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Educação formal de adultos e cidadania - Faculdade de Psicologia ...

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social <strong>de</strong> ambos os concelhos. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> participantes a quem <strong>de</strong>mos voz permitiu fazeruma triangulação quanto às fontes <strong>de</strong> informação, ou seja, quanto aos actores que eram ouvidos,aspecto recomendado por Guba e Lincoln (1997) como critério <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> da investigação interpretativa,quando os dados recolhidos são <strong>de</strong> natureza qualitativa.Instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dadosRecorremos à observação participante (por vezes, áudio e/ou ví<strong>de</strong>o gravada e que, além disso,foi registada através <strong>de</strong> fotografias e no diário <strong>de</strong> bordo da professora/investigadora, acompanhadadas respectivas reflexões que suscitou), a entrevistas semiestruturadas, conversas informais,tarefas <strong>de</strong> inspiração projectiva e análise documental. Preten<strong>de</strong>mos, assim, triangular os instrumentos<strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dados.ProcedimentosO currículo em alternativa foi planificado pelo conselho <strong>de</strong> turma, no 3º período do ano lectivo<strong>de</strong> 1999/00, processo que foi objecto <strong>de</strong> recolha documental e <strong>de</strong> registos no diário <strong>de</strong>bordo da professora/investigadora. O projecto curricular foi operacionalizado e avaliado do anolectivo <strong>de</strong> 2000/01 a 2002/03, tendo a avaliação prosseguido durante o follow up. Neste currículoexistiam três componentes <strong>de</strong> formação: geral, sociocultural e vocacional. A EA pertencia àcomponente sociocultural, estando presente nos 1º e 2º anos do curso. Em EA implementámoso trabalho colaborativo, principalmente sob a forma <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> projecto. Durante a implementaçãodo currículo em alternativa, os instrumentos <strong>de</strong> recolha <strong>de</strong> dados foram sendo utilizadose, além disso, foi efectuado um tratamento e análise preliminar dos dados, baseado numaanálise <strong>de</strong> conteúdo sucessiva e aprofundada, que fez emergir categorias <strong>de</strong> análise indutivas.Estas categorias <strong>de</strong> análise permitiram i<strong>de</strong>ntificar evidências empíricas que sustentavam as interpretaçõesefectuadas pela professora/investigadora. Uma parte dos dados foi também objecto <strong>de</strong>interpretações <strong>de</strong> outros investigadores, do mesmo projecto <strong>de</strong> investigação, contribuindo parao que se <strong>de</strong>signa por triangulação dos investigadores (Guba & Lincoln, 1997). Posteriormente,cada caso foi <strong>de</strong>volvido ao participante a que dizia respeito, para que as interpretações dosinvestigadores pu<strong>de</strong>ssem ser confrontadas com a dos próprios participantes, alargando as formas<strong>de</strong> triangulação.Ao longo do follow up, os dados foram recolhidos através <strong>de</strong> entrevistas, tarefas <strong>de</strong> inspiraçãoprojectiva, análise documental e observação, tendo-se aprofundado a análise <strong>de</strong> conteúdo inicialmenteefectuada e acrescentado novas categorias <strong>de</strong> análise indutivas. Esta análise <strong>de</strong> dados foi197


