Ministério do Projeto Raquel - Project Rachel

O Pai da Criança
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Também aqui é importante que você escute a mulher descrever o pai da criança abortada. Muitas vezes,
coerção, pressão ou sutil persuasão influenciaram em grande parte sua decisão de abortar. O Padre Sears
sugere que você ore com ela pelo pai da criança abortada, pedindo que ele receba o dom do arrependimento
e o perdão de Deus. O aborto não recai apenas sobre a mãe, mas também sobre o relacionamento mãe, pai e
filho. É preciso orar pela reconciliação de todos os envolvidos. (Para obter mais informações sobre o
sofrimento dos homens em decorrência do aborto, veja a Seção II do presente manual, a partir da página 25.)
Falar em Público
Se a mulher diz que quer falar publicamente sobre o aborto, primeiro avalie quanto tempo se passou desde
que ela foi curada. Em segundo lugar, identifique sua motivação para fazê-lo. Talvez seja necessário
perguntar: ―Por que você quer fazer isso?‖ Se é uma tentativa de compensar o que ela fez, desencoraje-a de
falar publicamente. Ela ainda não está curada se ainda estiver
tentando "compensar" o aborto. Em terceiro lugar, descubra se
está se sentindo pressionada a falar, por outras pessoas ou por
situações da comunidade (por vezes, comunidades, igrejas ou
grupos necessitam de um palestrante para abordar o tema ou
mesmo testemunhar em uma audiência pública). Em quarto
lugar, ela deve responder às seguintes perguntas: quem pode
acabar atingido pela exposição pública da estória do aborto?
Os envolvidos sabem que o aborto será tornado público? Os
envolvidos se opõem à exposição da estória? É sempre contraindicado
que uma mulher que não esteja totalmente curada do
trauma do aborto apresente sua história ou testemunho em
público.
Se ela tem outros filhos, é preciso muita cautela. Pode ser que
eles não falem honestamente sobre como se sentem porque
não querem magoá-la. informações sobre o aborto também
podem ser difíceis para uma criança, e isso pode desencadear
culpa por terem sobrevivido. A criança pode ser insultada
pelos amigos, caso eles ouçam a mãe da criança falar sobre o
aborto. A criança também pode não querer que seu passado ou
de sua mãe se torne conhecido. Isso pode ser um grande
problema, especialmente para os adolescentes.
“Hoje, graças ao Projeto Raquel, eu
sou uma pessoa diferente.
Experimentar o poder do perdão é algo
que eu não consigo expressar em
palavras. Eu realmente me sinto mais
leve. Meus ombros não estão mais
pesados. O poder do perdão é capaz de
mudar uma vida. Eu sempre me
arrependerei da minha decisão e vou
continuar a levar meu segredo comigo.
Isso tornou-se uma parte de quem sou,
mas já não define quem sou. Hoje, sou
mãe, esposa e estudante de direito no
terceiro ano. Pretendo, em minha
carreira jurídica, trabalhar com
crianças e retribuir ao Projeto Raquel,
ajudando as mulheres que estão
sofrendo em silêncio com suas
decisões.”
A mulher que fez um aborto muitas vezes compartilha melhor sua estória de forma particular ou anônima.
Algumas mulheres escutam outras falando publicamente sobre o aborto e acreditam que devem fazer o
mesmo para serem curadas. Dissipe esta idéia e incentive a mulher a ir com calma, refletir e orar antes de
tomar uma decisão. Deus quer que ela seja livre para viver a vida que Ele a convida a viver.
Um padre costumava pedir às mulheres que escrevessem uma carta anônima contando suas estórias, que
poderiam ser publicadas no boletim da Paróquia. Sempre que ele publicava uma dessas cartas anônimas,
várias outras pessoas o procuvam para buscar a cura.