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INTRODUÇÃO<br />
Introdução<br />
Desde tempos históricos, a agricultura tem gerado um ambiente seminatural<br />
único, com enorme diversidade de habitats e espécies que depende da<br />
manutenção da actividade agrícola. No entanto, como qualquer actividade<br />
económica, tem sido orientada para a produção, dependendo da<br />
disponibilidade dos recursos naturais. Com o desenvolvimento <strong>das</strong> actividades<br />
económicas, o património natural está submetido a uma pressão cada vez<br />
maior. As novas tecnologias e o desejo de maximizar o rendimento e minimizar<br />
os custos de produção provocaram uma marcada intensificação da agricultura<br />
nas últimas quatro déca<strong>das</strong>.<br />
De qualquer modo, nos últimos anos tomou-se consciência de que essa<br />
intensificação representa uma ameaça para a variedade da paisagem e<br />
consequente biodiversidade. No entanto, também o abandono <strong>das</strong> terras<br />
agrícolas, devido a factores económicos, constituem um perigo à conservação<br />
dessa biodiversidade. A manutenção de níveis de biodiversidade adequados é<br />
essencial para permitir a substituição de pestici<strong>das</strong> por factores de regulação<br />
natural, como a limitação natural.<br />
A utilização crescente de produtos químicos de largo espectro de acção no<br />
combate aos inimigos <strong>das</strong> culturas, com efeitos secundários importantes ao<br />
nível dos ecossistemas agrários, justifica a aplicação de tecnologias<br />
alternativas. Estas tecnologias devem ser direcciona<strong>das</strong> para um modo de<br />
produção visando o incremento na qualidade do produto final e em particular da<br />
sustentabilidade dos sistemas.<br />
Daí a necessidade de desenvolver métodos agrícolas que, por um lado, não<br />
concorram para o aparecimento de riscos ambientais e, por outro, sejam<br />
suficientemente rentáveis para o agricultor para que não abandone esta<br />
actividade. Nesta linha, a política agrícola da UE introduziu o termo de<br />
“agricultura sustentável” como uma <strong>das</strong> prioridades para o desenvolvimento de<br />
um modelo agrícola que respeite o ambiente. Por isso, a produção integrada,<br />
sendo um novo sistema de produção agrícola e também uma alternativa de<br />
agricultura sustentável, está adquirindo um protagonismo cada vez maior, não<br />
só porque as práticas culturais nela desenvolvi<strong>das</strong> protegem o ambiente