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Ministério do Projeto Raquel - Project Rachel

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Pág. 34<br />

Os homens que escolhem fazer esse ―inventário moral sem me<strong>do</strong>‖, como dizem nos Alcoólicos Anônimos,<br />

contam que é como se um enorme peso fosse retira<strong>do</strong> de seus ombros.<br />

O pai também deve ser encoraja<strong>do</strong> a dar nome ao seu filho, assim a criança torna-se uma pessoa para ele, e<br />

não uma criança genérica e abstrata. Pais são pais para sempre, mesmo se a criança morreu antes <strong>do</strong> parto.<br />

O pai ―pós-aborto‖ precisa entender que Deus está pronto para per<strong>do</strong>á-lo por meio <strong>do</strong> Sacramento da<br />

Reconciliação e que ele precisa aceitar o perdão de Deus. Os Evangelhos estão repletos de trechos em que<br />

Jesus per<strong>do</strong>a peca<strong>do</strong>res. Além da Parábola <strong>do</strong> Filho Pródigo e de várias passagens de Jesus per<strong>do</strong>an<strong>do</strong><br />

mulheres arrependidas, Jesus disse ao homem paralítico: ―Meu filho, coragem! Teus peca<strong>do</strong>s te são<br />

per<strong>do</strong>a<strong>do</strong>s‖ (Mt, 9,2). O padre Pable também remete os homens a uma passagem <strong>do</strong> Profeta Miquéias: ―Qual<br />

é o Deus como vós, que apaga a iniqüidade e per<strong>do</strong>a o peca<strong>do</strong>... jogai nossos peca<strong>do</strong>s nas profundezas <strong>do</strong><br />

mar‖ (7, 18-19).<br />

É importante que o pai ―pós-aborto‖ peça perdão à mãe da criança, se suas palavras ou ações (ou silêncio<br />

inércia) contribuíram para a decisão dela de abortar o bebê. Se eles forem casa<strong>do</strong>s, a sua humildade e<br />

benevolência em pedir perdão podem aproximá-los emocionalmente e fortalecer o laço matrimonial. Se a<br />

mãe <strong>do</strong> filho aborta<strong>do</strong> não faz mais parte da vida dele, expressar remorso e pedir perdão fica mais<br />

complica<strong>do</strong>. Ela pode não aceitar a entrada dele em sua vida, especialmente se ela estiver casada e a família<br />

dela desconhecer o fato <strong>do</strong> aborto. Independente de este contato ser aconselhável ou não, o pai pode oferecer<br />

Missas e orações pela cura da mãe.<br />

O homem que se opôs à decisão <strong>do</strong> aborto deve ser aconselha<strong>do</strong> a per<strong>do</strong>ar sinceramente a mãe de seu filho.<br />

O homem que coagiu sua parceira sexual a praticar um aborto precisa per<strong>do</strong>ar a si mesmo também.<br />

É importante lembrar que um homem que se envolveu em um aborto pode ter problemas com o seu próprio<br />

pai, como, por exemplo, aban<strong>do</strong>no por divórcio ou morte. Ele pode estar sofren<strong>do</strong> profundamente e é<br />

importante ajudá-lo a entender este processo de luto. Os homens têm dificuldade de entender e aceitar os<br />

sentimentos de luto; querem consertá-lo, mas não conseguem.<br />

O pai ―pós-aborto‖ deve pedir o perdão de seu filho, escreven<strong>do</strong>-lhe uma carta, caso se sinta inclina<strong>do</strong> a<br />

fazer isso. Uma expressão tão tangível de sua paternidade pode ajudar a tornar seu filho ou filha mais reais<br />

para ele, de forma que ele poderá começar a sentir-se conforta<strong>do</strong> ao perceber que a alma inocente de seu<br />

filho está moran<strong>do</strong> com o Senhor.<br />

O homem que se opôs ao aborto e tentou interrompê-lo pode ter dificuldades em controlar sua raiva. Você<br />

pode sugerir meios físicos para descarregar parte dessa emoção: por exemplo, correr, malhar ou qualquer<br />

outra coisa que exija esforço físico. Ele não deve ser incentiva<strong>do</strong> a bater em coisas, mesmo em objetos<br />

inanima<strong>do</strong>s, ou derrubar objetos quan<strong>do</strong> está sozinho. Às vezes os homens acham mais fácil falar sobre seus<br />

sentimentos quan<strong>do</strong> compartilham trabalho la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong>. Se houver qualquer indício de que o homem tem<br />

uma inclinação a agir com violência contra alguém envolvi<strong>do</strong> no aborto, é importante manter to<strong>do</strong>s a salvos.<br />

A raiva pode estar direcionada a outros ou a ele mesmo e ambas as situações podem ser muito perigosas. A<br />

prevenção de comportamentos violentos ou suicidas deve ser a primeira preocupação <strong>do</strong>s<br />

padres/conselheiros. Perguntas diretas quanto à sua intenção de machucar a si mesmo ou a outros devem ser<br />

feitas quan<strong>do</strong> estiverem falan<strong>do</strong> sobre raiva ou fúria. Pode ser que este precise ser o foco por algum tempo<br />

até que seu autocontrole e sua segurança estejam mais bem regula<strong>do</strong>s e manti<strong>do</strong>s. Com o tempo, ele também<br />

terá que per<strong>do</strong>ar a to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s no aborto.<br />

Ele também pode experimentar a ―impotência humana‖, o sentimento de que ele é incapaz de proteger<br />

aqueles confia<strong>do</strong>s aos seus cuida<strong>do</strong>s. Ele pode ter raiva de Deus e será útil lembrá-lo de que Deus Pai<br />

também testemunhou a morte de seu Filho inocente e que o Pai fica de luto conosco. Convide-o a trabalhar<br />

os problemas espirituais de sua vida, se ele parecer disposto a isto. A consolação e a graça <strong>do</strong> Sacramento da<br />

Reconciliação podem ser de grande ajuda.

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