<strong>de</strong>volvida a vários participantes, em diversos momentos, para confronto das suas interpretaçõescom as da professora/investigadora.ResultadosApresentamos diversos trabalhos <strong>de</strong> projecto realizados na componente curricular <strong>de</strong> EA e queenvolveram as comunida<strong>de</strong>s escolar, educativa e social. Os temas dos trabalhos <strong>de</strong> projecto emergiramdas preocupações e interesses dos estudantes e correspon<strong>de</strong>m a situações <strong>de</strong>batidas e negociadasem grupo, relativamente às quais os participantes <strong>de</strong>sejavam intervir, contribuindo para aminimização <strong>de</strong> algumas situações problemáticas, a nível local. Por exemplo, o trabalho <strong>de</strong> projecto<strong>de</strong>nominado Apren<strong>de</strong>r a Separar Para Mais Tar<strong>de</strong> Reciclar <strong>de</strong>correu do interesse dos estudantesem contribuírem para a promoção <strong>de</strong> hábitos correctos, no que respeita à separação dosresíduos sólidos urbanos e à diminuição do consumismo, nas comunida<strong>de</strong>s escolar, educativa esocial. Este assunto foi <strong>de</strong>batido diversas vezes nas aulas <strong>de</strong> EA e foi o interesse dos estudantespela temática que nos levou a solicitar, ao EPA da CMS, a realização <strong>de</strong> um encontro temático, naescola. Já no trabalho <strong>de</strong> projecto Campanha Cães Limpinhos foi abordada a problemática <strong>de</strong>correnteda existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>jectos caninos na escola, nos bairros on<strong>de</strong> os estudantes vivem e, <strong>de</strong> ummodo geral, nos diversos espaços públicos do concelho. A opção por esta temática resultou <strong>de</strong>uma negociação entre a professora e os estudantes da turma, em particular a estudante Ana, quepropôs o tema, como se procura evi<strong>de</strong>nciar com o seguinte excerto <strong>de</strong> uma entrevista (E), realizadano final do 2º ano do curso, em que nos apresenta o seu relato sobre a origem <strong>de</strong>ste tema:Pronto, aquele tema, aquele tema apareceu porque, porque… quer dizer, nós também andámos todosrevoltados porque só pisávamos era… […] os ditos cujos. A caca <strong>de</strong> cão. Ah… e, e era… e acho que é umproblema a nível do concelho. É um gran<strong>de</strong> problema a nível do concelho e não só! Se calhar, em Portugalinteiro!? (E, Ana)Quando perguntamos à Ana <strong>de</strong> quem tinha partido a proposta <strong>de</strong>ste tema, estabelece-se oseguinte diálogo:Ana – Acho que foi a turma, não foi?P/I – Foi, foi. Foi a turma. Eu an<strong>de</strong>i uma aula inteira…Ana – Pois.P/I – … a ver se vos fazia mudar <strong>de</strong> tema. [Risos]Ana – Pois, foi a turma.P/I – E porque eu também não sabia nada sobre aquelas doenças dos <strong>de</strong>jectos. Nunca tinha lido nada sobreisso.Ana – E foi muito bom… (E, Ana e professora/investigadora)198


Neste excerto observamos a relutância da professora/investigadora em trabalhar este tema,uma vez que se afastava bastante dos que planificara abordar, bem como a persistência dos estudantes,da qual resultou uma reformulação do currículo <strong>de</strong> EA. Assim, este excerto ilustra como ospróprios estudantes po<strong>de</strong>m contribuir para a construção do currículo, tornando-se participanteslegítimos <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem (César, 2007; Courela, 2007).O primeiro trabalho <strong>de</strong> projecto realizado, Apren<strong>de</strong>r a Separar para mais tar<strong>de</strong> Reciclar, tevelugar no 3º período do 1º ano do curso (2000/01), <strong>de</strong>correndo do interesse dos estudantes pelatemática dos resíduos sólidos urbanos (RSU). Redigiram um texto dramático com o mesmo títulodo trabalho <strong>de</strong> projecto e dramatizaram-no com fantoches; estes, bem como o cenário e a<strong>de</strong>reços,foram construídos pelos estudantes, com materiais reutilizáveis, nomeadamente: restos <strong>de</strong> tecidos,lãs, botões, cartões e cartolinas e embalagens alimentares vazias. Do texto constam dois actos: noprimeiro, a propósito <strong>de</strong> uma situação do quotidiano, duas crianças dialogam sobre a separaçãodos RSU, visando a redução, a reutilização e a reciclagem dos mesmos; o segundo acto passa-sejunto ao ecoponto, cujos contentores dialogam com as personagens, aprovando ou corrigindo a<strong>de</strong>posição <strong>de</strong> RSU que estas efectuam. O texto dramático encontra-se registado na Inspecção--Geral das Activida<strong>de</strong>s Culturais e ao dispor da comunida<strong>de</strong> educativa (Courela, 2007).Com este