Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: Primeira Avaliação Nacional ...
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<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>:<br />
<strong>Primeira</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>Nacional</strong><br />
(1996-97)<br />
Ministério do Plano e Finanças<br />
Universidade Eduardo Mondlane<br />
Instituto Internacional de Pesquisa <strong>em</strong> Políticas Alimentares<br />
Dez<strong>em</strong>bro 1998
<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
Este relatório foi elaborado por uma equipa composta pelos<br />
seguintes el<strong>em</strong>entos:<br />
Do Departamento de População e Desenvolvimento Social, Ministério do Plano e Finanças,<br />
Governo de <strong>Moçambique</strong>:<br />
Sérgio Cassamo, Gabriel Dava, Vitória Ginja, Maimuna Ibraimo<br />
Da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Universidade Eduardo Mondlane:<br />
Cristina Matusse, Gilead I. Mlay, João Mutondo, Farizana Omar, Emílio Tostão<br />
Do Instituto Internacional de Pesquisa <strong>em</strong> Políticas Alimentares (International Food Policy<br />
Research Institute):<br />
Gaurav Datt, James L. Garrett, Sudhanshu Handa, Dean Jolliffe, Jan Low, Sanjukta<br />
Mukherjee, Marie T. Ruel, and Kenneth Simler
<strong>Pobreza</strong> e b<strong>em</strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
Tabela de Contenido<br />
Lista das Tabelas ............................................................ viii<br />
Lista de figuras ............................................................... xii<br />
Agradecimentos ............................................................... iv<br />
Preface ..................................................................... vi<br />
Parte I:<strong>Pobreza</strong><br />
Capítulo1: Medição de pobreza: conceitos, dados e metodologia .................. 1<br />
1.1 Introdução ......................................................... 3<br />
1.2 Uso da medição e análise da pobreza para a formulação de políticas .............. 4<br />
1.3 Conceito de medição da pobreza ........................................ 5<br />
1.3.1 Medida de b<strong>em</strong>-estar individual .................................... 5<br />
1.3.2 Linhas de pobreza .............................................. 7<br />
1.4 Inquérito <strong>Nacional</strong> aos Agregados Familiares Sobre As<br />
Condições de Vida, 1996-97 ........................................... 7<br />
1.4.1 Visão geral do conteúdo do questionário ............................. 7<br />
1.4.2 Desenho da amostra ............................................. 9<br />
1.4.3 Trabalho de campo ............................................. 10<br />
1.5 Construção do consumo agregado ...................................... 11<br />
1.5.1 Consumo alimentar ............................................. 11<br />
1.5.2 Consumo não-alimentar ......................................... 12<br />
1.5.2.1 O consumo não alimentar mensal e de trimestral ............. 13<br />
1.5.2.2 Habitação e renda imputada ............................ 13<br />
1.5.2.3 Valor de uso dos bens duráveis .......................... 14<br />
1.5.2.4 Outro consumo não-alimentar ........................... 14<br />
1.5.3 Diferenças t<strong>em</strong>porais nos preços de alimentos ........................ 15<br />
1.5.4 Padrão de consumo ............................................ 16<br />
1.6 Construção das linhas de pobreza e índice de preço espaciais .................. 17<br />
1.6.1 Abordag<strong>em</strong> do custo das necessidades básicas ........................ 17<br />
1.6.2 Identificação dos domínios espaciais ................................ 18<br />
1.6.3 Linha de pobreza alimentar ....................................... 18<br />
1.6.3.1 Necessidades calóricas mínimas .......................... 19<br />
1.6.3.2 Conversão da quantidade não-padronizada <strong>em</strong><br />
unidades padrão ..................................... 20<br />
1.6.3.3 Factores de conversão calórica .......................... 21<br />
1.6.3.4 Cabazes alimentares de referência e preço<br />
médio por caloria .................................... 23<br />
1.6.4 Linhas de pobreza não alimentares: linhas baixas e altas ................. 25<br />
1.6.5 Índices espacial do custo de vida .................................. 27<br />
Apêndice A: Estimação da renda imputada .................................... 46<br />
Apêndice B: Estimação do valor de uso dos bens duráveis ......................... 50<br />
Apêndice C: Necessidades calóricas mínimas .................................. 53<br />
Apêndice D: Cabazes alimentares de referência para as linhas de pobreza alimentar ...... 54<br />
iii
<strong>Pobreza</strong> e b<strong>em</strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
Capítulo 2:Estimativas e Perfil da <strong>Pobreza</strong> .................................. 57<br />
2.1 Introdução ........................................................ 59<br />
2.2 Medidas de pobreza ................................................. 59<br />
2.3 <strong>Pobreza</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: Estimativas para 1996-97 ....................... 60<br />
2.4 Comparação com outras estimativas da pobreza <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> .............. 62<br />
2.5 Perfil da pobreza ................................................... 65<br />
2.5.1 Tamanho do Agregado Familiar ................................... 65<br />
2.5.2 Estrutura e Composição do Agregado Familiar ........................ 69<br />
2.5.3 Educação .................................................... 70<br />
2.5.4 Emprego e Composição da Força de Trabalho ........................ 72<br />
2.5.5 <strong>Pobreza</strong> e Sector de Emprego ..................................... 75<br />
2.5.6 Características da Agricultura e Posse de Terras ....................... 76<br />
2.5.7 Transferências ................................................. 79<br />
2.5.8 Padrão de consumo ............................................. 80<br />
2.5.9 Saúde e Estado Nutricional ....................................... 83<br />
2.5.10 Características de Habitação .................................... 90<br />
2.5.11 Proximidade e Acesso aos Serviços Públicos e Privados ............... 91<br />
2.5.12 Migração Inter-provincial ...................................... 93<br />
2.6 Medidas de <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> Não Baseadas no Consumo ......................... 94<br />
2.7 Conclusões e Implicações de Políticas Para o Desenho e Direccionamento de<br />
Iniciativas de Redução da <strong>Pobreza</strong> ...................................... 95<br />
