Q^fô/cwu/eátz no - Fundação Biblioteca Nacional
Q^fô/cwu/eátz no - Fundação Biblioteca Nacional
Q^fô/cwu/eátz no - Fundação Biblioteca Nacional
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
No primeiro segmento da mostra, obras de Roeland Savery,<br />
Melchior Hondecoeter, Jan Pieter Brueghel, Michiel J. Mierevelt<br />
e David Beck, juntamente com gravuras de Rembrandt van Rijn,-<br />
Anton van Dyck, Adriaen van de Velde, Adriaen van Ostade,<br />
Cornelis de Visscher, Cornelis Pietersz Bega e Jan Edelinck, entre<br />
outros mestres, contextualizam os diversos estilos que compõem<br />
a pintura neerlandesa, seja de holandeses ou flamengos. No segundo<br />
momento, a pintura de paisagem de Frans Post faz a<br />
ligação com o núcleo posterior - as gravuras de Barléus. Sendo<br />
um paisagista da escola de Haarlem, cidade onde floresceu esse<br />
importante gênero, Post foi o artista escolhido por Maurício de<br />
Nassau para retratar a paisagem brasileira, e com ele trouxe<br />
os ensinamentos de um dos mais admirados gêneros de pintura<br />
daquele período.<br />
A ligação se estabelece naturalmente porque Frans Post pintou<br />
cenas brasileiras e seus desenhos se tornaram as gravuras<br />
aquareladas do livro de Barléus, que, impresso na tipografia de<br />
Joannis Blaeu, tem na folha de rosto retrato de Nassau assinado<br />
por Theodoro Matham. O livro é composto de 56 gravuras, das<br />
quais 31 são cenas da frota, combates navais, paisagens e<br />
vistas marinhas, sendo que 27 são assinadas por Frans Post. A<br />
edição apresentada nesta mostra, pertence ao acervo de obras<br />
raras da <strong>Biblioteca</strong> <strong>Nacional</strong>; foi impressa em Amsterdam, em<br />
1647, e presenteada, na época do seu lançamento, a D. João IV<br />
pelo embaixador de Portugal na Holanda, Francisco de Souza<br />
Coutinho. O exemplar veio para o Brasil em 1808.<br />
MICHIEL JANSZOON VAN MIEREVELT Delft, 1567 - 1641<br />
Retrato de <strong>no</strong>bre holandês e Retrato de <strong>no</strong>bre holandesa<br />
óleo sobre tela<br />
No período do Brasil holandês (1638-1644), o conde Maurício de<br />
Nassau, que gover<strong>no</strong>u Recife, patrimônio mundial que extravasa<br />
fronteiras, promoveu grande florescimento científico e artístico,<br />
e obras de Frans Post e de Albert Eckhout, entre outros <strong>no</strong>mes,<br />
foram incorporadas aos acervos internacionais que revelam a<br />
importância desses artistas para a compreensão da história que<br />
une o Brasil à Holanda, desde o século XVII até os dias de hoje.<br />
As pinturas de Frans Post, feitas em Pernambuco <strong>no</strong> século XVII,<br />
estão acompanhadas das fotografias do holandês Bart Sorgedrager.<br />
O fotógrafo, nascido em Terborg, em 1959, viajou pelo Brasil<br />
<strong>no</strong> inicio dos a<strong>no</strong>s 90 para "documentar" o estabelecimento de<br />
comunidades holandesas em diversos estados brasileiros. As fotos,<br />
que revelam o modo de vida dos holandeses em ple<strong>no</strong> século<br />
XX, compõem o último módulo da mostra. Quatro séculos depois<br />
da missão nassoviana, Bart toma o lugar de Post e <strong>no</strong>s mostra retratos,<br />
paisagens e interiores de sua gente <strong>no</strong> mesmo lugar exótico<br />
que Post conheceu <strong>no</strong> passado. Os "documentaristas" Frans Post e<br />
Bart Sorgedrager <strong>no</strong>s revelam visões - pessoais - de dois momentos<br />
do Brasil.<br />
Nossa intenção foi, além de reunir <strong>no</strong>vamente os acervos holandeses<br />
do Museu <strong>Nacional</strong> de Belas Artes e da <strong>Fundação</strong> <strong>Biblioteca</strong><br />
<strong>Nacional</strong>, contextualizar o passado e o presente nas relações<br />
Brasil-Holanda. "A presença holandesa <strong>no</strong> Brasil" fundamenta-se<br />
sobre o passado e o presente, reflexo dos laços huma<strong>no</strong>s, culturais<br />
e históricos que unem o Brasil, os Países Baixos e Portugal, por<br />
isso gostaríamos de render homenagens a duas figuras reais, o<br />
conde Maurício de Nassau e D. João VI que, com suas sensibilidades,<br />
<strong>no</strong>s legaram essas heranças.<br />
Muaeu <strong>Nacional</strong> de Bela* Artea A presença holandesa <strong>no</strong> Hrasil \J