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Manual de Língua Portuguesa do TRF1 - Faculdade de Direito

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<strong>Língua</strong> é uma estrutura gramatical, com expressão falada e/ou escrita, que permite<br />

indivíduos <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada coletivida<strong>de</strong> lançar mão <strong>de</strong> sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> linguagem. Assim<br />

como ocorre com o grupo social a que ela serve, caracteriza-se a língua por sofrer evolução<br />

natural. Note-se aqui que, com esse propósito, a palavra língua será seguida <strong>de</strong> um adjetivo<br />

pátrio (portuguesa, espanhola, alemã etc.), com exceção das línguas artificiais, como esperanto,<br />

i<strong>do</strong>, interlíngua.<br />

<strong>Língua</strong> falada e língua escrita<br />

A utilização da língua sempre <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>do</strong> contexto em que se insere. Tanto a língua<br />

falada quanto a escrita são utilizadas em diversos níveis: padrão, coloquial, regional, técnico.<br />

O padrão se fundamenta em regras estabelecidas pela gramática; o coloquial é um registro<br />

espontâneo, que, em certas ocasiões, dispensa as formalida<strong>de</strong>s normativas; o regional se vale<br />

<strong>de</strong> palavras e expressões geograficamente referenciadas; o técnico restringe-se à vivência <strong>de</strong><br />

grupos profissionais.<br />

Devi<strong>do</strong> à dinâmica da comunicação, a língua falada geralmente mistura elementos<br />

<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os níveis. É evi<strong>de</strong>nte que o bom senso <strong>de</strong>ve prevalecer para se <strong>do</strong>sar o que<br />

e quan<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser dito. Em uma reunião <strong>de</strong> trabalho, por exemplo, não há razão para<br />

“penitenciar” o colega por não ter obe<strong>de</strong>ci<strong>do</strong> estritamente ao português padrão. Na fala,<br />

o coloquialismo está arraiga<strong>do</strong> em nossa socieda<strong>de</strong>. Iniciar frases com pronome oblíquo<br />

átono, fazer contrações vocabulares, cometer pequenos “<strong>de</strong>svios” gramaticais, tu<strong>do</strong> isso<br />

faz parte da oralida<strong>de</strong>. Contu<strong>do</strong> sabemos que as gírias não seriam a<strong>de</strong>quadas para situações<br />

formais.<br />

A língua escrita, que possibilita também interação entre os níveis <strong>de</strong> registro, divi<strong>de</strong>-se<br />

em literária, ligada a preceitos estéticos, e em não literária, que diz respeito às redações <strong>de</strong><br />

conteú<strong>do</strong> informacional, científico, oficial, comercial, entre outros. No caso <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos<br />

oficiais, modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> língua escrita não literária, o registro se <strong>de</strong>ve pautar pelo uso da<br />

língua padrão e, quan<strong>do</strong> necessário, da técnica. Sem que isso venha a significar rebuscamento,<br />

esse tipo <strong>de</strong> redação procura, no rigor gramatical, um mo<strong>do</strong> eficaz <strong>de</strong> cumprir seu<br />

papel <strong>de</strong> comunicar, visto que minimiza as diferenças entre os usuários. No âmbito literário,<br />

vê-se uma língua muito mais flexível, na qual a subversão da forma é também um meio <strong>de</strong><br />

enriquecer seu conteú<strong>do</strong>.<br />

Estilo<br />

Stilus era o nome latino das hastes, normalmente <strong>de</strong> metal ou osso, que os romanos<br />

utilizavam para a escrita em códices (pequenas placas enceradas). Aludin<strong>do</strong> à arte <strong>de</strong> escul-<br />

Comunicação<br />

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