Referências ............................................................ 98<br />
Capítulo 3:Determinantes da <strong>Pobreza</strong> ..................................... 156<br />
3.1 Introdução ....................................................... 157<br />
3.2 Modelação dos determinantes da pobreza ............................... 158<br />
3.3 Um modelo dos níveis de b<strong>em</strong>-estar ao nível de agregado familiar ............. 160<br />
3.3.1 Dados e especificação do modelo ................................. 160<br />
3.3.2 Selecção de variáveis explicativas ................................. 160<br />
3.3.3 Estimação do modelo .......................................... 164<br />
3.4 As estimativas preferidas ............................................ 166<br />
3.4.1 Determinantes do consumo e da pobreza nas zonas rurais ............... 167<br />
3.4.2 Determinantes do consumo e da pobreza nas zonas urbanas ............. 172<br />
3.5 Simulações de pobreza .............................................. 174<br />
3.5.1 Metodologia ................................................. 174<br />
3.5.2 Simulações .................................................. 175<br />
3.6 Crescimento económico e a redução da pobreza ........................... 187<br />
3.7 Precauções ....................................................... 189<br />
3.8 Conclusões e implicações para as políticas ............................... 190<br />
Referências ........................................................... 193<br />
Parte II: Segurança alimentar, nutrição, saúde e educação<br />
iv
<strong>Pobreza</strong> e b<strong>em</strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
Capítulo 4: Segurança alimentar e nutricão <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>:<br />
Características, determinantes e previsões estratégicas .............. 211<br />
4.1. Introdução ....................................................... 213<br />
4.2 Considerações conceituais ........................................... 214<br />
4.3 Segurança alimentar ................................................ 215<br />
4.3.1 Disponibilidade ............................................... 215<br />
4.3.2 Acesso ..................................................... 216<br />
4.4. Prevalência e localização da insegurança alimentar ......................... 223<br />
4.5. Segurança nutricional ............................................... 227<br />
4.5.1 Utilização .................................................. 227<br />
4.6 Prevalência e localidade de desnutrição ................................. 230<br />
4.7 <strong>Pobreza</strong>, insegurança alimentar e desnutrição .............................. 234<br />
4.8 Determinantes da segurança alimentar e nutriçao nas zonas urbanas e nas zonas rurais<br />
de <strong>Moçambique</strong>: uma análise de regressão. .............................. 236<br />
4.9 Recomendações e conclusão ......................................... 240<br />
Referência ............................................................ 250<br />
Anexo 1: Distribuição da sub-amostra do capítulo e amostra completa ............... 274<br />
Capítulo 5: Capital Humano e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> Social <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> .............. 276<br />
Sumário .............................................................. 278<br />
5.1. Introdução ....................................................... 279<br />
5.2. Estrutura do Sist<strong>em</strong>a <strong>Nacional</strong> de Educação ............................. 279<br />
5.3. Indicadores Básicos de Escolaridade ................................... 280<br />
5.3.1. Adulto ..................................................... 280<br />
5.3.2. Crianças .................................................... 281<br />
5.3.3. Comparação inter-gerações ..................................... 281<br />
5.3.4. Informação a Nível da Comunidade: Acesso a Escola .................. 282<br />
5.4. Educação e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> no AF ....................................... 283<br />
5.4.1. <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> Monetário: Consumo Per Capita ......................... 283<br />
5.4.2. <strong>B<strong>em</strong></strong> <strong>Estar</strong> Social: Educação da Criança, Saúde e Acesso aos<br />
Serviços de Saúde ............................................ 285<br />
5.4.3. Baixo Altura para Idade ou Mal-Nutrição Crónica .................... 285<br />
5.4.4. Acesso aos Serviços de Saúde: Vacinações e Cartões de Saúde .......... 287<br />
5.5. Educação do AF e Investimento na Educação Escolar da Criança ............. 288<br />
5.5.1. Quadro Teórico .............................................. 288<br />
5.5.2. Os Indicadores da Escolaridade da Criança ......................... 289<br />
5.5.3. Probabilidade de ter frequentado a escola ........................... 290<br />
5.5.4. Probabilidade de se matrícular ................................... 290<br />
5.5.6. Ultimo grau atingido .......................................... 291<br />
5.5.7. Eficiência escolar ............................................. 291<br />
5.6. Conclusões e Implicações para as Políticas .......................... 292<br />
Bibliografia ........................................................... 295<br />
Parte III: Redes de Segurança Informais e Formais<br />
v
Capítulo 6: Mecanismos de Ajuda Mútua e Redes Informais de Protecção Social:Estudo<br />
de Caso das Províncias de Gaza e Nampula e a Cidade de Maputo ......... 314<br />
6.1. Introdução ...................................................... 316<br />
6.2. Objectivos ....................................................... 317<br />
6.3. Metodologia ..................................................... 317<br />
6.4. Características dos Agregados Familiares do Estudo ....................... 318<br />
6.4.1. Características D<strong>em</strong>ográficas, Fontes de Rendimento, e<br />
Indicadores de <strong>B<strong>em</strong></strong>- <strong>Estar</strong> ................................. 318<br />
6.4.2. Estatuto de Residência e Assistência Formal Durante e<br />
Depois da Guerra ........................................ 320<br />
6.5. Caracterização e Evolução dos Sist<strong>em</strong>as de Entre-Ajuda Existentes<br />
nas Comunidades .................................................. 322<br />
6.6. Ajuda aos Grupos Vulneráveis na Comunidade ........................... 325<br />
6.6.1. Organizações de Ajuda Existentes ............................ 325<br />
6.6.2. Assistência Não-Formal <strong>em</strong> Situação de Crise no Agregado<br />
