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Carlos Barria / Reuters<br />
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ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5662 DE 30 DE JANEIRO DE 2013 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE<br />
CONSULTORES<br />
e EQUIPAMENTOS<br />
e EQUIPAMENTOS<br />
de Tecnologias de Informação<br />
O que querem as empresas<br />
dos serviços de consultoria<br />
◗ Três associações fazem o retrato do sector das tecnologias de informaçao<br />
◗ Serviços ‘cloud’ ajudam a aumentar eficiência<br />
◗ Empresas contam o que esperam dos consultores e quanto gastam em TI
II <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quarta-feira 30 Janeiro 2013<br />
CONSULTORES E EQUIPAMENTOS DE TI<br />
ENTREVISTA LUIS SOUSA,<br />
PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SOFTWARE<br />
“Maior crise implicará<br />
maior pirataria”<br />
O responsável da ASSOFT acredita que projectos como<br />
o Magalhães terão influenciado os números da pirataria.<br />
IRINA MARCELINO<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
O<br />
presidente da Associação<br />
Portuguesa de Software,<br />
Luís Sousa, diz estar na expectativa<br />
para conhecer os<br />
dados de 2012 relativos à pirataria.<br />
A crise tem levado a que mais empresas optem<br />
por soluções ilegais ou pirateadas?<br />
A crise tem levado as empresas a “racionalizar”<br />
a sua estrutura de custos, ou seja, redução<br />
onde consiga. Um estudo da UCP demonstra<br />
que existe correlação entre variáveis sócio<br />
económicas, como a riqueza do país, a educação<br />
ou o nível de corrupção de um país e a sua<br />
taxa de pirataria. Atendendo a estas correlações,<br />
podemos acreditar que maior crise económica<br />
implicará menor riqueza disponível o<br />
que por sua vez implicará maior nível de pirataria.<br />
De acordo com o melhor estudo de pirataria<br />
que conheço, da Business Software<br />
Alliance, que estuda e acompanha este fenómeno<br />
há mais de duas décadas, estima que a<br />
pirataria em Portugal tenha permanecido nos<br />
40% entre 2009 a 2011, última data para a qual<br />
há dados. É com expectativa que aguardo os<br />
resultados para 2012. Na minha opinião, é importante<br />
ter em consideração que as estimati-<br />
“O projecto dos Magalhães<br />
lançou no mercado largos<br />
milhares de PCs totalmente<br />
licenciados com o objectivo<br />
de reduzir a iliteracia digital<br />
das camadas mais jovens<br />
e distorce o normal<br />
funcionamento do mercado”.<br />
vas de manutenção do nível de pirataria quando<br />
esta deveria aumentar, que contraria a tendência<br />
das correlações, são fortemente influenciadas<br />
por fenómenos como o projecto<br />
dos Magalhães, que lançaram no mercado largos<br />
milhares de PCs totalmente licenciados<br />
com o objectivo de reduzir a iliteracia digital<br />
das camadas mais jovens, distorce o normal<br />
funcionamento do mercado. Mas no fenómeno<br />
da pirataria é mais importante salientar o impacto<br />
positivo que a sua redução traria a um<br />
país. O estudo que referi, da UCP, estima que a<br />
redução de 10% na pirataria informática em<br />
Portugal pode representar mais 0,6% do PIB,<br />
receitas fiscais adicionais de 320 milhões de<br />
euros e mais de quatro mil postos de trabalho.<br />
As opções de software feitas à medida para empresas<br />
são uma tendência?<br />
Tendoematençãooagregadodetodoomercado,<br />
acredito que a tendência é: as empresas começam<br />
a preferir usar ‘software standard’,<br />
com capacidade de parametrização, pois este<br />
acarreta, regra geral, menores custos de licenciamento<br />
e de implementação. Que desenvolve<br />
software para suporte à operacionalização<br />
e/ou gestão das empresas com processos complexos<br />
procura que aquilo que desenvolve na<br />
base ofereça mais de 70% das funcionalidades<br />
pretendidas. Que após a correcta parametrização<br />
do software, esta cobertura funcional<br />
suba para os 90% por forma a ter de ser efectuados<br />
desenvolvimentos adicionais nos restantes<br />
10% da cobertura funcional não garantida.<br />
A elevada maturidade das plataformas<br />
informáticas dos dias de hoje permitem o desenvolvimento<br />
de soluções mais abrangentes e<br />
com boa capacidade de adaptação às diferentes<br />
realidades empresariais por parametrização,<br />
em vez de por desenvolvimento à medida.<br />
Naturalmente, empresas com capacidade financeira<br />
e cuja vantagem competitiva assente<br />
no seu sistema de informação continuam a implementar<br />
soluções à medida, mais caras mas<br />
mais “aderentes” à sua estratégia.<br />
O ‘cloud computing’é uma saída para as consultoras<br />
de TI ou é apenas uma boa opção para as<br />
empresas que contratam os seus serviços?<br />
Ambas. Em primeiro lugar, é uma excelente<br />
oportunidade para as empresas implementarem<br />
soluções informáticas sem necessitar de<br />
investimento inicial em equipamentos e licenciamento.<br />
É fácil efectuarem testes de viabilidade/aderência<br />