trabalho, os estudantes <strong>de</strong>senvolveram capacida<strong>de</strong>s e competências complexas queevi<strong>de</strong>nciaram ao participar no encontro temático, ao redigir o texto dramático, ao confeccionaros a<strong>de</strong>reços e os fantoches e ao encenar o texto. De entre elas po<strong>de</strong>mos realçar a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>argumentação sustentada, <strong>de</strong> análise e síntese <strong>de</strong> informação, <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> socialização, aoestabelecerem interacções sociais com diversos públicos alvo a quem foi representada a peça, <strong>de</strong>apropriação e mobilização <strong>de</strong> conhecimentos relacionados com a língua portuguesa, oral eescrita, bem como com a EA. A peça foi apresentada na escola, no final do ano lectivo <strong>de</strong>2000/01. Após esta primeira dramatização, o texto dramático tem sido apresentado pelos estudantes,professoras estagiárias, educadoras e monitoras, em jardins-<strong>de</strong>-infância e escolas, maioritariamentedo 1º CEB, mas também dos 2º e 3º CEB e em centros <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> temposlivres (ATL), nos concelhos do Seixal e <strong>de</strong> Sesimbra, bem como para idosos, que têm comparecidoem feiras <strong>de</strong> projectos educativos, organizadas pelos municípios. Os estudantes apresentam apeça com segurança, respon<strong>de</strong>m às questões que lhes colocam e questionam os diversos públicos-alvo.Temos observado que o público acompanha atentamente a dramatização, respon<strong>de</strong>às questões que as estudantes ou as professoras estagiárias lhes coloca e, por sua iniciativa,também coloca questões pertinentes; por exemplo, já tem perguntado on<strong>de</strong> é efectuada a reciclagemdo plástico, se o pírex e as loiças se po<strong>de</strong>m colocar no vidrão, o que ganham as populaçõespor a<strong>de</strong>rir à separação dos materiais, entre outras. No final da discussão têm sido solicitadastarefas <strong>de</strong> inspiração projectiva (TIP). Nos textos e <strong>de</strong>senhos que elaboram, as crianças revelamter compreendido a mensagem, como procuramos ilustrar com os seguintes exemplos(Figuras 1 e 2). Na resposta à TIP apresentada na Figura 1, a criança <strong>de</strong>senhou as duas estudan-199


tes, que representaram a peça, e a professora/investigadora, bem como o palco com os doisfantoches e os três ecopontos (Figura 1).FIGURA 1Resposta à TIP <strong>de</strong> uma criança do 3º ano, <strong>de</strong> um centro <strong>de</strong> ATL, em 2002/2003FIGURA 2Resposta à TIP <strong>de</strong> outra criança do 3º ano, do mesmo centro <strong>de</strong> ATL, em 2002/2003200


No texto apresentado na Figura 2 são enumerados alguns dos conhecimentos apropriadoscom a participação nesta activida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>signadamente a distinção entre a reutilização e a reciclagem.Nas tarefas <strong>de</strong> inspiração projectiva solicitadas a educadoras, professores e monitoras, estessalientam o contributo da apresentação da peça e respectiva discussão para o <strong>de</strong>senvolvimento daecoliteracia das crianças e adolescentes.O trabalho <strong>de</strong> projecto Campanha Cães Limpinhos foi realizado no 1º período do 2º ano docurso (2001/02). Os estudantes procuraram sensibilizar os munícipes para a problemática (em termosestéticos e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública) da existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>jectos caninos em locais públicos. Uma dastarefas concretizadas no âmbito <strong>de</strong>ste projecto foi a construção <strong>de</strong> uma exposição <strong>de</strong> cartazes alusivosao tema (Figura 3).FIGURA 3A turma com a professora/investigadora, na exposição(um estudante está <strong>de</strong>ntro da mascote cedida pela CMS)Nos cartazes alerta-se para a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> doenças ao Homem e, principalmente,às crianças, através do contacto com <strong>de</strong>jectos