Familiar ............................................... 326<br />
6.6.3. Percepções das Comunidades das suas Responsabilidades<br />
Perante os Grupos Vulneráveis .............................. 327<br />
6.7. Laços Familiares e Comunitários ...................................... 329<br />
6.7.1. Existência de Laços Fora da Família Imediata ................... 332<br />
6.7.2. Reciprocidade e Tipos de Laços ............................. 333<br />
6.7.3. Características Individuais e do Agregado Familiar<br />
Associadas com Laços Fortes ............................... 335<br />
6.7.4. Características Individuais e do Agregado Familiar<br />
Associadas com Laços Fortes ............................... 336<br />
6.7.5. Estimativas de “Probit” Descrevendo Pessoas que nada Receb<strong>em</strong><br />
de Outras e Pessoas que Nada Dão a Outras .................... 337<br />
6.8. Discussão e Conclusões ............................................. 338<br />
6.9. Recomendações de Políticas .......................................... 343<br />
Referência ............................................................ 346<br />
Capítulo 7: Redes Formais de Segurança Social num Ambiente Urbano<br />
1<br />
Lições Extraídas do Programa de Subsídio de Alimentos <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>. ............... 372<br />
7.1. Introdução ...................................................... 374<br />
7.2 Resenha Histórica ................................................ 375<br />
7.3 A evolução do programa .......................................... .376<br />
7.3.1 A evolução dos componentes do programa ............................. 377<br />
7.3.1.1 Objectivos ............................................. 377<br />
7.3.1.2 Estrutura organizativa .................................... 378<br />
7.3.1.3 Grupos alvos (beneficiários) ................................ 382<br />
7.3.1.4 Cobertura .............................................. 384<br />
7.3.1.5 Requisitos de Elegibilidade e Prestação de Serviços .............. 386<br />
7.3.1.6 Subsídio ............................................... 389<br />
7.3.2. Motivações para as mudanças-chave sofridas pelo programa ................ 390<br />
7.4. Impacto do Programa ............................................. 394<br />
7.5. Os pontos fortes e os pontos fracos do programa ........................ 396<br />
vi
7.5.1. Lições aprendidas: Implicações para a criação e administração de programas de<br />
transferência de dinheiro ........................................... 396<br />
7.5.1.1 Lições técnicas: ......................................... 396<br />
7.5.1.2 Lições administrativas: .................................... 398<br />
7.5.1.3 Lições financeiras e políticas: ............................... 399<br />
7.5.2 Os programas de transferência de dinheiro como parte de uma estratégia<br />
de combate à pobreza ............................................. 402<br />
7.6 Conclusão ...................................................... 404<br />
Referências ........................................................... 408<br />
Capítulo 8: <strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: Síntese, <strong>Avaliação</strong>, e Implicações<br />
para as Políticas ................................................. 427<br />
8.1 A moldura ..................................................... 429<br />
8.2 <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: síntese e avaliação ......................... 430<br />
8.2.1 Parte I: <strong>Pobreza</strong> ......................................... 430<br />
8.2.2 Parte II: Segurança alimentar, nutrição, saúde e educação<br />
8.2.3 Parte III: Redes de Segurança Informais e Formais ............... 434<br />
8.3 Implicações políticas e investigação futura .............................. 435<br />
vii
Lista das Tabelas<br />
Tabela 1.1—Distribuição da amostra por unidade de amostrag<strong>em</strong> e província ................. 31<br />
Tabela 1.2—Estrutura do inquérito aos agregados familiares <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> ................ 32<br />
Tabela 1.3—Número de agregados familiares inquiridos por mês e domínio de linha da pobreza ... 33<br />
Tabela 1.4—Distribuição relativa da população por fonte de informação .................... 34<br />
Tabela 1.5: Índices t<strong>em</strong>porais de preços para Norte, Centro e Sul de <strong>Moçambique</strong> ............. 35<br />
Tabela 1.6—Componentes do consumo agregado e proporções médias ...................... 36<br />
Tabela 1.7—Distribuição da amostra por domínios de linha da pobreza ..................... 37<br />
Tabela 1.8—Média das necessidades calóricas mínimas diárias por pessoa <strong>em</strong> cada domínio<br />
da linha de pobreza ...................................................... 38<br />
Tabela 1.9—Métodos de conversão das quantidades <strong>em</strong> unidades locais para quilogramas ....... 39<br />
Tabela 1.10—Necessidades calóricas por pessoa, preço médio por caloria, e linhas de pobreza<br />
alimentar ............................................................. 41<br />
Tabela 1.11—Proporção do consumo não alimentar e linhas de pobreza não-alimentar,<br />
por domínio de linha da pobreza ............................................ 42<br />
Tabela 1.12—Linhas de pobreza alimentar, não-alimentar, total e índice espacial dos preços ..... 43<br />
Tabela A1—Modelo da renda de habitação .......................................... 47<br />
Tabela B1—Estimativas do valor de compra e t<strong>em</strong>po de uso dos bens duráveis ................ 52<br />
Tabela C1—Estimativas das necessidades calóricas por idade e sexo ....................... 53<br />
Tabela D1—Cabazes alimentares de referência para as linhas de pobreza rurais (percentag<strong>em</strong> das<br />
despesas alimentares totais) ................................................ 54<br />
Tabela D2—Cabazes alimentares de referência para as linhas de pobreza urbanas (percentag<strong>em</strong> das<br />
despesas alimentares totais) ................................................ 55<br />
Tabela 2.1—Consumo médio e estimativas da pobreza por zona e região ................... 100<br />
Tabela 2.2—Estimativas de indigência (ultra-pobreza) usando as linhas da pobreza alternativas . 101<br />
Tabela 2.3—Consumo médio e estimativas da pobreza por província ...................... 102<br />
Tabela 2.4 —Consumo médio e estimativas de indigência (ultra-pobreza) por província ........ 103<br />
Tabela 2.5—Estimativas comparativas da pobreza para Maputo e Matola, 1991-92 e 1996-97 ... 104<br />
Tabela 2.6— Tamanho de agregados familiares, taxa de dependência, e composição por<br />
