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02-01-2007<br />

Psicoterapias<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

1


02-01-2007<br />

Inspirações Teóricas<br />

Psicanalítica<br />

Comportamental<br />

Sistémica<br />

Existencial<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Perspectiva<br />

Analítica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Psicoterapias dinâmicas<br />

Podem assumir as<br />

seguintes formas.<br />

Relação dual<br />

Relação grupal<br />

Relação grupal<br />

com a instituição<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Quase todas se baseiam na teoria freudiana.<br />

Todas decorrem da psicanálise “cura-tipo”<br />

Psicoterapia breve<br />

Psicoterapia focal<br />

Psicoterapia de inspiração analítica<br />

Grupanálise<br />

Psicoterapia de grupo<br />

Psicodrama de inspiração analítica<br />

Terapia familiar de inspiração analítica<br />

Relaxamento<br />

Psicoterapia institucional<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Psicoterapias dinâmicas<br />

Psicoterapia de inspiração analítica<br />

02-01-2007<br />

Tem como finalidade<br />

principal a resolução<br />

de sintomas e dirige-se<br />

quase sempre a<br />

quadros neuróticos<br />

clássicos<br />

Vantagens sobre a<br />

“cura-tipo”<br />

Técnica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

“Tu<strong>do</strong> leva a crer que, para<br />

uma aplicação massiva da nova<br />

terapêutica, seremos obriga<strong>do</strong>s<br />

a misturar ao ouro puro da<br />

análise uma quantidade<br />

considerável de chumbo da<br />

sugestão directa” (Freud, 1918)<br />

Alargamento da aplicação a maior<br />

número de casos<br />

Flexibilidade da técnica permitin<strong>do</strong> a<br />

associação com outras terapêutica<br />

Aplicação a casos onde a “cura-tipo”<br />

está contra-indicada<br />

Procura-se estimular a associação<br />

livre, mas o terapeuta desempenha<br />

um papel mais activo <strong>do</strong> que na<br />

“cura-tipo”<br />

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02-01-2007<br />

Psicoterapias dinâmicas<br />

Psicoterapia breve<br />

É planificada<br />

desde o início<br />

Não ambiciona<br />

alterações<br />

estruturais<br />

profundas<br />

Princípios<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Delimitação:<br />

No tempo (previamente fixa<strong>do</strong>)<br />

Na finalidade (alívio sectorial <strong>do</strong>s sintomas)<br />

No tratamento (centra<strong>do</strong> sobre um foco)<br />

No nível de interpretação (só sobre o material actual)<br />

Princípio da proximidade com o real (Manter a<br />

realidade externa como ponto de referê4ncia)<br />

Princípio de evitamento da neurose de transfert (os<br />

princípios anteriores ajudam a evitá-la)<br />

Princípio da actividade <strong>do</strong> terapeuta (aban<strong>do</strong>no da<br />

passividade <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s clássicos)<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Psicoterapias dinâmicas<br />

Psicanálise “Cura-Tipo”<br />

Méto<strong>do</strong><br />

Objectivos<br />

Regras gerais<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Além duma técnica é também uma arte pessoal<br />

Começou a partir <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> das técnicas sugestivas (hipnose)<br />

Associação livre (regra fundamental)<br />

Ponto de vista dinâmico<br />

Ponto de vista tópico<br />

Ponto de vista económico<br />

Ponto de vista genético<br />

Não são rígidas, mas devem favorecer uma atitude geral de<br />

relaxamento <strong>do</strong> controlo pessoal, mas manten<strong>do</strong> conservada a<br />

capacidade de observação<br />

Indicações Devem ser observadas caso a caso<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Psicoterapias dinâmicas<br />

Psicanálise “Cura-Tipo”<br />

Além duma técnica é também uma arte pessoal<br />

Começou a partir <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> das técnicas sugestivas (hipnose)<br />

Associação livre (regra fundamental) <strong>do</strong> “processo analítico”<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Méto<strong>do</strong><br />

Posicionamento psíquico por parte <strong>do</strong> analisan<strong>do</strong> (depende da motivação, força <strong>do</strong> ego,<br />

capacidade de insight<br />

Posicionamento psíquico por parte <strong>do</strong> analista – manutenção de: “regras de “abstinência”,<br />

“atenção flutuante”, neutralidade benevolente”<br />

Relação emocional que se estabelece entre o terapeuta e o sofrente- A questão <strong>do</strong> transfert e<br />

contra-transfert<br />

Análise interpretativa da relação interpessoal<br />

A neurose de transfert repete a neurose infantil servin<strong>do</strong> para a rememoração <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> que se<br />

pretende e que ajudará a uma organização psíquica diferente <strong>do</strong> sofrente.<br />

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02-01-2007<br />

Psicoterapias dinâmicas<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Psicanálise “Cura-Tipo” Objectivos<br />

Ponto de vista dinâmico: pretende-se que o funcionamento psíquico se torne<br />

menos rígi<strong>do</strong> e menos projectivo que conduzirá a uma diminuição <strong>do</strong> sentimento<br />

<strong>do</strong> conflito interno e a uma maior maleabilidade no jogo dinâmico entre o sistema<br />

pulsional e as respectivas defesas, ou entre as várias instâncias <strong>do</strong> aparelho<br />

psíquico.<br />

Ponto de vista tópico: Pretende-se que a dinamização interna aos poucos<br />

conseguida, conduza a uma diminuição da rigidez <strong>do</strong> Superego (culpabilidade) e a<br />

uma mais adequada referência ao Ideal <strong>do</strong> Ego (melhor sentimento de identidade)<br />

Ponto de vista económico: pretende-se uma livre distribuição e troca de energia<br />

entre os vários sistemas, entre as forças pulsionais e entre os investimentos<br />

narcísicos e objectais.<br />

Ponto de vista genético: ao contrário <strong>do</strong> se pensava nos tempos de Freud, a<br />

psicanálise constitui uma ciência inter-relacional e não uma teoria psicogenética.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Psicoterapias dinâmicas<br />

Psicanálise “Cura-Tipo”<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Regras gerais<br />

•Não são rígidas, mas devem favorecer uma atitude geral de relaxamento <strong>do</strong> controlo<br />

pessoal, mas manten<strong>do</strong> conservada a capacidade de observação.<br />

•O analista é vivi<strong>do</strong> na relação como outrora foi vivida a relação <strong>do</strong> analisan<strong>do</strong> com os pais.<br />

•Procura-se que o analisan<strong>do</strong> não encontre na cura , sem dar por isso, as satisfações<br />

substitutivas para as suas carências actuais.<br />

•Devem ser observadas caso a caso.<br />

Indicações<br />

•Porém, toda a psicopatologia, bem como a normalidade, é passível de ser<br />

analisada.. Mas, a eficácia terapêutica, está reduzida apenas aos casos com boa<br />

indicação para este tipo de tratamento.<br />

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02-01-2007<br />

Bibliografia:<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva psicanalítica<br />

Jaime Milheiro (1986): Manual de Psiquiatria Clínica de J.C. Dias Cordeiro, Ed.<br />

Fundação C. Gulbenkian, Lisboa<br />

Sigmund Freud (1976): Ed. Standard das Obras Psicológicas Completas, Imago<br />

Editora Ldª, Rio de Janeiro<br />

Aldert Collette (1971): Introdução à Psicologia Dinâmica, Ed. Cª Editora<br />

Nacional, S. Paulo.<br />

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02-01-2007<br />

Perspectiva<br />

Comportamental<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

• A designação “Terapêutica comportamental” deve-se<br />

a Arnold Lazarus (1958). Desenvolveu um méto<strong>do</strong><br />

terapêutico basea<strong>do</strong> nas teorias da aprendizagem.<br />

• Já Watson (1920) tinha demonstra<strong>do</strong> que certos<br />

transtornos emocionais poderiam ser precocemente<br />

adquiri<strong>do</strong>s por mecanismos de condicionamento<br />

clássico.<br />

• Actualmente o modelo comportamental utiliza<br />

técnicas derivadas <strong>do</strong> condicionamento clássico,, <strong>do</strong><br />

condicionamento operante e da modelação.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Psicologia <strong>do</strong><br />

comportamento<br />

Perspectiva comportamental<br />

Terapêutica <strong>do</strong><br />

comportamento<br />

Psicologia clínica<br />

Modificação <strong>do</strong><br />

comportamento<br />

Intervenção na comunidade<br />

ou na escola<br />

Análise aplicada <strong>do</strong><br />

comportamento<br />

Grupos de estu<strong>do</strong><br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Dessensibilização sistemática;<br />

