08.05.2013 Views

mecânica das estruturas i relações constitutivas ... - FEC - Unicamp

mecânica das estruturas i relações constitutivas ... - FEC - Unicamp

mecânica das estruturas i relações constitutivas ... - FEC - Unicamp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

DES-<strong>FEC</strong>-UNICAMP<br />

IC301- MECÂNICA DAS ESTRUTURAS I<br />

RELAÇÕES CONSTITUTIVAS(TENSÃO-DEFORMAÇÃO)<br />

PROF. DR. NILSON TADEU MASCIA<br />

2005<br />

1


RELAÇÕES CONSTITUTIVAS(TENSÃO-DEFORMAÇÃO)<br />

INTRODUÇÃO<br />

Condições a serem satisfeitas na resolução de problemas de elasticidade<br />

1- Equações de equilíbrio ou de movimento;<br />

= σ n<br />

+ F = 0<br />

2- Condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações;<br />

ij,<br />

kl<br />

3- Relações tensões-deformações.<br />

T<br />

i<br />

σ<br />

ij , j<br />

ij<br />

kl,<br />

ij<br />

i<br />

j;<br />

ε<br />

ij = 1 ( u<br />

2 i,<br />

j + u<br />

ε + ε − ε<br />

j,<br />

i<br />

ik,<br />

jl<br />

= 0<br />

FIGURA 01 - Inter-<strong>relações</strong> <strong>das</strong> variáveis na <strong>mecânica</strong> dos sólidos<br />

);<br />

− ε<br />

jl,<br />

ik<br />

2


Hípoteses Básicas<br />

Incognitas x Equações<br />

6 3 equações de equilíbrio<br />

6 6 equações desloc/deform.<br />

3 6 equações <strong>constitutivas</strong><br />

1- Comportamento do material é independente do tempo;<br />

2- Condições isotérmicas são considera<strong>das</strong>;<br />

3- Pequenos deslocamentos.<br />

ESTADO DE TENSÃO EM UM PONTO<br />

FIGURA 02 - Componentes de um vetor tensão .<br />

σ<br />

ij<br />

1 ⎡ ⎤<br />

⎢T<br />

⎥ ⎡σ<br />

2<br />

= ⎢T<br />

⎥ =<br />

⎢<br />

σ<br />

⎢ 3 ⎥ ⎢<br />

⎢T<br />

⎥ ⎢⎣<br />

σ<br />

⎣ ⎦<br />

11<br />

21<br />

31<br />

σ<br />

σ<br />

σ<br />

12<br />

22<br />

32<br />

ESTADO DE DEFORMAÇÃO EM UM PONTO<br />

ε ij<br />

⎡ε<br />

=<br />

⎢<br />

ε<br />

⎢<br />

⎢⎣<br />

ε<br />

11<br />

21<br />

31<br />

ε<br />

ε<br />

ε<br />

12<br />

22<br />

32<br />

ε<br />

ε<br />

ε<br />

13<br />

23<br />

33<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥⎦<br />

σ<br />

σ<br />

σ<br />

13<br />

23<br />

33<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥⎦<br />

3


ELASTICIDADE<br />

Todo sólido quando submetido a ações externas apresenta, como resposta a<br />

nível interno, tensões e deformações. Se essas ações cessarem e se o sólido<br />

voltar as suas condições iniciais, ou seja, tamanho e forma idênticos àqueles<br />

antes <strong>das</strong> ações atuarem sobre ele, não guardando deformações residuais, o<br />

sólido é chamado elástico.<br />

A função resposta do material pode ser linear ou não linear como é<br />

mostrada pelos gráficos tensão-deformação:<br />

FIGURA 03 - Gráficos função resposta do material.<br />

(a) resposta não linear (b) resposta linear<br />

Pode-se concluir, então, que as tensões e as deformações nestes sólidos<br />

são totalmente reversíveis. Além disto, baseando-se em hipóteses que as ações<br />

são independentes de tempo e estes sólidos estão sob condições adiabáticas e<br />

isotérmicas, (Love ) , é possível defini-los matematicamente como:<br />

σ ij = Fij ( ε kl<br />

onde F ij é uma função resposta do material.<br />

)<br />

4


ENERGIA DE DEFORMAÇÃO<br />

Considerando este sólido elástico sob ação de forças, conforme mostra a figura<br />

09, e impondo ao mesmo deslocamentos virtuais infinitesimais δUi , compatíveis<br />

com as condições.de equilíbrio, é possível, através do princípio dos trabalhos<br />

virtuais (P.T.V.) inter-relacionar uma série de equilíbrios Fi , Ti<br />

, δui<br />

com uma série<br />

de compatibilidade virtual δ ui , δε ij .<br />

FIGURA 04 - Sólido elástico em equilíbrio.<br />

Assim,<br />

∫<br />

A<br />

Tiδu idA<br />

+ ∫V<br />

Fiδu<br />

idV<br />

= ∫V<br />

σ ijδε<br />

ij dV<br />

onde o conjunto de termos, à esquerda na equação , exprime o trabalho externo<br />

