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DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico

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Paulo Alexandre Coelho<br />

A Comissão Europeia ameaça fechar a torneira dos fundos comunitários caso Portugal não mantenha o défice abaixo dos 3%.<br />

Países repetentes em derrapagens orçamentais<br />

podem ter o financiamento dificultado<br />

para projectos de infra-estruturas<br />

ambientais ou de transportes, como o<br />

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www.economico.pt / mobile.economico.pt<br />

QUINTA-FEIRA, 15 <strong>DE</strong> ABRIL 2010 | Nº <strong><strong>48</strong>68</strong><br />

PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />

TGV, de acordo com uma nova iniciativa<br />

da Comissão Europeia no rescaldo da crise<br />

grega. Bruxelas quer fechar a torneira<br />

dos fundos de coesão a países reinciden-<br />

“Taxar mais-valias<br />

torna mais difícil<br />

o financiamento<br />

das empresas”<br />

O presidente da Bolsa<br />

de Lisboa, em declarações<br />

ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

defende que o agravamento<br />

do imposto sobre as<br />

mais-valias vai penalizar<br />

o mercado português. ➥ P7<br />

Reg. no ISP na categoria de Corretor de Seguros sob o nº 607243<strong>48</strong>1, desde 27-01-2007, nos ramos Vida e Não Vida, como se atesta em www.isp.pt<br />

tes na violação das regras orçamentais do<br />

euro, e por outro lado, acelerar a imposição<br />

de multas financeiras já previstas no<br />

Pacto de Estabilidade. ➥ P5<br />

A Responsabilidade Ambiental das Empresas é obrigatória...<br />

...segurá-la é a melhor solução<br />

Saiba como em www.marsh.pt<br />

DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA<br />

SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA, VITOR COSTA,<br />

PEDRO SOUSA CARVALHO E HELENA CRISTINA COELHO<br />

Bruxelas ameaça cortar fundos<br />

a Portugal se défice derrapar<br />

Saiba<br />

o que pode<br />

acontecer às<br />

suas acções<br />

Portugal Telecom leva Zon<br />

a tribunal por dívidas<br />

de 2,6 milhões de euros ➥ P20<br />

O novo fenómeno do iPad<br />

Tecnologia Os prós, os contras e<br />

os rivais da nova estrela da Apple.<br />

Twitter A rede social vai apostar<br />

na publicidade para ganhar dinheiro.<br />

➥ NOVO SUPLEMENTO INOVAÇÃO & TECNOLOGIA<br />

Miguel Athayde Marques,<br />

presidente da<br />

Euronext Lisboa.<br />

Funcionários públicos que<br />

recebam presentes podem<br />

levar cinco anos de prisão ➥ P8<br />

▲ PSI 20<br />

▲ IBEX 35<br />

▲ FTSE 100<br />

▲ Dow Jones<br />

▲ Euro<br />

▲ Brent<br />

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POLÍTICA<br />

FINANÇAS<br />

Pedro Passos Coelho reitera que votará<br />

contra os limites impostos às deduções<br />

à colecta previstos no PEC.<br />

0,92%<br />

0,37%<br />

0,6%<br />

0,89%<br />

0,38%<br />

1.74%<br />

8.344,29<br />

11.503,70<br />

5.796,25<br />

11.117,59<br />

1.3654<br />

Sócrates avança com<br />

contra-proposta à<br />

revisão constitucional<br />

O PS está a preparar o contra-ataque ao<br />

processo de revisão constitucional que o<br />

PSD vai lançar até ao final de Maio. ➥ P12<br />

Portugaléoterceiro<br />

país da Europa com<br />

mais bancos a fechar<br />

86.19<br />

O número de bancos a operar no país é<br />

actualmente o mais baixo desde a criação<br />

da zona euro, em Janeiro de 1999. ➥ P32


2 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

A NÃO PER<strong>DE</strong>R<br />

15.04.10<br />

■ Portugal é accionista da CAF, um<br />

banco de investimento que lhe abre as<br />

portas da América Latina. A Comunidade<br />

Andina de Fomento está a desenvolver 54<br />

projectos de infra-estruturas, que atingem<br />

cercade18milmilhõesdeeuros.➥P10 ■ PS prepara contra-proposta à revisão<br />

constitucional do PSD. José Sócrates,<br />

Francisco Assis e Jorge Lacão já discutiram<br />

o tema e os socialistas estarão aptos a<br />

responder à proposta do PSD que deverá<br />

ser apresentada no final de Maio. ➥ P12<br />

■ Busca de sobreviventes na China<br />

dificultada pelas temperaturas negativas<br />

que se fazem sentir na região de Qinghai,<br />

abalada ontem por um sismo de 6,9 graus<br />

na escala de Richter. O terramoto matou<br />

pelo menos 400 pessoas. ➥ P16<br />

■ Os três candidatos a Downing Street<br />

participam hoje no primeiro dos três debates<br />

televisivos das legislativas de 6 de Maio.<br />

Frente-a-frente estarão Gordon Brown, do<br />

Labour, David Cameron, dos Tories e o<br />

liberal-democrata Nick Clegg. ➥ P18<br />

■ ANA prevê para a Portela um aumento<br />

entre 16,7 e 20,5 milhões de passageiros<br />

até 2017. Daí que o plano de expansão do<br />

actual aeroporto vá prolongar-se até 2012<br />

e exigir mais cerca de 160 milhões de<br />

euros. ➥ P24/25<br />

■ Cimpor à espera de renúncias para que<br />

a eleição dos novos accionistas brasileiros,<br />

da Camargo e da Votorantim, para a<br />

administração seja efectiva. A eleição<br />

ocorrerá na AG de 29 do corrente,<br />

segundo a agenda ontem fixada. ➥ P27<br />

■ Portugal perde 59 bancos em 10 anos,<br />

tendo o número de entidades de crédito<br />

caído dos 224 para 165, segundo dados do<br />

BCE. E só desde a falência do Lehman<br />

Brothers em Setembro de 2008, há menos<br />

onze instituições de crédito no país. ➥ P32<br />

■ A Benfica SAD vale 50 milhões em<br />

bolsa, tendo as acções subido 35,3% em<br />

três meses e meio. A capitalização bolsista<br />

alcançada ontem é o dobro da do Sporting<br />

(25 milhões) e quase o triplo da do FC<br />

Porto (18 milhões). ➥ P42/43<br />

■ Vá de férias para a Madeira” éotema<br />

da nova campanha pela reconstrução da<br />

Madeira. Trinta personalidades dão o rosto<br />

ou a voz aos ‘spots’, a exibir a partir da<br />

próxima semana em mais de 30 órgãos de<br />

comunicação social. Tudo gratuito. ➥ P44<br />

SOCIEDA<strong>DE</strong> ABERTA<br />

António Gomes Mota<br />

Professor na ISCTE Business School<br />

Indigência por interesse?<br />

Já por mais de uma vez, nesta coluna, escrevi em prol da<br />

política energética do Governo socialista, gizada, consistente<br />

e teimosamente implementada, o que tem sido bem raro<br />

em Portugal sobre o que quer que seja, por Manuel Pinho,<br />

e aproveitada com visão e sentido empresarial pela EDP<br />

e outros ‘players’ nacionais para potenciar a sua dimensão<br />

internacional e liderança de segmentos inovadores e com<br />

um futuro prometedor.<br />

A aposta nas energias renováveis em Portugal está em<br />

linha com apostas similares um pouco por todo mundo<br />

com a vantagem, para nós, de sermos vistos como um caso<br />

de liderança e referência, o que não é de somenos em<br />

termos de imagem do país, tão carenciada de elementos<br />

que a possam valorizar em termos de inovação e modernidade.<br />

É neste quadro de avaliação pessoal que li o manifesto<br />

por uma nova política energética em Portugal.<br />

O objectivo desde sempre anunciado<br />

temsidoodechegaraum‘mix’<br />

equilibrado de água, vento, gás e de<br />

outras fontes. Afinal, para que serviu<br />

este manifesto?<br />

O aspecto que, desde logo, mais me surpreendeu foi<br />

a sua inesperada indigência analítica. É pena que várias<br />

personalidades que se têm distinguido por uma capacidade<br />

de análise séria sobre vários temas relevantes para o país,<br />

contribuindo para um tão necessário ambiente de maior<br />

riqueza crítica, discussão e criação de visões e políticas<br />

alternativas, se aprestaram a assinar um documento que,<br />

no essencial, se limita a apontar o óbvio, as energias renováveis<br />

são mais caras, todos o sabemos, em todo o mundo,<br />

sem ponderar e rebater o que visam, menor dependência<br />

externa, aproveitamento de recursos naturais e a melhoria<br />

da qualidade ambiental.<br />

E não se trata, sequer, de um manifesto sobre a política<br />

de energia porque deveria, para o ser, cobrir quatro aspectos<br />

principais, a electricidade, os transportes, a eficiência energética<br />

e as emissões de CO2, tal como deveria, falando apenas<br />

de electricidade, abordar não só a produção como também<br />

o transporte, a distribuiçãoeaestrutura de mercado.<br />

Centrando-se na produção de electricidade, faz críticas<br />

contundentes, mas nem uma só proposta alternativa.<br />

Ignora ou despreza as barragens, o que é pena, e não refere<br />

o arrojado programa em curso de construção de centrais de<br />

ciclo combinado, talvez para criar a ilusão de que apenas<br />

há uma política de energias renováveis, quando o objectivo<br />

desde sempre anunciado tem sido o de chegar a um ‘mix’<br />

equilibrado de água, vento, gás e de outras fontes.<br />

Afinal, para que serviu este manifesto? Talvez para juntar<br />

interesses tão diferentes como os de aproveitar qualquer<br />

oportunidade para bater no Governo ou, como já vários analistas<br />

destacaram, um piscar de olho escondido ao nuclear.<br />

Perdeu-se uma oportunidade para se discutir um assunto<br />

central no nosso futuro mais próximo e mais longínquo,<br />

já que a política energética em curso representa uma<br />

das poucas reformas estruturais que continua no terreno e<br />

que não está isenta de críticas e de aperfeiçoamentos. ■<br />

AFRASE<br />

“Somos muito tolerantes<br />

com a corrupção e com<br />

os corruptores e corruptos”.<br />

—Luís Fábrica, professor da Universidade Católica<br />

Para o especialista em Direito Administrativo, “enquanto<br />

esta atitude cultural não mudar também a realidade pouco<br />

ou nada mudará”. Daí que, em sua opinião, “alterar a<br />

lei sobre a corrupção pode ajudar, mas não chega”. ➥ P9<br />

Francisco Murteira Nabo<br />

Bastonário da Ordem dos Economistas<br />

As remunerações dos gestores<br />

A divulgação pública pela primeira vez das remunerações<br />

individuais dos gestores das empresas cotadas na Bolsa<br />

portuguesa suscitou, como seria expectável, as mais variadas<br />

reacções e análises na comunicação social. O tema<br />

merece uma reflexão porque de facto, o que foi divulgado,<br />

mostra que não tem existido em Portugal, nesta matéria,<br />

uma política coerente e equilibrada, antes pelo<br />

contrário, se verifica a existência de situações de difícil<br />

compreensão, a justificar por um lado que a PARPÚBLI-<br />

CA e/ou a CDG procurem, nas empresas em que são accionistas,<br />

intervir de forma a terem uma atitude moralizadora<br />

face à crise que atravessamos e, por outro, que se<br />

abra o debate sobre as linhas de força que deve ter uma<br />

adequada política remuneratória dos gestores ligados ao<br />

sector empresarial do Estado.<br />

A meu ver há cinco princípios-chave que podem<br />

nortear esta política no futuro:<br />

a) em primeiro lugar há que fazer o ‘benchmark’ em<br />

termos europeus das remunerações fixas cá praticadas,<br />

comparando-as com situações similares fora, e ajustá-las<br />

à nossa dimensão empresarial, ao maior ou menor ambiente<br />

de concorrência e ainda ao nível do poder de compra<br />

do país, sob pena de, se o não fizermos, poderem surgir<br />

situações escandalosas ou de difícil fundamentação;<br />

b) depois há que estimular as remunerações variáveis<br />

dos gestores, mas limitando as suas remunerações totais,<br />

de forma a evitar que o peso das remunerações variáveis<br />

ultrapasse níveis inaceitáveis (por exemplo, a remuneração<br />

total do presidente executivo (CEO) não ultrapassar<br />

duas vezes a sua remuneração anual fixa);<br />

c) ainda obrigar à adopção de uma muito rigorosa<br />

correlação entre as remunerações variáveis praticadas e<br />

os reais resultados económicos obtidos, bem como os<br />

níveis de risco envolvidos, de forma a evitar “dessintonias”<br />

como algumas que surgiram na comunicação<br />

social (por exemplo, empresas a não crescerem ou com<br />

resultados piores do que nos anos anteriores, mas com<br />

remunerações variáveis a crescer);<br />

Há que estimular as remunerações<br />

variáveis dos gestores, mas limitando<br />

as suas remunerações totais.<br />

d) também assumir de forma clara que os presidentes<br />

não executivos (‘Chairmen’), devem ter apenas remunerações<br />

fixas, dado que a sua contribuição para a criação<br />

de valor não está relacionada com o dia-a-dia da gestão<br />

operacional;<br />

e) finalmente assumir-se que terá de haver um forte<br />

espírito de equipa ao nível da Comissão Executiva,<br />

quesóseconseguirásenãohouverumgrandedistanciamento<br />

entre a remuneração do CEO e a dos vogais<br />

da Comissão Executiva (por exemplo, as suas remunerações<br />

deverão ser da ordem dos 60 % a 70% a remuneração<br />

do CEO).<br />

A adopção destas regras poderá conduzir a uma mais<br />

equilibrada política de remunerações dos gestores e<br />

também melhorar o espírito de equipa, a meu ver chave<br />

para o sucesso empresarial. ■<br />

O NÚMERO<br />

300 milhões<br />

A Águas de Portugal carece de<br />

um novo aumento de capital da<br />

ordem dos 300 milhões de euros,<br />

uma operação que já está a ser<br />

analisada pelo accionista Estado.<br />

Fazer face ao ambicioso plano de<br />

investimentos para os próximos<br />

cinco anos, estimado em cerca de<br />

3.200 milhões de euros, é um dos<br />

objectivos deste reforço. ➥ P26


A FACE VISÍVEL<br />

Miguel Coutinho<br />

miguel.coutinho@economico.pt<br />

OPSeoBigBrother<br />

fiscal<br />

O Partido Socialista, pela voz<br />

de Francisco Assis, anunciou o<br />

recuo formal na ideia peregrina<br />

de publicitar todas as declarações<br />

de rendimentos na<br />

internet. “Não recolheu o consenso<br />

necessário no grupo<br />

parlamentar”, explicou Assis,<br />

afastando, assim, a proposta<br />

de um grupo de deputados socialistas.<br />

O Big Brother fiscal<br />

está morto. Por quanto tempo?<br />

Final feliz na Cimpor<br />

Teve um final feliz a novela<br />

dos órgãos sociais da Cimpor.<br />

António Castro Guerra passou<br />

pelo Governo mas tem uma<br />

história nas empresas e um<br />

percurso académico respeitáveis.<br />

Francisco Lacerda é um<br />

dos melhores da sua geração<br />

e regressa merecidamente<br />

à gestão de topo. E a entrada<br />

de João Lopes Raimundo,<br />

em representação do fundo<br />

de pensões do BCP, enriquece<br />

a gestão. A Cimpor tem equipa<br />

para se afirmar como<br />

uma multinacional de raiz<br />

portuguesa… com sotaque<br />

do Brasil.<br />

“Tenho um especial<br />

carinho pelo Magalhães”<br />

MÁRIO LINO<br />

ex-ministro<br />

O Magalhães é querido.<br />

Viva o Magalhães!<br />

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Neves António<br />

De como a política pode destruir valor<br />

A ignorância, além de ser a maior multinacional do mundo, é útil em<br />

múltiplas circunstâncias. Luís Figo que o diga – escapou a uma acusação<br />

de corrupção por desconhecer que o Taguspark é maioritariamente<br />

detido por capitais públicos. Acredito que 99,9% dos portugueses<br />

revelariam a mesma ignorância de Figo. Não sei se todos teriam,<br />

contudo, a mesma ingenuidade de fazer coincidir um apoio político com<br />

um contrato publicitário. Veremos em tribunal se a acusação tem provas<br />

para condenar os três gestores que alegadamente terão concebido<br />

esta troca de favores. Apesar de ficar fora da acusação, o ex-futebolista<br />

– um exemplo de ‘fair-play’ e brio profissional –, terá de viver com<br />

uma suspeita que não faz justiça ao seu passado. Mais um exemplo vivo<br />

de como a política pode destruir valor.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />

EDITORIAL<br />

Os pedidos<br />

de Bruxelas<br />

Depois de aprovar o Programa<br />

de Estabilidade e Crescimento<br />

(PEC) português, a<br />

Comissão Europeia deixou<br />

vários avisos. Alguns deles<br />

são habituais: se a economia<br />

evoluir de forma mais negativa<br />

do que está previsto no<br />

PEC, colocando em causa a<br />

redução do défice para os<br />

3%,oGovernoterádeadoptar<br />

medidas adicionais para<br />

garantir a consolidação orçamental.<br />

O ministro das Finanças<br />

já tinha admitido esta<br />

hipótese ainda antes de ser<br />

conhecida a apreciação de<br />

Bruxelas. Bem diferentes são<br />

pedidos com leituras políticas.<br />

A Comissão Europeia<br />

está preocupada com o possível<br />

bloqueio no Parlamento<br />

das medidas previstas no<br />

PEC, nomeadamente as que<br />

implicam alterações fiscais.<br />

Ou seja, o comissário para os<br />

assuntos económicos quer<br />

um consenso nacional à volta<br />

da estratégia do PEC, o que<br />

poderá ser inviabilizado depois<br />

da nova liderança do<br />

PSD já ter avisado que quer<br />

reabrir o debate. Já se tinha<br />

percebido que um apoio<br />

alargado dos vários agentes<br />

políticos e sociais à descida<br />

do défice era importante<br />

para credibilizar o PEC em<br />

termos internacionais e, por<br />

isso, o Governo fez na altura<br />

um esforço de consolidação<br />

junto da oposição. Na altura,<br />

o PSD viabilizou o PEC. Agora<br />

Passos Coelho vai ter dificuldades<br />

em mudar a posição<br />

do PSD sem ser acusado<br />

de estar a prejudicar a economia<br />

portuguesa.


4 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

<strong>DE</strong>STAQUE PROGRAMA <strong>DE</strong> ESTABILIDA<strong>DE</strong> E CRESCIMENTO<br />

Bruxelas quis entrar<br />

no debate político<br />

do PEC em Portugal<br />

Teixeira dos Santos diz que vai implementar as medidas<br />

já definidas e fecha a porta a mais negociações.<br />

Luís Rego em Bruxelas<br />

e Margarida Peixoto<br />

luis.rego@economico.pt<br />

Num gesto pouco comum, o comissário<br />

europeu da Economia,<br />

Olli Rehn, reconheceu que quis<br />

“contribuir para o debate político”<br />

do Programa de Estabilidade<br />

e Crescimento (PEC) em Portugal<br />

onde o PSD carrega baterias para<br />

contestar o plano orçamental do<br />

Governo, já amanhã no debate<br />

quinzenal.<br />

Na sua avaliação, Bruxelas<br />

considerou o PEC “ambicioso e<br />

bastante concreto”, mas colocou<br />

um enorme ênfase nos “riscos” de<br />

o cenário macroeconómico “relativamente<br />

optimista” do Governo<br />

não se realizar, o que poderá tornar<br />

“necessárias medidas suplementares”<br />

em “especial para o<br />

corrente ano” de 2010.<br />

Questionado sobre se esta<br />

mensagemdual–ocomissário<br />

não pediu mais medidas, mas admitiu<br />

que podem ser necessárias -<br />

seria útil para contrariar o nervosismo<br />

nos mercados (ver caixa),<br />

Oli Rehn disse: “Não tivemos outra<br />

opção senão fazer uma avaliaçãocorrectaehonestadoPEC<br />

português, caso contrário não seríamos<br />

credíveis”. E, de seguida,<br />

disse estar “seguro que isto vai<br />

contribuir para um debate político<br />

substancial e conclusivo em Portugal<br />

para responder ao desafio de<br />

consolidação”. Bruxelas quer impeditr<br />

que o Governo de minoria<br />

caioa na tentação de abrir a porta à<br />

quaisquer cedêncais no plano de<br />

austeridade já apresentado.<br />

Rehn, que é um dos comissários<br />

mais próximos do presidente<br />

Durão Barroso, foi muito menos<br />

elogiosodoesforçodoGovernodo<br />

que alguma vez o seu antecessor,<br />

Joaquín Almunia, tinha sido. A<br />

Comissão ficou ‘escaldada’ com o<br />

caso grego onde acabou por forçar<br />

um aperto do cinto em Atenas, a<br />

reboque do Banco Central Europeu<br />

e dos mercados, pois tinha<br />

considerado suficientes as medidas<br />

iniciais do Governo grego.<br />

Em Portugal, Teixeira dos Santos<br />

salientou que Bruxelas considerou<br />

o PEC “adequado” mas<br />

também não deixou de lado a possibilidade<br />

de endurecer as medidas<br />

para controlar o défice. “Neste<br />

momento, não se afigura essa necessidade”,<br />

adiantou. O importante<br />

é “colocar no terreno” as<br />

Alerta faz disparar<br />

risco da dívida<br />

Os sinais de alarme no mercado<br />

de dívida voltaram ontem a soar<br />

para o lado de Portugal. O alerta<br />

feito pela Comissão Europeia<br />

renovou os receios quanto à<br />

capacidade da República<br />

portuguesa cumprir as suas<br />

obrigações e o nervosismo<br />

instalou-se fazendo disparar o<br />

risco da dívida nacional. Contas<br />

feitas, o preço dos ‘credit-default<br />

swaps’ (CD) - seguro contra o<br />

eventual incumprimento de<br />

Portugal - sobre as obrigações do<br />

tesouro a cinco anos chegou a<br />

disparar 29 pontos para negociar<br />

nos 177,98 pontos base. Com este<br />

valor Portugal arrecadou a<br />

segunda subida mais expressiva a<br />

nível mundial, apenas superado<br />

pelo risco da Grécia. Os sinais de<br />

nervosismo dos investidores não<br />

ficaram por aqui. Também o<br />

‘spread’, prémio exigido pelos<br />

investidores para comprarem<br />

obrigações do Tesouro português<br />

a dez anos em vez de dívida<br />

pública alemã da mesma<br />

maturidade, a referência do<br />

mercado, avançou para 129,3<br />

pontos, o valor mais elevado<br />

desde o passado dia 10 de<br />

Fevereiro, altura em que o<br />

‘spread’ fechou nos 135,23<br />

pontos. A ”luz verde” ao PEC mas<br />

o alerta de que Portugal pode ter<br />

de tomar mais medidas antidéfice<br />

este ano surgiram no<br />

mesmo dia em que o Estado fez<br />

aquela que é, até agora, a maior<br />

emissão de dívida do ano. No<br />

total, o mercado comprou 2 mil<br />

milhões de euros em Obrigações<br />

do Tesouro com maturidade a<br />

doiseadezanos.T.S.<br />

medidas já definidas, dando o<br />

exemplo da tributação das maisvalias<br />

bolsistas que chegará ao<br />

Parlamento “até ao final do mês”<br />

(ver págs. 6 e 7).<br />

Há medidas do PEC que sobram<br />

para mais tarde. “Iremos<br />

muito em breve anunciar o que vai<br />

ser feito desde já e o que vai ficar<br />

para o OE de 2011”, explicou o ministro.<br />

Antecipar para 2010 algumas<br />

medidas previstas apenas<br />

para 2011 seria uma forma de impressionar<br />

a Comissão. Porém,<br />

Bruxelas não concretiza nenhuma<br />

área ou medida onde gostaria de<br />

ver o Governo agir. Só uma aproximação<br />

substancial do cenário<br />

macro das previsões de Primavera<br />

da Comissão, a 5 de Maio, às estimativas<br />

do Governo poderá baixar<br />

a guarda na vigilância de Bruxelas.<br />

Debate interno promete aquecer<br />

Quanto ao debate interno, o ministro<br />

não deixou qualquer margem<br />

para negociar as medidas<br />

com a oposição. “Não vamos estar<br />

à espera”, disse Teixeira dos Santos,referindo-seaoPSD.“Nãotemos<br />

razões para alterar as orientações<br />

deste PEC; é nessas medidas<br />

que temos de pensar e é com essas<br />

que vamos avançar”, reforçou.<br />

O ministro das Finanças tirou<br />

ainda dividendos do facto do PEC<br />

tersidoaprovadonoParlamento,<br />

com a abstenção do PSD e do CDS:<br />

“OspartidossouberamnaAssembleia<br />

tomar uma atitude política<br />

importante, de viabilizar a<br />

proposta; espero que o sentido de<br />

responsabilidade se mantenha e<br />

que o Governo seja capaz de implementar<br />

as medidas do PEC”.<br />

O problema é que a resolução<br />

sobre o PEC foi votada quando Ferreira<br />

Leite ainda liderava o PSD. Pedro<br />

Passos Coelho foi eleito presidente<br />

do maior partido da oposição<br />

e a política mudou. “O Presidente<br />

do PSD deixou bem claro que não<br />

se sentia “amarrado” pela votação<br />

realizada na AR sobre o projecto de<br />

ResoluçãodoPEC.Opróprioprojecto<br />

de Resolução deixou de fazer<br />

referência específica a qualquer<br />

das medidas incluídas no Programa”,<br />

respondeu Miguel Relvas,<br />

secretário-geral do PSD, em entrevista<br />

ao Diário <strong>Económico</strong> (ver<br />

ao lado). Mais: o social-democrata<br />

adiantou que algumas medidas<br />

deverão ser chumbadas pelo partido,<br />

como por exemplo o corte nas<br />

deduções e benefícios fiscais. ■<br />

“Iremos muito em breve anunciar<br />

o que vai ser feito desde já<br />

eoquevaificarparaoOEde<br />

2011”, explicou ontem o ministro<br />

das Finanças Teixeira dos Santos.<br />

ENTREVISTA MIGUEL RELVAS Secretário-geral do PSD<br />

“PSD irá propor refor<br />

O PSD garante que vai chumbar<br />

a medida de corte nas deduções<br />

à colecta, no Parlamento.<br />

Márcia Galrão<br />

e Marta Moitinho Oliveira<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

O PSD prepara-se para relançar<br />

o debate em torno da reforma da<br />

Administração Pública. Miguel<br />

Relvas, em entrevista ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>, revela que o partido<br />

vai avançar com proposta nesse<br />

sentido<br />

Que propostas vai apresentar<br />

para o PSD para alterar o PEC<br />

para controlar mais a despesa e o<br />

desperdício, sem aumento de<br />

impostos?<br />

OPSDtemumconjuntodepropostas<br />

objectivas que a seu tempo<br />

serão anunciadas. Relativamente<br />

à despesa, o PSD irá propor um<br />

conjunto de medidas para reformar<br />

a Administração Pública. A<br />

reforma que o Governo levou a<br />

cabo com o PRACE não só não reduziu<br />

a despesa pública como ficou<br />

muito aquém dos objectivos<br />

traçados.Háestudosnaáreadas<br />

despesas correntes do Estado que<br />

quantifica um desperdício nas<br />

áreas das Aquisições e Serviços<br />

de três mil milhões de euros, ou<br />

seja, 1,8% do PIB.<br />

A nova liderança do PSD já falou<br />

comoGovernosobreoPEC?<br />

Apesar de ainda não ter havido<br />

qualquer contacto oficial, o PSD<br />

manifestou já publicamente, por<br />

mais de uma vez, a disponibilidade<br />

para contribuir para a revisão<br />

do PEC.<br />

O PSD está contra o corte nas


PONTOS-CHAVE<br />

deduções à colecta impostos no<br />

PEC. Vão chumbar a medida, que<br />

correspondia a uma poupança<br />

de 400 milhões?<br />

O corte das deduções à colecta é<br />

uma forma encapotada de aumento<br />

de impostos. O PSD considera<br />

nocivo para a economia<br />

que o Governo continue a apostar<br />

em aumentar os impostos<br />

para baixar o défice. Já se percebeu<br />

que esta fórmula falhou no<br />

O comissário europeu da<br />

Economia reconheceu ontem<br />

que quis “contribuir para o debate<br />

político” do PEC em Portugal onde o<br />

PSD carrega baterias para contestar<br />

o plano orçamental do Governo.<br />

passado, porque representa<br />

sempre uma sujeição dos objectivos<br />

estratégicos ao curto prazo.<br />

Entendemos que seria alcançado<br />

um resultado idêntico, a nível da<br />

diminuição da despesa pública,<br />

através de outras medidas como<br />

o combate ao desperdício, diminuição<br />

do peso do Estado, contenção<br />

salarial, maior controlo<br />

da despesa social e redução dos<br />

consumos intermédios.<br />

Que outras medidas do PEC merecerão<br />

o não do PSD?<br />

A seu tempo serão anunciadas<br />

em sede parlamentar.<br />

O PSD pediu um parecer jurídico<br />

para saber se o PEC tinha de ser<br />

concretizado através de um Rectificativo.<br />

Já tem resultados?<br />

O PSD tem dúvidas sobre a possibilidade<br />

de algumas medidas<br />

contidas no PEC relativas a ma-<br />

Projectos de infra-estruturas<br />

ambientais ou de transportes,<br />

como o TGV em Portugal, em países<br />

repetentes em derrapagens<br />

orçamentais podem ter o<br />

financiamento dificultado.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

mar a Administração Pública”<br />

“Diploma a diploma<br />

estaremos<br />

disponíveis para em<br />

sede de Assembleia<br />

da República<br />

contribuir para<br />

melhorar o<br />

programa<br />

existente”, diz<br />

Relvas.<br />

téria fiscal poderem aplicar-se<br />

ainda em 2010, como foi referido<br />

pelo Ministro das Finanças, sem<br />

um Orçamento Rectificativo.<br />

Mantemos essa dúvida.<br />

O PSD absteve-se no projecto de<br />

resoluçãodoPEC.Nãotemreceio<br />

de ficar “mal visto” se agora<br />

chumbar algumas medidas?<br />

O Presidente do PSD deixou bem<br />

claroquenãosesentia“amarrado”<br />

pela votação realizada na<br />

Assembleia da República sobre o<br />

projecto de Resolução do PEC.<br />

De resto, o próprio projecto de<br />

Resolução deixou de fazer referência<br />

específica a qualquer das<br />

medidas incluídas no Programa.<br />

Ficamos, pois, à espera que o<br />

Governo, que não quis antes dialogarcomaoposiçãosobreeste<br />

tema, venha agora a mostrar<br />

abertura para o fazer. ■<br />

O Governo vai avançar até ao<br />

final deste mês com uma<br />

proposta para agravar os impostos<br />

sobre as mais-valias bolsistas, mas<br />

a aprovação da proposta deverá<br />

encontrar alguns entraves.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 5<br />

Comissão ameaça<br />

cortar fundos a<br />

países com défice<br />

Portugal é o país com maior<br />

historial de procedimentos<br />

de défices excessivos na UE.<br />

Luís Rego em Bruxelas<br />

luis.rego@economico.pt<br />

Projectos de infra-estruturas ambientais<br />

ou de transportes, como<br />

o TGV em Portugal, em países repetentes<br />

em derrapagens orçamentais<br />

podem ter o financiamento<br />

dificultado, de acordo com<br />

uma nova iniciativa da Comissão<br />

no rescaldo da crise grega.<br />

Bruxelas quer fechar a torneira<br />

dos fundos de coesão a países<br />

reincidentes na violação das regras<br />

orçamentais do euro, e por<br />

outro lado, acelerar a imposição<br />

de multas financeiras já previstas<br />

no Pacto de Estabilidade. Portugal<br />

é o país com maior historial de<br />

procedimentos de défices excessivosnaUEetambémumdos<br />

maiores beneficiários do fundo de<br />

coesão, de onde recebeu 3,1 mil<br />

milhões de euros para 2007/13<br />

para financiar grandes projectos<br />

de infra-estruturas de transportes<br />

ou na área do ambiente.<br />

Estas penalizações já figuram<br />

nos regulamentos da UE mas<br />

nunca foram utilizadas. Depois do<br />

caso grego a Comissão quer “afiar<br />

osdentes”doPactoeoassunto<br />

deverá ser discutido na reunião<br />

informal de ministros de finanças<br />

em Madrid amanhã e sábado.<br />

“Temos de usar melhor os<br />

mecanismos existentes que, com<br />

base numa avaliação política,<br />

nos permitem suspender os fundos<br />

de coesão para países que repetidamente<br />

violam o PEC”, disse<br />

ontem o comissário Olli Rehn<br />

em Bruxelas. E, por outro lado,<br />

temosde“considerarseoautomatismo<br />

de algumas sanções seria<br />

útil para reforçar incentivos<br />

para cumprir o Pacto”.<br />

O P<strong>DE</strong> “vai continuar no centro<br />

da implementação do Pacto<br />

mas [depois do caso grego] precisamos<br />

de afiar os dentes e por<br />

isso vamos fazer propostas [a 12<br />

de Maio] para os países que repetidamente<br />

violam as regras do<br />

Pacto”, explicou. O Tratado de<br />

Lisboa ajuda, ao facilitar a decisão<br />

com um voto por maioria<br />

qualificada, onde o país visado<br />

não pode votar.<br />

Isto significa que um país reincidente,<br />

dez meses depois de notificado<br />

da existência de um défice<br />

excessivo (maior a 3% do PIB),<br />

ficará obrigado ao depósito de um<br />

valor entre 0,2% a 0,5% do PIB.<br />

Valor que dois anos depois se<br />

transforma em multa, caso o défice<br />

excessivo persista. Além disso,<br />

em simultâneo, o país veria a<br />

torneira de fundos de coesão fe-<br />

char-se, deixando a meio projectos<br />

com financiamento já acordado<br />

e vedando fundos a projectos<br />

por iniciar. O país poderia sempre<br />

contar com o resto dos fundos estruturais,<br />

que no caso de Portugal<br />

são seis vezes mais o valor do fundo<br />

de coesão.<br />

Alguns não estão de acordo<br />

com esta decisão. O Presidente<br />

francês, Nicolas Sarkozy, disse<br />

na última cimeira em Bruxelas:<br />

“Um país está à beira da bancarrota<br />

e como castigo nós impomos-lhe<br />

uma multa, que sentido<br />

é que isto faz?”.<br />

Para Bruxelas esta é uma forma<br />

de contornar a revisão dos Tratados,<br />

reforçar o Pacto com a ‘prata<br />

da casa’ e criar um mecanismo<br />

permanente de ajuda a países em<br />

bancarrota na zona euro. A Alemanha<br />

insiste na introdução de<br />

uma cláusula de exclusão de um<br />

país da zona euro mas para Rehn<br />

“isto implica uma revisão do Tratado<br />

e todos sabemos o que isso<br />

significa”, explicou. Por isso vai<br />

propora12deMaio“ummecanismo<br />

permanente de resolução<br />

de crises [como a grega] com desincentivos<br />

fortes”, para que “a<br />

ajuda seja tão pouco atractiva que<br />

nenhum país voluntariamente<br />

queira acabar nesta situação”. ■<br />

COMO FUNCIONA<br />

Multa<br />

A UE pode impor sanções dez<br />

meses após notificada a<br />

existência dum défice excessivo.<br />

Primeiro um depósito obrigatório<br />

sem juros entre 0,2% e 0,5% do<br />

PIB. Se dois anos depois, o défice<br />

excessivo continuar, o depósito<br />

transforma-se em multa.<br />

Bloquear fundos<br />

Nenhum projecto, ou fase de<br />

projecto, será financiado pelo<br />

fundo de coesão num Estado<br />

membro se o Conselho, por<br />

maioria qualificada, com base em<br />

recomendação da Comissão,<br />

decidir que o Estado não evitou<br />

um défice excessivo.


6 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

<strong>DE</strong>STAQUE PROGRAMA <strong>DE</strong> ESTABILIDA<strong>DE</strong> E CRESCIMENTO<br />

Oposição promete<br />

discussão difícil sobre<br />

tributação das mais-valias<br />

PSD considera a taxa de 20% “excessiva” e BE<br />

discorda da isenção das mais-valias até 500 euros.<br />

Paula Cravina de Sousa<br />

paula.cravina@economico.pt<br />

O Governo vai avançar até ao final<br />

deste mês com uma proposta<br />

para agravar os impostos sobre<br />

as mais-valias bolsistas,<br />

mas a aprovação da proposta<br />

deverá encontrar alguns entraves.Oacordodeprincípiode<br />

agravamento da tributação foi<br />

conseguido ontem no Parlamento,<br />

mas mantém-se tudo<br />

em aberto no que respeita à<br />

concretização da medida, com a<br />

oposição a criticar pontos concretos<br />

das propostas apresentadas.<br />

Certo é que acaba a isenção<br />

para as mais-valias conseguidas<br />

com a venda de acções detidas<br />

há mais de um ano.<br />

O PSD, por exemplo, diz que<br />

se opõe à aplicação de uma taxa<br />

de 20%, como propõe o Executivo<br />

de Sócrates no Programa<br />

de Estabilidade e Crescimento<br />

(PEC). Depois de ter excluído a<br />

medida do Orçamento do Estado<br />

para este ano, Sócrates<br />

decidiu penalizar os investidores<br />

e acabar com a isenção de<br />

impostos que as mais-valias<br />

conseguidas com a venda de<br />

acções há mais de um ano tinhaeagravaraactualataxade<br />

10% para 20%. Um deputado<br />

do grupo parlamentar do PS,<br />

disse ao Diário <strong>Económico</strong>, que<br />

a proposta do Governo deverá<br />

ser aprovada em Conselho de<br />

O deputado do<br />

PSD, Duarte<br />

Pacheco, considera<br />

que a taxa é<br />

“excessiva”. “Não<br />

estamos<br />

disponíveis para<br />

matar o mercado<br />

de capitais em<br />

Portugal”.<br />

O deputado do PS,<br />

Vítor Baptista,<br />

afirma que “tudo<br />

depende da<br />

proposta do PS” e<br />

explicou que a<br />

“taxa efectiva<br />

poderá ser menor”,<br />

se for permitido<br />

fazer deduções.<br />

O líder bloquista<br />

Francisco Louçã<br />

afirmou que “se a<br />

medida entrar em<br />

vigor na segunda<br />

metade do ano<br />

dará 100 milhões<br />

de euros ao<br />

Estado”.<br />

Ministros no próximo dia 22.<br />

Ontem foi discutida na Assembleia<br />

da República uma proposta<br />

do Bloco de Esquerda -<br />

próxima da do PS - que prevê<br />

também a extinção da isenção e<br />

a aplicação de uma taxa liberatóriade20%.Nodebate,odeputado<br />

do PSD, Duarte Pacheco,revelouqueataxaé“excessiva”.<br />

“Se for com uma taxa de<br />

20%,nãocontarácomonosso<br />

voto”, disse. “Não estamos disponíveis<br />

para matar o mercado<br />

de capitais em Portugal”, acrescentou.<br />

No entanto, o deputado<br />

do PS, Vítor Baptista, remeteu a<br />

questão para o projecto a apresentar<br />

pelo Governo, admitindo<br />

a possibilidade de serem consideradas<br />

deduções que, na prática,<br />

reduziriam a taxa efectiva.<br />

“Se os custos associados a estas<br />

mais-valias forem consagrados<br />

na dedução, é evidente que esta<br />

taxa em termos efectivos poderá<br />

ser muito menor”, explicou. Por<br />

sua vez, o CDS criticou o facto<br />

de, por um lado, o Orçamento<br />

prever incentivos à entrada em<br />

bolsa das PME e, por outro, o<br />

PEC agravar a tributação das<br />

mais-valias bolsistas. Já o Bloco<br />

recusa a proposta do PS para<br />

isentar as mais-valias até 500<br />

euros. José Gusmão explicou<br />

que o projecto do BE mantém a<br />

opção do englobamento das<br />

mais-valias ao total dos rendimentos<br />

anuais, pelo que os pequenos<br />

investidores poderão ser<br />

taxados com uma taxa inferior a<br />

20%, dependendo do escalão de<br />

IRS em que se inserem.<br />

Entrada em vigor polémica<br />

Durante o debate, os partidos<br />

criticaram os avanços e recuos<br />

do Governo no que respeita à<br />

data de aplicação da medida. Nos<br />

últimos meses o Governo dividiu-se<br />

quanto à implementação<br />

já este ano ou apenas quando<br />

mercado estivesse estabilizado<br />

(ver cronologia). Honório Novo<br />

do PCP sublinhou o facto de “15<br />

dias depois de José Sócrates ter<br />

dito que só se avançaria para a<br />

tributação em momento oportuno,<br />

o líder parlamentar do PS revelar<br />

que a medida avança este<br />

ano”. Por sua vez, Duarte Pacheco<br />

afirmou que “a partir do momento<br />

em que a medida foi<br />

anunciada, foi incorporada pelos<br />

agentes económicos, pelo que<br />

não há motivos para que não entre<br />

já em vigor”. O líder bloquista,<br />

Francisco Louçã, defendeu<br />

também a urgência na entrada<br />

em vigor e afirmou que se a lei<br />

for aplicada na segunda metade<br />

do ano dará 100 milhões de euros<br />

ao Estado. ■ Com M.P.<br />

CRONOLOGIA DA PROPOSTA<br />

Julho 2009<br />

No programa Governo, o PS<br />

anunciou que pretende aproximar<br />

o regime de tributação das maisvalias<br />

ao do praticado na OC<strong>DE</strong>.<br />

26 Janeiro<br />

Aquando da apresentação do<br />

Orçamento do Estado, a medida<br />

não estava, no entanto, incluída<br />

no documento.<br />

10 de Março<br />

Só nesta data, na apresentação<br />

das linhas gerais do Programa de<br />

Estabilidade e Crescimento, é<br />

que a medida foi incluída e se<br />

previu o agravamento da<br />

tributação das mais-valias<br />

bolsistas, com uma taxa<br />

liberatória de 20%.<br />

13 de Março<br />

No decorrer do mês de Março<br />

houve avanços e recuos por<br />

parte do Governo quanto à data<br />

de entrada em vigor daquele<br />

agravamento. O ministro das<br />

Finanças, Teixeira dos Santos,<br />

afirmou que a medida só<br />

avançaria quando houvesse<br />

estabilidade no mercado bolsista.<br />

23 de Março<br />

O ministro dos Assuntos<br />

Parlamentares, Jorge Lacão,<br />

adiantou que a medida poderia<br />

ser aplicada este ano.<br />

31 de Março<br />

O primeiro-ministro, José<br />

Sócrates, apenas disse que a<br />

tributação avançará em<br />

“momento oportuno”.<br />

12 de Abril<br />

O líder parlamentar do PS,<br />

Francisco Assis, revelou que o<br />

Governo iria apresentar no curtoprazo<br />

a proposta de tributação<br />

das mais-valias.<br />

13 de Abril<br />

Teixeira dos Santos afirmou que<br />

o Governo vai avançar já com a<br />

tributação das mais-valias. “Até<br />

ao final deste mês será<br />

apresentada na Assembleia da<br />

República uma proposta do<br />

Governo”, afirmou.<br />

Durante o debate, os partidos<br />

criticaram os avanços e recuos<br />

do Governo no que respeita<br />

à data de aplicação da medida.<br />

OqueoGoverno<br />

Saiba como funciona o regime<br />

de tributação das mais-valias<br />

bolsistas.<br />

Paula Cravina de Sousa<br />

paula.cravina@economico.pt<br />

Ao longo dos anos, a tributação<br />

das mais-valias bolsistas tem<br />

sido um assunto polémico, recheado<br />

de avanços e recuos por<br />

parte dos vários governos. O<br />

Executivo de Sócrates propõese<br />

agora a agravar os impostos<br />

sobre aqueles rendimentos.<br />

Saiba como são tributados actualmente<br />

e quais as novidades<br />

que o Governo quer introduzir.<br />

1<br />

COMO FUNCIONA O REGIME<br />

<strong>DE</strong> TRIBUTAÇÃO DAS MAIS-<br />

VALIAS BOLSISTAS?<br />

Actualmente as mais-valias<br />

conseguidas com a venda de<br />

acções está sujeita a uma taxa<br />

de 10%.<br />

2<br />

HÁ MAIS-VALIAS ISENTAS <strong>DE</strong><br />

IMPOSTOS?<br />

Sim.Aleiprevêqueosganhos<br />

conseguidos com a venda de acções<br />

detidas há mais de um ano<br />

estão livres de impostos. Só as<br />

mais-valias conseguidas com<br />

acções detidas há menos de um<br />

ano estão sujeitas à taxa de 10%.<br />

A ideia é penalizar os comportamentos<br />

especulativos.<br />

3<br />

QUAIS SÃO AS ALTERAÇÕES<br />

QUE O GOVERNO QUER<br />

INTRODUZIR?<br />

Há duas alterações: extinguese<br />

a isenção para as acções detidas<br />

há mais de um ano e<br />

agrava-se a taxa de tributação


Paulo Alexandre Coelho<br />

quer mudar nas mais-valias<br />

de dez para 20%. Isto é, a generalidade<br />

dos investidores<br />

pagará mais impostos. A medida<br />

já estava prevista no programa<br />

de Governo socialista,<br />

que sugeria uma aproximação<br />

ao regime praticado noutros<br />

países da OC<strong>DE</strong>. Mas acabou<br />

por não entrar no Orçamento<br />

do Estado para 2010 (OE/10),<br />

tendo sido, contudo, incluída<br />

no Programa de Estabilidade e<br />

Crescimento, onde apenas se<br />

previa que os efeitos da tributação<br />

das mais-valias se fizesse<br />

sentir em 2011. Um efeito<br />

que ascende a 250 milhões de<br />

euros por ano.<br />

4<br />

<strong>DE</strong>IXA <strong>DE</strong> HAVER<br />

MAIS-VALIAS ISENTAS?<br />

Não. O Governo previu uma excepção,<br />

isentando as mais-valias<br />

até 500 euros.<br />

5<br />

QUANDO É QUE A MEDIDA<br />

ENTRA EM VIGOR?<br />

O Governo ainda não esclareceu<br />

apartirdequemomentoéqueo<br />

agravamento das mais-valias vai<br />

seraplicado.Agarantiaéade<br />

queseráapresentadaumaproposta<br />

até ao final deste mês. Mas<br />

o Diário <strong>Económico</strong> sabe que o<br />

objectivo é que entre em vigor o<br />

mais rapidamente possível. No<br />

entanto, mesmo que avance em<br />

2010 há questões que se colocam.<br />

Alguns fiscalistas consideram<br />

que a medida deve aplicar-se<br />

apenas para as acções compradas<br />

a partir a entrada em vigor da<br />

nova norma, uma vez que se tiver<br />

efeitos retroactivos – caso se<br />

aplique às acções vendidas desde<br />

Janeiro de 2010 – a medida pode<br />

ser considerada inconstitucional.<br />

A questão, porém, está longe de<br />

gerar consenso. ■<br />

MAIS-VALIAS NA EUROPA<br />

● No Reino Unido, as mais-valias<br />

estão sujeitas a uma taxa de<br />

18%, mais competitiva que a<br />

proposta para Portugal.<br />

18% Reino Unido<br />

● Em França a taxa é de 16%,<br />

uma das mais competitivas.<br />

16% França<br />

● A maior economia da zona<br />

euro, taxa as mais-valias<br />

bolsistas apenas em 60% do seu<br />

valor, mas com uma taxa mais<br />

elevada - 25%.<br />

25% Alemanha<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

MIGUEL ATHAY<strong>DE</strong> MARQUES<br />

Presidente da Euronext Lisbon<br />

“Medida diminuirá<br />

a atractividade do<br />

mercado português”<br />

A atractividade do mercado de<br />

capitais português para captar<br />

poupança será afectada com o<br />

agravamento da tributação das<br />

mais-valias. Perante a<br />

inevitabilidade, o presidente da<br />

bolsa nacional que haja uma<br />

correcta aplicação desta medida e<br />

que seja esclarecida as condições<br />

da entrada em vigor.<br />

Que impacto espera que a<br />

entrada em vigor desta<br />

medida tenha no mercado de<br />

capitais português?<br />

Vai diminuir a atractividade do<br />

mercado português na captação<br />

de poupança, na aplicação de<br />

capitais, desincentiva a aplicação<br />

em títulos mobiliários em<br />

comparação com outras soluções<br />

de poupança. O que, por sua vez,<br />

terá um impacto negativo na<br />

formação de liquidez. Passa a ser<br />

mais caro e mais difícil às<br />

empresas financiarem-se no<br />

mercado de capitais. Irá afunilar<br />

ainda mais as alternativas de<br />

financiamento das empresas.<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

GARCIA DOS SANTOS<br />

Presidente da Associação Portuguesa<br />

de Corretores<br />

“É um desprestígio<br />

do investimento<br />

com risco”<br />

A medida não vai condicionar a<br />

evolução da Bolsa nos próximos<br />

meses, garante Garcia dos Santos.<br />

Como vê a intenção do<br />

Governo em avançar já com a<br />

tributação das mais-valias<br />

bolsistas?<br />

A tributação da especulação já<br />

era tributada em 10%, agora é em<br />

20%, mas não faz diferença<br />

nenhuma. A tributação ao curto<br />

prazo já existia, o longo prazo é<br />

que estava isento. Esta medida<br />

está somente a facilitar o<br />

investimento no curto prazo. É um<br />

desprestígio do investimento com<br />

risco. E é um sinal contrário ao<br />

que se deveria dar, as pessoas<br />

têm de começar a poupar. O<br />

investimento a longo prazo<br />

deveria ser promovido.<br />

A medida pode condicionar a<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />

Perante a inevitabilidade<br />

da medida, que questões<br />

gostaria de ver<br />

salvaguardadas?<br />

É fundamental que haja uma<br />

correcta aplicação desta medida.<br />

Deve ser salvaguardado o perfil<br />

de risco das acções. Por<br />

exemplo, poder ser feita a<br />

compensação de mais-valias com<br />

menos-valias, apuradas num<br />

determinado período fiscal, e<br />

diferir as menos-valias líquidas<br />

em períodos seguintes.<br />

Actualmente, esta medida já<br />

existe, mas o diferimento só<br />

pode ser feito durante dois anos,<br />

o que consideramos um período<br />

curto. Esta medida deveria ser<br />

existir sem haver imposição e<br />

condições obrigatórias de<br />

englobamento. E há ainda<br />

questões relacionadas com a<br />

entrada em vigor da lei.<br />

Que questões em concreto?<br />

Por exemplo, as mais-valias<br />

apuradas em 2010, que<br />

resultaram da alienação<br />

de acções, estarão sujeitas<br />

ou não a este imposto?<br />

É uma questão que é importante<br />

esclarecer. E, a partir<br />

de que momento, é que<br />

esta medida se aplica? Será<br />

a partir do início do ano, de 1 de<br />

Janeiro, ou numa data posterior<br />

à sua publicação? Seria injusto<br />

alguém que investiu com<br />

a presunção que os seus valores<br />

mobiliários estavam isentos de<br />

imposto ser agora confrontado<br />

com um agravamento fiscal.<br />

Portanto é essencial que esta<br />

medida seja aplicada de forma<br />

correcta para que não vá<br />

penalizar ainda mais o mercado<br />

e os investidores. ■ M.R.<br />

evolução da bolsa nos<br />

próximos meses?<br />

Absolutamente nada. Sobre a<br />

liquidez não tem efeito nenhum<br />

porque os investidores de curto<br />

prazo já eram tributados. Em<br />

termos de longo prazo, pode é<br />

haver um desvio para<br />

instrumentos de dívida, mas<br />

duvido. As acções também podem<br />

passar para as mãos dos não<br />

residentes. Poderá ainda haver<br />

uma alteração na maneira como<br />

os investidores se disponibilizam<br />

para colocar as acções. Elas<br />

existem e não vão desaparecer...<br />

O que deveria ser feito?<br />

Os dividendos deveriam saltar<br />

parao‘report’daempresae<br />

serem consolidados com as mais<br />

ou menos valias. Só por razões<br />

ideológicas é que se passa a ideia<br />

que os rendimentos dos juros são<br />

iguais aos dos dividendos. Isso<br />

temumefeitomau,éum<br />

problema. Estão a privilegiar os<br />

instrumentos de juros. É um sinal<br />

de desincentivo a tomar riscos e é<br />

esse o nosso problema, passar o<br />

sinal que não compensa. Ninguém<br />

sobrevive sem correr riscos. O<br />

país nunca vai sobreviver se não<br />

assumir riscos. ■ R.P.