às necessidades da empresa.<br />
A largura de banda hoje disponibilizada<br />
pelos operadores, com elevados índices de estabilidade<br />
e de disponibilidade, dão confiança<br />
às empresas na adopção destas soluções. Em<br />
segundo lugar, regra geral, o custo total de<br />
propriedade de soluções ‘cloud’ é menor que<br />
as associadas às soluções “instaladas em<br />
casa”. Quando o mercado empresarial começa<br />
a olhá-las para reduzir os custos operacionais<br />
sem comprometer a qualidade de serviço,<br />
abre-se uma oportunidade para as empresas<br />
de consultoria, que idealmente devem ser<br />
agnósticas à tecnologia por uma questão de<br />
isenção nas opiniões que defendem, pelo que<br />
efectivamente o ‘cloud computing’ é uma área<br />
de foco das empresas de consultoria em T.I.. ■<br />
Fotop cedida +por ASSOFT<br />
Foto cedida por Portugal Outsourcing<br />
A PLATAFORMA INOCROWD, portal de inovação aberta<br />
que desafia investigadores a encontrar soluções inovadoras<br />
adequadas às necessidades das empresas, e o EnergyIN,<br />
Pólo de Competitividade e Tecnologia da Energia celebraram<br />
um protocolo que visa estimular a inovação junto dos associados<br />
do Pólo, ao permitir que estes possam colocar desafios<br />
e apresentarem soluções na plataforma Inocrowd.<br />
Luís Sousa, ASSOFT: “Redução de 10%<br />
na pirataria informática em Portugal pode<br />
representar mais 0,6% do PIB, receitas fiscais<br />
adicionais de 320 milhões de euros”.<br />
Guilherme Ramos Pereira,<br />
Portugal Outsourcing:<br />
“Tem de haver uma<br />
pedagogia junto do mercado<br />
por forma a clarificar<br />
sdiferençasentre<br />
um contrato de outsourcing<br />
de valor acrescentado<br />
e outros modelos<br />
que não contemplam<br />
níveis de serviço”.<br />
ENTREVISTA GUILHERME RAMOS PEREIRA, PORTUGAL<br />
“Prestadores de baixo custo<br />
A crise tem levado ao aparecimento<br />
de novos fornecedores de serviços<br />
de consultoria em outsourcing a<br />
preços muito mais baixos.<br />
Quanto vale o mercado de outsourcing<br />
de TI em Portugal?<br />
Segundo dados da IDC, estima-se<br />
que o mercado nacional de<br />
Outsourcing de tecnologias de informação<br />
(TI), e excluindo o BPO<br />
(outsourcing de processos de negócio),<br />
tenha atingido os 288 milhões<br />
em de euros 2012, menos 0,4% face<br />
a 2011. Quanto ao mercado global de<br />
serviços de TI, é estimado que tenha<br />
decrescido 2,5%.<br />
O que representa isso no mercado de<br />
prestação de serviços global em Portugal?<br />
O mercado nacional de Outsourcing<br />
de TI representa cerca de 27%<br />
do mercado total de serviços de TI.<br />
Quais são os segmentos mais importantes<br />
no sector de outsourcing em<br />
TI?<br />
Sistemas de Informação, que representa,<br />
segundo a IDC, cerca de 45%<br />
do mercado, e os de Hosting, de Infraestrutura<br />
e Aplicações, que embora<br />
representem apenas cerca de<br />
10%, são os que apresentam maiores<br />
índices de crescimento.<br />
Que enquadramento faz do outsourcing<br />
em TI em Portugal?<br />
As grandes empresas, de diversos
Armindo Monteiro, ANETIE: “A resposta do sector perante a crise continua, ainda<br />
assim, a revelar um dinamismo muito particular no contexto empresarial português,<br />
que se afasta do clima negativo sentido noutras áreas de negócio“.<br />
OUTSOURCING<br />
põem em causa sector”<br />
sectores de actividade, compreenderam<br />
já as vantagens e benefícios<br />
do outsourcing em TI pelo que adesão<br />
a este modelo encontra-se<br />
numa fase de alguma maturidade.<br />
Ainda assim, tem de haver uma<br />
constante pedagogia junto do mercado<br />
por forma a garantir a clarificação<br />
das diferenças existentes entre<br />
um contrato de outsourcing de<br />
valor acrescentado, transformacional,<br />
e outros modelos que não<br />
contemplam níveis de serviço, o<br />
que, em resultado dos constrangimentos<br />
económicos, tem levado ao<br />
aparecimento de prestadores de<br />
serviços de muito baixo custo, que<br />
não têm qualquer compromisso<br />
A INFOR, fornecedor de software de aplicações empresariais,<br />
anunciou uma versão melhorada do Infor Supply Chain<br />
Execution (SCE), com mais de 100 funcionalidades novas<br />
para a indústria, incluindo funcionalidades móveis e de ativação<br />
por voz e métricas visuais. O Infor SCE 10.2 pode ser utilizado<br />
em muitas indústrias, incluindo produção, distribuição,<br />
high tech, moda ou alimentação e 3PL.<br />
com a qualidade ou produtividade<br />
do trabalho efectuado, causando<br />
impacto muito negativo nos clientes<br />
e na sustentabilidade do próprio<br />
sector.<br />
O que antevê nesta área para o próximo<br />
ano?<br />
As previsões que temos são as do<br />
crescimento do mercado nacional<br />
de Outsourcing de TI em 0,3% em<br />
2014 e 1,8% em 2015.<br />
Que tendências destaca nesta área?<br />
As principais tendências nos serviços<br />
de consultoria em TI são claramente<br />
as áreas da Mobilidade, de<br />
Business Intelligence & Analytics,<br />