δW , e o conjunto de termos, à direita, o trabalho interno δU . Então:<br />

δ W = δU<br />

e<br />

δ ∫<br />

U =<br />

V σ ij ij<br />

δε dV<br />

5


Mas, simplificando:<br />

δ = ∫ δU<br />

dV ,<br />

U V 0<br />

deste modo tem-se:<br />

δ U = σ δε<br />

0<br />

ij<br />

ij<br />

Como U 0 é função somente <strong>das</strong> componentes de deformação:<br />

∂U<br />

0<br />

δU<br />

0 δε ij<br />

∂ε<br />

=<br />

substituindo-se δU 0 , tem-se:<br />

σ<br />

ij<br />

∂U<br />

=<br />

∂ε<br />

0<br />

ij<br />

ij<br />

Esta equação é conhecida como Modelo Elástico de Green ou lei<br />

constitutiva hiperelástica. (Desai)<br />

Em contrapartida, pode-se relacionar σij , εij<br />

, U0<br />

por variações de<br />

δσ , δF , δT<br />

. Assim a equação do P.T.V. torna-se:<br />

ou:<br />

ij i i<br />

∫<br />

A<br />

δTiu idA<br />

+ ∫V<br />

δFiu<br />

idV<br />

= ∫V<br />

δσ ijε<br />

ij dV<br />

δ U = δW<br />

Assim:<br />

∫<br />

V<br />

δU codV<br />

= ∫V<br />

δσ ijε<br />

ijdV<br />

então:<br />

δ U =<br />

ε δσ<br />

co<br />

ij<br />

ij<br />

6


Sendo U co função <strong>das</strong> componentes de tensão σ ij e conhecida como<br />

energia complementar de deformação tem-se:<br />

∂U<br />

co<br />

δ U co = δσ ij<br />

∂σ<br />

Portanto:<br />

ij<br />

ij<br />

∂U<br />

co<br />

ε ij = .<br />

∂σ<br />

A figura mostra as quantidades U co e U 0 .<br />

FIGURA 05 - Energia de deformação e energia complementar de<br />

deformação no gráfico tensão - deformação .<br />

Por outro lado, é possível observar que em um modelo linear, a energia<br />

de deformação U 0 é igual à energia complementar de deformação U co.<br />

7


RELAÇÕES TENSÃO DEFORMAÇÃO OU LEIS<br />

CONSTITUTIVAS DOS MATERIAIS ELASTICAMENTE<br />

ANISOTRÓPICOS<br />

Sendo assim, com o uso de uma série polinomial:<br />

U = C0δ<br />

+ α ε + β ε ε<br />

0 ij ij ij ijkl ij kl ,<br />

onde C0, αij , β ijkl são constantes. Aplicando-se a equação relativa à do modelo<br />

elástico de Green, e considerando que a energia de deformação tenha um valor<br />

estacionário em relação ao tensor de deformação, tem-se:<br />

σ α + ( β + β ) ε<br />

ij<br />

= .<br />

ij<br />

ijkl<br />

klij<br />

Da expressão anterior, designando ( βijkl βklij<br />

)<br />

kl<br />

+ de C ijkl e, além disto,<br />

supondo que as tensões estão associa<strong>das</strong> e atuando em todo sólido, ou seja,<br />

α ij = 0, tem-se:<br />

e também<br />

σ =<br />

ij Cijklε kl<br />

Desta expressão, sendo C ijkl uma matriz não singular, pode-se escrever:<br />

ε =<br />

ij Sijklσ kl<br />

Caracterizando-se que C = S<br />

−1<br />

,<br />

1<br />

Cijkl S klrs = δ ijrs = ( δ irδ<br />

js + δ isδ<br />

2<br />

S = δ<br />

ijklC klrs<br />

ijrs<br />

onde: δ ij é o delta de Kroneker, e δ ijkl é um tensor unitário.<br />

jr<br />

)<br />

8


Com os índices i, j, k, l,<br />

variando de 1 a 3, pode-se discretizar um dos<br />

termos. Por exemplo σ13: σ<br />

13<br />

= C<br />

+ C<br />

1311<br />

1322<br />

ε<br />

ε<br />

11<br />

22<br />

+ C<br />

+ C<br />

1312<br />

1323<br />

ε<br />

ε<br />

12<br />

23<br />

+ C<br />

+ C<br />

1313<br />

1331<br />

ε<br />

ε<br />

13<br />

31<br />

+ C<br />

+ C<br />

1321<br />

ε<br />

1332<br />

ε<br />

21<br />

32<br />

+<br />

+ C<br />

Como os tensores C ijkl e S ijkl são tensores de 4ª ordem, é de se prever<br />

que sejam constituídos de 81 (oitenta e um) elementos (coeficientes elásticos).<br />

