DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico
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Paulo Alexandre Coelho<br />
A Comissão Europeia ameaça fechar a torneira dos fundos comunitários caso Portugal não mantenha o défice abaixo dos 3%.<br />
Países repetentes em derrapagens orçamentais<br />
podem ter o financiamento dificultado<br />
para projectos de infra-estruturas<br />
ambientais ou de transportes, como o<br />
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www.economico.pt / mobile.economico.pt<br />
QUINTA-FEIRA, 15 <strong>DE</strong> ABRIL 2010 | Nº <strong><strong>48</strong>68</strong><br />
PREÇO (IVA INCLUÍDO): CONTINENTE 1,60 EUROS<br />
TGV, de acordo com uma nova iniciativa<br />
da Comissão Europeia no rescaldo da crise<br />
grega. Bruxelas quer fechar a torneira<br />
dos fundos de coesão a países reinciden-<br />
“Taxar mais-valias<br />
torna mais difícil<br />
o financiamento<br />
das empresas”<br />
O presidente da Bolsa<br />
de Lisboa, em declarações<br />
ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />
defende que o agravamento<br />
do imposto sobre as<br />
mais-valias vai penalizar<br />
o mercado português. ➥ P7<br />
Reg. no ISP na categoria de Corretor de Seguros sob o nº 607243<strong>48</strong>1, desde 27-01-2007, nos ramos Vida e Não Vida, como se atesta em www.isp.pt<br />
tes na violação das regras orçamentais do<br />
euro, e por outro lado, acelerar a imposição<br />
de multas financeiras já previstas no<br />
Pacto de Estabilidade. ➥ P5<br />
A Responsabilidade Ambiental das Empresas é obrigatória...<br />
...segurá-la é a melhor solução<br />
Saiba como em www.marsh.pt<br />
DIRECTOR ANTÓNIO COSTA DIRECTOR EXECUTIVO BRUNO PROENÇA<br />
SUBDIRECTORES FRANCISCO FERREIRA DA SILVA, VITOR COSTA,<br />
PEDRO SOUSA CARVALHO E HELENA CRISTINA COELHO<br />
Bruxelas ameaça cortar fundos<br />
a Portugal se défice derrapar<br />
Saiba<br />
o que pode<br />
acontecer às<br />
suas acções<br />
Portugal Telecom leva Zon<br />
a tribunal por dívidas<br />
de 2,6 milhões de euros ➥ P20<br />
O novo fenómeno do iPad<br />
Tecnologia Os prós, os contras e<br />
os rivais da nova estrela da Apple.<br />
Twitter A rede social vai apostar<br />
na publicidade para ganhar dinheiro.<br />
➥ NOVO SUPLEMENTO INOVAÇÃO & TECNOLOGIA<br />
Miguel Athayde Marques,<br />
presidente da<br />
Euronext Lisboa.<br />
Funcionários públicos que<br />
recebam presentes podem<br />
levar cinco anos de prisão ➥ P8<br />
▲ PSI 20<br />
▲ IBEX 35<br />
▲ FTSE 100<br />
▲ Dow Jones<br />
▲ Euro<br />
▲ Brent<br />
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POLÍTICA<br />
FINANÇAS<br />
Pedro Passos Coelho reitera que votará<br />
contra os limites impostos às deduções<br />
à colecta previstos no PEC.<br />
0,92%<br />
0,37%<br />
0,6%<br />
0,89%<br />
0,38%<br />
1.74%<br />
8.344,29<br />
11.503,70<br />
5.796,25<br />
11.117,59<br />
1.3654<br />
Sócrates avança com<br />
contra-proposta à<br />
revisão constitucional<br />
O PS está a preparar o contra-ataque ao<br />
processo de revisão constitucional que o<br />
PSD vai lançar até ao final de Maio. ➥ P12<br />
Portugaléoterceiro<br />
país da Europa com<br />
mais bancos a fechar<br />
86.19<br />
O número de bancos a operar no país é<br />
actualmente o mais baixo desde a criação<br />
da zona euro, em Janeiro de 1999. ➥ P32
2 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
A NÃO PER<strong>DE</strong>R<br />
15.04.10<br />
■ Portugal é accionista da CAF, um<br />
banco de investimento que lhe abre as<br />
portas da América Latina. A Comunidade<br />
Andina de Fomento está a desenvolver 54<br />
projectos de infra-estruturas, que atingem<br />
