Iniciativa de Diálogo 2012 - Wir sind Kirche
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<strong>Iniciativa</strong> <strong>de</strong> <strong>Diálogo</strong> <strong>2012</strong><br />
• contràriamente às regras das igrejas antigas, ela não possui nenhuma legitimação da<br />
parte das comunida<strong>de</strong>s e das dioceses, às quais ela presi<strong>de</strong>;<br />
• ela se opôe obstinadamente durante décadas às reformas indicadas pela Escritura e<br />
introduzidas pelo Concílio;<br />
• contra todas as indicaçôes exegéticas e históricas, ela <strong>de</strong>clara a consegração <strong>de</strong><br />
mulheres como illícita e inválida, e castiga com uma excomungação às em questão;<br />
• ela, só por causa <strong>de</strong> noçôes injustificáveis <strong>de</strong> disciplina, aceita o colapso da pastoral e<br />
das paróquias em todos os países;<br />
• ela se agarra à uma rigorosa moral sexual e matrimonial, antropologicamente<br />
insustenável, e ela discrimina e práticamente excomunga os em questâo;<br />
• ela bloquea, até ao dia <strong>de</strong> hoje, tanto a valida<strong>de</strong> <strong>de</strong> direitos humanos <strong>de</strong>ntro da igreja<br />
como o direito a um processamento judicial conforme os direitos humanos;<br />
• ela tenta reduzir a responsabilida<strong>de</strong> pelos violentamentos e abusos <strong>de</strong> crianças a<br />
alguns indivíduos e ao mesmo tempo ignora a sua responsabilida<strong>de</strong> própria e passa<br />
sob silêncio as precondiçôes estruturais; ela entrava a investigação, retem<br />
informaçôes e esciva-se reconhecer uma obrigação inequívoca duma investigação<br />
pública in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />
Uma tal li<strong>de</strong>rança da igreja <strong>de</strong>ve tomar a sério um apelo à <strong>de</strong>sobediência, inspirado pela<br />
consciência e apresentado com argumentos, <strong>de</strong> cristâos abertos para reformas e sèriamente<br />
engajados <strong>de</strong>ntro da igreja. Os lí<strong>de</strong>res da igreja, ao contràrio, tem que aceitar <strong>de</strong> finalmente<br />
as suas estrategias <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r e <strong>de</strong> recusa estarem submetidas à discussâo pública. Mt. 18,18-<br />
19 lembra que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> ligar e <strong>de</strong>sligar afinal está nas mâos das comunida<strong>de</strong>s. Claramente<br />
ao testemunho da Escritura e aos textos do Vaticano II compete uma autorida<strong>de</strong> maior do<br />
que ao catecismo da igreja católica. Embora que este pretenda <strong>de</strong> ser fruto do concílio, <strong>de</strong><br />
igual modo como o Codigo do Direito Canónico <strong>de</strong> 1983, porém na verda<strong>de</strong> ambos procuram<br />
<strong>de</strong>svaziá-lo.<br />
Nao foi um sinal <strong>de</strong> coragem, quando o papa aproveitou do ambiente protegido e solene da<br />
missa crismal na sé <strong>de</strong> Sâo Pedro para proferir críticas, que até agora não ousou exprimir<br />
num confronto com argumentos aclarados. As perguntas que ele lança aos outros, <strong>de</strong>veria<br />
respon<strong>de</strong>r ele próprio primeiro. Com suas insinuaçôes expôe os criticados a acusaçôes<br />
sérias. Por isso convém retorquiar-lhe em seguido as perguntas:<br />
• Como po<strong>de</strong> o papa insinuar ao movimento <strong>de</strong> reformas, e aos párocos Austríacos em<br />
particular, que querem modificar a igreja conforme as suas próprias noçôes?<br />
Pergunta-se, não será ele a querer impôr à igreja sua própria noção e forma,<br />
biblicamente não justificadas? Ninguém duvida, que um colapso da pastoral e <strong>de</strong><br />
muitas comunida<strong>de</strong>s certamente não po<strong>de</strong> estar no sentido da mensagem cristâ. Um<br />
papa com tão elevada inteligência e competência teológica <strong>de</strong>ve bem saber isso.<br />
• Como po<strong>de</strong>r o papa implicar falta <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> ou arbitrarieda<strong>de</strong> subjectiva dos<br />
párocos e ao mesmo tempo exigir uma submissâo aos po<strong>de</strong>res interesseiros da igreja<br />
institutionalizada? Sem prova nenhuma, ele nega a fé “<strong>de</strong>sinteressada”, “doadora” e<br />
“servidora” dos signatários. Enquanto escon<strong>de</strong> a usurpação e retenção sem<br />
compromissos por Roma <strong>de</strong> estruturas ecclesiásticas autoritárias e especialmente<br />
dos privilégios da elite hierárquica. Seus comentários espirituais da obediência <strong>de</strong><br />
Jesus não o fazem per<strong>de</strong>r toda a credibilida<strong>de</strong>? No fim das contas o papa Bento <strong>de</strong>ve<br />
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