Mas este número de elementos pode ser reduzido pela seguinte análise:<br />

Derivando a equação :<br />

σ =<br />

ij Cijklε kl<br />

tem-se:<br />

∂σ 2<br />

ij ∂ 0<br />

∂ε<br />

kl<br />

U<br />

= = C<br />

∂ε ∂ε<br />

kl<br />

ij<br />

ijkl<br />

e alterando a ordem de derivação:<br />

2<br />

∂ U ∂ U 0<br />

=<br />

∂ε ∂ε ∂ε ∂ε<br />

ij<br />

kl<br />

2<br />

kl<br />

Pode-se concluir, portanto,que:<br />

C = C<br />

ijkl<br />

klij<br />

ij<br />

demonstrando-se, assim, a existência da simetria nos pares de índices ( i, j)( k, l)<br />

do tensor Cijkl .Semelhante análise pode ser feita para os termos Sijkl :<br />

S = S<br />

ijkl<br />

klij<br />

• Em primeiro lugar,a simetria de tensores de deformação ε ij , ou<br />

1333<br />

ε<br />

33<br />

9


ε = ε<br />

ij<br />

desta maneira obtém-se:<br />

ij<br />

resultando em:<br />

ji<br />

σ = C ε = C ε<br />

ijkl<br />

ijkl<br />

C = C<br />

ijlk<br />

lk<br />

ijkl<br />

kl<br />

Ou seja, dos 81 (oitenta e um) elementos em C ijkl sobraram 54<br />

(cinquenta e quatro) diferentes (independentes).<br />

ou:<br />

• Em segundo lugar, devido a simetria dos tensores de tensão σ ij ,<br />

σ = σ<br />

ij<br />

desta maneira obtém-se:<br />

ij<br />

resultando em:<br />

ji<br />

σ = C ε = σ = C ε<br />

ijkl<br />

C = C<br />

ijkl<br />

jikl<br />

kl<br />

ji<br />

jikl<br />

kl<br />

Ou seja, dos 54 (cinquenta e quatro) elementos em C ijkl passa-se a ter<br />

36 (trinta e seis) elementos diferentes.<br />

• Em terceiro lugar,como foi mencionado, o tensor C ijkl é simétrico<br />

em relação aos pares de índices,(i, j)<br />

e (k , l ).<br />

10


Então, em lugar dos 36 (trinta e seis) elementos existem apenas 21<br />

(vinte e um) elementos diferentes no tensor C ijkl , e também no tensor S ijkl .<br />