grupo etário .......................................................... 105<br />
Tabela 2.7 — Linhas da pobreza sob várias assunções das economias do tamanho de agregado<br />
familiar .............................................................. 106<br />
Tabela 2.8—Sexo e estado civil do chefe de agregado familiar ........................... 107<br />
Tabela 2.9—Estimativa da pobreza e indigência (ultra-pobreza) por sexo do chefe de agregado<br />
familiar .............................................................. 108<br />
Tabela 2.10—Escolaridade dos adultos de 18-65 anos (percentag<strong>em</strong>) ...................... 109<br />
Tabela 2.11—Educação do chefe do agregado familiar (percentag<strong>em</strong>) ..................... 110<br />
Tabela 2.12—Escolaridade dos menores dos 7-17 anos de idade (percentag<strong>em</strong>) .............. 111<br />
Tabela 2.13—Acesso à escola pelos agregados familiares nas zonas rurais (percentag<strong>em</strong>) ....... 112<br />
Tabela 2.14—Situação de <strong>em</strong>prego (percentag<strong>em</strong>) .................................... 113<br />
Tabela 2.15—Participação na força de trabalho e composição da força de trabalho por<br />
grupo etário (percentag<strong>em</strong>) ............................................... 114<br />
Tabela 2.16—Participação na força de trabalho por grupo etário ......................... 115<br />
Tabela 2.17—Sector de Emprego ................................................. 116<br />
Tabela 2.18—Estimativas da pobreza por sector de <strong>em</strong>prego ............................ 117<br />
Tabela 2.19—Situação da pobreza por tipo de <strong>em</strong>pregador (percentag<strong>em</strong>) .................. 118<br />
Tabela 2.20— Frequência do segundo <strong>em</strong>prego ...................................... 119<br />
Tabela 2.21—Percentag<strong>em</strong> de posse, quantidades e áreas médias de machambas dos agregados<br />
familiares ............................................................ 120<br />
Tabela 2.22—Irrigação e uso de insumos de produção por agregados familiares que possu<strong>em</strong><br />
machambas (percentag<strong>em</strong>) ............................................... 121<br />
viii
Tabela 2.23—Cultivo e venda de algumas culturas básicas , cultivo de hortícolas e posse de árvores<br />
de fruta (%) .......................................................... 122<br />
Tabela 2.24—Percentag<strong>em</strong> do cultivo de algodão, posse e quantidade de cajueiros, pelos agregados<br />
familiares ............................................................ 123<br />
Tabela 2.25—Percentag<strong>em</strong> da população que realiza ou recebe transferências ............... 124<br />
Tabela 2.26—Valor médio per capita das transferências efectuadas, <strong>em</strong> contos ............... 125<br />
Tabela 2.27—Valor médio per capita das transferências efectuadas, <strong>em</strong> contos (excluindo os<br />
agregados familiares que não realizaram transferências) ......................... 126<br />
Tabela 2.28—Percentag<strong>em</strong> média da despesa total alocada aos alimentos e bebidas ........... 127<br />
Tabela 2.29—Percentag<strong>em</strong> média da despesa total alocada aos alimentos e bebidas (método<br />
alternativo de ponderação) ................................................ 129<br />
Tabela 2.30—Percentag<strong>em</strong> média da despesa total alocada aos cereais, raízes e tubérculos ...... 131<br />
Tabela 2.31—Consumo alimentar por fonte de aquisição ............................... 132<br />
Tabela 2.32—Percentag<strong>em</strong> da despesa total alocada aos bens e serviços não-alimentares ....... 133<br />
Tabela 2.33—Percentag<strong>em</strong> média da despesa total alocada aos bens e serviços não-alimentares<br />
(método alternativo de ponderação) ......................................... 134<br />
Tabela 2.34—Percentag<strong>em</strong> de indivíduos com deficiência física ou mental .................. 135<br />
Tabela 2.35—Percentag<strong>em</strong> de indivíduos doentes e dias de trabalho perdidos devido a doença, por<br />
grupo etário .......................................................... 136<br />
Tabela 2.36—Tipo de consulta feita pelos doentes (percentag<strong>em</strong>) ......................... 137<br />
Tabela 2.37—Utilização de serviços de saúde e baixo peso ao nascer para crianças <strong>em</strong> idade préescolar<br />
(percentag<strong>em</strong>) ................................................... 138<br />
Tabela 2.38—Indicadores antropométricos de crianças 6-60 meses (percentag<strong>em</strong>) ............ 139<br />
Tabela 2.39—Prevalência da desnutrição crónica por grupo etário ........................ 140<br />
Tabela 2.40—Prevalência da desnutrição aguda por grupo etário ......................... 141<br />
Tabela 2.41—Médias de Z- scores (desvio padrão de população de referência) para as crianças de 6-<br />
60 meses de idade ...................................................... 142<br />
Tabela 2.42—Características reprodutivas das mulheres de 12-49 anos que já estiveram grávidas pelo<br />
menos uma vez ....................................................... 143<br />
Tabela 2.43—Números de filhos desejados (todas mulheres 12-49 anos) .................... 145<br />
Tabela 2.44—Características da Habitação (percentag<strong>em</strong>) .............................. 146<br />
Tabela 2.45—Fonte de água (percentag<strong>em</strong>) ......................................... 147<br />
Tabela 2.46—Proporção de população rural que t<strong>em</strong> o serviço especificado na própria aldeia .... 148<br />
Tabela 2.47—Distâncias médias <strong>em</strong> kilómetros aos serviços especificados mais próximos nas áreas<br />
rurais ............................................................... 149<br />
Tabela 2.48—Proporção da população imigrante e <strong>em</strong>igrante por causas (percentag<strong>em</strong>) ........ 150<br />
Tabela 2.49—Percentag<strong>em</strong> da população imigrante e <strong>em</strong>igrante por causas e género ........... 151<br />
Tabela 2.50— Comparação de indicadores de b<strong>em</strong>-estar não baseados <strong>em</strong> consumo (rendimentos) 152<br />
Tabela 3.1: Médias e erros padrão das variáveis no modelo de determinantes da pobreza rural ... 195<br />
Tabela 3.2: Médias e erros padrão das variáveis no modelo de determinantes da pobreza urbana .. 197<br />
Tabela 3.3: Determinantes da pobreza rural <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> ............................ 199<br />
Tabela 3.4: Determinantes da pobreza urbana <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong> .......................... 201<br />