Modelos de Cloud Computing e Social<br />
Media. ■ I.M.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Quarta-feira 30 Janeiro 2013 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> III<br />
“Exportações crescerão<br />
20% em três anos”<br />
Armindo Monteiro, presidente da ANETIE, considera que futuro<br />
das empresas tecnológicas passa pela internacionalização.<br />
Mais de 51,9% das empresasdafileiradastecnologias<br />
têm uma estratégia<br />
de internacionalização,<br />
afirma Armindo<br />
Monteiro.<br />
As exportações do sector tecnológico português<br />
têm conseguido afirmar-se?<br />
Segundo uma análise recente, 51,9% das empresas<br />
da fileira possuem uma estratégia de<br />
internacionalização, bem como orçamentos e<br />
recursos alocados ao respectivo esforço alémfronteiras.<br />
Porém, há ainda um trabalho de<br />
consolidação a efectuar ao nível da competitividade<br />
e há também muito potencial de internacionalização<br />
por materializar. A este propósito,<br />
foi com bastante optimismo que assistimos<br />
recentemente, aquando da apresentação<br />
da Agenda Portugal Digital, à definição de<br />
um ambicioso desiderato do Governo em matéria<br />
de estímulo às exportações portuguesas<br />
de tecnologias. Está projectado um crescimento<br />
de 20% nos próximos três anos e estamoscertosdeque,comasmedidasadequadas,<br />
o sector cumprirá plenamente esta meta.<br />
O futuro das empresas portuguesas da área das<br />
tecnologias passa pela internacionalização?<br />
O futuro das empresas portuguesas passa pela<br />
internacionalização, mais ainda quando falamos<br />
de empresas tecnológicas. Com um mercado<br />
interno diminuto e asfixiado pela crise e<br />
com um tecido produtivo nacional pouco<br />
qualificado, as empresas do sector necessitam<br />
de se internacionalizar para conquistarem<br />
novos mercados, aumentarem os volumes<br />
de vendas, gerarem mais receitas, ganharem<br />
notoriedade corporativa, desenvolverem<br />
soluções mais inovadoras e estabelecerem<br />
parcerias que se traduzam em valor<br />
acrescentado. No que toca à selecção dos<br />
mercados, destacaria como importantes para<br />
o sector os países do mundo lusófono, particularmente<br />
Brasil, Angola e Moçambique,<br />
por serem mercados que têm ainda uma larga<br />
margem de progressão, possuem elevados índices<br />
de crescimento económico, revelam<br />
flagrantes carências ao nível das novas tecnologias<br />
e encerram vastas potencialidades de<br />
investimento. Mais do que um bons mercados<br />
para exportar, estes países são destinos promissores<br />
para investir.<br />
O mercado interno ainda é opção para as empresas<br />
tecnológicas portuguesas?<br />
Sim, principalmente para as empresas de menor<br />
dimensão, bem como para todas aquelas<br />
cujas actividades não revelam competitividade<br />
à escala internacional. De resto, a capacidade<br />
de operacionalização de uma estratégia<br />
de internacionalização viável não está exclu-<br />
A FACTURAÇÃO ELECTRÓNICA vai estar em discussão amanhã<br />
no Pestana Palace Hotel. As novas regras da facturação<br />
electrónica, a alteração ao regime de bens em circulação,<br />
a certificação de software de facturação e as implicações<br />
que a facturação electrónica terá são alguns dos temas<br />
discultidos pelos especialistas nesta conferência organizada<br />
pelo <strong>Diário</strong> Ecnoómico e pela Ernst & Young.<br />
ENTREVISTA ARMINDO MONTEIRO, PRESIDENTE DA ANETIE<br />
sivamente dependente da dimensão da empresa.<br />
São múltiplos os factores a ter em conta:<br />
financiamento, oferta competitiva, capacidade<br />
de distribuição, marca, massa crítica<br />
interna, entre outros. Uma empresa que não<br />
detenha uma resposta satisfatória e estes níveis,<br />
deverá obviamente cingir-se ao mercado<br />
nacional. Mas para lá das condicionantes impostas<br />
pela crise, o mercado português oferece<br />
ainda oportunidades que não podem ser<br />
descuradas. Recordem-se, uma vez mais, os<br />
propósitos da Agenda Portugal Digital e as intenções<br />
comunitárias e governamentais de<br />
aplicar as TICE no desenvolvimento da sociedade<br />
e da economia, com todas as oportunidades<br />
de negócio daí adjacentes.<br />
Que retrato faz do sector de produção de software<br />
e harware em Portugal?<br />
O mercado nacional das tecnologias de informação<br />
e comunicação, onde se inclui o<br />
software e o hardware, tem dado sinais positivos<br />
ao nível da sua capacidade de inovação,<br />
O mercado português oferece<br />
oportunidades que não podem<br />
ser descuradas. Recordem-se<br />
os propósitos da Agenda<br />
Portugal Digital .<br />
factoqueéjáreconhecidoforadeportas.<br />
Contudo, é também verdade que a expansão<br />
do sector carece ainda de um investimento<br />
acrescido em qualificação, em investigação e<br />
desenvolvimento e em transferência de conhecimento<br />
do meio académico para o meio<br />
empresarial. Do ponto de vista do investimento,<br />
e de acordo com a análise do IDC, o retrato<br />
ao mercado das tecnologias de informação<br />