8 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

ECONOMIA<br />

Tribunais vão avaliar<br />

que presentes são crime<br />

de corrupção no Estado<br />

Os funcionários do Estado e titulares de cargos públicos e que receberem<br />

presentes no exercício da sua função arriscam prisão de um a cinco anos.<br />

Márcia Galrão<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

Qualquer funcionário público<br />

que aceite presentes de elevado<br />

valor no exercício das suas funções<br />

vai passar a ser punido<br />

criminalmente e pode mesmo<br />

ser preso. Esta possibilidade faz<br />

parte do pacote anti-corrupção,<br />

apresentado ontem no<br />

Parlamentoequeécomposto<br />

por oito projectos de lei. Os socialistas<br />

não querem criminalizar<br />

presentes de baixo valor -<br />

como gravatas ou garrafas de<br />

vinho - e, por isso, optaram<br />

por não pôr na lei o montante a<br />

partirdoqualhácrime.Adecisão<br />

caberá depois aos tribunais.<br />

“O funcionário que por si,<br />

ou por interposta pessoa, com<br />

o seu consentimento ou ratificação,<br />

solicitar ou aceitar, para<br />

si ou para terceiro, vantagem<br />

patrimonial ou não patrimonial,<br />

que não lhe seja devida, é<br />

punido com pena de prisão de<br />

até cinco anos ou com pena de<br />

multa até 600 dias”, lê-se no<br />

texto do projecto-lei que o PS<br />

apresentou ontem.<br />

A proposta que os socialistas<br />

avançaram no Parlamento prevê<br />

a criação de um novo tipo de<br />

“crime de corrupção para o<br />

exercício de função” que define<br />

que “nenhum titular de<br />

cargo político, ou de um órgão<br />

da administração pública, terá<br />

a possibilidade de receber<br />

qualquer vantagem pelo exercício<br />

da sua função”, explicou<br />

aos jornalistas o vice-presidente<br />

da bancada Ricardo Rodrigues.<br />

Desta forma, os socialistas<br />

tentam proibir todos os<br />

presentes de elevado valor que<br />

possam ser dados aos titulares<br />

destes cargos como forma de<br />

obtenção de favorecimentos na<br />

administração pública. De<br />

fora, explicou o deputado, ficam<br />

todos os presentes que fazem<br />

parte dos “usos e costumes”<br />

da sociedade portuguesa,<br />

como as garrafas de vinho, as<br />

canetas ou as gravatas, ou seja,<br />

de valor simbólico.<br />

Ricardo Rodrigues explicou<br />

ao Diário <strong>Económico</strong> que a lei<br />

“não define nem limite mínimo<br />

nem máximo” para os presentes<br />

que podem dar origem ao<br />

crime de corrupção. “Compete<br />

depois ais tribunais ajustar o<br />

que é proporcional e adequado”,<br />

defendeu o deputado,<br />

acrescentando que “os códigos<br />

de ética na função pública irão<br />

complementar esta legislação”.<br />

A discussão dos diplomas no<br />

plenário será no próximo dia<br />

22 de Abril. No pacote estão<br />

também “aperfeiçoamentos”<br />

ao regime de incompatibilidades<br />

para os titulares de órgãos<br />

públicos. A partir de agora, os<br />

profissionais liberais, como<br />

engenheiros, arquitectos ou<br />

advogados que sejam titulares<br />

de cargos públicos ficarão impedidos<br />

de “assinar projectos<br />

O deputado do PS<br />

Ricardo Rodrigues<br />

explicou ao <strong>DE</strong> que<br />

“compete aos<br />

tribunais ajustar o<br />

que é proporcional<br />

e adequado” no<br />

valor do presente<br />

aceite.<br />

PUB<br />

nos órgãos autárquicos”, explicou<br />

Ricardo Rodrigues.<br />

OPSalargatambémàsentidades<br />

reguladores independentes,<br />

gestores públicos de serviços<br />

concessionados e institutos<br />

públicos a obrigatoriedade de<br />

entregarem no Tribunal Constitucional<br />

a sua declaração de<br />

rendimentos. Cai assim a intenção,<br />

que chegou a ser estudada,<br />

de estender esta obrigatoriedade<br />

aos magistrados, mas<br />

que recebeu o chumbo do Governo<br />

de José Sócrates.<br />

No pacote do PS entram<br />

ainda duas propostas que já tinham<br />

sido apresentadas pelo<br />

CDS: a criação do crime urbanístico<br />

e a consagração do estatuto<br />

do arrependido. Segundo<br />

Ricardo Rodrigues, na<br />

questão urbanística os socialistas<br />

vão “um pouco mais longe”<br />

que os democratas-cristão,<br />

alargando a punição para<br />

qualquer pessoa que cometa o<br />

acto considerado ilícito, “seja<br />

o político, o técnico ou até o<br />

construtor da obra”. No que<br />

toca ao estatuto do arrependido,<br />

qualquer pessoa que tome<br />

conhecimento ou participe<br />

num acto de corrupção, se<br />

“denunciar o crime no prazo<br />

de 30 dias após o facto, pode<br />

ficar isento de pena”. Segundo<br />

o deputado, esta medida visa<br />

combater a dificuldade conhecida<br />

na investigação deste tipo<br />

de crimes.<br />

OPSavançatambémcoma<br />

distinção entre corrupção para<br />

acto lícito e corrupção para<br />

acto ilícito, aumentando para<br />

cinco anos a moldura penal<br />

aplicada ao primeiro caso, bem<br />

como o prazo de prescrição. Do<br />

pacote fazem ainda parte duas<br />

medidas para agilizar o levantamento<br />

do sigilo bancário<br />

(ver texto ao lado).<br />

Quanto à proposta defendida<br />

por três vices bancada socialista<br />

para publicitar na Internet o<br />

rendimento dos cidadãos, e que<br />

foi terminantemente rejeitada<br />

pelo líder parlamentar Francisco<br />

Assis, ela não será sequer<br />

discutida, tendo sido retirada<br />

pelos próprios. ■<br />

ALGUMAS PROPOSTAS<br />

● Funcionário público que receba<br />

presentes de elevado valor fica<br />

sujeito a pena de prisão de um a<br />

cinco anos.<br />

● Profissionais liberais, como<br />

engenheiros e arquitectos que<br />

sejam titulares de cargos<br />

públicos não podem assinar<br />

projectos em órgãos autárquicos.<br />

● Gestores públicos de serviços<br />

concessionados e institutos<br />

públicos têm de entregar<br />

declaração de rendimentos no<br />

Tribunal Constitucional.<br />

● Quem denunciar crime 30 dias<br />

depois de este ter acontecido fica<br />

isento de pena.<br />

O grupo parlamentar do PS, liderado<br />

por Francisco Assis, apresentou<br />

ontemumpacotedeoitoprojectos<br />

de combate à corrupção.<br />

Fim do si<br />

Governo vai penhorar 60 mil<br />

contribuintes faltosos.<br />

Cristina Oliveira da Silva<br />

cristina.silva@economico.pt<br />

Os contribuintes com dívidas à<br />

Segurança Social poderão ver os<br />

dados das suas contas bancárias<br />

vigiados pelas autoridades. Esta é<br />

uma das medidas ontem apresentadas<br />

pelos socialistas no Parlamento.<br />

Entre os projectos de<br />

combate à corrupção, conta-se a<br />

agilização do sigilo bancário: “As<br />

autoridade judiciais podem levantar<br />

o sigilo bancário sempre


EURO<br />

face ao dólar<br />

1,3660<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

86,17<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,954<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O Provedor do Trabalhador<br />

Temporário apresenta o segundo<br />

relatório sobre a matéria.<br />

● O BCE divulga o Boletim Mensal.<br />

● Conferência da UGT sobre o PEC<br />

e outras questões tratadas<br />

em concertação social.<br />

João Paulo Dias<br />

gilo afecta dívidas à Segurança Social<br />

que necessário para o exercício<br />

das suas atribuições”, explicou o<br />

vice-presidente da bancada do<br />

PS, Ricardo Rodrigues.<br />

Neste projecto, inclui-se a<br />

criação de uma base de dados do<br />

Banco de Portugal de todas as<br />

contas bancárias, a que as autoridades<br />

judiciárias podem recorrer<br />

sempre que necessário. O sigilo<br />

bancário será também levantado<br />

sempre que existam dívidas à Segurança<br />

Social.<br />

O Ministério do Trabalho não<br />

revelou o número total de contribuintes<br />

em falta, mas actualmente<br />

a lista de devedores à Se-<br />

Em 2009, a<br />

Segurança Social<br />

penhorou 47.663<br />

devedores. Depois<br />

disso, os faltosos<br />

regularizaram 100<br />

milhões de euros.<br />

gurança Social conta com 52 nomes,<br />

46 dos quais referentes a<br />

entidades colectivas (nesta última<br />

situação, a maioria dos casos<br />

enquadra-se na dívida entre 100<br />

e 250 mil euros). No entanto, há<br />

muitos faltosos que não constam<br />

da lista, até porque esta apenas<br />

conta dívidas superiores a determinado<br />

montante.<br />

Aliás, as próprias penhoras<br />

sãoprovadequehámaisdevedores<br />

do que os contabilizados<br />

pelalista:sóesteano,aSegurança<br />

Social espera penhorar<br />

contas, veículos, imóveis ou<br />

outros créditos de 60 mil con-<br />

tribuintes faltosos e depois de<br />

em 2009 ter avançado com o<br />

mesmo processo sobre 47.663<br />

devedores. Foram depois regularizados<br />

100 milhões de euros,<br />

através de acordos para pagamento<br />

a prestações que este<br />

ano contam com regras menos<br />

apertadas. Este mês, foram penhoradas<br />

sete mil contas bancárias<br />

que representam uma<br />

dívida de 123 milhões de euros.<br />

Em 2010, a Segurança Social<br />

espera recuperar 400 milhões<br />

de euros de dívida, depois de<br />

ter cobrado 371,1 milhões em<br />

2009. ■ com M.G.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 9<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

LUÍS FÁBRICA<br />

Professor da Universidade Católica, especialista<br />

em Direito Administrativo<br />

“As coisas fazem-se<br />

na mesma mas com<br />

mais cuidado”<br />

Luís Fábrica diz que alterar a lei<br />

sobre a corrupção pode ajudar<br />

mas não chega para mudar<br />

o comportamento. Enquanto<br />

continuarmos a desculpar os<br />

corruptos e os corruptores, pouco<br />

ou nada vai mudar, diz. Além disso,<br />

as coisas fazem-se na mesma.<br />

Apenas com mais cautela.<br />

Esta alteração à lei vai mudar<br />

alguma coisa? Vai trazer mais<br />

transparência no Estado?<br />

Uma resposta rigorosa exigiria<br />

oconhecimentodoteorexacto<br />

da proposta. Assim, pode apenas<br />

dizer-se que a alteração não será<br />

talvez tão significativa quanto<br />

parece (...). Por um lado, os<br />

procedimentos ilícitos adaptam-se<br />

com grande rapidez às mutações<br />

da lei penal, ou seja, as coisas<br />

fazem-se na mesma, mas de outra<br />

maneira ou com mais cuidado. Por<br />

outro lado, há dificuldades técnicojurídicas<br />

que a nova lei tem de<br />

resolver, como as que decorrem<br />

de os funcionários poderem, como<br />

qualquer cidadão, receber de<br />

outrem vantagens patrimoniais ou<br />

não patrimoniais: um funcionário<br />

público não pode receber uma<br />

doação? Em suma, é preciso<br />

esperar para ver o que diz a lei e<br />

não ter expectativas exageradas<br />

quanto à eficácia da mesma.<br />

O que é necessário fazer?<br />

O problema da corrupção não<br />

se resolve com novas tipificações<br />

criminais, que já existem em<br />

número suficiente, mas com a<br />

melhoria da investigação. São<br />

crimes difíceis de investigar e sem<br />

leis adequadas, meios materiais<br />

suficientes e profissionais<br />

diligentes, os resultados serão<br />

sempre escassos. Mas o factor<br />

decisivo é de natureza cultural:<br />

somos muito tolerantes com a<br />

corrupção e com os corruptores e<br />

corruptos; e enquanto esta atitude<br />

cultural não mudar, também a<br />

realidade pouco ou nada mudará.<br />

Quais as áreas onde há mais<br />

corrupção?<br />

A corrupção alimenta-se de<br />

dinheiro. Logo, áreas como<br />

o urbanismo ou a contratação<br />

pública são e continuarão<br />

a ser as “red light zones”. D.F.


10 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

ECONOMIA<br />

BLOCO <strong>DE</strong> ESQUERDA<br />

Projecto para adiantar pagamento<br />

das pensões vai ser chumbado<br />

O Bloco de Esquerda defende o pagamento das pensões da Segurança<br />

Social até dia 30 de cada mês mas a proposta vai ser inviabilizada pela<br />

oposição. O projecto de Lei é discutido hoje mas, ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

PS e PSD afirmaram que não vão aceitar o projecto, inviabilizando-o. O<br />

PCP e o CDS não quiseram adiantar o sentido de voto mas os<br />

democratas-cristãos salientam que esta não é a questão prioritária. As<br />

pensões são pagas entre os dias 7 e 10 do mês seguinte.<br />

ENTREVISTA ENRIQUE GARCÍA Presidente da CAF<br />

“Presença<br />

portuguesa não<br />

é suficientemente<br />

importante”<br />

Portugal é accionista de mais um banco regional<br />

que lhe abre as portas da América Latina.<br />

Mónica Silvares<br />

monica.silvares@economico.pt<br />

As empresas portuguesas não<br />

têm uma presença suficientemente<br />

importante na América<br />

Latina.Estaéaconvicçãodo<br />

presidente da Comunidade Andina<br />

de Fomento (CAF) um banco<br />

de desenvolvimento do qual<br />

Portugal se tornou accionista em<br />

Novembro do ano passado. Em<br />

entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

o responsável explica como as<br />

empresas portuguesas podem<br />

aceder a este banco que está já a<br />

desenvolver 54 projectos de infra-estruturas<br />

na América Latina,<br />

nomeadamente o alargamento<br />

do canal do Panamá, que<br />

ascendem a 25 mil milhões de<br />

dólares.<br />

O que significa para Portugal fazer<br />

parte da CAF e de que forma<br />

beneficia as empresas portuguesas?<br />

Vão ter acesso a todas as informações<br />

necessárias à vasta rede<br />

de projectos em execução. Queremos<br />

fomentar as relações entre<br />

Portugal, Espanha e América Latina<br />

de modo a que participem<br />

empresas nos projectos.<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

OqueéaCAF<br />

É um banco de desenvolvimento<br />

de carácter multilateral de<br />

essência latino americana. Mais<br />

de 95% da propriedade está em<br />

países da América Latina e<br />

Caribe. Fora da América Latina<br />

há apenas dois países: Espanha e<br />

Portugal. Financia programas e<br />

projectos de infra-estruturas,<br />

desenvolvimento social,<br />

ambiental, pequenas empresas e<br />

outros sectores. Concede<br />

empréstimos para projectos de<br />

fortalecimento institucional e de<br />

melhoria das condições de vida<br />

das pessoas.<br />

As empresas portuguesas têm<br />

dimensão para esses mercados?<br />

Creio que sim. Há áreas onde as<br />

empresas têm vantagens competitivas<br />

como na construção.<br />

Creio que não há uma presença<br />

suficientemente importante na<br />

América Latina, excepto talvez<br />

no Brasil e Venezuela. Espero que<br />

através da CAF haja um incentivo<br />

para que participem de forma<br />

mais activa.<br />

Construção, renováveis... em<br />

que outras áreas pode Portugal<br />

dar cartas?<br />

Esta visita, que tem por objectivo<br />

dar a conhecer a instituição e recolher<br />

informação sobre a economia<br />

e as potencialidades das<br />

empresas portuguesas, vai permitirsermosmaisconcretosno<br />

futuro.<br />

Porque deve uma empresa portuguesa<br />

optar pela CAF em detrimento<br />

do BID ou do BM?<br />

Todas são instituições importantes.<br />

Mas a CAF está mais<br />

próxima dos países já que os<br />

seus donos são países da região.<br />

A dimensão da CAF também é<br />

importante já que empresta<br />

nove mil milhões de dólares<br />

anuais e já somos os principais<br />

financiadores de infra-estruturas<br />

da América Latina. A capacidade<br />

das empresas portuguesas<br />

penetrarem nos mercados<br />

depende muito das competências<br />

que têm. As empresas têm<br />

de ter músculo para ganharem<br />

os projectos. Depois a CAF dálhes,<br />

mais do que o financiamentoquenãovaiparaaempresa<br />

mas para o projecto, é<br />

dar-lhes informação oportuna e<br />

acesso a conhecimentos.<br />

A CAF trabalha mais com o sector<br />

público ou privado?<br />

É mistura. Cerca de 70% das<br />

operações da CAF são empréstimos<br />

aos governos e os restantes<br />

30% são concedidos aos privados.<br />

Mas nas infra-estruturas há<br />

muitas parcerias público-privadas.<br />

Muitos dos projectos são feitos<br />

através de consórcios, o que<br />

permiteaparticipaçãodeempresas<br />

menores, e uma empresa<br />

A CIP, liderada por António Saraiva,<br />

quer distinguir estágios de contratos.<br />

Enrique Garcia defende que<br />

os banco de desenvolvimento<br />

têm um papel anti-cíclico num<br />

momento de crise económica.<br />

portuguesa que pertencesse a<br />

esse consórcio seria beneficiária<br />

desse financiamento.<br />

Têm uma meta para resultados<br />

nos próximos anos?<br />

Depois do reforço de capital do<br />

ano passado, esperamos este ano<br />

ter um nível de dez mil milhões<br />

de dólares e nos próximos cinco<br />

anos um aumento anual na ordem<br />

de 10%. Assim, nos próximos<br />

cinco a seis anos, as aprovações<br />

rondarão em média os 11 a<br />

12 mil milhões de dólares.<br />

A CAF é mais célere na aprovação<br />

dos projectos?<br />

Sim.Nãogostodeodizer,masé<br />

o que dizem os clientes. Isto porqueagovernabilidadeémais<br />

simples.<br />

Como o banco tem por sócios<br />

CONCERTAÇÃO SOCIAL<br />

Patronato quer distinção clara entre<br />

contratos de estágio e contratos de trabalho<br />

Os patrões da Indústria e do Comércio querem garantir que os contratos<br />

de estágio não são confundidos com contratos de trabalho. Estas<br />

considerações fazem parte do parecer que patrões e sindicatos entregam<br />

hoje sobre o documento do Governo que proíbe estágios não remunerados.<br />

A CGTP defende que os estagiários não devem receber abaixo de 1,5<br />

salários mínimos (712,5 euros) enquanto o Turismo diz que o pagamento do<br />

subsídio não deve caber à empresa pelo menos no período inicial.<br />

países latino-americanos não<br />

tem um ‘rating’ AAA...<br />

Sim. O grande mérito de uma<br />

instituição como a CAF ao ser<br />

essencialmente latino-americana<br />

é ter uma classificação de risco<br />

de AA- e A+. Isto tem a ver<br />

com a solidez financeira da instituição.<br />

Além disso, nos 40 anos<br />

de história nenhum país cometeu<br />

um incumprimento. A diferençafaceaoBancoMundialé<br />

que este tem AAA, uma nota que<br />

se deve ao facto de o capital de<br />

garantia ter países com AAA,<br />

como os EUA, Japão e Alemanha.<br />

O nosso trabalho é que temos<br />

de ter muito mais cuidado<br />

na gestão do risco, porque para<br />

sermos bem sucedidos dependemos<br />

de nós próprios. ■<br />

PERFIL<br />

Directamente<br />

da concorrência<br />

João Paulo Dias<br />

Este economista boliviano é<br />

presidente executivo da Comunidade<br />

Andina de Fomento desde 1991.<br />

Numa instituição com 40 anos,<br />

conseguiu a proeza de ser reeleito<br />

por quatro vezes para mandatos de<br />

cinco anos. Desde o início da sua<br />

administração reconheceu a<br />

importância de adaptar a instituição<br />

a mudanças contínuas. Estudou<br />

economia e Finanças na Universidade<br />

de St. Louis e foi ministro do<br />

Planeamento da Bolívia. Trabalhou<br />

17 anos no BID antes de ir para a CAF.


Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 11<br />

VISÃO EMPRESARIAL<br />

AEP fez parceria com IAPMEI e vai lançar um projecto para apoiar as PME em matéria de eficiência energética. Seminário, no dia 26, visa<br />

consciencializar os decisores empresariais para os benefícios económicos e sociais da eficiência e diversificação energéticas.<br />

SUPLEMENTO S DO JORNAL OFICIAL DA UE<br />

Contacto:<br />

AEP – Associação Empresarial de Portugal<br />

Av. Dr. António Macedo 4450-617<br />

Leça da Palmeira<br />

Tel: (351) 22 998 1580 Fax: (351) 22 998 1774<br />

www.aeportugal.pt<br />

128<br />

TÍTULO: B-Gante: Mobiliário<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 93699-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Stad Gent - Departement Facility<br />

Management - Dienst Aankoopbeheer - afdeling Overheidsopdrachten<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />

20.5.2010 - 10:00<br />

129<br />

TÍTULO: F-Ajácio: Mobiliário urbano<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 938<strong>48</strong>-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Communauté d’agglomération<br />

du Pays Ajaccien<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário urbano.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />

20.5.2010 - 17:00<br />

130<br />

TÍTULO: F-Versalhes: Cubas<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 81572-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: MIN<strong>DE</strong>F / DCMAT / service<br />

central des achat<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Cubas.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 18.5.2010<br />

- 12:00<br />

131<br />

TÍTULO: F-Angers: Mobiliário de escritório<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 97412-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Conseil général de Maine-et-<br />

Loire<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário de escritório. Assentos.<br />

Mesas, aparadores, secretárias e estantes.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 18.5.2010<br />

- 16:00<br />

132<br />

TÍTULO: F-Rieumes: Contentores e baldes para lixo e resíduos<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 106456-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Communauté de communes<br />

du Savès<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Contentores e baldes para lixo e<br />

resíduos.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />

20.5.2010 - 12:00<br />

133<br />

TÍTULO: F-Montpellier: Módulos pré-fabricados portáteis<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 106417-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Languedoc Roussillon aménagement<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Módulos pré-fabricados portáteis.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />

20.5.2010 - 16:00<br />

134<br />

TÍTULO: F-Bordéus: Mobiliário e equipamento de cozinha<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 105071-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Ville de Bordeaux<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário e equipamento de cozinha.<br />

Equipamento para cozinha industrial. Instalação de cozinhas<br />

encastradas.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />

20.5.2010 - 12:00<br />

135<br />

TÍTULO: F-Saint-Herblain: Janelas, portas e artigos afins<br />

NÚMERO DO DOCUMENTO: 105068-2010<br />

<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Commune de Saint-Herblain<br />

OBJECTO DO CONTRATO: Janelas, portas e artigos afins.<br />

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />

20.5.2010 - 12:00<br />

Carlos Zorrinho na<br />

apresentação dos projectos<br />

Efinerg, Ilumina e Light.<br />

Para familiarizar empresários e<br />

gestores com as oportunidades e<br />

os objectivos de três projectos que<br />

está a ultimar para apoiar as pequenas<br />

e médias empresas em<br />

matéria de eficiência energética, a<br />

Associação Empresarial de Portugal(AEP)promovenopróximo<br />

dia 26, à tarde, um seminário que<br />

contará com a participação do secretário<br />

de Estado da Energia e da<br />

Inovação, Carlos Zorrinho.<br />

O encontro terá lugar no auditório<br />

do edifício de serviços da<br />

AEP, em Leça da Palmeira, Matosinhos,<br />

e aquele membro do Governo<br />

participará na sessão de<br />

abertura, marcada para as 14,10<br />

horas.AseuladoestarãoJosé<br />

António Barros, presidente da<br />

AEP, Modesto Castro, presidente<br />

da Associação dos Industriais<br />

Portugueses de Iluminação (AI-<br />

PI), Luís Filipe Costa, presidente<br />

do Instituto de Apoio às Pequenas<br />

e Médias Empresas e à Inovação<br />

(IAPMEI), e Nelson de<br />

Souza, gestor do Compete.<br />

Na oportunidade, serão apresentados<br />

os projectos Efinerg, Ilumina<br />

e Light, que a AEP vai lançar<br />

em breve para consciencializar as<br />

PME portuguesas dos benefícios<br />

económicos e sociais da eficiência<br />

e diversificação energéticas e dos<br />

ganhos que as empresas podem<br />

obter em matéria de gestão dos<br />

recursos energéticos se passarem<br />

aactuarnumalógicadeestratégia<br />

colectiva e de acordo com os objectivos<br />

do plano nacional existente<br />

neste âmbito (PNAEE).<br />

São estes, em linhas gerais, os<br />

propósitos das parcerias que a<br />

AEP firmou com instituições<br />

como o IAPMEI, a AIPI, o<br />

Lighting Living Lab, a A<strong>DE</strong>NE –<br />

Agência para a Energia, a Rede de<br />

Centros Tecnológicos de Portugal<br />

(Recet) e o Laboratório Nacional<br />

se Energia e Geologia (LNEG).<br />

O seminário servirá igualmente<br />

para familiarizar os decisores<br />

empresariais com os instrumentos<br />

financeiros do QREN para<br />

apoio à realização de estudos e<br />

implementação de projectos convergentes<br />

com o bom desempenho<br />

energético das empresas.<br />

No decorrer do encontro, com<br />

encerramento previsto para as 17<br />

horas, haverá dois painéis, a<br />

O objectivo do seminário é ajudar<br />

as empresas a ter bons<br />

comportamentos energéticos.<br />

AEP apoia empresas<br />

na eficiência energética<br />

Dois membros do Governo na abertura da Qualific@<br />

Desde hoje e até domingo, a Exponor,<br />

em Matosinhos, acolhe a Qualific@<br />

- Feira de Educação, Formação,<br />

Juventude e Emprego. Em exposição<br />

estão as mais recentes tecnologias<br />

de informação, equipamentos e serviços<br />

do sector da educação, bem<br />

como as propostas e ofertas formativas,<br />

de qualificação e emprego dos<br />

organismos públicos e privados que<br />

cooperam com organização.<br />

Empresas não podem<br />

ficar indiferentes aos<br />

desafios da eficiência<br />

energética e ao plano<br />

nacional lançado pelo<br />

Governo.<br />

O secretário de Estado do Emprego<br />

e da Formação Profissional, Valter<br />

Lemos, marca presença já esta manhã,<br />

na abertura do certame, às<br />

10,30 horas. Amanhã, à tarde, será a<br />

vez da ministra da Educação, Isabel<br />

Alçada.<br />

Em destaque estará a marca Schola.pt,<br />

que apresenta o que de mais<br />

recente o nosso país produz ao nível<br />

das tecnologias educativas.<br />

apresentar sinteticamente por<br />

Paulo Nunes de Almeida, vicepresidente<br />

da AEP, numa intervenção<br />

sobre “O futuro das PME<br />

eaeficiênciaenergética”.No<br />

primeiro painel, sobre o Efinerg,<br />

terá como moderador Gonçalo<br />

Xavier, da Recet, e contará com<br />

os contributos de Manuel Costeira<br />

da Rocha, da AEP, Filomena<br />

Egreja, do IAPMEI, e Paulo Partidário,<br />

do LNEG. Neste painel intervirão<br />

ainda Paulo Calau, da<br />

A<strong>DE</strong>NE, Custódio Miguéis, do<br />

Pólo de Excelência de Energia, e<br />

Carlos Rodrigues, da Universidade<br />

de Aveiro.<br />

O segundo painel, dedicado<br />

ao tema “Ilumina e sector light”,<br />

terá como moderador Estima de<br />

Oliveira, da Living Lighting Lab,<br />

de Águeda. O projecto Ilumina<br />

será apresentado por Diogo Silva,daAEP,eMadeiraCardoso,<br />

da AIPI, falará do projecto para o<br />

sector light. As tendências emergentes<br />

e as implicações do design<br />

de interiores no sector da iluminação<br />

serão temas a abordar por<br />

Luís Rasquilha e João Corga, respectivamente.<br />

O seminário tem entrada livre,<br />

mas a participação está sujeita a<br />

inscrição prévia. Contacto: Ana<br />

Remelgado - aremelgado@aeportugal.com<br />

ou telf. 229981541.■<br />

Gabinete de Projectos<br />

Especiais da AEP<br />

Trata-sedeumprojectodetrêsassociações<br />

empresariais para, com uma<br />

marca única, pretendem organizar e<br />

promover de forma integrada a oferta<br />

portuguesa na área da educação<br />

para competir no mercado internacional.<br />

Até domingo, das 10 às 19 horas, há<br />

várias iniciativas a fervilhar na Exponor.<br />

Mais informação em www.qualifica.exponor.pt.<br />

Giuseppe Piazza/Reuters


12 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

POLÍTICA<br />

Sócrates avança com<br />

contra-proposta à revisão<br />

constitucional do PSD<br />

Governo e grupo parlamentar já falaram sobre o tema. Socialistas estão<br />

preparados para responder à iniciativa anunciada por Passos Coelho.<br />

Márcia Galrão<br />

marcia.galrao@economico.pt<br />

OPSestáaprepararumacontra-proposta<br />

para a abertura<br />

do processo de revisão constitucional<br />

que o PSD vai lançar<br />

até ao final de Maio. Depois de<br />

Pedro Passos Coelho ter garantido<br />

que os social-democratas<br />

não vão esperar pelas<br />

eleições presidenciais para<br />

iniciar esta discussão, o Governo<br />

e o grupo parlamentar<br />

socialista começaram a estudar<br />

um texto alternativo. Isto<br />

porque depois de um partido<br />

abrir o processo de revisão, os<br />

restantes grupos têm 30 dias<br />

para responder ao repto.<br />

Assim, segundo apurou o<br />

Diário <strong>Económico</strong>, o líder parlamentar,<br />

Francisco Assis, o<br />

ministro dos Assuntos Parlamentares,<br />

Jorge Lacão e o primeiro-ministro<br />

José Sócrates já<br />

discutiram o tema e quando o<br />

PSD apresentar a versão final<br />

da sua proposta, que segundo o<br />

Público será no final de Maio,<br />

os socialistas estarão aptos a<br />

responder. A ideia é ter alternativas<br />

para negociar com os<br />

social-democratas, num processo<br />

em que será sempre necessário<br />

um entendimento entre<br />

os dois maiores partidos,<br />

uma vez que qualquer revisão<br />

constitucional obriga sempre a<br />

2/3 dos votos no Parlamento<br />

para ser aprovada.<br />

Recorde-se que, tal como o<br />

Diário <strong>Económico</strong> já noticiou, o<br />

PS foi apanhado de surpresa<br />

pela intenção de Pedro Passos<br />

Coelho em avançar já com este<br />

processo. Segundo Francisco<br />

Assis, “havia um consenso”<br />

com a liderança de Ferreira<br />

Leite “sobre a vantagem de iniciar”<br />

a revisão só após as eleições<br />

presidenciais de Janeiro de<br />

2011. Também Ricardo Rodrigues,<br />

vice-presidente da bancada,<br />

confessou ao Diário <strong>Económico</strong>oincómododossocialistas<br />

por não terem sido contactados<br />

previamente pelo PSD<br />

numa matéria em que os dois<br />

partidos terão obrigatoriamente<br />

que se entender.<br />

A insistência de Passos Coe-<br />

Francisco Assis<br />

garantiu<br />

que “havia um<br />

consenso” com<br />

a liderança<br />

de Ferreira Leite<br />

“sobre a vantagem<br />

de iniciar”<br />

a revisão após<br />

as presidenciais.<br />

Cavaco Silva<br />

não quis comentar<br />

e colocou-se<br />

à margem<br />

do processo,<br />

sublinhando<br />

apenas que a AR<br />

“tem competência<br />

para rever a<br />

Constituição”.<br />

Miguel Relvas<br />

garante que o PSD<br />

vai avançar já com<br />

propostas de<br />

revisão e avisa:<br />

“Era muito<br />

importante que<br />

nenhum partido<br />

bloqueasse essa<br />

mudança”.<br />

Para António<br />

Capucho a revisão<br />

constitucional não<br />

deve esperar pelas<br />

eleições<br />

presidenciais,<br />

porque há<br />

“algumas<br />

reformas<br />

urgentes”.<br />

lho em antecipar a revisão<br />

constitucional obriga os socialistas<br />

a responder, ainda que<br />

paraoPSestetemanãosejade<br />

todo “uma prioridade” numa<br />

altura em que é preciso concentrar<br />

esforços no combate à crise<br />

e ao desemprego. O que faz antever<br />

que, mesmo que a discussãosejadesencadeadajáeste<br />

ano, Sócrates só dará o seu aval<br />

a qualquer concretização das<br />

medidas após as presidenciais.<br />

Uma das questões que os<br />

dois partidos vão começar por<br />

conversar prende-se com as<br />

alterações às leis eleitorais. Em<br />

entrevista recente ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>, Francisco Assis revelou<br />

que quer desencadear<br />

imediatamente a reforma da lei<br />

eleitoral autárquica, propondo<br />

a criação de executivos maioritários<br />

e o reforço do poder de<br />

fiscalização das assembleias<br />

municipais. O PSD tem uma<br />

posição semelhante (ver texto<br />

ao lado), mas considera que<br />

para que a alteração seja feita é<br />

preciso rever a Constituição.<br />

Certoéqueolíderparlamentar<br />

do PS vai querer uma ampla<br />

discussão pública sobre esta<br />

matériaevai,paraisso,chamar<br />

ao debate os dois presidentes<br />

das maiores autarquias:<br />

o socialista António Costa, de<br />

Lisboa, e o social-democrata<br />

Rui Rio, do Porto. Um passo<br />

para que a proposta final seja<br />

consensual entre as duas forças<br />

partidárias.<br />

Antes ou depois das presidenciais,<br />

a revisão constitucional<br />

será posta em marcha, num<br />

anoemqueoParlamentotem<br />

mandato ordinário para proceder<br />

a essas alterações. Quem<br />

não quis ainda comentar esta<br />

iniciativa foi o Presidente da<br />

República. Cavaco Silva sublinhou<br />

que esta Assembleia “tem<br />

competência para rever a<br />

Constituição”, mas colocou-se<br />

à margem do processo ao lembrar<br />

que “esta é talvez a única<br />

lei” que o chefe de Estado não<br />

pode vetar. No que toca aos<br />

seus poderes presidenciais, os<br />

dois partidos parecem ser unânimes<br />

na ideia de que eles não<br />

deverão ser alterados. ■<br />

António Capucho<br />

defende revisão já<br />

António Capucho não tem<br />

dúvidas. A revisão constitucional,<br />

defendida pelo novo líder socialdemocrata,<br />

não deve esperar<br />

pelas eleições presidenciais,<br />

porque há “algumas reformas<br />

urgentes que só podem<br />

concretizar-se alterando a<br />

Constituição”. Membro do<br />

Conselho de Estado (órgão<br />

consultivo do Presidente da<br />

República) e mandatário da<br />

candidatura de Paulo Rangel à<br />

liderança do PSD, Capucho<br />

concorda com as reformas<br />

propostas por Pedro Passos<br />

Coelho, e sublinha que o processo<br />

de revisão que o PSD quer iniciar<br />

“nada tem a ver com as eleições<br />

presidenciais”, pelo que “não se<br />

justifica adiarmos oito meses”.<br />

Ao argumento dos socialistas de<br />

que esta não é uma matéria<br />

prioritária, António Capucho<br />

responde que é preciso “trabalhar<br />

simultaneamente em várias<br />

frentes” e que o processo “não<br />

perturba a maior atenção e<br />

prioridade do Governo e da<br />

Assembleia às questões inerentes<br />

ao PEC”.<br />

PS <strong>DE</strong>SMENTE APOIO A MANUEL<br />

PSD quer<br />

Transpor o modelo eleitoral da<br />

Assembleia da República para o<br />

poder local é uma das propostas.<br />

Catarina Madeira<br />

catarina.madeira@economico.pt<br />

O PSD quer que as alterações à lei<br />

eleitoral sejam clarificadas na<br />

próxima revisão constitucional.<br />

A questão não é consensual, até<br />

mesmo entre os constitucionalistas,<br />

e por isso a nova direcção<br />

do partido defende que “não se<br />

deve avançar para uma revisão<br />

da lei eleitoral que force a letra da<br />

Constituição”.<br />

Ao Diário <strong>Económico</strong>, o secretário-geral<br />

do partido, Miguel<br />

Relvas, garantiu que o PSD quer<br />

avançar com a discussão sobre<br />

esta matéria o quanto antes e<br />

“em sede de revisão constitucio-


Lino defende que Fundação não foi imposta<br />

Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, afirmou ontem, no Parlamento,<br />

que a criação da Fundação para as Comunicações Móveis não nasceu de<br />

uma imposição do Governo mas antes de um acordo mútuo com as<br />

operadoras de telecomunicações. “Nem os operadores impuseram a<br />

Fundação ao Governo, nem o Governo impôs a Fundação aos operadores.<br />

Não há nenhuma imposição, há um acordo”, salientou o ex-ministro,<br />

que supervisionou o programa e.escola e a iniciativa Magalhães.<br />

ALEGRE <strong>DE</strong>POIS DA SUA CANDIDATURA SER FORMALIZADA<br />

AGENDA DO DIA<br />

● PSD elege novo líder parlamentar.<br />

● Debate sobre a prevenção do<br />

branqueamento de capitais no CCB.<br />

● Conferência Episcopal Portuguesa<br />

termina reunião em Fátima com<br />

uma declaração à imprensa.<br />

● Presidente da República inicia<br />

viagem de dois dias a Praga.<br />

Paulo Figueiredo<br />

clarificar lei eleitoral na Constituição<br />

nal”, ao contrário do que tem<br />

sido defendido pelos socialistas,<br />

que acreditam que a lei pode ser<br />

alterada sem que seja necessário<br />

rever a Constituição. Relvas deixa<br />

o aviso: “Era muito importante<br />

que nenhum partido bloqueasse<br />

essa mudança necessária<br />

ao país”.<br />

Uma das propostas que o PSD<br />

vai colocar em cima da mesa é a<br />

transposição do modelo de eleição<br />

do Parlamento para o poder<br />

local. Na prática, Pedro Passos<br />

Coelho defende um só boletim de<br />

voto e um executivo autárquico<br />

formado pelo partido mais votado,<br />

que emane da distribuição<br />

dosdiferentespartidosnaassembleia<br />

municipal. “Poderá haver<br />

partilha no executivo municipal<br />

quando se revele necessário<br />

para a formação de maiorias es-<br />

Passos Coelho<br />

quer um só boletim<br />

de voto nas eleições<br />

autárquicas e um<br />

executivo formado<br />

pelo partido mais<br />

votado. Uma<br />

proposta semelhante<br />

à que o PS defende.<br />

táveis”, explica Miguel Relvas.<br />

Nesta matéria, PSD e PS parecem<br />

estar em sintonia, com uma<br />

ligeira nuance: os socialistas<br />

querem que o executivo formado<br />

seja sempre maioritário. Já a<br />

proposta de Passos não vai tão<br />

longe, mas deixa este ponto subentendido,<br />

ao conceder ao partido<br />

mais votado o direito de indicar<br />

todos os vereadores, independentemente<br />

de cedências<br />

que possa fazer às outras forças<br />

partidárias em caso de maioria<br />

relativa.<br />

O voto nominal para o Parlamento<br />

é outra proposta que os<br />

social-democratas vão avançar.<br />

O objectivo é permitir que o eleitor<br />

vote no seu candidato preferido,<br />

“para além da escolha do<br />

partido da sua preferência”. Porém,<br />

antes de avançar com esta<br />

O PS desmentiu ontem<br />

a notícia avançada pela<br />

agência Lusa que dava<br />

como certo o apoio dos<br />

socialistas à candidatura<br />

presidencial de Manuel<br />

Alegre e garantiu que não<br />

ter “qualquer reunião<br />

perspectivada, nem tem<br />

a intenção de a marcar,<br />

sobre o tema das eleições<br />

presidenciais. Francisco<br />

Assis já tinha dado<br />

esta garantia no final<br />

da reunião do grupo<br />

parlamentar, mas deixou<br />

alguns indícios de um<br />

eventual apoio a Manuel<br />

Alegre. O líder<br />

parlamentar sublinhou<br />

que as palavras de Manuel<br />

Alegre, dizendo que<br />

a sua “casa política<br />

é o PS” foram “muito<br />

sensatas” e provam que<br />

“os portugueses devem<br />

confiar em quem afirma<br />

as suas convicções,<br />

independentemente de<br />

depois um candidato a<br />

Presidente da República<br />

ter de alargar a sua base<br />

social e política<br />

de apoio”.<br />

proposta o partido deverá lançar<br />

um debate interno que contribua<br />

para a apresentação do projecto<br />

de alteração da lei eleitoral.<br />

Estaéaprimeirabandeirada<br />

liderança de Pedro Passos Coelho<br />

que conta com este processo de<br />

revisão para obrigar os presidentes<br />

nomeados para as entidades<br />

reguladoras a passar pela aprovação<br />

do Parlamento e instituir a<br />

liberdade de escolha na saúde e<br />

na educação.<br />

O PS não mostrou qualquer<br />

abertura para discutir o tema,<br />

mas será obrigado a responder as<br />

propostas do PSD em 30 dias (ver<br />

texto ao lado). Resta saber se o<br />

partido vai conseguir o “clima de<br />

compromisso e de cedência mútua”<br />

que Miguel Relvas diz ser<br />

necessário para que as propostas<br />

social-democratas avancem. ■<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />

COLUNA VERTEBRAL<br />

Revisão<br />

JOÃO PAULO GUERRA<br />

Otítulodejornal“partidoX<br />

ou dirigente Y quer rever a<br />

Constituição” deixa sempre<br />

uma sensação de ‘déjà vu’ e<br />

dúvidas quanto à data do jornal.<br />

Isto porque não deve haver<br />

nenhum dirigente político<br />

dos partidos que têm ocupado<br />

o poder que não tenha<br />

querido, e em certos casos<br />

conseguido, rever a Constituição.EéassimqueaConstituição<br />

da República Portuguesa<br />

fez há dias 34 anos –<br />

efeméride que aliás passou<br />

praticamente despercebida –<br />

e já foi sete vezes à revisão.<br />

Ou seja, temos Constituição<br />

revistaàmédiadaduraçãode<br />

uma legislatura, pouco, mais<br />

ou menos. A Constituição, lei<br />

das leis, quadro do funcionamento<br />

da política e do exercício<br />

dos direitos, é revista<br />

por dá cá aquela palha. E depois<br />

a classe política queixase<br />

da instabilidade. E agora<br />

que chegou um novo líder<br />

partidário à ribalta política,<br />

antes de mais apresentações<br />

deixou já expresso que quer<br />

rever a Constituição ainda<br />

este ano.<br />

A revisão da Constituição<br />

parece ser a mezinha para<br />

agitar e usar quando não se<br />

sabe bem o que fazer, ou se<br />

quer entreter o tempo. E para<br />

além disso, o facto de se querer<br />

a Constituição revista antecipa<br />

o argumento de que<br />

não se fez nada de jeito porque<br />

a Constituição tal como<br />

está não deixou. Na política<br />

portuguesa, mais que reclamar<br />

a revisão da Constituição,<br />

só mesmo impor mais e<br />

novos sacrifícios aos cidadãos.<br />

Depois, para rever a Constituição,<br />

ou simplesmente rever<br />

a revisão, não basta querer.<br />

É preciso que outro ou<br />

outros queiram. E a revisão<br />

torna-se assim objecto de<br />

negociação ou de confronto.<br />

Se dá, dá, se não dá acusamse<br />

segundos e terceiros de<br />

promoverem o impasse. É cedo<br />

para antever uma oitava<br />

revisão. Mas fica o registo<br />

queoPSjáfezvotosdeque<br />

possa ter no PSD um interlocutor<br />

válido. Isto é, teme-se<br />

o pior. ■<br />

joaopaulo.guerra@economico.pt


14 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

POLÍTICA<br />

VISITA DO PAPA<br />

Sindicatos e patrões criticam<br />

tolerância de ponto na função pública<br />

Sindicatos e patrões crticaram ontem o Governo por decretar tolerância de<br />

ponto para 13 de Maio para toda a função pública e na tarde de 11 para<br />

Lisboa e manhã de 14 no Porto no âmbito da visita do Papa Bento XVI a<br />

Portugal. O líder da CGTP, Carvalho da Silva, considerou a medida “pouco<br />

reflectida” num momento de crise. Já João Proença, da UGT, considerou-a<br />

“inaceitável” num país de liberdade religiosa. O presidente da CIP<br />

(Indústria), António Saraiva, frisou que “o país precisa de trabalhar”.<br />

Entidade das<br />

Contas pede<br />

eslarecimentos<br />

ao PS<br />

Financiamento das últimas legislativas alvo<br />

de auditoria. Contrato de Figo gera dúvidas.<br />

Lígia Simões<br />

ligia.simoes@economico.pt<br />

A Entidade de Contas e Financiamentos<br />

Políticos (ECFP) prepara-se<br />

para pedir, em breve,<br />

esclarecimentos ao Partido Socialista<br />

(PS), sobre o contrato<br />

publicitário entre o Taguspark e<br />

Luís Figo que foi alvo de inquérito<br />

pelo Ministério Público. A<br />

iniciativa surge, numa altura,<br />

em que foi concluído o despachodeacusação,quedáconta<br />

que o contrato no valor de 750<br />

mil euros através de uma empresa<br />

de capitais públicos visou<br />

a troca do apoio à candidatura<br />

eleitoral de José Sócrates.<br />

As indagações do organismo<br />

que controla as contas dos partidos<br />

e das campanhas eleitorais<br />

estão já preparadas no âmbito de<br />

uma auditoria externa, em curso,<br />

às contas dos partidos referentes<br />

às últimas legislativas.<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Corrupção passiva<br />

Segundo o artigo 372º do Código<br />

Penal é acusado por corrupção<br />

passiva para acto ilícito<br />

o funcionário que por si<br />

ou interposta pessoa pedir ou<br />

aceitar indevidamente uma<br />

vantagem ou a sua promessa,<br />

em troca de um acto ou uma<br />

omissão contrários aos deveres<br />

do seu cargo. Este crime é punido<br />

com uma pena entre um e oito<br />

anos de prisão, que pode ser<br />

atenuada perante a colaboração.<br />

“Está em curso uma auditoria<br />

externa às contas entregues<br />

pelos partidos referentes à eleição<br />

legislativa de 2009, e que já<br />

incorporou as notícias do contrato<br />

do Figo. Estão já preparadas<br />

algumas indagações, no<br />

âmbito deste trabalho, que<br />

pretendemos realizar, em breve,juntodospartidose,obviamente,<br />

junto do PS”, revelou ao<br />

Diário <strong>Económico</strong>, a presidente<br />

da ECFP, Margarida Salema.<br />

Recusando a particularizar casos<br />

como a eventual participaçãodoPSnocontratoentre<br />

FigoeaTaguspark,afirma, porém,<br />

peremptoriamente: “a<br />

Entidade das Contas segue<br />

atentamente tudo o que tenha a<br />

ver com partidos em matéria<br />

dedinheiro,peloquesehádúvidas,<br />

naturalmente, teremos<br />

de indagar”.<br />

A auditoria da ECFP acabou,<br />

pois, por incorporar as notícias<br />

sobre a participação do ex-futebolista<br />

na campanha eleitoral,<br />

após a divulgação das escutas<br />

no processo Face Oculta indicarem<br />

que parte do valor envolvido<br />

terá sido usado para pagar o<br />

apoio ao reeleito primeiro-ministro.<br />

Acusação é aguardada<br />

A Entidade das Contas aguarda<br />

agora as conclusões que foram<br />

enviadas pelo DIAP de Lisboa<br />

que ilibou o ex-futebolista e<br />

acusou três ex-administradores<br />

do parque tecnológico de Oeiras:<br />

Rui Pedro Soares, Américo<br />

Thomati e João Carlos Silva, que<br />

arriscam uma pena até oito anos<br />

de prisão pelo crime de corrupção<br />

passiva.<br />

A ECFP poderá mesmo a vir a<br />

participar ao Ministério Público<br />

eventuais indícios criminais relativos<br />

ao financiamento partidário,<br />

caso venham a ser detectados<br />

na sua análise às conclusões<br />

do inquérito judicial desencadeado<br />

no âmbito do processo<br />

Face Oculta.<br />

Margarida Salema frisa que<br />

não são permitidos financia-<br />

O mini-tornado fotografado quando<br />

circundava a zona de Santa Apolónia.<br />

O contrato de Luís Figo com a Taguspark<br />

vai levar a entidade das contas a averiguar<br />

se houve violação do financiamento<br />

partidário.<br />

A lei portuguesa<br />

não permite<br />

financiamentos por<br />

pessoas colectivas,<br />

nacionais<br />

ou estrangeira.<br />

São ainda proibidos<br />

os financiamentos<br />

directos<br />

ou indirectos.<br />

MAU TEMPO<br />

Mini-tornado atravessou Lisboa<br />

ontem sobre o rio Tejo<br />

Um mini-tornado atravessou ontem Lisboa sobre o rio Tejo, pelas 16h20<br />

(na foto), atingindo a zona oriental da cidade, embora sem provocar<br />

grandes estragos. Cinco prédios no bairro Belo Horizonte, nas Olaias,<br />

em Lisboa, ficaram parcialmente sem telhas devido aos ventos fortes<br />

provocados, segundo os bombeiros. Para o local deslocaram-se<br />

elementos da Proteção Civil, da Polícia Municipal e bombeiros do<br />

Regimento Sapadores de Lisboa. O tornado foi filmado e fotografado.<br />

mentos por pessoas colectivas,<br />

nacionais ou estrangeiras, e que<br />

a legislação “proíbe financiamentos<br />

directos ou indirectos”,<br />

como seria o caso do alegado<br />

pagamento a Figo para apoiar o<br />

candidato socialista.<br />

SegundoapresidentedaEntidade<br />

das Contas, a auditoria<br />

externa, iniciada em Janeiro,<br />

deverá estar concluída ainda<br />

estemês.Explicaqueafaseseguinte<br />

é do contraditório (auditoria<br />

interna), seguindo o relatório<br />

de auditoria que a Entidade<br />

espera enviar no Verão.<br />

Será nesta fase, diz, que serão<br />

solicitados esclarecimentos aos<br />

partidos. ■<br />

Luís Figo ilibado<br />

Paulo Figueiredo<br />

Na acusação do DIAP de Lisboa, o<br />

ex-futebolista não consta da lista de<br />

três acusados que eram<br />

responsáveis da Taguspark por<br />

desconhecer que a empresa era<br />

detida por capitais públicos.<br />

Sustenta que o agente de corrupção<br />

activa deve saber que aquele com<br />

quem negoceia é funcionário ou que<br />

age em sua representação ou como<br />

seu intermediário. A acusaçao<br />

defende que “o desconhecimento<br />

geral sobre a propriedade<br />

da Taguspark (...) tornam credível<br />

o desconhecimento alegado<br />

por Luís Figo”.