Na forma matricial, tem-se:<br />

⎧σ<br />

⎪<br />

σ<br />

⎪<br />

⎪σ<br />

⎨<br />

⎪σ<br />

⎪σ<br />

⎪<br />

⎩σ<br />

11<br />

22<br />

33<br />

12<br />

23<br />

31<br />

⎫ ⎡C<br />

⎪ ⎢<br />

C<br />

⎪ ⎢<br />

⎪ ⎢C<br />

⎬ = ⎢<br />

⎪ ⎢<br />

C<br />

⎪ ⎢C<br />

⎪ ⎢<br />

⎭ ⎣C<br />

1111<br />

2211<br />

3311<br />

1211<br />

2311<br />

3111<br />

De modo análogo:<br />

⎧ ε<br />

⎪<br />

ε<br />

⎪<br />

⎪ ε<br />

⎨<br />

⎪2ε<br />

⎪2ε<br />

⎪<br />

⎩2ε<br />

11<br />

22<br />

33<br />

12<br />

23<br />

31<br />

⎫ ⎡ S<br />

⎪ ⎢<br />

S<br />

⎪ ⎢<br />

⎪ ⎢ S<br />

⎬ = ⎢<br />

⎪ ⎢<br />

2S<br />

⎪ ⎢2S<br />

⎪ ⎢<br />

⎭ ⎣2S<br />

1111<br />

2211<br />

3311<br />

1211<br />

2311<br />

3111<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

1122<br />

2222<br />

3322<br />

1222<br />

2322<br />

3122<br />

S<br />

S<br />

S<br />

2S<br />

2S<br />

2S<br />

1122<br />

2222<br />

3322<br />

1222<br />

2322<br />

3122<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

1133<br />

2233<br />

3333<br />

1233<br />

2333<br />

3133<br />

S<br />

S<br />

S<br />

2S<br />

2S<br />

2S<br />

1133<br />

2233<br />

3333<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

1233<br />

2333<br />

3133<br />

1112<br />

2212<br />

3312<br />

1212<br />

2312<br />

3112<br />

2S<br />

2S<br />

2S<br />

4S<br />

4S<br />

4S<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

1112<br />

2212<br />

3312<br />

1212<br />

2312<br />

3112<br />

1123<br />

2223<br />

3323<br />

1223<br />

2323<br />

3123<br />

2S<br />

2S<br />

2S<br />

4S<br />

4S<br />

4S<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

1123<br />

2223<br />

3323<br />

1223<br />

2323<br />

3123<br />

1131<br />

2231<br />

3331<br />

1231<br />

2331<br />

3131<br />

⎤⎧<br />

ε11<br />

⎫<br />

⎥⎪<br />

ε<br />

⎪<br />

⎥⎪<br />

22 ⎪<br />

⎥⎪<br />

ε 33 ⎪<br />

⎥⎨<br />

⎬<br />

⎥⎪2ε<br />

12 ⎪<br />

⎥⎪2ε<br />

⎪<br />

23<br />

⎥⎪<br />

⎪<br />

⎦⎩2ε<br />

31 ⎭<br />

2S<br />

2S<br />

2S<br />

4S<br />

4S<br />

4S<br />

1131<br />

2231<br />

3331<br />

1231<br />

2331<br />

3131<br />

⎤⎧σ<br />

⎥⎪<br />

σ<br />

⎥⎪<br />

⎥⎪σ<br />

⎥⎨<br />

⎥⎪σ<br />

⎥⎪σ<br />

⎥⎪<br />

⎦⎩σ<br />

Com o objetivo de simplificar as operações com os elementos dos<br />

tensores aqui mencionados, pode-se utilizar uma notação indicial reduzida,<br />

apresentada por Lekhnitskii, onde a simetria dos tensores ε , σ e C permite<br />

ij kl ijkl<br />

a redução dos seus índices, os quais podem ser contraídos da seguinte maneira:<br />

σij = σm<br />

→ para quaisquer índices<br />

ε = ε → se = 1,2,3<br />

ij m m<br />

2ε = ε → se = 4,5,6<br />

C<br />

ij m m<br />

= C → para quaisquer índices<br />

ijkl mn<br />

11<br />

22<br />

33<br />

12<br />

23<br />

31<br />

⎫<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎬<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎭<br />

11


6.<br />

e assim:<br />

S = S → se m, n=<br />

1,2,3<br />

ijkl mn<br />

2S = S → se m, n=<br />

4,5,6<br />

ijkl mn<br />

4S = S → se m, n=<br />

4,5,6.<br />

ijkl mn<br />

A partir do que demonstrou-se, observa-se que os índices variam de 1 a<br />

Assim:<br />

σ =<br />

1<br />

1<br />

, σ<br />

,<br />

, σ<br />

C = C , C = C , C = C , C = C , C = C , C = C<br />

11<br />

σ<br />

11<br />

11<br />

ε = ε , ε = ε<br />

1111<br />

2<br />

2<br />

= σ<br />

12<br />

22<br />

22<br />

, σ = σ<br />

3<br />

1112<br />

3<br />

33<br />

13<br />

33<br />

4<br />

4<br />

1133<br />

= σ<br />

Com esta convenção, pode-se escrever:<br />

σ =<br />

m Cmnε n<br />

ε = ,<br />

m S mnσ<br />

n<br />

resultando, matricialmente:<br />

⎧σ<br />

1 ⎫<br />

⎪<br />

σ<br />

⎪<br />

⎪ 2 ⎪<br />

⎪σ<br />

3 ⎪<br />

⎨ ⎬<br />

⎪σ<br />

4 ⎪<br />

⎪σ<br />

⎪<br />

5<br />

⎪ ⎪<br />

⎩σ<br />

6 ⎭<br />

=<br />

⎡C<br />

⎢<br />

C<br />

⎢<br />

⎢C<br />

⎢<br />

⎢<br />

C<br />

⎢C<br />

⎢<br />

⎣C<br />

11<br />

21<br />

31<br />

41<br />

51<br />

61<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

12<br />

22<br />

32<br />

42<br />

52<br />

62<br />

12<br />

14<br />

12<br />

, σ = σ<br />

5<br />

5<br />

1112<br />

23<br />

23<br />

, σ = σ<br />

ε = ε , ε = 2ε<br />

, ε = 2ε<br />

, ε = 2ε<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

13<br />

23<br />

33<br />

43<br />

53<br />

63<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

14<br />

24<br />

34<br />

44<br />

54<br />

64<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

15<br />

25<br />

35<br />

45<br />

55<br />

65<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

C<br />

16<br />

26<br />

36<br />

46<br />

56<br />

66<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎦<br />

15<br />

⎧ε<br />

1 ⎫<br />

⎪<br />

ε<br />

⎪<br />

⎪ 2 ⎪<br />

⎪ε<br />

⎪<br />

3<br />

⎨ ⎬<br />

⎪ε<br />

4<br />

⎪ε<br />

5<br />

⎪<br />

⎩ε<br />

6<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎪<br />

⎭<br />

6<br />

6<br />

31<br />

1123<br />

31<br />

16<br />

1131<br />

12


SOBRE O NÚMERO DE CONSTANTES INDEPENDENTES NO<br />

TENSOR<br />

S ij<br />

Lekhnitskii cita que o número de termos independentes no tensor<br />

compliance Sil, para materiais elásticos anisotrópicos, não é 21 (vinte e um) mas<br />

sim 18 (dezoito).<br />

Esta afirmação pode ser comprovada através <strong>das</strong> seguintes considerações<br />