não pode ficar indiferente à queda registada<br />
nos últimos quatro anos - fruto da conjuntura<br />
económica e financeira do país - nem<br />
mesmo às perspectivas de recuperação previstas<br />
já a partir do final deste ano. A resposta<br />
do sector perante a crise continua, ainda assim,<br />
a revelar um dinamismo muito particular<br />
no contexto empresarial português, que se<br />
afasta do clima negativo sentido noutras áreas<br />
de negócio.<br />
Que perspectiva tem do seu futuro?<br />
Por um lado, acredito que o futuro das tecnologias<br />
passará muito por um importante contributo<br />
para a balança comercial do país, através<br />
da afirmação das exportações. Por outro,<br />
tenho a convicção de que, nos próximos tempos,<br />
será reforçada a importância do sector<br />
para a reestruturação e reorganização do tecido<br />
económico nacional, imposta pelo actual<br />
contexto. ■ I.M.
IV <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quarta-feira 30 Janeiro 2013<br />
CONSULTORES E EQUIPAMENTOS DE TI<br />
Maior eficiência, desempenho e optimização<br />
dos processos de negócio são algumas<br />
das vantagens apontadas aos serviços de ‘cloud’.<br />
A ASUS ESTÁ A FAZER uma campanha de pares em honra<br />
do Dia dos Namorados. E lançou promoções entre vários<br />
casais de produtos seus. É o caso do Zenbook e da Zen<br />
Drive, computador e gravador de DVD que, juntos,<br />
custarão cerca de 1.150 euros. Ou do computador duplo<br />
ecrã Taichi que, com um ‘router’ móvel, custará 1.797<br />
euros e do Pad e telefone que custarão 799 euros.<br />
‘Cloud computing’<br />
reduz custos<br />
e aumenta<br />
eficiência<br />
O investimento em soluções deste tipo deverão<br />
aumentar em 28% em 2013, estima a IDC.<br />
RAQUEL CARVALHO<br />
raquel.carvalho@economico.pt<br />
edução de custos, melhoria<br />
de eficiência e desempenho<br />
através do desenvolvimento<br />
de novos produtos e serviços,<br />
e optimização dos processos<br />
de negócios são as principais<br />
vantagens do ‘cloud computing’,<br />
apontadas pelas mais de 600 empresas<br />
de média e grande dimensão inquiridas pela<br />
consultora IDC Portugal.<br />
Os dados compilados “evidenciam que a redução<br />
de custos de manutenção de infra-estrutura<br />
TI e a redução das despesas de capital<br />
com estas tecnologias são considerados aspectos<br />
muito importantes pelas organizações<br />
nacionais para a utilização de serviços públicos<br />
de ‘cloud computing’”. Conclusões que<br />
explicam a crescente aposta das empresas nacionais<br />
nos serviços ‘cloud computing’, que,<br />
em 2012 investiram mais de 40 milhões de euros<br />
neste mercado, que se perspectiva que<br />
cresça 23% em 2013. Segundo Vítor Rodrigues,<br />
‘country manager’ da Oracle Portugal,<br />
esta tendência justifica-se porque “as empresas<br />
entraram numa era em que a competitividade<br />
da concorrência, exige inovação e agilidade<br />
a custos mais baixos, que garantam a sua<br />
sobrevivência”. Diz ainda que “as funções das<br />
tecnologias de informação, estão a ser alteradas<br />
da sua concepção inicial como centros de<br />
apoio interno para parceiros estratégicos, que<br />
podem fornecer capacidades de alterar as ‘regras<br />
do jogo’ para as unidades de negócio”.<br />
Vítor Rodrigues acrescenta que “a computação<br />
na cloud representa uma grande oportunidade<br />
para as empresas ágeis aumentarem a<br />
sua inovação e agilidade a um menor custo”.<br />
Já Céu Mendonça, directora comercial da PHC<br />
Software, acredita que uma das principais<br />
vantagens da ‘cloud computing’, que diz “ser<br />
bastante valorizada pelas empresas, nomeadamente<br />
no campo das soluções de gestão,<br />
prende-se com a redução das preocupações”,<br />
frisando que ao utilizar esta solução, as empresas<br />
“podem pagar apenas o que usam, reduzindo<br />
o desperdício e adaptando os custos à<br />
dimensão da empresa”, pelo que não tem dúvidas<br />
de que o ‘cloud computing’ “vai tornarse<br />
cada vez mais numa opção para todas as<br />
empresas e que será adoptada por milhares de<br />
empresas nos próximos anos”. ■<br />
Paulo Figueiredo R<br />
Informação em<br />
qualquer lugar<br />
O ‘cloud computing’ permite<br />
que, através da Internet,<br />
a partir de qualquer<br />
computador, telemóvel,<br />
ou ‘tablet’, e em qualquer<br />
lugar, se posssa ter<br />
acesso às informações,<br />
num único sistema,<br />
independentemente<br />
da plataforma. Daí<br />
que o sucesso do ‘cloud<br />
computing’ seja mundial.<br />
De acordo com a consultora<br />
especializada em<br />
tecnologias, “o mercado<br />
mundial para serviços<br />
públicos de tecnologias<br />
de informação na ‘cloud’<br />
continuaacresceraum<br />
ritmo surpreendente”, tendo<br />
ultrapassado em 2010,<br />
os 17,1 milhões de euros.<br />
Já no que respeita<br />
às despesas com estes<br />
serviços, a consultora<br />
antecipa que ultrapassem<br />
os 62,5 mil milhões<br />
de euros em 2015,<br />
com uma taxa média<br />
de crescimento anual<br />
de 27,6%.