Tabela 3.5: Comparação da medição real de b<strong>em</strong>-estar com a simulação de base .............. 203<br />
Tabela 3.6: Mudanças totais no consumo e os níveis de pobreza (resultados de simulações) ..... 204<br />
Tabela 3.7: Mudanças no consumo total e os níveis de pobreza entre a população afectada<br />
(resultados de simulações) ................................................ 206<br />
Tabela 3.8: Efeitos simulados das mudanças d<strong>em</strong>ográficas assumindo as economias do<br />
tamanho do agregado familiar ............................................. 208<br />
Tabela 3.9: Implicações do crescimento económico durante a última década para a<br />
redução da pobreza ..................................................... 209<br />
Tabela 3.10: Implicações do crescimento económico futuro para a redução da pobreza ......... 210<br />
Tabela 4.1: Disponibilidade de mercado na comunidade ................................ 252<br />
Tabela 4.2: Orig<strong>em</strong> dos alimentos ................................................ 252<br />
ix
Tabela 4.3: Acesso à terra ...................................................... 253<br />
Tabela 4.4: Média de rendimento por província e por colheita ........................... 254<br />
Tabela 4.5: Utilização dos insumo agrícolas e das tecnologias ............................ 255<br />
Tabela 4.6: <strong>Pobreza</strong> e consumo .................................................. 256<br />
Tabela 4.7: Educação .......................................................... 257<br />
Tabela 4.8: Assistência social e transferência pecuniária ................................ 258<br />
Tabela 4.9: Segurança alimentar .................................................<br />
Tabela 4.10: Associação da disponibilidade de calorias e percentag<strong>em</strong> das despesas com a<br />
259<br />
alimentação ........................................................... 260<br />
Tabela 4.11: Segurança alimentar: Grupos vulneráveis? ............................... 260<br />
Tabela 4.12: Disponibilidade de centros de saúde ..................................... 261<br />
Tabela 4.13: Acesso a cuidados materno-infantis: Cuidados pré-natais ..................... 261<br />
Tabela 4.14: Acesso a cuidados materno-infantis: Cuidados pos-natais .................... 262<br />
Tabela 4.15:Habitação e ambiente ................................................ 263<br />
Tabela 4.16: Nº de crianças desnutridas 0-60 meses .................................. 264<br />
Tabela 4.17: Prevalência da desnutrição: <strong>Moçambique</strong> e países vizinhos ................... 265<br />
Tabela 4.18: Estado nutricional: Grupos vulneráveis? ................................. 265<br />
Tabela 4.19: Tabelas cruzadas: <strong>Pobreza</strong>, segurança alimentar, estado nutricional ............ 266<br />
Tabela 4.20:Tabelas cruzadas: Segurança alimentar e estado nutricional ................... 266<br />
Tabela 4.21: Modelo de disponibilidade de calorias ................................... 267<br />
1<br />
Tabela 4. 22: Modelo do estado nutricional, de 0 a 23 meses (rural e urbano) .............. 268<br />
1<br />
Tabela 4. 22: Modelo do estado nutricional, entre 0 e os 23 meses (rural e urbano) .......... 269<br />
1<br />
Tabela 4.23: Modelo do estado nutricional de 24 a 60 meses ............................ 270<br />
1<br />
Tabela 4.23: Modelo do estado nutricional entre de 24 a 60 meses ........................ 271<br />
Tabela 5.1: Taxa de Alfabetismo por Grupo Etário (%) ................................ 296<br />
Tabela 5.2: Taxa de Adultos com 5ª classe (EP1) Completo por Grupo Etário (%) ........... 296<br />
Tabela 5.3: Matrículas Actuais por Grupo Etário de Crianças (%) ....................... 296<br />
Tabela 5.4: Ultima Classe Atingida pelas Crianças por Grupo Etário ..................... 297<br />
Tabela 5.5: Eficiência Escolar da Criança .......................................... 297<br />
Tabela 5.6: Principais Razões da não Frequência a Escola Primária, nas<br />
Aréas Rurais (%) ...................................................... 297<br />
Tabela 5.7: Estimativas da Determinação do Logarítmo do Consumo Per<br />
Capita do AF ......................................................... 298<br />
Tabela 5.8: Nível de Educação do Chefe do Agregado e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar Social da Criança .......... 299<br />
Tabela 5.9:Estimativas da Regressão do ‘z-score’ da Altura da Criança .................... 300<br />
Tabela 5.10: Estimativas das Determinantes da Probabilidade de Crianças entre<br />
12-60 Meses de Idade Tomar<strong>em</strong> Doses Completas de Vacinações .................. 301<br />
Tabela 5.11: Estimativas dos Determinantes da Probabilidade de as Crianças<br />
de 0-60 Meses de Idade Ter<strong>em</strong> Cartão de Saúde ............................... 302<br />
Tabela 5.12:Estimativas da Probabilidade de Crianças de 7 - 11 Anos Ter<strong>em</strong><br />
Frequentado a Escola ................................................... 303<br />
Tabela 5.13: Estimativas da Probabilidade das Crianças de 7 - 11 Anos <strong>Estar</strong><strong>em</strong><br />
Matriculadas .......................................................... 304<br />
Tabela 5.14: Estimativas dos Determinantes da Classe Mais Alta Frequentada pelas Crianças<br />
7 - 17 Anos que Alguma Vez Foram a Escola ................................. 305<br />
Tabela 5.15:Estimativas dos Determinantes da Eficiência Escolar Estimados<br />
para Crianças de 9-17 anos que Ccompletaram a Escolaridade ................... 306<br />
Tabela 6.1: Características de 412 Agregados Familiares da Amostra ..................... 320<br />
Tabela 6.2: Características Chaves dos Sítios Seleccionados para o Estudo do Caso .......... 354<br />
Tabela 6.3: Percentag<strong>em</strong> de Casos da Fonte de Rendimento Mais Importante Por<br />
Local e Por Grupos Alvos ............................................... 355<br />
Tabela 6.4: Percentag<strong>em</strong> de Índices de Habitação e Posse de Bens por Local e<br />
Grupos Alvos ........................................................ 356<br />
Table 6.5: Actividades/Práticas Tradicionais de Ajuda Mútua ........................... 357<br />
Tabela 6.6: Evolução das Práticas Tradicionais ................................... 359<br />
x
Tabela 6.7: Práticas Relativas ao Lobola (Gaza) e Mahari (Nampula) ..................... 360<br />
Tabela 6.8: Participação nas Actividades Tradicionais ................................. 361<br />
Tabela 6.9: Nível de Participação por Género ....................................... 362<br />