cercade18milmilhõesdeeuros.➥P10 ■ PS prepara contra-proposta à revisão<br />
constitucional do PSD. José Sócrates,<br />
Francisco Assis e Jorge Lacão já discutiram<br />
o tema e os socialistas estarão aptos a<br />
responder à proposta do PSD que deverá<br />
ser apresentada no final de Maio. ➥ P12<br />
■ Busca de sobreviventes na China<br />
dificultada pelas temperaturas negativas<br />
que se fazem sentir na região de Qinghai,<br />
abalada ontem por um sismo de 6,9 graus<br />
na escala de Richter. O terramoto matou<br />
pelo menos 400 pessoas. ➥ P16<br />
■ Os três candidatos a Downing Street<br />
participam hoje no primeiro dos três debates<br />
televisivos das legislativas de 6 de Maio.<br />
Frente-a-frente estarão Gordon Brown, do<br />
Labour, David Cameron, dos Tories e o<br />
liberal-democrata Nick Clegg. ➥ P18<br />
■ ANA prevê para a Portela um aumento<br />
entre 16,7 e 20,5 milhões de passageiros<br />
até 2017. Daí que o plano de expansão do<br />
actual aeroporto vá prolongar-se até 2012<br />
e exigir mais cerca de 160 milhões de<br />
euros. ➥ P24/25<br />
■ Cimpor à espera de renúncias para que<br />
a eleição dos novos accionistas brasileiros,<br />
da Camargo e da Votorantim, para a<br />
administração seja efectiva. A eleição<br />
ocorrerá na AG de 29 do corrente,<br />
segundo a agenda ontem fixada. ➥ P27<br />
■ Portugal perde 59 bancos em 10 anos,<br />
tendo o número de entidades de crédito<br />
caído dos 224 para 165, segundo dados do<br />
BCE. E só desde a falência do Lehman<br />
Brothers em Setembro de 2008, há menos<br />
onze instituições de crédito no país. ➥ P32<br />
■ A Benfica SAD vale 50 milhões em<br />
bolsa, tendo as acções subido 35,3% em<br />
três meses e meio. A capitalização bolsista<br />
alcançada ontem é o dobro da do Sporting<br />
(25 milhões) e quase o triplo da do FC<br />
Porto (18 milhões). ➥ P42/43<br />
■ Vá de férias para a Madeira” éotema<br />
da nova campanha pela reconstrução da<br />
Madeira. Trinta personalidades dão o rosto<br />
ou a voz aos ‘spots’, a exibir a partir da<br />
próxima semana em mais de 30 órgãos de<br />
comunicação social. Tudo gratuito. ➥ P44<br />
SOCIEDA<strong>DE</strong> ABERTA<br />
António Gomes Mota<br />
Professor na ISCTE Business School<br />
Indigência por interesse?<br />
Já por mais de uma vez, nesta coluna, escrevi em prol da<br />
política energética do Governo socialista, gizada, consistente<br />
e teimosamente implementada, o que tem sido bem raro<br />
em Portugal sobre o que quer que seja, por Manuel Pinho,<br />
e aproveitada com visão e sentido empresarial pela EDP<br />
e outros ‘players’ nacionais para potenciar a sua dimensão<br />
internacional e liderança de segmentos inovadores e com<br />
um futuro prometedor.<br />
A aposta nas energias renováveis em Portugal está em<br />
linha com apostas similares um pouco por todo mundo<br />
com a vantagem, para nós, de sermos vistos como um caso<br />
de liderança e referência, o que não é de somenos em<br />
termos de imagem do país, tão carenciada de elementos<br />
que a possam valorizar em termos de inovação e modernidade.<br />
É neste quadro de avaliação pessoal que li o manifesto<br />
por uma nova política energética em Portugal.<br />
O objectivo desde sempre anunciado<br />
temsidoodechegaraum‘mix’<br />
equilibrado de água, vento, gás e de<br />
outras fontes. Afinal, para que serviu<br />
este manifesto?<br />
O aspecto que, desde logo, mais me surpreendeu foi<br />
a sua inesperada indigência analítica. É pena que várias<br />
personalidades que se têm distinguido por uma capacidade<br />
de análise séria sobre vários temas relevantes para o país,<br />
contribuindo para um tão necessário ambiente de maior<br />
riqueza crítica, discussão e criação de visões e políticas<br />