1 Portugal Telecom<br />
Os sistemas de ‘cloud’ da PT<br />
têm níveis de segurança muito<br />
elevados, com a fiabilidade<br />
da rede a ser garantida.<br />
A empresa desenhou o<br />
‘SmartCloudPT’, um portal<br />
onde as empresasacedem<br />
a serviços de ‘cloud’, ao nível<br />
de ‘software’, plataformas e<br />
infraestruturas, com poupanças<br />
de custos entre os 20% e 50%.<br />
6 Reditus<br />
A Reditus tem há algum tempo<br />
serviços baseados em ‘cloud’.<br />
Oferece modelos ‘as-a-service’<br />
de infra-estrutura, plataforma<br />
e software, e serviços de<br />
consultoria tecnológica. Estes<br />
permitem aos clientes ter<br />
o apoio de implementação<br />
em projectos de migração<br />
de plataformas e serviços<br />
para a ‘cloud’ e não só.<br />
PUB<br />
A INOWAVE desenvolveu um projecto para a Zon que<br />
tem como objectivo melhorar a sua assistência técnica.<br />
A aplicação móvel web implementada pela InnoWave permite<br />
aos técnicos da Zon aceder a toda a informação necessária<br />
sobre os trabalhos que têm de efectuar. Além disso,<br />
fornece aos técnicos, coordenadores técnicos e gestores<br />
indicadores de produtividade sobre o trabalho efectuado.<br />
Quarta-feira 30 Janeiro 2013 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> V<br />
FOI EM DEZEMBRO QUE a tecnológica portuguesa<br />
Creativesystems venceu a categoria Software da edição<br />
2012 dos Prémios Inovação Tecnológica Fileira do Calçado,<br />
uma iniciativa do Centro Tecnológico do Calçado<br />
de Portugal. O prémio reconheceu o projecto ‘SHOE-ID’,<br />
desenvolvido para a Fly London e que visava melhorar<br />
a eficiência e o controlo operacional, do armazém à loja.<br />
Algumas das empresas que disponibilizam soluções de ‘cloud computing’ em Portugal<br />
2 SAP Portugal<br />
As soluções ‘cloud computing’<br />
da SAP Portugal estão<br />
desenhadas para empresas de<br />
todas as dimensões e sectores<br />
de actividade. São escaláveis,<br />
crescemcomonegócioetêm<br />
a mais-valia de responderem<br />
às necessidades específicas<br />
de gestão das várias áreas<br />
organizacionais, incluindo<br />
funcionalidades de mobilidade.<br />
7 Oracle<br />
A Oracle oferece produtos<br />
que ajudam a construir,<br />
disponibilizar e gerir ‘clouds’<br />
privadas e diferentes opções<br />
para serviços de ‘cloud’ pública.<br />
Tem um leque de aplicações<br />
que incluem softwares<br />
de gestão, middleware,<br />
bases de dados, servidores,<br />
armazenamento, rede,<br />
sistemas operativos<br />
e virtualização associados.<br />
3 Primavera Bss<br />
Quem optar pelas soluções<br />
‘cloud’ da Primavera, tem<br />
acesso a todos os módulos<br />
do software ERP e às soluções<br />
‘webCentral’eQpoint,esta<br />
última focada para a gestão de<br />
qualidade. A empresa garante<br />
um retorno de investimento<br />
significativo e, em caso de<br />
incumprimento com o nível de<br />
serviço, os clientes não pagam<br />
mensalidade.<br />
8 Oni<br />
‘Virtual Private Servers’<br />
e ‘Virtual Data Centers’<br />
são as duas linhas de serviços<br />
de ‘cloud computing’ da Oni.<br />
Seaprimeiraoferecesoluções<br />
‘ready to run’, de baixo custo,<br />
endereçadas a requisitos mais<br />
simples e de menor dimensão, a<br />
segunda disponibiliza soluções<br />
de maior sofisticação e<br />
capacidade, muito flexíveis.<br />
4 Microsoft Portugal<br />
A Microsoft Portugal tem<br />
uma oferta de soluções ‘cloud<br />
computing’ públicas para o<br />
segmento PME que até agora<br />
eram exclusivas de clientes<br />
‘corporate’. As soluções<br />
são muito flexíveis, de fácil<br />
adaptação e de preço acessível,<br />
reduzindo custos operacionais,<br />
de formação e suporte,<br />
e aumentando a eficiência.<br />
9 HP Portugal<br />
Para as empresas que queiram<br />
ter a sua própria ‘cloud’,<br />
utilizando recursos próprios ou<br />
recursos de ‘cloud providers’,<br />
a HP Portugal disponibiliza a<br />
HP CloudSystems, uma solução<br />
de rápida implementação.<br />
Já são perto de 200 as<br />
empresas que utilizam esta<br />
solução, entre as quais a Refer<br />
Telecom e o grupo Impresa.<br />