Tabela 6.10: Consequências de Morte de Ganha-Pão (Percentagens Por Género do Idoso) ...... 363<br />
Tabela 6.11: Número de Laços Activos (Durante o Ano Passado) de Receber de<br />
Alguém ou a Dar a Alguém Qualquer Coisa: Média e Percentagens Por Grupo Alvo .. 364<br />
Tabela 6.12: Número de Laços Activos (Durante o Ano Passado) de Receber de<br />
Alguém ou a Dar Alimentos: Média e Percentagens Por Grupo Alvo ............... 365<br />
Tabela 6.13. Razão de Reciprocidade e Número das Laços por Tipo ...................... 366<br />
Tabela 6.14: Número de Laços Activos (Durante o Ano Passado) de Receber de<br />
Alguém ou a Dar Mão-de-Obra: Média e Percentagens Por Grupo Alvo ...... 367<br />
Tabela 6.15: Número de Laços com os Parentes Directos, Outros Parentes e Não-Parentes:<br />
Médias e Percentagens S<strong>em</strong> Nenhuma Ligação Por Grupo Alvo <strong>em</strong> Cada Região ..... 368<br />
Tabela 6.16: Número de Laços Activos (Dar ou Receber) com Pessoas que Viv<strong>em</strong> nas<br />
Zonas Rurais e nas Zonas Urbanas ou Fora do Pais ............................ 369<br />
Tabela 6.17: Correlações de Spearman (Rank Correlations) Entre O Número de<br />
Laços e as Características Individuais ou de Agregado Familiar ................... 370<br />
Tabela 6.18. Probabilidade de Não Ter Laços de Receber: Análise Binária de<br />
Probit, Estimativas de Maximum Likelihood ................................. 371<br />
Tabela 6.19. Probabilidade de Não Ter Laços de Dar: Análise Binária de<br />
Probit, Estimativas de Maximum Likelihood ................................. 372<br />
Tabela 7.1. Sumário das Conclusões e Recomendações de Avaliações do Programa<br />
de Subsídio de alimentos ................................................ 412<br />
Tabela 7.2. Comparação de Composição de Beneficiários da Subsídio de alimentos<br />
(Subsídio dos Alimentos)Durante a Fase de Expansão do GAPVU e Depois<br />
da Criação do INAS ................................................... 420<br />
Tabela 7.3. Comparação de Valor Total de Consumo (<strong>em</strong> Meticais) e Total de Calorias<br />
Consumidos Por 41 Idosos Participantes no GAPVU e 40 Não-Participantes<br />
nas Últimas 24 Horas (Dez<strong>em</strong>bro 1997), Por Agregado Familiar, Per Capita,<br />
e Por Adulto Equivalente ................................................ 421<br />
xi
Lista de figuras<br />
Figura 1.1—Desenho da amostra do Inquérito aos Agregados Familiares Sobre<br />
as Condições de Vida de <strong>Moçambique</strong> (MIAF) .......................... 44<br />
Figura 1.2—Variação t<strong>em</strong>poral dos preços de produtos alimentares por região ................ 45<br />
Figura 2.1—<strong>Pobreza</strong> e tamanho do agregado familiar, <strong>em</strong> conformidade com diferentes<br />
assunções sobre economias de tamanho do agregado familiar .............. 153<br />
Figura 2.2—Distribuição das altura-por-idade Z-scores, <strong>em</strong> comparação com a<br />
distribuição da população de referencia .............................. 154<br />
Figura 4.1: Determinantes da segurança alimentar e nutrição: quadro conceitual ............ 273<br />
Figura 4.2: Estado Nutricional das crianças, Idades 0-60 meses ......................... 273<br />
Figura 5.1: Alfabetismo dos Adultos de 8-65 da Zona Urbana ........................... 307<br />
Figura 5.2: Alfabetismo dos Adultos de 8-65 da Zona Rurais ............................ 307<br />
Figura 5.3: Matricula das Criancas de 7-11 das Zonas Urbanas .......................... 308<br />
Figura 5.4: Matricula das Criancas de 7-11 das Zonas Rurais ........................... 308<br />
Figura 5.5: Matricula das Criancas de12-17 das Zonas Urbanas ......................... 309<br />
Figura 5.6: Matricula das Criancas de12-17 das Zonas Rurais ........................... 309<br />
Figura 5.7: Alfabetismo dos Adultos de 18-65 por Sexo, Area e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> ................. 310<br />
Figura 5.8: Matricula das Criancas de 7-11 por Sexo, Area, e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> ................... 311<br />
Figura 5.9: Disponibilidade das Escolas nas Zonas Rurais por Provincia ................... 312<br />
Figura 5.10: Ano de Construcao de Escolas Primarias nas Zonas Rurais .................... 312<br />
Figura 6.1. Número de Laços de Qu<strong>em</strong> Recebe ou a Qu<strong>em</strong> Da Qualquer Coisa: Percentagens<br />
Por Grupo Alvo Que Teve Laços Durante o Ano Passado ................ 348<br />
Figura 6.2. Percentagens dos Grupos Alvos Com Tipos de Laços Diferentes: S<strong>em</strong> Laços,<br />
Só Receber de Laços, Laços Reciprocas .............................. 349<br />
Figura 6.3. Número de Laços com os Parentes Directos: Percentagens Com Pelo Menos<br />
Um Laço Por Grupo Alvo ......................................... 350<br />
Figura 6.4. Número de Laços De Troca Com Pessoas Nas Zonas Rurais e Urbanas: Percentagens<br />
Por Localização do Estudo Que Teve Laços Durante O Ano Passado ........ 351<br />
Figura 7.1: Organigrama do Gabinete de Apoio à População Vulnerável<br />
(GAPVU) 1991-1993 .................................................. 422<br />
Figura 7.2: Organigrama do Gabinete de Apoio à População Vulnerável<br />
(GAPVU) 1994-1996 .................................................. 423<br />
Figura 7.3: Organigrama do Instituto <strong>Nacional</strong> de Acção Social, Set<strong>em</strong>bro 1998 ............ 424<br />
Figura 7.4. Evolução do Valor de Subsídio de Alimentos <strong>em</strong> Relação ao Salário Mínimo<br />
(Meticais Nominais) ................................................... 425<br />
xii
<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
Agradecimentos<br />
Este relatório foi produzido pelo Instituto Internacional de Pesquisa <strong>em</strong> Políticas Alimentares<br />
(IFPRI) <strong>em</strong> colaboração com o Departamento da População e Desenvolvimento Social (DPDS,<br />
particularmente a Unidade de Alívio a <strong>Pobreza</strong>) da Direcção <strong>Nacional</strong> do Plano e Finanças do<br />
Ministério do Plano e Finanças, e a Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da<br />
Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Muitas Instituições e entidades deram o seu enorme<br />
contributo para que este relatório fosse produzido.<br />
Gostariamos de endereçar os nossos agradecimentos ao Instituto <strong>Nacional</strong> de Estatística<br />
(INE, <strong>em</strong> particular a Direcção <strong>Nacional</strong> de Estatística) por ter providenciado os dados de 1996 -<br />
1997 do Inquérito <strong>Nacional</strong> aos Agregados Familiares Sobre as Condições de Vida <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong><br />
