alguns aspectos da toxemia da prenhez em pequenos ruminantes
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encontraram sintomas s<strong>em</strong>elhantes <strong>em</strong> ovelhas subnutri<strong>da</strong>s e com<br />
parasitoses intestinais. No Brasil, <strong>em</strong> 1982, Ortolani e Benesi, relataram a<br />
ocorrência de quatro casos <strong>em</strong> cabras e três casos <strong>em</strong> ovelhas. apud<br />
(ORTOLANI 1985).<br />
2.2 METABOLISMO DA GLICOSE EM RUMINANTES<br />
Para uma melhor compreensão de como se instala o quadro de <strong>tox<strong>em</strong>ia</strong>, se<br />
faz necessário uma prévia revisão sobre o metabolismo <strong>da</strong> glicose dos<br />
<strong>ruminantes</strong>. Nos monogástricos, grande parte <strong>da</strong> glicose provém <strong>da</strong> digestão<br />
intestinal de carbohidratos poli ou monossacarídeos, contendo <strong>em</strong> suas<br />
fórmulas, glicose que é rapi<strong>da</strong>mente absorvi<strong>da</strong> e incorpora<strong>da</strong> à corrente<br />
sanguínea. Nos <strong>ruminantes</strong>, estes carbohidratos são metabolizados no rúmen<br />
<strong>em</strong> ácidos graxos voláteis (ácido propiônico, acético e butírico). Quando são<br />
absorvidos, parte do ácido propiônico é, no fígado, transformado <strong>em</strong> glicose,<br />
sendo responsável pela produção de 50% deste el<strong>em</strong>ento. 30% a 35 % deste<br />
açúcar são derivados dos aminoácidos dietéticos (principalmente a alanina e<br />
o aspartato), que são incorporados nas rotas bioquímicas gliconeogênicas. O<br />
restante <strong>da</strong>s fontes de glicose provém do metabolismo do lactato no fígado e<br />
rim, surgindo do metabolismo anaeróbico e do glicerol pela composição dos<br />
triglicerídios plasmáticos. (ORTOLANI 1994).<br />
Do ponto de vista bioquímico, a glicose é utiliza<strong>da</strong> como principal fonte<br />
energética dos <strong>ruminantes</strong>, <strong>em</strong> números reduzidos de órgãos: sist<strong>em</strong>a<br />
nervoso, fígado, glândula mamária e rim, mas os tecidos fetais a utilizam<br />
como carboidrato básico para o seu desenvolvimento. Assim sendo, quanto<br />
maior for o número de fetos e mais próximo do final <strong>da</strong> gestação, maior será<br />
a quanti<strong>da</strong>de requeri<strong>da</strong> de glicose pelo conjunto cabra-fetos, do que a <strong>da</strong><br />
fêmea não gestante. (ORTOLANI 1994).<br />
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