5 Sage Portugal<br />
A Sage Portugal oferece aos<br />
milhões de clientes soluções<br />
‘cloud computing’ que<br />
permitam tirar proveito<br />
da internet e da virtualização,<br />
disponibilizando, por isso,<br />
serviços conectados e soluções<br />
de gestão online. A empresa<br />
aposta em soluções que não<br />
tenham por base uma única<br />
opção ‘one-size-fits-all’.<br />
10 PHC<br />
O PHC Business FX é uma<br />
solução ‘cloud’, baseada no<br />
software de gestão em modelo<br />
Software-as-a-Service) PHC<br />
FX, que oferece ferramentas<br />
em regime de aluguer,<br />
que dinamizam áreas vitais de<br />
uma empresa. Já o PHC Billing<br />
FX tem funcionalidades<br />
de facturação. O PHC CRM<br />
e PHC Documents FX são<br />
para as área de CRM.
VI <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> Quarta-feira 30 Janeiro 2013<br />
CONSULTORES E EQUIPAMENTOS DE TI<br />
O que querem as empresas dos<br />
As empresas querem sentir que têm sempre um apoio disponível e que o seu dinheiro foi bem investido.<br />
IRINA MARCELINO<br />
irina.marcelino@economico.pt<br />
Alguém que esteja disponível para ajudar. E que não<br />
proponha soluções demasiado complexas. Que ajude<br />
a ter tudo a funcionar bem. Que não seja caro. E<br />
que se sinta que o dinheiro foi bem gasto.<br />
As empresas contactadas pelo <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong><br />
sabem todas que não é possível viver sem computadores,<br />
sem redes seguras, de preferência com a possiblidade<br />
de acederem em qualquer lugar às suas<br />
informações. Mas, principalmente, que os progra-<br />
>><br />
‘RETURN ON INVESTMENT’<br />
“Se a solução proposta for muito sofisticada e não for<br />
possível de implementar, não é possível obter o retorno<br />
sobre o investimento feito na consultoria. O mesmo<br />
poderá ocorrer com soluções que não são mais do que a<br />
síntese das práticas já propostas ao nível interno dentro<br />
de uma organização, como se fossem novidades”. Daí a<br />
importância das empresas sentirem que o investimento<br />
que fazem tem retorno. João Luís Traça, da Miranda<br />
Advogados, resume assim a resposta à pergunta sobre o<br />
que quer a sua empresa de um consultor de TI. “Muitas<br />
vezes o consultor limita-se a confirmar que estamos a<br />
fazer tudo bem e que não temos nada a mudar. Inclusive<br />
nestas situações podemos considerar que o dinheiro é<br />
bem gasto”. O escritório de advocacia recorre a dois<br />
consultores, RPGSI e e-Chiron, e a prioridade de<br />
investimento tem estado relacionadas com a segurança<br />
da rede, já que cada vez mais utilizadores utilizam<br />
os seus dispositivos – sobretudo tablets – para acederem<br />
a informação do escritório. No que diz respeito<br />
a software, João Luís Traça revela que quase todos<br />
os programas que adquire “são à medida das nossas<br />
especificações ou são altamente parametrizados, pois é<br />
muito importante que os mesmos consigam incorporar as<br />
práticas da organização”. Mas uma coisa é certa. Para se<br />
introduzir novas soluções informáticas e para estas serem<br />
bem aceites, “não pode causar grande disrupção na forma<br />
como os nossos advogados estão habituados a trabalhar”.<br />
Foto cedida por Miranda Advogados<br />
mas sejam práticos e que ajudem nas suas funções.<br />
“Produzirmais,commenoscustos.Estaéareceita<br />
milagrosa que as empresas procuram para enfrentar<br />
as dificuldades financeiras”, reconhece Vanessa<br />
Loureiro, da CapGemini. “A questão é que esta fórmula<br />
muitas vezes é aplicada sem ter em consideração<br />
a manutenção da qualidade dos produtos ou serviços.<br />
As áreas de TI continuam a ser um mundo ao<br />
qual a maioria dos decisores de topo concede redu-<br />
Foto cedida por APCRI<br />
PARA APOIAR E ACONSELHAR<br />
Os Consultores Portugueses de Gestão são<br />
uma pequena empresa na área da contabilidade<br />
e consultadoria fiscal e financeira. Têm seis<br />
funcionários e trabalham com 137 empresas<br />
de vários ramos. Anualmente, investem 3.100 euros<br />
em consultoria de TI e, em média, no conjunto<br />