Implosão; Imersão; Prática<br />

maciça; Prática negativa; Terapia<br />

aversiva<br />

Técnicas<br />

operantes<br />

Avaliação empírica das<br />

técnicas aplicadas<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

Onde aplicar as terapias <strong>do</strong> comportamento?<br />

Não há nenhuma situação clínica de raiz<br />

psicológica onde não seja possível tentar<br />

uma abordagem comportamental.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Finalidade<br />

Perspectiva comportamental<br />

• Compreender as diversas manifestações<br />

comportamentais da situação clínica<br />

• Projectar uma estratégia de intervenção,<br />

ten<strong>do</strong> em conta que o “sofrente” é um ser<br />

concreto que vive o seu distúrbio de forma<br />

única e global (Homem Total)<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

O êxito de qualquer intervenção no campo<br />

terapêutico depende:<br />

• Da técnica em si<br />

• Da motivação <strong>do</strong> indivíduo para se tratar<br />

• Do terapeuta<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

A técnica em si mesma:<br />

Perspectiva comportamental<br />

• O êxito depende muito da estratégia<br />

escolhida. Através duma técnica<br />

adequada, o terapeuta conduz o<br />

tratamento visan<strong>do</strong> modificar o<br />

comportamento considera<strong>do</strong> desajusta<strong>do</strong>.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Motivação <strong>do</strong> <strong>do</strong>ente para o tratamento:<br />

Porque falha o tratamento?<br />

Perspectiva comportamental<br />

• O “sofrente” nunca se habituou a enfrentar as suas dificuldades.<br />

• Foge de responsabilidades (mesmo as inerentes ao tratamento).<br />

• Está frustra<strong>do</strong> com insucessos anteriores.<br />

• A execução de determinadas tarefas pedidas evocam emoções<br />

negativas.<br />

• Transtornos comportamentais socialmente censuráveis. O <strong>do</strong>ente<br />

esconde e defende-se, não permitin<strong>do</strong> a aproximação <strong>do</strong> terapeuta.<br />

• Me<strong>do</strong> de perder ganhos secundários.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

A pessoa <strong>do</strong> terapeuta<br />

Perspectiva comportamental<br />

• Para ganhar (e manter) a confiança <strong>do</strong><br />

“sofrente” torna-se necessário possuir<br />

um conjunto de atributos técnicos e<br />

pessoais.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Diferenças<br />

entre<br />

Psicanálise<br />

Ter. Comportamental<br />

Ter. Centrada no<br />

paciente<br />

Perspectiva comportamental<br />

Terapia analítica – os sintomas não são a <strong>do</strong>ença.. Esta reside num<br />

“agente patogénico” (conflito) que deve ser procura<strong>do</strong> no inconsciente.<br />

A intervenção centra-se na relação terapeuta – <strong>do</strong>ente e na interpretação<br />

<strong>do</strong> material verbal e emocional que emerge durante o acto terapêutico.<br />

Objectivo: modificação intra-psíquica.<br />

Terapia centrada no cliente – parte <strong>do</strong> pressuposto de que o indivídua<br />

tem em si as condições necessárias para a sua auto-regulação. O<br />

terapeuta usan<strong>do</strong> a empatia como instrumento básico aposta na<br />

capacidade <strong>do</strong> paciente para alcançar a cura.<br />

Objectivo: modificação intra-psíquica.<br />

Terapia comportamental – contrariamente às outras duas o terapeuta<br />

valoriza, sobretu<strong>do</strong>, a relação <strong>do</strong> paciente com o meio ambiente e não a<br />

relação com o próprio terapeuta.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

Atributos essenciais da Terapia Comportamental<br />

• Os sintomas não são mais <strong>do</strong> que comportamentos<br />

selecciona<strong>do</strong>s para a mudança.<br />

• Os comportamentos selecciona<strong>do</strong>s para a mudança têm<br />

circunstâncias controla<strong>do</strong>ras antecedentes e<br />

consequentes que é preciso conhecer.<br />

• Ao pretender-se estabelecer uma modificação<br />

comportamental é preciso quantificar.<br />

• A terapêutica <strong>do</strong> comportamento costuma ser directiva<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

Atributos essenciais da Terapia Comportamental<br />

Os sintomas não são mais <strong>do</strong> que comportamentos<br />

selecciona<strong>do</strong>s para a mudança.<br />

O modelo comportamental considera que os sintomas têm<br />

um valor relativo, influencia<strong>do</strong> por fenómenos sócioculturais.<br />

A psicologia transcultural oferece-nos<br />

argumentos paradigmáticos que demonstram a força<br />

<strong>do</strong>s factores culturais e sociais na génese, valorização e<br />

manejo de muitos sintomas psíquicos.<br />

Indivíduos diferentes podem sofrer da mesma <strong>do</strong>ença por<br />

causas diferentes, carecen<strong>do</strong> de intervenção terapêutica<br />

diversa. Ex: neurose fóbica.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Atributos essenciais da Terapia Comportamental<br />

Perspectiva comportamental<br />

Os comportamentos selecciona<strong>do</strong>s para a mudança têm circunstâncias<br />

controla<strong>do</strong>ras antecedentes e consequentes que é preciso conhecer.<br />

• Os transtornos <strong>do</strong> comportamento só se podem esclarecer a partir <strong>do</strong><br />

conhecimento das circunstâncias antecedentes e consequentes que os<br />

determinam. Umas e outras podem estar dentro ou fora <strong>do</strong> indivíduo.<br />

• Um registo atento <strong>do</strong>s antecedentes e <strong>do</strong>s consequentes permite fazer<br />

uma “análise funcional” de cada caso que é diferente da “análise<br />

topográfica”, sen<strong>do</strong> esta a base tradicional <strong>do</strong> diagnóstico clínico.<br />

• A “análise funcional” deve esgotar todas as situações que envolvem antes<br />

e depois o aparecimento <strong>do</strong>s sintomas por forma a captar (se possível) um<br />

denomina<strong>do</strong>r comum.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

Atributos essenciais da Terapia Comportamental<br />

Ao pretender-se estabelecer uma modificação<br />

comportamental é preciso quantificar.<br />

• Ten<strong>do</strong> o modelo comportamental nasci<strong>do</strong> da teoria da<br />

aprendizagem e da psicologia experimental está<br />

imbuí<strong>do</strong> da necessidade de rigor.<br />

• É necessário quantificar para podermos estabelecer<br />

termos comparativos na evolução <strong>do</strong> <strong>do</strong>ente.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

25


Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva comportamental<br />

Atributos essenciais da Terapia Comportamental<br />

A terapêutica <strong>do</strong> comportamento costuma ser directiva<br />

• A forma como o terapeuta, selectivamente, presta<br />

atenção e se torna um reforça<strong>do</strong>r positivo ou<br />

punitivo dum certo comportamento, influencia a<br />

mudança desejada.<br />

• Por outro la<strong>do</strong> a postura <strong>do</strong> terapeuta funciona<br />

como um modelo que imprime uma certa<br />

direcção a essa mesma mudança.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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Bases clínicas<br />

e terapêuticas<br />

02-01-2007<br />

Bibliografia<br />

Perspectiva comportamental<br />

• Adriano Vaz Serra (1986): Manual de Psiquiatria Clínica de J.C. Dias<br />

Cordeiro, Ed. Fundação C. Gulbenkian, Lisboa<br />

• Lewis R. Wolberg, M. D. (1970): Psicoterapia Breve, Editorial Gre<strong>do</strong>s,<br />