alternativas, se aprestaram a assinar um documento que,<br />
no essencial, se limita a apontar o óbvio, as energias renováveis<br />
são mais caras, todos o sabemos, em todo o mundo,<br />
sem ponderar e rebater o que visam, menor dependência<br />
externa, aproveitamento de recursos naturais e a melhoria<br />
da qualidade ambiental.<br />
E não se trata, sequer, de um manifesto sobre a política<br />
de energia porque deveria, para o ser, cobrir quatro aspectos<br />
principais, a electricidade, os transportes, a eficiência energética<br />
e as emissões de CO2, tal como deveria, falando apenas<br />
de electricidade, abordar não só a produção como também<br />
o transporte, a distribuiçãoeaestrutura de mercado.<br />
Centrando-se na produção de electricidade, faz críticas<br />
contundentes, mas nem uma só proposta alternativa.<br />
Ignora ou despreza as barragens, o que é pena, e não refere<br />
o arrojado programa em curso de construção de centrais de<br />
ciclo combinado, talvez para criar a ilusão de que apenas<br />
há uma política de energias renováveis, quando o objectivo<br />
desde sempre anunciado tem sido o de chegar a um ‘mix’<br />
equilibrado de água, vento, gás e de outras fontes.<br />
Afinal, para que serviu este manifesto? Talvez para juntar<br />
interesses tão diferentes como os de aproveitar qualquer<br />
oportunidade para bater no Governo ou, como já vários analistas<br />
destacaram, um piscar de olho escondido ao nuclear.<br />
Perdeu-se uma oportunidade para se discutir um assunto<br />
central no nosso futuro mais próximo e mais longínquo,<br />
já que a política energética em curso representa uma<br />
das poucas reformas estruturais que continua no terreno e<br />
que não está isenta de críticas e de aperfeiçoamentos. ■<br />
AFRASE<br />
“Somos muito tolerantes<br />
com a corrupção e com<br />
os corruptores e corruptos”.<br />
—Luís Fábrica, professor da Universidade Católica<br />
Para o especialista em Direito Administrativo, “enquanto<br />
esta atitude cultural não mudar também a realidade pouco<br />
ou nada mudará”. Daí que, em sua opinião, “alterar a<br />
lei sobre a corrupção pode ajudar, mas não chega”. ➥ P9<br />
Francisco Murteira Nabo<br />
Bastonário da Ordem dos Economistas<br />
As remunerações dos gestores<br />
A divulgação pública pela primeira vez das remunerações<br />
individuais dos gestores das empresas cotadas na Bolsa<br />
portuguesa suscitou, como seria expectável, as mais variadas<br />
reacções e análises na comunicação social. O tema<br />
merece uma reflexão porque de facto, o que foi divulgado,<br />
mostra que não tem existido em Portugal, nesta matéria,<br />
uma política coerente e equilibrada, antes pelo<br />
contrário, se verifica a existência de situações de difícil<br />
compreensão, a justificar por um lado que a PARPÚBLI-<br />
CA e/ou a CDG procurem, nas empresas em que são accionistas,<br />
intervir de forma a terem uma atitude moralizadora<br />
face à crise que atravessamos e, por outro, que se<br />
abra o debate sobre as linhas de força que deve ter uma<br />
adequada política remuneratória dos gestores ligados ao<br />
sector empresarial do Estado.<br />
A meu ver há cinco princípios-chave que podem<br />
nortear esta política no futuro:<br />
a) em primeiro lugar há que fazer o ‘benchmark’ em<br />
termos europeus das remunerações fixas cá praticadas,<br />
comparando-as com situações similares fora, e ajustá-las<br />
à nossa dimensão empresarial, ao maior ou menor ambiente<br />
de concorrência e ainda ao nível do poder de compra<br />
do país, sob pena de, se o não fizermos, poderem surgir<br />
situações escandalosas ou de difícil fundamentação;<br />