(Se o tensor εij for diagonalizado, ou seja, referido às novas direções principais,<br />

por meio de uma conveniente mudança de base, ele passa a ter 3 (três)<br />

elementos nulos, ou seja:<br />

ε = ε = ε = 0<br />

4<br />

Nestas condições tem-se:<br />

5<br />

⎧ε1<br />

⎫ ⎡S<br />

⎪<br />

ε<br />

⎪ ⎢<br />

⎪ 2 S<br />

⎪ ⎢<br />

⎪ε<br />

3 ⎪ ⎢S<br />

⎨ ⎬ = ⎢<br />

⎪ 0 ⎪ ⎢<br />

S<br />

⎪ 0 ⎪ ⎢S<br />

⎪ ⎪ ⎢<br />

⎩ 0 ⎭ ⎣S<br />

11<br />

6<br />

21<br />

31<br />

41<br />

51<br />

61<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

12<br />

22<br />

32<br />

42<br />

52<br />

62<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

SIMETRIA ELÁSTICA NOS MATERIAIS<br />

TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADAS<br />

13<br />

23<br />

33<br />

43<br />

53<br />

53<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

14<br />

24<br />

34<br />

44<br />

54<br />

64<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

15<br />

25<br />

35<br />

45<br />

55<br />

65<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

16<br />

26<br />

36<br />

46<br />

56<br />

66<br />

⎤⎧σ<br />

1 ⎫<br />

⎥⎪<br />

σ<br />

⎪<br />

⎥⎪<br />

2 ⎪<br />

⎥⎪σ<br />

3 ⎪<br />

⎥⎨<br />

⎬<br />

⎥⎪σ<br />

4 ⎪<br />

⎥⎪σ<br />

⎪<br />

5<br />

⎥⎪<br />

⎪<br />

⎦⎩σ<br />

6 ⎭<br />

É fato que os tensores constitutivos Cijkl e Sijkl<br />

são tensores de 4 a ordem,<br />

estando assim sujeitos à seguinte lei de transformação de coordena<strong>das</strong>,<br />

S ′<br />

= l<br />

ijkl<br />

im<br />

l<br />

jm<br />

l<br />

ko<br />

l<br />

ep<br />

S<br />

mnop<br />

13


onde Sijkl ′ são os coeficientes do tensor compliance no novo sistema da<br />

coordena<strong>das</strong>, S ijkl são os coeficientes do tensor compliance no antigo<br />

sistema da coordena<strong>das</strong> e l ij os cossenos diretores<br />

Os cossenos diretores l ij em uma rotação de eixos coordenados, em um<br />

sentido anti-horário, em torno do eixo x 3 ,tornam-se:<br />

⎡ cosθ senθ<br />

0⎤<br />

lij =<br />

⎢<br />

−senθ<br />

cosθ<br />

0<br />

⎥<br />

⎢<br />

⎥<br />

⎣⎢<br />

0 0 1⎦⎥<br />

FIGURA 06 - Rotação dos eixos x1 e x2<br />

de um sistema de eixos ortogonais<br />

Deste modo, pode-se apresentar, por exemplo, o coeficiente S11 ′ :<br />

S ′<br />

1111<br />

+<br />

+<br />

+<br />

4<br />

4<br />

S1111l11<br />

+ S 2222l12<br />

4<br />

+ S 3333l13<br />

+ ( 2S<br />

2233 + S1212<br />

)<br />

2 2<br />

2 2<br />

( 2S1133<br />

+ S 2323 ) l11l12<br />

+ ( 2S1122<br />

+ S 3131 ) l11l12<br />

+<br />

2<br />

5<br />

2<br />

2l12l13<br />

[ ( S1112<br />

+ S 2331 ) l11<br />

+ S 2211l12<br />

+ S 3311l13<br />

] +<br />

2<br />

2<br />

2<br />

2l13l11[<br />

S1123l11<br />

+ ( S 2223 + S1231<br />

) l12<br />

+ S 3333l13<br />

] +<br />

+ 2l<br />

l S<br />

2<br />

l + S<br />

2<br />

l + ( S + S<br />

2 ) l<br />

=<br />

11 12<br />

[ ]<br />

1131 11<br />

2231 12<br />

3311<br />

1223<br />

13<br />

2 2<br />

12l13<br />

l<br />

+<br />

14


Como alternativa, pode-se utilizar os coeficientes com os índices<br />

S e C ,para os quais Lekhnitskii apresenta os termos escritos por qij ,<br />

reduzidos ( ij ij )<br />

para se efetuar a transformação do tensor constitutivo.<br />

Assim, a lei de transformação torna-se:<br />

S ′ = q<br />

ij<br />

im<br />

q<br />

in<br />

S<br />

mn<br />

onde os termos q ij estão apresentados na tabela 01, sendo que o primeiro<br />

subscrito indica a linha e, o segundo a coluna na tabela.<br />

Tabela 01 - Relação dos termos q ij e os cossenos diretores l ij para<br />

transformação de coordena<strong>das</strong> com subscrito reduzido<br />

Fonte: Lekhnitskii<br />

1 2 3 4 5 6<br />

1<br />

2<br />

l11 2<br />

l12<br />

2<br />

l13 l11l12 2<br />

2<br />

l21 2<br />

l22<br />

2<br />

l23 l22l21 3<br />

2<br />

l31 2<br />

l32<br />

2<br />

l33 l32l31 l12l13 l l<br />

23 22<br />

l l<br />

33 32<br />

l31l11 4 2l21l 11 2l12l 22 2l13l 23 l11l22 + l12l21 l13l22 + l12l23 l l + l l<br />