(MIAF). Também gostariamos de expressar a nossa apreciação por se dispor<strong>em</strong> a clarificar muitas<br />
sugestões surgidas <strong>em</strong> relação a recolha de dados e a limpeza. Em particular, gostaríamos de<br />
agradecer ao Walter Cavero, Manuel Gaspar e Paulo Mabote do INE. Gostaríamos de estender os<br />
nossos agradecimentos ao Eugénio Matavel e ao Elísio Mazive pela auxílio prestado na limpeza de<br />
dados do levantamento MIAF.<br />
Do Ministério do Plano e Finanças (MPF), Governo de <strong>Moçambique</strong>, ficamos muito gratos<br />
pelo apoio e orientação contínuo prestado pela Iolanda Fortes e Vitória Ginga ao projecto. Também<br />
do Ministério do Plano e Finanças (MPF), gostaríamos de agradecer aos m<strong>em</strong>bros do Gabinete de<br />
Estudos pelos comentários e discussões úteis nos vários estágios do projecto.<br />
Da Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Universidade Eduardo Mondlane,<br />
gostaríamos de agradecer ao Firmino Mucavele pelo apoio prestado no projecto de investigação. Para<br />
comentários e outras formas de apoio prestado, gostaríamos de agradecer ao Bonifácio José, Patrícia<br />
Mucavele, Virgulino Nhate, Dimas Sinóia e Hélder Zavale.<br />
Haviam outras pessoas que providenciaram comentários úteis e outras formas de apoio ao<br />
trabalho efectuado para este relatório. Dentre eles, gostaríamos de oferecer os nossos<br />
agradecimentos ao Harold Alderman, Jehan Arulpragasam, Tim Buehrer, Jaikishan Desai, Lurdes<br />
Fidalgo, Lawrence Haddad, Haydee L<strong>em</strong>us, Miguel Mausse, Margaret McEwan, Saul Morris, Diego<br />
Rose, Paula Santos, Sumathi Sivasubramanian e Antoinette van Vugt. Os m<strong>em</strong>bros da equipe de<br />
pesquisadores também deram comentários úteis nos diferentes capítulos dos primeiros drafts.<br />
Gostaríamos de agradecer aos participantes dos vários s<strong>em</strong>inários organizados pelo DPDS<br />
e pela UEM pelas sugestões e comentários feitos, e da Conferencia sobre Segurança Alimentar e<br />
Nutrição realizada <strong>em</strong> Maputo <strong>em</strong> 16 e 19 de Outubro de 1998, onde os resultados dos diferentes<br />
estágios de pesquisa foram apresentados.<br />
xiv
<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
Preface<br />
O relatório <strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: <strong>Primeira</strong> <strong>Avaliação</strong> <strong>Nacional</strong> (1996-97)<br />
resulta de uma colaboração de quase três anos entre o Departamento de População e<br />
Desenvolvimento Social (anteriormente Unidade de Alívio a <strong>Pobreza</strong>) do Ministério do Plano e<br />
Finanças, a Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal da Universidade Eduardo Mondlane,<br />
e o Instituto Internacional de Pesquisas de Políticas Alimentares (International Food Policy Research<br />
Institute, ou IFPRI).<br />
<strong>Moçambique</strong> encontra-se numa posição singular no seu processo de desenvolvimento<br />
económico. A paz alcançada <strong>em</strong> 1992 trouxe tanto oportunidades como desafios de<br />
desenvolvimento. A experiência de crescimento recente é o test<strong>em</strong>unho da oportunidade do<br />
progresso económico futuro, enquanto o desafio mais sério para o país é assegurar que os pobres<br />
particip<strong>em</strong> e benefici<strong>em</strong> pelo menos proporcionalmente, e com esperanças de que seja muito mais<br />
do que proporcionalmente, do processo de crescimento que v<strong>em</strong> <strong>em</strong>ergindo. Este desafio t<strong>em</strong><br />
também uma dimensão política: a larga participação nos benefícios do crescimento económico<br />
também aumentará a perspectiva de estabilidade e paz contínua.<br />
Onde enquadrar a <strong>Avaliação</strong> neste contexto vasto? Primeiro, enquadra-se numa pr<strong>em</strong>issa de<br />
que informação válida é condição necessária para políticas sólidas. A <strong>Avaliação</strong> responde a uma<br />
lacuna crítica de informação. O Inquérito aos Agregados Familiares sobre as Condições de Vida <strong>em</strong><br />
<strong>Moçambique</strong> (MIAF), <strong>em</strong> que muitas das análises são baseadas, é o primeiro levantamento<br />
representativo a nível nacional <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>. Antes deste levantamento, não existiam bases de<br />
dados credíveis para a construção de estimativas de pobreza tanto a nível nacional e muito menos<br />
para a construção de um perfil de pobreza e b<strong>em</strong>-estar ou a análises dos seus determinantes. A<br />
<strong>Avaliação</strong> preenche esta falta de informação apresentando todas estas análises, baseando-se nos<br />
dados do MIAF.<br />
Em segundo lugar, a <strong>Avaliação</strong> pode ser vista como o primeiro passo para o estabelecimento<br />
de um sist<strong>em</strong>a de monitoreio da pobreza baseando-se <strong>em</strong> recolhas detalhadas e periódicas de<br />
informação sobre padrões de vida. A abordag<strong>em</strong> da <strong>Avaliação</strong> é baseada na pr<strong>em</strong>issa de que o uso<br />
de dados para pesquisa e análises é a melhor forma de apoiar e enriquecer futuras recolhas de dados.<br />
Para um país como <strong>Moçambique</strong>, o monitoreio de padrões de vida e pobreza deveriam ser vistos<br />
como um compromisso de longo prazo que também requer<strong>em</strong> compromissos para a recolha<br />
sustentada de dados. A recolha de dados ao nível do agregado familiar será uma parte importante<br />
deste esforço dado que tais dados são indispensáveis para a avaliação da distribuição (<strong>em</strong> vez de a<br />
média) de b<strong>em</strong>-estar.<br />
Finalmente, a <strong>Avaliação</strong> já começou a contribuir naquilo que é ultimamente um objectivo<br />
xvi
<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
político: pondo a redução da pobreza no estágio central da agenda política. Esperar-se que as<br />
análises detalhadas apresentadas na <strong>Avaliação</strong> continuarão a fornecer informação de que o Governo<br />
precisa para perseguir o seu compromisso de redução da pobreza.<br />
Uma Visão Geral da <strong>Avaliação</strong><br />
A Parte I da <strong>Avaliação</strong> trata das estimativas, perfis, e determinantes da pobreza <strong>em</strong><br />
<strong>Moçambique</strong>. O capítulo 1 lança os alicerces do trabalho analítico dos capítulos seguintes,<br />
introduzindo dados, construindo uma medida abrangente do consumo ao nível do agregado familiar<br />
para a medição de b<strong>em</strong>-estar, e construindo linhas de pobreza regionais. O segundo capítulo<br />