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16 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

MUNDO<br />

Busca de sobreviventes<br />

na China agravada por<br />

temperaturas negativas<br />

O governo de Pequim já anunciou um pacote de ajuda de emergência no valor<br />

de 21,5 milhões de euros para a região de Qinghai, na fronteira com o Tibete.<br />

Bárbara Silva<br />

barbara.silva@economico.pt<br />

A terra voltou a tremer em 2010.<br />

Desta vez na China, com um<br />

terramoto de 6,9 graus na escala<br />

de Richter que matou pelo menos<br />

400 pessoas, feriu dez mil e<br />

destruiu 85% das casas na cidade<br />

de Gyegu, na região pobre e<br />

montanhosa de Qinghai, onde<br />

nasceu o líder espiritual tibetano<br />

Dalai Lama.<br />

A mais de 2.000 quilómetros<br />

de Pequim, o sismo de ontem foi<br />

o segundo mais violento na China<br />

na última década, depois de<br />

em Maio de 2008, 87 mil pessoas<br />

terem morrido num terramoto<br />

(magnitude 8,0) na província<br />

de Sichuan. Além disso, o<br />

abalo foi o terceiro maior até<br />

agora em 2010, no que diz respeitoaonúmerodevítimas(depois<br />

do Haiti e do Chile, em Janeiro<br />

e Fevereiro), segundo o<br />

Centro de Estudos Geológicos<br />

dos Estados Unidos.<br />

O embaixador de Portugal<br />

em Pequim, Rui Quartin Santos,<br />

disse à Lusa que desconhece a<br />

existência de portugueses na<br />

região da China atingida pelo<br />

sismo. “A indicação que temos é<br />

que não há nenhum estrangeiro<br />

entre as vítimas do sismo”, disse<br />

o embaixador.<br />

Osismodeontemna<br />

China foi o terceiro<br />

maior até agora em<br />

2010, no que diz<br />

respeito ao número<br />

de vítimas (depois do<br />

Haiti e do Chile, em<br />

Janeiro e Fevereiro),<br />

segundo o Centro de<br />

Estudos Geológicos<br />

dos Estados Unidos.<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

Em trânsito entre Washington<br />

e Brasília, o presidente chinês<br />

Hu Jintao, através do primeiro-ministro<br />

Wen Jiabao, ordenou<br />

às autoridades locais para<br />

“fazerem todos os possíveis para<br />

salvar as pessoas afectadas pelo<br />

terramoto, disse a agência de<br />

notícias chinesa Xinhua. O<br />

vice-primeiro-ministro Hui<br />

Liangyu foi enviado para a regiãoeogovernochinêsanunciou<br />

um pacote de ajuda de<br />

emergência no valor de 21,5 milhões<br />

de euros. A cadeia de televisão<br />

local Yushu TV dava ontem<br />

conta de mais de 900 pessoas<br />

retiradas com vida dos escombros<br />

pelas equipas de resgate,<br />

que integram 700 soldados<br />

chineses. Além disso, mais cinco<br />

mil pessoas foram enviadas<br />

para a região, entre médicos e<br />

militares, que correm contra o<br />

tempo à medida que as temperaturas<br />

descem abaixo dos zero<br />

graus (-3º). Por seu lado, o Ministério<br />

dos Assuntos Civis<br />

anunciou que enviou cinco mil<br />

tendas, 50 mil casacos e 50 mil<br />

cobertores.<br />

O comandante militar de<br />

Yushu, Wu Yong, disse que estão<br />

a ser criados acampamentos<br />

para os desalojados, mas “as<br />

frequentes réplicas e os fortes<br />

ventos dificultam as operações”.<br />

Nos próximos dias, prevêem<br />

os especialistas, serão<br />

sentidas réplicas superiores a<br />

6,0grausnaescaladeRichter.<br />

No Vaticano, o Papa Bento XVI<br />

apelouà“solidariedadedetodos”.<br />

“O meu pensamento vai<br />

para a China e para as populações<br />

afectadas pelo violento sismo”,<br />

disse Bento XVI.<br />

Habitada por cerca de 250<br />

mil tibetanos, mongóis e chineses,<br />

a região de Qinghai foi uma<br />

das mais afectadas pelo terramoto<br />

que em Maio de 2008<br />

atingiu o norte da província vizinha<br />

de Sichuan, matando<br />

quase 90 mil pessoas. Com as<br />

grandes cadeias montanhosas<br />

dos Himalaias, a região oeste da<br />

China é frequentemente afectada<br />

por terramotos, sendo que<br />

muitos deles registam-se em<br />

áreas pouco povoadas.■<br />

Região habituada<br />

a abalos violentos<br />

O município de Yushu, com uma<br />

autonomia bastante limitada uma<br />

vez que 97% da população é<br />

tibetana, tem um longo historial<br />

de terremotos. Em Julho<br />

de 2006 os cerca de 280 mil<br />

habitantes da zona, na fronteira<br />

com o Tibete, sentiram um sismo<br />

de 5,6, seguido de várias réplicas<br />

mas sem vítimas. Oitenta anos<br />

antes, em 1927, o cenário foi<br />

bem pior. O tremor de terra<br />

de magnitude 8,7 fez cerca<br />

de 200 mil vítimas e quando<br />

a província começava<br />

a recompor-se passou<br />

por um outro choque, desta vez<br />

político. Oficialmente, em 1928,<br />

Qinghai passou a ser uma<br />

província chinesa e ainda hoje os<br />

habitantes olham para Pequim<br />

como um colonialista.<br />

O sismo tinha até ontem provocado<br />

400 mortos e cerca de dez mil<br />

feridos. Mais de 85% das casas da<br />

cidade de Gyegu foram destruídas.<br />

OS TERRAMOTOS MAIS RECEN<br />

Chile<br />

27 de Fevereiro de 2010<br />

Um terramoto de magnitude 8,8<br />

graus na escala de Richter<br />

afectou a região central do Chile,<br />

a nordeste da segunda maior<br />

cidade do país, Concepción. Os<br />

números oficiais dão conta de<br />

452 mortos, mas milhares de<br />

pessoas estão desaparecidas.


Investimento na China imune ao ‘vírus’ Google<br />

A decisão da tecnológica Google de sair do mercado chinês parece não<br />

ter influenciado os outros investidores estrangeiros. O investimento<br />

estrangeiro na China aumentou 12,1% em Março, em termos homólogos,<br />

para os 6,9 mil milhões. Só no primeiro trimestre de 2010, a economia<br />

chinesa recebeu mais 7,7% em investimento do exterior, para os 17,18 mil<br />

milhões de euros. Entre Janeiro e Março, o produto chinês terá acelerado<br />

11,7%, o crescimento mais rápido nos últimos três anos.<br />

TES E COM MAIS VÍTIMAS<br />

Haiti<br />

12 de Janeiro de 2010<br />

Cercade230milpessoas<br />

morreram na sequência do sismo<br />

de 7,0 graus na escala de Richter<br />

que atingiu a região da capital do<br />

Haiti, Port-au-Prince. De acordo<br />

com as estimativas oficiais, 300<br />

mil pessoas ficaram feridas e 1,3<br />

milhões desalojadas.<br />

Indonésia<br />

30 de Setembro de 2009<br />

Mais de mil pessoas morreram,<br />

1200 ficaram feridas e outras<br />

mil continuam desaparecidas na<br />

sequência de um terramoto de<br />

7,5 graus na escala de Richter na<br />

ilha de Sumatra, na Indonésia. O<br />

sismo provocou um tsunami na<br />

região de Padang.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Cimeira entre o Brasil, índia e<br />

África do Sul, em Brasília.<br />

● Major português assume comando<br />

da Unidade de Investigação Criminal<br />

da UE na Bósnia-Herzegovina.<br />

● Visita do presidente russo, Dmitri<br />

Medvedev, ao Brasil.<br />

Itália<br />

6 de Abril de 2009<br />

CCTV/Reuters<br />

Um sismo de 5,8 graus na escala<br />

de Richter atingiu a zona<br />

histórica medieval da cidade<br />

italiana de L’Aquila, capital da<br />

região de Abruzzo, no centro de<br />

Itália. Os dados oficiais dão conta<br />

de 308 mortos. Cerca de 65 mil<br />

pessoas ficaram desalojadas.<br />

Hu Jintao vai ao Brasil,<br />

Venezuela e Chile.<br />

Bárbara Silva<br />

barbara.silva@economico.pt<br />

O presidente chinês não desviou<br />

um milímetro a sua visita política<br />

e económica à América Latina,<br />

apesar da nova tragédia na China.<br />

Em quatro dias, Hu Jintao visita o<br />

Brasil, Venezuela e Chile, depois<br />

de participar na segunda cimeira<br />

dospaísesemergentes(BRIC),<br />

em Brasília.<br />

O subcontinente americano<br />

tem estado na mira de Pequim,<br />

com um reforço cada vez maior<br />

dos investimentos e trocas comerciais<br />

– só ultrapassado pelo<br />

interesse chinês em África. Até<br />

2015, a China ocupará o lugar da<br />

União Europeia como segundo<br />

maior destino das exportações<br />

dos países da América Latina, segundo<br />

previsões da Comissão<br />

Económica para a América Latina<br />

e as Caraíbas (Cepal).<br />

Logo no Brasil, Hu Jintao irá<br />

assinar com o seu homólogo Lula<br />

da Silva um plano de acção conjunta,<br />

entre 2010 e 2014, bem<br />

como acordos de cooperação nas<br />

áreas financeira, energética,<br />

científica, tecnológica e cultural.<br />

AChinaéomaiorparceirocomercialdoBrasil,bemcomoo<br />

maior destino para as exportações<br />

brasileiras. Em 2009, as trocas<br />

comerciais entre os dois paíseschegaramaumvalorrecorde<br />

de 24,4 mil milhões de euros,<br />

quando em 2000 era de apenas<br />

1,6 mil milhões.<br />

A cada vez maior aproximação<br />

entre a China e o Brasil explica-se<br />

com a necessidade de Pequim diversificar<br />

o seu portfólio de parceiros<br />

comerciais e garantir um<br />

fornecedor de matérias-primas<br />

para garantir o crescimento necessário<br />

para se tornar na maior<br />

economia do mundo. Neste cenário,<br />

o Brasil está a posicionarse<br />

como uma fonte indispensável<br />

de ferro, petróleo e soja.<br />

Na Venezuela, Hu Jintao fará a<br />

sua primeira visita oficial ao país<br />

e manterá negociações com o<br />

presidente Hugo Chávez, sendo<br />

esperado igualmente acordos de<br />

cooperação em várias frentes. A<br />

Venezuela ocupa o lugar de quinto<br />

maior parceiro comercial da<br />

China na América Latina, com<br />

trocas no valor de 5,2 mil milhões<br />

de euros em 2009. Na última paragem<br />

da visita, o presidente chinês<br />

será recebido pelo seu homólogo<br />

chileno, Sebastián Piñera. O<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 17<br />

Presidente chinês<br />

corteja líderes da<br />

América Latina<br />

CIMEIRA EM BRASÍLIA<br />

BRIC<br />

Na sua segunda cimeira, Brasil,<br />

Rússia, Índia e China defenderão<br />

uma forte fiscalização das<br />

instituições financeiras. Nas<br />

relações multilaterais, a ideia é<br />

ampliar as parcerias e encontrar<br />

mecanismos para fortalecer o<br />

grupo no cenário internacional.<br />

Chile é o segundo país da região<br />

que mais exporta para a China,<br />

com transacções comerciais de 13<br />

mil milhões de euros em 2009.<br />

Na opinião do vice-ministro<br />

dos Negócios Estrangeiros da<br />

China,LiJinzhang,avisitadeHu<br />

Jintao à América Latina será determinante<br />

para reforçar as relações<br />

diplomáticas e económicas<br />

já existentes. “Desde sempre, a<br />

China valorizou as suas relações<br />

com estes países”, disse o responsável<br />

de Pequim.<br />

De acordo com o relatório da<br />

Cepal, se as exportações sulamericanas<br />

para o gigante asiático<br />

aumentarem ao mesmo ritmo,<br />

a China poderá ser o segundo<br />

maior mercado de destino para a<br />

região, passando de 7,6% em<br />

2009 para 19,3% em 2020. A UE<br />

continuará a absorver 14% das<br />

exportações da América Latina,<br />

caindo o terceiro lugar. Quanto<br />

aos EUA, manterão o seu primeiro<br />

lugar, mas com uma queda de<br />

38,6% para 28,4% nos próximos<br />

dez anos. ■<br />

A outra cimeira para<br />

a qual a China não<br />

foi convidada<br />

AntesdacimeiradosBRIC,em<br />

Brasília, três países emergentes<br />

reúnem-se pela quarta vez. O<br />

fórum entre o Brasil, Índia e<br />

África do Sul é visto por alguns<br />

analistas como uma tentativa dos<br />

países emergentes democráticos<br />

reforçarem os laços comuns,<br />

distanciando-se dos gigantes<br />

menos democráticos. O trio<br />

prefere a versão de ser um grupo<br />

que se preocupa com o Sul<br />

do planisfério. O embaixador<br />

António Patriota, secretário-geral<br />

da diplomacia brasileira, sublinha<br />

que o trio não deve esquecer<br />

as suas responsabilidades no<br />

desenvolvimento do grande sul,<br />

até porque saíram da crise mais<br />

rápido que os outros.


18 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

MUNDO<br />

RADAR MUNDO<br />

1<br />

Reino Unido<br />

2<br />

O pequeno ecrã vai ter hoje,<br />

pela primeira vez, os candidatos<br />

a Downing Street a debater as<br />

suas prioridades para o Reino<br />

Unidoeomundoantesdaslegislativas<br />

de 6 de Maio.<br />

O país nunca tinha realizado<br />

debates televisivos entre os<br />

candidatos das principais formações<br />

políticas – trabalhistas,<br />

conservadores e liberais-democratas<br />

–, mas após longas<br />

negociações foi possível chegar<br />

a acordo para que ocorram agora.<br />

Os debates em directo vão<br />

opor durante 90 minutos os líderes<br />

trabalhista, Gordon<br />

Brown, o conservador David<br />

Cameron e o liberal-democrata<br />

Nick Clegg, nas quintas-feiras<br />

de15,22e29deAbril.Odebate<br />

de hoje aborda os temas da criminalidade<br />

e do sistema de saúde,<br />

enquanto os dois últimos se<br />

concentrarão nas questões de<br />

política externa e economia.<br />

Os líderes partidários britânicos<br />

sempre se opuseram a<br />

este tipo de debates, que consideram<br />

um “espectáculo”. Os<br />

líderes dos dois maiores partidos<br />

britânicos, o primeiro-ministro<br />

Gordon Brown e o líder<br />

conservador David Cameron, já<br />

apresentaram os seus programas<br />

de governo. Ontem foi a<br />

vez do líder do do Partido Liberal<br />

Democrata, Nick Clegg,<br />

apresentar-se como uma alternativa<br />

ao tradicional bipartidarismo<br />

britânico, assente num<br />

país mais justo. “Os partidos<br />

trabalhista e conservador ensi-<br />

3<br />

Candidatos a Downing<br />

Street enfrentam hoje<br />

primeiro debate televisivo<br />

naram-nos a esperar muito<br />

pouco dos políticos e obter menos<br />

ainda”, afirmou o líder da<br />

terceira força política britânica.<br />

A principal promessa dos liberal-democratas,<br />

cujo programa<br />

se articula em torno da justiça,<br />

passa pela redução dos impostos<br />

para as famílias com rendimentos<br />

pequenos ou médios,<br />

despesa que será financiada<br />

A subida das<br />

intenções de voto<br />

no Partido Trabalhista<br />

poderá estar<br />

ligada aos apoios<br />

que tem recebido<br />

de personalidades<br />

de peso. É o caso<br />

de JK Rowling, autora<br />

dos livros do famoso<br />

Harry Potter.<br />

1<br />

6<br />

5<br />

4<br />

com o fim de algumas lacunas<br />

jurídicas que beneficiam os<br />

mais ricos. Clegg prometeu<br />

também uma reestruturação do<br />

sistema de educação, uma reforma<br />

económica com medidas<br />

destinadas aos bancos e uma<br />

mudança constitucional que<br />

permitirá expulsar os deputados<br />

corruptos e modificará o sistema<br />

de votação e de eleição da<br />

Câmara dos Lordes.<br />

O líder dos liberal-democratas,<br />

de 43 anos, poderá ter um<br />

papel-chave nestas eleições.<br />

Segundo a sondagem, feita pelo<br />

instituto Populus, o Partido<br />

Conservador alcançaria 36%<br />

dos votos, o que representa uma<br />

quedadetrêspontosemcomparação<br />

com os resultados registados<br />

há semana passada. Já<br />

o Partido Trabalhista subiu um<br />

ponto, para 33% das intenções<br />

de voto. O Partido Liberal-Democrata<br />

mantém-se com 21%<br />

dos votos. Caso as duas principais<br />

forças partidárias britânicas<br />

não consigam a maioria absoluta,<br />

Clegg pode ser fundamental<br />

para decidir o futuro<br />

político do país.<br />

Apesar de se manter em segundo<br />

lugar, a subida das intenções<br />

de voto no Partido Trabalhista<br />

poderá estar ligada aos<br />

apoios que tem recebido de personalidades<br />

de peso. É o caso de<br />

JK Rowling, autora dos livros do<br />

famoso Harry Potter, que contibuiu<br />

recentemente com um milhão<br />

de libras para a campanha<br />

de Brown.■<br />

A diferença entre os dois candidatos é de três décimas.<br />

3 Brasil<br />

Dilma empata com Serra pela primeira vez<br />

A última sondagem, do Instituto<br />

Sensus, aponta pela primeira<br />

vez para um empate técnico entreJoséSerraeDilmaRousseff<br />

para as presidenciais de Outubro.<br />

Num cenário, que inclui a<br />

participação de Ciro Gomes<br />

como candidato presidencial, a<br />

diferençaentreSerraeDilmaé<br />

de 0,3 pontos percentuais —<br />

sendo que o ex-governador de<br />

São Paulo fica à frente, com<br />

32,7% das intenções, seguido<br />

por Dilma, com 32,4%.<br />

Para o analista Rafael Cortez,<br />

da Tendências Consultoria,<br />

o resultado consolida a rápida<br />

ascensão que Dilma Roussef<br />

traçou desde meados do ano<br />

passado, colando em José Serra.<br />

No entanto, é necessário<br />

aguardar as próximas sondagens,<br />

uma vez que os diferentes<br />

institutos têm dado resultados<br />

diferentes. “No último Datafolha,<br />

havia uma diferença de<br />

nove pontos entre os dois, indicando<br />

inclusive uma estabilidade<br />

de Dilma”, disse. Naquele<br />

estudo, feito entre os dias 25 e<br />

2 EUA<br />

Toyota suspende<br />

vendadaLexus<br />

A fabricante de automóveis<br />

japonesa Toyota anunciou que<br />

vai suspender temporariamente<br />

as vendas do modelo 2010 do<br />

Lexus GX 460, depois de uma<br />

revista americana especializada<br />

teralertadoosseusleitores<br />

para problemas de segurança<br />

do veículo. De acordo com<br />

a “Consumer Reports”, que<br />

feztestescomocarro,quando<br />

levado ao limite, o veículo pode<br />

derrapar. No teste realizado<br />

pela equipa da revista, o GX 460<br />

perdeu a estabilidade e andou<br />

de lado antes que o sistema<br />

electrónico tenha conseguido<br />

retomar o controlo.<br />

STRINGER Brazil/Reuters<br />

26 de Março, José Serra fortaleceu-se<br />

à frente, com 36% das<br />

intenções, e Dilma em segundo,<br />

com 27%, disse. Ciro Gomes<br />

, cuja candidatura ainda<br />

não foi confirmada pelo partido,<br />

fica em terceiro lugar, com<br />

10,1% dos votos, e Marina segue<br />

em quarto, com 8,1%. ■<br />

Juliana Elias, em São Paulo<br />

EMPATE TÉCNICO<br />

A diferença entre os dois<br />

‘presidenciáveis’ é de apenas<br />

três décimas.<br />

José Serra 32,7<br />

Dilma Rousseff<br />

Ciro Gomes<br />

Marina Silva<br />

Indecisos<br />

Fonte: Instituto Census<br />

10,1<br />

8,1<br />

16,8<br />

32,4


SEGUNDA ERUPÇÃO NUM MÊS NO GLACIAR ISLANDÊS<br />

A nova erupção do vulcão, sob o glaciar islandês, foi dez vezes mais violenta que a<br />

anterior, há um mês. O gelo derretido aumentou o nível dos rios em cerca de três<br />

metros, cortou estradas principais e obrigou 800 pessoas a evacuar. A protecção<br />

civil admite que a região está mais instável, ainda que exclua nuvens de cinzas<br />

vulcânicas que poderiam chegar à Europa e América do Norte.<br />

4 África do Sul<br />

Bilhetes para Mundial em supermercados<br />

A FIFA está preocupada com a escassa<br />

procura de bilhetes para os<br />

jogos do Mundial de futebol por<br />

parte dos adeptos sul-africanos e<br />

vai colocar hoje à venda os cerca<br />

de meio milhão de ingressos que<br />

ainda tem por vender em centros<br />

comerciais das nove cidadessede<br />

e numa cadeia de supermercadosdaÁfricadoSul.<br />

De acordo com a entidade que<br />

tutela o futebol mundial, ainda<br />

estão disponíveis bilhetes para<br />

todasaspartidasdoMundial,<br />

com excepção da final, que se<br />

realiza no estádio Soccer City em<br />

Joanesburgo, no dia 11 de Julho.<br />

“Estamos empenhados em<br />

facilitar o processo a todos os<br />

adeptos, dando-lhes esta última<br />

5 Polónia<br />

Eleições antecipadas para 20 de Junho<br />

A primeira volta das eleições presidenciais<br />

antecipadas na Polónia<br />

deve realizar-se a 20 de Junho, na<br />

sequência do acidente aéreo que<br />

vitimou o presidente Lech Kaczynski<br />

e outras 95 pessoas na<br />

Rússia. A data foi escolhida após<br />

várias manifestações contra o local<br />

onde Lech Kaczynski e a primeira-dama,<br />

vão a enterrar, tendo<br />

já o cineasta Andrzej Wajda,<br />

director do filme “Katyn”, sobre<br />

o massacre de oficiais polacos na<br />

oportunidade para ir aos jogos e<br />

sentiroentusiasmocomoprimeiro<br />

Mundial em África”, explicou<br />

o secretário-geral da<br />

FIFA, Jerôme Valcke.<br />

Na semana passada, a FIFA<br />

revelara que tinha vendido 2,2<br />

milhões de bilhetes, isto quando<br />

faltam dois meses para o início<br />

do Campeonato do Mundo, a 11<br />

de Junho, com o jogo entre os<br />

anfitriões e o México. ■<br />

Rússia em 1940, pedido à Igreja<br />

quedesistadadecisãodeenterrar<br />

opresidentenacatedraldeWawel,<br />

na Cracóvia, onde foram sepultados<br />

os reis da Polónia e o<br />

marechal Jozef Pilsudski, herói da<br />

independência poloca em 1918.<br />

Espera-se a participação no<br />

funeral do presidente dos Estados<br />

Unidos, Barack Obama, do<br />

presidente da Rússia, Dmitry<br />

Medvedev e e da chanceler alemã,<br />

Angela Merkel. ■<br />

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Ingolfur Juliusson/Reuters<br />

6 Suíça<br />

Presidente do UBS<br />

pede desculpa<br />

aos accionistas<br />

Kaspar Villiger, presidente<br />

executivo do UBS, pediu ontem<br />

desculpa aos accionistas do<br />

banco suíço, durante a<br />

assembleia geral da instituição,<br />

por ter ajudado muitos dos<br />

seus clientes norte-americanos<br />

em processos de evasão fiscal.<br />

Mas, ao mesmo tempo, pediu<br />

aos accionistas do banco que<br />

não exerçam os seus direitos<br />

de processarem as antigas<br />

administrações do banco,<br />

lamentando criticas de que<br />

têm sido alvo. Quanto às<br />

contas anuais, Kaspar Villiger<br />

manifestou orgulho nos<br />

resultados obtidos<br />

no exercício de 2009:<br />

“A empresa está estável e bem<br />

capitalizada, reduziu<br />

significativamente e grau de<br />

risco e encontrou o caminho<br />

para a rentabilidade.<br />

É mais do que se poderia<br />

esperar há um ano”.<br />

O UBS, o maior banco suíço<br />

em axtivos, alcançou um lucro<br />

de 1,7 mil milhões de euros<br />

no primeiro trimestre do<br />

exercício de 2010, o maior<br />

valor alcançado durante<br />

um trimestre nos últimos três<br />

meses. Esta evolução do<br />

resultado líquido deveu-se<br />

à melhoria do desempenho<br />

da banca de investimentos.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />

Ahmadinejad<br />

envia carta<br />

de tréguas a Obama<br />

O presidente iraniano, Mahmud<br />

Ahmadinejad, está disponível<br />

para cooperar com Obama se os<br />

EUA mudarem de política e respeitarem<br />

os direitos humanos<br />

no seu país. “Reconhecer o Irão<br />

beneficiará ambas as partes.<br />

Não procuramos nenhum tipo<br />

de confronto”, disse Ahmadinejad<br />

em declarações na televisão<br />

iraniana. O presidente iraniano,<br />

bastante criticado durante a cimeira<br />

nuclear de Washington<br />

pelo seu programa de enriquecimento<br />

de urânio, avançou que<br />

irá enviar uma carta a Obama,<br />

ainda que não tenha avançado o<br />

conteúdo. Obama, mal chegou à<br />

sala Oval, propôs abrir um novos<br />

capítulo nas relações entre<br />

os dois países, que até aqui tinha<br />

sido ignorado em Teerão.<br />

França perde 6%<br />

de turistas em 2009<br />

O país mais visitado do<br />

mundo, a França, recebeu<br />

menos 6% de turistas no ano<br />

passado. Segundo o ministro<br />

da indústria, Herve Novelli,<br />

a França teve 74 milhões<br />

de turistas em 2009, menos<br />

cinco milhões que no ano<br />

anterior. O euro caro<br />

afastou os turistas norteamericanos<br />

e britânicos,<br />

com quebras de 8%<br />

e 17%, respectivamente.


20 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

PT leva Zon a tribunal<br />

por dívidas de 2,6<br />

milhões de euros<br />

PT reclama dívida relativa ao acesso a condutas na Madeira e nos Açores. Zon<br />

alega que várias das estruturas são suas e que o preço triplicou desde o ‘spin-off’.<br />

Filipe Alves<br />

filipe.alves@economico.pt<br />

Quase três anos depois, o ‘spinoff’<br />

da antiga PT Multimedia,<br />

hoje Zon, continua a causar<br />

problemas à Portugal Telecom<br />

(PT). O Diário <strong>Económico</strong> apurou<br />

que as duas operadoras estãoatravarumadisputajudicial<br />

em torno das condutas da<br />

rede fixa, nos Açores e na Madeira,<br />

com a PT a exigir à Zon o<br />

pagamento de facturas em atraso<br />

no valor de 2,6 milhões de<br />

euros, um montante que poderá<br />

subir em breve devido a outras<br />

situações idênticas no continente.<br />

Segundo fontes judiciais, a<br />

Zon recusa pagar o montante<br />

reclamado pela PT, que diz respeito<br />

ao custo do acesso às condutas<br />

(para que a Zon possa<br />

prestar o serviço de telecomunicações<br />

fixas em áreas onde<br />

nãopossuiredeprópria).<br />

A empresa liderada por Rodrigo<br />

Costa alega que, após o<br />

‘spin-off’, em Novembro de<br />

2007, a PT passou a cobrar três<br />

vezes mais pelo acesso às condutas<br />

nos Açores e 2,5 vezes<br />

mais na Madeira, tendo aumentado<br />

os preços de forma<br />

unilateral, com base num novo<br />

levantamento de postes e condutas<br />

que foi contestado pela<br />

Zon. De acordo com as mesmas<br />

fontes, a Zon argumenta que<br />

algumas das condutas em<br />

questão são sua propriedade e<br />

não da antiga casa-mãe, pelo<br />

que se recusa pagar por estas<br />

estruturas.<br />

Embora de momento esteja<br />

em causa um montante relativamente<br />

pequeno, em comparação<br />

com o volume de facturação<br />

das duas operadoras, o caso<br />

poderá dar origem a um diferendo<br />

mais grave, uma vez que<br />

a PT poderá em breve avançar<br />

para tribunal para reclamar à<br />

Zon outras facturas em atraso,<br />

relativas ao custo de acesso às<br />

condutas da rede fixa existentes<br />

no continente. Desta forma, o<br />

montante agora reclamado poderá<br />

vir a ser muito superior.<br />

Contactadas pelo Diário<br />

PALAVRA-CHAVE<br />

✽<br />

Preço de custo<br />

AEstradas<br />

de Portugal,<br />

liderada por<br />

Almerindo<br />

Marques, também<br />

está em litígio<br />

comaPortugal<br />

Telecom por causa<br />

das condutas.<br />

As empresas que concorrem<br />

com a PT (Zon, Vodafone,<br />

Optimus e outras) têm direito<br />

a aceder às condutas e demais<br />

infra-estruturas da<br />

concessionária do serviço público<br />

de telecomunicações. Desta<br />

forma, os concorrentes da PT<br />

podem oferecer serviços<br />

de telecomunicações (voz<br />

e dados) em zonas onde não<br />

possuem condutas próprias.<br />

A PT está obrigada por lei a<br />

permitir o acesso das<br />

concorrentes às suas condutas,<br />

podendo cobrar um preço em<br />

função do custo com as referidas<br />

estruturas.<br />

<strong>Económico</strong>, fontes oficiais da<br />

PT e da Zon Multimedia recusaram<br />

fazer qualquer comentário<br />

sobre o assunto.<br />

Um caso de partilhas<br />

mal-feitas<br />

Os processos em tribunal entre<br />

as duas operadoras de telecomunicações<br />

têm sido uma<br />

constante desde que a Zon, antiga<br />

PT Multimedia, se separou<br />

do grupo PT em Novembro de<br />

2008 no seguimento dos compromissos<br />

assumidos pela gestão<br />

da PT perante os accionistas,<br />

no âmbito da defesa contra<br />

a Oferta Pública de Aquisição<br />

(OPA) lançada pela Sonaecom<br />

em 2006.<br />

No decorrer do ano passado,<br />

a PT e a Zon trocaram acusações<br />

graves entre si, no âmbito<br />

da disputa do mercado da televisão<br />

por subscrição, que por<br />

várias ocasiões chegou à barra<br />

dos tribunais ou ao juízo dos<br />

reguladores sectoriais (ver texto<br />

ao lado).<br />

Maséaprimeiravezqueas<br />

duas empresas se defrontam na<br />

Justiça para disputar a propriedade<br />

de estruturas partilhadas<br />

aquando do ‘spin-off’. As fontes<br />

contactadas pelo Diário<br />

<strong>Económico</strong> relembram que o<br />

‘spin-off’ foi realizado de forma<br />

relativamente apressada, nos<br />

seis meses que se seguiram ao<br />

fracasso da OPA da Sonaecom.<br />

Foi necessário separar as águas<br />

entre as duas operadoras, repartindo<br />

activos e cortando laços<br />

existentes em áreas como<br />

serviços partilhados, empresas<br />

detidas em parceria e fundos de<br />

pensões.<br />

Esta separação também se<br />

fezsentiraníveldapróprias<br />

estruturas de topo das operadoras<br />

de telecomunicações que<br />

disputam o mercado nacional<br />

de ‘pay-tv’. A gestão da PT é<br />

liderada por Zeinal Bava, antigo<br />

presidente-executivo da então<br />

PT Multimedia, ao passo<br />

que a actual Zon é presidida por<br />

Rodrigo Costa, antigo responsável<br />

máximo da unidade de<br />

rede fixa da incumbente, a PT<br />

Comunicações. ■<br />

PTASUBIREMBOLSA<br />

Os títulos da Portugal Telecom<br />

fecharam a subir cerca de 1%,<br />

fechando a valer 8,<strong>48</strong>9 euros.<br />

8,5<br />

8,4<br />

8,3<br />

8,2<br />

8,1<br />

8,0<br />

ZON VALORIZA<br />

A Zon Multimédia fechou ontem<br />

a valer 3,935 euros, uma subida<br />

de 0,59%.<br />

3,95<br />

3,90<br />

3,85<br />

3,80<br />

3,75<br />

12 Mar 2010<br />

Fonte: Bloomberg.<br />

3,70<br />

12 Mar 2010<br />

Fonte: Bloomberg.<br />

14 Abr 2010<br />

14 Abr 2010<br />

FACTOS E NÚMEROS DA POLÉMICA<br />

1 milhão<br />

É o valor, em euros, em atraso<br />

pelo acesso a condutas da PT<br />

Comunicações nos Açores.<br />

A Zon queixa-se que o valor<br />

cobrado pela Portugal Telecom<br />

triplicou desde a separação entre<br />

as duas operadoras, em 2007.


Sucol já tem comprador aprovado pela AdC<br />

A Autoridade da Concorrência (AdC), liderada por Manuel Sebastião,<br />

aprovou a compra da marca Sucol e das formulações utilizadas em Sucol,<br />

Sumol Néctar, Sumol Néclight e Sumol 100% Sumo pela Diviril Indústria e<br />

pela Melo Abreu à Sumol+Compal, “por um preço inexpressivo”, informou<br />

a empresa em comunicado à CMVM. Esta alienação não tem influência<br />

directa nos resultados da Sumol+Compal, tendo em conta o facto<br />

de os activos a vender não estarem valorizados no activo da empresa.<br />

Paula Nunes<br />

ENTRE AS OPERADORAS<br />

ARGUMENTOS<br />

Rodrigo Costa<br />

A Zon, liderada<br />

por Rodrigo Costa,<br />

argumenta que a PT<br />

aumentou o preço<br />

de acesso às<br />

condutas nas regiões<br />

autónomas, e garante<br />

mesmo que algumas<br />

destas infraestruturas<br />

são sua<br />

propriedade, após<br />

o‘spinoff’daPT<br />

Multimédia, em 2007.<br />

Zeinal Bava<br />

A Portugal Telecom,<br />

liderada por Zeinal<br />

Bava, avançou<br />

comumprocesso<br />

em tribunal contra<br />

a Zon, exigindo<br />

o pagamento de<br />

facturas em atraso no<br />

valor de 2,6 milhões<br />

de euros pelo acesso<br />

às condutas na<br />

Madeira e Açores.<br />

1,6 milhões<br />

É o valor, em euros, da dívida da<br />

Zon à PT relativa ao acesso a<br />

condutas da rede fixa no<br />

arquipélago da Madeira. A Zon<br />

rejeita pagar esta dívida e alega<br />

que a PT aumentou o preço em<br />

2,5 vezes, desde o ‘spin-off’.<br />

Condutas<br />

Em sua defesa, a Zon vai alegar<br />

que parte das condutas em<br />

questão são suas e que não<br />

pertencemàPT.Emcausa<br />

estarão ‘partilhas’ mal feitas,<br />

aquando da separação entre as<br />

duas operadoras.<br />

AGENDA DO DIA<br />

● Google apresenta resultados<br />

do exercício no primeiro trimestre<br />

de 2010.<br />

● Costa Cruzeiros apresenta<br />

estratégia e novidades para 2011.<br />

● Conferência ACAP sobre a<br />

indústria e comércio automóvel em<br />

Portugal, no CCB.<br />

João Paulo Dias<br />

Tribunal<br />

Os processos em questão, que<br />

aguardam a realização das<br />

primeiras audiências, poderão<br />

ser seguidos de outras queixas<br />

idênticas por parte da PT contra<br />

a Zon, relativas a outras facturas<br />

em atraso no Continente.<br />

A PT e a Zon têm trocado<br />

acusações desde que se<br />

separaram, em Novembro<br />

de 2007.<br />

Filipe Alves<br />

filipe.alves@economico.pt<br />

Desde que passaram a ser duas<br />

empresas distintas, em Novembro<br />

de 2007, que a PT e a<br />

Zon têm travado vários braços-de-ferro,<br />

em especial nas<br />

áreas da televisão por subscrição<br />

e do acesso aos conteúdos<br />

audiovisuais.<br />

Passados quase três anos, as<br />

equipas de gestão das duas<br />

empresas continuam a ser<br />

compostas por antigos responsáveisumadaoutra.ZeinalBava,<br />

presidente executivo (CEO)<br />

da PT, desempenhou o mesmo<br />

cargo na antiga PT Multimedia.<br />

E Rodrigo Costa, CEO da<br />

Zon, é o antigo presidente da<br />

PT Comunicações, a empresa<br />

da Portugal Telecom que gere a<br />

rede fixa.<br />

Foi, aliás, Rodrigo Costa<br />

quem criou o serviço de televisão<br />

interactiva da PT, o Meo, no<br />

Verãode2007.OmesmoMeo<br />

que, nos anos que se seguiram,<br />

se transformou no grande concorrente<br />

da TV Cabo, no âmbito<br />

da estratégia ‘triple play’ da<br />

PT, que visa inverter a tendência<br />

de declínio da rede fixa de<br />

telecomunicações.<br />

Mas esta não foi a única ironia<br />

decorrente da separação da<br />

dona da TV Cabo em relação à<br />

antiga empresa irmã. Falando<br />

de um “colete de forças”, Zeinal<br />

Bava tem protestado contra<br />

as condições de acesso aos<br />

conteúdos da Lusomundo, do<br />

grupo Zon. Condições essas<br />

que foram fixadas pelo próprio<br />

Zeinal Bava quando este era<br />

presidente da então PT Multimedia,<br />

hoje Zon.<br />

“É normal que os gestores<br />

vistam a camisola das empresas<br />

onde trabalham e defendam os<br />

seus interesses”, disse uma fonte<br />

do sector contactada pelo<br />

Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Troca de acusações em tribunal<br />

O grau zero de relações entre<br />

as duas operadoras irmãs foi<br />

atingida no Verão do ano passado,<br />

quando a PT colocou a<br />

Zon em tribunal por “concorrência<br />

parasitária”. A 16 de Julho<br />

de 2009, a operadora liderada<br />

por Zeinal Bava acusou a<br />

Zon de se aproveitar da PT para<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 21<br />

A relação agitada<br />

de duas antigas<br />

parceiras<br />

alavancar a sua oferta de televisão,<br />

na sequência de uma<br />

polémica em torno da utilização<br />

do termo “fibra” pela dona<br />

da TV Cabo. A concorrência<br />

parasitária consiste num aproveitamento<br />

do esforço intelectual<br />

ou económico alheio, ainda<br />

que possa ou não criar o risco<br />

de confusão entre serviços.<br />

Ou seja, é um acto de concorrência<br />

desleal.<br />

Por sua vez, a Zon retaliou<br />

com uma queixa contra a PT, no<br />

organismo que regula a publicidade<br />

em Portugal, contra a<br />

campanha do Meo Fibra da PT,<br />

considerando que esta viola os<br />

princípios éticos basilares da<br />

comunicação comercial.<br />

A campanha do Meo Fibra<br />

“viola frontalmente os princípios<br />

da legalidade, honestidade,<br />

veracidade e leal concorrência”,<br />

acusou a Zon, na parte<br />

da queixa apresentada a 20 de<br />

Julho ao Instituto Civil para a<br />

Autodisciplina da Comunicação<br />

Comercial (ICAP). ■<br />

O ‘spin-off’<br />

da então PT<br />

Multimedia foi<br />

um compromisso<br />

assumido pela<br />

gestão liderada<br />

por Henrique<br />

Granadeiro, como<br />

defesa contra a<br />

OPA da Sonaecom.


22 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

Supermercados da Alisuper<br />

encerram até ao final do mês<br />

Os últimos 16 supermercados da cadeia algarvia Alisuper em<br />

funcionamento “vão ter de fechar até ao final de Abril”, apesar<br />

dos apelos dos trabalhadores contra essa decisão, confirmou à Lusa<br />

José António Silva, presidente da Alicoop. “Não resta alternativa senão<br />

o fecho dos supermercados”, justificando a medida com a “protecção<br />

da massa insolvente”. A 1 de Maio, os 58 trabalhadores em actividade<br />

terão de juntar-se aos 380 que já têm os seus contratos suspensos.<br />

AdP prepara<br />

aumento<br />

de capital de<br />

300 milhões<br />

Empresa quer manter saúde financeira e fazer<br />

face a um ambicioso plano de investimentos.<br />

Ana Maria Gonçalves<br />

ana.goncalves@economico.pt<br />

A Águas de Portugal (AdP), sete<br />

anos depois do último reforço de<br />

100 milhões de euros, necessita<br />

de um novo aumento de capital,<br />

na ordem dos 300 milhões de euros.<br />

A operação está já a ser analisada<br />

pelo accionista Estado e deverá<br />

concretizar-se a médio prazo.<br />

A informação foi avançada ao<br />

Diário <strong>Económico</strong> pelo seu presidente,<br />

Pedro Serra.<br />

Oobjectivoénãosómantero<br />

equilíbrio financeiro da empresa,<br />

mas também fazer face ao ambicioso<br />

plano de investimentos para<br />

os próximos cinco anos, estimado<br />

em cerca de 3.200 milhões de euros.<br />

Destes, cerca de dois mil milhões<br />

de euros serão para os sistemas<br />

de abastecimento de água e<br />

saneamento de águas residuais<br />

(incluindo cerca de 176 milhões de<br />

euros na Empresa Pública de<br />

Águas de Lisboa). Do bolo global<br />

destaca-se ainda uma fatia de 362<br />

milhões de euros na área dos resíduos<br />

(através da ‘sub-holding’<br />

Empresa Geral de Fomento) e 835<br />

milhões de euros nas energias renováveis.<br />

O capital social da ‘holding’ –<br />

responsável pelo abastecimento<br />

deáguaedesaneamentoa234<br />

dos 308 municípios existentes em<br />

A Águas de Portugal<br />

prevê investir nos<br />

próximos cinco anos<br />

cerca de 3.200<br />

milhões de euros<br />

no sector das águas,<br />

resíduos sólidos<br />

urbanos e energias<br />

renováveis.<br />

Portugal, assumindo a prestação<br />

do serviço público a 87,8% da<br />

população –, está actualmente fixado<br />

em 434,5 milhões de euros.<br />

Apesar do esforço de capitalização<br />

que carece, Pedro Serra<br />

realça que o grupo registou em<br />

2009 os melhores resultados líquidos<br />

de sempre, se expurgados das<br />

mais-valias financeiras assinaladas<br />

com a venda da Aquapor e da<br />

Recigroup. A AdP alcançou assim<br />

lucros de 45,9 milhões de euros.<br />

Um valor que compara com os<br />

63 milhões de euros registados em<br />

2008 e que servirá, de acordo com<br />

o gestor, de baliza de referência<br />

para os exercícios mais próximos.<br />

Ainda com base numa análise<br />

comparativa, excluindo a Aquapor<br />

e a Recigroup, que em 2009<br />

representaram 41,6 milhões de<br />

euros nas vendas do grupo, o volume<br />

de negócios cresceu em<br />

7,2%, relativamente ao exercício<br />

anterior, para 659,3 milhões de<br />

euros.<br />

Este acréscimo foi influenciado<br />

pela dinâmica dos sistemas<br />

multimunicipais, decorrente da<br />

entrada em funcionamento de<br />

mais infra-estruturas. Em termos<br />

absolutos, o resultado bruto<br />

de exploração (EBITDA) ascendeu<br />

a 280,6 milhões de euros.<br />

Para concretizar os objectivos<br />

estabelecidos nos respectivos<br />

planos estratégicos sectoriais, ao<br />

longo de 2009, o grupo AdP investiu<br />

cerca de 556,6 milhões de<br />

euros. Um dos pontos altos do<br />

plano estratégico da Águas de<br />

Portugal no último exercício foi a<br />

conclusão dos dois primeiros<br />

processos de parcerias entre o<br />

Estado e as autarquias, um na região<br />

do Alentejo, outro na zona<br />

deAveiro.Oprimeiroenvolve<br />

nove municípios, o segundo, 21.<br />

Estes projectos inserem-se no<br />

processo de reestruturação de<br />

um sector que se encontra fortemente<br />

fragmentado, dificultando<br />

a obtenção de economias de escala<br />

em cenários que exigem, por<br />

norma, pesados investimentos<br />

nas redes de distribuição. ■<br />

O sindicato da SATA contesta<br />

irregularidade em promoções.<br />

A Águas de Portugal, presidida<br />

por Pedro Serra, registou em<br />

2009 o maior lucro de sempre,<br />

45,9 milhões de euros.<br />

LUCROS<br />

45,9 milhões<br />

O lucro líquido de 2009 ascendeu<br />

a 45,9 milhões de euros, menos<br />

27,14% que o registado no ano<br />

anterior. A variação deve-se à<br />

realização de mais-valias, em<br />

2008, com a venda da Aquapor<br />

e da Recigroup.<br />

AVIAÇÃO<br />

Pessoal de cabine da SATA apresenta<br />

pré-aviso de greve em Julho e Agosto<br />

O sindicato do pessoal de cabine (SNPVAC) apresentou um pré-aviso<br />

de greve para Julho e Agosto na SATA, acusando a empresa de cometer<br />

uma ilegalidade ao promover temporariamente chefes de cabine.<br />

“Gostávamos de saber se noutros sectores também se promove<br />

directores a presidente ou chefe e se depois voltam novamente aos<br />

cargos anteriores”, afirmou à Lusa Henrique Martins, do SNPVAC. A<br />

SATA reagiu, dizendo que a substituição temporária está prevista na lei.<br />

NEGÓCIOS<br />

659,3 milhões<br />

A Águas de Portugal conseguiu<br />

um crescimento do volume<br />

de negócios de 7,24% no ano<br />

transacto, atingindo os 659,3<br />

milhões de euros no final de<br />

2009. Um ano antes, os negócios<br />

ascendiam a 614,8 milhões.<br />

ENDIVIDAMENTO<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

2.547 milhões<br />

O esforço de investimento<br />

verificado nos últimos anos, tem<br />

levado a um aumento substancial<br />

da divida bancária total da AdP,<br />

que chegou aos 2.547,3 milhões<br />

de euros. No final de 2006 esse<br />

valor era de 1.653,3 milhões.


URBANISMO<br />

EnsulMeci assina contrato de 70 milhões<br />

de euros para renovação urbana em Díli<br />

A empresa portuguesa EnsulMeci assinou um contracto com o governo<br />

de Timor Leste, no valor de 100 milhões de dólares (cerca de 73 milhões<br />

de euros) para a renovação urbana de Colmera, um dos principais<br />

bairros do centro de Díli, a capital do país. Rui Sousa, presidenteexecutivo<br />

da empresa, disse à Lusa que o projecto visa a criação<br />

de uma baixa em Dili, dotando a capital de “áreas de habitação,<br />

escritórios, serviços e hotéis”.<br />

Cimpor<br />

àespera<br />

das renúncias<br />

Três administradores renunciaram ontem<br />

aos seus cargos na gestão da cimenteira.<br />

Maria Teixeira Alves<br />

maria.alves@economico.pt<br />

Está já concluída a agenda que<br />

será levada à assembleia geral da<br />

Cimpor do próximo dia 29 de<br />

Abril. Um consenso arrancado a<br />

ferros e atrasado por desavenças<br />

políticas, mas que foi finalmente<br />

alcançado entre os novos accionistas<br />

da Cimpor. Para eleger os<br />

seus representantes, a Camargo<br />

Corrêa, a Votorantim e a Caixa<br />

Geral de Depósitos (CGD) uniram-se<br />

para propor a destituição<br />

de membros da administração e<br />

para a eleição dos novos titulares<br />

desses lugares, em face das renúncias<br />

ou destituições (a que se<br />

junta a Investifino).<br />

Este ponto 7 da agenda torna<br />

claro que os administradores escolhidos<br />

para saírem, teriam de<br />

optarentrearenúnciaeadestituição.<br />

Por isso, ontem, Pedro<br />

Empis, José Arteta e Vicente<br />

Mosquera (todos escolhidos por<br />

accionistas que já venderam as<br />

suas acções) renunciaram aos<br />

cargos. Aliás, no documento publicado<br />

no ‘site’ da CMVM, já era<br />

previsível que saíssem mais administradores<br />

até à assembleia.<br />

Para os lugares que se prevêem<br />

vagos estão propostos António<br />

Castro Guerra (’chairman’), Francisco<br />

de Lacerda (que será o presidente<br />

executivo), João Lopes Raimundo,<br />

Edison Franco, Albrecht<br />

Domenech, Walter Schalka, Álvaro<br />

Veloso e o independente José<br />

Neves Adelino. Pelo menos dois<br />

dos representantes dos accionistas<br />

brasileiros deverão ser executivos<br />

na gestão da Cimpor.<br />

Na nova agenda da assembleia<br />

geral fica claro que os accionistas<br />

terão de autorizar que os administradores<br />

da Camargo e da Votorantim<br />

entrem no Conselho de Administração<br />

da Cimpor, de que são<br />

concorrentes no Brasil. Na nova<br />

ordem de trabalhos foi incluído o<br />

ponto 9 que prevê “deliberar sobre<br />

aautorizaçãoaconcederamembros<br />

do conselho de Administração<br />

da sociedade para o exercício<br />

da actividade concorrente (por<br />

conta própria ou alheia) e/ou de<br />

funções em sociedade concorrente<br />

e relativamente à sua designação<br />

por conta ou em representação da<br />

sociedade concorrente”.<br />

Sem esta autorização, os nomes<br />

de José Edison Franco (Camargo),<br />

Albrecht Domenech<br />

(Camargo), Walter Schalka e Álvaro<br />

Veloso (ambos da Votorantim)<br />

não poderiam entrar na administração<br />

da Cimpor, assim o<br />

diz o Código das Sociedades Comerciais,<br />

no artigo 398º, nº3. O<br />

mesmo artigo define que a autorização<br />

a ser dada pela assembleia<br />

deve definir o regime de<br />

acesso a informação sensível por<br />

parte do administrador em causa<br />

(concorrente). O que ganha especial<br />

relevância no actual contexto<br />

de análise pela CA<strong>DE</strong> à concorrência<br />

no Brasil, onde a Cimpor<br />

tem 10% do mercado.<br />

O documento inclui ainda uma<br />

proposta de redução do número<br />

de administradores até ao termo<br />

do mandato em curso (até 2012).<br />

O contrato da sociedade estipula<br />

umnúmeroentre5e15parao<br />

Conselho de Administração. Esta<br />

proposta veio da Votorantim. A<br />

Camargo propôs ainda uma redução<br />

do mandato dos administradores<br />

dos actuais quatro para três<br />

anos, a contar a partir de 2012. ■<br />

<strong>DE</strong>STITUIÇÕES, RENÚNCIAS<br />

E ELEIÇÕES<br />

Saem<br />

Ricardo Bayão Horta (já saiu)<br />

Pedro Empis (já saíu)<br />

Vicente Mosquera (já saíu)<br />

José Arteta (já saíu)<br />

Luís Barbosa<br />

Jorge Salavessa Moura<br />

Manuel Faria Blanc<br />

Ficam e entram<br />

Ficam: António Gomes Mota;<br />

José Fino; Jorge Tomé; Luís<br />

Sequeira Martins; António Varela;<br />

Luís Ribeiro Vaz<br />

Entram: António Castro Guerra;<br />

Francisco Lacerda; João Lopes<br />

Raimundo; Edison Franco; Albrecht<br />

Domenech; Walter Schalka; Álvaro<br />

Veloso; José Neves Adelino<br />

O “Wine Masters Challenge 2010”<br />

realizou-se este ano no Estoril.<br />

Accionistas da Cimpor estabilizaram<br />

a empresa, pelo menos<br />

até à assembleia geral.<br />

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VINHOS<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 23<br />

Serros da Mina 2006 Tinto<br />

premiado com medalha de ouro<br />

A Adega Herdade das Barras conquistou a medalha de Ouro na XII<br />

Edição do Concurso Mundial de Vinhos “Wine Masters Challenge 2010”<br />

com o vinho Serros da Mina 2006 Tinto. A XII Edição do Concurso<br />

Mundial de Vinhos “Wine Masters Challenge 2010” realizou-se ao longo<br />

dos dias 5 e 10 de Abril, no Estoril, onde foram testados cerca de 4.497<br />

vinhos perante um júri internacional, qualificando para a final 3.751<br />

onde foram atribuídas apenas 258 medalhas nas várias categorias.<br />

João Paulo Dias


24 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

TELECOMUNICAÇÕES<br />

Operadora de fibra óptica espanhola<br />

prepara expansão para Portugal<br />

A capital de risco britânica CVC Capital Partners comprou uma posição<br />

de 35% da R, operadora de por fibra óptica galega, que poderá avançar<br />

para Portugal. A CVC planeia aumentar a sua participação, avança a<br />

empresa em comunicado. A empresa de capital de risco injectará 1.500<br />

milhões de euros na R nos próximos cinco anos, para que a operadora<br />

da Galiza expanda as suas actividades a “toda a Península Ibérica”,<br />

através da compra de outras operadoras, refere o “BandaAncha”.<br />

O aeroporto da Portela terá mais<br />

30 lojas de ‘prestígio’ e um Spa.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