caninos, ou pela contaminação do meio<strong>de</strong>vida à presença <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>jectos. De seguida, apresentam-se algumas doenças, no Homem enoutros animais, transmitidas por agentes patogénicos associados aos <strong>de</strong>jectos caninos. São aindaapresentadas algumas formas <strong>de</strong> reduzir esta problemática, como a utilização <strong>de</strong> mobiliáriourbano facilitador da recolha dos <strong>de</strong>jectos pelos donos dos cães.A exposição construída pela turma tem sido visitada por munícipes <strong>de</strong> todos os escalões etários,em escolas, centros <strong>de</strong> ATL, feiras <strong>de</strong> projectos educativos e acções conjuntas com a CMS, o201


que ilumina o potencial <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> projecto enquanto facilitador da ligação da escola àcomunida<strong>de</strong> social. Nesta interpenetração escola-meio, os estudantes têm oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interagircom os munícipes, sensibilizando-os para a gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta situação e esclarecendo as dúvidasque estes lhes apresentam, processo que tem permitido o <strong>de</strong>senvolvimento da ecoliteracia dosdiversos participantes, bem como o <strong>de</strong>senvolvimento da auto-estima positiva, geral e académicados estudantes. Esta iniciativa tem suscitado o interesse <strong>de</strong> crianças e <strong>adultos</strong> que <strong>de</strong>stacam a suapertinência, dado que se mantém a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> promover a participação cívica sustentada econsciente, por parte dos donos dos cães, relativamente à remoção dos <strong>de</strong>jectos caninos (paramais <strong>de</strong>talhes, ver Courela, 2007), como evi<strong>de</strong>ncia a actual campanha educativa que a CMS <strong>de</strong>senvolvea este respeito.O trabalho <strong>de</strong> projecto Atelier Imaginar, Reutilizar e Reciclar ocorreu nos 2º e 3º períodos do2º ano do curso (2001/02). Pretendia sensibilizar as comunida<strong>de</strong>s escolar, educativa e social para apossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitar criativa e artisticamente os materiais, contrariando o consumismoactual e contribuindo, assim, para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Nos ateliers, que foram orientadospor artesãos e artistas plásticos do concelho, foram construídos instrumentos musicais, brinquedos,objectos <strong>de</strong>corativos e adornos utilizando <strong>de</strong>sperdícios <strong>de</strong> diversos materiais e técnicasdiversificadas.No atelier <strong>de</strong> instrumentos musicais foram construídos tambores, matracas, chincalhos, adufe,carrilhão vertical, xilofone <strong>de</strong> água, lixa e pan<strong>de</strong>ireta, alguns dos quais se po<strong>de</strong>m observar naFigura 4. Utilizaram-se apenas <strong>de</strong>sperdícios <strong>de</strong> materiais como, por exemplo, embalagens vazias,FIGURA 4Uma vista parcial da exposição/atelier antes da chegada dos visitantes202


estos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, tubos metálicos, tecidos, pele, cordéis, papéis e fitas diversos, caixas <strong>de</strong> cartão,tampas plásticas e caricas. Além <strong>de</strong> concretizarem práticas que contribuem para uma gestão maissustentável dos recursos, os estudantes pu<strong>de</strong>ram compreen<strong>de</strong>r a importância <strong>de</strong>stes instrumentos,pelas sonorida<strong>de</strong>s que produzem, no <strong>de</strong>senvolvimento da música, assunto abordado pela dinamizadorado atelier.No atelier <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> brinquedos usaram-se idênticos materiais, para a construção <strong>de</strong>robots, bonecas, comboios, carros, barcos, entre outros (Figura 5). Nos ateliers tornou-se claroque, qualquer elemento da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem, podia ocupar a posição <strong>de</strong> especialistanuma <strong>de</strong>terminada tarefa. Assim, os ateliers constituíram-se