S.A., Madrid<br />

• Ovide Fontaine (1978): Introduction aux thérapies comportementales, Pierre<br />

Mardaga editeur, Bruxelles<br />

• Frederick H. Kanfer & Jeanne S. Phillips (1974): Os Princípios da<br />

Aprendizagem na Terapia Comportamental, Editora Pedagógica e Universitária,<br />

S. Paulo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Perspectiva<br />

Sistémica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Perspectiva Sistémica<br />

O homem é um sistema “bioantroposocial”<br />

• Há muitos milhares de anos a espécie humana<br />

começou a organizar-se, provavelmente com a<br />

finalidade de proteger os seus membros mais<br />

jovens e também mais i<strong>do</strong>sos, em pequenos<br />

agrega<strong>do</strong>s chama<strong>do</strong>s famílias.<br />

• Estas, para além da função protectora, passou a<br />

ter, com o tempo, também uma função<br />

pedagógica e formativa, sobretu<strong>do</strong>, em relação<br />

às condições externas (meio ambiente).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

29


02-01-2007<br />

Família<br />

Senti<strong>do</strong> gregário<br />

Perspectiva Sistémica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

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02-01-2007<br />

Família<br />

Senti<strong>do</strong> gregário<br />

Perspectiva Sistémica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

31


02-01-2007<br />

Família<br />

Senti<strong>do</strong> gregário<br />

Perspectiva Sistémica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

32


02-01-2007<br />

Família<br />

Senti<strong>do</strong> gregário<br />

Perspectiva Sistémica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

33


02-01-2007<br />

Família<br />

Senti<strong>do</strong> gregário<br />

Perspectiva Sistémica<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

34


02-01-2007<br />

A família<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Do individual ao colectivo no contexto da família. Viver e existir.<br />

• Da personalidade ao clã familiar.<br />

• Família. Visão antropológica <strong>do</strong> conceito.<br />

• O homem no diálogo com o seu mun<strong>do</strong>.<br />

• A teoria <strong>do</strong>s sistemas.<br />

• Terapia familiar. O que significa.<br />

• História da evolução <strong>do</strong> conceito.<br />

Freud e as primeiras abordagens<br />

A geração de 50.<br />

A geração de 60 e 70.<br />

• Panorâmica actual.<br />

• Aspectos clínicos.<br />

Perspectiva Sistémica<br />

35


O que é a família?<br />

02-01-2007<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• “A família é um padrão universal <strong>do</strong><br />

viver humano. É a unidade <strong>do</strong><br />

crescimento, da aprendizagem e da<br />

experiência; <strong>do</strong> êxito e <strong>do</strong> fracasso; e<br />

também da saúde e da <strong>do</strong>ença.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Natham W Adkerman<br />

36


Qual a origem da<br />

família?<br />

02-01-2007<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Há muitos milénios que a espécie humana se<br />

começou a organizar, certamente com o<br />

objectivo de proteger os seus membros mais<br />

jovens por forma a prepará-los para o<br />

embate com o mun<strong>do</strong> exterior.<br />

• Nesse senti<strong>do</strong> surgem pequenas agrega<strong>do</strong>s<br />

sociais que constituem na sua dimensão<br />

mais reduzida as famílias.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

37


02-01-2007<br />

A família<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• A espécie humana começou a<br />

organizar-se há alguns milénios em<br />

pequenas unidades sociais (famílias)<br />

com <strong>do</strong>is objectivos fundamentais:<br />

Protecção <strong>do</strong>s seus membros mais<br />

jovens.<br />

Promover a adaptação destes às<br />

condições <strong>do</strong> meio ambiente.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

38


02-01-2007<br />

A família<br />

• A actual crise de confiança no seio<br />

desta unidade acontece por:<br />

Modificação rápida <strong>do</strong>s hábitos e<br />

regras sociais.<br />

Mutações bruscas de estilos de vida<br />

provocadas por uma cultura que evolui<br />

de forma mais acelerada <strong>do</strong> que o fluxo<br />

de gerações.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

39


02-01-2007<br />

A família<br />

• O estreito convívio entre os membros<br />

da família por um la<strong>do</strong> e a interacção<br />

deles com a comunidade em geral por<br />

outro, criam um conjunto de interacções<br />

relacionais com evidente repercussão<br />

ao nível <strong>do</strong> desenvolvimento da<br />

comunicação.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

40


02-01-2007<br />

A família<br />

• Hoje existe uma crise na própria defesa<br />

natural; (fechar-se temporariamente sobre si<br />

mesma a fim de reforçar as regras de<br />

funcionamento interno).<br />

• Tal atitude desadaptaria ainda mais a família<br />

a um meio social em mutação acelerada.<br />

• Colidiria com os actuais princípios vigentes<br />

de tolerância, abertura e compreensão.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

41


02-01-2007<br />

A família<br />

A personalidade “colectiva”<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• A palavra personalidade deriva <strong>do</strong> latim<br />

“persona” e esta <strong>do</strong> grego “prosopon” que<br />

significava três coisas:<br />

• Máscara usada pelos actores teatrais.<br />

• Atributos histriónicos <strong>do</strong> actor enquanto<br />

actor.<br />

• Qualidades que faziam sobressair alguém no<br />

seu jogo social.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

42


Terapia Familiar<br />

Epistemologia e paradigma<br />

02-01-2007<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Epistemologia - Mo<strong>do</strong> global de encarar o universo.<br />

(Gr: perspectiva que tem um observa<strong>do</strong>r coloca<strong>do</strong><br />

num ponto eleva<strong>do</strong>). Exemplo na cultura ocidental:<br />

Todas as coisas encerram uma “essência” que<br />

actua como princípio causa<strong>do</strong>r de fenómenos<br />

diversos (Aristóteles).<br />

• Paradigma - Mo<strong>do</strong> de encarar uma determinada<br />

ciência. Na Saúde Mental existem actualmente 3<br />

paradigmas: biológico, psicológico e sociológico.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

43


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

Uma nova epistemologia e novos paradigmas<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Da visão epistemológica aristotélica (as<br />

coisas encerram uma “essência” que actua<br />

como princípio causa<strong>do</strong>r de fenómenos<br />

diversos), passou-se a partir <strong>do</strong>s anos 40 e<br />

através de novas conceptualizações<br />

baseadas na teoria geral <strong>do</strong>s sistemas para<br />

entendimentos, nos planos social e<br />

psicológico, mais globais e, portanto, mais<br />

dinâmicos e funcionais.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

44


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

Mudança epistemológica em Freud<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Na obra de Freud assistimos a uma mudança<br />

de epistemologia entre os primeiros escritos<br />

(os sintomas neuróticos derivariam de um<br />

“princípio causa<strong>do</strong>r”- traumatismos infantis) e<br />

os escritos ulteriores (os sintomas neuróticos<br />

resultariam da interacção dinâmica entre as<br />

várias instâncias internas).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

45


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

Nova epistemologia - Teoria Geral <strong>do</strong>s Sistemas<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• O foco já não está na “causa” ligada a<br />

aspectos intrínsecos próprios da pessoa<br />

<strong>do</strong>ente, mas nas funções que cada um<br />

representa no sistema familiar.<br />

• La<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> nestas novas abordagens<br />

sistémicas utilizam-se elementos <strong>do</strong><br />

paradigma sociológico e psicológico.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