Se se confirmar que a Portela vai<br />

fechar em menos de dez anos, é<br />

certo que os seus últimos dias não<br />

vão ser de decadência. Antes pelo<br />

contrário: até ao seu fecho, o actual<br />

aeroporto de Lisboa irá ser<br />

dotado de equipamentos que<br />

nunca viu nas anteriores décadas.<br />

É essa a firme intenção dos actuais<br />

responsáveis da ANA – Aeroportos<br />

de Portugal, empresa que gere<br />

o sistema aeroportuário nacional,<br />

para evitar a quebra da qualidade<br />

de serviço e conforto prestado aos<br />

passageiros.<br />

Um processo que começou<br />

por novos terminais de passageiros<br />

e de carga aérea, prolongouse<br />

com a mais que duplicação de<br />

portas de embarque com mangas<br />

telescópicas e vai prosseguir nos<br />

próximos anos: novos espaços de<br />

lazer, novos cafés e restaurantes,<br />

alguns deles só para fumadores,<br />

um ‘SPA’, mais de 30 novas lojas<br />

de marcas de prestígio, novos<br />

acessos rodoviários à zona das<br />

chegadas e um novo terminal<br />

para transportes colectivos, são<br />

alguns dos trunfos com que a<br />

ANApretendecativarospassageiros<br />

esperados para os próximosanosnaPortela.<br />

A ANA prevê que em 2017 a<br />

Portela receba entre 16,7 milhões<br />

de passageiros, segundo o cenário<br />

pessimista, e 19,5 milhões, de<br />

acordo com as estimativas mais<br />

optimistas. O ano de 2017 é fundamentalporqueéoanoesperado<br />

do início da operação do novo aeroporto<br />

internacional de Lisboa,<br />

no Campo de Tiro de Alcochete.<br />

Guilhermino Rodrigues, presidente<br />

da ANA, disse ontem, num<br />

encontro com jornalistas, que,<br />

caso o novo aeroporto de Lisboa<br />

não entre em funcionamento em<br />

2017, “posso processar mais passageiros<br />

na Portela em 2018 e<br />

2019, mais do que os 17 milhões<br />

[de passageiros/ano, que é a capacidade<br />

limite da Portela], mas vou<br />

degradar a qualidade do serviço”.<br />

No ano passado, a Portela mo-<br />

O evento destina-se principalmente<br />

aos portugueses radicados em França.<br />

INTERNACIONALIZAÇÃO<br />

Invest Lisboa promove evento<br />

para captação de investimento em Paris<br />

A Invest Lisboa, uma parceria da Câmara Municipal de Lisboa, da<br />

Associação Comercial de Lisboa e da AICEP, vai promover, no próximo<br />

dia 18 de Maio, o primeiro evento fora do país para captação de<br />

investimento para a cidade de Lisboa. A Embaixada de Portugal em<br />

Paris vai acolher o evento “Promoção de Lisboa em Paris”, que visa<br />

promover as oportunidades de negócio em Lisboa e se dirige<br />

prioritariamente aos empresários portugueses e luso-descendentes.<br />

Aeroporto da Portela vai ter SPA e mais<br />

<strong>Plano</strong> de expansão do aeroporto da capital vai prolongar-se até 2012 e exigir mais cerca de 160 milhões<br />

A ANA já registou<br />

uma recuperação<br />

de 8,5% no tráfego<br />

da Portela no<br />

primeiro trimestre.<br />

Até 2017, deverá<br />

receber até 16,7<br />

ou 20,5 milhões<br />

de passageiros.<br />

Novo aparelho portátil que vai<br />

ajudar a monitorizar as entradas<br />

e saídas do aeroporto.<br />

O presidente da ANA, Guilhermino<br />

Rodrigues apresentou as novidades<br />

nosaeroportosqueaempresagere.<br />

vimentou 13,2 milhões de passageiros,<br />

uma queda de 2,5% face a<br />

2009, mas os primeiros meses<br />

deste ano têm registado uma tendência<br />

de forte recuperação, com<br />

umasubidade8,5%faceaoperíodo<br />

homólogo de 2009.<br />

O projecto do actual plano de<br />

expansão deu os primeiros passos<br />

em 2003, com um estudo dos<br />

norte-americanos da Parsons,<br />

mas só foi aprovado pela administração<br />

da ANA em 2005. Tendo<br />

arrancado no terreno em<br />

2006, só deverá estar concluído<br />

em 2012, após um investimento<br />

de 380 milhões de euros. Desse<br />

montante, já foram aplicados<br />

216,5 milhões.<br />

Para este ano, está previsto o<br />

investimento de 82 milhões de<br />

euros. Para 2011, a ANA programou<br />

aplicar mais 55 milhões, enquanto<br />

em 2012 deverão ser investidos<br />

mais 21 milhões de euros<br />

na Portela. O director do aeroporto<br />

da Portela, Francisco Severino,<br />

disse ontem que este plano<br />

foi a única forma de responder à<br />

procura que houve antes da crise<br />

financeira global, a partir de<br />

Agosto de 2008, sublinhando que<br />

as obras decorreram no prazo<br />

previsto, abaixo do orçamentado<br />

– uma poupança de 12 milhões de<br />

euros até ao momento – e sem<br />

degradação das condições de utilização<br />

do aeroporto.<br />

Os próximos meses poderão<br />

confirmar a tendência de recuperação<br />

do tráfego de passageiros na<br />

Portela. Entre reforço de voos já<br />

existentes, ligações de novas<br />

companhas para destinos já escalados<br />

e novas rotas a partir da<br />

Portela, a ANA reclama que o Verão<br />

IATA – época utilizada nos aeroportos<br />

internacionais, que se<br />

inicia em Março e se prolonga até<br />

Outubro – de 2010 vai ter mais de<br />

90 novos destinos regulares, dos<br />

quais 64 nas Europa e 11 domésticos.<br />

Marraquexe, Dusseldorf, São<br />

Vicente (Cabo Verde) Copenhaga<br />

e Campinas (estado de São Paulo,<br />

no Brasil) são as apostas que poderão<br />

render mais dividendos a<br />

curto-prazo (ver texto ao lado). ■


Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> Nº <strong><strong>48</strong>68</strong> não pode<br />

ser vendido separadamente | 15 Abril 2010<br />

INOVAÇÃO<br />

&TECNOLOGIA<br />

Televisão 3D<br />

Samsung, LG e<br />

Panasonic iniciaram<br />

a guerra. Descubra<br />

os modelos. P. IV<br />

iPad<br />

Quem pode<br />

ofuscar a<br />

nova estrela<br />

da Apple<br />

Conheça os pontos fortes e fracos<br />

do novo fenómeno da Apple. E descubra<br />

o que os rivais Microsoft, Dell e HP estão<br />

a preparar para lhe fazer frente.<br />

P. II<br />

Gadgets<br />

António Câmara não<br />

dispensa dois objectos<br />

no dia-a-dia. Mas ainda<br />

lhe falta um. P. VI<br />

Twitter quer fazer dinheiro<br />

com cada ‘tweet’ enviado<br />

Devido ao<br />

sucesso de<br />

vendas nos<br />

EUA, a Apple<br />

adiou por um<br />

mês a chegada<br />

do iPad aos<br />

mercados<br />

internacionais.<br />

A rede social de micromensagens vai apostar na introdução de publicidade<br />

para potenciar o negócio, replicando o modelo que encheu os bolsos da Google. P. VII


II<br />

INOVAÇÃO&TECNOLOGIA HOME PAGE<br />

iPadeos<br />

rivais que<br />

lhe podem<br />

fazer sombra<br />

Há vida para além do iPad? Há. Conheça<br />

os prós e contras do ‘tablet’ da Apple e saiba<br />

o que os concorrentes estão a preparar.<br />

Éo ‘gadget’ sensação dos seguidores<br />

da Apple e já fez<br />

correr rios de tinta – e caracteres<br />

na Internet – desde<br />

que foi anunciado. O<br />

iPad levou milhares de pessoas<br />

a esperar numa fila interminável<br />

em frente às lojas<br />

da Apple. Já vendeu cerca de 500 mil unidades,<br />

foi considerado revolucionário, arrasado<br />

pela crítica, desbloqueado por um ‘hacker’<br />

e destruído por um adolescente com um taco<br />

debaseball.Tudonoespaçodeumasemana.A<br />

procura foi tal que a Apple viu-se obrigada a<br />

adiar, por um mês, a distribuição nos mercados<br />

internacionais.<br />

O ‘tablet’ da dona do iPhone não é consensual<br />

mas, num ponto, os especialistas estão de<br />

acordo: é versátil e permite várias utilizações,<br />

como ler livros electrónicos ou jornais e ver<br />

vídeos. Contudo, apesar do ecrã ‘touch’ ter um<br />

‘interface’ totalmente inovador - ou mesmo<br />

com o teclado comprado à parte – o iPad não<br />

substitui o computador.<br />

“Seéuminternauta,usaredessociais,email,<br />

fotos, vídeos, livros, jornais e música esta pode<br />

ser a opção ideal”, considerou o crítico veterano<br />

do “Wall Street Journal”, Walter Mossberg,<br />

apósumasemanadeteste.Abateriaéoutradas<br />

características positivas: chega a durar um dia<br />

inteiro com uma utilização intensiva. “Contudo,seprecisadeeditarimagensoudocumentos<br />

ou ter vídeo para ‘chat’ então o iPad não substitui<br />

o seu actual computador”, garante. A maioriadoscríticosreferequeoaparelhonãosuporta<br />

Flash, formato vídeo da Adobe usado nos ‘sites’comfunçõesmultimédia.Estes,contudo,já<br />

estão a fazer experiências em HTML5 (próxima<br />

geração de código de programação de pá<strong>gina</strong>sdeinternet),queécompatívelcomoiPad.<br />

Apesar dos pontos positivos as falhas rapidamente<br />

se revelaram. O facto de não permitir<br />

correr várias aplicações ao mesmo tempo é a<br />

maior crítica apontada. “O iPad não é multitarefa,correumaaplicaçãodecadavezevemsem<br />

câmara não permitindo vídeochamada”, apontouDavidPogue,do“TheNewYorkTimes”.<br />

A ausência de câmara não foi esquecimento:<br />

a Apple costuma deixar alguns extras de<br />

fora da primeira versão para as incorporar nas<br />

seguintes. Foi assim com o iPhone, que só na<br />

segunda versão teve 3G e só no Verão é que vai<br />

permitir ‘multitasking’, com o novo sistema<br />

operativo 4 OS.<br />

A actualização, de resto, estará disponível<br />

para o iPad no Outono. Um pouco antes da<br />

previsão de chegada do iPad a Portugal, que ficou<br />

fora da lista de países escolhidos para receber<br />

o ‘tablet’ já no final deste mês. Enquanto<br />

a estrela de Steve Jobs não chega a Portugal as<br />

alternativas começam a ser cada vez mais.<br />

Basta escolher a sua preferida. Por Cátia Simões<br />

Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 15.04.2010<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

Ecrã: 9,7 polegadas<br />

Dimensões: 242,8 x 189,7<br />

x 13,4 mm. 680 gramas.<br />

Processador: 1,0 GHz<br />

Apple A4<br />

Memória: 16GB/32GB/<br />

64 GB<br />

Sistema Operativo:<br />

iPhone OS<br />

Conectividade: Bluetooth<br />

2.1+EDR,WiFiN,3Gopcional.<br />

Conector padrão da<br />

Apple (30 pinos); Leitor de<br />

cartão externo vendido<br />

separadamente.<br />

Extras: vai ter periféricos<br />

como o teclado.<br />

Preço: apartirde499<br />

dólares (350 euros) na versão<br />

sem 3G.<br />

Comercialização: Em<br />

Portugal no final do ano.<br />

Steve Jobs<br />

O presidente da Apple<br />

apresentou o iPad em<br />

Janeiro, mas o ‘tablet’<br />

só chegou ao mercado<br />

norte-americano em Abril.<br />

Até agora já vendeu 500<br />

mil unidades.<br />

Oprimeiro<br />

‘tablet’<br />

Apesar do ‘hype’ em<br />

tornodoiPad,oprimeiro<br />

a apresentar um ‘tablet’<br />

foi Bill Gates, presidente<br />

da Microsoft, a principal<br />

concorrente da Apple.<br />

Em Novembro de 2001,<br />

na Comdex Fall, Gates<br />

apresentou o protótipo<br />

de um aparelho portátil<br />

‘tablet’, desenvolvido<br />

pela Toshiba.<br />

O que deve saber sobre o iPad<br />

1.<br />

Qual a diferença<br />

entre um iPad<br />

e um computador<br />

portátil ou um<br />

‘e-reader’?<br />

O termo computador<br />

portátil tem sido<br />

substituído por uma<br />

série de outros conceitos<br />

mais específicos,<br />

desde ‘netbook’<br />

a ‘slate’. O iPad<br />

enquadra-se na categoriado‘slate’,ou<br />

‘tablet’, dado que não<br />

tem teclado. Além<br />

disso, para navegar<br />

no computador, utiliza-se<br />

o ecrã sensível<br />

ao toque, tal como no<br />

iPhone ou no iPod<br />

Touch, que é possível<br />

em alguns portáteis<br />

mas não em todos.<br />

No que toca ao ‘e-reader’,<br />

como o Kindle, a<br />

principal diferença é<br />

queoiPadéacorese<br />

mostra os livros hori-<br />

zontalmente, com<br />

duas pá<strong>gina</strong>s, ou verticalmente,<br />

com só<br />

uma pá<strong>gina</strong>. O Kindle<br />

só mostra a pá<strong>gina</strong><br />

verticalmente. Além<br />

disso, no Kindle,<br />

pode-se ter acesso<br />

a todos os livros<br />

da Amazon.com. No<br />

iPad começou-se<br />

com 30 mil livros<br />

da iBookstore.<br />

2.<br />

Para que serve<br />

oiPad?<br />

Ler livros electrónicos<br />

ou jornais (os<br />

grupos de media<br />

estão a degladiar-se<br />

para terem uma edição<br />

disponível no<br />

iPad, mediante assinatura),<br />

consultar emails<br />

ou outras pá<strong>gina</strong>s<br />

de internet e ver<br />

vídeos em ‘streaming’<br />

ou fazer o ‘download’<br />

do ‘site’ da Apple, já<br />

queoiPadnãotem<br />

leitor de DVD. E permite<br />

utilizar as aplicações<br />

disponíveis no<br />

iTunes e ainda jogar<br />

jogos. O iPad é<br />

melhor para, por<br />

exemplo, quem lê<br />

blogues do que para<br />

quem tem blogues.<br />

Ou para quem<br />

não tem de escrever<br />

respostas muito<br />

longas a e-mails.<br />

3.<br />

Quando posso<br />

comprar um iPad<br />

em Portugal<br />

e quanto custa?<br />

OiPadsóchegaao<br />

mercado português<br />

no final deste ano,<br />

mais ainda a tempo<br />

do Natal. A Apple<br />

ainda não divulgou<br />

quanto vai custar o<br />

equipamento fora<br />

dos Estados Unidos,<br />

ondeospreços


variam entre os 499<br />

dólares(cercade375<br />

euros) e os 829 dólares<br />

(cerca de 620 euros). A<br />

partir de 499 dólares é<br />

possível comprar a versão<br />

de 8GB sem 3G. A<br />

versão mais cara equivale<br />

ao aparelho de<br />

64GB com 3G.<br />

4.<br />

Quando vão<br />

estar disponíveis<br />

os acessórios<br />

para o iPad?<br />

No início a Apple colocou<br />

à venda o equipamento<br />

sem ter disponível<br />

o teclado ou o adaptador<br />

para USB (o equipamento<br />

não tem portas<br />

USB), que só estarão<br />

disponíveis em Maio.<br />

Quem já experimentou<br />

o equipamento refere<br />

que o teclado ‘touch’ é<br />

difícil de usar, pelo que<br />

será preferível, para<br />

quem quer escrever<br />

textos mais longos, ter<br />

o teclado físico. Outro<br />

acessório que poderá<br />

chegar é uma câmara<br />

para videochamada ou<br />

fotografia: o iPad veio<br />

sem dispositivo de captação<br />

de imagem.<br />

5.<br />

Posso fazer várias<br />

coisas ao mesmo<br />

tempo no iPad?<br />

O iPad possibilita a<br />

navegação na internet,<br />

embora não leia pá<strong>gina</strong>s<br />

‘web’ suportadas<br />

em ‘flash’. Muitos ‘sites’<br />

estão a redesenhar-se<br />

em HTML5, que pode<br />

ser suportado no iPad.<br />

Uma das críticas ao iPad<br />

é a falta de ‘multitask’;<br />

ou seja, só é possível<br />

aceder a uma aplicação<br />

de cada vez. A Apple,<br />

segundo rumores, está<br />

aprepararumnovosistema<br />

operativo que permite<br />

o ‘multitask’.<br />

a concorrência<br />

CONFIRMADOS<br />

Fusion Garage JooJoo<br />

Ecrã: 12,1 polegadas<br />

Dimensões: 199x324,5x18,5 mm.<br />

1.100 gramas.<br />

Processador: 6GHz Atom processor<br />

com 1GB RAM.<br />

Memória: 4GB<br />

Sistema operativo: n.d.<br />

Conectividade: ‘bluetooth’ 2,1.<br />

wireless EDR. ‘wi-fi’. Entrada USB<br />

Extras: Entrada para auscultadores,<br />

câmara incorporada de 1.3MP<br />

para videoconferência.<br />

‘Pop-up para aviso no multitasking’.<br />

Autonomia de 5 horas.<br />

Preço: a partir de 499 dólares<br />

(350 euros)<br />

Comercialização: já disponível<br />

nos Estados Unidos<br />

HP Slate<br />

Ecrã: 8,9 polegadas<br />

Dimensões: 150x234x147mm.<br />

Processador: Intel 1.6-GHz Intel<br />

“Menlow” Atom<br />

Memória: 1GB de RAM com capacidade<br />

de armazenamento de 32GB ou 64GB<br />

Sistema Operativo: Windows 7<br />

Conectividade: entrada USB e HDMI,<br />

‘bluetooth’, ‘slot’ para cartão SIM. 3G<br />

opcional. GPS. Autonomia de cinco horas<br />

Extras: duas câmaras, uma VGA<br />

e outra com 3MP<br />

Preço: a partir de 400 euros<br />

Comercialização: Junho<br />

(segundo rumores)<br />

Dell Streak<br />

Ecrã: 5 polegadas<br />

Dimensões: n.d.<br />

Processador: n.d.<br />

Memória: n.d.<br />

Sistema Operativo: Google Android 1.6<br />

Conectividade: ‘Bluetooth’, ‘wi-fi’, 3G<br />

Extras: várias opções de capas.<br />

Câmara VGA ou de 5MP com autofocus<br />

e flash. Acesso a 300 mil livros na loja<br />

da Kindle, MP3 da Amazon e mais<br />

de 50 mil séries e filmes.<br />

Teclas de navegação com ‘touch’.<br />

Preço: a partir de 500 dólares (368 euros)<br />

Comercialização: n.d.<br />

HOME PAGE INOVAÇÃO&TECNOLOGIA III<br />

ANUNCIADOS<br />

Neofonie WePad<br />

Ecrã: 11,6 polegadas<br />

dimensões: 288 x 190 x 13 mm.<br />

800 gramas.<br />

Processador: 1,66 GHz Intel Atom N450<br />

Pineview-M<br />

Memória: 16 GB NAND Flash. 32 GB<br />

interna opcional + SD Card 32 GB<br />

Sistema Operativo: Google Android<br />

Conectividade: Bluetooth 2.1,<br />

WiFi N, 3G opcional. 2 portas USB,<br />

leitor de cartão,<br />

saída de áudio, ‘slot’ para cartão SIM,<br />

conector multi-pino.<br />

Extras: webcam com 1,3MP. Flash<br />

eAdobeAir.Acessoalojadeaplicações.<br />

Seis horas de autonomia.<br />

Preço: n.d.<br />

Comercialização: n.d.<br />

Sony PSPad<br />

Ecrã: n.d.<br />

Dimensões: n.d.<br />

Processador: n.d.<br />

Memória: n.d.<br />

Sistema Operativo: n.d.<br />

Conectividade: n.d.<br />

Extras: Sony Online Service<br />

irá fornecer conteúdos;<br />

vai possibilitar jogar jogos da<br />

Playstation e ler e-books.<br />

Preço: n.d.<br />

Comercialização: n.d.<br />

Microsoft Courier<br />

Ecrã: dois ecrãs de 7 polegadas<br />

Dimensões: n.d.<br />

Processador: n.d.<br />

Memória: n.d.<br />

Sistema Operativo: Tegra 2<br />

Conectividade: ‘wi-fi’<br />

Extras: uma câmara integrada e ainda<br />

uma entrada para ‘headphones’<br />

Preço: n.d.<br />

Comercialização: n.d.<br />

HP Slate Dell Streak<br />

Neofonie WePad<br />

Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>


IV<br />

INOVAÇÃO&TECNOLOGIA MENU<br />

Televisões 3D<br />

invadem salas de estar<br />

Os equipamentos 3D já entraram nas lojas, mas o preço pode ainda ser<br />

um dos maiores entraves à massificação.<br />

As televisões de hoje não<br />

são nem de perto nem<br />

de longe iguais aquelas<br />

que os nossos pais tinham<br />

há 20 anos. Primeiro<br />

chegou a cor à<br />

imagem, depois os próprios<br />

aparelhos foram<br />

ganhando novos designs até se tornarem cada<br />

vez mais finos. Hoje está em curso uma nova<br />

revolução tecnológica na área da televisão. A<br />

tecnologia a três dimensões (3D) invadiu os<br />

cinemas depois do lançamento do filme “Avatar”<br />

e prepara-se agora para entrar nas salas<br />

de estar dos portugueses.<br />

Depois da Samsung e da Panasonic invadirem<br />

as prateleiras das lojas, este mês, a LG revela<br />

a nova série INFINIA (televisores a 3D),<br />

que apesar de não estar disponível para venda<br />

pode ser testada nas lojas da Fnac do Centro<br />

Comercial Colombo, Cascais Shoppping e Fórum<br />

Almada. A INFINIA será apresentada,<br />

em Portugal, ainda este mês e promete chegará<br />

às lojas a partir de Maio.<br />

Alguns especialistas do sector acreditam<br />

que estes televisores marcam uma nova era da<br />

televisão, mas que o sucesso não será imediato.<br />

O preço será provavelmente o maior entrave<br />

à venda destes equipamentos. Actualmente,<br />

um televisor a 3D custa mais de 1.500 eu-<br />

Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 15.04.2010<br />

CARACTERÍSTICAS<br />

Modelos ALGinformou<br />

que a gama Infinia conta<br />

ainda com ecrãs de plasma<br />

e LCD Full Led Slim.<br />

Design Os modelos de TV<br />

3D da LG tem um design<br />

sofisticado, minimalista<br />

que combinam com uma<br />

moldura fina.<br />

Conectividade Incluem<br />

um vários tipos de ligações<br />

entretenimento,<br />

incluindo o NetCast, o<br />

SkypeTMeoYouTube<br />

entre outros.<br />

17% Maisde17%dosutilizadoresportugueses<br />

jáusamosistemaoperativo Windows7.<br />

ros, sendo que será necessário comprar novos<br />

periféricos, tais como o leitor de DVD, e os<br />

óculos que permitem ter uma experiência 3D.<br />

De acordo, com Michael Rosenberg, professor<br />

da Universidade de Nortwestern e especialista<br />

em problemas oftalmológicos, estes óculos<br />

além de serem cansativos podem agravar ainda<br />

mais problemas de visão e provocar dores<br />

de cabeça.<br />

Também o custo para desenvolver conteúdos<br />

em 3D é bastante mais elevado de que a<br />

2D. Segundo a consultora Pricewaterhouse<br />

Coopers produzir conteúdos 3D através do<br />

computador fica mais caro entre 5% e 10%,<br />

mas se os filmes forem de acção o valor sobe<br />

para 15%. “Um preço que apenas será justificado<br />

em alguns filmes”, diz David Wertheimer,<br />

CEO da USC Entertainment Center.<br />

Apesar dos entraves, os fabricantes estão<br />

confiantes do sucesso que a tecnologia 3D vai<br />

ter e, como tal, estão a investir milhões de euros.<br />

E não é para menos. As previsões mais optimistas<br />

apontam para que, este ano, sejam<br />

vendidos 2,2 milhões de televisores 3D e que,<br />

em 2013, 25% dos equipamentos comercializados<br />

já incorporem esta capacidade. Previsões<br />

à parte, o que é certo é que os televisores<br />

3D da Panasonic esgotaram nos Estados Unidos<br />

na primeira semana em que foram postos<br />

à venda. Por Sara Piteira Mota<br />

OS ADVERSÁRIOS<br />

Samsung<br />

Os novos TV 3D da Samsung já estão à venda<br />

em Portugal. A fabricante realça que estes modelos<br />

possuem ainda tecnologia de conversão<br />

de 2D em 3D, possibilitando a visualização de<br />

qualquer conteúdo em 3D apenas com o premir<br />

de um botão. Pioneira em tecnologia 3D, a<br />

SamsungtemumaparceriacomaMeo,queirá<br />

agregar e distribuir conteúdos 3D aos clientes, e<br />

com a DreamWorks, para disponibilização de alguns<br />

títulos da produtora norte-americana.<br />

Modelos: vários<br />

PVP: entre os € 1.400 e os € 3.000<br />

Panasonic<br />

Os primeiros TV Plasma Full HD 3D da Panasonic<br />

vão estar à venda em Portugal ainda este<br />

mês. A série VT20 é composta por um plasma<br />

de 50 polegadas (cerca de 130 cm) e por outro<br />

plasma de 65 polegadas (cerca de 170 cm). Ambos<br />

têm um design sofisticado com uma moldura<br />

em bronze metalizado e vêm equipados com<br />

uns óculos 3D Panasonic. Nos Estados Unidos as<br />

vendas dos televisores 3-D da Panasonic esgotaram<br />

na primeira semana.<br />

Modelos TX-P50VT20 ou TX-P65VT20<br />

PVP: € 2.999 e € 5.399<br />

Sony<br />

As novas televisões BRAVIA 3D são as primeiras<br />

a utilizar a tecnologia Full HD 3D da Sony. A fabricante<br />

garante que com os óculos será transportado<br />

para o extraordinário mundo a 3D,<br />

criando uma sensação de profundidade única,<br />

com imagens incrivelmente realistas e definidas.<br />

Em termos de conectividade este TV disponibiliza<br />

acesso Wi-Fi integrado para conteúdos e<br />

serviços on-line e Internet ‘widgets’. E porque o<br />

design também interessa, a LX900 é iluminada<br />

por trás o que confere algum estilo à sua casa. E<br />

porque o tamanho também importa pode optar<br />

por um Bravia com as medidas: 40” (102cm), 52”<br />

(132cm) ou 60” (152cm).<br />

Modelo: LCD BRAVIA LX900 PVP: sob consulta<br />

184 SegundoaGfK,em2009,osectordosvideojogos<br />

emPortugalvalia184milhõesdeeuros.


‘Big Brother’ animal<br />

Já pensou como seria ver o mundo pelos olhos<br />

do seu animal de estimação? Experimente<br />

comprar uma Pet Eye View Camera, que é uma<br />

câmara digital pequena (cerca de 6 cm) e leve<br />

que se prende na coleira do animal e tira<br />

fotografias em intervalos de 5, 10 ou 15 minutos.<br />

Assim já fica a saber o que realmente o seu<br />

animal faz na sua ausência. A sua memória<br />

interna consegue armazenar 40 fotografias, e<br />

podem ser descarregadas em PC e Mac.<br />

Pet Eye View Camera (The Uncle Milton);<br />

PVP: a partir de € 50<br />

Navegue nas redes sociais<br />

A Microsoft apresentou esta semana, depois<br />

de muitos rumores, dois ‘smartphone’ para<br />

quem usa intensivamente as redes sociais.<br />

O Kin One e Kin Two, da Sharp. Além do ecrã ‘touch’,<br />

têm um teclado Qwerty ‘slide’, câmara fotográfica<br />

de 5MP e 8MP respectivamente e possibilidade<br />

de filmar em HD. Na Europa vai ser comercializado<br />

pela Vodafone, mas para já não está prevista<br />

a chegada a Portugal.<br />

Kin One e Kin Two (Microsoft); PVP: não divulgado.<br />

Seis colunas numa só<br />

Este sistema de som da Asus para computador<br />

tem cinco canais mas com um ‘design’<br />

compacto. Pode ser utilizada para jogos ou<br />

entretenimento sonoro, como ‘home’ cinema.<br />

Tem uma nova tecnologia que fornece um som<br />

equivalmente a soluções com seis colunas,<br />

numa só coluna, integrando uma série de<br />

altifalantes numa única barra.<br />

Cine 5 PC (Asus); PVP: € 149<br />

OSonyVaio<br />

maisecológico<br />

desempre<br />

Nem a tecnologia escapa da onda ecológica que está a<br />

invadir as prateleiras das lojas. A japonesa Sony lançou,<br />

no Brasil, o seu primeiro ‘netbook’ feito com plástico<br />

reciclado. Cerca de 80% das peças de plástico utilizadas<br />

no Vaio W Eco são recicladas de CD e DVD. Além disso,<br />

estes portáteis só vão ser vendidos em lojas físicas para<br />

evitar o uso das caixas de papelão no transporte.<br />

Também os manuais de instruções foram substituídos<br />

por versão electrónica, o que resulta numa diminuição de<br />

70% do papel gasto.<br />

VaioWEco(Sony);cercade€900<br />

50% tecnológico 50% ecológico<br />

Um fotógrafo<br />

dentro da câmara<br />

É o novo modelo de topo da Casio. A EXILIM EX-Z2000,<br />

que conjuga um sensor de imagem de 14,2 megapixéis<br />

com uma objectiva de 5x de zoom, tem um design<br />

simples e elegante. As novas câmaras fotográficas<br />

escondem um interior cheio de tecnologia, onde pontua<br />

uma bateria de alta capacidade (capaz de tirar até 550<br />

fotografias com uma só carga). Estas câmaras estão<br />

preparadas para “actuar” em situações difíceis como<br />

fotos à noite, em contraluz ou em condições difíceis de<br />

iluminação. A EXILIM EX-Z2000 funciona também como<br />

um verdadeiro fotógrafo digital, capaz de tomar decisões<br />

inteligentes sempre que para tal seja solicitado.<br />

EXILIM EX-Z2000 (Casio); PVP: € 199<br />

MENU INOVAÇÃO&TECNOLOGIA V<br />

iSteve<br />

livros<br />

Milionários acidentais<br />

Um crime, uma ideia genial, um negócio de<br />

milhões: toda a história da criação do Facebook,<br />

desde o dia em que Mark Zuckerberg invadiu os<br />

servidores da Universidade de Harvard até à<br />

ruptura com o seu melhor amigo. O Facebook é<br />

ahistóriadeumcrime,dedoisgénios<br />

socialmente inadaptados.<br />

Ben Mezrich (Editora Lua de Papel); PVP: € 16<br />

É uma biografia e um guia sobre liderança e inovação<br />

do CEO da Apple, Steve Jobs. Nele vai encontrar<br />

segredos e episódios relacionados com a origem dos<br />

produtos mais emblemáticos - como o iPod, o iTunes<br />

ou o iMac - e conhecer toda a história por detrás do<br />

fenómeno que aliou alta tecnologia, design e visão<br />

comercial e estratégica para alcançar o topo.<br />

Leander Kahney (Editorial Presença); PVP: € 16<br />

internet<br />

Chatroulette<br />

O site Chatroulette criado por um jovem de Moscovo<br />

é o novo fenómeno da internet. Este permite conversar<br />

com pessoas de todo o mundo através de uma<br />

‘webcam’eéjáumsucessoentremaisde20milpessoas.<br />

O criador do site, Andrey Temovskiy, de 17 anos,<br />

revelou ao jornal “The Guardian” que a ideia lhe surgiu<br />

num dia de tédio, quando, cansado de seguir os<br />

comentários dos amigos no Twitter, Facebook e<br />

Skype, se lembrou de criar um serviço que lhe permitisse<br />

falar cara a cara com novas pessoas.<br />

www.chatroulette.com<br />

apps<br />

Google Docs muda<br />

Algo previsto, ou preparativos para<br />

bater de frente com o Office Web<br />

Apps? Independente do motivo, o<br />

Google Docs foi totalmente reformulado.<br />

O Docs (editor de textos)<br />

permite agora ver as colaborações dos editores<br />

em tempo real, caracter por caracter, com 50<br />

pessoas a trabalhar num mesmo documento..<br />

www.google.com<br />

PayPal no iPhone<br />

A aplicação para iPhone do PayPal,<br />

lançada há três semanas, acaba de<br />

ultrapassar a marca de um milhão<br />

de ‘downloads’. Segundo dados do<br />

site TechCrunch, a aplicação permite<br />

gerenciar contas no PayPal, realizar doações,<br />

angariar valores para eventos, lembrar de pagamentos<br />

futuros, entre outros. A aplicação é gratuita<br />

tem suporte a 15 idiomas e uma ferramenta<br />

de conversão monetária. A empresa norte-americana<br />

Pay Pal conta com 81 milhões de contas<br />

activas em 190 países e 24 moedas diferentes.<br />

www.paypal.com/pt<br />

90 Acadaminuto,cercade90.000vídeosou<br />

imagenssãocolocadosnaInternet. 462 DeacordocomnúmerosdacomScore,<br />

oFacebooktem462milhõesdeutilizadores.<br />

Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>


VI<br />

INOVAÇÃO&TECNOLOGIA EXTRAS<br />

António Câmara,<br />

presidente<br />

e fundador da<br />

YDreams, gostava<br />

que existisse um<br />

computador com<br />

menos de 100<br />

gramas.<br />

NÃO VIVO SEM...<br />

Nokia N78<br />

António Câmara<br />

Presidente da YDreams<br />

Quem o conhece sabe que António<br />

Câmara sonhava em ser tenista<br />

enquanto estudava engenharia<br />

no Instituto Técnico (IST). Chegou<br />

mesmo a decidir abandonar<br />

os estudos no quarto ano para se<br />

dedicar a uma carreira profissional<br />

no ténis, mas uma lesão grave<br />

que sofreu aos 21 anos levou-o a prosseguir os estudos<br />

de engenharia.<br />

Com o destino a trocar-lhe as voltas, acabou por se<br />

destacar como pioneiro na investigação em informação<br />

geográfica. Um trabalho que resultou na criação da Y-<br />

Dreams, uma empresa de sucesso na área do software<br />

para multimédia, realidade virtual e computação móvel.<br />

Fundou a YDreams na viragem do século, mas antes<br />

esteve a liderar dezenas de projectos de investigação<br />

científica financiados pela Fundação para a Ciência<br />

e Tecnologia, National Science Foundation, NATO e<br />

União Europeia.<br />

Hoje não vive sem o seu telemóvel Nokiaeéinseparável<br />

do seu apontador de laser, que usa como caneta.<br />

Mas o gadget que gostaria mesmo de ter era um computador<br />

que apenas pesasse 100 gramas e isso nem o iPad<br />

que ainda pesa 600 gramas.<br />

Licenciado em Engenharia Civil, António Câmara é<br />

doutorado em Engenharia de Sistemas Ambientais, na<br />

Universidade de Virginia Tech em 1982. Passou também<br />

pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT)<br />

e é hoje professor catedrático da Faculdade de Ciências<br />

e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.<br />

Tem mais de cento e cinquenta publicações internacionais,<br />

em que se destaca o livro Environmental<br />

Systems, publicado pela Oxford University Press<br />

(2002). Com um vasto currículo e uma empresa inovadora,<br />

os seus projectos têm sido abordados, não só pelos<br />

media portugueses, mas também na CNN, Euro<br />

News, TVE, CNBC Europe, New York Times, Business<br />

Week, Wired, El País, Libération, Guardian e La Stampa.<br />

Por Sara Piteira Mota<br />

Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 15.04.2010<br />

1.Gadgetindispensávelnoquotidiano<br />

Telemóvel NOKIA N78. Pelas razões óbvias e porque<br />

sou um admirador fiel da NOKIA.<br />

2.Equipamentoimprovável<br />

Caneta que tem um apontador de laser. Uso como caneta<br />

diariamente. Nunca uso o apontador de laser durante as<br />

apresentações mas por vezes faço-o em reuniões comentando<br />

apresentações de outras pessoas.<br />

3.Ogadgetquegostariadeter.Eporquê?<br />

Um computador cujo peso fosse inferior a 100 gramas,<br />

por razões óbvias.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

João Paulo Dias<br />

MÁQUINA DO TEMPO<br />

OS63AMGéuma<br />

homenagem à história dos<br />

potentesmotoresV8daAMG<br />

(marca do grupo alemão<br />

Daimler), que relembra o<br />

espectacular 300 SEL 6.8 AMG.<br />

Um modelo que conquistou a<br />

vitória na sua classe e o<br />

segundo lugar na classificação<br />

geraldaAMGnas24hde<br />

Spa-Francorchamps (Bélgica)<br />

em 1971, tornando a empresa<br />

mundialmente famosa<br />

de um dia para o outro.<br />

Decorado com autocolantes<br />

dos patrocinadores, tal como<br />

o seu histórico antecessor,<br />

este potente Classe S<br />

éumadasprovas“vivas”<br />

de como a tecnologia evolui<br />

em 39 anos.<br />

1971<br />

MERCE<strong>DE</strong>S-BENZ<br />

300 SEL AMG<br />

300 SEL AMG S63 AMG<br />

1971 2010<br />

Potência 265 kw 420 kw<br />

Cilindrada 5,6 litros 5,461 cm3<br />

Vel. máxima 303 km/h 300<br />

Peso do motor n.d. 204 kg<br />

Preço n.d. n.d<br />

MERCE<strong>DE</strong>S-BENZ<br />

S63 AMG<br />

2010


Bill Gross foi quem criou<br />

a publicidade nos motores<br />

de busca nos anos 90.<br />

Corrida para desenvolver<br />

o potencial do Twitter<br />

O Twitter estabeleceu como prioridade para este ano o lançamento de um<br />

sistema próprio para fazer dinheiro com a actividade de enviar’ tweets’.<br />

Acorrida para lucrar<br />

com o fenómeno<br />

global do Twitter<br />

deve disparar esta<br />

semana com o lançamento<br />

de um serviço<br />

que tentará replicar a fórmula<br />

depublicidadeemmotoresdebusca<br />

que contribuiu para encher os cofres<br />

da Google.<br />

Bill Gross, empresário da Internet<br />

sedeado em Los Angeles e que<br />

inventou a publicidade nos motores<br />

de busca nos anos 90, afirmou que a<br />

audiência do Twitter tem já um valor<br />

potencial de “milhares de milhões<br />

de dólares” por ano. A falta de<br />

formas eficazes de agarrar este po-<br />

tencial levou assim à criação de um<br />

serviço de publicidade como aquele<br />

que seria lançado pela sua nova empresa<br />

na passada segunda-feira.<br />

Este serviço, de nome TweetUp,<br />

pode vir a tornar-se parte integrante<br />

do ecossistema do Twitter no espaço<br />

de três meses, segundo Gross.<br />

Esta medida surge numa altura<br />

em que o Twitter se prepara para<br />

lançar o seu próprio sistema de fazer<br />

dinheiro com cada ‘tweet’ enviado.<br />

Quatro anos após a criação deste extremamente<br />

bem sucedido serviço<br />

de micro-mensagens, a inexistência<br />

de uma forma eficaz de lucrar com o<br />

envio de ‘tweets’ começou a preocupar<br />

essa “Twittersfera”, esse grupo<br />

enorme de pessoas que se mostra<br />

cada vez mais motivados para a criaçãodeaplicaçõesparaesteserviço.<br />

“Actualmente ninguém está a fazer<br />

muito dinheiro com este verdadeiro<br />

ecossistema,” afirmou Loic Le<br />

Meur, fundador da Sesmic, uma<br />

aplicação desenvolvida para o Twitter.<br />

Serviços como o Seesmic contribuem<br />

para cerca de 80% da actividade<br />

no Twitter, sendo que os 20% restantescorremnositeTwitter.com.<br />

“Seasaplicaçõesnãocomeçarema<br />

dar dinheiro nos próximos dois a três<br />

Se as aplicações não começarem<br />

a dar dinheiro existe o sério risco de muitas<br />

das empresas entrarem em falência.<br />

trimestres,existeosérioriscodemuitas<br />

das empresas e criadores destas<br />

aplicações irem à falência daqui a um<br />

ano ou dois,” acrescentou Le Meur.<br />

“Trata-se de um risco real para o<br />

Twitter, uma vez que grande parte do<br />

seutráfegoprovemdasaplicações.”<br />

O Twitter estabeleceu como<br />

prioridade máxima para este ano o<br />

lançamento de um sistema próprio<br />

para fazer dinheiro com a actividade<br />

de enviar’ tweets’. No entanto,<br />

excluiu a possibilidade de inserir<br />

anúncios nos “fluxos” de ‘tweets’<br />

dos seus utilizadores.<br />

“O facto de todos aqueles que<br />

lêem e observam o Twitter estarem,<br />

aparentemente, ávidos por rentabilizar<br />

os seus ‘tweets’ não quer dizer<br />

que o Twitter pense da mesma forma,”<br />

disse um porta-voz da empresa.<br />

Esta mesma fonte acrescentou<br />

que o Twitter “centrará toda a sua<br />

atenção na implementação de um<br />

novo serviço, mas colocando sempre<br />

os interesses dos utilizadores<br />

em primeiro lugar”.<br />

A nova empresa de Gross, a TweetUp,<br />

deverá lançar um sistema de<br />

anúncios por leilão muito semelhanteaoquegeraamaiorpartedasreceitas<br />

da Google. De entre os investidores<br />

por trás deste serviço encontramseSteveCase,fundadordaAOL.<br />

A incubadora de Gross na Internet,<br />

a Idealab, teve a ideia de lançar<br />

um serviço de publicidade nos motores<br />

de busca nos anos 90, altura<br />

em que lançou o GoTo.<br />

Os anunciantes no TweetUp vão<br />

poder licitar de modo a que os seus<br />

próprios ‘tweets’ sejam exibidos<br />

sempre que os utilizadores procurem<br />

palavras-chave no motor de<br />

busca do Twitter. Gross afirmou estar<br />

convencido que este serviço será<br />

bastante apelativo para os utilizadores<br />

individuais do Twitter, que teriam<br />

aqui uma forma de aumentarem<br />

o seu número de seguidores. Por<br />

Richard Waters e David Gelles, em São Francisco<br />

- Exclusivo Financial Times. Tradução de Carlos<br />

Tomé Sousa<br />

EXTRAS INOVAÇÃO&TECNOLOGIA VII<br />

Opinião<br />

Luís Paulo Salvado<br />

É possível!<br />

Pergunta-se: estará Portugal bem colocado<br />

para tirar partido da retoma<br />

económica? Para quem acredita que<br />

a recuperação se jogará, acima de<br />

tudo, no criativo aproveitamento da imensa<br />

infra-estrutura de tecnologias da informação<br />

já instalada, a resposta tende a ser afirmativa.<br />

O que nos abre boas perspectivas se vier a vingar<br />

a tese de renomeados estudiosos que antevêem<br />

um período de grande prosperidade<br />

para os próximos 20/30 anos – à semelhança,<br />

aliás, do que se sucedeu, repetidamente, em<br />

todas as fases terminais dos anteriores quatro<br />

ciclos económicos de 60 anos que se sucederam<br />

à Revolução Industrial.<br />

Colocado o desafio na exploração optimizadadastecnologiasinstaladasnasúltimasdécadas,<br />

ressalta à evidência que Portugal reúne<br />

condições para ser bem sucedido, a começar<br />

pela própria dimensão do País que, com uma<br />

amostra diversificada de dez milhões de pessoas,<br />

se revela o laboratório ideal para testar,<br />

emtempoútil,novastendênciasesoluções.<br />

Dito de outra forma:<br />

o sucesso é mesmo possível<br />

e Portugal tem quase tudo<br />

para dar certo.<br />

A favor dos portugueses jogam ainda uma<br />

notória adaptabilidade e uma apreciável capacidade<br />

criativa, qualidades essenciais para enfrentarocicloqueseavizinha.<br />

Junte-se a nossa reconhecida abertura à<br />

inovação como consumidoreseasofisticação<br />

das infra-estruturas de alguns serviços de que<br />

dispomos, como são os casos da Banca e dos<br />

operadores de Telecomunicações, ao nível do<br />

quemelhorexistenomundo,etemosreunidas<br />

quatro condições necessárias para multiplicar<br />

e colher, nos próximos anos, os benefícios do<br />

potencial tecnológico em que o País soube investir.<br />

Uma realidade hoje bem visível na fibra<br />

óptica, nas energias renováveis ou na adopção<br />

do carro eléctrico, só para citar algumas apostas<br />

em que nos encontramos também na linha<br />

dafrente.<br />

Este enquadramento prometedor escapa,<br />

obviamente, aos “velhos do Restelo”, entretidos<br />

a descortinar dificuldades e tragédias.<br />

Mas é a base imprescindível para Portugal<br />

responder, com determinação e criatividade,<br />

aos novos paradigmas dos mercados. Dito de<br />

outra forma: o sucesso é mesmo possível e<br />

Portugal tem quase tudo para dar certo. Faltará<br />

apenas anular o “quase”. Disso falaremos<br />

na próxima oportunidade. Presidente executivo da<br />

Novabase<br />

10 ÉonúmerodeaquisiçõesfeitaspelaGoogle<br />

nosúltimosseismeses. 871 milhõesdeeuroséquantoterádedesembolsar<br />

quemquisercomprarafabricantePalm.<br />

Fotomontagem de Pedro Fernandes sobre foto de Mario Anzuoni/Reuters<br />

Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>


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ENERGIA<br />

Tecnologias de informação podem<br />

ajudar a reduzir emissões de CO2 em 30%<br />

Portugal vai poder reduzir em 30%, para 16 milhões de toneladas,<br />

em emissões de CO2 se utilizar “intensiva e inteligentemente” as<br />

tecnologias de informação no âmbito das energias renováveis, disse<br />

à Lusa Roberta Pigliani, directora da divisão europeia de análise de<br />

mercado de energia da consultora IDC. “Portugal está no caminho certo<br />

mas o País poderá vir a poupar, a partir de 2020, 30% das emissões de<br />

CO2 através do uso integrado das tecnologias de informação”.<br />

30 lojas<br />

deeuros.<br />

Paulo Figueiredo<br />

NOVIDA<strong>DE</strong>S NO AEROPORTO<br />

● Dusseldorf e Copenhaga são<br />

algumas das apostas da Portela<br />

naEuropa:serão64osnovos<br />

destinos europeus que vão estar<br />

disponíveis no próximo Verão a<br />

partir da Portela.<br />

● Campinas é a mais recente<br />

aposta entre Lisboa e a América<br />

do Sul.<br />

● África é outro continente<br />

em que os novos destinos são<br />

possíveis a partir da Portela,<br />

com destaque para São vicente,<br />

em Cabo Verde.<br />

● No Verão IATA 2010, entre<br />

Março e Outubro, serão 34<br />

as companhias aéreas regulares<br />

a operar de e para a Portela.<br />

A aliança entre Dell e Telefónica<br />

visa desenvolver novos produtos.<br />

Contrato de TGV<br />

hoje em Conselho<br />

de Ministros<br />

António Mendonça quer obras do Poceirão-<br />

Caia no terreno antes do próximo Verão.<br />

Nuno Miguel Silva<br />

nuno.silva@economico.pt<br />

O primeiro troço de alta velocidade<br />

ferroviária em Portugal,<br />

entre o Poceirão e o Caia, deverá<br />

entrar em obra “ainda antes do<br />

Verão” deste ano, segundo confidenciou<br />

ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />

António Mendonça, ministro das<br />

Obras Públicas.<br />

Depois do contrato para a<br />

construção e exploração do primeiro<br />

troço de TGV em Portugal<br />

ter sido promulgado, na passada<br />

terça-feira, pela Presidência da<br />

República, o Governo decidiu<br />

não perder qualquer tempo e vai<br />

levar a minuta do contrato entre<br />

o Estado português e o consórcio<br />

liderado pela Soares da Costa e<br />

pela Brisa, à apreciação e provável<br />

aprovação duante o Conselho<br />

de Ministros de hoje.<br />

“No final deste mês, primeira<br />

semana do próximo, deveremos<br />

proceder à assinatura do respectivo<br />

contrato. E, depois tão breve<br />

quanto possível, muito provavelmente<br />

ainda antes do Verão contamos<br />

que a entrada em obra seja<br />

efectivada”, adiantou ao Diário<br />

<strong>Económico</strong> o ministro das Obras<br />

Públicas. António Mendonça sublinha<br />

que, a partir da promulgação,<br />

há “um salto qualitativo<br />

em relação à situação anterior,<br />

porque vamos ter no terreno a<br />

construção da alta velocidade e<br />

avançar com o projecto a uma<br />

velocidade maior”.<br />

A minuta do contrato entre o<br />

EstadoeoconsórciodaSoares da<br />

Costa e da Brisa, que poderá ser<br />

já hoje aprovada no Conselho de<br />

Ministros estipula que o valor de<br />

investimento no projecto será de<br />

1.359 milhões de euros, acrescido<br />

de um valor de manutenção<br />

de 12,2 milhões de euros ao ano.<br />

O VAL – Valor Anual Líquido<br />

(renda solicitada pelo consórcio<br />

privado ao Estado) desta concessão,<br />

já actualizado a valores de<br />

2010, é de 1.694 milhões de euros,<br />

revelou António Mendonça.<br />

Segundo o ministro das Obras<br />

Públicas, este troço – que está<br />

integrado na linha Lisboa-Madrid,<br />

com início da operação comercial<br />

previsto para 2013 – tem<br />

uma procura prevista de cerca de<br />

nove milhões de passageiros em<br />

2030, ano em que as mercadorias<br />

anuais deverão ascender a cerca<br />

de 2,2 milhões de toneladas.<br />

“Isto revela a importância significativa<br />

desta linha face àquilo<br />

queéamovimentaçãoactual”.<br />

António Mendonça destaca<br />

que o contrato para este troço de<br />

alta velocidade para passageiros<br />

e mercadorias inclui ainda a<br />

construção, entre Évoraeafronteira<br />

espanhola, de uma ferrovia<br />

convencional para o transporte<br />

de mercadorias, que irá articular<br />

com a plataforma logística do<br />

Poceirão e os portos de Lisboa,<br />

Setúbal e Sines, de forma a alargar<br />

apentração dos transportes<br />

entrePortugaleEspanhaeafutura<br />

articulação entre a PenínsulaeorestodaEuropaemrede<br />

ferroviária.<br />

Para isso, a linha de alta velocidade<br />

será construída em bitoal<br />

europeia. A linha convencional<br />

será construída em bitola ibérica,<br />

mas estará preparada, não só<br />

para as duas bitolas, mas também<br />

os novos eixos telescópicos,<br />

uma inovação que permite aos<br />

comboios que circulam nas linhas<br />

de TGV passarem para as<br />

redes convencionais, através de<br />

intercambiadores. ■<br />

OVAL–ValorAnual<br />

Líquido final deste<br />

projecto, adjudicado<br />

ao consórcio liderado<br />

pela Soares da Costa<br />

e pela Brisa, será<br />

de 1.694 milhões<br />

de euros.<br />

TELECOMUNICAÇÕES<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 25<br />

Telefónica e Dell estabelecem parceria<br />

para novos produtos e serviços<br />

A tecnológica Dell e a Telefónica fecharam um acordo para colaborarem<br />

no desenvolvimento de novos produtos e serviços tecnológicos,<br />

nomeadamente em termos de mobilidade e ligação à Internet, diz<br />

a Lusa. A aliança visa mostrar aos clientes das duas empresas soluções<br />

de próxima geração, melhorar a experiência do utilizador digital e levar<br />

as tecnologias de informação. A Dell está a seguir uma estratégia<br />

de desenvolvimento de produtos e serviços móveis inteligentes.<br />

António Mendonça, ministro<br />

das Obras Públicas, diz que<br />

oprojectodeTGVvaiandar<br />

numa nova velocidade<br />

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Steven D. Levitt e Stephen J. Dubnerr<br />

FREAKONOMICS<br />

O ESTRANHO<br />

MUNDO DA ECONOMIA<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt


26 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

EMPRESAS<br />

AUTOMÓVEL<br />

Opel cumpre critérios para receber ajuda<br />

financeira dos governos europeus<br />

A Opel, subsidiária europeia da norte-americana General Motors (GM), já<br />

foi reconhecida como vítima da recente crise económica, condição para<br />

receber ajuda financeira de vários governos europeus, disse o administrador-executivo,<br />

Nick Reilly, em entrevista a publicar hoje no semanário<br />

alemão “Die Zeit” e citada pela Lusa. A GM já se mostrou disposta a investir<br />

1,9 mil milhões de euros no saneamento da Opel e da sua outra<br />

marca europeia, a Vauxhall britânica, que chegaram a estar à venda.<br />

Carrefour sob<br />

pressão para<br />

clarificar saída<br />

de Portugal<br />

Os accionistas querem saber qual a estratégia<br />

do grupo francês que quer abandonar o país.<br />

Hermínia Saraiva<br />

herminia.saraiva@economico.pt<br />

O anúncio de que pretende<br />

abandonar em definitivo o mercado<br />

português está a deixar<br />

Lars Olofsson, o presidente executivo<br />

do Carrefour, sob pressão<br />

dos principais accionistas da cadeia<br />

francesa de distribuição.<br />

No dia em que apresenta os<br />

resultados do primeiro trimestre<br />

de 2010, Olofsson terá que responder<br />

às exigências de Bernard<br />

Arnault, ‘chairman’ do grupo<br />

LVMH, e do grupo norte-americano<br />

Colony Capital, que querem<br />

definida uma estratégia para o<br />

grupo francês.<br />

O Blue Capital, a ‘joint venture’<br />

criada entre os dois accionistas<br />

(o grupo de bens de luxo<br />

Louis Vuitton e o fundo de investimento<br />

Colony Capital), citado<br />

pelo “Financial Times” defende<br />

uma estratégia focada em poucos<br />

países enquanto se aposta na expansão<br />

em regiões de grande<br />

crescimento. Além de sair do<br />

mercado português, o presidente<br />

da Carrefour já disse que pretende<br />

reduzir a sua posição na Bélgica,<br />

isto depois de ter decidido<br />

abandonar o mercado russo e o<br />

Sul de Itália no final de 2009.<br />

Sobre Portugal, o grupo francês<br />

foi notícia há cerca de uma<br />

Lars Olofsson,<br />

presidente do<br />

Carrefour, está<br />

sob pressão dos<br />

accionistas: o<br />

grupo de luxo<br />

Louis Vuitton<br />

e o fundo<br />

de investimento<br />

Colony Capital.<br />

semana por, dizia o Figaro, querer<br />

vender até ao final deste ano<br />

as 524 lojas da marca Minipreço.<br />

A operação poderá valer entre<br />

400 e 500 milhões de euros e a<br />

Jerónimo Martins já foi apontada<br />

como estando interessada em<br />

adquirir parte do portefólio do<br />

Carrefour.<br />

De acordo com um ‘research’<br />

do Citigroup, “a Jerónimo Martins<br />

admitiu estar interessada em<br />

algumas das maiores lojas, mas<br />

isso é apenas uma pequena fatia<br />

do bolo”. No mesmo documento,<br />

os analistas do banco norteamericano<br />

sublinhavam que a<br />

Jerónimo Martins “poderia enfrentar<br />

problemas de concorrência<br />

se quisesse comprar uma<br />

parcela tão grande do mercado”.<br />

A eventual compra da Jerónimo<br />

Martins, que já controla as<br />

marcas Pingo Doce e Feira Nova,<br />

está sujeita a notificação obrigatória<br />

à Autoridade da Concorrência.<br />

Considerando a dimensão<br />

da empresa, agora liderada<br />

por Pedro Soares dos Santos,<br />

qualquer negócio estará sujeito à<br />

aprovação do regulador, à semelhança<br />

do que sucedeu em 2007,<br />

quando o Carrefour vendeu 12<br />

hipermercados à Sonae.<br />

As receitas do grupo francês<br />

em Portugal caíram cerca de 17%<br />

no ano passado para 825 milhões<br />

de euros, o que será explicado<br />

pela crescente concorrência quer<br />

do Lidl quer do Pingo Doce (do<br />

grupoJerónimoMartins).Eolíder<br />

do Carrefour já disse que<br />

pretende focar a empresa em<br />

mercados em que o Carrefour tenha<br />

ou possa vir a ter uma posição<br />

de liderança.<br />

O mercado belga é, ainda de<br />

acordo com o “Financial Times”,<br />

outro dos mercados que dá problemas<br />

a Lars Olofsson. Os resultados<br />

que o grupo divulga<br />

hoje deverão traduzir uma quebra<br />

de facturação naquele mercado,<br />

depois das greves que<br />

afectaram algumas lojas após a<br />

decisão do em eliminar 1.700<br />

empregos na Bélgica. ■<br />

A Casa das Bandeiras aumenta assim<br />

a sua notoriedade no estrangeiro.<br />

MARKETING<br />

CADBURY VAI LANÇAR CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> CAFÉS<br />

Casa das Bandeiras fornece líder mundial<br />

de materiais de construção Lafarge<br />

A Casa das Bandeiras, empresa líder de mercado na área do comércio<br />

de bandeiras publicitárias e marketing estratégico, passou a fornecer<br />

bandeiras à Lafarge, líder mundial em materiais de construção, para<br />

todas as suas empresas, com 122 instalações. A Casa das Bandeiras<br />

comercializa e instala mastros, galhardetes, estandartes, bandeiras<br />

estampadas, pendões e flâmulas, faixas publicitárias em PVC, bandeiras<br />

feitas em arte aplicada e bandeiras de todos os países do mundo.<br />

Darren Staples/Reuters<br />

A chocolateira Cadbury, que foi comprada pela concorrente Kraft, vai abrir uma<br />

cadeia de cafés ainda este ano. Segundo a imprensa britânica, o primeiro café abre<br />

em Londres até ao final do ano e mais 60 em todo o país. O café promete ser uma<br />

meca para os fãs de chocolate: os clientes podem beber chocolate quente e comprar<br />

as suas guloseimas preferidas enquanto vêem ser confeccionados os chocolates.