como espaços <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> saberes e<strong>de</strong> aprendizagem/experimentação <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> actuação mais sustentáveis. Num ambiente afectivamentesecurizante cada adulto pô<strong>de</strong> mostrar o que sabia fazer e <strong>de</strong>senvolver outras competências.Nas várias tarefas os participantes pu<strong>de</strong>ram concretizar formas <strong>de</strong> recuperação dos materiais,dando-lhes novos usos, vivenciando práticas que permitem uma gestão mais racional dos recursos,o que correspon<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s actuais relacionadas com o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.Os trabalhos produzidos nos ateliers foram posteriormente utilizados como veículos <strong>de</strong> sensibilização/educaçãoambiental e para a sustentabilida<strong>de</strong> em exposições na escola e em cursos <strong>de</strong>formação profissional <strong>de</strong> públicos <strong>adultos</strong> qualificados (Courela, 2007) tendo, no presente ano lectivo,sido utilizados em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito do projecto Eco-Escolas, na escolaem que a professora/investigadora lecciona. Desta forma, preten<strong>de</strong>mos contribuir para vivênciasmais sustentáveis, ao nível da gestão <strong>de</strong> recursos, nas comunida<strong>de</strong>s escolar, educativa e social.FIGURA 5Início da construção <strong>de</strong> um robot e produto final203


O trabalho <strong>de</strong> projecto A Árvore na Cida<strong>de</strong> foi apresentado no 3º período do 2º ano do curso(2001/02). Participámos numa mostra colectiva <strong>de</strong> trabalhos criativos subordinados à temática daimportância da presença da árvore em meio urbano, por convite da técnica do EPA, que colaborouconnosco. A acção educativa <strong>de</strong>senvolvida pela turma, em relação à comunida<strong>de</strong> escolar e à comunida<strong>de</strong>social, realizou-se mediante uma reflexão e <strong>de</strong>bate sobre o valor intrínseco da árvore, que osestudantes <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram através <strong>de</strong> tarefas <strong>de</strong> inspiração projectiva, aplicadas aos elementos dacomunida<strong>de</strong> escolar e da comunida<strong>de</strong> social (dado que o projecto foi apresentado a ambas).Solicitavam que escrevessem ou <strong>de</strong>senhassem como imaginavam um mundo sem árvores e, <strong>de</strong>seguida, que redigissem um elogio à árvore. Com os documentos produzidos elaboraram painéis,em que também havia oportunida<strong>de</strong> para os visitantes expressarem a sua opinião. Construíram,ainda, uma maqueta sobre as funções da árvore em meio urbano (Figura 6), na qual as potencialida<strong>de</strong>sartísticas dos materiais consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong>sperdícios ficaram patentes. Os estudantes usaramembalagens alimentares vazias, brinquedos fora <strong>de</strong> uso, restos <strong>de</strong> arame, algodão, pequenos ramos<strong>de</strong> árvore, entre outros, dando, mais uma vez, novas utilizações a estes materiais. Os painéis e amaqueta foram apresentados na mostra colectiva centrada na temática da árvore (Courela, 2007).FIGURA 6Maqueta do trabalho <strong>de</strong> projecto A Árvore na Cida<strong>de</strong>Os participantes <strong>de</strong>cidiram os processos <strong>de</strong> avaliação e construíram os instrumentos <strong>de</strong> avaliaçãoa utilizar para todos os trabalhos <strong>de</strong> projecto. Este processo revelou-se rico e participado,tendo contribuído para o fortalecimento da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e para o <strong>de</strong>senvolvimentoda auto-estima positiva, geral e académica, dos estudantes. Como refere Roth (2003), o tratamento<strong>de</strong> temas ambientais <strong>de</strong> forma lúcida e mo<strong>de</strong>rada facilita a emergência e <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e, como pu<strong>de</strong>mos observar, a orientação da EA para a sustentabilida<strong>de</strong>tem, também, esta potencialida<strong>de</strong>.204