5 2l31l 21 2l32l 22 2l33l 23 l31l22 + l32l21 l33l22 + l32l23 l l + l l<br />

6 2l31l 11 2l32l 12 2l33l 13 l l + l l l33l12 + l32l13 l l + l l<br />

31 12 32 11<br />

l l<br />

23 21<br />

l l<br />

33 31<br />

13 21 11 23<br />

33 21 31 23<br />

33 11 31 13<br />

Com o exposto é possível apresentar os novos termos do tensor<br />

constitutivo Sij, ′ após transformação de coordena<strong>das</strong>.<br />

Observa-se que as parcelas que contribuem para cada termo de Sij ′ estão<br />

relaciona<strong>das</strong> às funções trigonométricas do ângulo de rotação θ :<br />

S ′<br />

11<br />

S<br />

′<br />

12<br />

= S<br />

+ 2<br />

=<br />

11<br />

cos<br />

θ +<br />

( 2S<br />

+ S )<br />

sen<br />

θ cos<br />

2<br />

2<br />

( S cos θ + S sen θ ) senθ<br />

cosθ<br />

16<br />

4<br />

12<br />

26<br />

( S + S − 2S<br />

− S )<br />

+<br />

11<br />

66<br />

sen<br />

2<br />

θ cos<br />

2<br />

θ + S<br />

θ + S<br />

2<br />

2<br />

( S − S )( cos θ − sen θ ) senθ<br />

cosθ<br />

16<br />

22<br />

26<br />

12<br />

66<br />

2<br />

2<br />

12<br />

22<br />

+<br />

sen<br />

4<br />

θ +<br />

15


S ′<br />

22<br />

= S<br />

− 2<br />

11<br />

sen<br />

θ +<br />

( 2S<br />

+ S )<br />

sen<br />

θ cos<br />

2<br />

2<br />

( S sen θ + S cos θ ) senθ<br />

cosθ<br />

16<br />

4<br />

12<br />

26<br />

66<br />

2<br />

2<br />

θ + S<br />

22<br />

cos<br />

4<br />

θ +<br />

CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS SEGUNDO O NÚMERO DE<br />

PLANOS DE SIMETRIA ELÁSTICA<br />

Voigt, apud Cowin, sintetizou os estudos desenvolvidos por Voigt, Love e Gurtin,<br />

os quais apresentaram 9 (nove) quantidades distintas de coeficientes do tensor<br />

C ijkl para 32 classes de cristais, enquanto que para os não cristais, ele<br />

mencionou a existência de somente 3 (três) tipos tradicionais conhecidos como<br />

isotrópico, monotrópico e ortotrópico.<br />

A seguir, será desenvolvido um estudo mais aprofundado da simetria elástica<br />

para os 3 (três) tradicionais tipos de não cristais.<br />

A nomenclatura aqui utilizada pode sofrer alterações em função dos diversos<br />

autores que abordaram este assunto.<br />

MATERIAL COM SIMETRIA ELÁSTICA EM UM PLANO<br />

Admitindo um sólido referido a um sistema de coordena<strong>das</strong> x i<br />