46


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

Génese psíquica <strong>do</strong> sofrimento<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Antes de Freud a <strong>do</strong>ença psíquica era atribuída,<br />

segun<strong>do</strong> o princípio aristotélico a uma “essência<br />

causal” - só a contenção e o controlo externo a<br />

corrigiriam.<br />

• Freud ao relacionar o sofrimento psíquico com<br />

circunstâncias particulares <strong>do</strong> desenvolvimento<br />

precoce da personalidade, tornou possível a criação<br />

dum méto<strong>do</strong> de tratamento destina<strong>do</strong> a corrigir a<br />

perturbação psicológica.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

47


02-01-2007<br />

Terapias familiares<br />

O início<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• A psicanálise, ao relacionar certas perturbações psíquicas com<br />

circunstâncias particulares <strong>do</strong> desenvolvimento precoce da<br />

personalidade, tornou possível a criação dum méto<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> em<br />

ajudar o paciente a elaborar o conflito intra psíquico e a encontrar<br />

para ele solução.<br />

• O espaço relacional entre o cliente e o analista seria, segun<strong>do</strong><br />

Freud, a zona instrumental de acção terapêutica. Neste espaço, o<br />

paciente projectaria no terapeuta (transferência) problemas vivi<strong>do</strong>s<br />

noutras relações significativas.<br />

• Alguns terapeutas alteraram este modelo, fazen<strong>do</strong> deslocar o seu<br />

foco de acção terapêutica para o espaço das relações<br />

interpessoais entre o paciente e as pessoas significativas que o<br />

rodeiam.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

48


02-01-2007<br />

A família<br />

Terapia Familiar<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Freud escolheu, como zona instrumental de acção<br />

terapêutica (para acesso e elaboração <strong>do</strong>s conflitos<br />

intra psíquicos) o espaço da relação entre o cliente e<br />

o analista, onde o primeiro projecta (“transferência”)<br />

problemas e padrões de interacção vivi<strong>do</strong>s noutras<br />

relações significativas (por ex. com os pais).<br />

• Alguns terapeutas deslocaram o foco de acção<br />

terapêutica para o espaço das relações interpessoais<br />

entre o cliente e as pessoas significativas<br />

que o rodeiam. Desta tendência iriam nascer as<br />

terapias de família.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

49


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

Os primeiros passos<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Freud e a história <strong>do</strong> “pequeno Hans”.<br />

• Os primeiros movimentos resultaram da<br />

conjugação de duas profissões:<br />

Conselheiros conjugais “social warkers”<br />

Técnicos de saúde mental inspira<strong>do</strong>s nas<br />

linhas da psiquiatria social e psicanalítica da<br />

criança e <strong>do</strong> psicótico.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

50


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

A geração de 50<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• John Bell - o envolvimento da família no<br />

processo terapêutico.<br />

• Nathan Ackerman - a família como unidade<br />

• Rosen - o espelho unidireccional<br />

• Bateson - o grupo de Palo Alto.<br />

• Don Jackson - psicoterapia interaccional da<br />

família. A cibernética e a teoria geral <strong>do</strong>s<br />

sistemas.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

51


02-01-2007<br />

A família<br />

Terapia Familiar<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• A psicopatologia, os sintomas e os da<strong>do</strong>s<br />

semiológicos são entendi<strong>do</strong>s como sinais de<br />

alarme integra<strong>do</strong>s no comportamento <strong>do</strong><br />

indivíduo (o membro da família mais<br />

afecta<strong>do</strong>) e adquirem um significa<strong>do</strong><br />

profundamente “comunicacional” (Fonseca, F).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

52


02-01-2007<br />

A família<br />

Conceito de cibernética de Gregório Bateson<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• To<strong>do</strong> o indivíduo está inseri<strong>do</strong> e é assimila<strong>do</strong><br />

por um sistema cultural de “comunicação” que<br />

não é um sistema linear, mas de tipo circular<br />

em que os próprios efeitos reagem sobre as<br />

causas e vice-versa.<br />

• Esses mecanismos de retro-acção permitem<br />

que o sistema familiar se auto-regule e<br />

funcione em equilíbrio (Fonseca, F.).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

53


02-01-2007<br />

A família<br />

Classificação de sistemas familiares<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Sistemas funcionais - os que velam pela maturação <strong>do</strong>s seus<br />

membros, estabelecen<strong>do</strong> entre eles limites inter-relacionais<br />

bem defini<strong>do</strong>s, permitin<strong>do</strong> que em data oportuna se possa<br />

operar a separação equilibrada <strong>do</strong>s que o desejem fazer.<br />

• Sistemas transitoriamente disfuncionais - dificuldades em<br />

superar certas crises <strong>do</strong> ciclo vital. A comunicação é, no<br />

entanto, suficientemente clara para permitir à família operar<br />

mudanças no senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> equilíbrio (só ou com ajuda dum<br />

terapeuta).<br />

• Sistemas cronicamente disfuncionais - distância emocional<br />

entre os seus membros. Por vezes inversão <strong>do</strong>s papeis. As<br />

crises <strong>do</strong> ciclo vital são enfrentadas com muitas dificuldades.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

(Fonseca, F.).<br />

54


02-01-2007<br />

Terapia Familiar<br />

O duplo vínculo “<strong>do</strong>uble binde”<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Em famílias estruturalmente perturbadas o indivíduo<br />

pode ser submeti<strong>do</strong> à acção de emissões<br />

•<br />

contraditórias simultâneas, que lhe induzem uma<br />

verdadeira patologia da comunicação.<br />

A emissão repetida deste tipo mensagens, impede a<br />

criança de validar e ter confiança nas suas próprias<br />

percepções, ligan<strong>do</strong>-a aos pais (patologicamente)<br />

por um duplo vínculo “<strong>do</strong>uble binde”.<br />

• Algumas formas de esquizofrenia parecem derivar<br />

deste transtorno da comunicação intra-familiar.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

55


02-01-2007<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

Terapias familiares<br />

A esquizofrenia, a nova epistemologia e os novos paradigmas<br />

• A partir de Bateson a esquizofrenia passou a ser<br />

estudada como uma <strong>do</strong>ença resultante duma<br />

•<br />

perturbação funcional da comunicação, não só no<br />

indivíduo porta<strong>do</strong>r da anomalia, mas em to<strong>do</strong> o<br />

sistema relacional, designadamente na família. A<br />

nova epistemologia, na sua pureza, valoriza muito<br />

mais as funções <strong>do</strong> que as pessoas.<br />

Porém, na prática clínica, mantém-se ainda ligada à<br />

antiga epistemologia, utilizan<strong>do</strong> la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong><br />

paradigmas sociológicos e psicológicos clássicos.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

56


02-01-2007<br />

Psicoterapia Familiar<br />

Os vários modelos<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Comportamental - os sintomas não são mais <strong>do</strong> que<br />

“condicionamentos” (Patterson) defeituosamente<br />

•<br />

adquiri<strong>do</strong>s (aprendi<strong>do</strong>s).<br />

Psicanalítico - os sintomas espelham frustrações que<br />

resultam de insatisfações pulsionais. (Ackerman)<br />

• Transgereccional (Bell), Rede<br />

(Minuchin).<br />

(Speck), Estrutural<br />

• Estratégico - “sistémico”. Modelo sobre o qual se<br />

organiza a própria estrutura familiar.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

57


02-01-2007<br />

Psicoterapias integradas<br />

Conceito de Fernandes da Fonseca<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Contracção ou síntese entre várias técnicas<br />

psicoterapêuticas.<br />

• Terapias “associadas” - combinação de diversos<br />

meios terapêuticos (físicos e/ou psíquicos).<br />

• Ter sempre em conta que as terapêuticas<br />

psiquiátricas deverão ter como objectivo<br />

fundamental, o reequilíbrio e a recuperação da<br />

totalidade psicofísica da pessoa <strong>do</strong>ente.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

58


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

A segunda geração<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Enquanto na 1ª geração a terapêutica se<br />

inspirava no modelo analítico, na 2ª geração<br />

surgiram <strong>do</strong>utrinas relativamente claras sobre<br />

o funcionamento <strong>do</strong> grupo familiar em crise e<br />

sobre os factores susceptíveis de operar uma<br />

mudança terapêutica <strong>do</strong> sistema.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