Os estudantes realçaram a relevância e o interesse dos conhecimentos apropriados, a oportunida<strong>de</strong><strong>de</strong> trabalhar colaborativamente com os outros participantes e a satisfação pelo reconhecimentopúblico dos trabalhos. Os professores da turma, auxiliares da acção educativa e cidadãosque participaram em activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito dos trabalhos <strong>de</strong> projecto salientaram apertinência dos mesmos, bem como o envolvimento dos estudantes e dos diversos participantesnas activida<strong>de</strong>s, sublinhando o impacto que estes projectos têm tido nas comunida<strong>de</strong>s escolar esocial, contribuindo para o <strong>de</strong>senvolvimento da ecoliteracia dos participantes.Estes trabalhos <strong>de</strong> projecto não se limitaram a tarefas criativas e artísticas, embora essa tambémtenha sido uma das suas vertentes. Em todos os projectos houve a i<strong>de</strong>ntificação e discussão<strong>de</strong> uma situação consi<strong>de</strong>rada problemática (equivalente ao tema gerador), uma reflexão sobre asacções em curso e as <strong>de</strong>sejáveis em relação a essa situação e a (co)construção <strong>de</strong> formas <strong>de</strong>acção capazes <strong>de</strong> contribuírem para a sustentabilida<strong>de</strong> das actuações dos cidadãos. Nos trabalhos<strong>de</strong> projecto exploraram-se diferentes vertentes como a educação para a saú<strong>de</strong>, educação cívica,educação do consumidor, que po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas componentes da EA (Mckeown &Hopkins, 2003). Procurou-se que as acções fossem enquadradas pela reflexão crítica, <strong>de</strong> modo agerarem-se acções mais esclarecidas (Tozoni-Reis, 2006), consentâneas com uma <strong>cidadania</strong> maisactuante e com níveis <strong>de</strong> ecoliteracia mais <strong>de</strong>senvolvidos. Dado que, na maior parte das intervenções,o público-alvo dos trabalhos <strong>de</strong> projecto foram crianças é <strong>de</strong> esperar, <strong>de</strong> acordo com Uzzelet al. (1998), que as crianças sensibilizem e eduquem os outros significativos com quem interagem,contribuindo para que estes <strong>adultos</strong> atinjam níveis <strong>de</strong> ecoliteracia mais elevados (Cutter--Mackenzie & Smith, 2003).No follow up efectuado aos estudantes, estes têm consi<strong>de</strong>rado os trabalhos <strong>de</strong> projecto realizadosem EA como os acontecimentos mais significativos do curso e, dado que esta postura se mantevenas quatro entrevistas que realizámos, nos quatro anos após terem concluído o 3º CEB, consi<strong>de</strong>ramosque estamos perante uma forte evidência empírica acerca do sentido e impacte que estaparticipação assumiu para eles. Referem quer os trabalhos <strong>de</strong> projecto que realizaram e envolveramoutros elementos da comunida<strong>de</strong> escolar, educativa e social, quer os laços afectivos que existiam(e existem) entre os membros da comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem. A circunstância <strong>de</strong> continuarema participar em acções <strong>de</strong> sensibilização/educação ambiental e para a sustentabilida<strong>de</strong> nacomunida<strong>de</strong> social, mesmo após terem concluído o 3º CEB recorrente, mantendo essa disponibilida<strong>de</strong>apesar das dificulda<strong>de</strong>s inerentes à conciliação dos vários papéis da vida adulta, iluminacomo foi importante, para estes <strong>adultos</strong>, a participação nesta comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem e asubsequente valorização/inclusão que sentiram ter na comunida<strong>de</strong> social <strong>de</strong> que fazem parte.Além <strong>de</strong> observarmos como os estudantes participantes na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendizagem<strong>de</strong>senvolveram competências para agir como cidadãos activos e empenhados num relacionamentomais sustentável com o meio, nas conversas informais e nas entrevistas têm-nos relatado como sãocapazes <strong>de</strong> mobilizar os conhecimentos que apropriaram através dos trabalhos <strong>de</strong> projecto nas205