FIGURA 07 - Simetria elástica em um plano<br />

16


O plano x1 − x2<br />

é de simetria elástica, ou seja, duas direções quaisquer<br />

passando por um ponto neste plano são equivalentes no que concerne às<br />

propriedades de elasticidade. Além disto, a direção normal a este plano é<br />

chamada de direção principal de elasticidade.<br />

da figura :<br />

Promovendo rotações de 180 o em torno do eixo x 3 , conforme esquema<br />

FIGURA 08 - Rotação de 180 o em torno do eixo x 3<br />

têm-se os seguintes cossenos diretores:<br />

l ij =<br />

⎡−1<br />

0 0⎤<br />

⎢<br />

0 −1<br />

0<br />

⎥<br />

⎢ ⎥<br />

⎣⎢<br />

0 0 1⎦⎥<br />

Com o uso da transformação tensorial de S 11 tem-se:<br />

′<br />

resultando:<br />

S11 = q1mq1n<br />

S ′ = l<br />

11<br />

4<br />

11<br />

S<br />

11<br />

S<br />

mn<br />

devido às demais parcelas que contribuem para S11 ′ serem nulas. Assim:<br />

17


S ′ = S<br />

11<br />

11<br />

De semelhante análise para os outros termos do tensor, conclui-se que:<br />

S<br />

15<br />

= S = S = S = S = S = S = S<br />

16<br />

25<br />

Então, o tensor S ij terá a seguinte configuração:<br />

S ij<br />

⎡S<br />

⎢<br />

S<br />

⎢<br />

⎢S<br />

= ⎢<br />

⎢<br />

S<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎣ 0<br />

11<br />

21<br />

31<br />

41<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

12<br />

22<br />

32<br />

42<br />

0<br />

0<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

26<br />

13<br />

23<br />

33<br />

43<br />

0<br />

0<br />

S<br />

S<br />

S<br />

S<br />

35<br />

14<br />

24<br />

34<br />

44<br />

0<br />

0<br />

S<br />

S<br />

36<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

55<br />

65<br />

S<br />

S<br />

45<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

56<br />

66<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎦<br />

46<br />

= 0<br />

O tensor S ij passa a ter 13 elementos diferentes, sendo que apenas<br />

11(onze) são independentes, devido à dependência linear entre os termos .<br />

MATERIAL COM SIMETRIA ELÁSTICA EM TRÊS PLANOS<br />

Um sólido referido a um sistema de eixos coordenados x i e agora sob uma<br />

rotação de 180 o em torno do eixo x 1 (um dos eixos de simetria)<br />

FIGURA 09 - Rotação de 180 o em torno do eixo x 1<br />

tem-se, analogamente ao item anterior:<br />

18


S<br />

14<br />

= S = S = S<br />

24<br />

34<br />

56<br />

= 0<br />

Efetuando semelhante rotação nos eixos x2 e x3,<br />

um de cada vez:<br />

S<br />

S<br />

16<br />

15<br />

= S<br />

= S<br />

26<br />

25<br />

= S<br />

= S<br />

36<br />

35<br />

= S<br />

= S<br />

54<br />

56<br />

= 0<br />

=<br />

0,<br />

sendo que S ij fica com a seguinte forma:<br />

S ij<br />

⎡S11<br />

⎢<br />

S<br />

⎢ 12<br />

⎢S13<br />

= ⎢<br />

⎢<br />

0<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎣ 0<br />

S<br />

S<br />

S<br />

12<br />

22<br />

23<br />

0<br />

0<br />

0<br />

S<br />

S<br />

S<br />

13<br />

23<br />

33<br />

0<br />

0<br />

0<br />

S<br />

0<br />

0<br />

0<br />

44<br />

0<br />

0<br />

S<br />

Neste momento pode-se expressar os coeficientes do tensor<br />

compliance, em termos dos coeficientes elásticos usuais de engenharia ,ou seja,<br />

através do módulo de elasticidade longitudinal ou módulo de Young Ei, do<br />

coeficiente de Poisson νij e do módulo de elasticidade transversal ou de rigidez<br />

Gij. Assim Sij torna-se:<br />

S ij<br />

⎡ 1<br />

⎢<br />

E<br />

⎢ 1<br />

⎢ ν<br />

−<br />

⎢ E<br />

⎢ ν<br />

⎢−<br />

=<br />

⎢ E<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎢<br />

0<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎢⎣<br />

12<br />

1<br />

13<br />

1<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

1<br />

E2<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

0<br />

0<br />

0<br />

21<br />

2<br />

23<br />

2<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

1<br />

E<br />

0<br />

0<br />

0<br />

31<br />

31<br />

3<br />

3<br />

3<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

55<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

G<br />

12<br />

0<br />

0<br />

S<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

66<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

G<br />

0<br />

⎤<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎦<br />

23<br />

⎤<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

0<br />

⎥<br />

⎥<br />

1<br />

⎥<br />

G31<br />

⎥⎦<br />

19


onde devido à simetria existente pode-se escrever:<br />

ν ij<br />

−<br />

E<br />

i<br />

ν<br />

= −<br />

E<br />

Como observou-se anteriormente, é mais simples trabalhar com os coeficientes<br />

do tensor compliance Sij, ao invés dos coeficientes do tensor de constantes de<br />

elasticidade C ij . A título de ilustração, pode-se comparar os coeficientes a<br />

seguir :<br />

1<br />

S 11 =<br />

E<br />

C<br />

11<br />

1<br />

=<br />

1 − 2ν<br />

12<br />

ν<br />

23<br />

ν<br />

E ( 1 −ν<br />

31<br />

1<br />

−ν<br />

13<br />

ν<br />

32<br />

31<br />

ν<br />

23)<br />

−ν<br />

)<br />

12<br />

ν<br />

21<br />

−ν<br />

MATERIAL TRANSVERSALMENTE ISOTRÓPICO<br />

Considera-se o plano x1− x2<br />

de isotropia, ou seja, to<strong>das</strong> as direções conti<strong>das</strong><br />

neste plano são elasticamente equivalentes, o eixo x 3 é o eixo de simetria<br />

elástica.<br />

FIGURA 10- Plano de isotropia - material transversalmente isotrópico<br />

Baseando-se nas operações dos ítens anteriores, de simetria elástica,<br />

tem-se:<br />

23<br />

ν<br />

32<br />

ji<br />

j<br />

20


11<br />

22<br />

13<br />

23<br />

55<br />

66<br />

( S11<br />

− S12<br />

) S 44<br />

S = S ; S = S ; S = S ; 2 =<br />

Assim, com a utilização da notação usual de engenharia<br />

S ij<br />

⎡ 1<br />

⎢ E<br />

⎢ ν<br />

⎢−<br />

⎢ E<br />

⎢ ν ′<br />

−<br />

⎢<br />

= E<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎣<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