de hardware e software gastam cerca de dois mil<br />
euros anuais (valores de 2012). Trabalham com um<br />
consultor, que trata da manutenção e actualização<br />
dos sistemas de software e hardware. Recentemente,<br />
passaram a ter um consultor permanente, que “está<br />
um dia por mês nas instalações e actualiza todos os<br />
sistemas, estando ao mesmo tempo sempre<br />
disponível para quando surgem problemas e nos<br />
aconselha nos investimentos”, conta Luís Caeiro,<br />
da empresa. No que respeita ao software específico<br />
para contabilidade, a principal ferramenta é o<br />
programa de contabilidade Logiwin, que incorpora<br />
gestão comercial, gestão financeira, recursos<br />
humanos e imobilizado. “As duas grandes mais-valias<br />
do Logiwin são ter os diferentes módulos, referidos,<br />
integrados no mesmo sistema e a assistência<br />
que nos é fornecida, que nos tem criado aplicações<br />
à medida das nossas necessidades”, afirma.<br />
zida atenção. Tendem a ser geridas como ‘cost-centers’,<br />
muito orientadas a questões técnicas em detrimento<br />
da gestão”. Pedro Vaz Paulo, CEO da Gatewit,<br />
sabe que a redução de custos é importante para as<br />
empresas. Mas que estas podem consegui-lo através<br />
de serviços que as consultoras prestam. No seu caso,<br />
destaca a optimização de recursos e processos de<br />
compras,adesburocratizaçãoeoacessoanovas<br />
oportunidades de negócio. ■<br />
>><br />
>><br />
GARANTIR O BOM<br />
FUNCIONAMENTO<br />
Uma consultora que lhes garanta<br />
“o bom funcionamento das nossas<br />
operações”. A Associação Portuguesa<br />
de Capital de Risco (APCRI) investe<br />
pouco em tecnologias de informação,<br />
mas sabe que, para a sua actividade,<br />
é essencial que tudo tem de funcionar<br />
bem em termos administrativos e<br />
financeiros. Paulo Caetano, presidente<br />
da direcção da APCRI, afirma que “o<br />
nosso investimento anual em TI não<br />
é significativo. Investimos nos postos<br />
de trabalho, hardware e software,<br />
programas e equipamentos normais<br />
para o desempenho das tarefas<br />
administrativas e financeiras. O nosso<br />
website é alojado pela Up Digital,<br />
não tendo sido necessário efectuar<br />
qualquer investimento em hardware ou<br />
emsoftwareàmedidaouespecífico<br />
para a manutenção do website”.
Quarta-feira 30 Janeiro 2013 <strong>Diário</strong> <strong>Económico</strong> VII<br />
Mercado<br />
consultores<br />
? STANLEY SECURITY<br />
“Numa perspectiva de cliente pretendemos sobretudo<br />
aconselhamento, know-how, serviço, disponibilidade,<br />
rapidez de resposta e competitividade de custos”,<br />
afirma João Jorge, Strategic Marketing & Business<br />
Development da empresa de seguirança Stanley<br />
Security Portugal. Reconhecendo que “as tecnologias<br />
de informação são uma área cada vez mais estratégica<br />
e importante nas empresas de serviços”, destaca<br />
a importância da segurança electrónica. “A Stanley<br />
Security mudou recentemente várias das suas<br />
instalações, tendo efectuado um importante<br />
investimento na sua infra-estrutura informática,<br />
com destaque para a modernização da sua central<br />
de monitorização e videovigilância e num ‘data center’<br />
sofisticado, com acesso à mais moderna tecnologia<br />
disponível no mercado e a um conjunto de ferramentas<br />
de apoio ao negócio e de suporte à decisão”.<br />
Entre as infra-estruturas mais importantes<br />
em que investiram estão os servidores, a ‘storage’<br />
e as redes, além de ferramentas de apoio ao negócio,<br />
com as quais sentiram “maior capacidade de resposta<br />
e produtividade, melhor suporte à decisão e<br />
estandardização de processos e uniformização<br />
internacional”, conclui João Jorge.<br />
Paula Nunes<br />
>><br />
Foto cedida por JP Cruz<br />
SOLUÇÕES ESPECÍFICAS<br />
PODERÃO SER NOVO NEGÓCIO<br />
Maria Cruz Pereira, agente oficial de propriedade<br />
industrial, não tem dúvidas em dizer que o que mais<br />
precisa de um consultor é que este ajude a elaborar<br />
‘softwares’ adequados às suas necessidades<br />
específicas “provenientes do facto da Propriedade<br />