suas vivências quotidianas, exercendo uma acção educativa e assertiva <strong>de</strong> esclarecimento aos queos ro<strong>de</strong>iam, no que respeita a procedimentos ambientalmente correctos e visando a sustentabilida<strong>de</strong>.Para além disso, uma vez que alguns produtos dos trabalhos <strong>de</strong> projecto realizados em EAcontinuaram (e continuam) a ser utilizados por elementos da comunida<strong>de</strong> social, que <strong>de</strong>les seapropriaram, recriando a sua utilização, existem evidências empíricas da sua riqueza, enquantofacilitadores da educação na <strong>cidadania</strong>, direccionada para o ambiente e a sustentabilida<strong>de</strong>. Ostemas que os participantes escolheram continuam a ser trabalhados por outras entida<strong>de</strong>s, como aCMS, escolas e jardins-<strong>de</strong>-infância, o que revela como são importantes e pertinentes para o <strong>de</strong>senvolvimentoda <strong>cidadania</strong> daquela comunida<strong>de</strong> social, o que, provavelmente, não aconteceria se ostemas abordassem apenas conteúdos académicos, <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>sligada dos problemas daquelacomunida<strong>de</strong> social e das vivências e culturas dos estudantes.Consi<strong>de</strong>rações finaisEste estudo ilumina os contributos <strong>de</strong> um currículo do 3º CEB recorrente, em alternativa aoSEUC, principalmente ao nível da componente <strong>de</strong> EA, para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong>estudantes <strong>adultos</strong> enquanto cidadãos activos, dotados dos conhecimentos e competências que ostornam capazes <strong>de</strong> agir, em prol do <strong>de</strong>senvolvimento da ecoliteracia dos elementos das comunida<strong>de</strong>sem que se encontram inseridos. Ilustra, também, como, quando os professores e os estudantesse assumem como construtores <strong>de</strong> currículo, e não apenas como meros executores, o currículopo<strong>de</strong> constituir uma po<strong>de</strong>rosa ferramenta mediadora entre os conhecimentos, vivências e culturasdos estudantes e os conhecimentos académicos e as culturas <strong>de</strong> escola (César & Oliveira, 2005;Courela, 2007; Oliveira, 2006), dotando-os <strong>de</strong> competências que lhes permitem intervir enquantocidadãos e promovendo o seu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal e profissional.Esta acção é <strong>de</strong>senvolvida pelos estudantes, enquanto membros <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>aprendizagem, circunstância que permite construir uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> colectiva múltipla, alicerçadana valorização das culturas e participação criativa <strong>de</strong> cada um (Taylor, 2005), que contribui paratornar mais remoto o cenário <strong>de</strong> abandono escolar e exclusão social. Presentemente, mais <strong>de</strong> quatroanos após a conclusão do 3º CEB, alguns estudantes continuam a participar em acções <strong>de</strong> sensibilização/educaçãoambiental para a sustentabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvidas naquela comunida<strong>de</strong> social,o que contribui para continuarmos a manter contacto com os participantes e avaliarmos os impactesda participação neste curso, no seu <strong>de</strong>senvolvimento enquanto cidadãos críticos e actuantes.Os artefactos produzidos nos trabalhos <strong>de</strong> projecto, nomeadamente o texto dramático e os cartazesda exposição realizada no trabalho <strong>de</strong> projecto Campanha Cães Limpinhos continuam a serutilizados, por outros agentes da comunida<strong>de</strong> social, em acções <strong>de</strong> EA. Assim, a (re)apropriação ea (re)construção <strong>de</strong>stes artefactos, além <strong>de</strong> ilustrar a riqueza dos mesmos, constitui-se como um206