apresenta as estimativas de pobreza absoluta e o perfil detalhado de pobreza, enquanto o terceiro<br />
capítulo cont<strong>em</strong> uma análise dos determinantes de pobreza. Baseado nesta análise, o capítulo 3<br />
também apresenta algumas simulações que pretend<strong>em</strong> quantificar o impacto potencial de um<br />
conjunto de intervenções para a redução de pobreza no país.<br />
Embora uma medida de b<strong>em</strong>-estar baseado no consumo seja a medida principal do b<strong>em</strong>-estar<br />
na primeira parte da <strong>Avaliação</strong>, é claro que outras dimensões de b<strong>em</strong>-estar também são importantes.<br />
Algumas destas dimensões são analisadas na segunda parte do relatório, que trata de segurança<br />
alimentar, nutrição e capital humano (educação). O capitulo 4 apresenta um perfil de segurança<br />
alimentar e nutrição, e analisa os determinantes do mesmo, num quadro geral da estratégia de<br />
redução da pobreza <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>. Da mesma maneira, o capítulo 5 aborda a questão de educação<br />
como um fim <strong>em</strong> sim e o meio para outros fins. Assim, avalia o papel da educação dos adultos na<br />
determinação de várias dimensões de b<strong>em</strong>-estar (tanto material como social) dos agregados<br />
familiares moçambicanos, desde o seu consumo de bens e serviços até o estado de saúde e nutrição<br />
das suas crianças. O capítulo 5 completa o círculo, analisando a determinação da escolaridade<br />
corrente das crianças.<br />
A Parte III da <strong>Avaliação</strong> examina questões relacionadas com redes de segurança social no<br />
país. O capítulo 6 apresenta alguns resultados de um estudo de caso de redes informais de segurança<br />
social nas províncias de Gaza e Nampula, e na cidade de Maputo. Analisa-se os vários mecanismos<br />
de ajuda mútua existentes e redes informais de segurança social nas comunidades rurais e urbanas<br />
de <strong>Moçambique</strong>, a evolução dos mesmos no período pós-independência, e como é que estes<br />
contribu<strong>em</strong> para a protecção social dos grupos vulneráveis na sociedade. Por outro lado, o capítulo<br />
7 trata de uma avaliação da experiência do programa do GAPVU, uma transferência de dinheiro nas<br />
zonas urbanas de <strong>Moçambique</strong>. Esta análise documenta as mudanças importantes no programa desde<br />
1990 para entender como é que o desenho e impl<strong>em</strong>entação poderiam ser melhorados para tornar o<br />
programa mais eficiente na protecção dos mais vulneráveis no país.<br />
As contribuições na <strong>Avaliação</strong> mostram uma certa medida de diversidade nas suas fontes de<br />
xvii
<strong>Pobreza</strong> e <strong>B<strong>em</strong></strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
dados e metodologias. Por ex<strong>em</strong>plo, enquanto a maioria da análise é baseada nos dados do MIAF,<br />
os capítulos sobre redes de segurança formais e informais aproveita outras fontes de informação.<br />
A análise de redes informais, por ex<strong>em</strong>plo, é baseada nos dados de um inquérito, realizado pelos<br />
autores, de 412 agregados familiares nas províncias de Gaza e Nampula, e na cidade de Maputo<br />
durante o período de Junho até Agosto de 1997. Do mesmo modo, as metodologias usadas variam<br />
das análises muita quantitativas dos determinantes da pobreza e o desenvolvimento do capital<br />
humano (capítulos 3 e 5) às abordagens mais qualitativas utilizadas nos estudos do caso sobre redes<br />
de segurança (capítulos 6 e 7). Entend<strong>em</strong>os esta diversidade como um aspecto muito positivo da<br />
<strong>Avaliação</strong>.<br />
Este relatório é do espírito de uma avaliação da pobreza da primeiro geração. Enquanto a<br />
<strong>Avaliação</strong> abrange muitos t<strong>em</strong>as, muitas questões importantes e relevantes não foram tratados.<br />
Contudo, espera-se que o que falta <strong>em</strong> termos da cobertura dos t<strong>em</strong>as seja compensado pela<br />
profundidade da análise, e pelo processo colaborativo do trabalho.<br />
A maneira como a análise foi feita é importante por vários motivos. A colaboração activa<br />
entre o DPDS, UEM, e IFPRI levou a um relatório que é mais do que a soma dos seus capítulos. A<br />
colaboração <strong>em</strong> todas as etapas da análise enriqueceu a <strong>Avaliação</strong> <strong>em</strong> dimensões tanto visíveis como<br />
invisíveis. Por ex<strong>em</strong>plo, a colaboração ainda no início permitiu-nos intervir durante a recolha de<br />
dados para incluir um levantamento sobre preços nas comunidades rurais no MIAF. Esta informação<br />
tornou-se chave para a construção das linhas de pobreza e o índice espacial de preços. Da mesma<br />
maneira, a <strong>Avaliação</strong> beneficiou das consultas com colegas do MPF e da UEM, sobretudo para os<br />
julgamentos de valor que faz<strong>em</strong> parte da análise <strong>em</strong>pírica, especialmente num país como<br />
<strong>Moçambique</strong> com a sua fraca disponibilidade de dados. Mais, a natureza da colaboração promoveu<br />
a criação de capacidade através da participação na análise dos dados. Esta colaboração foi possível<br />
por causa do envolvimento ao longo do trabalho dos funcionários do IFPRI baseados <strong>em</strong><br />
<strong>Moçambique</strong>, o compromisso de fazer a maior parte da análise dentro do país, e a participação activa<br />
dos colegas Moçambicanos na análise e a apresentação dos resultados.<br />
Entender pobreza e b<strong>em</strong>-estar <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>, como <strong>em</strong> outros países, é um processo<br />
contínuo. Espera-se que este relatório venha a encorajar mais passos neste processo.<br />
xviii
Mapa 1. Localização das Áreas Abrangidas<br />
pelo Inquérito dos Agregados Familiares:<br />
1996/97<br />
Cabo<br />
Niassa<br />
Delgado<br />
Tete<br />
Manica<br />
Chimoio<br />
Gaza<br />
Maputo<br />
Lichinga<br />
Tete<br />
Beira<br />
Xai-Xai<br />
Sofala<br />
Nampula<br />
Inhambane<br />
Maputo Cidade<br />
Zambezia<br />
Quelimane<br />
Inhambane<br />
& Matola<br />
P<strong>em</strong>ba<br />
Nacala<br />
Nampula<br />
200 0 200 400 600 800 Kilometers<br />
Capital Provincial ou Nacala<br />
Aldeias Rurais<br />
Fronteiras Provinciais<br />
+ Nome da Província<br />
As aldeias não foram geo-referenciadas na altura<br />
da recolha dos dados, mas foram localizadas nos<br />
mapas do recenseamento <strong>em</strong> 1998. Estima-se que<br />
os locais sejam 19% das 633 aldeias. Alguns<br />
centros urbanos pequenos do estudo não estão<br />
incluídos neste mapa.