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17 de Abril às 08h45 na NOVA<br />

Início das aulas<br />

Janeiro 2011<br />

Candidaturas até<br />

31 de Outubro de 2010


28 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

CONFERÊNCIA VII ENCONTRO PT NEGÓCIOS/DIÁRIO ECONÓMICO<br />

Sucesso das empresas<br />

passa por parcerias<br />

tecnológicas e de inovação<br />

Parcerias tecnológicas e industriais para a internacionalização e uma focagem<br />

na estratégia são variáveis a ter em conta na criação de empresas de sucesso.<br />

Elisabete Felismino<br />

elisabete.felismino@economico.pt<br />

Não existe uma fórmula mágica<br />

para atingir o sucesso mas, se<br />

houvesse, os ingredientes seriam:<br />

estabelecer parcerias estratégicas,<br />

jogar na internacionalização,<br />

apostar em nichos de<br />

mercado e na inovação. Estas<br />

são as ideias essenciais defendidas<br />

pelo painel de oradores que<br />

ontemestevepresentenoVII<br />

Encontro PT Negócios/ Diário<br />

<strong>Económico</strong> subordinado ao<br />

tema “Portugal Inovador-Estratégias<br />

Empresariais de Sucesso”,<br />

que se realizou em<br />

Aveiro, no Hotel Meliá-Ria.<br />

Os cinco oradores representantes<br />

de outras tantas empresas<br />

da região, de áreas de negócios<br />

tão distintas que vão do sector<br />

alimentar até ao corte de precisão,<br />

são unânimes na defesa daqueles<br />

objectivos estratégicos<br />

para o sucesso das organizações<br />

empresariais. As empresas sem<br />

parcerias tecnológicas ou industriais,<br />

sem muita capacidade<br />

para inovar e como tal conquistar<br />

nichos de mercado internacionais<br />

as suas condições de afirmação<br />

são fracas. Nomedamente,<br />

num mercado da dimensão<br />

do português.<br />

“O mercado nacional é muito<br />

pequeno, logo tem que ser<br />

visto apenas como um trampolim<br />

para o estrangeiro”, diz<br />

Carlos Alves, administrador da<br />

HFA (Henrique, Fernando &Alves).<br />

A HFA é uma empresa<br />

que testa equipamento electrónico<br />

e de telecomunicações e<br />

onde “as parcerias são funda-<br />

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Um novo produto<br />

pode lançar uma<br />

nova área de negócio<br />

e também um novo<br />

nicho de mercado,<br />

exemplo disso é a<br />

Exatronic.<br />

mentais”garante o administrador.<br />

Já Fernando Sousa da Companhia<br />

de Equipamentos Industriais,<br />

uma empresa que desenvolve<br />

e produz equipamentos na<br />

área de corte de materiais, considera<br />

que é necessário “focar a<br />

estratégia” das empresas. O<br />

que justifica a presença da empresa<br />

em três àreas de negócios,<br />

concretamente no calçado,<br />

rochas ornamentais e automóvel.<br />

No sector do calçado,<br />

por exemplo, a CEI tem clientes<br />

como as multinacionais<br />

Nike, Adidas, Reeboock entre<br />

outras. “Todas estas marcas<br />

estão equipadas com as nossas<br />

soluções”, diz Fernando Sousa.<br />

Francisco Teixeira e Melo, cofundador<br />

da Creative Systems<br />

também considera vital focar as<br />

energias nas “tecnologias, em<br />

sectores e nas competências”.<br />

Para o gestor é ainda preciso<br />

“partilhar e proteger, porque as<br />

parcerias são importantes, mas<br />

temos que nos acautelar”.<br />

OpresidentedaExactronic,<br />

uma empresa que “processa o<br />

desenvolvimento industrial dos<br />

nossos clientes com recurso à<br />

electrónica” apresentou um<br />

‘casy studie’ de sucesso. Nuno<br />

Gomes demonstrou como através<br />

do desenvolvimento de um<br />

produto se cria um nicho de<br />

mercado. A Exactronic foi<br />

abordada por um cliente no<br />

sentido de criar um produto:<br />

administração transdérmica de<br />

fármacos. Resultado: a Exactronic<br />

criou um novo produto<br />

no mercado e ficou com competências<br />

endogeneizadas que<br />

aproveitou. ■<br />

Encontros PT Negócios/Diário <strong>Económico</strong><br />

“PORTUGAL INOVADOR - ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS <strong>DE</strong> SUCESSO”<br />

em parceria:<br />

A região Centro<br />

em números<br />

A região centro do país representa<br />

cerca de 19,2% do PIB, ou seja,<br />

cerca de 31,876 mil milhões de<br />

euros. A região caracteriza-se,<br />

sobretudo, por um tecido<br />

empresarial composto por<br />

pequenas empresas. Cerca de 95,<br />

8% das empresas têm menos<br />

de dez trabalhadores. Mas é em<br />

termos de produtividade<br />

(VAB/emprego) que a região<br />

apresenta um importante hiato.<br />

A região centro apresenta o valor<br />

mais baixo do pais com 79,9%.<br />

Os números foram apresentados<br />

por Carlos Ferreira da Comissão de<br />

Coordenação e Desenvolvimento<br />

Regional do Centro.<br />

No âmbito do QREN, a região<br />

centro em 2009, tinha<br />

apresentado 20 mil candidaturas,<br />

como 5894 já aprovadas. As<br />

candidaturas aprovadas<br />

representavam 28,9 do total<br />

de candidaturas aprovadas<br />

no país e respeitam a um<br />

investimento total de 4.402<br />

milhões de euros e um valor<br />

de fundos comunitários aprovados<br />

de 2440 milhões de euros.<br />

A conferência, uma parceria<br />

do Diário <strong>Económico</strong> com a PT<br />

Negócios, decorreu ontem em Aveiro.<br />

Pascoal<br />

A empresa da Gafanha da Nazaré<br />

passaaoperaremtrêssectores:<br />

pesca, indústria e turismo.<br />

Elisabete Felismino<br />

elisabete.felismino@economico.pt<br />

A Pascoal & Filhos, empresa que<br />

todos conhecemos devido ao bacalhau,<br />

está a apostar numa nova<br />

área de negócio: o turismo cultural.<br />

A empresa adquiriu o casco<br />

de dois barcos com carga histórica,oirmãogémeodonavio<br />

“Creoula”, o “Santa Maria Manuela”<br />

e o “Argus”. O objectivo,<br />

segundo João Vieira, administrador<br />

da Pascoal “ é pô-los a nave-


PONTOS-CHAVE<br />

Cinco casos de sucesso da<br />

região centro disseram o<br />

que as diferencia dos seus<br />

concorrentes. Entre outras<br />

coisas falaram na importância<br />

de inovar.<br />

Um dos temas debatidos<br />

foi o da falta de cultura dos<br />

empresários nacionais para<br />

cooperarem com outras<br />

empresas nacionais, as<br />

chamadas parcerias.<br />

aposta no turismo cultural<br />

gar com turistas a bordo, seja<br />

para aprenderem a velejar, seja<br />

para verem de perto como se faz<br />

a pesca do bacalhau na Noruega,<br />

ou para levar biólogos até às baleias<br />

dos Açores”. E adianta: “é<br />

um projecto que estamos a fazer<br />

com muita paixão, já criámos inclusive<br />

um departamento na<br />

empresa dedicado ao turismo”.<br />

O primeiro a entrar em funcionamento<br />

é o Santa Maria Manuela,<br />

o que deverá acontecer<br />

brevemente. O navio tem capacidade<br />

para 50 turistas. A iniciativa<br />

teve o apoio do Turismo de<br />

Portugal. João Vieira diz ainda<br />

que “seguramente teremos que<br />

fazer parcerias importantes na<br />

área da hotelaria como por<br />

exemplo com o grupo Pestana”.<br />

Para mais tarde fica a entrada<br />

em águas do “Argus”.<br />

Para além desta nova área de<br />

negócio a Pascoal está ainda<br />

presente em outros dois negócios:apescaeaindústria.<br />

A empresa<br />

fundada em 1937 facturou<br />

45 milhões de euros, em 2009,<br />

menos 10 milhões do que no ano<br />

anterior.<br />

João Vieira atribui esta quebra<br />

“à crise e sobretudo à queda<br />

do preço do bacalhau”. Para<br />

este ano garante que “a Pascoal<br />

já tem acordos assumidos que<br />

nos levam para um volume de<br />

I&D<br />

500 mil euros<br />

É esta a quantia que a Pascoal<br />

investe anualmente em<br />

investigação e desenvolvimento.<br />

O lançamento de novos produtos<br />

a isso obriga.<br />

VOLUME <strong>DE</strong> NEGÓCIOS<br />

50 mil euros<br />

A empresa já tem acordos<br />

assumidos que lhe permitem um<br />

volume de facturação para este<br />

ano superior a 50 milhões de<br />

euros.<br />

Bruno Barbosa<br />

facturação superior aos 50 milhões<br />

de euros”.<br />

A empresa aposta fortemente<br />

em I&D. João Vieira diz que “investimos<br />

nesta área mais de 500<br />

mil euros ao ano”. Investimento<br />

este que é canalizado para novos<br />

produtos. A empresa para além<br />

do seu produto mais conhecido o<br />

bacalhau seco e ultacongelado<br />

aposta também em refeições<br />

congeladas, sendo inclusive já<br />

possível comer uma sobremesa<br />

com a marca Pascoal. Exemplo<br />

disso são os muffies de chocolate<br />

marca Pingo Doce.<br />

João Vieira diz que “temos<br />

agoraumnovoproblemaequese<br />

prende com os produtos marca<br />

branca e ou temos que olhar para<br />

eles como concorrentes ou como<br />

parceiros”. A Pascoal vai olhálos<br />

como parceiros. Para isso, o<br />

administrador garante que vai<br />

estar constantemente a inovar<br />

para “lançarmos novos produtos<br />

só assim podemos estabelecer<br />

parcerias com as grandes cadeias<br />

de distribuição que apostam em<br />

marcas próprias”. para isso tem<br />

também em marcha parcerias<br />

com a Universidade do Porto e de<br />

Aveiro porque comer garante é:<br />

“cada vez mais um acto social”.<br />

A Pascoal emprega 380 pessoas<br />

e fica sediada na Gafanha<br />

da Nazaré. ■<br />

A importância de confiar<br />

foi também debatida,<br />

principalmente numa altura em<br />

que as parcerias, sobretudo, as<br />

internacionais são uma peça<br />

fundamental para as empresas.<br />

PONTOS <strong>DE</strong> REFLEXÃO<br />

Fernando Mendonça<br />

Representante do Governandor Civil<br />

“Aqualidade do trabalho das<br />

nossas empresas, a mão de obra<br />

qualificada, meios tecnológicos e<br />

empresários com visão são um<br />

bom sinal para o futuro da região”.<br />

Carlos Alves<br />

Administrador da HFA<br />

“Para sermos competitivos não<br />

basta o preço, temos que apostar<br />

sobretudo nos prazos de entrega.<br />

O mercado português é muito<br />

pequeno”.<br />

Francisco Teixeira e Melo<br />

CeodaCreativesystems<br />

“O nosso trunfo tem sido<br />

colaborar com os outros, o que<br />

temos feito bem. O Magic Mirror<br />

que fizemos com a Throttleman é<br />

exemplo de uma boa parceria”.<br />

Nuno Almeida Gomes<br />

Ceo da Exatronic<br />

“A não especialização em<br />

determinada área dá flexibilidade<br />

para atacar novas oportunidades.<br />

E é isso que a nossa empresa tem<br />

vindo a fazer”.<br />

Carlos Ferreira<br />

Secretário técnico da CCDRC<br />

“Em vez de vendermos suor e<br />

horas de trabalho, temos que<br />

vender inteligência. É preciso<br />

trazer inovação e qualificação às<br />

nossas empresas”.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 29<br />

Jorge Patricio<br />

Director da PT Negócios<br />

“Só se pode criar inovação<br />

compartilhando conhecimento e<br />

experiências. O sucesso é como<br />

se fosse um ser vivo, temos que<br />

estar sempre a alimentá-lo”.<br />

Fernando Fernandes Sousa<br />

CEO da CEI<br />

“Desde que nascemos que<br />

pensamos que tinhamos que<br />

estar no mercado internacional.<br />

Hoje estamos presentes nos cinco<br />

continentes”.<br />

João Vieira<br />

Administrador da Pascoal<br />

“Na Pascoal pretendemos juntar<br />

a inovação com a tradicção e é<br />

isso que fazemos cada vez que<br />

lançamos um novo produto que<br />

nos diferencia da concorrência”.<br />

Acácio Coelho<br />

Vice-presidente da AIDA<br />

“As empresas portuguesas para<br />

nascerem têm que ter capacidade<br />

de se financiarem e o capital<br />

semente tem que ser reconhecido<br />

como benéfico”.<br />

Jorge Silva<br />

Presidente da ACA<br />

“No meu dia a dia na associação<br />

comercial não se fala de<br />

inovação, mas sim de desespero,<br />

de inflação e de desemprego. As<br />

pessoas não entendem o QREN”


Fotos: Bruno Barbosa<br />

30 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

CONFERÊNCIA VII ENCONTRO PT NEGÓCIOS/DIÁRIO ECONÓMICO<br />

1 2<br />

4<br />

8<br />

5<br />

1 Aspecto da<br />

assistência ao VII<br />

Encontro PT Negócios/<br />

Diário <strong>Económico</strong> que se<br />

realizou ontem, no Hotel<br />

Meliá-Ria, em Aveiro.<br />

2 Pedro Amendoeira,<br />

da Expense Reduction,<br />

àconversacomPedro<br />

França,<br />

da Creativesystems.<br />

3 Fernando Mendonça,<br />

chefedegabinete<br />

do governador civil<br />

de Aveiro, com António<br />

Teixeira, da Pontual<br />

Soluções Informáticas<br />

Industriais.<br />

4 MiradaFonseca,<br />

da Indasa, troca<br />

impressões com o padre<br />

João Gonçalves, da<br />

Florinhas do Vouga.<br />

5 Alguns participantes<br />

aproveitaram para ler<br />

o Diário <strong>Económico</strong><br />

durante o intervalo<br />

dos trabalhos.<br />

6 José Marques,<br />

da Sonitel, e Tiago<br />

Patrão, do BES.<br />

7 Paulo Dunoes,<br />

da Kerion, em diálogo<br />

comCarlosSantos,<br />

da Inovasis.<br />

8 Vítor Mendes, da PT,<br />

Isabel Ribeiro, da AEVA<br />

- Associação para a<br />

Educação e Valorização<br />

de Recursos Humanos<br />

do Distrito de Aveiro,<br />

e Ana Bocas, da PT<br />

Negócios.<br />

9 Mário Augusto<br />

Teixeira e Mário<br />

Almeida Morais,<br />

da Associação<br />

Humanitária dos<br />

Bombeiros Voluntários<br />

de Anadia.<br />

6<br />

7<br />

9<br />

3


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32 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

FINANÇAS<br />

Portugal perdeu<br />

59 bancos em dez anos<br />

Número de entidades de crédito a operar no país é actualmente<br />

o mais baixo desde a criação da zona euro, em Janeiro de 1999.<br />

Rui Barroso<br />

e Sandra Almeida Simões<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

Há cada vez menos instituições<br />

financeiras em Portugal. Nos últimos<br />

dez anos, o número de<br />

entidades de crédito decaiu dos<br />

224 para os 165, de acordo com<br />

dados do Banco Central Europeu.Éonúmeromaisbaixo<br />

desde que o país entrou no clube<br />

do euro.<br />

E só desde a falência do<br />

Lehman Brothers, em Setembro<br />

de 2008, há menos 11 entidades<br />

de crédito no país. “A redução,<br />

para o período indicado, é de<br />

185 para 174 instituições de<br />

crédito, o que resulta essencialmente<br />

da redução de dez<br />

Caixas de Crédito Agrícola<br />

Mútuo por operações de fusão”,<br />

explicou fonte do Banco<br />

de Portugal ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />

O grupo realizou um<br />

processo de fusões internas<br />

para reforçar a dimensão das<br />

várias Caixas Agrícolas. Estes<br />

processos de restruturações<br />

dentro do próprio grupo tornaram-se<br />

uma tendência durante<br />

a crise, com bancos<br />

comooBCP,oBESeoBanifa<br />

realizarem operações intragrupo<br />

semelhantes para melhorarem<br />

a eficiência.<br />

Masnãoforamapenasas<br />

reorganizações internas a ditarem<br />

o fim de muitas entidades<br />

de crédito. Os movimentos de<br />

concentração no sector também<br />

pesaram para estes números.<br />

O Central Banco de Inves-<br />

MENOS ENTIDA<strong>DE</strong>S FINANCEIRAS EM PORTUGAL<br />

Vítor Constâncio<br />

classifica como<br />

desejável uma<br />

maior concentração<br />

na banca nacional.<br />

Ogovernadordo<br />

Banco de Portugal<br />

antevê menos<br />

bancos no póscrise.<br />

Opresidentedo<br />

BES afirma que o<br />

sector bancário<br />

está altamente<br />

concentrado,<br />

referindo que o<br />

nível de<br />

concentração em<br />

Portugal é mais<br />

altoquenaEuropa.<br />

Evolução das insituições de crédito no país desde Março de 2000.<br />

250<br />

220<br />

190<br />

160<br />

130<br />

224<br />

100<br />

Mar-00 Mar-02 Mar-04 Mar-06 Mar-08 Mar-10<br />

Mar-01 Mar-03 Mar-05 Mar-07 Mar-09<br />

Fonte: BCE<br />

214 210<br />

201 201<br />

194<br />

181<br />

177<br />

175<br />

170<br />

165<br />

timento, por exemplo, foi absorvido<br />

em 2003 e o Banco<br />

Português do Atlântico foi incorporado<br />

no BCP em 2000.<br />

Mais recentemente, o Banif adquiriu<br />

a Tecnicrédito, dona do<br />

Banco Mais.<br />

Por outro lado, há ainda a<br />

saída de instituições estrangeiras,<br />

que tinham uma presença<br />

quase residual no nosso país.<br />

A diminuição de instituições<br />

de crédito também foi notória<br />

na zona euro, que perdeu mais<br />

de 1.400 entidades nos últimos<br />

dez anos. No final de Março, o<br />

número de entidades era de<br />

6.442. A destoar desta tendência<br />

está a Irlanda, que, devido a<br />

uma reclassificação do conceito<br />

de instituição financeira, viu o<br />

número de entidades crescer<br />

seis vezes: “O aumento de 81<br />

para 501 entidades está relacionado<br />

com a classificação das<br />

Credit Unions [cooperativas de<br />

crédito] como instituições de<br />

crédito em Janeiro de 2009”,<br />

esclareceu o supervisor bancário<br />

irlandês.<br />

BdP defende aumento<br />

da concentração<br />

O governador do BdP tem classificado<br />

como “desejável” que<br />

ocorra um movimento de consolidação<br />

na banca portuguesa.<br />

Mas a posição não é partilhada<br />

por alguns banqueiros. O presidente<br />

de BES, por exemplo,<br />

referiu este mês em entrevista<br />

ao Diário de Notícias que “em<br />

Portugal, o sector bancário está<br />

altamente concentrado, as cinco<br />

maiores instituições bancárias<br />

representam mais de 80%<br />

dos activos bancários. É um nível<br />

de concentração que é raro<br />

ver na Europa”.<br />

A nível global, a tendência<br />

é que o número de instituições<br />

financeiras diminua no póscrise,<br />

cenário antecipado por<br />

responsáveis como Vítor<br />

Constâncio. A crise criou a<br />

necessidade de instituições<br />

com maior músculo e os passos<br />

de forte concentração já<br />

estão a ser seguidos por países<br />

como Espanha. No país vizinho<br />

está em curso um processo<br />

de fusões de caixas de aforro,<br />

que ficaram com problemas<br />

de solvabilidade devido à<br />

crise imobiliária que fez disparar<br />

o malparado. ■<br />

ENTIDA<strong>DE</strong>S FINANCEIRAS<br />

● Portugal perdeu 59<br />

instituições financeiras nos<br />

últimos dez anos. Desde a<br />

falência do Lehman Brothers<br />

desapareceram 11 entidades.<br />

● Entre Setembro de 2008 e<br />

Março de 2009 Portugal foi o<br />

terceiro país da zona euro que,<br />

em termos percentuais, perdeu<br />

mais entidades, atrás da Holanda<br />

e do Chipre.<br />

● No conjunto da Zona Euro, o<br />

número de instituições<br />

financeiras caiu 18% nos últimos<br />

dez anos. Desapareceram 1.426<br />

entidades.<br />

CAIXAS AGRÍCOLAS VIVEM ONDA


Altri vai propor ‘stock split’ na próxima AG<br />

A empresa liderada por Paulo Fernandes anunciou ontem que vai propor<br />

aos accionistas, na próxima assembleia geral agenda para 17 de Maio, a<br />

realização de um ‘split’ das suas acções, passando o respectivo valor<br />

nominal de 0,25 euros para 0,125 euros e duplicando o número de acções.<br />

Se receber “luz verde” dos accionistas, o capital social da Altri vai manterse<br />

nos 25,6 milhões de euros, mas passa a ser representado por mais de<br />

duzentos milhões de títulos.<br />

<strong>DE</strong> FUSÕES<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O banco Popular paga o terceiro<br />

dividendo no valor de 0,075 euros.<br />

● Evolução da massa monetária dos<br />

EUA.<br />

● Reino Unido emite obrigações<br />

indexadas à inflação com maturidade<br />

em 2042.<br />

João Paulo Dias<br />

A redução do número<br />

de instituições financeiras<br />

em Portugal justifica-se<br />

sobretudo pelos processos<br />

de fusões internas feitos<br />

nas Caixa Agrícolas,<br />

iniciada no final de 2008.<br />

Desde essa data<br />

ocorreram dez processos<br />

de fusão no seio do grupo.<br />

Os últimos casos<br />

ocorreram em Dezembro<br />

do ano passado, com a<br />

fusão das Caixa de Crédito<br />

Agrícola Mútuo de<br />

Lamego e Castro Daire<br />

e da Caixa de Crédito<br />

Agrícola Mútuo de<br />

Tarouca. O grupo<br />

financeiro justificou estas<br />

fusões com a necessidade<br />

de dotar as Caixas de<br />

maior competitividade<br />

edeastornar<br />

economicamente mais<br />

sólidas.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 33<br />

FMI propõe<br />

medidas duras<br />

para maiores<br />

instituições<br />

Fundo deixa antever apoio à<br />

criação de imposto sobre a banca.<br />

Rui Barroso<br />

rui.barroso@economico.pt<br />

É a questão que tem ocupado a<br />

maior parte do tempo dos reguladores<br />

e que o FMI não quer que<br />

caia no esquecimento. Que medidas<br />

terão de ser tomadas para<br />

impedir uma nova crise financeira?<br />

A instituição liderada por<br />

Strauss-Kahn trouxe novas<br />

propostas para cima da mesa<br />

numa versão parcial do relatório<br />

de estabilidade financeira. O<br />

FMI pretende criar novas exigências<br />

de capital para os bancos<br />

de maior dimensão.<br />

A proposta é que os requisitos<br />

exigidos a cada instituição sejam<br />

proporcionais ao risco sistémico<br />

que cada banco apresenta.<br />

Uma das medidas que o<br />

FMI quer ver concretizada é,<br />

para além de cumprirem as exigências<br />

de capital, que os bancos<br />

tenham de acautelar cerca<br />

de 1% do valor dos seus activos<br />

ajustados ao risco. “Seria mais<br />

um colchão que permaneceria<br />

na instituição do que um imposto”,<br />

referiu o economistachefe<br />

do fundo.<br />

MasasideiasdoFMIpara<br />

construir uma nova arquitectura<br />

financeira não se ficam por<br />

aqui. Cada banco deverá fazer<br />

uma espécie de plano de contingência<br />

para o caso de enfrentar<br />

problemas graves e o fundo<br />

quer que existam colégios de reguladores<br />

transfronteiriços. De<br />

acordo com o “Financial Times”,<br />

as propostas do FMI deverão<br />

ser mal acolhidas por Wall<br />

Street e pela City londrina, já<br />

que os banqueiros têm defendido<br />

que as instituições financeiras<br />

não devem ser penalizadas<br />

pelo seu tamanho.<br />

Ideia de imposto especial<br />

para a banca ganha força<br />

OReinoUnidoeaFrançajá<br />

mencionaram a possibilidade. E<br />

o FMI parece apoiar. Apesar da<br />

instituição liderada por Strauss-<br />

Kahn ter afirmado que “não<br />

apoia necessariamente” a criação<br />

de um imposto adicional<br />

para a banca, o relatório com as<br />

recomendações ao sistema financeiro<br />

deixa transparecer que<br />

a ideia está a ganhar força.<br />

O fundo aproveitou ainda<br />

para criticar a falta de detalhes e<br />

medidas concretas dos planos<br />

de reforma da supervisão financeira<br />

na Europa e nos Estados<br />

Unidos. “Sem conhecer mais<br />

detalhes é difícil analisar se os<br />

projectos dos EUA e da Europa<br />

são aplicáveis ou até desejáveis”,<br />

defende o fundo. O director-geral<br />

do FMI havia já alertado<br />

que a sensação de necessidade<br />

de tomar medidas regulatórias<br />

globais se estava a esbater e<br />

avisou não se podiam esquecer<br />

os ensinamentos da crise.<br />

As novas exigências regulatórias<br />

em torno da banca causam<br />

alguma apreensão em analistasdosector,jáquenãose<br />

sabe ao certo o impacto que terão<br />

no capital dos bancos. Assim,<br />

o FMI reconhece que as<br />

novas regras para as instituições<br />

financeiras têm de ser implementadas<br />

com cautela e podem<br />

até nem ser aplicadas enquanto<br />

a economia mundial não consolidar<br />

a sua recuperação.<br />

As ideias do FMI para a banca<br />

mundial serão conhecidas ao<br />

detalhe para a semana, altura<br />

em que é divulgada a versão integral<br />

do relatório de estabilidade<br />

financeira. ■<br />

FMI pede que as<br />

autoridades norteamericanas<br />

e<br />

europeias tomem<br />

medidas mais<br />

concretas na<br />

regulação financeira.


34 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

FINANÇAS<br />

BANCA<br />

Caixas espanholas poderão passar<br />

de 45 a 20 com reestruturação<br />

O presidente da Caja Madrid disse ontem estimar que o processo de<br />

reestruturação actualmente em curso na banca espanhola fará reduzir<br />

para menos de metade o número de caixas existentes. Rodrigo Rato<br />

explicou que, numa primeira fase, se passará de 45 para 25 e,<br />

posteriormente, para 20. As caixas foram as mais afectadas no sistema<br />

bancário espanhol pela crise financeira que abalou o mundo ocidental.<br />

Rato diz ainda ser inevitável uma forte corte de balcões.<br />

Maria Ana Barroso<br />

maria.barroso@economico.pt<br />

Os trabalhadores do Banco Privado<br />

Português (BPP) admitem<br />

criar uma nova instituição bancária<br />

como saída para a situação<br />

de desemprego em que muito<br />

em breve virão a estar.<br />

Em declarações ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>, Afonso Pires Diz<br />

explica que os colaboradores<br />

tentarão uma estratégia para<br />

salvar o banco mas, caso esta<br />

não resulte, admitem “entrar<br />

com um pedido de constituição<br />

de uma nova entidade” de natureza<br />

cooperativa ou mutualista.<br />

O presidente do Sindicato Nacional<br />

dos Quadros e Técnicos<br />

Bancários (SNQTB) lamenta que<br />

a única preocupação das autoridades<br />

tenha sido a resolução do<br />

problema dos clientes, esquecendo<br />

os “150 a 180” trabalhadores.<br />

Num comunicado divulgado<br />

ontem, o sindicato adiantou ter<br />

intenção de tentar salvar o banco<br />

através de uma operação de<br />

“employees buy-out (EBO)”,<br />

assumindo os trabalhadores o<br />

capital da instituição. O SNQTB<br />

pediu, por isso, para reunir com<br />

as Finanças, o Banco de PortugaleaPrivadoHolding.<br />

Afonso Pires Diz garante que<br />

o sindicato possui “os conhecimentos<br />

e a credibilidade” necessários<br />

quer para uma operaçãocomoesta,querpara,em<br />

alternativa, avançar para a criação<br />

de uma nova instituição.<br />

Questionado quanto à capacidade<br />

financeira para tais investidas,<br />

o responsável assegura:<br />

“temos acesso aos mercados<br />

nacionais e internacionais para<br />

fazer esse financiamento”.<br />

Quanto ao momento em que<br />

os trabalhadores tentam salvar<br />

o banco, o presidente do SNQTB<br />

reconhece que teria sido preferível<br />

avançar mais cedo mas diz<br />

que o sindicato esteve a aguardar<br />

que autoridades e accionis-<br />

O fundo do Morgan Stanley apresenta<br />

prejuízos de 4 mil milhões de euros.<br />

EUA<br />

Morgan Stanley poderá ter o maior prejuízo<br />

da história do capital de risco imobiliário<br />

O fundo imobiliário de alto risco do banco de investimento norteamericano<br />

Morgan Stanley apresentou prejuízos de 5,4 mil milhões<br />

dólares (4 mil milhões de euros). A notícia foi ontem avançada pelo ‘The<br />

Wall Street Journal’ que sublinha poderá ser o maior prejuízo da<br />

história em investimentos imobiliários de capital de risco, sector em que<br />

o Morgan Stanley tem sido particularmente activo nos últimos 20 anos.<br />

Segundo o jornal, o Morgan Stanley já avisou os investidores do fundo.<br />

Trabalhadores do BPP querem criar<br />

novo banco para salvar empregos<br />

Caso a tentativa de salvar o Banco Privado não funcione, a alternativa pode ser uma nova instituição.<br />

“<br />

Como não surgiu<br />

nada, tivemos de<br />

avançar; aparecemos<br />

em desespero de<br />

causa”, admite<br />

Afonso Pires Diz,<br />

do Sindicato.<br />

tas encontrassem uma solução.<br />

“Como não surgiu nada, tivemos<br />

de avançar; aparecemos<br />

em desespero de causa”, admite,<br />

lembrando não ser essa a<br />

“função habitual” de um sindicato.<br />

Afonso Pires Diz assume,<br />

por outro lado, não serem muitas<br />

as esperanças de que a primeira<br />

alternativa, a do EBO, seja<br />

ainda possível, tendo em conta<br />

que “estão em curso mecanismos<br />

legais que poderão ter acabado<br />

com o BPP”. O Banco de<br />

Portugal tem já em curso o processo<br />

de retirada da licença do<br />

Banco Privado.<br />

Em declarações à Lusa, o<br />

presidente da Privado Holding<br />

classificou ontem a iniciativa<br />

dos trabalhadores de “meritória,<br />

sobretudo pelo espírito de<br />

lutar até ao fim para tentar salvar<br />

uma instituição que foi muito<br />

maltratada pelas instituições<br />

públicas”. No entanto, Diogo<br />

VazGuedesdissever“commuita<br />

dificuldade que esta iniciativa<br />

Paula Nunes<br />

Vaz Guedes tem grandes dúvidas<br />

de que o plano dos trabalhadores<br />

possa vingar.<br />

possa, infelizmente, ter sucesso”,<br />

tendo em conta “a postura<br />

do BdP até aqui”.<br />

O Diário <strong>Económico</strong> tentou<br />

obter junto do supervisor uma<br />

reacção a esta nova proposta<br />

dos trabalhadores do BPP, mas<br />

sem sucesso.<br />

Prazos do Governo em risco<br />

Termina hoje o prazo fixado<br />

pelo Ministério das Finanças<br />

para que sejam accionados o<br />

Fundo de Garantia de Depósitos<br />

e o Sistema de Indemnização<br />

aos Investidores para ressarcir<br />

parcialmente os clientes do<br />

BPP. Isto porque, até à hora de<br />

fecho desta edição, aguardavase<br />

ainda a decisão final oficial<br />

do BdP de retirar a licença ao<br />

banco. Este é o único passo que<br />

falta para que os dois sistemas<br />

sejam accionados. A medida faz<br />

parte da solução que foi<br />

encontrada para estes clientes<br />

e que inclui ainda um fundo d<br />

einvestimentojácriado.■


BANCA<br />

JPMorgan lucra mais 55%<br />

e surpreende os analistas<br />

O JP Morgan lucrou, no primeiro trimestre deste ano, 3,33 mil milhões<br />

de dólares (2,43 mil milhões de euros), mais 55% do que em igual<br />

período do ano passado. O resultado do segundo maior banco dos EUA<br />

surpreendeu as casas de investimento que estimavam um resultado de<br />

cerca de 2,9 mil milhões de dólares (2,14 mil milhões de euros). O JP<br />

Morgan inaugurou a época de resultados trimestrais da banca norteamericana.<br />

Seguem-se em breve o Bank of America e o Citigroup.<br />

Analistas apoiam<br />

certificação<br />

obrigatória<br />

Regulamento da CMVM inclui novas regras<br />

para actividades de intermediação financeira.<br />

Marta Reis<br />

marta.reis@economico.pt<br />

A certificação profissional obrigatória<br />

para consultores de investimento<br />

e analistas financeiros,<br />

consagrada em regulamento<br />

pela CMVM, mereceu o apoio da<br />

maioria da indústria.<br />

Mas há também observações e<br />

críticas entre os 13 documentos<br />

de resposta à consulta pública,<br />

divulgados ontem, algumas das<br />

quais foram consideradas pelo<br />

regulador na redacção final.<br />

Oregimetransitóriododocumento<br />

agora divulgado pela<br />

CMVM, e que deverá ser publicado<br />

nos próximos dias em Diário<br />

da República, consagra requisitos<br />

de qualificação profissional para<br />

consultores e analistas que pretendam<br />

aceder à actividade a<br />

partir de 1 de Janeiro do próximo<br />

ano. Os que já exercem devem<br />

fazer, ou actualizar, o registo no<br />

prazo de três meses.<br />

A validade do registo depende<br />

da obtenção, no prazo de quatro<br />

anos a partir da data de registo,<br />

ou da sua actualização, de qualificações<br />

profissionais específicas.<br />

Este foi um pontos mais focado<br />

pelos respondentes. Na proposta<br />

a consulta pública, o regime<br />

transitório não contemplava a<br />

experiência profissional como<br />

factor de dispensa de obtenção de<br />

diploma. O regulamento ontem<br />

divulgado consagra esse princípio,<br />

reconhecendo o mérito da<br />

experiência e formação profissional<br />

já adquiridas. Também o prazo<br />

para obtenção das habilitações<br />

requeridas passou dos três anos<br />

inicialmente propostos para quatro,<br />

tendo esta sido outra das observações<br />

feitas por alguns respondentes.<br />

Houve também entidades -<br />

como a APFIPP - que defenderam<br />

um sistema de certificação<br />

profissional transversal ao sector<br />

financeiro. O Finibanco reforça<br />

que contribuiria para a qualidade<br />

a ter no mercado “introduzir<br />

num futuro próximo uma abrangência<br />

mais alargada [...] estendendo-a,<br />

nomeadamente, aos<br />

agentes dos serviços financeiros<br />

de corretagem”.<br />

Há, por outro lado, quem refira<br />

os custos que as novas regras<br />

poderão acarretar. O Caixa BI<br />

apontava na resposta à consulta<br />

pública ser necessário considerar<br />

o “impacto que as exigências de<br />

certificação, que passarão a ser<br />

colocadas, terão nas estruturas de<br />

custos dos intermediários financeiros<br />

ou nas áreas de intermediação<br />

das instituições financeiras”.<br />

A Associação Portuguesa de<br />

Empresas de Investimento (APC)<br />

considerava no documento de<br />

resposta, que um sistema de certificação<br />

profissional introduziria<br />

custos adicionais e uma rigidez<br />

no mercado de trabalho particularmente<br />

penalizadora”.<br />

O registo junto da CMVM, que<br />

passará a ser obrigatório e público<br />

para os analistas financeiros, é<br />

apoiado pela maioria dos 13 respondentes.<br />

Sobre o regulamento, a Associação<br />

Portuguesa de Analistas<br />

Financeiros (APAF) considera<br />

que irá “contribuir para uma<br />

maior credibilidade do mercado<br />

de capitais em geral e da classe<br />

dos analistas financeiros e consultores<br />

de investimento em particular”.<br />

■<br />

REQUISITOS<br />

● É criado um sistema de<br />

certificação profissional, que<br />

passará a ser obrigatória tanto<br />

para consultores como para<br />

analistas financeiros.<br />

● O exercício de actividade de<br />

consultoria para investimento<br />

e de análise financeira ficará<br />

sujeita a registo prévio junto<br />

da CMVM.<br />

● Os requisitos de qualificação<br />

profissional são aplicados aos<br />

consultores de investimento que<br />

pretendam aceder à actividade a<br />

partir de 1 de Janeiro de 2011.<br />

● O regulamento contempla<br />

ainda requisitos de idoneidade e<br />

normas de conduta,<br />

nomeadamente a adesão a um<br />

código de conduta/deontológico.<br />

Previsões da OPEP para a procura de<br />

crude são menos optimistas que AIE.<br />

MATÉRIAS-PRIMAS<br />

COMER UM BITOQUE VAI PASSAR A FICAR MAIS CARO<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 35<br />

OPEP mantém estimativa de subida ligeira<br />

da procura em 2010<br />

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) prevê um<br />

aumento de 1,1% do consumo mundial de crude este ano, para um total<br />

de 85,21 milhões de barris diários. As projecções do cartel, em linha<br />

com as de Março, são menos optimistas que a estimativa avançada pela<br />

Agência Internacional de Energia, que prevê um aumento do consumo<br />

para 86,6 milhões de barris diários (mbd) em 2010. Ontem, o barril de<br />

brent, a referência para Portugal, subia 1,74% para 86,19 dólares.<br />

Rebecca Reid/Bloomberg<br />

Na próxima vez que for a um restaurante e pagar mais por um bitoque não estranhe.<br />

A factura deverá aumentar nos próximos meses com a subida dos preços da carne<br />

devido, segundo avançava ontem o Financial Times, ao Inverno rigoroso nos<br />

Estados Unidos e aos efeitos da recessão económica. Para quem prefere ‘fast food’ as<br />

notícia não são mais animadoras já que o Big Mac também deverá ficar mais caro.


36 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

BOLSA <strong>DE</strong> VALORES<br />

Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />

Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />

Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />

Compartimento A<br />

B.COM.PORTUGUES 14-04-2010 0.85 0.01 0.96 0.85 0.8416,277,816 1.08 0.64 0.02 16-04-2009 2.03 -1.99<br />

B.ESPIRITO SANTO 14-04-2010 4.11 0.06 1.51 4.14 4.053,229,125 5.34 3.45 0.14 16-04-2010 3.46 -11.56<br />

BANCO BPI SA 14-04-2010 1.99 0.02 0.76 2.00 1.98 424,228 2.57 1.71 0.07 04-05-2009 3.38 -7.12<br />

BRISA 14-04-2010 6.57 0.04 0.63 6.59 6.51 896,747 7.59 4.81 0.31 26-04-2010 4.75 -9.55<br />

CIMPOR SGPS 14-04-2010 5.54 0.01 0.24 5.55 5.47 351,305 6.55 4.20 0.19 12-06-2009 3.35 -14.23<br />

EDP 14-04-2010 3.04 0.03 1.13 3.05 3.018,520,117 3.22 2.62 0.14 14-05-2009 4.67 -4.23<br />

EDP RENOVAVEIS 14-04-2010 5.87 -0.03 -0.51 5.93 5.85 995,032 7.83 5.52 0.00 0.00 -11.10<br />

GALP ENERGIA 14-04-2010 13.66 0.11 0.81 13.66 13.511,068,090 13.64 8.86 0.23 22-10-2009 1.70 13.13<br />

J MARTINS SGPS 14-04-2010 7.78 0.07 0.93 7.83 7.67 759,990 7.90 3.71 0.14 07-05-2010 1.86 10.22<br />

PORTUCEL 14-04-2010 2.09 0.00 0.19 2.10 2.06 252,068 2.18 1.40 0.08 14-04-2010 3.96 4.96<br />

PORTUGAL TELECOM 14-04-2010 8.49 0.09 1.06 8.49 8.412,170,849 8.69 5.<strong>48</strong> 0.57 24-04-2009 6.85 -2.26<br />

SONAE 14-04-2010 0.91 0.02 2.70 0.92 0.8910,126,724 0.98 0.59 0.03 20-05-2009 3.38 1.69<br />

ZON MULTIMEDIA 14-04-2010 3.94 0.02 0.59 3.94 3.90 254,7<strong>48</strong> 5.01 3.61 0.16 27-05-2009 4.09 -10.30<br />

Compartimento B<br />

IMPRESA SGPS 14-04-2010 1.64 - - 1.65 1.61 31,939 2.30 0.75 0.00 0.00 -9.04<br />

S.COSTA-PREF 22-02-2010 1.20 - - - - - 1.20 1.16 0.15 27-05-2009 12.50 3.45<br />

S.COSTA 14-04-2010 1.12 0.06 5.66 1.13 1.05 632,410 1.34 0.54 0.03 27-05-2009 2.93 -10.92<br />

IBERSOL SGPS 14-04-2010 8.12 -0.02 -0.25 8.70 8.10 28,009 10.00 6.52 0.05 28-04-2010 0.68 -11.62<br />

SONAE INDUSTRIA 14-04-2010 2.57 0.04 1.74 2.58 2.54 361,026 2.86 1.72 0.00 16.61 -2.51<br />

SONAECOM SGPS 14-04-2010 1.61 0.01 0.37 1.62 1.60 759,854 2.15 1.51 0.00 0.00 -17.96<br />

MOTA ENGIL 14-04-2010 3.29 0.05 1.39 3.33 3.24 590,402 4.53 2.68 0.11 30-04-2010 3.39 -16.92<br />

SEMAPA 14-04-2010 8.20 0.15 1.88 8.25 8.01 115,647 8.95 5.72 0.25 23-04-2009 3.17 3.70<br />

BANIF-SGPS 14-04-2010 1.16 - - 1.16 1.14 41,233 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 5.28 -8.01<br />

SONAE CAPITAL 14-04-2010 0.64 0.03 4.92 0.64 0.611,147,973 1.00 0.52 0.00 0.00 -25.36<br />

REN 14-04-2010 2.93 -0.02 -0.51 2.95 2.93 333,437 3.25 2.73 0.17 13-04-2010 5.67 -1.08<br />

MARTIFER 14-04-2010 2.79 0.03 1.09 2.80 2.77 100,307 4.59 2.67 0.00 0.00 -17.37<br />

GRUPO MEDIA CAP 16-02-2010 4.00 - - - - - 5.00 3.31 0.23 09-04-2009 5.75 -4.08<br />

SAG GEST 14-04-2010 1.22 - - 1.22 1.22 950 1.59 0.97 0.02 10-11-2008 1.66 -6.15<br />

TEIXEIRA DUARTE 14-04-2010 1.08 - - 1.09 1.06 215,650 1.26 0.58 0.00 1.71 1.45<br />

FINIBANCO SGPS 14-04-2010 1.46 -0.01 -0.68 1.<strong>48</strong> 1.45 26,259 2.14 1.36 0.00 4.29 -3.92<br />

ALTRI SGPS SA 14-04-2010 4.84 0.06 1.19 4.86 4.81 644,4<strong>48</strong> 5.27 1.95 0.00 2.00 20.69<br />

Compartimento C 25-03-2010 3.41 - - - - - 5.41 3.36 0.07 26-05-2009 2.05 -18.03<br />

BENFICA-FUTEBOL 14-04-2010 3.30 -0.15 -4.35 3.45 3.30 9,688 3.65 2.13 0.00 0.00 40.26<br />

COFINA SGPS 14-04-2010 1.12 0.01 0.90 1.13 1.09 21,826 1.26 0.53 0.00 4.21 4.72<br />

COMPTA 14-04-2010 0.40 0.02 5.26 0.40 0.40 200 0.46 0.34 0.00 0.00 -5.00<br />

CORTICEIRA AMORI 14-04-2010 0.95 - - 0.96 0.95 15,327 1.05 0.59 0.00 6.74 4.32<br />

ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />

ESTORIL SOL P 14-04-2010 5.88 0.43 7.89 5.88 5.88 146 9.88 5.23 0.00 4.54 -26.15<br />

F RAMADA INVEST 14-04-2010 0.81 0.01 1.76 0.82 0.80 33,655 0.98 0.62 0.00 0.00 -8.46<br />

FISIPE 14-04-2010 0.16 0.01 6.67 0.16 0.16 250 0.20 0.09 0.00 0.00 -6.25<br />

FUT.CLUBE PORTO 14-04-2010 1.17 0.04 3.54 1.18 1.12 1,201 1.75 0.75 0.00 0.00 -21.53<br />

GLINTT 14-04-2010 0.77 0.02 2.67 0.77 0.74 279,407 1.03 0.64 0.00 0.00 -16.93<br />

IMOB GRAO PARA 29-03-2010 3.60 - - - - - 4.81 2.36 0.00 0.00 -1.37<br />

INAPA-INV.P.GEST 14-04-2010 0.61 0.00 0.49 0.61 0.60 225,566 0.73 0.30 0.00 0.00 -5.16<br />

LISGRAFICA 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 10 0.12 0.06 0.00 0.00 -12.50<br />

NOVABASE SGPS 14-04-2010 4.45 - - 4.47 4.44 6,665 5.06 3.89 0.00 0.00 -2.71<br />

OREY ANTUNES 06-04-2010 1.75 - - - - - 2.90 1.64 0.11 30-04-2009 6.29 2.34<br />

PAP.FERNAN<strong>DE</strong>S 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />

REDITUS SGPS 14-04-2010 7.24 -0.05 -0.69 7.24 7.13 625 7.99 6.85 0.00 0.00 -0.68<br />

SPORTING 14-04-2010 1.18 0.01 0.85 1.25 1.16 2,993 1.52 1.05 0.00 0.00 -9.30<br />

SUMOL COMPAL 08-04-2010 1.43 - - - - - 1.52 1.26 0.00 0.00 -2.72<br />

VAA VISTA ALEGRE 12-04-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 29,616 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />

SPORTING 14-04-2010 1.18 0.01 0.85 1.25 1.16 2,993 1.52 1.05 0.00 0.00 -9.30<br />

SUMOL COMPAL 08-04-2010 1.43 - - - - - 1.52 1.26 0.00 0.00 -2.72<br />

VAA VISTA ALEGRE 12-04-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 29,616 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />

VAA-V.ALEGRE-FUS 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 29,616 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />

Compartimento Estrangeiras<br />

BANCO POPULAR 14-04-2010 0.00 0.06 1.01 6.01 5.89 4,862 7.<strong>48</strong> 4.64 0.46 12-01-2009 7.71 17.13<br />

BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 14-04-2010 0.00 0.01 0.09 10.80 10.72 14,537 12.13 6.20 0.60 01-05-2010 5.60 -8.71<br />

E.SANTO FINANC N 08-04-2010 0.00 - - - - - 15.50 9.55 0.25 25-05-2009 1.70 -3.29<br />

E.SANTO FINANCIA 14-04-2010 0.00 0.01 0.07 14.85 14.70 17,245 15.49 10.45 0.25 25-05-2009 1.72 -0.27<br />

PAPELES Y CARTON 16-03-2010 0.00 - - - - - 4.25 2.60 0.03 16-01-2009 0.75 21.21<br />

SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.00 7.17 0.00<br />

As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />

Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />

– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />

a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />

anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />

bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />

As últimas RECOMENDAÇÕES<br />

EDP<br />

PREÇO-ALVO<br />

3,6€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

3,03€<br />

POTENCIAL<br />

18,8%<br />

COMPRAR O BPI Equity Research reduziu o preço-alvo<br />

das acções da EDP de 3,9 euros para 3,6 euros, apesar<br />

de manter a recomendação de “comprar”.<br />

EDP Renováveis<br />

PREÇO-ALVO<br />

6,8€<br />

GALP<br />

PREÇO-ALVO<br />

15,8€<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

5,87€<br />

POTENCIAL<br />

15,8%<br />

ACUMULAR O BPI Equity Research cortou a avaliação<br />

das acções da EDP Renováveis de 8,15 euros para 6,8<br />

euros. Já a recomendação foi mantida em “acumular”.<br />

COTAÇÃO ACTUAL<br />

13,6€<br />

POTENCIAL<br />

16,2%<br />

COMPRAR O BPI Equity Research subiu o preço-alvo das<br />

acções da Galp Energia de 15,45 euros para 15,80 euros,<br />

mantendo a recomendação inalterada em “comprar”.<br />

Média dos PREÇOS-ALVO<br />

EMPRESAS ‘TARGET’<br />

ALTRI 3,54<br />

BANCO BPI 2,49<br />

BCP 1,29<br />

BES 9,37<br />

BRISA 7,76<br />

CIMPOR 4,76<br />

EDP 3,89<br />

GALP ENERGIA 13,94<br />

EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />

J. MARTINS 5,43<br />

MOTA-ENGIL 4,23<br />

PORTUCEL 2,47<br />

PT 7,38<br />

REN 3,24<br />

SEMAPA 11,03<br />

S. INDÚSTRIA 3,01<br />

SONAE SGPS 1,31<br />

SONAECOM 3,38<br />

T. DUARTE -<br />

ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />

Metodologia: O preço-alvo médio é<br />

calculado tendo em conta as avaliações de<br />

sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />

ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />

Hot Stock SONAE SGPS<br />

COMENTÁRIO<br />

<strong>DE</strong> BOLSA<br />

Marta Marques Silva<br />

marta.marquessilva@economico.pt<br />

Bolsa em alta<br />

emdiadetestes<br />

O PSI 20 avançou ontem 0,92%, naquele que foi<br />

o segundo melhor desempenho da Europa, só ultrapassado<br />

pela praça italiana. A tendência de<br />

ganhos foi aliás generalizada, com o Euro Stoxx<br />

600 a escalar para o nível mais alto em 18 meses.<br />

Os investidores mostraram-se optimistas depois<br />

de a JP Morgan apresentar resultados considerados<br />

fortes pelo mercado. As contas da tecnológica<br />

Intel e os dados favoráveis do retalho norteamericano<br />

ajudaram ainda à toada positiva registada<br />

ontem nas praças mundiais.<br />

A bolsa portuguesa foi obviamente influenciada<br />

pelo sentimento interna-<br />

cional, mas também pelos<br />

dois “testes” nos quais<br />

passou com distinção:<br />

Bruxelas deu luz verde ao<br />

PEC e o Estado conseguiu<br />

colocar dois mil milhões de euros de dívida com<br />

sucesso no mercado. Entre as cotadas o destaque<br />

vai para a Sonae, que liderou os ganhos na sessão<br />

(ver caixa). Todos os títulos da banca avançaram<br />

suportados nos resultados do gigante norte-americano.<br />

O BES, que começou na terça-feira a negociar<br />

sem direito ao dividendo, liderou mesmo os<br />

ganhos no sector, ao somar 1,5%. Já a EDP Renováveis<br />

– que tem sido alvo de várias revisões em<br />

baixa – e a REN foram as únicas cotadas a fechar<br />

no vermelho, ambas com perdas de 0,51%. ■<br />

Paulo Azevedo,<br />

CEO da Sonae<br />

As bolsas<br />

ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

PSI 20 COM QUEDA ANUAL <strong>DE</strong> 1,4%<br />

Desempenho do principal índice bolsista português<br />

desde o início deste ano.<br />

9000<br />

8500<br />

8000<br />

7500<br />

7000<br />

31-12-2009<br />

Mercado confiante nas contas da Sonae<br />

14-04-2010<br />

A Sonae SGPS registou a melhor ‘performance’ do PSI 20, ao<br />

avançar 2,7% para 0,91 euros por acção. Apesar do desempenho<br />

bolsista na sessão de ontem, a verdade é que, desde o início<br />

do ano, a empresa liderada por Paulo de Azevedo acumula uma<br />

valorização de apenas 4,9%. Segundo os analistas contactados<br />

pela Reuters, a retalhista está a ser impulsionada pelos rumores<br />

acerca de uma possível nota de análise positiva para a empresa,<br />

ainda não anunciada ao mercado. Além disso, os especialistas<br />

justificam a subida de ontem com correcções técnicas, já que o<br />

título tem estado a negociar abaixo da sua cotação média. Ainda<br />

a funcionar como ‘driver’ dos papéis está a expectativa de que a<br />

Sonae irá impressionar o mercado na apresentação de resultados<br />

trimestrais, depois de já ter surpreendido na divulgação de contas<br />

anuais. Ontem, a subsidiária, Sonae Capital, também brilhou,<br />

ao escalar 4,92%.


EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 14.39 0.35<br />

WALT DISNEY CO 36.04 0.56<br />

KRAFT FOODS INC 30.75 0.33<br />

PROCTER & GAMBLE 62.99 -0.02<br />

AMER EXPRESS CO 46.06 2.38<br />

GENERAL ELEC CO 19.33 2.01<br />

COCA-COLA CO 54.77 -0.45<br />

AT&T 26.19 -0.04<br />

BOEING CO 71.4 0.29<br />

HOME <strong>DE</strong>POT INC 34.69 1.02<br />

MCDONALD'S CORP 69.16 0.35<br />

THE TRAVELERS CO 52.79 1.09<br />

BANK OF AMERICA 19.32 3.<strong>48</strong><br />

HEWLETT-PACKARD 54.<strong>48</strong> 1.3<br />

3M COMPANY 84.03 0.11<br />

EUA - Nasdaq<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

APPLE INC 245.47 1.26<br />

COGNIZANT TECH 53.96 0.54<br />

INTUIT INC 35.05 0<br />

PRICELINE COM 263.7 2.37<br />

ADOBE SYS 34.87 0.35<br />

CITRIX SYSTEMS <strong>48</strong>.04 -0.04<br />

INTUITIVE SURG 377.95 2.86<br />

PATTERSON COS 31.55 1.02<br />

AUTOMATIC DATA 43.99 0.09<br />

<strong>DE</strong>LL INC 16.61 5.66<br />

J.B. HUNT TRAN 36.59 0.99<br />

QUALCOMM INC 42.75 1.06<br />

AUTO<strong>DE</strong>SK INC 31.55 -0.47<br />

DISH NETWORK A 21.6 -0.78<br />

JOY GLOBAL INC 62.64 2.27<br />

QIAGEN N.V. 23.91 0.76<br />

ALTERA CORP 26.03 1.21<br />

DIRECTV A 36.2 2.26<br />

KLA TENCOR 33.22 3.88<br />

RSCH IN MOTION 73.51 1.31<br />

APPLIED MATL 14.31 3.7<br />

EBAY INC 26.9 0.98<br />

LIFE TECH CORP 52.02 1.03<br />

ROSS STORES 56.21 -0.55<br />

AMGEN 60.88 0.33<br />

ELECTRONIC ART 19.57 1.29<br />

LIBERTY INTER A 16.58 1.22<br />

STARBUCKS CORP 24.63 -0.4<br />

AMAZON COM 143.96 2.71<br />

EXPRESS SCRIPTS 100.56 -2.31<br />

LINEAR TECH 30.8 3.88<br />

SEARS HOLDING 109.59 2.98<br />

APOLLO GROUP 63.52 -2.1<br />

EXPEDITORS 37.76 1.56<br />

LOGITECH INTL 17.76 2.<strong>48</strong><br />

SIGMA ALDRICH 56.32 1.33<br />

ACTIVISIN BLIZRD 12.11 -1.3<br />

EXPEDIA 25.54 1.96<br />

LAM RESEARCH 39.89 3.05<br />

SANDISK CORP 37.95 5.53<br />

BED BATH BEYOND 45.49 -0.35<br />

FASTENAL CO 52.64 -0.68<br />

MATTEL INC 23.12 -1.45<br />

STAPLES INC 23.89 0.25<br />

BAIDU INC ADS 638.65 1.91<br />

FISERV INC 51.98 0.37<br />

MICROCHIP TECH 29.99 3.06<br />

STERICYCLE INC 54.99 -1.47<br />

BIOGEN I<strong>DE</strong>C 54.64 -0.78<br />

FLEXTRONICS 8.01 1.01<br />

EUA - Standard & Poors 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

ALCOA INC 14.39 0.35<br />

CVS CAREMARK CRP 36.99 -0.51<br />

JOHNSON&JOHNSON 65.26 -0.64<br />

PROCTER & GAMBLE 62.99 -0.02<br />

APPLE INC 245.47 1.26<br />

CHEVRON 80.23 0.02<br />

JPMORGAN CHASE 47.38 3.29<br />

PHILIP MORRIS 51.2 -2.4<br />

ABBOTT LABS 52.03 -0.<strong>48</strong><br />

DU PONT CO 38.68 0.18<br />

KRAFT FOODS INC 30.75 0.33<br />

QUALCOMM INC 42.75 1.06<br />

AMER ELEC PWR 33.68 -1.14<br />

<strong>DE</strong>LL INC 16.61 5.66<br />

COCA-COLA CO 54.77 -0.45<br />

REGIONS FINANCL 8.75 4.92<br />

ALLSTATE CP 34.25 3.6<br />

WALT DISNEY CO 36.04 0.56<br />

LOCKHEED MARTIN 81.99 -0.74<br />

RAYTHEON CO 57.97 -0.28<br />

AMGEN 60.88 0.33<br />

DOW CHEMICAL CO 30.91 1.01<br />

LOWES COMPANIES 26.41 0.72<br />

SPRINT NEXTEL 4.17 0.<strong>48</strong><br />

AMAZON COM 143.96 2.71<br />

<strong>DE</strong>VON ENERGY 66.63 0.27<br />

MASTERCARD CL A 263.74 2.03<br />

SCHLUMBERGER LTD 66.78 1.94<br />

AVON PRODUCTS 32.37 1.19<br />

EMC CORP 19.19 0.89<br />

MCDONALD'S CORP 69.16 0.35<br />

SARA LEE CORP 14.22 0.21<br />

AMER EXPRESS CO 46.06 2.38<br />

ENTERGY CP 81.3 -0.44<br />

MEDTRONIC INC 45.72 0.59<br />

SOUTHERN 33.89 -0.06<br />

BOEING CO 71.4 0.29<br />

EXELON CORP 44.34 -0.49<br />

METLIFE INC 46.39 2.05<br />

AT&T 26.19 -0.04<br />

BANK OF AMERICA 19.32 3.<strong>48</strong><br />

FORD MOTOR CO 13.25 3.6<br />

3M COMPANY 84.03 0.11<br />

TARGET CORP 56.5 0.07<br />

BAXTER INTL INC 58.75 -0.52<br />

FRPRT-MCM GD 85.74 1.14<br />

ALTRIA GROUP 21.05 -0.24<br />

TIME WARNER INC 32.62 -0.46<br />

BAKER HUGHES INC <strong>48</strong>.85 1.33<br />

FE<strong>DE</strong>X CORP 92.73 2.22<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

ANGLO AMERICAN 2982.5 1.34<br />

B SKY B 623.5187 1.14<br />

3I GROUP 285.8412 -0.35<br />

OLD MUTUAL 120.9798 1.58<br />

SHIRE 1429.6414 -0.35<br />

ASSOC.BR.FOODS 985.9296 -1.77<br />

BT GROUP 129.1005 4.37<br />

IMPERIAL TOBACCO 2008.0602 0.1<br />

PETROFAC 1220.12 1.41<br />

STANDARD LIFE 207.1 1.02<br />

ADMIRAL GROUP 1340.9706 -0<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

UNITED TECH CP 73.65 0.26<br />

CATERPILLAR INC 67.01 1.24<br />

INTL BUS MACHINE 130.86 1.42<br />

MERCK & CO 36.11 -1.61<br />

VERIZON COMMS 29.69 -1.26<br />

CISCO SYSTEMS 26.84 1.51<br />

INTEL CORP 23.45 3.03<br />

MICROSOFT CP 30.84 1.28<br />

WAL-MART STORES 54.71 -0.02<br />

CHEVRON 80.23 0.02<br />

JOHNSON&JOHNSON 65.26 -0.64<br />

PFIZER INC 17.01 -0.99<br />

EXXON MOBIL 68.6 -0.09<br />

DU PONT CO 38.68 0.18<br />

JPMORGAN CHASE 47.38 3.29<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MILLICOM INTL 88.99 -1<br />

SEAGATE TECH 19.43 5.71<br />

BMC SOFTWARE 39.76 1.3<br />

FLIR SYSTEMS 28.56 1.2<br />

MARVELL TECH GP 22.05 5.3<br />

SYMANTEC CORP 16.87 0.96<br />

BROADCOM CORP 35.54 2.98<br />

FIRST SOLAR 131.66 3.82<br />

MICROSOFT CP 30.84 1.28<br />

TEVA PHARM 61.7 -2.08<br />

CA IN 23.16 1<br />

FOSTER WHEELR AG 30.75 2.23<br />

MAXIM INTEGRATED 20.93 3.67<br />

URBAN OUTFITTER 38.85 1.38<br />

CELGENE CORP 60.08 -2.28<br />

GENZYME 52.51 0.15<br />

MYLAN INC 22.08 -2<br />

VIRGIN MEDIA 17.78 2.<strong>48</strong><br />

CEPHALON INC 67.57 -0.43<br />

GILEAD SCI 45.84 -1.1<br />

NII HOLDINGS 42.54 -0.07<br />

VODAFONE GROUP 23.38 1.21<br />

CERNER CORP 88.25 1.23<br />

GOOGLE 589.49 0.46<br />

NETAPP INC 35.86 3.37<br />

VERISIGN INC 26.78 0.98<br />

CHECK PT SFTWRE 36.06 0.31<br />

GARMIN LTD 36.77 1.04<br />

NVIDIA CORP 17.84 1.02<br />

VERTEX PHARM 39.57 -0.98<br />

CH ROBINSON WW 57.57 1.73<br />

HOLOGIC INC 18.15 2.08<br />

NEWS CORP A 15.61 0.9<br />

WRNER CHIL PLC A 26.55 3.39<br />

COMCAST CORP A 18.78 0.59<br />

HENRY SCHEIN 60.9 2.11<br />

ORACLE CORP 26.32 -0.11<br />

WYNN RESORTS 87.11 -1.06<br />

COSTCO WHOLESAL 59.3 -0.99<br />

ILLUMINA INC 38.61 1.02<br />

O REILLY AUTO 43.11 2.28<br />

XILINX INC 27.42 2.16<br />

CISCO SYSTEMS 26.84 1.51<br />

INFOSY TECH ADR 62.62 -0.68<br />

PAYCHEX INC 31.28 0.45<br />

<strong>DE</strong>NTSPLY INTL 34.92 0.17<br />

CINTAS CORP 27.76 -0.29<br />

INTEL CORP 23.45 3.03<br />

PACCAR INC 46.2 0.94<br />

YAHOO! INC 18.13 -0.28<br />

Título Última Var.<br />

Cot. $ %<br />

MONSANTO CO 66.83 -1.36<br />

TEXAS INSTRUMENT 26.69 3.17<br />

BANK NY MELLON 31.85 -1.91<br />

GENERAL DYNAMICS 76.57 -0.36<br />

MERCK & CO 36.11 -1.61<br />

UNITEDHEALTH GP 31.33 -2.58<br />

BRISTOL MYERS SQ 25.67 -1.19<br />

GENERAL ELEC CO 19.33 2.01<br />

MORGAN STANLEY 31.21 2.4<br />

UNITED PARCEL B 65.42 0.83<br />

BERKSHIRE CL B 81 0.68<br />

GILEAD SCI 45.84 -1.1<br />

MICROSOFT CP 30.84 1.28<br />

US BANCORP 28.23 2.54<br />

CITIGROUP 4.88 5.63<br />

GOOGLE 589.49 0.46<br />

NIKE INC CL B 75.29 -0.29<br />

UNITED TECH CP 73.65 0.26<br />

CATERPILLAR INC 67.01 1.24<br />

GOLDM SACHS GRP 185.53 3.5<br />

NTL OILWELL VARC 42.13 0.57<br />

VERIZON COMMS 29.69 -1.26<br />

COLGATE PALMOLIV 84.17 -0.45<br />

HALLIBURTON CO 32.39 3.09<br />

NORFOLK SOUTHERN 59.5 0.56<br />

WALGREEN CO 36.72 -0.24<br />

COMCAST CORP A 18.78 0.59<br />

HOME <strong>DE</strong>POT INC 34.69 1.02<br />

NEWS CORP A 15.61 0.9<br />

WELLS FARGO & CO 33.18 3.2<br />

CAP ONE FINAN 46.01 2.36<br />

H J HEINZ CO 46.22 0.43<br />

NYSE EURONEXT 32.78 2.02<br />

WILLIAMS COMPS 23.97 -0.04<br />

CONOCOPHILLIPS 56.36 1.24<br />

HONEYWELL INTL 46.24 1.27<br />

ORACLE CORP 26.32 -0.11<br />

WAL-MART STORES 54.71 -0.02<br />

COSTCO WHOLESAL 59.3 -0.99<br />

HEWLETT-PACKARD 54.<strong>48</strong> 1.3<br />

OCCI<strong>DE</strong>NTAL PETE 85.62 -0.08<br />

WEYERHAEUSER CO 46.96 2.53<br />

CAMPBELL SOUP CO 35.51 -0.08<br />

INTL BUS MACHINE 130.86 1.42<br />

PEPSICO INC 66.13 -0.39<br />

EXXON MOBIL 68.6 -0.09<br />

CISCO SYSTEMS 26.84 1.51<br />

INTEL CORP 23.45 3.03<br />

PFIZER INC 17.01 -0.99<br />

XEROX CORP 10.5 0.<strong>48</strong><br />

Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

CARNIVAL 2635.3953 -0.72<br />

INVESTEC 542.6937 -0.09<br />

PRU<strong>DE</strong>NTIAL 574.2642 0.26<br />

SMITHS GROUP 1141 -0<br />

AGGREKO 1196 -0.17<br />

CENTRICA 300.5 -0.1<br />

INTL POWER 332.1821 -0.66<br />

PEARSON 1006.526 2.52<br />

SMITH&NEPHEW 681.9214 0.59<br />

AMEC 831.8 1.75<br />

CAIRN ENERGY 416.8889 -0.76<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

PSI 20 Portugal 8344.29 76.06 0.92 8877.6 7151.12 8463.85 -1.412595923 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />

PSI Geral Portugal 2867.72 23.26 0.82 3020.92 2537.45 2902.26 -1.19010702 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />

PSI 20 Total Return Portugal 13889.33 126.61 0.92 14713.3 11851.92 14027.58 -0.98555845 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />

Dow Jones Ind. Ave. EUA 11084.19 64.77 0.59 11038.92 7791.95 10428.05 6.292068028 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />

Nasdaq Composite EUA 2495.63 29.64 1.2 2467.94 1598.93 2269.15 9.980829826 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />

FTSE 100 R. Unido 5796.25 34.59 0.6 5803.71 5033.01 5412.88 7.0825512<strong>48</strong> 6950.6 30 <strong>DE</strong>C 1999 986.9 23 JUL 1984<br />

Xetra-Dax Alemanha 6278.4 47.57 0.76 6285.03 5433.02 5957.43 5.387725915 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />

CAC 40 França 4057.7 25.71 0.64 4088.18 3545.91 3936.33 3.083328888 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />

IBEX 35 Espanha 11503.7 42.7 0.37 12240.5 8413.6 11940 -3.654103853 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />

AEX Holanda 356.67 2.24 0.63 358.2 311.53 335.33 6.363880357 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />

BEL 20 Bélgica 2716.7 7.72 0.28 2725.69 2375.72 2511.62 8.165247928 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />

Nikkei 225 Japão 11204.9 43.67 0.39 11408.17 9867.39 0 0 38915.87 29 <strong>DE</strong>C 1989 85.25 06 JUL 1950<br />

Hang Seng Hong Kong 22121.43 17.9 0.08 22671.92 19423.05 21872.5 1.138095782 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />

DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2691.17 17.23 0.64 2689.17 2359.4 2578.92 4.352597211 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />

DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 3008.03 19.79 0.66 3044.37 2617.77 2966.24 1.408854307 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />

FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1105.32 6.76 0.62 1105.08 964.22 1045.76 5.695379437 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />

FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2341.95 14.65 0.63 2342.26 2050.97 2233.67 4.847627447 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />

Euronext 100 Pan-europeu 716.56 4.38 0.62 719.54 625.53 683.76 4.797004797 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />

Next 150 Pan-europeu 1551.82 14.26 0.93 1550.94 1332.39 1386.24 11.94454063 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />

S&P 500 EUA 1206.59 9.29 0.78 1150.5 715.64 1115.1 8.204645323 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />

Bovespa Brasil 70984.65 192.25 0.27 71989.18 61341.11 68588.41 3.493651478 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />

Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />

Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />

Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />

Automovel 238.83 3.49 1.<strong>48</strong> 2<strong>48</strong>.50 199.72 235.83 1.27 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />

Banca 232.17 2.67 1.16 237.52 189.30 221.27 4.93 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />

Recursos Básicos 571.75 10.49 1.87 584.16 443.65 497.98 14.81 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />

Ind. Quimica 470.92 0.85 0.18 477.35 421.30 463.06 1.70 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />

Construção 289.14 3.36 1.18 290.17 247.35 277.56 4.17 <strong>48</strong>1.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />

Energia 347.88 1.89 0.55 350.67 304.14 330.54 5.25 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />

Serviços Financeiros 249.07 2.00 0.81 2<strong>48</strong>.31 207.22 232.87 6.96 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />

Alimentação e bebidas 328.70 0.70 0.21 331.03 292.06 304.28 8.03 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />

Bens e serviços Industriais 280.32 1.88 0.68 281.56 235.82 246.69 13.63 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />

Seguros 162.96 0.66 0.41 163.28 137.86 151.43 7.61 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />

Media 172.69 1.79 1.05 174.14 149.82 159.15 8.51 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />

Cuidados Médicos 380.39 -0.76 -0.20 387.29 360.02 366.09 3.91 523.<strong>48</strong> 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />

Tecnologia 218.54 3.33 1.55 219.82 185.07 184.35 18.55 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />

Telecomunicações 262.08 2.50 0.96 264.30 242.26 260.93 0.44 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />

Fornecedores de serv. Públicos 342.27 0.74 0.22 347.15 313.02 342.49 -0.06 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />

Reino Unido - Footsie 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. £ %<br />

Cot. £ %<br />

INMARSAT 756 0.27<br />

RECKIT BNCSR GRP 3583.4426 -1.16<br />

SERCO GROUP 615.5 0.24<br />

ANTOFAGASTA 1022 1.57<br />

COBHAM 272.3 -1.3<br />

INVENSYS 336.3436 1.81<br />

ROYAL BANK SCOT 45.0161 0.79<br />

SCOT & STH ENRGY 1126.0338 0.72<br />

ARM HOLDINGS 232.7192 1.42<br />

COMPASS GROUP 532.6637 -0.94<br />

INTERTEK GROUP 1461 -0.2<br />

ROYAL DTCH SHL A 1992.5598 1.45<br />

STANDRD CHART BK1776.0533 2.78<br />

ALLIANCE TRUST 3<strong>48</strong> 0.2<br />

CAPITA GROUP 793 -0.63<br />

JOHNSON MATTHEY 1750.6<strong>48</strong>1 0.4<br />

ROYAL DTCH SHL B 1919.8173 1.4<br />

SEVERN TRENT 1231.0369 -0.16<br />

AUTONOMY CORP 1831.9836 1.26<br />

CABLE & WIRE WLD 93.1112 0.92<br />

KAZAKHMYS 1556.0514 1.9<br />

REED ELSEVIER 525.5431 -0.1<br />

THOMAS COOK GRP 267.8428 -0.<strong>48</strong><br />

AVIVA 388.8192 -0.03<br />

DIAGEO 1160.6407 -0.26<br />

KINGFISHER 238.1 -0.29<br />

REXAM PLC 301.4 0.33<br />

TULLOW OIL 1318.717 -0.38<br />

ASTRAZENECA 2921.0349 -0.95<br />

MAN GROUP 271.4081 -0.33<br />

LAND SECS GROUP 682.1418 -0.37<br />

RIO TINTO 3953.6177 2.11<br />

TESCO 446.8134 -0.67<br />

BAE SYSTEMS 379.2 1.12<br />

EURASIAN 1245.0565 4.01<br />

LEGAL & GENERAL 92.9154 -1.93<br />

ROLLS ROYCE GP 618 1.39<br />

TUI TRAVEL 299.4 -0.99<br />

BARCLAYS 369.6227 2.89<br />

EXPERIAN 635 0.87<br />

Espanha - IBEX 35<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ABERTIS 14.615 -0.2<br />

ABENGOA 21.9 0.97<br />

ACS CONS Y SERV 36.025 0.38<br />

ACERINOX 15.31 1.02<br />

ACCIONA SA 87.66 0.4<br />

BBVA 11.24 -0.09<br />

BANKINTER 6.513 -0.38<br />

BOLSAS Y MER ESP 21.63 0.23<br />

BANESTO 8.53 0.52<br />

CRITERIA CAIXA 3.907 2.28<br />

EN<strong>DE</strong>SA 22.21 -0.85<br />

ENAGAS 16.33 -0.82<br />

EBRO PULEVA 14.185 -0.11<br />

FOMENTO <strong>DE</strong> CONST 27.865 0.94<br />

FERROVIAL 7.843 1.74<br />

GAMESA 11.12 -0.31<br />

GAS NATURAL 13.82 -0.11<br />

GRIFOLS 11.375 1.38<br />

Suíça - SMI<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

ABB LTD N 23.75 0.89<br />

ACTELION HLDG <strong>48</strong>.34 -0.49<br />

A<strong>DE</strong>CCO N 64.3 3.88<br />

CS GROUP AG 55.5 2.12<br />

HOLCIM N 81.8 1.49<br />

JULIUS BAER N 38.3 -0.93<br />

LONZA GRP AG N 82.7 0.24<br />

NESTLE SA 53.45 0.56<br />

NOVARTIS N 56.45 -0.44<br />

RICHEMONT I 41.47 -0.88<br />

ROCHE HOLDING AG 172.7 -0.12<br />

SGS N 1495 0.34<br />

SWATCH GROUP I 331.2 -1.49<br />

LIBERTY INTL 516.4754 -0<br />

RANDGOLD RES. 5322.0503 1.62<br />

UNILEVER 1955.0518 0.15<br />

BRIT AM TOBACCO 2256.927 -1.16<br />

FRESNILLO 857.629 2.84<br />

LLOYDS BNK GRP 63.857 1.45<br />

RSA INSRANCE GRP 128.5994 -0.39<br />

UNITED UTIL GRP 570.0171 -0<br />

BRITISH AIRWAYS 242.1742 1.46<br />

G4S 267 -0.37<br />

LONMIN PLC 2091.5654 1.6<br />

SABMILLER 1909.469 0.26<br />

VEDANTA RES 2870.7339 0.77<br />

BG GROUP 1156.5 -0.52<br />

GLAXOSMITHKLINE 1274.2866 -0.12<br />

LOND STOCK EXCH 765.5 1.06<br />

SAINSBURY(J) 349.2047 -0.34<br />

VODAFONE GROUP 150.14 1.24<br />

BR LAND CO <strong>48</strong>6.0553 0.39<br />

HAMMERSON 391.9058 -0.38<br />

MARKS & SP. 381.6 0.45<br />

SCHRO<strong>DE</strong>RS 1424.5851 0.85<br />

WOLSELEY 1559 -0.38<br />

BHP BILLITON 2272.61 1.89<br />

HOME RETAIL 294.34 -0.31<br />

MORRISON SUPMKT 297.7856 0.1<br />

SCHRO<strong>DE</strong>RS NV 1134.6831 0.27<br />

WPP PLC 684.666 2.1<br />

BUNZL 762 0.4<br />

HSBC HOLDINGS 685.9054 -0.45<br />

NATIONAL GRID 658.6683 0.15<br />

SAGE GROUP 258.6103 1.34<br />

WHITBREAD 1529.255 0.97<br />

BP 642.2 0.37<br />

ICAP PLC 402.3121 1.26<br />

NEXT 2292.5117 -1.33<br />

SEGRO 320.98 0.78<br />

XSTRATA 1291 2.38<br />

BURBERRY GRP 698.2093 2.87<br />

INTERCONT HOTEL 1054.2601 -0.57<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

IBERDROLA 6.475 0.08<br />

IBERIA LIN AER 2.639 2.09<br />

IBR RENOVABLES 3.235 0.19<br />

INDRA SISTEMAS 16.035 0.34<br />

INDITEX 49.935 1.23<br />

MAPFRE 2.852 1.97<br />

ARCELORMITTAL 34.145 1.23<br />

OBR HUARTE LAIN 23.39 2.27<br />

BK POPULAR 5.997 1.99<br />

RED ELECTR CORP 39.815 -1.03<br />

REPSOL YPF 18.44 -0.75<br />

BCO <strong>DE</strong> SABA<strong>DE</strong>LL 4.315 0.82<br />

BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 10.74 0.42<br />

SACYR-VALLE 7.03 1.15<br />

TELEFONICA 18.09 0.42<br />

GEST TELECINCO 11.715 -1.51<br />

TECNICAS REUN <strong>48</strong> 0.89<br />

Título Última Var.<br />

Cot. CHF %<br />

SWISS LIFE HLDG 143.6 -0.9<br />

SWISS REINSUR N 53.35 0.95<br />

SWISSCOM N 395 0.13<br />

SYNGENTA N 277.8 -0.14<br />

SYNTHES 129.5 -0.77<br />

UBS AG N 18.<strong>48</strong> 2.38<br />

ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />

ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />

SYNGENTA N 277.8 -0.14<br />

SYNTHES 129.5 -0.77<br />

UBS AG N 18.<strong>48</strong> 2.38<br />

ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />

ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />

Alemanha - Dax<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ADIDAS AG 41.8 0.86<br />

FRESENIUS SE VZ 56.99 0.26<br />

ALLIANZ SE 94.19 0.87<br />

HENKEL AG&CO VZ 40.965 0.53<br />

BASF SE 46.685 0.1<br />

INFINEON TECH N 5.211 2.78<br />

BAY MOT WERKE 35.515 0.47<br />

K+S AG 43.115 1.9<br />

BAYER N AG 50.18 -0.32<br />

LIN<strong>DE</strong> 88.31 0.46<br />

BEIERSDORF 44.62 -0.11<br />

MAN SE 66.83 0.69<br />

COMMERZBANK 6.496 2.17<br />

MERCK KGAA 60.36 -0.67<br />

DAIMLER AG N 36.67 1.86<br />

Itália - Mibtel<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GENERALI ASS 17.71 0.11<br />

MEDIASET 6.305 0.16<br />

MEDIOBANCA 8 -0.25<br />

MEDIOLANUM 4.405 -0.34<br />

SAIPEM 29.77 0.24<br />

SNAM RETE GAS 3.77 0.07<br />

STMICROELEC.N.V 7.75 -0.06<br />

Holanda - AEX<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ESTX 50 PR 3008.03 0.66<br />

AEX-Index 356.67 0.63<br />

AEGON 5.368 1.8<br />

AHOLD KON 10.455 1.26<br />

AIR FRANCE - KLM 12.63 1.9<br />

AKZO NOBEL 43.57 0.73<br />

ARCELORMITTAL 34.12 1.25<br />

ASML HOLDING 25.715 -1.68<br />

BAM GROEP KON 6.24 -0.1<br />

BOSKALIS WESTMIN 32.025 0.87<br />

CORIO 50.1 0.22<br />

FUGRO 51.09 0.45<br />

França - CAC 40<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 43.265 -0.67<br />

AIR LIQUI<strong>DE</strong> 88.22 0.02<br />

ALCATEL-LUCENT 2.<strong>48</strong> 3.2<br />

ALSTOM 47.23 0.3<br />

ARCELORMITTAL 34.12 1.25<br />

AXA 17.575 1.71<br />

BNP PARIBAS 57.6 1.55<br />

BOUYGUES 39.98 2.83<br />

CAP GEMINI 38.835 5.73<br />

CARREFOUR 37.985 0.9<br />

CREDIT AGRICOLE 13.62 1.72<br />

DANONE 46.585 0.76<br />

<strong>DE</strong>XIA 4.508 1.26<br />

EADS 14.7 1.27<br />

EDF 41.835 0.69<br />

ESSILOR INTERNAT 46.02 -1.03<br />

FRANCE TELECOM 17.46 0.75<br />

GDF SUEZ 28.6 0<br />

L OREAL 81.79 -0.26<br />

L.V.M.H. 90.39 0.38<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

METRO AG 44.905 -1.7<br />

<strong>DE</strong>UTSCHE BANK N 59.6 3.13<br />

MUENCH. RUECK N 122.5 0.49<br />

<strong>DE</strong>UTSCHE POST NA 12.85 1.82<br />

RWE AG 67.59 0.34<br />

DT BOERSE N 56.86 2.1<br />

SALZGITTER 68.82 0.42<br />

DT LUFTHANSA AG 13.045 1.32<br />

SAP AG 36.295 1.21<br />

DT TELEKOM N 10.125 0.6<br />

SIEMENS N 73.43 -0.23<br />

E.ON AG NA 28.4 0.44<br />

THYSSEN KRUPP 26.58 1.24<br />

FRESENIUS MEDI 41.46 -0.26<br />

VOLKSWAGEN VZ 69.69 3.24<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

UNICREDIT 2.29 0.11<br />

TENARIS 15.87 -0<br />

TERNA 3.18 0<br />

UBI BANCA 10.36 -0.38<br />

UNICREDIT 2.29 0.11<br />

UNICREDIT 2.29 0.11<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

HEINEKEN 37.11 0.6<br />

ING GROEP 7.743 1.35<br />

KONINKLIJKE DSM 34.455 -0.79<br />

KPN KON 11.885 -0.83<br />

PHILIPS KON 24.73 0.24<br />

R.DUTCH SHELL A 22.605 1.44<br />

RANDSTAD 38.42 1.79<br />

REED ELSEVIER 9.101 0.18<br />

SBM OFFSHORE 15.94 -0.65<br />

TNT 22.995 1.59<br />

TOMTOM N.V. 6.323 0.32<br />

UNIBAIL RODAMCO 151.2 0.17<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

LAFARGE 53.67 0.73<br />

LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 32.655 2.43<br />

MICHELIN 54.67 0.85<br />

PERNOD RICARD 65.89 -0.93<br />

PEUGEOT 22.22 -1.02<br />

PPR 105.45 0.29<br />

RENAULT 35.1 -0.52<br />

SAINT-GOBAIN 37.415 1.23<br />

SANOFI-AVENTIS 54.86 0.35<br />

SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 86.63 0.15<br />

SOCIETE GENERALE 45.965 -0.39<br />

STMICROELECTRONI 7.727 2.67<br />

SUEZ ENV 17.225 0.73<br />

TECHNIP 63.66 0.65<br />

TOTAL 43.505 0.02<br />

UNIBAIL RODAMCO 151.2 0.17<br />

VALLOUREC 153.9 0.69<br />

VEOLIA ENVIRON 26.105 0.02<br />

VINCI 44.6 1.53<br />

VIVENDI 19.975 0.96<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 37<br />

BOLSAS INTERNACIONAIS<br />

Bélgica - Bel 20<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ESTX 50 PR 3008.03 0.66<br />

BEL20 2716.7 0.28<br />

ACKERMANS V.HAAR 55.57 0.02<br />

BEKAERT 137.15 1.11<br />

BELGACOM 28.545 -0.12<br />

COFINIMMO-SICAFI 104.9 0.33<br />

COLRUYT 185.65 -0.13<br />

<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 62.<strong>48</strong> 0.71<br />

<strong>DE</strong>XIA 4.508 1.26<br />

FORTIS 2.769 -1.04<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

GBL 67.47 0.24<br />

GDF SUEZ 28.6 0<br />

AB INBEV 37.525 -0.54<br />

KBC GROEP 37.64 1.63<br />

MOBISTAR 46.04 0.01<br />

NAT PORTEFEUIL D 40.005 0.33<br />

OMEGA PHARMA 37.55 -0.61<br />

SOLVAY 78.88 1.62<br />

UCB 32.565 0.2<br />

Euronext - Euronext 100<br />

Título Última Var. Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

Cot. € %<br />

ACCOR 43.265 -0.67<br />

ADP 63.9 0.57<br />

AEGON 5.368 1.8<br />

AHOLD KON 10.455 1.26<br />

AIR FRANCE - KLM 12.63 1.9<br />

AIR LIQUI<strong>DE</strong> 88.22 0.02<br />

AKZO NOBEL 43.57 0.73<br />

ALSTOM 47.23 0.3<br />

ALCATEL-LUCENT 2.<strong>48</strong> 3.2<br />

ASML HOLDING 25.715 -1.68<br />

AXA 17.575 1.71<br />

BELGACOM 28.545 -0.12<br />

B.COM.PORTUGUES 0.845 0.96<br />

B.ESPIRITO SANTO 4.11 1.51<br />

BNP PARIBAS 57.6 1.55<br />

BOUYGUES 39.98 2.83<br />

BRISA 6.571 0.63<br />

BUREAU VERITAS 42 3.72<br />

CREDIT AGRICOLE 13.62 1.72<br />

CAP GEMINI 38.835 5.73<br />

CARREFOUR 37.985 0.9<br />

CASINO GUICHARD 64.91 -0.44<br />

NATIXIS 4.09 -0.02<br />

CNP ASSURANCES 69.55 -0.27<br />

COLRUYT 185.65 -0.13<br />

CORIO 50.1 0.22<br />

DANONE 46.585 0.76<br />

DASSAULT SYSTEM 46.705 2.09<br />

<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 62.<strong>48</strong> 0.71<br />

<strong>DE</strong>XIA 4.508 1.26<br />

CHRISTIAN DIOR 83.78 2.41<br />

KONINKLIJKE DSM 34.455 -0.79<br />

EADS 14.7 1.27<br />

EDF 41.835 0.69<br />

EDP 3.035 1.13<br />

EDP RENOVAVEIS 5.87 -0.51<br />

REED ELSEVIER 9.101 0.18<br />

ERAMET 284.3 1.95<br />

ESSILOR INTERNAT 46.02 -1.03<br />

EUTELSAT COMM. 26.85 -0.28<br />

SO<strong>DE</strong>XO 44.12 -0.85<br />

FORTIS 2.769 -1.04<br />

EIFFAGE 41.175 1.62<br />

FRANCE TELECOM 17.46 0.75<br />

GALP ENERGIA 13.66 0.81<br />

GBL 67.47 0.24<br />

GDF SUEZ 28.6 0<br />

HEINEKEN 37.11 0.6<br />

HERMES INTL 100.7 0.5<br />

ICA<strong>DE</strong> 81.04 0.42<br />

Euronext - Next 150<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

ACKERMANS V.HAAR 55.57 0.02<br />

AGFA-GEVAERT 5.81 -0.17<br />

ARKEMA 29.505 0.77<br />

ALTRI SGPS SA 4.842 1.19<br />

ALTRAN TECHN. 4.034 0.85<br />

APRIL GROUP 26.13 0.5<br />

ARCADIS 16.01 0.06<br />

ASM INTERNATIONA 21 4.9<br />

ATOS ORIGIN 39.415 4.36<br />

BAM GROEP KON 6.24 -0.1<br />

BARCO 32.99 1.04<br />

BANCO BPI SA 1.992 0.76<br />

BEFIMMO-SICAFI 60.37 -0.28<br />

BEKAERT 137.15 1.11<br />

BIC 57.13 1.13<br />

BINCKBANK 12.9 -0.42<br />

BIOMERIEUX 85.78 -0.19<br />

BANIF-SGPS 1.16 0<br />

BONDUELLE 84 0.18<br />

BOSKALIS WESTMIN 32.025 0.87<br />

WESSANEN KON 3.124 0.45<br />

CARBONE-LORRAINE 27.675 0.13<br />

SECHE ENVIRONNEM 55.33 1.52<br />

AREVA CI 397.95 1.31<br />

C F E 45.92 1.03<br />

BENETEAU 13.15 1.04<br />

CMB 26.11 1.08<br />

CLUB MEDITERRANE 14.005 -0.18<br />

COFINIMMO-SICAFI 104.9 0.33<br />

CRUCELL 15.07 -0.59<br />

CSM 24 0.31<br />

<strong>DE</strong>RICHEBOURG 3.509 0<br />

DRAKA HOLDING 13.99 1.38<br />

EDF ENERG NOUV 36.125 -0.23<br />

EULER HERMES 62.61 1.08<br />

FAURECIA 16.595 2.76<br />

EURONAV 18.43 2.11<br />

EUROFINS SCIENT 34.58 1.65<br />

EURAZEO 53.08 1.43<br />

HAVAS 3.85 1.05<br />

EVS BROADC.EQUIP 43.59 0.93<br />

EXACT HOLDING 19.73 0<br />

FAIVELEY TRANSPO 60.57 0.12<br />

FONC <strong>DE</strong>S REGIONS 80.<strong>48</strong> -0.53<br />

FUGRO 51.09 0.45<br />

RALLYE 28.05 -1.27<br />

STALLERGENES 62.03 2.53<br />

CGG VERITAS 23.43 2.2<br />

GROUP EUROTUNNEL 7.253 1.3<br />

GIMV 40.79 0.27<br />

GL EVENTS 21.6 3.6<br />

BOURBON 33 1.62<br />

GRONTMIJ 17.47 1.04<br />

GEMALTO 33.07 -1.99<br />

GUYENNE GASCOGNE 69.2 0.29<br />

DIETEREN 366.26 -0.74<br />

IMTECH 23.5 0.04<br />

INGENICO 18.975 0.61<br />

IPSEN 37.15 2.91<br />

IPSOS 26.685 -0.06<br />

KARDAN NV 4.443 -0.69<br />

LOGICA 1.626 4.23<br />

ALTEN 21.65 3.1<br />

MANITOU BF 12.<strong>48</strong> 3.23<br />

MARTIFER 2.79 1.09<br />

MAUREL ET PROM 12.86 1.26<br />

MEETIC 22.17 -0.14<br />

MERCIALYS 25.9 -0.08<br />

M6-METROPOLE TV 19.7 1.91<br />

MOTA ENGIL 3.29 1.39<br />

WEN<strong>DE</strong>L 47.15 1.57<br />

NICOX 6.52 0.31<br />

NEXITY 29.115 0.47<br />

NEXANS 64.92 0.71<br />

NEOPOST 61.36 0.39<br />

ILIAD 80.28 0.09<br />

IMERYS 45.5 -0.42<br />

ING GROEP 7.743 1.35<br />

ARCELORMITTAL 34.12 1.25<br />

JC <strong>DE</strong>CAUX SA 21.3 0<br />

J MARTINS SGPS 7.78 0.93<br />

KBC GROEP 37.64 1.63<br />

KPN KON 11.885 -0.83<br />

LAFARGE 53.67 0.73<br />

LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 32.655 2.43<br />

LEGRAND 24.065 0.63<br />

KLEPIERRE 29.38 -0.73<br />

L.V.M.H. 90.39 0.38<br />

MICHELIN 54.67 0.85<br />

MOBISTAR 46.04 0.01<br />

L OREAL 81.79 -0.26<br />

PERNOD RICARD 65.89 -0.93<br />

PEUGEOT 22.22 -1.02<br />

PHILIPS KON 24.73 0.24<br />

PPR 105.45 0.29<br />

PORTUGAL TELECOM 8.<strong>48</strong>9 1.06<br />

PUBLICIS GROUPE 31.545 1.07<br />

RANDSTAD 38.42 1.79<br />

R.DUTCH SHELL A 22.605 1.44<br />

RENAULT 35.1 -0.52<br />

SAFRAN 19.67 2<br />

SANOFI-AVENTIS 54.86 0.35<br />

SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 86.63 0.15<br />

SCOR SE 19.02 0.37<br />

SES 18.49 0.33<br />

SUEZ ENV 17.225 0.73<br />

VINCI 44.6 1.53<br />

SAINT-GOBAIN 37.415 1.23<br />

SOCIETE GENERALE 45.965 -0.39<br />

SOLVAY 78.88 1.62<br />

STMICROELECTRONI 7.727 2.67<br />

THALES 29.675 0.99<br />

TECHNIP 63.66 0.65<br />

TF1 14.115 2.02<br />

TNT 22.995 1.59<br />

TOTAL 43.505 0.02<br />

UCB 32.565 0.2<br />

UNIBAIL RODAMCO 151.2 0.17<br />

UNILEVER CERT 22.855 0.02<br />

VEOLIA ENVIRON 26.105 0.02<br />

VIVENDI 19.975 0.96<br />

VALLOUREC 153.9 0.69<br />

WOLTERS KLUWER 15.91 0.82<br />

WOLTERS KLUWER 15.91 0.82<br />

WOLTERS KLUWER 15.91 0.82<br />

Título Última Var.<br />

Cot. € %<br />

NIEUWE STEEN INV 15.67 -0.82<br />

TEN CATE KON 21.05 1.69<br />

NUTRECO 46.99 1.2<br />

NYRSTAR (D) 11.8 3.06<br />

OCE 8.56 0<br />

OMEGA PHARMA 37.55 -0.61<br />

MEDIQ 14 0.36<br />

ORPEA 32.875 -1.22<br />

PROLOGIS EUR PRP 5.1 -0.47<br />

PORTUCEL 2.089 0.19<br />

PIERRE &VACANCES 60.03 3.32<br />

HAULOTTE GROUP 7.34 2.8<br />

REMY COINTREAU 42.765 1.7<br />

REN 2.93 -0.51<br />

RHODIA 16.21 0.53<br />

RHJ INTERN. 6.69 0.75<br />

TELEPERFORMANCE 25.65 0.88<br />

RUBIS 67.19 3.32<br />

REXEL 12.41 6.2<br />

SAFT 29.4 -0.68<br />

SBM OFFSHORE 15.94 -0.65<br />

SEB 52.04 1.72<br />

SECHILIENNE SI<strong>DE</strong> 25.245 0.74<br />

SEMAPA 8.2 1.88<br />

SILIC 92 -0.86<br />

EUROCOMMERCIAL 29.75 -0.18<br />

SELOGER.COM 29.82 -2.23<br />

SLIGRO FOOD GP 25.57 0.39<br />

SMIT INTERNA 60 0<br />

SONAECOM SGPS 1.61 0.37<br />

SOITEC 11.475 4.27<br />

SONAE INDUSTRIA 2.569 1.74<br />

SOPRA GROUP 58 7.21<br />

SPERIAN PROTEC 69.9 0.06<br />

SNS REAAL 4.96 1.22<br />

TEIXEIRA DUARTE 1.08 0<br />

GROUPE STERIA 25.125 4.19<br />

TESSEN<strong>DE</strong>RLO 24.53 -0.24<br />

TECHNICOLOR 1.085 0.18<br />

TELENET GRP HLDG 23.335 0.6<br />

TOMTOM N.V. 6.323 0.32<br />

TRANSGENE 16.83 1.69<br />

TKH GROUP NV 15.96 0.31<br />

UBISOFT ENTERT. 10.785 -0.87<br />

UMICORE 27.315 0.5<br />

USG PEOPLE N.V. 14.235 0.28<br />

VASTNED RETAIL 50.1 -0.42<br />

VILMORIN & Cie 74.74 0.05<br />

VIRBAC 81.6 0.31<br />

VALEO 25.505 -0.53<br />

VOPAK 61.04 1.36<br />

SEQUANA 11.105 2.35<br />

WAVIN NV 1.511 -0.92<br />

WDP-SICAFI 35.64 -0.31<br />

WERELDHAVE 72.5 0.55<br />

SONAE 0.913 2.7<br />

ZODIAC AEROSPACE 37.81 -0.72<br />

ZON MULTIMEDIA 3.935 0.59<br />

AMG 8.824 0.51<br />

PLASTIC OMNIUM 31.45 1.98<br />

BETER BED 21 -1.32<br />

HEIJMANS 14.105 -1.29<br />

ACCELL GROUP 37.115 0.84<br />

BRUNEL INTERNAT 28.415 1.39<br />

SIPEF <strong>48</strong>.08 -0.1<br />

THROMBOGENICS 16.88 0.9<br />

UNIT 4 AGRESSO 19.25 0.73<br />

IMPRESA SGPS 1.64 0<br />

TOUR EIFFEL 58.26 -0.5<br />

BULL 3.47 2.97<br />

CIMENTS FRANCAIS 78.67 2.38<br />

PAGES JAUNES 8.712 0.72<br />

ALPES (COMPAGNIE 25.86 0.43<br />

KAUFMAN & BROAD 19 1.66<br />

TRIGANO 16.99 -1.08


38 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO NACIONAIS<br />

BANIF EURO-TESOURARIA 7.2925 7.2922 Z<br />

BANIF PPA 6.4027 6.3725 L<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.7821 6.7457 S<br />

BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.9156 4.8928 A<br />

BANIF EURO ACÇÕES 1.9749 1.9641 P<br />

BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.4224 4.4078 U<br />

BANIF IMOPREDIAL 7.3958 7.3957<br />

BANIF GESTÃO ACTIVA 3.3153 3.3145 J<br />

BANIF EUROPA <strong>DE</strong> LESTE 4.092 4.073 F.Fundos<br />

BANIF AMÉRICA LATINA 4.5395 4.57<br />

BANIF ÁSIA 4.163 4.1729<br />

BANIF PROPERTY 1001.843 1001.69<br />

www.montepio.pt<br />

Informações 808 20 26 26<br />

Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />

Montepio Accoes 107.359 106.9085 -<br />

Montepio Accoes Europa 36.6067 36.5171 -<br />

Montepio Euro Telcos 52.2379 52.3585 -<br />

Montepio Euro Utilities 65.<strong>48</strong>93 65.4302 -<br />

Montepio Monetario 66.9035 66.9029 -<br />

Montepio Obrigacoes 84.<strong>48</strong>58 84.4951 -<br />

Montepio Taxa Fixa 68.5<strong>48</strong>4 68.5366 -<br />

Montepio Tesouraria 87.5603 87.5558 -<br />

Multi Gestao Mercados Emergentes 47.717 47.9744 -<br />

Multi Gestao Equilibrada 45.3574 45.1939 -<br />

Multi Gestao Dinamica 30.9877 30.7727 -<br />

Multi Gestao Prudente 50.6505 50.5751 -<br />

imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />

Imorendimento II - FIIF 6,2145<br />

Gestimo - FIIF 8,6<strong>48</strong>5<br />

Continental Retail - FIIF 5,1554<br />

Multipark - FIIF 4,3928<br />

Prime Value - FEIIF 5,7<strong>48</strong>1<br />

Natura - FIIF 5,0254<br />

Historic Lodges - FIIF 4,9421<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR 8.1173 8.1512 F.Fundos<br />

BARCLAYS GLOBAL MO<strong>DE</strong>RADO 11.5465 11.5972 J<br />

BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO 12.3472 12.357 X<br />

BARCLAYS PREMIER TESOURARIA 9.9492 9.9497 Z<br />

BARCLAYS FPR/E 13.3838 13.389 X<br />

BARCLAYS PREMIER OBRG EURO 10.5817 10.6071 S<br />

BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG 12.6974 12.6342 A<br />

BARCLAYS FPA 16.334 16.2508 L<br />

BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES 11.196 11.1971 F.Fundos<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 - 4.9694 4.9661 F.Fundos<br />

BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 - 5.0952 5.0919 F.Fundos<br />

BARCLAYS GLOBAL <strong>DE</strong>FENSIVO 10.5153 10.519 F.Fundos<br />

MILLENNIUM ACÇÕES AMERICA 2.5585 2.5888<br />

MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO 2.5949 2.6151<br />

MILLENNIUM AFORRO PPR 5.6145 5.6118<br />

MILLENNIUM DISPONIVEL 49.6561 49.6369<br />

MILLENNIUM EURO TAXA FIXA 11.4675 11.4498<br />

MILLENNIUM EUROCARTEIRA 10.1564 10.1936<br />

MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS 3.2447 3.2289<br />

MILLENNIUM EUROPDUP OPORT - FEI 5.243 5.2417<br />

MILLENNIUM EXTRATESO 5521.835 5521.228<br />

MILLENNIUM EXTRATESO II 5477.2451 5476.7861<br />

MILLENNIUM GESTÃO DINAMICA 47.429 <strong>48</strong>.0231<br />

MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES 5.5228 5.557<br />

MILLENNIUM INVEST PPR ACES 5.0276 5.0195<br />

MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES 8.7756 8.9352<br />

MILLENNIUM MONETSEMES 5305.4702 5305.1128<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES 5.4472 5.4443<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA 5.0787 5.0798<br />

MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDAIS 11.3215 11.3127<br />

MILLENNIUM POUPANA PPR 6.2859 6.2775<br />

MILLENNIUM PPA 26.0159 25.927<br />

MILLENNIUM PREMIUM 5.1142 5.1113<br />

MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO 7.3979 7.41<br />

MILLENNIUM PRESTIGE MO<strong>DE</strong>RADO 7.1621 7.1851<br />

MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZADO 7.354 7.384<br />

MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL 3.7825 3.7791<br />

POPULAR VALOR 3.2537 3.2468 B<br />

POPULAR PPA 5.5414 5.536 L<br />

POPULAR GLOBAL 25 5.2946 5.2949 J<br />

POPULAR GLOBAL 50 4.2909 4.2915 J<br />

POPULAR GLOBAL 75 3.4681 3.4682 J<br />

POPULAR ACÇÕES 3.2097 3.2003 P<br />

POPULAR EURO TAXA FIXA 6.4423 6.4493 S<br />

POPULAR TESOURARIA 5.4334 5.4337 Z<br />

POPULAR IMOBILIÁRIO 5.6865 5.6842 F.Fundos<br />

POPULAR PREDIFUNDO 11.4607 11.4599 F.Fundos<br />

ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESAS 68.1673 67.9946<br />

ALVES RIBEIRO - FPR/E 7.8198 7.8254<br />

BBVA BOLSA EURO 2.6147 2.5711<br />

BBVA CASH 9.2068 9.2041<br />

BBVA EUROPA MXIMO 5.0658 5.0667<br />

BBVA GEST FLEX TODO-0-TERRENO 5.523 5.4938<br />

BBVA IMOBILIARIO 6.3345 6.3109<br />

BBVA OBRIGAÇÕES 5.0072 4.9966<br />

Fundos de investimento<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

BBVA OBRIGAÇÕES GOVERNOS 5.0599 5.0608<br />

BBVA PPA INDICE PSI20 6.1789 6.007<br />

FUNDO CAPIT GAR EUR CONS BBVA 5.3361 5.3372<br />

FUNDO GARANT BBVA 100 IBEX PROS 5.646 5.6394<br />

FUNDO GARANT BBVA RANKING PLUS 6.0632 6.0632<br />

FUNDO GARANT TOPDIVID BBVA 5.6191 5.618<br />

FUNDO GARANT TOPDIVID II BBVA 5.3058 5.3055<br />

BPI BRASIL 9.773 9.7307<br />

BPI CAP CI AGRESSIVO 0 0<br />

BPI CAP CI CONSERVADOR 0 0<br />

BPI CAP CI EQUILIBRADO 0 0<br />

BPI CAP CI ULTRACONSERVADOR 0 0<br />

BPI EURO TAXA FIXA 12.7128 12.7045<br />

BPI EUROPA CRESCIMENTO 11.5868 11.6268<br />

BPI EUROPA VALOR 18.309 18.3811<br />

BPI GLOBAL 5.9861 5.9875<br />

BPI LIQUI<strong>DE</strong>Z 6.9801 6.9801<br />

BPI OBRIGAÇÕES A.R.A.R 7.867 7.8474<br />

BPI PERPETUAS FEI 6.16 6.0687<br />

BPI PORTUGAL 14.4458 14.4461<br />

BPI POUPANCA ACÇÕES 15.6372 15.6373<br />

BPI REESTRUCTURAÇÕES 7.2322 7.2814<br />

BPI REFORMA ACÇÕES PPR 6.8053 6.8115<br />

BPI REFORMA INVEST PPR 13.3999 13.4003<br />

BPI REFORMA SEGURA PPR 12.7281 12.7263<br />

BPI SELECO 4.7266 4.7299<br />

BPI TAXA VARIAVEL 6.4286 6.4261<br />

BPI TAXA VARIAVEL PPR 5.6578 5.6571<br />

BPI TECNOLOGIAS 1.1146 1.1116<br />

BPI TESOURARIA 7.1697 7.1699<br />

BPI UNIVERSAL 6.5982 6.6019<br />

BPI IBERIA I 4.254 4.227<br />

BPN ACÇÕES PORTUGAL 4.5942 4.5871<br />

BPN ACÇÕES GLOBAL 5.3388 5.317<br />

BPN CONSERVADOR 4.4112 4.4075<br />

BPN DIVERSIFICAÇÃO 3.7255 3.7249<br />

BPN OPTIMIZADO 5.6468 5.6362<br />

BPN TAXA FIXA EURO 5.954 5.9531<br />

BPN TESOURARIA 5.5156 5.5157<br />

BPN VALORIZAÇÃO 5.9177 5.8939<br />

BPN IMONEGOCIOS 5.6685 5.6682 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN REAL ESTATE 450.5922 452.3534 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOGLOBAL 476.0228 476.5925 BPN IMOFUNDOS<br />

BPN IMOMARINAS 108.0372 106.7039 BPN IMOFUNDOS<br />

EUROREAL 212.7603 212.5966 BPN IMOFUNDOS<br />

CAIXAGEST CURTO 9.4092 9.4073<br />

CAIXAGEST RENDIM 3.7087 3.7035<br />

CAIXAGEST TESOUR 10.0467 10.0442<br />

CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.6906 7.6884<br />

CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 14.2906 14.2294<br />

CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.7021 9.663<br />

CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.9401 3.9361<br />

CAIXAGEST ACCOES EUA 3.1418 3.1716<br />

CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 6.3037 6.3711<br />

CAIXAGEST MOEDA 6.9881 6.9861<br />

CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.8274 5.8363<br />

CAIXAGEST PPA 13.4272 13.3709<br />

CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6211 5.6243<br />

CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1783 5.1797<br />

POSTAL ACCOES 9.3905 9.392<br />

POSTAL CAPITALIZ 13.3902 13.38<br />

POSTAL TESOURARI 9.7826 9.7786<br />

RAIZ CONSERVADOR 5.4334 5.4279<br />

RAIZ EUROPA 3.8761 3.8781<br />

RAIZ GLOBAL 4.8719 4.881<br />

RAIZ POUPANCA ACÇÕES 20.0859 20.0107<br />

RAIZ RENDIMENTO 6.2016 6.2014<br />

RAIZ TESOURARIA 7.701 7.7008<br />

RAIZ TOP CAPITAL 10.0578 10.074<br />

RAIZ VALOR ACUMULADO 10.2195 10.2125<br />

FINIPREDIAL 8.9392 8.9384<br />

FINICAPITAL 6.2252 6.1855<br />

FINIRENDIMENTO 5.053 5.0499<br />

FINIGLOBAL 6.4<strong>48</strong>6 6.4385<br />

FINIBOND - MARCADOS EMERGENTES 12.2993 12.3263<br />

FINIFUNDO - ACÇÕES INTERNACIONAL 3.5099 3.5041<br />

PPA FINIBANCO 8.6415 8.6095<br />

ES ABS OPPORTUNITY 90.17 90.18<br />

ES ACÇÕES AMERICA 7.399 7.4134<br />

ES ACÇÕES EUROPA 10.8242 10.8353<br />

ES ACÇÕES GLOBAL 6.1596 6.1754<br />

ES AFRICA 4.7609 4.7968<br />

ES ALPHA 3 5.1908 5.1867<br />

ES AMERICAN GROWTH 130.6 130.57<br />

ES ARRENDAMENTO 999.6624 1000.239<br />

ES BRASIL 5.5184 5.584<br />

ES CAPITALIZAÇÃO 9.1419 9.1358<br />

ES CAPITALIZAÇÃO DINAMICA 4.5093 4.5038<br />

ES EMERGING MARKETS 133.46 133.79<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.2255 5.222<br />

ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6892 4.6845<br />

ES EURO BOND 1071.1801 1069.21<br />

ES EUROPEAN EQUITY 82.37 82.67<br />

ES EUROPEAN RESPEQ FUND 13.7305 13.7495<br />

ES GLOBAL BOND 164.64 164.52<br />

ES GLOBAL ENHANCED 607.59 607.6<br />

ES GLOBAL EQUITY 83.96 83.93<br />

ES MERCADOS EMERGENTES 7.1629 7.2555<br />

ES MOMENTUM 4.0194 4.0531<br />

ES MONETARIO 6.8147 6.8157<br />

ES OBRIGAÇÕES EUROPA 11.4467 11.4328<br />

ES OBRIGAÇÕES GLOBAL 10.2531 10.2364<br />

ES PORTUGAL ACÇÕES 6.6474 6.6098<br />

ES PPA 15.7057 15.6273<br />

ES PPR 15.2936 15.2723<br />

ES RECONVERSÃO URBANA 997.7708 998.6869<br />

ES RECONVERSÃO URBANA II 1000.182 1001.323<br />

ES REND FIXO FEI 5.0605 5.0605<br />

ES REND FIXO II FEI 5.0504 5.0504<br />

ES SHORT BOND EURO DIS 525.05 525.01<br />

ESPIRITO SANTO ALTA VISTA 908.317 909.4677<br />

ESPIRITO SANTO LOGISTICA 5.0672 5.0382<br />

ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.5653 5.5604<br />

ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.1529 4.1504<br />

ESPIRITO SANTO PLANO PRU<strong>DE</strong>NTE 5.5647 5.5622<br />

ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.3597 5.3656<br />

ESPIRITO SANTO EST ACES 5.2775 5.2761<br />

ESPIRITO SANTO PREMIUM 5.4314 5.4176<br />

ESPIRITO SANTO REND DINAMICO 6.9336 6.9744<br />

ESPIRITO SANTO REND PLUS 5.5163 5.5128<br />

Seguros de Investimento<br />

Seguro Gestora Valor patrimonial 14/04/10<br />

VICTORIA INVEST<br />

VICTORIA REFORMA VALOR<br />

ACÇÕES DINÂMICO<br />

IMOBILIÁRIO<br />

INTERNACIONAL ACÇÕES<br />

POUPANÇA<br />

PPR ACTIVO<br />

PPR ACTIVO ACÇÕES<br />

PPR AFORRO<br />

PPR GARANTIA<br />

PPR SEGURANÇA<br />

PPR 25% (2012)<br />

PPR/E VALOR REAL<br />

PPR/E 4,50% (2008)<br />

PPR/E 61%<br />

SELECÇÃO<br />

VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA<br />

VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

EUROVIDA<br />

126,27903<br />

96,26533<br />

51,6209<br />

79,5958<br />

55,1212<br />

82,6779<br />

79,9352<br />

63,2406<br />

53,8365<br />

67,2935<br />

78,4635<br />

60,0043<br />

80,9373<br />

66,1099<br />

76,3737<br />

75,4371<br />

Fundos PPR/PPE<br />

Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />

valor € ant. €<br />

PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />

BBVA SOLI<strong>DE</strong>Z PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />

BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA PRU<strong>DE</strong>NTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />

PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />

PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />

F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />

SGF EMPRESAS PRU<strong>DE</strong>NTE 5,6554 5,6567 S.G.F.<br />

F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />

F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,<strong>48</strong>01 S.G.F.<br />

PPR VINTAGE 9,5701 9,5672 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />

F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2564 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />

MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />

ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />

REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTAN<strong>DE</strong>R PENSÕES<br />

PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2<strong>48</strong>2 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />

MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />

PPR/E EUROPA 8,<strong>48</strong>04 8,4762 PENSÕESGERE<br />

VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />

PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />

PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />

HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />

TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />

CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />

CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />

REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />

Rentabilidades<br />

Fundos do mercado monetário euro<br />

Ult 12 meses<br />

rend. anualizada<br />

Classe<br />

de risco<br />

Valor da UP **<br />

(Euro)<br />

F.I.M. Caixagest Liquidez * 4,9990<br />

F.I.M. CA Monetário 0,87 * 5,1080<br />

F.I.M. Montepio Monetário 0,35 1 66,9013<br />

Fundos de tesouraria Euro<br />

F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />

F.I.M. BBVA Cash<br />

F.I.M. BPI Liquidez<br />

F.I.M. BPI Tesouraria<br />

F.I.M. BPN Tesouraria<br />

F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />

F.I.M. Caixagest Moeda<br />

F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />

F.I.M. Postal Tesouraria<br />

F.I.M. Raiz Tesouraria<br />

F.I.M. Millennium Disponível<br />

F.I.M. Millennium Liquidez<br />

F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />

F.I.M. Montepio Tesouraria<br />

F.I.M. Popular Tesouraria<br />

F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />

4,25<br />

3,33<br />

5,12<br />

2,20<br />

1,44<br />

5,76<br />

-0,32<br />

1,74<br />

-0,17<br />

1,95<br />

0,76<br />

4,40<br />

1,43<br />

2,22<br />

1,56<br />

1<br />

*<br />

2<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

1<br />

2<br />

1<br />

1<br />

*<br />

*<br />

*<br />

1<br />

1<br />

1<br />

7,2916<br />

5,2677<br />

9,2066<br />

6,9801<br />

7,1703<br />

5,5157<br />

9,4116<br />

6,9893<br />

10,0498<br />

9,7955<br />

7,7006<br />

49,5340<br />

4,9976<br />

5,3365<br />

87,5570<br />

5,4344<br />

10,8607<br />

Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos<br />

12 meses<br />

Últimos<br />

24 meses<br />

últimos<br />

2 anos<br />

de<br />

risco<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável 14,72 -5,36 5,26 3<br />

F.I.M. Barclays Obrigações Taxa Variável Euro* 6,58 *<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável 15,64 -7,07 6,17 3<br />

F.I.M. BPN Conservador 30,00 -15,10 12,33 4<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />

F.I.M. Caixagest Renda Mensal<br />

16,02<br />

8,29<br />

0,60<br />

-6,08<br />

3,88<br />

4,08<br />

2<br />

2<br />

F.I.M. Caixagest Rendimento 1,03 -8,69 4,92 2<br />

F.I.M. Postal Capitalização 11,45 -0,52 3,30 2<br />

F.I.M. Raiz Rendimento 2,61 1,64 0,43 1<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização -3,05 -2,02 2,49 2<br />

F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />

F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal*<br />

-15,12<br />

-1,69<br />

-8,05<br />

-0,98<br />

4,76<br />

2,02<br />

2<br />

2<br />

F.I.M. Finirendimento 7,16 2,32 1,61 2<br />

F.I.M. Millennium Obrigações 8,06 -8,45 6,66 3<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais 3,64 -8,63 8,30 3<br />

F.I.M. Millennium Premium 8,73 -0,85 5,08 3<br />

F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />

F.I.M. Montepio Obrigações<br />

14,05<br />

21,86<br />

-5,78<br />

1,53<br />

6,42<br />

5,03<br />

3<br />

3<br />

F.I.M. Santander MultiCrédito* 5,98 -0,61 2,58 2<br />

F.I.M. Santander MultiObrigações* 4,50 -5,76 4,49 2<br />

* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />

* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />

* - O Fundo Santander MultiCurto Prazo passou a designar-se por Santander MultiCrédito<br />

* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />

Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />

F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 4,28 4,84 4,76 2<br />

F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro 11,04 7,41 5,05 3<br />

F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa 2,61 4,90 5,43 3<br />

F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro 5,14 4,90 4,95 3<br />

F.I.M. Caixagest Obrigações Euro 3,14 3,81 4,97 2<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 6,02 7,80 5,34 3<br />

F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 6,81 5,85 4,15 2<br />

F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa 5,46 4,93 5,09 3<br />

F.I.M. Millennium Obrigações Europa 28,59 -3,98 9,97 4<br />

F.I.M. Montepio Taxa Fixa 2,60 4,14 3,25 2<br />

F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa 5,76 7,33 3,83 2<br />

Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />

F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 38,53 5,35 8,62 3<br />

F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 2,03 5,08 5,95 3<br />

Fundos de acções nacionais<br />

F.I.M. Banif Acções Portugal 26,10 -14,57 29,86 6<br />

F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 30,28 -13,13 28,45 6<br />

F.I.M. BPI Portugal 25,98 -8,42 25,75 6<br />

F.I.M. Caixagest Accões Portugal 24,38 -18,39 25,29 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 26,94 -8,34 27,84 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Portugal 23,59 -11,56 24,80 6<br />

F.I.M. Santander Accões Portugal 31,26 -9,50 28,61 6<br />

Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />

F.I.M. Banif Euro Acções 32,50 -15,78 36,74 6<br />

F.I.M. BBVA Bolsa Euro 35,68 -7,36 33,18 6<br />

F.I.M. BPI Euro Grandes Capitalizações* 30,68 -6,08 29,23 6<br />

F.I.M. BPI Europa* 46,70 -9,61 33,70 6<br />

F.I.M. BPN Acções Europa 42,82 -2,19 28,99 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Europa 35,21 -12,32 29,64 6<br />

F.I.M. Postal Acções 35,53 -12,61 28,97 6<br />

F.I.M. Raiz Europa 31,66 -3,98 27,76 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 40,92 -4,94 28,35 6<br />

F.I.M. Finicapital 29,62 -13,07 26,57 6<br />

F.I.M. Millennium Eurocarteira 50,82 -9,08 32,32 6<br />

F.I.M. Montepio Acções 34,03 -8,54 27,99 6<br />

F.I.M. Montepio Acções Europa 36,89 -7,61 31,75 6<br />

F.I.M. Popular Acções 34,36 -9,28 31,17 6<br />

F.I.M. Santander Accões Europa 40,32 -10,37 35,10 6<br />

*-OFundo BPI Europa Crescimento passou a designar-se por BPI Euro Grandes Capitalizações<br />

*-OFundo BPI Europa Valor passou a designar-se por BPI Europa<br />

Fundos de acções da América do Norte<br />

F.I.M. BPI América 40,70 1,52 28,16 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções EUA 35,59 2,23 31,20 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções América 44,13 -6,88 31,52 6<br />

F.I.M. Millennium Acções América 42,43 5,21 28,29 6<br />

F.I.M. Santander Acções América 31,78 -1,50 32,26 6<br />

F.I.M. Santander Acções USA 37,44 -5,23 32,75 6<br />

Fundos de acções sectoriais<br />

Rend. anualizada Risco Classe<br />

Últimos Últimos últimos de<br />

12 meses 24 meses 2 anos risco<br />

F.I.M. BPI Tecnologias 44,30 7,60 26,76 6<br />

F.I.M. Millennium Euro Financeiras 58,15 -17,97 49,07 6<br />

F.I.M. Millennium Global Utilities 20,45 -8,22 25,34 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Energy 36,45 -6,51 32,92 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Financial Service 49,45 -16,88 <strong>48</strong>,40 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Healhcare 36,35 5,87 21,41 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Telcos 24,26 -2,87 23,12 6<br />

F.I.M. Montepio Euro Utilities 26,74 -9,21 28,<strong>48</strong> 6<br />

F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 26,17 -3,57 25,56 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 34,53 1,82 26,56 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 54,68 -17,33 47,82 6<br />

F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 47,22 -3,33 35,06 6<br />

Outros fundos de acções internacionais<br />

F.I.M. BPI África 34,49 *<br />

F.I.M. BPI Reestruturações 32,85 1,38 19,35 5<br />

F.I.M. BPN Acções Global 45,22 -3,81 33,79 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 56,10 -3,52 33,64 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Japão 27,44 -2,42 21,20 6<br />

F.I.M. Caixagest Acções Oriente 70,70 9,05 30,81 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Acções Global 30,15 -13,42 31,29 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 64,33 -2,11 34,33 6<br />

F.I.M. Esp. Santo Momentum 37,96 -5,92 26,04 6<br />

F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 33,42 -12,75 28,76 6<br />

F.I.M. Millennium Acções Japão 23,79 -1,09 20,55 6<br />

F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 58,53 1,55 33,25 6<br />

Fundos mistos predom. obrigações<br />

F.I.M. BPN Optimização 21,<strong>48</strong> -3,52 11,22 4<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 13,51 1,78 3,05 2<br />

F.I.M. Santander Multinvest 14,17 -7,84 10,26 4<br />

Fundos mistos predominantemente acções<br />

F.I.M. BPN Valorização 34,56 -4,40 23,16 6<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 17,99 -1,18 10,17 4<br />

F.I.M. Finiglobal 17,84 -2,94 11,05 4<br />

F.I.M. Popular Valor 22,17 -8,75 21,58 6<br />

Fundos poupança acções<br />

F.I.M. Banif PPA 26,59 -15,34 30,18 6<br />

F.I.M. Barclays FPA 31,78 -12,99 29,07 6<br />

F.I.M. BPI PPA 24,97 -8,05 25,93 6<br />

F.I.M. Caixagest PPA 26,31 -18,76 25,45 6<br />

F.I.M. Raiz Poupança Acções 27,58 -7,69 23,84 6<br />

F.I.M. Esp. Santo PPA 29,58 -7,65 28,10 6<br />

F.P. ESAF PPA 30,07 -7,91 26,40 6<br />

F.I.M. PPA Finibanco 22,07 -12,98 25,29 6<br />

F.P. PPA Acção Futuro 29,73 -10,83 26,59 6<br />

F.I.M. Millennium PPA 26,21 -10,96 24,67 6<br />

F.I.M. Popular PPA 30,91 -12,84 27,56 6<br />

F.I.M. Santander PPA 28,01 -12,12 28,59 6<br />

Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />

F.I.M. Barclays Global Conservador 22,59 5,07 6,75 3<br />

F.I.M. Barclays Global Defensivo 2,01 0,87 1,35 1<br />

F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica 3,91 -1,72 2,04 2<br />

F.I.M. Raiz Conservador 4,69 -0,08 2,24 2<br />

F.I.M. Finifundo Conservador 13,95 1,93 5,13 *<br />

F.I.M. Millennium Prestige Conservador 13,51 -1,16 6,47 3<br />

F.I.M. Multi Gestão Prudente 17,27 0,40 6,47 3<br />

F.I.M. Popular Global 25 16,41 -0,98 6,<strong>48</strong> 3<br />

Fundos de fundos predominantem. acções<br />

F.I.M. Barclays Global Acções 43,12 -7,67 23,59 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 34,32 -10,56 19,92 6<br />

F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 53,93 -6,27 25,83 6<br />

F.I.M. Popular Global 75 31,42 -6,02 17,54 5<br />

Fundos poupança reforma/educação<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR Rendimento 12,14 1,34 4,03 2<br />

F.P. Solidez PPR 6,40 1,51 1,59 2<br />

F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 8,06 -1,26 2,46 2<br />

F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 3,47 -1,43 2,87 2<br />

F.P. PPR Garantia de Futuro 9,36 2,86 2,14 2<br />

F.P. PPR Praemium S 6,89 -0,27 3,03 2<br />

F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 9,18 -0,<strong>48</strong> 3,02 2<br />

F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 8,28 4,95 2,25 2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,69 2,49 3,05 2<br />

F.P. PPR SGF Garantido 8,26 *<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.I.M. Barclays PPR 13,40 0,96 5,16 3<br />

F.P. CVI PPR/E 13,79 3,18 8,75 3<br />

F.P. PPR BBVA 12,92 1,97 8,13 3<br />

F.I.M. Esp. Santo PPR 5,<strong>48</strong> 2,77 4,72 2<br />

F.P. PPR 5 Estrelas 12,04 2,75 3,67 2<br />

F.P. PPR Geração Activa 14,54 *<br />

F.P. PPR Platinium 15,87 0,42 6,95 3<br />

F.I.M. Millennium Poupança PPR 8,93 -0,45 5,33 3<br />

F.P. PPR BNU Vanguarda 11,85 -2,46 7,15 3<br />

F.P. PPR Europa 13,52 4,69 5,91 3<br />

F.P. Vanguarda PPR 10,36 -0,69 5,57 3<br />

F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR 12,27<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

-4,71 7,40 3<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 23,19 -3,61 12,85 4<br />

F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 25,20 -3,64 13,85 4<br />

F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 9,79 -3,92 8,29 3<br />

F.P. PPR Praemium V<br />

Outros fundos<br />

15,98 -2,35 8,80 3<br />

F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 2,44 2,29 0,39 1<br />

F.I.M. Raiz Global 17,55 0,71 11,33 4<br />

F.I.M. Esp. Santo Monetário 1,41 2,04 0,28 1<br />

F.I.M. Finifundo Agressivo 29,59 -3,25 15,99 *<br />

F.I.M. Finifundo Moderado<br />

F.I.M. Millennium Prestige Valorização<br />

18,64<br />

31,<strong>48</strong><br />

1,65<br />

-0,26<br />

7,82<br />

16,71<br />

*<br />

5<br />

F.I.M. Popular Euro Obrigações* 11,56 4,16 3,24 2<br />

*-OFundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />

a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />

Fundos diversos<br />

F.I.M. Orey Acções Europa -22,42 -38,96 34,78 6<br />

Fundos de pensões abertos<br />

CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Sénior 1,54 *<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 1,11 -3,40 9,96 4<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 1,85 *<br />

F.P. Aberto Horizonte Segurança<br />

F.P. Aberto SGF Empresas Prudente<br />

5,87<br />

6,31<br />

3,01<br />

5,31<br />

3,21<br />

2,53<br />

2<br />

2<br />

CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Activa 7,88 *<br />

F.P. Aberto Protecção 2015 1,66 0,53 5,92 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Activa 5,81 -2,35 3,50 2<br />

F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma<br />

F.P. Aberto Futuro Clássico<br />

14,95<br />

7,91<br />

3,87<br />

2,71<br />

3,85<br />

2,<strong>48</strong><br />

2<br />

2<br />

CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />

F.P. Aberto BBVA PME’s 13,28 3,43 7,76 3<br />

F.P. Aberto Protecção 2020 4,35 -1,66 9,61 3<br />

F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 13,40 -3,47 8,61 3<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus<br />

F.P. Aberto VIVA<br />

17,91<br />

12,17<br />

1,55<br />

0,22<br />

6,35<br />

5,22<br />

3<br />

3<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização 12,88 0,92 7,34 3<br />

F.P. Aberto Turismo Pensões 13,74 2,63 7,08 3<br />

CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />

F.P. Banif Reforma Jovem 1,39 *<br />

F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 49,43<br />

F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 17,58 1,46 11,46<br />

*<br />

4<br />

Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />

Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />

Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />

(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta pá<strong>gina</strong> na edição de cada quarta-feira,<br />

excepto quando seja especificado o contrário.


Fundos Internacionais<br />

Fundo Último<br />

valor€<br />

Divisa<br />

Amundi Funds Class Classic S<br />

ARBITRAGE INFLATION EUR 107.68<br />

ASIAN GROWTH USD 23.06<br />

DYNARBITRAGE FOREX EUR 109.8<br />

DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 112.46<br />

DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.51<br />

EMERGING MARKETS USD 29.99<br />

EURO CORPORATE BOND EUR 15.02<br />

EURO QUANT EUR 6.58<br />

EUROPEAN BOND EUR 142.27<br />

GREATER CHINA USD 25.66<br />

PARVEST<br />

www.bnpparibas-ip.com<br />

Número Verde 800 844 109<br />

PARVEST EURO PREMIUM EUR 104.96<br />

PARVEST ABS EUR 70.98<br />

PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 102.1<br />

PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 98.17<br />

PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND EUR 107.95<br />

PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />

GLOBAL BOND (USD) USD 106.47<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 103.08<br />

PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.76<br />

PARVEST AGRICULTURE EUR 79.69<br />

PARVEST ASIA USD 300.92<br />

PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 343.5<br />

PARVEST AUSTRALIA AUD 725.92<br />

PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 189.44<br />

PARVEST BRAZIL USD 162.7<br />

PARVEST BRIC USD 156.68<br />

PARVEST CHINA USD 309.28<br />

PARVEST DIVERSIFIED (PRU<strong>DE</strong>NT) EUR 129.4<br />

PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 124.88<br />

PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.84<br />

PARVEST EMERGING MARKETS USD 351.47<br />

PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 317.87<br />

PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 171.09<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.3<br />

PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 107.12<br />

PARVEST ENHANCED EONIA EUR 117.36<br />

PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />

PARVEST EURO BOND EUR 178.54<br />

PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 114.25<br />

PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 141.02<br />

PARVEST EURO EQUITIES EUR 118.4<br />

PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 305.5<br />

PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 123.07<br />

PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 115.31<br />

PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 160.32<br />

PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 117.72<br />

PARVEST EURO SMALL CAP EUR 188.08<br />

PARVEST EUROPE ALPHA EUR 103.05<br />

PARVEST EUROPE DIVI<strong>DE</strong>ND EUR 66.47<br />

PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 73.22<br />

PARVEST EUROPE GROWTH EUR 177.33<br />

PARVEST EUROPE LS30 EUR 67.5<br />

PARVEST EUROPE MID CAP EUR 403.51<br />

PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 61.28<br />

PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 81.9<br />

PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 82.01<br />

PARVEST EUROPE VALUE EUR 121.4<br />

PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 111.14<br />

PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 100.01<br />

PARVEST EUROPEAN BOND EUR 299.19<br />

PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 124.51<br />

PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 111.29<br />

PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 115.83<br />

PARVEST FRANCE EUR 391.24<br />

PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 83.04<br />

PARVEST GLOBAL BOND USD 42.21<br />

PARVEST GLOBAL BRANDS USD 265.55<br />

PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 119.46<br />

PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 99.38<br />

PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 123.08<br />

PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 119.71<br />

PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 116.07<br />

PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 234.82<br />

PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 92.58<br />

PARVEST INDIA USD 173.17<br />

PARVEST JAPAN JPY 3322<br />

PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3475<br />

PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20571<br />

PARVEST LATIN AMERICA USD 847.03<br />

PARVEST NEXT GENERATION EUR 116.74<br />

PARVEST RUSSIA USD 83.59<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.678<br />

PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.262<br />

PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.903<br />

PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.428<br />

PARVEST SOUTH KOREA USD 87.35<br />

PARVEST STEP 90 EURO EUR 1298.85<br />

PARVEST SWITZERLAND CHF 584.14<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 113.3<br />

PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 219.09<br />

PARVEST TURKEY EUR 145.35<br />

PARVEST UK GBP 124.59<br />

PARVEST US DOLLAR BOND USD 398.77<br />

PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 167.94<br />

PARVEST US MID CAP USD 118.29<br />

PARVEST US SMALL CAP USD 420.64<br />

PARVEST US VALUE USD 83.66<br />

PARVEST USA USD 73.68<br />

PARVEST USA LS30 USD 76.74<br />

BNP PARIBAS INSTICASH<br />

BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.795<br />

BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.455<br />

BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.243<br />

BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.893<br />

PARWORLD<br />

PARWORLD DYNALLOCATION EUR 105.75<br />

PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 115.1<br />

PARWORLD QUAM 10 EUR 116.54<br />

PARWORLD QUAM 15 EUR 112.17<br />

PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 55.16<br />

PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 73.24<br />

PARWORLD TRACK JAPAN EUR 76.95<br />

PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 82.82<br />

PARWORLD TRACK UK EUR 73.59<br />

www.bnymellonam.com<br />

Fundo Divisa Valor<br />

BNY Mellon Global Funds, plc<br />

BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 3,0063<br />

BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1,2161<br />

BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1,1654<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 1,0765<br />

BNY MELLON EMRG. MKTS <strong>DE</strong>BT A USD 1,4970<br />

BNY MELLON EURO GVT BOND IN<strong>DE</strong>X A EUR 1,4000<br />

BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80,312<br />

BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 86,745<br />

BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H<br />

BNY MELLON GLOBAL EMERGING<br />

EUR 1,1909<br />

MARKETS EQUITY VALUE FUND EUR 2,6561<br />

BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1,2670<br />

BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 1,9780<br />

BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1,4043<br />

BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1,5562<br />

BNY MELLON GLOBAL REAL RETURN FUND<br />

BNY MELLON GLOBAL PROPERTY<br />

EUR 1,0109<br />

SECURITIES FUND USD 0,7787<br />

BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 47,126<br />

BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A<br />

BNY MELLON LONG-TERM<br />

EUR 0,6387<br />

GLOBAL EQUITY FUND USD 0,9441<br />

BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1,6425<br />

BNY MELLON S&P 500 IN<strong>DE</strong>X A USD 1,0612<br />

BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 2,1724<br />

BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 1,0091<br />

BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0,9555<br />

BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1,4620<br />

BNY MELLON US EQUITY FUND A<br />

BNY MELLON VIETNAM,<br />

USD 0,8735<br />

INDIA & CHINA (VIC) FUND USD 1,4935<br />

Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />

DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1529.75<br />

DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1596.6<br />

DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1405.49<br />

DB EURO CCAP EUR 917.2<br />

DB EURO ICAP EUR 947.96<br />

DB EURO NCAP EUR 894.02<br />

DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2629.97<br />

DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2703.52<br />

DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2565.62<br />

DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5595.99<br />

DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5699.<strong>48</strong><br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

DB EURO CORPORATE NCAP EUR 111.15<br />

DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1803.78<br />

DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1858.26<br />

DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1759.83<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 780.9<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 807.87<br />

DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 764.62<br />

DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 634.19<br />

DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 655.16<br />

DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 598.8<br />

DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.63<br />

DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 134.03<br />

DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 128.15<br />

DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5398.07<br />

DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5601.65<br />

DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5265.02<br />

DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1916.82<br />

DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1957.68<br />

DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1849.18<br />

DB EUROPE CCAP EUR 4556.63<br />

DB EUROPE ICAP EUR 4658.39<br />

DB EUROPE NCAP EUR 4472.75<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 310.57<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 319.62<br />

DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 294.37<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 762.26<br />

DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 739.46<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 125.1<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 127.43<br />

DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 121.41<br />

DB INTERNATIONAL CCAP EUR 830.6<br />

DB INTERNATIONAL ICAP EUR 859.62<br />

DB INTERNATIONAL NCAP EUR 796.4<br />

DB MORTGAGES CCAP EUR 129.73<br />

DB MORTGAGES ICAP EUR 133.55<br />

DB MORTGAGES NCAP EUR 125.14<br />

DB TOTAL RETURN CCAP EUR 114.41<br />

DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1162.77<br />

DB TOTAL RETURN NCAP EUR 110.45<br />

DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3664.73<br />

DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3708.35<br />

DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3615.74<br />

DB USD CCAP USD 780.55<br />

DB USD ICAP USD 808.9<br />

DB USD NCAP USD 760.3<br />

DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2903.47<br />

DB USD GOVERNMENT ICAP USD 3000.27<br />

DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2830.84<br />

DB WORLD GOV PL CCAP EUR 106<br />

DB WORLD GOV PL ICAP EUR 108.38<br />

DB WORLD GOV PL NCAP EUR 103.88<br />

D EQ L ASIA PREM USD 16.87<br />

D EQ L AUSTRALIA AUD 753.2<br />

D EQ L BIOTECH USD 133.15<br />

D EQ L EMERG EUROPE EUR 71.05<br />

D EQ L EMERG MKTS EUR 521.43<br />

<strong>DE</strong>QLEMU EUR 69.38<br />

D EQ L EUR 50 EUR 4<strong>48</strong>.43<br />

D EQ L EUROP EUR 642.71<br />

D EQ L EUROPE VALUE EUR 81.78<br />

D EQ L EURP ENG SECT EUR 149.16<br />

D EQ L EURP FIN SECT EUR 80.69<br />

D EQ L EURP HIGH DIV EUR 75.24<br />

D EQ L JAPAN JPY 13182<br />

D EQ L SPAIN EUR 84.43<br />

D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 62.57<br />

D EQ L SUST WORLD EUR 153.72<br />

D EQ L UNITED KINGDOM GBP 241.29<br />

D EQ L WORLD USD 37.72<br />

Fundo Classe Valor<br />

ABS ATTIVO EUR 106.7<br />

ABS PRU<strong>DE</strong>NTE EUR 108.15<br />

BOND CHF EUR 122.18<br />

BOND CHF EUR 135.79<br />

BOND CONVERTIBLE EUR 60.43<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 209.12<br />

BOND EMERGING MARKETS EUR 262.01<br />

BOND EUR LONG TERM EUR 161.93<br />

BOND EUR MEDIUM TERM EUR 297.95<br />

BOND EUR SHORT TERM EUR 137.83<br />

BOND GBP EUR 133.17<br />

BOND GBP EUR 111.08<br />

BOND HIGH YIELD EUR 145.35<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 39<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

BOND INFLATION LINKED EUR 120.41<br />

BOND JPY EUR 102.65<br />

BOND JPY EUR 147.83<br />

BOND USD EUR 128.37<br />

BOND USD EUR 188.5<br />

CASH EUR EUR 110.91<br />

CASH USD EUR 95.74<br />

EQUITY BANKS EUR 49.<strong>48</strong><br />

EQUITY CHINA EUR 91.47<br />

EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 131.36<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 123.91<br />

EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 138.32<br />

EQUITY DURABLE GOODS EUR 124.33<br />

EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 163.06<br />

EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 144.49<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 131.44<br />

EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 135.33<br />

EQUITY EURO EUR 82.96<br />

EQUITY EUROPE EUR 84.43<br />

EQUITY FINANCIAL EUR 52.11<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />

EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 59.75<br />

EQUITY HIGH TECH EUR 53.23<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 145.62<br />

EQUITY INDUSTRIALS EUR 132.77<br />

EQUITY ITALY EUR 76.46<br />

EQUITY JAPAN EUR 78.36<br />

EQUITY JAPAN EUR 57.25<br />

EQUITY LATIN AMERICA EUR 386.43<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 60.56<br />

EQUITY NORTH AMERICA EUR 89.78<br />

EQUITY OCEANIA EUR 158.82<br />

EQUITY OCEANIA EUR 177.89<br />

EQUITY PHARMA EUR 74.67<br />

EQUITY PHARMA EUR 65.12<br />

EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 400.66<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 50.19<br />

EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 46.88<br />

EQUITY UTILITIES EUR 104.88<br />

EQUITY UTILITIES EUR 95.65<br />

OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />

ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 116.19<br />

ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 120.38<br />

ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.83<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />

VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />

www.franklintempleton.com.pt<br />

Tel: +34 91 426 3600<br />

FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 9<br />

FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 8.23<br />

FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 18.32<br />

FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.87<br />

FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 18.05<br />

FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.49<br />

FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 13.18<br />

FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 15.6<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 17.37<br />

FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 23.65<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 14.07<br />

FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 19.05<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.61<br />

FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 4.13<br />

FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 17.04<br />

FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.94<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 10.45<br />

FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 14.23<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 13.03<br />

FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.53<br />

FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 13.99<br />

FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 10.21<br />

FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 10.09<br />

FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.59<br />

TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 40.94<br />

TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 23.09<br />

TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 28.38<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 27.85<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 14.62<br />

TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 19.86<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.76<br />

TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.22<br />

TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.91<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.96<br />

TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.18<br />

TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.59<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />

TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 10.68<br />

TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 11.29<br />

TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 12.39<br />

TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 24.36<br />

TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 10.13<br />

TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 18.04<br />

TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 13.72<br />

TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 21.64<br />

TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 21.49<br />

TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8.55<br />

TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.76<br />

TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 46.27<br />

TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 14.46<br />

TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.15<br />

TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 10.92<br />

14-04-2010<br />

JF ASIA DI V.D USD USD 243.26<br />

JF ASIA EQ D USD USD 21.43<br />

JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 9.<strong>48</strong><br />

JF CHINA D USD USD 36.39<br />

JF GR CH D USD USD 30.94<br />

JF HG KG D USD USD 27.52<br />

JF INDIA D USD USD 49.54<br />

JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.84<br />

JF JAP EQ D USD USD 6.35<br />

JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.63<br />

JF PAC EQ DACC USD USD 13.55<br />

JF SINGA D USD USD 39.66<br />

JF TAIWAN D USD USD 12.51<br />

JPM AME EQ DACC EUR EUR 6.96<br />

JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 6.<strong>48</strong><br />

JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.74<br />

JPMEMMKEQDACCEUR EUR 9.09<br />

JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 21.91<br />

JPM EURO DY DACC USD USD 18.17<br />

JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.6<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 8.64<br />

JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.65<br />

JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.42<br />

JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 8.35<br />

JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.69<br />

JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 184.94<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 73.07<br />

JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 109.09<br />

JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 99.08<br />

JPM GB BAL USD DACC USD USD 145.39<br />

JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 103.12<br />

JPM GB CAP PRE DACC USD USD 115.7<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 125.74<br />

JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 981.76<br />

JPM GB CONVS USD D USD USD 131.32<br />

JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.46<br />

JPM GB DY DACC EUR EUR 6.29<br />

JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 5.17<br />

JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 6.12<br />

JPM GB FOC DACC EUR EUR 19.34<br />

JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 8.29<br />

JPM GB HY BD DACC EUR EUR 137.88<br />

JPM GB NAT RE DACC USD USD 11.87<br />

JPM GB T RE DACC EUR EUR 104.88<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 108.53<br />

JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 145.75<br />

JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.97<br />

JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6928<br />

JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 9397<br />

JPM RUSSIA DACC USD USD 11.73<br />

JPM US AG BD DACC USD USD 14.68<br />

JPMUSDYDACCEUR EUR 5.47<br />

JPM US DY DACC USD USD 12.29<br />

JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 62.68<br />

JPM US EQ DACC USD USD 85.41<br />

JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 70.94


40 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />

Fundos Internacionais<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 6.39<br />

JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 9.03<br />

JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 6.33<br />

JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 6.33<br />

JPMF AME EQ D USD USD 9.93<br />

JPMF AME LC D USD USD 8.86<br />

JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 33.97<br />

JPMF EM EUR EQ D USD USD 43.<strong>48</strong><br />

JPMF EM MKT EQ D USD USD 34.07<br />

JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 125.93<br />

JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.89<br />

JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 27.36<br />

JPMF EUROP DY D EUR EUR 11.98<br />

JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.85<br />

JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 9.23<br />

JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 7.42<br />

JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 11.42<br />

JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.55<br />

JPMF GB DY D USD USD 13.22<br />

JPMF GB EQ D USD USD 9.58<br />

JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 14<br />

JPMF LAT AM EQ D USD USD 47.05<br />

JPMF US ST GR D USD USD 5.55<br />

JPMF US ST VAL D USD USD 12.68<br />

JPM US TECH D EUR EUR 8.18<br />

Fundo Divisa Valor<br />

ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 30.2<br />

ASIAN EQUITY B EUR 25.24<br />

ASIAN PROPERTY B EUR 10.24<br />

COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 14.04<br />

DIVERSIFIED ALPHA PLUS B EUR 26.17<br />

"@MORGAN_F:EMERG EUROP,<br />

M-EAST & AFRICA EQ B" EUR 55.<strong>48</strong><br />

EMERGING MARKETS <strong>DE</strong>BT B EUR 41.08<br />

EMERGING MARKETS DOMESTIC <strong>DE</strong>BT B EUR 24.06<br />

EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 23.56<br />

EURO BOND B EUR 10.91<br />

EURO CORPORATE BOND B EUR 33.24<br />

EURO LIQUIDITY B EUR 11.8967<br />

EURO STRATEGIC BOND B EUR 29.35<br />

EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 13.17<br />

EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 24.81<br />

EUROPEAN PROPERTY B EUR 16.49<br />

EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 34.44<br />

EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.92<br />

FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.26<br />

FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.91<br />

FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 24.1<br />

GLOBAL BOND B EUR 22.57<br />

GLOBAL BRANDS B EUR 38.6<br />

GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 22.85<br />

GLOBAL PROPERTY B EUR 13.62<br />

GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 23.01<br />

GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 23.9<br />

INDIAN EQUITY B EUR 20.9<br />

JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 14.88<br />

JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 6.06<br />

LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 45.38<br />

SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.98<br />

US ADVANTAGE B EUR 19.95<br />

US GROWTH B EUR 21.93<br />

US PROPERTY B EUR 26.25<br />

US SMALL CAP GROWTH B EUR 24.59<br />

US VALUE EQUITY B EUR 12.77<br />

USD LIQUIDITY B USD 12.5471<br />

+34 91 538 25 00<br />

www.pictetfunds.pt<br />

Fundo Divisa Valor<br />

PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 107.23<br />

PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 131.58<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 123.39<br />

PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 159.4<br />

PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 116.8<br />

PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 130.15<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 220.59<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R USD 289.43<br />

PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 213.41<br />

PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 371.6<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 111.54<br />

PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 167.2<br />

PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 369.5<br />

PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 232.34<br />

PF(LUX)-EM MKTS-R USD 531<br />

PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 386.76<br />

PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 150.96<br />

PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 117.05<br />

PF(LUX)-EUR HY-R EUR 155.93<br />

PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 110.69<br />

PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.55<br />

PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.81<br />

PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 90.21<br />

PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 138.52<br />

PF(LUX)-EU LDX-R EUR 105.43<br />

PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 417.54<br />

PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.14<br />

PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 107.06<br />

PF(LUX)-GENERICS-R USD 134.9<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 65.97<br />

PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 103.28<br />

PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 139.55<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 187.33<br />

PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 246.11<br />

PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 102.26<br />

PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 337.84<br />

PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 377.3<br />

PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 9581.77<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 56.49<br />

PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 8017.79<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 62.81<br />

PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 4698.96<br />

PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 36.81<br />

PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 62.8<br />

PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 8015.73<br />

PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 123.3<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 32.18<br />

PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 51.42<br />

PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 287.65<br />

PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 71.6<br />

PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 76.08<br />

PF(LUX)-SECURITY-R USD 102.83<br />

PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR <strong>48</strong>0.98<br />

PF(LUX)-TIMBER-R USD 112.06<br />

PF(LUX)-US EQ-R USD 102.97<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 79.45<br />

PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 104.77<br />

PF(LUX)-USA LDX-R USD 95.4<br />

PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 500.34<br />

PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.61<br />

PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.63<br />

PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.25<br />

PF(LUX)-TIMBER-R EUR 82.11<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 88.96<br />

PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 125.79<br />

PF(LUX)-WATER-R EUR 126.95<br />

PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 118.1<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 47.92<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1126.39<br />

Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1088.43<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 49.29<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 919.23<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive USD 8.14<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.7<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.254<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.851<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.77<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.47<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.49<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.904<br />

Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.61<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 798.38<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 46.15<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.426<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.323<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 633.06<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 35.62<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.56<br />

Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.<strong>48</strong><br />

www.schroders.pt<br />

SISF Global Smaller Cos A Acc 111.12 USD<br />

SISF Indian Equity A Acc 130.39 USD<br />

SISF Japanese Equity Alpha A Acc 959.02 JPY<br />

SISF Japanese Large Cap A Acc 849.16 JPY<br />

SISF Korean Equity A Acc 42.7 USD<br />

SISF Middle East A Acc 8.59 USD<br />

SISF Swiss Equity Opports A Acc 116.44 CHF<br />

SISF Strategic Bond A Acc 127.47 USD<br />

SISF Glob Cred Dur Hdg A Acc 109.31 EUR<br />

SISF Taiwanese Equity A Acc 10.3 USD<br />

SISF US All Cap A Acc 98.08 USD<br />

SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 140.69 USD<br />

SISF World Def 3 Monthly A Acc 81.61 EUR<br />

SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.16 EUR<br />

SISF Global Managed Currency A Acc 102.69 USD<br />

SISF Glob Tact Asset Alloc A Acc 103.71 USD<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 107.26 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 109.38 GBP<br />

SISF Global Equity AUD Hdg A Acc 104.33 AUD<br />

SISF Glob Corp Bd AUD Hdg A Acc 101.24 AUD<br />

SISF Asian Conv Bd CHF Hdg A Acc 102.19 CHF<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret CHF Hdg A Acc 24.84 CHF<br />

SISF Global Conv Bd CHF Hdg A Acc 107.02 CHF<br />

SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 123.62 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 103.19 EUR<br />

SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 99.78 EUR<br />

SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.43 EUR<br />

SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 102.3 EUR<br />

SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 8.27 EUR<br />

SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 27.15 EUR<br />

SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 100.24 EUR<br />

SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 75.61 EUR<br />

SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc123.01 EUR<br />

SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 63.43 EUR<br />

SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 121.56 EUR<br />

SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 120.94 EUR<br />

SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 93.08 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 88.8 EUR<br />

SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 97.9 EUR<br />

SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 149.81 EUR<br />

SISF Emerging Markets EUR A Acc 9.26 EUR<br />

SISF Emerging Asia EUR A Acc 16.75 EUR<br />

SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 96.6 EUR<br />

SISF Greater China EUR A Acc 26.41 EUR<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.65 EUR<br />

SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 89.15 EUR<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 13.21 EUR<br />

SISF Global Energy EUR A Acc 26.13 EUR<br />

SISF Global Equity Yield EUR A Acc 73.36 EUR<br />

SISF QEP Global Quality EUR A Acc 89.17 EUR<br />

SISF Latin American EUR A Acc 37.92 EUR<br />

SISF Pacific Equity EUR A Acc 7.4 EUR<br />

SISF US Large Cap EUR A Acc <strong>48</strong>.49 EUR<br />

SISF Middle East EUR A Acc 8.56 EUR<br />

SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 102.55 EUR<br />

SISF Asian Conv Bd GBP Hdg A Acc 107.64 GBP<br />

SISF Global Conv Bd GBP Hdg A Acc 109.5 GBP<br />

SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 10.28 SGD<br />

SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.51 SGD<br />

SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.51 SGD<br />

SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 8.14 SGD<br />

SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.76 SGD<br />

SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 12.64 SGD<br />

SISF Latin American SGD A Acc 71.5 SGD<br />

SISF Pacific Equity SGD A Acc 9.14 SGD<br />

SISF Middle East SGD A Acc 7.27 SGD<br />

SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 113.65 USD<br />

SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.81 USD<br />

SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 10.27 USD<br />

SISF Japanese Large Cap USD A Acc 9.07 USD<br />

SISF Asian Equity Yield A Dis 14.43 USD<br />

SISF Asian Bond A Dis 7.07 USD<br />

SISF Asian Local Currency Bond A Dis 98.66 USD<br />

SISF EURO Bond A Dis 8.09 EUR<br />

SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 15.08 EUR<br />

SISF EURO Equity A Dis 19.06 EUR<br />

SISF European Equity Yield A Dis 8.92 EUR<br />

SISF European Large Cap A Dis 132.25 EUR<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SISF European Equity Alpha A Dis 36.76 EUR<br />

SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 13.94 USD<br />

SISF Emerging Europe A Dis 21.38 EUR<br />

SISF EURO Corporate Bond A Dis 15.66 EUR<br />

SISF European Div Maxmsr A Dis 58.4 EUR<br />

SISF European Smaller Companies A Dis 18.55 EUR<br />

SISF Emerging Markets A Dis 12.13 USD<br />

SISF EURO Government Bond A Dis 5.98 EUR<br />

SISF European Defensive A Dis 9.92 EUR<br />

SISF Global Bond A Dis 7.51 USD<br />

SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.52 EUR<br />

STS Growth Schdr Multi-Mgr C Acc 127.18 USD<br />

SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 95.47 EUR<br />

SAS Commodity Fund C Dis 126.73 USD<br />

Fundo Divisa Valor<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 32.2242<br />

SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 16.474<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND GBP 9.7665<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.4328<br />

SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.2603<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 0.8719<br />

SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 14.7197<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND EUR 8.3935<br />

SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 11.5939<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND EUR 20.8941<br />

SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 30.3945<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 15.0574<br />

SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 14.6799<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.9755<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 11.8515<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 10.4495<br />

SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 10.1207<br />

SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 13.0787<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND EUR 9.085<br />

SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 14.7656<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 14.8663<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 10.5034<br />

SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 11.1302<br />

SKANDIA US VALUE FUND USD 10.6682<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 12.4394<br />

SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 8.6249<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 15.7956<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 14.0509<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.596<br />

SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.1035<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.9801<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND EUR 12.2596<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND GBP 11.108<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 15.2186<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.813<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 15.2092<br />

SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.6334<br />

SKANDIA SWISS EQUITY FUND CHF 14.8263<br />

SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.7793<br />

www.sgam.com<br />

distribution@sggestion.fr<br />

A company of Amundi Group<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 17.47<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1114.63<br />

SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD 38.16<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 87.35<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 38.02<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 15.21<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 25.70<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 15.39<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 24.39<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESUSD 149.78<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 84.28<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EMERGING COUNTRIES<br />

EUR 7.07<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EUR 21.61<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 13.65<br />

SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 146.62<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 13.17<br />

Fundo Último Divisa<br />

valor€<br />

SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES<br />

SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC DUAL<br />

EUR 23.69<br />

STRATEGIES EUR 7.88<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 76.90<br />

SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.98<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 19.19<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 90.04<br />

SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA<br />

SGAM Fund-EQUITIES GLOBAL<br />

JPY 8378.37<br />

ENVIRONMENT OPPORTUNITIE EUR 42.90<br />

SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 102.88<br />

SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 32.09<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 11.92<br />

SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 12.57<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 211.71<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X US EUR 841.82<br />

SGAM Fund - EQUITIES / US RELATIVE VALUE EUR 16.33<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND USD 172.44<br />

SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 17.41<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE<br />

SGAM Fund - EQUITIES CONCENTRATED<br />

EUR 39.85<br />

EUROLAND USD 129.65<br />

SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X US EUR 82.40<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 150.45<br />

SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 144.46<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 41.34<br />

SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.13<br />

SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 16.84<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.75<br />

SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 57.<strong>48</strong><br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 37.32<br />

SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.64<br />

SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESEUR 110.07<br />

SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 101.30<br />

SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 87.35<br />

SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 2267.10<br />

SGAM Fund - BONDS / EURO INFLATION LINKED EUR 114.<strong>48</strong><br />

Fundo Divisa Valor<br />

AMERICAN SELECT-<strong>DE</strong>H EUR 10.18<br />

AMERICAN SELECT-DU USD 10.32<br />

EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT-<strong>DE</strong>H EUR 16.13<br />

EM MKT LOW DUR-<strong>DE</strong>H EUR 12.03<br />

EM MKT LOW DUR-DU USD 11.41<br />

EUROP BONDS-<strong>DE</strong> EUR 22.07<br />

EUROP SHORT-TERM BONDS-<strong>DE</strong> EUR 13.95<br />

EUROP SMALL CAP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 11.81<br />

GLOBAL ASS.ALL.-<strong>DE</strong>H EUR 15.85<br />

GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.67<br />

GLOBAL BONDS (EURO)-<strong>DE</strong> EUR 19.85<br />

GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.38<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 23.16<br />

GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 31.45<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-<strong>DE</strong>H EUR 9.64<br />

GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 10.30<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 19.28<br />

GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 24.60<br />

GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-<strong>DE</strong> EUR 18.59<br />

GLOBAL INNOVATION-<strong>DE</strong>H EUR 15.65<br />

GLOBAL INNOVATION-DU USD 10.58<br />

GREATER CHINA EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 19.40<br />

GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 27.88<br />

JAPANESE EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 10.70<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 7.44<br />

JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 940.00<br />

NEW ASIA-PACIFIC <strong>DE</strong>H EUR 20.72<br />

NEW ASIA-PACIFIC DU USD 30.47<br />

PAN EUROP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 12.27<br />

US EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 15.14<br />

US EQUITIES-DU USD 11.97<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 10.90<br />

US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 14.99<br />

USD HIGH INCOME BONDS-<strong>DE</strong>H EUR 15.73<br />

USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 16.26<br />

USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.71<br />

WORLD EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 14.98<br />

WORLD EQUITIES-DU USD 15.63<br />

Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />

Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />

mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />

as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />

participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />

em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />

e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />

é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />

fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />

sua declaração de rendimentos.<br />

Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />

sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />

ou outros.