b) depois há que estimular as remunerações variáveis<br />
dos gestores, mas limitando as suas remunerações totais,<br />
de forma a evitar que o peso das remunerações variáveis<br />
ultrapasse níveis inaceitáveis (por exemplo, a remuneração<br />
total do presidente executivo (CEO) não ultrapassar<br />
duas vezes a sua remuneração anual fixa);<br />
c) ainda obrigar à adopção de uma muito rigorosa<br />
correlação entre as remunerações variáveis praticadas e<br />
os reais resultados económicos obtidos, bem como os<br />
níveis de risco envolvidos, de forma a evitar “dessintonias”<br />
como algumas que surgiram na comunicação<br />
social (por exemplo, empresas a não crescerem ou com<br />
resultados piores do que nos anos anteriores, mas com<br />
remunerações variáveis a crescer);<br />
Há que estimular as remunerações<br />
variáveis dos gestores, mas limitando<br />
as suas remunerações totais.<br />
d) também assumir de forma clara que os presidentes<br />
não executivos (‘Chairmen’), devem ter apenas remunerações<br />
fixas, dado que a sua contribuição para a criação<br />
de valor não está relacionada com o dia-a-dia da gestão<br />
operacional;<br />
e) finalmente assumir-se que terá de haver um forte<br />
espírito de equipa ao nível da Comissão Executiva,<br />
quesóseconseguirásenãohouverumgrandedistanciamento<br />
entre a remuneração do CEO e a dos vogais<br />
da Comissão Executiva (por exemplo, as suas remunerações<br />
deverão ser da ordem dos 60 % a 70% a remuneração<br />
do CEO).<br />
A adopção destas regras poderá conduzir a uma mais<br />
equilibrada política de remunerações dos gestores e<br />
também melhorar o espírito de equipa, a meu ver chave<br />
para o sucesso empresarial. ■<br />
O NÚMERO<br />
300 milhões<br />
A Águas de Portugal carece de<br />
um novo aumento de capital da<br />
ordem dos 300 milhões de euros,<br />
uma operação que já está a ser<br />
analisada pelo accionista Estado.<br />
Fazer face ao ambicioso plano de<br />
investimentos para os próximos<br />
cinco anos, estimado em cerca de<br />
3.200 milhões de euros, é um dos<br />
objectivos deste reforço. ➥ P26
A FACE VISÍVEL<br />
Miguel Coutinho<br />
miguel.coutinho@economico.pt<br />
OPSeoBigBrother<br />
fiscal<br />
O Partido Socialista, pela voz<br />
de Francisco Assis, anunciou o<br />
recuo formal na ideia peregrina<br />
de publicitar todas as declarações<br />
de rendimentos na<br />
internet. “Não recolheu o consenso<br />
necessário no grupo<br />
parlamentar”, explicou Assis,<br />
afastando, assim, a proposta<br />
de um grupo de deputados socialistas.<br />
O Big Brother fiscal<br />
está morto. Por quanto tempo?<br />
Final feliz na Cimpor<br />
Teve um final feliz a novela<br />
dos órgãos sociais da Cimpor.<br />
António Castro Guerra passou<br />
pelo Governo mas tem uma<br />
história nas empresas e um<br />
percurso académico respeitáveis.<br />
Francisco Lacerda é um<br />
dos melhores da sua geração<br />
e regressa merecidamente<br />
à gestão de topo. E a entrada<br />
de João Lopes Raimundo,<br />
em representação do fundo<br />
de pensões do BCP, enriquece<br />
a gestão. A Cimpor tem equipa<br />
para se afirmar como<br />
uma multinacional de raiz<br />
portuguesa… com sotaque<br />
do Brasil.<br />
“Tenho um especial<br />
carinho pelo Magalhães”<br />
MÁRIO LINO<br />
ex-ministro<br />
O Magalhães é querido.<br />
Viva o Magalhães!<br />
PUB<br />
Neves António<br />
De como a política pode destruir valor<br />
A ignorância, além de ser a maior multinacional do mundo, é útil em<br />
múltiplas circunstâncias. Luís Figo que o diga – escapou a uma acusação<br />
de corrupção por desconhecer que o Taguspark é maioritariamente<br />
detido por capitais públicos. Acredito que 99,9% dos portugueses<br />
