9i<br />

(4 parte).<br />

5 UMA SAGA DA CRIATIVIDADE BRASILEIRA, d Sttno<br />

Lopes - SENAI/DN Rio de Janeiro<br />

6 RELATORIOS ANUAIS DO SENAIIPR, de 1943 a 1992<br />

7 INFORMAcOEs dos Diretores dos Centros dd. IoMço Piis<br />

sional e dos Chefes das DivisOes OperSa!s d6stxr/I<br />

8 ATAS das reuniöes da Diretoria da Fedraãdw1ndutiias do<br />

Parana.<br />

• - .':t .#.<br />

9 ATAS das reuniOes do Conselho Regioal doSENAI/PR'<br />

- -<br />

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omposto e trnpresso pea<br />

EdifiHh, d.<br />

"do Pa,rn<br />

Rua LmacuradConceiçoç f 15 -Prado Velbo - CEP 80215-901<br />

Cx. F'ostal (0330-l'55<br />

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