59


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

A 2ª geração<br />

• Salva<strong>do</strong>r Minuchin - “Escola estrutural”.<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

A estrutura da família deverá assentar em regras<br />

claras de funcionamento ao nível <strong>do</strong> relacionamento<br />

entre os diversos membros, tais como: fronteiras<br />

(barreiras simbólicas entre gerações), hierarquia,<br />

alianças e poder.<br />

• Minuchim baseou-na na observação da estrutura<br />

caótica das famílias <strong>do</strong>s marginais de Nova York<br />

contrastan<strong>do</strong> com as famílias conserva<strong>do</strong>ras de<br />

tradição vitoriana que, no fun<strong>do</strong>, haviam inspira<strong>do</strong> a<br />

teoria psicanalítica freudiana.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

60


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

“Escola estrutural” Principais recursos técnicos<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Estimular a aliança entre os membros dum subsistema (pais, irmãos...)<br />

• Reenquadramento (destina<strong>do</strong> a mudar a percepção <strong>do</strong> problema)<br />

• Criação de limites (condições para que os pais exerçam eficazmente a<br />

sua autoridade)<br />

• Encenação (o terapeuta recria condições para que se repitam na<br />

sessão as interacções que ajudam a manter o problema por forma a<br />

identificar a sequência patogénica.<br />

• Desequilibragem para ultrapassar o “stato quo”. (Exemplo: aliança <strong>do</strong><br />

terapeuta com um <strong>do</strong>s pais, considera<strong>do</strong> pelo outro pouco competente)<br />

• Realinhamento (corrigin<strong>do</strong> alianças).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

61


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

O “Mental Research Institute” de Palo Alto<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

Atenção particular aos sintomas como instrumentos de comunicação.<br />

• To<strong>do</strong>s os sintomas e problemas que as pessoas transportam para a sessão<br />

podem ser considera<strong>do</strong>s “problemas de interacção”.<br />

• Uma história longa de um problema pode corresponder a uma solução<br />

inapropriada para uma dificuldade inicial que constitui o verdadeiro problema.<br />

• O objectivo da terapia é interromper o ciclo vicioso de comportamento e<br />

informação retroactiva “feedback”.<br />

• A terapia é encarada de mo<strong>do</strong> pragmático, orientada pelo sintoma, visan<strong>do</strong> a<br />

resolução <strong>do</strong> problema.<br />

• O objectivo da mudança terapêutica deve ser realista e possível de atingir.<br />

• Os meios para atingir estes fins incluem intervenções para<strong>do</strong>xais destinadas a<br />

interromper ciclos viciosos. Intervenções baseadas no senso comum ajudam<br />

muitas vezes a reforçar a “velha solução”.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

62


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

O “Centro per lo studio della famiglia” de Milão<br />

Meto<strong>do</strong>logia de inspiração psicanalítica<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Modelos rigorosos de processamento de informação.<br />

• Utilização dum processo extremamente dinâmico (terapeuta e<br />

família por um la<strong>do</strong> e entre ambos e a equipa pelo outro).<br />

• Resolução <strong>do</strong>s para<strong>do</strong>xos (no fun<strong>do</strong> a família diz:”mude-nos,<br />

mas sem nos mudar”.<br />

• O terapeuta deve implicitamente transmitir a mensagem de que<br />

estarão to<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s no problema que ocasionou o sintoma<br />

no “<strong>do</strong>ente designa<strong>do</strong>”.<br />

• Compreender e respeitar o ciclo homeostático da família<br />

(compatibilizar a tendência para a mudança e para a<br />

estabilidade ao longo da vida).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

63


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

Panorâmica contemporânea<br />

• Correntes de inspiração analítica (Kaplan)<br />

• Correntes experenciais - simbólicas (Whitaker)<br />

• Correntes sublinhan<strong>do</strong> os vínculos com o passa<strong>do</strong> e<br />

as gerações anteriores (Bowen)<br />

• Correntes inspiradas na teoria <strong>do</strong>s sistemas e da<br />

comunicação<br />

– Estratégica (Salvini, Ackerman)<br />

– Interaccional (M.R.I.)<br />

– Estrutural (Minuchin, Haley)<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Correntes behaviouristas (Jacobson, Gor<strong>do</strong>n)<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

64


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

Clínica - indicações prioritárias<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Existência de crise relacional no grupo familiar (conflito conjugal, psicose<br />

puerperal, “folie à deux”, negligência de cuida<strong>do</strong>s parenterais, violência,<br />

incesto).<br />

• Doente insuficientemente individualiza<strong>do</strong> e dependente em relação a um ou<br />

mais membros Incluem-se neste grupo:<br />

– Quase todas as situações de infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

– Jovem-adulto incapaz de autonomia sócio-profissional.<br />

– Situações de psicoterapia individual em que:<br />

• O tratamento estagna sem explicação<br />

• O cliente mantém a família informada de tu<strong>do</strong> o que diz nas sessões (incapacidade de<br />

estabelecer uma aliança com alguém fora da família)<br />

• O cliente passa as sessões a falar <strong>do</strong>s seus problemas com a família<br />

• As melhoras <strong>do</strong> cliente são neutralizadas pelas reacções a elas <strong>do</strong> resto da família<br />

• As melhoras <strong>do</strong> cliente são seguidas pela descompensação de outro membro da família.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

65


02-01-2007<br />

Terapia familiar<br />

Modalidades técnicas de intervenção<br />

Psicologia familiar e comunitária<br />

Psicologia, psicopatologia e psicoterapia familiar<br />

• Terapeutas que preferem a presença de toda a família nuclear<br />

em cada sessão (Escola de Milão).<br />

• Terapeutas que escolhem para cada caso a configuração mais<br />

operacional (Escola estruturalista).<br />

• Terapeutas que aceitam mesmo trabalhar com um único<br />

membro da família numa perspectiva sistémica (P. Alto)<br />

• Terapeutas inspira<strong>do</strong>s em técnicas de grupo (casais,terapias<br />

familiares múltiplas)<br />

• Equipa terapêutica e co-terapia (Escolas estratégicas ligadas ao<br />

grupo de Milão).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

66


02-01-2007<br />

Bibliografia<br />

Perspectiva Sistémica<br />

• Pedro Gonçalves (1986): Manual de Psiquiatria Clínica de J.C. Dias<br />

Cordeiro, Ed. Fundação C. Gulbenkian, Lisboa<br />

• Fernandes da Fonseca (1987): Psiquiatria e Psicopatologia, Ed.<br />

Fundação C. Gulbenkian, Lisboa<br />

• Lewis R. Wolberg, M. D. (1970): Psicoterapia Breve, Editorial<br />

Gre<strong>do</strong>s, S.A., Madrid<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

67


02-01-2007<br />

Perspectiva<br />

Existencial<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

68


02-01-2007<br />

Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong><br />

sofrimento<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

69


Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

Afectividade<br />

Análise An lise etimológica etimol gica<br />

Ansiedade - (latim) anxia ideia de aperto, aflição afli ão<br />

Angústia Ang stia - (latim) angere apertar, estreitar<br />

Solidão - (latim) solus, solus,<br />

solitas – atis desacompanha<strong>do</strong><br />

isola<strong>do</strong>,<br />

Triste, Tristeza – (latim) tristis, tristis,<br />

tristitia aflito, sem alegria<br />

magoa<strong>do</strong>,<br />

02-01-2007<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

70


Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

Afectividade<br />

02-01-2007<br />

Ansiedade<br />

Experiência corporal avisos neuro-vegetativos<br />

neuro vegetativos. .<br />

Experiência psíquica ps quica temor face ao<br />

desconheci<strong>do</strong> que se esconde no futuro.<br />

Experiência próxima pr xima <strong>do</strong> me<strong>do</strong>.<br />

Angústia Ang stia<br />

Experiência corporal desconforto interno<br />

difuso que emerge das profundidades <strong>do</strong> ser<br />

Experiência psíquica ps quica apreensão face ao devir<br />

com as suas promessas e ameaças. amea as.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