Câmbios e taxas de juro<br />

Euro sobe face ao dólar pela<br />

quinta sessão consecutiva<br />

O euro está a ganhar terreno<br />

face à divisa norteamericana,<br />

a beneficiar do<br />

acordo alcançado no fimde-semana,<br />

entre os ministros<br />

das Finanças europeus,<br />

para, se necessário,<br />

emprestar até 30 mil milhões<br />

de euros à Grécia. A<br />

moeda comum protagonizava<br />

ontem a quinta sessão<br />

consecutiva de ganhos,<br />

somando uma valorização<br />

de 2,4% desde o<br />

passado dia 7 de Abril. À<br />

hora de fecho desta edição,<br />

a divisa europeia subia<br />

0,37% para 1,3664 dólares,<br />

tendo oscilado entre<br />

um mínimo de 1,3595 dólares<br />

e um máximo de<br />

1,3679 dólares. ■<br />

LIBOR<br />

Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />

Overnight 0.23513 0.27875 0.54063 0.1175 0.04333<br />

1 semana 0.24325 0.31188 0.54063 0.13125 0.05917<br />

2 semanas 0.24663 0.32313 0.53938 0.14125 0.0675<br />

1 mês 0.25594 0.36938 0.5<strong>48</strong>75 0.15688 0.08083<br />

2 meses 0.27769 0.45 0.57938 0.1875 0.15583<br />

3 meses 0.30375 0.5825 0.64969 0.23875 0.2425<br />

4 meses 0.345 0.69 0.72125 0.3275 0.27033<br />

5 meses 0.38781 0.78313 0.79625 0.38063 0.3<br />

6 meses 0.4625 0.88875 0.88563 0.44563 0.34167<br />

7 meses 0.53719 0.94938 0.965 0.50313 0.395<br />

8 meses 0.61781 1.00375 1.04188 0.54719 0.445<br />

9 meses 0.69531 1.06188 1.11875 0.59156 0.49667<br />

10 meses 0.77781 1.10688 1.19063 0.62125 0.53917<br />

11 meses 0.85656 1.14938 1.25813 0.6<strong>48</strong>44 0.58833<br />

1 ano 0.94656 1.19313 1.32313 0.67594 0.63917<br />

Rentabilidades Internacionais<br />

Matérias-primas<br />

Brent* (USD/Barril) Londres<br />

Últimas 6 sessões 84.72<br />

Petrolíferas Londres<br />

BRENT Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 86.64 84.49 84.72<br />

JUN0 87.39 85.43 85.63<br />

JUL0 87.91 86.1 86.25<br />

AUG0 88.29 86.66 86.74<br />

SEP0 88.63 86.99 87.14<br />

OCT0 88.84 87.36 87.49<br />

NOV0 89.14 87.71 87.81<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

AUG2 0 0 91.17<br />

SEP2 0 0 91.24<br />

OCT2 0 0 91.3<br />

NOV2 0 0 91.35<br />

<strong>DE</strong>C2 92.2 92.19 91.4<br />

JAN3 0 0 91.45<br />

FEB3 0 0 91.5<br />

Petrolíferas Nova Iorque<br />

CRU<strong>DE</strong> Máx. Min. Fecho<br />

JAN7 63.00 61.70 61.55<br />

FEB7 64.20 62.95 62.77<br />

MAR7 65.05 63.84 63.71<br />

APR7 65.72 64.59 64.45<br />

MAY7 66.35 65.98 65.06<br />

JUN7 66.55 65.81 65.56<br />

JUL7 0.00 0.00 66.00<br />

GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />

JUN0 0 0 65.99<br />

JUL0 0 0 65.87<br />

AUG0 0 0 65.75<br />

SEP0 0 0 65.63<br />

OCT0 0 0 65.51<br />

NOV0 0 0 65.39<br />

<strong>DE</strong>C0 65.9 65.6 65.26<br />

JAN1 0 0 65.15<br />

1180<br />

1168<br />

Base metal laminados<br />

Cobre<br />

13/04/10<br />

7,063<br />

14/04/10<br />

1156<br />

7,115<br />

Latão 63/37<br />

Latão 67/33<br />

5,431<br />

5,607<br />

5,467 1144<br />

5,645<br />

Latão 70/30<br />

Latão 85/15<br />

5,740<br />

6,401<br />

5,779 1132<br />

6,447<br />

Bronze 7,620 7,662 1120<br />

Euribor 3 meses<br />

Últimas 30 sessões 0.644<br />

Euribor 6 meses<br />

Últimas 30 sessões<br />

Euribor 12 meses<br />

EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />

O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />

3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />

1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />

2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />

5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />

10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />

30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />

Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />

Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />

Metais não ferrosos<br />

Metais Londres<br />

Fixing<br />

manhã<br />

Fixing<br />

Tarde<br />

Fecho<br />

OURO 1153.75 1159 11<strong>48</strong>.2<br />

PRATA 1839 1816 1816<br />

PLATINA 1728 1730 1714<br />

PALADIO 545 545 518<br />

Metais LME Por Tonelada<br />

BID ASK<br />

COBRE 7844.5 45.0<br />

ALUMINIO 2368.5 69.0<br />

ZINCO 2366.5 67.5<br />

NIQUEL 25565 25570<br />

CHUMBO 18700/ 8725<br />

ESTANHO 2245.0 50.0<br />

ALUM. ALLOY 2270.0 80.0<br />

Oleaginosas Roterdão<br />

Produto Entrega Ontem Véspera<br />

SOJA<br />

contrato venda venda<br />

May10 414.9 414.4<br />

Jun10 415.7 415.1<br />

COLZA<br />

Jul10 414.9 414.2<br />

May10/Jul10 675 675<br />

Aug10/Oct10 680 680<br />

GIRASSOL<br />

Nov10/Jan11 690 690<br />

Apr10 910 910<br />

May10/Jun10 930 930<br />

COCO<br />

Jul10/Sep10 955 955<br />

MAY10 2209 21<br />

JUL10 2241.5 39.5<br />

PALMA BRUTA<br />

SEP10 2232.5 19<br />

Apr10 825 822.5<br />

May10/Jun10 825 822.5<br />

Jul11/Sep10 820 820<br />

Ouro* (USD/Onça) Londres<br />

0.954<br />

Últimas 30 sessões<br />

1,226<br />

EURIBOR<br />

Prazo Última Anterior<br />

1 Semana 0,346 0,346<br />

1 Mês 0,404 0,404<br />

2 Meses 0,504 0,503<br />

3 Meses 0,644 0,644<br />

4 Meses 0,7<strong>48</strong> 0,749<br />

5 Meses 0,842 0,843<br />

6 Meses 0,954 0,953<br />

7 Meses 0,995 0,994<br />

8 Meses 1,041 1,041<br />

9 Meses 1,096 1,097<br />

10 Meses 1,137 1,137<br />

11 Meses 1,178 1,178<br />

12 Meses 1,226 1,226<br />

Últimas 6 sessões 11<strong>48</strong>.25<br />

Euro dólar<br />

Últimas 30 sessões<br />

Câmbios<br />

Agrícolas Londres<br />

CACAU Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 2132 2107 2116<br />

JUL0 2152 2126 2135<br />

SEP0 2130 2102 2107<br />

<strong>DE</strong>C0 2105 2079 2080<br />

MAR1 2074 2057 2055<br />

MAY1 2060 2050 2050<br />

JUL1 0 0 2050<br />

AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 550.8 532.6 547.7<br />

AUG0 508 495 503.4<br />

OCT0 490 <strong>48</strong>1.1 <strong>48</strong>6.1<br />

<strong>DE</strong>C0 <strong>48</strong>7.3 <strong>48</strong>2.2 <strong>48</strong>4.6<br />

MAR1 492.4 490.4 491<br />

MAY1 <strong>48</strong>7.8 <strong>48</strong>6.5 <strong>48</strong>8.3<br />

AUG1 0 0 <strong>48</strong>0.6<br />

Agrícolas Chicago<br />

1.3662<br />

Taxas do euro<br />

Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />

Moeda do euro indic. esc.<br />

Franco belga 40.3399 4.96982<br />

Marco alemão 1.95583 102.505<br />

Peseta 166.386 1.20492<br />

Franco francês 6.55957 30.5633<br />

Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />

Lira italiana 1936.27 0.10354<br />

Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />

Florim 2.20371 90.97<strong>48</strong><br />

Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />

Escudo 200.<strong>48</strong>2 –<br />

Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />

Dracma 340.750 0.588355<br />

X por Cross<br />

Moeda 1 euro dólar<br />

Dólar dos EUA 1.3615 ---<br />

Dólar australiano 1.4583 1.071098054<br />

Lev da Bulgária 1.9558 1.436503856<br />

Dólar canadiano 1.3571 0.99676827<br />

Franco suíço 1.4368 1.055306647<br />

Coroa checa 25.0<strong>48</strong> 18.39735586<br />

Coroa dinamarquesa 7.4431 5.466838046<br />

Coroa da Estónia 15.6466 11.49217775<br />

Libra esterlina 0.8814 0.64737422<br />

Dólar de Hong-Kong 10.5665 7.76092545<br />

Forint da Hungria 262.65 192.9122292<br />

Coroa da Islândia 290 213.0003672<br />

Iene do Japão 127.42 93.58795446<br />

Won da Coreia do Sul 1514.11 1112.089607<br />

Litas da Lituânia 3.4528 2.536026441<br />

Lats da Letónia 0.7082 0.520161586<br />

Coroa norueguesa 7.9955 5.872567022<br />

Dólar da N. Zelândia 1.9089 1.402056555<br />

Zloty da Polónia 3.8549 2.831362468<br />

Coroa sueca 9.7327 7.1<strong>48</strong>51267<br />

Dólar de Singapura 1.8734 1.375982372<br />

Coroa da Eslováquia 30.126 22.12706574<br />

Lira turca 2.0089 1.475504958<br />

Rand da África do Sul 9.9682 7.321<strong>48</strong>3658<br />

Real brasileiro 2.3744 1.743958869<br />

Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />

Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />

OT/Benchmark/MEDIP<br />

Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />

1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />

2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />

4 Anos 3.2 406<strong>48</strong> 97.007 4.015<br />

5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />

6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />

7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />

8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />

9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />

MILHO Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 363.5 351.5 352.5<br />

JUL0 373.75 362 363.25<br />

SEP0 383.25 372.5 373.5<br />

<strong>DE</strong>C0 394 383 384.25<br />

MAR1 406 395.5 396.5<br />

MAY1 413 403.25 404.5<br />

JUL1 419 409.75 410.5<br />

TRIGO Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 477.5 470.5 476<br />

JUL0 490 <strong>48</strong>2.75 <strong>48</strong>8.75<br />

SEP0 506.75 500 506.25<br />

<strong>DE</strong>C0 534.75 527.75 534<br />

MAR1 562.75 557.25 561.75<br />

MAY1 576.75 572 577.25<br />

JUL1 592.75 586.25 592.25<br />

SOJA Máx. Min. Fecho<br />

MAY0 976 965 968<br />

JUL0 983.5 973 975.5<br />

Agrícolas Nova Iorque<br />

ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />

JUL0 100 51.72 81.61<br />

OCT0 91.75 64.73 77.58<br />

<strong>DE</strong>C0 100.5 53.87 75.94<br />

MAR1 94.5 61.89 76.85<br />

MAY1 78.02 68.05 77.06<br />

JUL1 80 73.25 77.14<br />

OCT1 77.88 76 77.34<br />

Eurolist Dívida Pública<br />

Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />

mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />

OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 12 APR 2010 0 98.55 0<br />

OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.<strong>48</strong> 0<br />

OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 12 APR 2010 0 109.2 0<br />

Eurolist Outros fundos públicos<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />

CMSINTRA97 3,375 0<br />

CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />

EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />

G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />

GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />

GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />

LISBOA.99 2,708 0<br />

LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />

LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />

P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />

RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />

RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />

RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />

RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.2E 96 2,7<strong>48</strong> 0 1997-12-31 100,00<br />

RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />

RAM.99 2,913 0<br />

SINTRA2S97 3,375 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />

J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />

CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />

BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />

BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />

BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />

BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />

BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />

BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />

BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />

BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />

BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />

BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />

BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />

BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />

BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />

BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />

TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />

BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />

BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />

BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />

CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />

BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />

BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />

BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />

BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />

BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />

BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />

BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />

SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />

BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />

BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />

BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />

BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />

BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />

BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />

INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />

BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />

BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />

CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,<strong>48</strong><br />

ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />

BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />

BSPBEURP01<br />

PUB<br />

0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 41<br />

OUTROS MERCADOS<br />

Eurolist Unidades de Participação<br />

Título Quant. Fecho Fecho<br />

transac. E Esc.<br />

EUROSUL 0 0<br />

M.ACC.EURO 0 0<br />

N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />

RE<strong>DE</strong>S C.98 100 49,01 9826<br />

SAU<strong>DE</strong>LAZER 678 <strong>48</strong>,01 9625<br />

VALFUT2005 <strong>48</strong>8 46,41 9304<br />

Eurolist - Titulos de Participação<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />

BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />

BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />

BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />

CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />

CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />

PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />

Mercado s/ Cotações<br />

Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />

cot. ant. transac. ano ano anual<br />

Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.23 0.54<br />

Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />

R.P. Centro Sul 07 <strong>DE</strong>C 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />

Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />

Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />

Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />

Eurolist/Obrigações Diversas<br />

Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />

neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />

SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />

BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />

BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />

BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />

BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />

CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />

BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />

BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />

BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />

CIN...9904 3,444 0<br />

ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />

BPA.SUB.96 3,0625 0<br />

BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />

M.LEA.1E98 3,25 0<br />

M.LEA.2E98 3,125 0<br />

DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />

BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />

CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />

V.ALEGRE05 3,291 0<br />

CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />

B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />

BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />

BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />

FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />

CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />

CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />

TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />

M.COMPA.98 3,337 0<br />

SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />

GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />

SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />

CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />

IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />

IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />

SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />

BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />

HELLER981E 2,75 0<br />

BNU.1.E.9 0,0 0<br />

BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />

BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />

BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />

CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />

CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />

MOT.COMP04 3,<strong>48</strong>7 0<br />

BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />

SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />

BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />

BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />

BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />

BPI-C.Z.95 0,0 0<br />

BPI-C.Z.96 0,0 0<br />

BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />

BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />

BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />

MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />

BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />

SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />

SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />

GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60


42 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

<strong>DE</strong>SPORTO<br />

BENFICA SAD<br />

4,35%<br />

3,30 euros<br />

FC PORTO SAD SPORTING SAD<br />

3,54%<br />

1,17 euros<br />

Benfica vale mais do que<br />

Sporting e FC Porto<br />

juntos fora dos relvados<br />

Futebol Procura supera a oferta no empréstimo obrigacionista do Benfica,<br />

SAD mais procurada em bolsa (50 milhões de capitalização) e líder da Liga.<br />

Eduardo Melo e Pedro Latoeiro<br />

eduardo.melo@economico.pt<br />

O Benfica está a colher os frutos<br />

dos bons resultados desportivos<br />

também no mercado de capitais.<br />

Em três meses e meio, o título<br />

da SAD (Sociedade Anónima<br />

Desportiva) encarnada subiu<br />

35,3% - à data de ontem - e<br />

deu um forte impulso à capitalização<br />

bolsista - 50 milhões de<br />

euros. Este valor é o dobro do<br />

apresentado pelo Sporting (25<br />

milhões) e quase o triplo do registo<br />

do FC Porto (18 milhões).<br />

Além disso, embalada pela<br />

liderança na Liga, a administração<br />

da SAD pôs a correr a subscrição<br />

de um novo empréstimo<br />

obrigacionista (oito milhões de<br />

títulos a cinco euros), cuja procura<br />

supera a oferta, asseguram<br />

fontes da banca.<br />

“Não surpreende, porque a<br />

taxa é bastante atractiva [6% de<br />

taxa de juro bruta] e muitos investidores<br />

vêem um bom investimento,<br />

num momento em que<br />

as taxas permanecem baixas. A<br />

notoriedade do clube contribui<br />

para um aumento da procura”,<br />

reconhece Pedro Lino, presidente-executivo<br />

da Dif.<br />

Aliás, ainda neste capítulo do<br />

mercado de capitais, os ganhos<br />

deste ano da Benfica SAD representam<br />

o terceiro melhor desempenho<br />

no índice que reúne e<br />

acompanha a evolução de 24<br />

clubes de futebol cotados em<br />

bolsa. Melhor que os encarnados<br />

só os britânicos do Millwall<br />

(86,11%) e do Watford (36,6%).<br />

SAD vão acabar controladas<br />

por investidores<br />

Numa outra vertente do negócio,<br />

o crescente passivo das<br />

SAD irá facilitar, mais cedo ou<br />

mais cedo, a passagem do controlo<br />

de gestão dos dirigentes<br />

dos clubes para investidores<br />

que aplicam o seu dinheiro<br />

nesse tipo de empresas e querem<br />

também ter uma palavra a<br />

dizer nos destinos destas sociedades<br />

- à semelhança do que<br />

acontece no Reino Unido.<br />

O alerta é deixado pelo ad-<br />

“<br />

Por portas e travessas<br />

[os fundos dos<br />

jogadores] são<br />

a forma de os<br />

investidores<br />

mandarem nos<br />

clubes, apesar de os<br />

adeptos não gostarem<br />

da ideia”, diz João<br />

Caiado Guerreiro.<br />

CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA<br />

50 milhões<br />

Este é o valor da capitalização<br />

bolsista do Benfica (valor<br />

de mercado da SAD), fruto de<br />

uma subida de 35% do título<br />

desde o início do ano.<br />

vogado João Caiado Guerreiro,<br />

no ano fiscal em que o Benfica<br />

viu praticamente duplicar o seu<br />

passivo na sequência da entrada<br />

da Benfica Estádio na SAD -<br />

o passivo total subiu para 340<br />

milhões de euros a 31 de Dezembro<br />

último.<br />

Sporting e FC Porto conseguiram<br />

conter a euforia despesista,<br />

limitando-se a 143 e 149<br />

milhões, respectivamente - o<br />

primeiro subiu um pouco a dívidaeosegundoatécaiupertode<br />

três milhões de euros face a Dezembro<br />

de 2008, beneficiando<br />

da receita realiza na transferência<br />

de alguns jogadores valiosos<br />

do plantel, como Lucho González<br />

(Marselha), Lisandro López e<br />

Cissokho, ambos para o Lyon.<br />

Mas para esse passo de gigante<br />

acontecer no futebol português<br />

(controlo das SAD pelos<br />

investidores) é preciso que os<br />

associados dos clubes aceitem a<br />

alteração dos estatutos. E aí é<br />

quesesituaocentrodaquestão:<br />

será que os clubes aceitam ser<br />

geridos por um empresário poderoso<br />

ou através de uma empresa<br />

internacional que defina o<br />

perfil dos jogadores e, em última<br />

análise, dirija o clube? A<br />

resposta é não, aponta. Pelo<br />

menos para já.<br />

Segundo este especialista em<br />

direito comercial, as actuais<br />

SAD são uma solução híbrida:<br />

“não são nem empresas, nem<br />

SAD”. Trata-se de um regime<br />

que permite às SAD “sacar dinheiro”<br />

através de empréstimos<br />

obrigacionistas, aumentos de<br />

capital, entre outros, indica.<br />

Recentemente os clubes encontraram<br />

uma forma de não<br />

gastar dinheiro através da criação<br />

de fundos de jogadores –<br />

detentores dos passes dos atletas.<br />

“Nesse caso, os clubes não<br />

investem nos jogadores, mas<br />

são investidores que passam a<br />

mandarnaSAD”,diz.“Porportas<br />

e travessas, é a forma encontrada<br />

para os investidores mandarem<br />

nos clubes, apesar de os<br />

adeptos não gostarem da ideia”,<br />

concluioadvogadoJoãoCaiado<br />

Guerreiro. ■ Com M.T.A.<br />

EVOLUÇÃODOBENFICA<br />

4,0<br />

3,5<br />

3,0<br />

2,5<br />

2,0<br />

31-12-2009<br />

Fonte: Boomberg<br />

14-04-2010<br />

EVOLUÇÃO DO SPORTING<br />

1,4<br />

1,2<br />

1,0<br />

0,8<br />

31-12-2009<br />

Fonte: Boomberg<br />

14-04-2010<br />

EVOLUÇÃODOFCPORTO<br />

1,4<br />

1,1<br />

0,8<br />

0,5<br />

31-12-2009<br />

Fonte: Boomberg<br />

14-04-2010<br />

0,85%<br />

1,18 euros<br />

Aimar ultrapassa Rui Patrício<br />

a caminho do 2-0 no derby:<br />

em Coimbra, Saviola pode voltar.<br />

Aimar e<br />

Cardozo sofreu entorse num<br />

tornozelo e só fez tratamento.<br />

Alberto Teixeira<br />

alberto.teixeira@economico.pt<br />

Se não tiver Oscar Cardozo para<br />

enfrentar a Académica no próximo<br />

domingo, às 18h00, Jorge<br />

Jesus vai recorrer a outro sulamericano<br />

para chegar ao golo.<br />

O líder dos marcadores na Liga<br />

sofreu traumatismo e entorse<br />

no tornozelo esquerdo, facto<br />

que o obrigou a deixar o derby<br />

pouco depois de marcar o 1-0.<br />

Ontem, no regresso do plantel<br />

benfiquista aos treinos, o inter-


<strong>DE</strong>STAQUE DO DIA<br />

Derrick Rose<br />

O base dos Chicago Bulls aproximou<br />

a equipa do playoff da NBA ao<br />

contribuir com 39 pontos para<br />

a vitória (101-93) sobre Boston.<br />

Restantes resultados: Golden State-<br />

Utah, 94-103; LA Lakers-Sacramento,<br />

106-100 e Phoenix-Denver, 123-101.<br />

AGENDA DO DIA<br />

Futebol<br />

Liga espanhola, 32ª jornada:<br />

Almería-R. Madrid (19h00, Sport<br />

TV1/HD); Valência-At. Bilbao (21h00,<br />

Sport TV1/HD);<br />

Liga Vitalis, 27ª jornada:<br />

Gil Vicente-Beira-Mar (20h15, Sport<br />

TV2).<br />

um sul-americano para Coimbra<br />

nacional paraguaio apenas realizou<br />

tratamento e a sua presença<br />

em Coimbra não é certa –<br />

em ano de Mundial, todos os<br />

cuidados são poucos.<br />

Colocado perante a possibilidade<br />

de não ter Cardozo disponível,<br />

Jesus poderá apostar<br />

no regresso de Saviola (o internacional<br />

argentino não actua<br />

desde o triunfo sobre o Sp. Braga,<br />

na Luz, a 27 de Março, devidoafissuranumdedodopédireito),<br />

embora haja mais candidatosparaavaganadianteira:<br />

Weldon, Kardec, Éder Luís e<br />

Nuno Gomes são outras possibilidades<br />

do treinador benfi-<br />

Com Luisão afastado<br />

da próxima jornada<br />

por castigo, a dúvida<br />

à volta do avançado<br />

paraguaio é<br />

alimentada depois<br />

dalesãonoderby.<br />

quista. O trio brasileiro terá<br />

mais hipóteses do que o próprio<br />

Javier Saviola, uma vez que o<br />

seu perfil está mais próximo do<br />

tipo de soluções que Cardozo<br />

oferece: mais presença na área<br />

ecombatefísicodoquerapidez<br />

ou jogo combinado.<br />

Depois da excelente imagem<br />

deixada por Pablo Aimar, cuja<br />

entrada após o intervalo frente<br />

ao Sporting acabou por ser decisiva<br />

para inverter a tendência<br />

do jogo – o número 10 apontou<br />

o 2-0 e os ecos da sua actuação<br />

chegaram à imprensa argentina,<br />

onde também foi muito elogiado<br />

–, a questão principal<br />

Nacho Doce / Reuters<br />

para o desafio de domingo diz<br />

respeito ao companheiro mais<br />

próximo na frente.<br />

Alteração assegurada será<br />

feita no centro da defesa como<br />

consequência do cartão amarelo<br />

visto por Luisão. O central<br />

vai cumprir um jogo de castigo<br />

e, na sua ausência, Sidnei deve<br />

ser o escolhido, voltando à<br />

equipa depois da derrota (1-4)<br />

sofrida em Liverpool e que ditou<br />

o afastamento nos quartosde-final<br />

da Liga Europa. Nesse<br />

encontro, Jesus deslocou David<br />

Luiz para lateral-esquerdo e o<br />

compatriota Sidnei juntou-se a<br />

Luisão no eixo. ■<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 43<br />

Ténis<br />

ATP, 1/8 finais: Torneio de Monte<br />

Carlo (09h30, Sport TV1/ 14h00,<br />

Sport TV2).<br />

Automobilismo<br />

Fórmula 1: GP da China, treinos livres<br />

(madrugada de sexta, 03h00).<br />

Ciclismo<br />

Volta à Turquia,5ªetapa(13h00,<br />

Eurosport).<br />

QUATRO PERGUNTAS A...<br />

PEDRO LINO<br />

Presidente-executivo da corretora Dif<br />

“Investidores devem<br />

ter cautela com<br />

grandes oscilações<br />

em bolsa”<br />

O aumento do ‘free-float’<br />

(dispersão do capital em bolsa)<br />

seria desejável para atrair mais<br />

investidores aos títulos das SAD,<br />

mas a dimensão do Benfica ajuda<br />

a que obtenha maior notoriedade<br />

dentro e fora da bolsa.<br />

Como se explica que a<br />

capitalização bolsista do<br />

Benfica (50 milhões) seja<br />

superior ao valor de mercado<br />

de Sporting (25 milhões) e FC<br />

Porto (18 milhões) juntos?<br />

O Benfica é o clube com mais<br />

adeptos e, como tal, com mais<br />

visibilidade. A procura resultante<br />

desta visibilidade e dos bons<br />

resultados desportivos, aliando-se<br />

à fraca dispersão de capital,<br />

contribui para valorizações<br />

súbitas.<br />

Que explicação encontra para<br />

estes valores de mercado<br />

estarem distantes dos valores<br />

reais de activos das SAD?<br />

Um investimento neste tipo de<br />

activos é sempre uma decisão mais<br />

emocional do que racional, dado<br />

que a maioria [das SAD] está em<br />

falência técnica, apesar de bons<br />

resultados alcançados, como seja<br />

ocasodoBenfica.Noentantoe<br />

porque se trata de empresas com<br />

pequena liquidez, os bons<br />

resultados do clube causam<br />

grandes oscilações em bolsa, com<br />

as quais os pequenos investidores<br />

devem tomar todas as cautelas.<br />

Os recentes resultados<br />

desportivos do Benfica<br />

explicam essa diferença ou há<br />

outras razões?<br />

Os resultados desportivos têm<br />

atraído mais adeptos ao estádio e,<br />

poressavia,umaumentode<br />

receitas. Também o aumento de<br />

valor do plantel, muito associado<br />

aos resultados alcançados,<br />

contribui para valorizar o activo<br />

da SAD.<br />

Acha importante aumentar o<br />

‘free-float’ das SAD para subir<br />

a capitalização bolsista?<br />

O ‘free-float’ é reduzido, cerca<br />

de 19%, e o seu aumento é positivo<br />

em qualquer empresa, pois<br />

contribui para maior liquidez<br />

e visibilidade em bolsa. ■


44 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

PUBLICIDA<strong>DE</strong> & MEDIA<br />

INTERNET<br />

comOn cria ‘site’ e jogo para campeonato<br />

LG Mobile World Cup 2010<br />

A agência comOn renovou pela segunda vez o passatempo LG Mobile<br />

World Cup 2010 em ‘mobileworldcup.com.pt’, direccionado para a<br />

realização de um campeonato de SMS. O site já está ‘online’ e, assim,<br />

quem o visitar é desafiado a jogar. O endereço oferece ainda informação<br />

sobre o campeonato, o calendário, os prémios, a forma de participação,<br />

o calendário e a actualização dos vencedores nas várias etapas<br />

existentes. A campanha decorre até dia 8 de Maio.<br />

Campanha<br />

‘pro bono’<br />

pela Madeira<br />

junta 30 figuras<br />

públicas<br />

Uma conversa iniciada no Facebook tornou-se<br />

numa campanha. Arranca na próxima semana.<br />

Rebeca Venâncio<br />

rebeca.venancio@economico.<br />

Nem sempre a publicidade se<br />

move pelo ‘lucro’. Figuras públicas,<br />

desde políticos a músicos<br />

e apresentadores de televisão<br />

responderam à chamada: criar<br />

um movimento social que levasse<br />

as pessoas à Madeira, depois<br />

da intempérie de 20 de Fevereiro.<br />

Umaideia,emconversa,no<br />

Facebook, evoluiu para um grupo<br />

na maior rede social do mundo,<br />

e agora, transformou-se<br />

numa campanha publicitária<br />

inteiramente ‘pro bono’, isto é,<br />

gratuita, para que os portugueses<br />

adiram à causa e vão de fériasàMadeira.“Ébomparasie<br />

para quem lá está”, remata o<br />

‘slogan’ da campanha desenvolvida<br />

pela agência de publicidade<br />

DRAFTFCB e comunicada<br />

pela DeepStep.<br />

SOLIDÁRIOS<br />

30 x 30<br />

Trinta personalidades dão o rosto<br />

ou a voz para os ‘spots’<br />

da campanha “Vá de férias<br />

para a Madeira”, que estará<br />

presente, a partir da próxima<br />

semana em mais de 30 órgãos<br />

de comunicação social.<br />

Para Filipe Santos Costa, jornalista<br />

do “Expresso” e impulsionador<br />

da nova campanha<br />

pela reconstrução da Madeira,<br />

“é difícil quantificar o impacto<br />

que esperamos para esta campanha.<br />

Mas o que nos fez elevar<br />

a expectativa foi a adesão das figuras<br />

públicas e da comunicação<br />

social”. São mais de 30 rostos<br />

ou vozes bem conhecidas<br />

dos portugueses, que surgirão<br />

em Televisão, Rádio ou Imprensa<br />

a partir da próxima semana.<br />

Mais de 30 meios de comunicação<br />

aderiram, cedendo espaço<br />

publicitário gratuito para uma<br />

causa, que segundo Duarte Melo,<br />

director criativo responsável<br />

pela campanha, “é de todos”.<br />

“Não sei quanto custaria esta<br />

campanha se tivesse objectivos<br />

comerciais. Mas sabendo logo<br />

que Marcelo Rebelo de Sousa não<br />

faz publicidade, e está a colaborar<br />

connosco, só aí a torna, como<br />

diz, ‘priceless’”, afirmou o publicitário.<br />

Para Duarte Melo, a<br />

agência não ajudou com o que<br />

tem, mas sim com o que sabe fazer.<br />

“E nunca viramos a cara a<br />

pedidos destes. Sermos humanos,<br />

éticos, responsáveis, seres<br />

commoralélogoaprimeirarazãoquenoslevaafazeristo.Depois<br />

ser um trabalho que nos<br />

permite ser mais criativo, com<br />

uma mensagem mais impactante,<br />

é um duplo prazer”, explicou.<br />

De Fevereiro até agora, a mobilização<br />

pela Madeira tornouse<br />

quase num segundo emprego<br />

paraopromotordainiciativa<br />

que garante: “este movimento<br />

deutrabalhoamuitagente.<br />

Mas o que não deu trabalho<br />

nenhum foi convencer as pessoas<br />

e os meios a aderir, participar<br />

nos anúncios e permitir-nos<br />

usar a sua notoriedade<br />

para passar esta mensagem,<br />

sem qualquer ruído”. ■<br />

O contrato com João Manzarra terá<br />

um ano de duração.<br />

O político e professor Marcelo<br />

Rebelo de Sousa, a fadista<br />

Kátia Guerreiro e a<br />

apresentadora Rita Ferro<br />

Rodrigues são algumas<br />

das 30 figuras públicas que<br />

dão o rosto pela Madeira.<br />

PUBLICIDA<strong>DE</strong><br />

Apresentador de TV João Manzarra<br />

é o novo rosto da Freepass<br />

O apresentador de televisão da SIC, João Manzarra, é o novo rosto da<br />

Freepass, a marca de presentes-experiência criada pela empresa “A Vida<br />

é Bela” e exclusivamente destinada a adolescentes e jovens. Durante um<br />

ano, o apresentador une a imagem de irreverência que o caracteriza<br />

à gama de experiências voltada para um target jovem. Com esta parceria,<br />

a marca pretende incrementar o seu nível de notoriedade e dos vários<br />

presentes-experiência que oferece.


<strong>DE</strong>SIGN<br />

Serralves e MoMa parceiros em projectos<br />

de promoção do ‘design’ português<br />

Arrancou esta semana no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque<br />

(MoMA) o projecto “Destination: Portugal”, que vai reunir uma colecção<br />

de produtos de ‘designers’ portugueses. O objectivo é dar a conhecer<br />

as tendências actuais do design em vários países do mundo, e em cada<br />

edição é seleccionado um país. O MoMA tem ainda como parceiros<br />

A Loja de Serralves, o Ministério da Cultura português, o Turismo<br />

de Portugal, a AICEP Portugal Global e a TemaHome.<br />

Nuno Rocha, vencedor da primeira edição<br />

do Prémio ZON Criatividade em Multimédia,<br />

assinou a nova campanha da marca.<br />

Rebeca Venâncio<br />

rebeca.venancio@economico.pt<br />

Chama-se Zon Screenings e é a<br />

mais recente acção criada pela<br />

operadoraparapromoverocinema<br />

nacional. O objectivo é<br />

lançar um espaço de divulgação<br />

e discussão de longas metragens.<br />

Nas sessões mensais serão apresentados<br />

vários filmes, que contam<br />

com a presença do respectivo<br />

realizador, disponível para falar<br />

com o público.<br />

Cada vez mais sinónimo de<br />

cinema, a ZON preparou ainda<br />

uma campanha publicitária, que<br />

arranca no próximo sábado, e<br />

tem como responsável máximo,<br />

o realizador Nuno Rocha, vencedor<br />

do Grande Prémio ZON<br />

Criatividade em Multimédia, na<br />

primeira edição, em 2008. A<br />

campanha, em ‘stop motion’<br />

animado, anuncia assim que estão<br />

abertas as inscrições para<br />

mais um prémio da marca que se<br />

destina a jovens estudantes ou<br />

instituições educativas, com<br />

“estatuetas” no valor de 200 mil<br />

euros e uma bolsa de estudo na<br />

Universidade de Austin, Texas,<br />

nos Estados Unidos da América.<br />

“O Zon Screenings é uma acção<br />

que surge no seguimento do<br />

prémio ZON Criatividade em<br />

Multimédia, e cujo objectivo é<br />

também acompanhar os trabalhos<br />

dos premiados nas duas edi-<br />

O Festival Optimus Alive 2010 promete<br />

encher o passeio marítimo de Algés.<br />

ções. O Nuno Rocha é especial,<br />

muito talentoso e sugerimos-lhe<br />

criarestespotparapromovero<br />

prémio que ajudou a lançar a sua<br />

carreira no cinema”, afirmou<br />

Nuno Cintra Torres, director de<br />

consultoria estratégica da ZON.<br />

O jovem realizador apresentou<br />

ainda o novo projecto, “Vicky<br />

and Sam”, a curta metragem<br />

desenvolvida durante o Master in<br />

Fine Arts, nos EUA, atribuído<br />

pela empresa liderada por Rodrigo<br />

Costa. Nuno Rocha estreou<br />

assim o palco ‘Screenings’, que,<br />

até Novembro, receberá nomes<br />

de referência no panorama cinematográfio<br />

do país, como António<br />

Pedro Vasconcellos, Tino NavarroouLuísGalvãoTelles.<br />

A campanha arranca no próximo<br />

sábado, dia 17, nos canais<br />

do cabo e de rádio. Em Maio<br />

chegará no cinema. ■<br />

MÚSICA<br />

ZON renova interesse<br />

na promoção do cinema<br />

Zon Screenings é o novo ciclo da marca que procura<br />

também novos talentos para o grande écran.<br />

Tino Navarro,<br />

Luís Galvão Telles<br />

ou Pedro Vasconcellos<br />

são os próximos nomes<br />

a subir ao palco<br />

da Zon Screenings.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 45<br />

The Big Pink e os Hurts compõem palco<br />

Super Bock do Optimus Alive 2010<br />

Os The Big Pink e os Hurts, duas das mais promissoras bandas inglesas<br />

da actualidade, juntam-se ao cartaz de 2010, no Palco Super Bock<br />

do Optimus Alive!10, dias 9 e 10 de Julho. Artistas como Alice in Chains,<br />

Boys Noize, Burns, Faith no More, Gogol Bordello, Gomez, Gossip,<br />

Kasabian, La Roux, LCD Soundsystem, Manic Street Preachers,<br />

Peaches, Pearl Jam, Phoenix, Skunk Anansie ou The xx já estão<br />

confirmados no festival da operadora móvel.


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Jorge Castro<br />

LIFESTYLE<br />

ANIVERSÁRIO<br />

Afestadamúsica<br />

Tchaikovski e Chagas Rosa nas comemorações do 5º aniversário da Casa da Música, em noite de gala.<br />

Cinco anos após a sua<br />

inauguração, a Casa da<br />

Música é, sem sombra de<br />

dúvida, um dos locais obrigatórios<br />

do Porto onde se cruzam<br />

todososgostos,todasasidades,<br />

gentes de muitas línguas.<br />

Para comemorar os muitos<br />

sucessos que ao longo destes<br />

cinco anos marcaram a programação<br />

deste lugar mágico, a<br />

1 2 3 4<br />

1<br />

Pedro Cunha Campos<br />

e Marta Burmester<br />

2<br />

José Manuel e Sandra<br />

Folhadela de Oliveira<br />

3<br />

Alberto de Almeida e Maria Amélia<br />

Cupertino de Miranda<br />

4<br />

Pedro e Helena Burmester<br />

5<br />

Maria da Conceição Cabaços<br />

e Manuel Cavaleiro Brandão<br />

6<br />

Nuno Azevedo e Guiomar Machado<br />

7<br />

Ana Paula e António Couto<br />

dos Santos<br />

8<br />

Maria José e Manuel<br />

Pinheiro Torres<br />

5<br />

agenda de Abril é mais tentadora<br />

do que nunca e tem levado ao<br />

Porto milhares de espectadores.<br />

E a festa começou com um<br />

concerto de gala, com a Orquestra<br />

Nacional do Porto a interpretar<br />

a 5ª Sinfonia de Tchaikovski e<br />

a estrear uma peça do compositor<br />

português António Chagas<br />

Rosa. Uma noite verdadeiramente<br />

inesquecível para os con-<br />

vidados que tiveram o privilégio<br />

de assistirem e a que o público<br />

aderiu com grande entusiasmo.<br />

Até ao próximo sábado há<br />

muitos outros concertos e a<br />

Casa da Música, que há muito<br />

deixou de ser polémica e passou<br />

a ser um orgulho para todos<br />

os portugueses, está em<br />

festa. Nuno Azevedo tinha todas<br />

as razões e mais uma para<br />

6 7 8<br />

estar feliz na noite em que começaram<br />

as comemorações.<br />

Considerada pelo jornal britânico<br />

“Times” como um dos<br />

cinco edifícios mais significativos<br />

construídos, em todo o<br />

mundo, na primeira década<br />

deste século, a Casa da Música<br />

tem a assinatura do arquitecto<br />

holandês Rem Koolhas e é um<br />

marcoculturaldoPorto.■<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 47<br />

BREVES<br />

Irreverência<br />

Por Maria João Vieira<br />

Um apontamento diferente<br />

num guarda-roupa clássico:<br />

os botões de punho “EYE AM<br />

NOT ALONE” da Ambush<br />

estarão à venda a partir<br />

de dia 22, na nova loja desta<br />

marca, em Tóquio. Se a sua<br />

próxima viagem de negócios<br />

o vai levar até ao Japão, não<br />

deixe de passar por lá.<br />

150 anos Lalique<br />

A Lalique celebra este ano os<br />

seus 150 anos de actividade e,<br />

para assinalar a data, lança<br />

uma colecção intitulada<br />

“Hommage à René”, que<br />

reinterpreta em cristal muitas<br />

das peças icónicas criadas<br />

pelo artista René Lalique ao<br />

longo da sua carreira, como<br />

é o caso do vaso “Perruches”.<br />

Pétalas por Missoni<br />

Chama-se “Petal Chaise Long”<br />

eéaúltimamodaem<br />

espreguiçadeiras de piscina.<br />

Com uma forma ergonómica e<br />

fabricada em materiais super<br />

confortáveis pela Missoni<br />

Home, estas cadeiras foram<br />

desenhadas para tornar o seu<br />

Verão absolutamente<br />

inesquecível. Tem três cores à<br />

escolha: branco, verde lima e<br />

roxo. Difícil é escolher...<br />

Ao som de Starck<br />

Para quem gosta de música e<br />

é exigente quanto à qualidade<br />

do som. Estas colunas sem<br />

fios foram desenhadas por<br />

Philippe Starck com a mestria<br />

do famoso Zikmu Parrot. São<br />

lindas! E de grande qualidade.


ÚLTIMA HORA CONFERÊNCIA<br />

OPINIÃO<br />

Fisco prolonga prazo<br />

de entrega do IRS<br />

até18deAbril<br />

www.economico.pt<br />

Propriedade S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />

Registo Diário <strong>Económico</strong> nº 112 371 Administração Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - <strong>48</strong>2 Lisboa Telefones 213 236 700<br />

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Sogapal, Estrada de São Marcos, 27B São Marcos 2735-521 Agualva - Cacém Distribuição Logista Portugal, Distribuição<br />

de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />

O objectivo é evitar uma eventual<br />

sobrecarga do sistema informático. Rui Horta e Costa<br />

O Ministério das Finanças decidiu prolongar até domingo<br />

o prazo de entrega das declarações do Modelo 3 de IRS<br />

devido ao ‘crash’ do site nos primeiros dias de entrega.<br />

Terminava já amanhã o prazo relativo à primeira fase, que<br />

abrange os contribuintes que tenham tido apenas rendimentos<br />

de trabalho dependente e/ou pensões no ano<br />

passado. “A prorrogação teve em conta alguma instabilidade<br />

registada pelo sistema informático nos primeiros<br />

dias da entrega desta declaração, que foi ultrapassada”,<br />

lê-se num comunicado das Finanças. A tutela adianta<br />

queàsentregasdeIRSefectuadasatéànovadataaplicase<br />

também o prazo máximo de 20 dias para a emissão do<br />

reembolso, desde que verificados os requisitos estabelecidos<br />

para esse efeito.<br />

As Finanças também adiantam que ficou adiado para<br />

dia 19 de Abril o início do prazo das entregas pela Internet<br />

das declarações Modelo 3 relativas à segunda fase, que<br />

abrange os contribuintes que tenham obtido outros tipos<br />

de rendimentos que não apenas os relativos a trabalho<br />

dependente e/ou pensões em 2009. O objectivo é “evitar<br />

que surjam novos constrangimentos associados a uma<br />

eventual sobrecarga do sistema informático”. ■ E.R.<br />

Membros da Ordem dos Economistas<br />

com acesso ao <strong>Económico</strong> Digital<br />

O <strong>Económico</strong> e a Ordem dos Economistas fecharam este<br />

mês um acordo que vai permitir aos membros da Ordem<br />

aceder, em condições especiais, ao <strong>Económico</strong> Digital,<br />

a versão digital do maior jornal de economia nacional.<br />

Para mais informações consulte o <strong>Económico</strong>.pt e o<br />

‘site’ da Ordem, em www.ordemeconomistas.pt.<br />

<strong>DE</strong>STAQUE<br />

ERSE anuncia hoje as novas<br />

tarifas do gás natural<br />

A Entidade Reguladora dos<br />

Serviços Energéticos (ERSE)<br />

divulga hoje uma nova tabela de<br />

preços para o gás natural em<br />

Portugal, estando previsto um<br />

agravamento da factura energética<br />

para os consumidores residenciais<br />

e para as pequenas empresas já a<br />

partir de Julho. Conheça no ‘site’<br />

as novas tarifas.<br />

Acompanhe ao minuto em<br />

www.economico.pt<br />

Paulo Campos<br />

Secretário de Estado dos<br />

Transportes<br />

Acompanhe no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />

MAIS LIDAS ONTEM<br />

John Kasarda<br />

Professor of strategy and<br />

entrepreneurship<br />

● Rui Pedro Soares arrisca 8 anos<br />

de prisão<br />

● Bitoque vai ficar mais caro<br />

● Porque foi Figo ilibado no caso<br />

Taguspark?<br />

● Termina amanhã prazo para<br />

entregar IRS<br />

● Patrões esindicatoscontra tolerância<br />

de ponto na visita do Papa<br />

Leia versão completa em<br />

www.economico.pt<br />

Presidente do Consórcio<br />

Asterion<br />

Carlos Madeira<br />

Presidente executivo da<br />

Naer<br />

Conferência sobre o Novo<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

No próximo dia 16 de Abril, o Diário <strong>Económico</strong> vai realizar a<br />

Conferência “O Novo Aeroporto de Lisboa”, que terá lugar no<br />

Auditório do Museu do Oriente em Lisboa. A iniciativa conta<br />

com a participação de um reputado conjunto de oradores<br />

para abordar as seguintes temáticas: Privatização da ANA<br />

cum Construção do Novo Aeroporto de Lisboa – ponto de situação<br />

do projecto; Uma visão para um novo aeroporto; O Modelo<br />

da Cidade aeroportuária – Uma Nova Oportunidade para<br />

Lisboa; Modelos económico-financeiros: Cenários de privatização<br />

da ANA. (O financiamento do novo aeroporto; papel dos<br />

investidores privados; modelos de gestão; partilha de riscos);<br />

Os negócios “não—aviação” na competitividade dos novos aeroportos.<br />

Para esclarecer e debater os temas, encontram-se<br />

confirmadas as presenças de: Anthony Vacchione, Co-Partner<br />

of SOM Airport Planning and Design; Bruce Boudreau, Director,<br />

Jacobs Consultancy – Aviation Management Consulting;<br />

Carlos Madeira, Presidente Executivo, NAER; Gustavo Fontes,<br />

Director – Projectos Estruturados, Bento Pedroso Construções;<br />

John Kasarda, Professor of strategy and entrepreneurship<br />

and director of the Kenan Institute of Private Enterprise<br />

at the University of North Carolina’s Kenan-Flagler Business<br />

School; Rui Horta e Costa, Presidente, Consórcio Asterion.<br />

Contaremos também com a presença de Álvaro Costa, Professor<br />

Associado, Faculdade de Engenharia – Universidade do<br />

Porto e de Jorge Paulino Pereira, Professor Associado, Instituto<br />

Superior Técnico como challengers da Conferência. A<br />

sessão de encerramento da Conferência, contará com a presença<br />

do Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas,<br />

Transportes e das Comunicações, Paulo Campos.<br />

VOTAÇÕES<br />

Inquérito em curso<br />

Constâncio fez um bom trabalho<br />

no Banco de Portugal?<br />

Não<br />

77%<br />

NÚMERO <strong>DE</strong> VOTOS: 716<br />

Vote em<br />

www.economico.pt<br />

Sim<br />

23%<br />

A instabilidade<br />

fiscal está de volta<br />

Como deveria ser o sistema fiscal em Portugal? Deveria ser<br />

menos complexo e deveria promover a estabilidade fiscal.<br />

A pergunta foi feita pela Deloitte no último observatório<br />

da competitividade fiscal realizado no início de<br />

2009. As respostas foram dadas por mais de três centenas<br />

de empresários a operar em Portugal.<br />

De lá para cá quase nada mudou na legislação fiscal.<br />

Mas muitas mudanças foram anunciadas. E todas, ou<br />

quase todas, num único sentido: aumento dos impostos.<br />

É assim no que diz respeito aos limites impostos às<br />

deduções e benefícios fiscais para os contribuintes individuais<br />

previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento<br />

(PEC). É assim nas alterações previstas no abate<br />

de veículos em fim de vida previsto no Orçamento do<br />

Estado para 2010. Eéassimdesdequenaterça-feira o<br />

Partido Socialista anunciou, e ontem o ministro das Finanças<br />

confirmou, que a tributação das mais-valias obtidas<br />

com os investimentos em bolsa vai mesmo avançar.<br />

Tudo aumento de impostos. Tudo medidas que chocam<br />

de frente com a necessária promoção da estabilidade<br />

fiscal. No caso das mais-valias o choque é ainda<br />

maior se nos lembrarmos que ainda há cerca de um mês<br />

o ministro tranquilizava os mercados e jurava que só<br />

avançaria quando houvesse estabilidade bolsista.<br />

Mas este constante atropelamento da estabilidade<br />

fiscal ainda consegue piorar porque nenhum contribuinte<br />

individual ou empresa em Portugal sabe nesta<br />

altura qual a dimensão do impacto que irá sentir. E<br />

não o sabe por várias razões. O Orçamento para 2010<br />

continua sem estar em vigor e impede a aplicação das<br />

novas regras. O anúncio das medidas previstas no PEC<br />

continua sem ser concretizado impedido que se saiba<br />

qual a factura a pagar por cada contribuinte. Da tributação<br />

das mais-valias bolsistas não há certezas<br />

quanto à taxa a aplicar, mas também não se sabe se<br />

será aplicada às acções já em posse dos investidores,<br />

ou se será aplicada apenas a quem comprar acções<br />

após a entrada em vigor da lei. Ninguém sabe.EoGoverno<br />

se sabe, não o revela.<br />

Neste movimento de aumento de impostos encetado<br />

pelo Executivo liderado por José Sócrates para reduzir o<br />

défice orçamental não é a subida da tributação que fará<br />

dispistar a competitividade da economia nacional. Mas<br />

será difícil atrair o que quer que seja quando as indicações<br />

dadas pelo Governo são omissas quanto ao destino<br />

exacto a que se quer chegar. ■<br />

PUB<br />

Vitor Costa<br />

Subdirector<br />

vitor.costa@economico.pt<br />

Será difícil atrair o que quer que<br />

seja quando as indicações dadas<br />

pelo Governo são omissas quanto ao<br />

destino exacto a que se quer chegar.<br />

Jean Claude Larreche<br />

THE MOMENTUM<br />

EFFECT<br />

HOW TO IGNITE<br />

EXCEPTIONAL GROWTH<br />

Disponível em www.ECONOMICO.pt

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