fenómeno que nos parece pertinente investigar. Outros artefactos, como os instrumentos musicais,brinquedos, objectos <strong>de</strong>corativos e adornos, construídos no trabalho <strong>de</strong> projecto Atelier Reciclar eReutilizar, continuam a ser usados na sensibilização/educação ambiental para a sustentabilida<strong>de</strong>,para diferentes públicos-alvo e em cenários diversos, processo que também nos interessa investigar.Daí que continuemos o follow up <strong>de</strong>ste estudo.O processo <strong>de</strong> reflexão e metacognição que temos vindo a <strong>de</strong>senvolver, associado à realizaçãodo follow up, tem permitido aprofundar a compreensão <strong>de</strong>ste caso, isto é, se partimos <strong>de</strong> umparadigma <strong>de</strong> investigação interpretativo, o protagonismo crescente dos estudantes participantes, asua crescente condição <strong>de</strong> intervenientes nos processos sociais, tem-nos conduzido para um paradigmasociocrítico. Com este novo olhar procuraremos ace<strong>de</strong>r a outras facetas <strong>de</strong>ste caso,(re)olhando para os dados e atentando noutros que, por limitações <strong>de</strong> tempo, não nos foi aindapossível consi<strong>de</strong>rar. São novos caminhos que vislumbramos e que gostaríamos <strong>de</strong> percorrer, pois,na actual socieda<strong>de</strong> portuguesa, a generalização <strong>de</strong> uma educação <strong>de</strong> <strong>adultos</strong> capaz <strong>de</strong> contribuirpara a construção <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> mais justa e equitativa parece ser uma meta tanto mais fugidiaquanto mais anunciada.Ainda em termos <strong>de</strong> futuro, gostaríamos <strong>de</strong> continuar a construir, implementar e avaliar currículosem que a EA tivesse um papel a <strong>de</strong>sempenhar. Existem, por exemplo, diversos cursosprofissionais em que trabalhos <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>ste tipo fariam todo o sentido. Assim comofaria sentido usar parte do que apren<strong>de</strong>mos nesta investigação e realizar uma investigação-acçãoon<strong>de</strong> os trabalhos <strong>de</strong> projecto, associados ao trabalho colaborativo, se <strong>de</strong>stinassem a outrostipos <strong>de</strong> público também muito afectados pelas barreiras que dificultam o seu acesso ao sucessoacadémico, como acontece com os alunos categorizados como apresentando necessida<strong>de</strong>s educativasespeciais (NEE). Assim, em termos <strong>de</strong> futuro pensamos que este estudo abre portas ainvestigações que se centrem em preocupações semelhantes – a sustentabilida<strong>de</strong>, a equida<strong>de</strong><strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, a a<strong>de</strong>quação das práticas às características, interesses e necessida<strong>de</strong>s dospúblicos-alvo –, mas trabalhando com outro tipos <strong>de</strong> público, noutros anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> ounoutro tipo <strong>de</strong> ensino.Nota: O projecto Interacção e Conhecimento foi parcialmente subsidiado pelo IIE, em 1996/97 e em 1997/98,medida SIQE 2 e pelo CIEFCUL, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1996. Agra<strong>de</strong>cemos aos órgãos <strong>de</strong> gestão da escola on<strong>de</strong> <strong>de</strong>correu ainvestigação, Escola Secundária com 3º CEB Manuel Cargaleiro, o acesso aos dados necessários e a autorizaçãopara divulgarmos o nome da escola. Agra<strong>de</strong>cemos também aos participantes, pela disponibilida<strong>de</strong> para arealização <strong>de</strong>ste estudo, bem como aos colegas do grupo <strong>de</strong> investigação, cujos trabalhos e discussões nos ajudarama realizar este percurso e nos inspiram a continuá-lo.Contacto: Centro <strong>de</strong> Investigação em <strong>Educação</strong> da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, EdifícioC6, Piso 1, Campo Gran<strong>de</strong>, 1749-016 Lisboa – PortugalE-mail: conceicaocourela@yahoo.com; macesar@fc.ul.pt207


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