71


Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

Afectividade<br />

02-01-2007<br />

Ansiedade – É uma sensação; sensa ão; experiência<br />

vivenciada algures no corpo, que constrange,<br />

que magoa, mas que empolga o ser na luta pela<br />

vida. Esta<strong>do</strong> de contínua cont nua preparação prepara ão perante as<br />

circunstâncias da vida.<br />

Angústia Ang stia – É um sentimento; emerge <strong>do</strong> fun<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> ser. Que constrange, que se difunde por to<strong>do</strong><br />

o pensar e to<strong>do</strong> o sentir.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

72


Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

Afectividade<br />

02-01-2007<br />

Angústia Ang stia existencial<br />

Experiência corporal<br />

Constrangimento que emerge <strong>do</strong> núcleo n cleo <strong>do</strong> ser<br />

Experiência psíquica ps quica<br />

Apreensão face ao futuro explicitada<br />

fenomenologicamente sob a forma de sentimento de<br />

insegurança<br />

inseguran<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

73


Mas, afinal, o que é a angustia<br />

existencial? Perspectiva existencial<br />

Afectividade<br />

Angústia Ang stia existencial – É uma inquietação inquieta ão<br />

02-01-2007<br />

permanente que brota <strong>do</strong>s níveis n veis mais<br />

profun<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ser, relacionada com a<br />

<strong>do</strong>lorosa ignorância a respeito <strong>do</strong> futuro<br />

(senti<strong>do</strong> da vida).<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

74


Da angústia existencial<br />

à angústia neurótica Perspectiva existencial<br />

Afectividade<br />

Diferença Diferen a entre angústia ang stia existencial e angústia ang stia neurótica neur tica<br />

Angústia Ang stia existencial<br />

Assenta na inquietação inquieta ão que invade o homem quan<strong>do</strong><br />

este se confronta com o nada da não existência.<br />

Angústia Ang stia neurótica neur tica<br />

Está Est muito mais relacionada com a vivência da morte<br />

entendida esta como desagregação desagrega ão física. f sica.<br />

02-01-2007<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

75


O SER mergulha<strong>do</strong> na<br />

angústia neurótica Perspectiva existencial<br />

Afectividade<br />

Angústia Ang stia neurótica neur tica<br />

Intra-ps Intra psíquica quica<br />

Escorre da luta (conflito) entre os diversos níveis n veis da<br />

personalidade (vital, anímico an mico e espiritual) face a vivências<br />

íntimas. ntimas.<br />

Extra-ps Extra psíquica quica<br />

Emerge directamente da relação rela ão <strong>do</strong> homem com o mun<strong>do</strong>,<br />

da forma como o homem responde às s situações situa ões limite<br />

(Jaspers) que ele não pode ultrapassar.<br />

02-01-2007<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

76


Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

Afectividade<br />

Uma das faces da angústia ang stia neurótica neur tica<br />

relaciona-se relaciona se com a dinâmica relacional<br />

Homem – Mun<strong>do</strong> (mo<strong>do</strong> de resposta às s<br />

“situa situações ões limite”). limite ). Uma destas situações situa ões é a<br />

morte. Cada um se relaciona com ela de<br />

forma específica espec fica e de acor<strong>do</strong> com o seu<br />

“estar estar no mun<strong>do</strong>”. mun<strong>do</strong><br />

02-01-2007<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

77


Recordan<strong>do</strong> a psicologia <strong>do</strong> sofrimento<br />

02-01-2007<br />

A Morte e o Tempo<br />

“A A vida é um acontecimento entala<strong>do</strong> entre duas mortes” mortes (Agra)<br />

Nascimento Passa<strong>do</strong><br />

Morte<br />

da<br />

matéria<br />

Tempo Vivi<strong>do</strong><br />

Presente<br />

e<br />

Presente <strong>do</strong><br />

Passa<strong>do</strong><br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

Morte<br />

imanente<br />

Futuro<br />

O “Páthos thos”<br />

O devir é uma promessa<br />

Projectos<br />

Morte<br />

Objectiva<br />

. . . . . . . . .<br />

Expectativas<br />

Morte<br />

da<br />

Vida<br />

78


O SER e o nada da não existência<br />

Questões de Senti<strong>do</strong><br />

02-01-2007<br />

Sem projectos, desertifica-se desertifica se o devir e a morte assume-se assume se<br />

como probabilidade, não só s possível, poss vel, mas muitas vezes<br />

iminente.<br />

Sem projectos ajusta<strong>do</strong>s às s circunstâncias existenciais, o<br />

futuro densifica-se densifica se e frequentemente cristaliza, paralisan<strong>do</strong><br />

o ser na atmosfera <strong>do</strong> nada. O único nico ponto de luz (negra<br />

embora) que ilumina o presente emana <strong>do</strong> farol da morte.<br />

Logo:<br />

A terapêutica deve preocupar-se preocupar se com as questões <strong>do</strong><br />

senti<strong>do</strong> da vida e com os projectos existenciais <strong>do</strong> SER.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

79


02-01-2007<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Desconstruin<strong>do</strong> o SER à procura <strong>do</strong><br />

“Páthos thos”<br />

80


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

O sujeito empírico, enquanto sistema complexo, tem o poder de autopoiése<br />

Enquanto estrutura compõe-se de subsistemas sujeitos a uma hierarquia:<br />

personalidade, comportamento, significação<br />

02-01-2007<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

Logo: O grau de complexidade é função da natureza <strong>do</strong>s planos existenciais e <strong>do</strong><br />

tipo de articulação entre os subsistemas<br />

Os graus de autopoiese variam em função <strong>do</strong> grau de complexidade<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Psicopatologia Geral e Especial<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Introdução às Psicoterapias 81


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva funcional:<br />

Sistema regula<strong>do</strong> pela hierarquia <strong>do</strong>s planos de<br />

significação existencial ao nível das relações<br />

internas e ao nível das relações com o tempo e com<br />

o espaço.<br />

Cada plano é integra<strong>do</strong>r <strong>do</strong> sistema e estabelece<br />

finalidades (intencionalidades) de acor<strong>do</strong> com a<br />

topologia na arquitectura <strong>do</strong> sistema.<br />

Logo:<br />

As escolhas (finalidades) são função da hierarquia <strong>do</strong><br />

sistema. Sobem com esta.<br />

Com a subida aumenta o poder auto-organiza<strong>do</strong>r.<br />

O grau de liberdade é função das finalidades e <strong>do</strong> grau de<br />

autopoiése.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

Liberdade<br />

Intencionalidade<br />

Autopoiése<br />

82


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

Perspectiva desenvolvimental:<br />

A progressiva emergência de planos superiores<br />

obriga à reorganização <strong>do</strong>s planos básicos.<br />

As mudanças de planos implicam novas relações<br />

<strong>do</strong> sistema com o tempo e com o espaço.<br />

Vida Adulta<br />

A<strong>do</strong>lescência<br />

Infância<br />

Recém-nasci<strong>do</strong><br />

Tempo - abre-se ao futuro<br />

Espaço – alarga-se seguin<strong>do</strong><br />

as coordenadas <strong>do</strong> meio<br />

Finalidade - as funções psicofisiológicas<br />

são colocadas ao<br />

serviço da comunicação<br />

Tempo - é o momento imediato<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Espaço - é o espaço imediato (mama)<br />

Finalidade - satisfação <strong>do</strong>s instintos fisiológicos<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

O processo de diferenciação<br />

e integração de planos<br />

depende não só da<br />

reorganização interna, mas<br />

também da transformação<br />

das relações entre o meio<br />

interno e o meio externo no<br />

tempo <strong>do</strong> sistema.<br />

83


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

O sistema <strong>do</strong> sujeito enquanto processo de<br />

subjectivação progride no senti<strong>do</strong> da<br />

organização projectiva <strong>do</strong> “si-mesmo”.<br />

Si-mesmo<br />

Planos de<br />

Significação<br />

existencial<br />

Organismo<br />

Determinismo<br />

Indeterminismo<br />

Autonomia<br />

Dependência<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

84


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

Os Quatro Grandes Planos de Significação Significa ão Existencial<br />

“Homo Homo simplex in vitalitate” vitalitate – determinação determina ão de si por outro<br />