Industrial ser um ramo muito especializado do direito<br />
e que necessita de grande apoio informático”.<br />
“No mercado há poucos produtos deste género<br />
e os que existem têm que ser adaptados à filosofia da<br />
empresa”. Daí que tenham optado por desenvolver o<br />
seu próprio software e criar todos os programas que<br />
necessitam para o exercício da actividade. “Tem sido<br />
uma experiência muito positiva porque a flexibilidade<br />
de ter um departamento de TI ‘in-house’ permite<br />
a rápida adaptação do software à nossa realidade<br />
e às alterações que porventura haja necessidade<br />
de introduzir”. Ter um departamento próprio com dois<br />
consultores a tempo inteiro tem os seus custos. “Não<br />
temos números concretos, mas o valor deve rondar<br />
os 150 mil euros anuais. Mas lá está: vemo-lo como<br />
um investimento importantíssimo”. O software “topo<br />
de gama” ali desenvolvido poderá, no entanto, vir<br />
a ser uma nova área de negócio para este escritório<br />
especializado em propriedade industrial. “Estamos<br />
neste momento a desenvolver o nosso departamento<br />
de TI de forma a podermos passar a vender o software<br />
que criamos a consultores de Propriedade Industrial<br />
que sintam as mesmas necessidades que nós,<br />
tanto a nível nacional, como internacional”.<br />
Foto cedida por Stanley Security<br />
>><br />
empresarial<br />
representa<br />
três quartos<br />
do sector das TI<br />
“O mercado empresarial representa mais de<br />
3/4 do mercado de Tecnologias de Informação.<br />
No entanto, no sub-mercado de equipamentos,<br />
principalmente nos PCs, o mercado de<br />
consumo representa a grande fatia. Mais concretamente,<br />
em 2012 foram vendidos 778 mil<br />
PCs em Portugal, dos quais quase 500 mil no<br />
mercado de consumo (incluindo empresários<br />
em nome individual)”. É assim que a IDC,<br />
consultora especializada em estudos e análises<br />
sobre o sector das tecnologias de informação,<br />
analisa os dados disponíveis sobre as vendas<br />
de material informático.<br />
As marcas de computador mais compradas a<br />
empresas nacionais em 2012 foram a Hewlett-<br />
Packard,aToshibaeaAsus. Destas três, apenas<br />
a Asus parece ter conseguido aumentar as<br />
suas vendas às empresas. Entre 2011 e 2012, a<br />
sua quota de mercado aumentou 29,7%. No<br />
Top 10 (tabela apresentada em baixo) são várias<br />
as marcas que conseguiram crescer neste<br />
segmento. Especial destaque para a Fujitusu,<br />
que conseguiu um crescimento de 44%, apesar<br />
de ter uma quota na ordem dos 4,5%.<br />
No que respeita a ‘smartphones’, a distinção<br />
entre mercado empresarial e consumidor final<br />
não é feita pela IDC. No entanto, a consultora<br />
revela que as marcas que lideram neste segmento<br />
são a Samsung, com 39% das vendas,<br />
seguida pela Nokia (17%), pela Apple (8%) e<br />
pela Huawei (6%).<br />
Na área dos ‘tablets’, há dados apenas sobre<br />
sistemas operativos. E quem domina é a iOS,<br />
com 53% do mercado. A Android vem logo a<br />
seguir, com 45% de quota. ■ I.M.<br />
AS MARCAS MAIS VENDIDAS ÀS EMPRESAS<br />
Marca 2012 Quota Crescimento<br />
2011/2012<br />
Hewlett-Packard 73.023 26,3% -4,6%<br />
Toshiba 45.586 16,4% -7,4%<br />
Asus 30.147 10,8% 29,7%<br />
Dell 29.148 10,5% -15,1%<br />
Acer Group 25.119 9,0% 4,7%<br />
Samsung 13.669 4,9% 24,0%<br />
Apple 12.916 4,6% 15,5%<br />
Fujitsu 12.576 4,5% 44,2%<br />
Lenovo 8.820 3,2% 0,3%<br />
JP Sa Couto 6.685 2,4% -23,9%<br />
Outros 20.408 7,3% -26,3%<br />
Total 278.098 100% -1,9%<br />
Fonte: IDC<br />
AS MARCAS MAIS VENDIDAS<br />
AO CONSUMIDOR FINAL<br />
Marca 2012 Quota Crescimento<br />
2011/2012<br />
Asus 137.460 27,5% 40,7%<br />
Toshiba 92.543 18,5% -12,5%<br />
Hewlett-Packard 85.372 17,1% -14,9%<br />
Acer Group 72.393 14,5% 6,4%<br />
Samsung 32.149 6,4% -32,0%<br />
Apple 29.335 5,9% 25,2%<br />
Sony 20.525 4,1% -22,9%<br />
JP Sa Couto 6.355 1,3% -95,8%<br />
Inforlandia 4.380 0,9% 60,0%<br />
Dell 3.733 0,7% -23,0%<br />
Outros 15.853 3,2% -15,3%<br />
Total 500.097 100% -22,5%<br />
Fonte: IDC
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