1<br />

E<br />

ν ′<br />

−<br />

E′<br />

0<br />

0<br />

0<br />

ν ′<br />

−<br />

E<br />

ν ′<br />

−<br />

E′<br />

1<br />

E′<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

G<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

G′<br />

0<br />

⎤<br />

0<br />

⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

0<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

1 ⎥<br />

′<br />

⎥<br />

G ⎦<br />

onde E, E′=<br />

módulo de elasticidade no plano de isotropia e na direção normal a<br />

ele,ν , ν′=<br />

coeficiente de Poisson no plano de isotropia e na direção normal a ele<br />

e G , G′=módulo<br />

de elasticidade transversal no plano de isotropia e, também,<br />

( S )<br />

2 S 11 12 = S 44<br />

− ou<br />

E<br />

G =<br />

2 1<br />

( + ν )<br />

Portanto, apenas 5 (cinco) coeficientes de S ij são independentes.É importante<br />

salientar que a expressão do módulo de elasticidade transversal G indica a<br />

isotropia no plano.<br />

21


MATERIAL ISOTRÓPICO<br />

Um material isotrópico é aquele em que todos os planos que passam por<br />

um ponto são isotrópicos (planos de simetria), ou seja, to<strong>das</strong> as direções são<br />

elasticamente equivalentes e principais. Assim:<br />

E ′ = E , G′<br />

= G eν<br />

′ = ν ,<br />

tornando-se o tensor S ij , com o uso dos coeficientes de engenharia:<br />

S ij<br />

⎡ 1<br />

⎢ E<br />

⎢ ν<br />

⎢−<br />

⎢ E<br />

⎢ ν<br />

−<br />

⎢<br />

= E<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎢<br />

⎢<br />

⎢ 0<br />

⎣<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

1<br />

E<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

0<br />

0<br />

0<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

ν<br />

−<br />

E<br />

1<br />

E<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

G<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

1<br />

G<br />

0<br />

⎤<br />

0<br />

⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

0<br />

⎥<br />

⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

0 ⎥<br />

⎥<br />

1 ⎥<br />

⎥<br />

G ⎦<br />

Portanto, o tensor S ij passa a ter apenas 2 (dois) coeficientes<br />

independentes, ou seja, o módulo de elasticidade longitudinal E e o coeficiente<br />

de Poisson ν , sendo que o módulo de elasticidade transversal G é definido<br />

como:<br />

E<br />

G =<br />

2 ν<br />

( 1+<br />

)<br />

Alguns autores utilizam as constantes de Lamé λ e μ para caracterizar um<br />

material isotrópico e seus coeficientes do tensor constitutivo, como por exemplo<br />

onde:<br />

ijkl<br />

ij<br />

kl<br />

( δ δ δ )<br />

C = λδ δ + μ + δ ,<br />

ik<br />

jl<br />

il<br />

jk<br />

22


1<br />

1<br />

λ = C iijj = Cij<br />

; μ = ( Ciiii − Ciijj<br />

) = ( Cii<br />

− Cij<br />

)<br />

2<br />

2<br />

e:<br />

Ainda a respeito dos materiais isotrópicos, mais particularmente ao coeficiente de<br />

Poisson , tem-se:<br />

1<br />

0 < ν < ; −1<br />

< ν < 0 ,<br />

2<br />

BIBLIOGRAFIA<br />

σ =<br />

λε δ + 2με<br />

ij<br />

kk<br />

ij<br />

ij<br />

CHEN, W.F., SALLEB. A. Constitutive equations for engineering materials.<br />

New York, John Wiley e Sons, 1982. V.1 : Elasticity and Modeling ... p. 1-181 .<br />

COWIN, S. C. Identification of materials symmetry for anisotropic elastic<br />

materials. Quaterly Journal of Mechanics and Applied Mathematics, V.40, n.4,<br />

p.451-476, Nov 1987.<br />

DESAI, C. S.; SIRIWARDANE, H. J. Constitutive laws for engeeniring materials<br />

with emphasis on geologic materials. New Jersey, Prentice-Hall, p.1-168, 1984.<br />

LEKHNITSKII, S.G. Theory of elasticity of an anisotropic body. Moscou, Mir,<br />

p.10-98, 1981.<br />

LOVE, A. E. A treatise on the theory of elasticity. New York, Dover<br />

Publications, p. 1-182. 1944.<br />

23

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!