“Homo Homo duplex in humanitate” humanitate – determinação determina ão de si por outro<br />

“Causa Causa sui” sui – determinação determina ão de si por si<br />

“Sensorium Sensorium commune” commune – determanação<br />

determana ão <strong>do</strong> outro por si<br />

02-01-2007<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

85


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra<br />

02-01-2007<br />

(Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra))<br />

Planos de Significação Existencial<br />

“Homo simplex in vitalitate”<br />

Plano material de existência na forma<br />

organísmica.<br />

Neste primeiro plano a auto-organização é mais<br />

obra <strong>do</strong> organismo <strong>do</strong> que <strong>do</strong> sujeito.<br />

A subjectividade confunde-se com a percepção.<br />

A mediação entre o afecto e o acto corre por<br />

conta <strong>do</strong> poder e <strong>do</strong> saber organísmico.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Finalidade: satisfação das necessidades que na teleologia <strong>do</strong> organismo visam a<br />

conservação.<br />

Espaço – é o da percepção motivada pelos fins <strong>do</strong> sistema.<br />

Tempo – defini<strong>do</strong> pelos bio-rítmos motiva<strong>do</strong>s pelos fins <strong>do</strong> sistema.<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

86


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

As formas de subjectividade afluem da complexidade <strong>do</strong><br />

sistema cultural e social.<br />

O poder auto-organiza<strong>do</strong>r auto organiza<strong>do</strong>r acontece pela via da absorção absor ão<br />

das normas sociais.<br />

O processo da subjectivação<br />

subjectiva ão é, , por um la<strong>do</strong>, hetero-<br />

determina<strong>do</strong> (as normas são sociais, portanto externas);<br />

por outro la<strong>do</strong>, auto-determina<strong>do</strong>, auto determina<strong>do</strong>, porque o sujeito intervém interv m<br />

na apropriação apropria ão das normas.<br />

A mediação media ão entre as afecções afec ões e o comportamento corre,<br />

pre<strong>do</strong>minantemente, por conta <strong>do</strong> poder e <strong>do</strong> saber da<br />

regulação regula ão social, embora também tamb m haja alguma auto-<br />

regulação regula ão por parte <strong>do</strong> sujeito.<br />

O “Complexo Complexo Antropológico Antropol gico Básico B sico” (afecto, acto, saber,<br />

poder) ganha a 1ª 1 diferenciação.<br />

diferencia ão.<br />

02-01-2007<br />

“Homo duplex in humanitate”<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

Fins: Fins:<br />

orgânicos e sociais. Destes, alguns,<br />

tornam-se tornam se pessoais pela via da da normatividade<br />

normatividade<br />

O grau de dependência <strong>do</strong> meio interno em<br />

relação rela ão ao meio externo determina o grau de<br />

intervenção interven ão <strong>do</strong> sistema de auto-organiza<br />

auto organização ão<br />

sempre que ocorrem modificações modifica ões no meio<br />

externo.<br />

87


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

“Causa sui”<br />

O sistema <strong>do</strong> sujeito constitui-se, funciona e<br />

transforma-se por auto-referência.<br />

A relação de si a si <strong>do</strong> sujeito assinala o <strong>do</strong>mínio da<br />

psicopoiése (criação de si por si).<br />

A psicopoiese<br />

compreende<br />

1. Redução fenomenológica aplicada à “vida boa” em “Homo Simplex in<br />

vitalitate” e “Homo duplex in humanitate”<br />

2. Redução fenomenológica aplicada à teleologia social e organísmica e suas<br />

relações<br />

3. Tomada de consciência da ilusão da liberdade<br />

4. Descoberta <strong>do</strong> psíquico como vazio e a experiência da finitude<br />

5. Reconstituição psicológica de si e definição de uma psicoteleologia<br />

integra<strong>do</strong>ra da materialidade somática e socionormativa<br />

Descobrin<strong>do</strong>-se cria<strong>do</strong>r de si próprio e <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, é o poder e o pensamento <strong>do</strong><br />

sujeito psicológico que <strong>do</strong>mina a experiência: o afecto e o acto estão agora sob o<br />

governo da vontade de poder e de saber.<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

A coordenada temporal passou a ocupar um<br />

lugar determinante sob a forma de “tensão<br />

narrativa” entre biografia e teleologia.<br />

Assim, da psicopoiética emerge:<br />

Uma narrativa de libertação.<br />

Uma estética da existência.<br />

88


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

“Sensorium commune”<br />

Na experiência da existência individual vem<br />

artucular-se<br />

artucular se a experiência da existência colectiva. A<br />

teleologia <strong>do</strong> sistema consiste na abertura ao sujeito<br />

transcendental na imanência da intersubjectividade<br />

histórico hist rico-social social – aí habita, agora, um sujeitoque<br />

escolheu como meio o espaço espa o comunicacional <strong>do</strong><br />

justo, <strong>do</strong> bom, <strong>do</strong> verdadeiro e <strong>do</strong> belo.<br />

O sistema <strong>do</strong> sujeito põe a sua “mat matéria ria” psicológica<br />

psicol gica<br />

ao serviço servi o <strong>do</strong>s planos da materialidade de outros<br />

sistemas (ex ( ex: : sistema social).<br />

Este aparente sacrifício sacrif cio de si (visto que importa de<br />

fora) vem, para<strong>do</strong>xalmente reforçar refor ar o poder auto-<br />

organiza<strong>do</strong>r <strong>do</strong> sujeito<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

Efeitos que emergem <strong>do</strong> sistema:<br />

Narratividade universal<br />

Estética Est tica da existência colectiva<br />

89


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito<br />

A síntese s ntese entre o corpo-objecto<br />

corpo objecto e o corpo-sujeito<br />

corpo sujeito é<br />

condição condi ão <strong>do</strong> sentir. Sinto nessa unidade que é o EU- EU<br />

CORPO, conjunto de significações significa ões vividas.<br />

O corpo que eu represento como objecto<br />

situa<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> é, antes, o corpo que situa o<br />

mun<strong>do</strong> em mim, mo “apresenta” e nessa<br />

apresentação constitui espaço subjectiva<strong>do</strong> da<br />

minha existência.<br />

Sofrimento<br />

02-01-2007<br />

Prazer<br />

Facto<br />

Valor<br />

Facto<br />

Valor<br />

Corpo-Objecto<br />

Corpo-Sujeito<br />

Síntese<br />

EU <strong>do</strong><br />

Corpo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

EU <strong>do</strong> CORPO<br />

SÍNTESE<br />

Corpo-Objecto Corpo-Sujeito<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

90


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito<br />

A síntese s ntese entre o corpo-objecto<br />

corpo objecto e o corpo-sujeito<br />

corpo sujeito é<br />

condição condi ão <strong>do</strong> sentir. Sinto nessa unidade que é o EU- EU<br />

CORPO, conjunto de significações significa ões vividas.<br />

O corpo que eu represento como objecto<br />

situa<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> é, antes, o corpo que situa o<br />

mun<strong>do</strong> em mim, mo “apresenta” e nessa<br />

apresentação constitui espaço subjectiva<strong>do</strong> da<br />

minha existência.<br />

Sofrimento<br />

02-01-2007<br />

Prazer<br />

Facto<br />

Valor<br />

Facto<br />

Valor<br />

Corpo-Objecto<br />

Corpo-Sujeito<br />

Síntese<br />

EU <strong>do</strong><br />

Corpo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

A morbilidade<br />

acontece quan<strong>do</strong> a<br />

síntese ntese se vê<br />

ameaçada, amea ada,<br />

distorcida ou<br />

bloqueada<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

91


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito<br />

A síntese s ntese entre o corpo-objecto<br />

corpo objecto e o corpo-sujeito<br />

corpo sujeito é<br />

condição condi ão <strong>do</strong> sentir. Sinto nessa unidade que é o EU- EU<br />

CORPO, conjunto de significações significa ões vividas.<br />

O corpo que eu represento como objecto<br />

situa<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> é, antes, o corpo que situa o<br />

mun<strong>do</strong> em mim, mo “apresenta” e nessa<br />

apresentação constitui espaço subjectiva<strong>do</strong> da<br />

minha existência.<br />

Sofrimento<br />

02-01-2007<br />

Prazer<br />

Facto<br />

Valor<br />

Facto<br />

Valor<br />

Corpo-Objecto<br />

Corpo-Sujeito<br />

Síntese<br />

EU <strong>do</strong><br />

Corpo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

O sofrimento função fun ão<br />

<strong>do</strong> “Páthos thos”.<br />

O sofrente função fun ão da<br />

angústia ang stia<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

92


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito<br />

A síntese s ntese entre o corpo-objecto<br />

corpo objecto e o corpo-sujeito<br />

corpo sujeito é<br />

condição condi ão <strong>do</strong> sentir. Sinto nessa unidade que é o EU- EU<br />

CORPO, conjunto de significações significa ões vividas.<br />

O corpo que eu represento como objecto<br />

situa<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> é, antes, o corpo que situa o<br />

mun<strong>do</strong> em mim, mo “apresenta” e nessa<br />

apresentação constitui espaço subjectiva<strong>do</strong> da<br />

minha existência.<br />

Sofrimento<br />

02-01-2007<br />

Prazer<br />

Facto<br />

Valor<br />

Facto<br />

Valor<br />

Corpo-Objecto<br />

Corpo-Sujeito<br />

Síntese<br />

EU <strong>do</strong><br />

Corpo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

A angústia ang stia empasta o<br />

tempo, acorda a morte<br />

imanente, empecilha<br />

os projectos, apaga o<br />

futuro.<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

93


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito<br />

A síntese s ntese entre o corpo-objecto<br />

corpo objecto e o corpo-sujeito<br />

corpo sujeito é<br />

condição condi ão <strong>do</strong> sentir. Sinto nessa unidade que é o EU- EU<br />

CORPO, conjunto de significações significa ões vividas.<br />

O corpo que eu represento como objecto<br />

situa<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> é, antes, o corpo que situa o<br />

mun<strong>do</strong> em mim, mo “apresenta” e nessa<br />

apresentação constitui espaço subjectiva<strong>do</strong> da<br />

minha existência.<br />

Sofrimento<br />

02-01-2007<br />

Prazer<br />

Facto<br />

Valor<br />

Facto<br />

Valor<br />

Corpo-Objecto<br />

Corpo-Sujeito<br />

Síntese<br />

EU <strong>do</strong><br />

Corpo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

E coloca o SER ante o<br />

NADA da não<br />

existência.<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

94


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

Sofrimento<br />

02-01-2007<br />

Prazer<br />

A psicoterapia de inspiração analítico -<br />

existencial orienta-se pelos seguintes eixos:<br />

Análise da síntese entre o “objecto” e o “sujeito”<br />

que habitam o mesmo corpo.<br />

O cruzamento <strong>do</strong>s vários planos existenciais.<br />

A relação “Homem-Mun<strong>do</strong>”<br />

O projecto existencial, enquanto síntese <strong>do</strong>s<br />

vários projectos de vida.<br />

Abertura <strong>do</strong> SER ao futuro<br />

Facto<br />

Valor<br />

Facto<br />

Valor<br />

Corpo-Objecto<br />

Corpo-Sujeito<br />

Síntese<br />

EU <strong>do</strong><br />

Corpo<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

E a MORTE<br />

impregna o to<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

SER enquanto<br />

destruição destrui ão física f sica<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

95


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

A psicoterapia de inspiração analítico -<br />

existencial orienta-se pelos seguintes eixos:<br />

Análise da síntese entre o “objecto” e o “sujeito”<br />

que habitam o mesmo corpo.<br />

O cruzamento <strong>do</strong>s vários planos existenciais.<br />

A relação “Homem-Mun<strong>do</strong>”<br />

O projecto existencial, enquanto síntese <strong>do</strong>s<br />

vários projectos de vida.<br />

Abertura <strong>do</strong> SER ao futuro<br />

Projecto Encontro<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Do HOMEM consigo<br />

próprio pr prio<br />

Do HOMEM com o<br />

MUNDO<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

96


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

Psicoterapia de inspiração inspira ão analítico anal tico-existencial existencial<br />

H M<br />

ENCONTRO<br />

ENCONTRO<br />

Campo<br />

Fenomenal<br />

Sujeito<br />

Transcendental<br />

Corpo Objecto<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Planos<br />

Existenciais<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

FUTURO<br />

PROJECTO<br />

PROJECTO<br />

97


02-01-2007<br />

Bibliografia Geral<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Ao encontro das Psicoterapias<br />

• Agra, Cândi<strong>do</strong> (1986): Science, Maladie Mentale et Dispositifs de L’Enfance, Inst. N. Invest. Cient. Lisboa<br />

• Agra, Cândi<strong>do</strong> Sujeito autopoiético e transgressão<br />

• Binswanger Psiquiatria existencial<br />

• Car<strong>do</strong>so, C. Mota Os caminhos da Esquizofrenia (2002): Climepsi Editores, Lisboa<br />

• Car<strong>do</strong>so, C. Mota Pelos Trilhos da Angústia, Revista Saúde Mental Vol. III. Nº 1 Pg. 21-27<br />

• Car<strong>do</strong>so, C. Mota O Deprimir – Análise Fenomenológica, Revista S. Mental Vol. II. Nº 6 Pg. 11-14<br />

• Car<strong>do</strong>so, C. Mota Busca de senti<strong>do</strong> em tempos de angústia (Humanística e Teologia, 2003, 24, 397- 420)<br />

• Conrad, Klaus La Esquizofrenia Incipente<br />

• Ey, Henri., Bernard, Brisset Trata<strong>do</strong> de Psiquiatria<br />

• Fernandes, Barahona O homem Perturba<strong>do</strong><br />

• Fernandez, Alonso Fundamentos de la Psiquiatria Actual<br />

• Fonseca, A. Fonseca Psiquiatria e Psicopatologia<br />

• Frederick M. Kanfer & Jeanne S. Phillips Os princípios da terapia comportamental<br />

• Freud, Sigmund Obras Psicológicas Completas<br />

• Gomes de Araújo Anotações à fenomenologia <strong>do</strong> delírio<br />

• Gonçalves, Pedro Manual de Psiquiatria de Dias Cordeiro<br />

• Ibor, Lopez La Angustia Vital<br />

• Jaspers, Karl Psicopatologia Geral<br />

• Lewis R. Wolberg, M. D. Psicoterapia Breve<br />

• Merleau-Ponty, M Fenomenología de la Percepción<br />

• Milheiro, Jaime Manual de Psiquiatria de Dias Cordeiro<br />

• Scharfetter Introduccion a la Psicopatologia General<br />

• Schneider, Kurt Patopsicologia Clínica<br />

• Serra, Adriano Vaz Manual de Psiquiatria de Dias Cordeiro<br />

98


“O O homem é um objecto que contém cont m um sujeito” sujeito (Weizsaecker<br />

Weizsaecker)<br />

“Um Um sujeito empírico emp rico é um sistema complexo” complexo (Agra)<br />

Reflexões extraídas da teoria - “Sujeito Autopoiético” (Agra)<br />

02-01-2007<br />

F I M<br />

Introdução às psicoterapias<br />

Carlos Mota Car<strong>do</strong>so<br />

Perspectiva existencial<br />

O “Páthos thos”<br />

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