revelariam a mesma ignorância de Figo. Não sei se todos teriam,<br />
contudo, a mesma ingenuidade de fazer coincidir um apoio político com<br />
um contrato publicitário. Veremos em tribunal se a acusação tem provas<br />
para condenar os três gestores que alegadamente terão concebido<br />
esta troca de favores. Apesar de ficar fora da acusação, o ex-futebolista<br />
– um exemplo de ‘fair-play’ e brio profissional –, terá de viver com<br />
uma suspeita que não faz justiça ao seu passado. Mais um exemplo vivo<br />
de como a política pode destruir valor.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />
EDITORIAL<br />
Os pedidos<br />
de Bruxelas<br />
Depois de aprovar o Programa<br />
de Estabilidade e Crescimento<br />
(PEC) português, a<br />
Comissão Europeia deixou<br />
vários avisos. Alguns deles<br />
são habituais: se a economia<br />
evoluir de forma mais negativa<br />
do que está previsto no<br />
PEC, colocando em causa a<br />
redução do défice para os<br />
3%,oGovernoterádeadoptar<br />
medidas adicionais para<br />
garantir a consolidação orçamental.<br />
O ministro das Finanças<br />
já tinha admitido esta<br />
hipótese ainda antes de ser<br />
conhecida a apreciação de<br />
Bruxelas. Bem diferentes são<br />
pedidos com leituras políticas.<br />
A Comissão Europeia<br />
está preocupada com o possível<br />
bloqueio no Parlamento<br />
das medidas previstas no<br />
PEC, nomeadamente as que<br />
implicam alterações fiscais.<br />
Ou seja, o comissário para os<br />
assuntos económicos quer<br />
um consenso nacional à volta<br />
da estratégia do PEC, o que<br />
poderá ser inviabilizado depois<br />
da nova liderança do<br />
PSD já ter avisado que quer<br />
reabrir o debate. Já se tinha<br />
percebido que um apoio<br />
alargado dos vários agentes<br />
políticos e sociais à descida<br />
do défice era importante<br />
para credibilizar o PEC em<br />
termos internacionais e, por<br />
isso, o Governo fez na altura<br />
um esforço de consolidação<br />
junto da oposição. Na altura,<br />
o PSD viabilizou o PEC. Agora<br />
Passos Coelho vai ter dificuldades<br />
em mudar a posição<br />
do PSD sem ser acusado<br />
de estar a prejudicar a economia<br />
portuguesa.
4 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
<strong>DE</strong>STAQUE PROGRAMA <strong>DE</strong> ESTABILIDA<strong>DE</strong> E CRESCIMENTO<br />
Bruxelas quis entrar<br />
no debate político<br />
do PEC em Portugal<br />
Teixeira dos Santos diz que vai implementar as medidas<br />
já definidas e fecha a porta a mais negociações.<br />
Luís Rego em Bruxelas<br />
e Margarida Peixoto<br />
luis.rego@economico.pt<br />
Num gesto pouco comum, o comissário<br />
europeu da Economia,<br />
Olli Rehn, reconheceu que quis<br />
“contribuir para o debate político”<br />
do Programa de Estabilidade<br />
e Crescimento (PEC) em Portugal<br />
onde o PSD carrega baterias para<br />
contestar o plano orçamental do<br />
Governo, já amanhã no debate<br />
quinzenal.<br />
Na sua avaliação, Bruxelas<br />
considerou o PEC “ambicioso e<br />
bastante concreto”, mas colocou<br />
um enorme ênfase nos “riscos” de<br />
o cenário macroeconómico “relativamente<br />
optimista” do Governo<br />
não se realizar, o que poderá tornar<br />
“necessárias medidas suplementares”<br />
em “especial para o<br />
corrente ano” de 2010.<br />
Questionado sobre se esta<br />
mensagemdual–ocomissário<br />
não pediu mais medidas, mas admitiu<br />
que podem ser necessárias -<br />
seria útil para contrariar o nervosismo<br />
nos mercados (ver caixa),<br />
Oli Rehn disse: “Não tivemos outra<br />
opção senão fazer uma avaliaçãocorrectaehonestadoPEC<br />
português, caso contrário não seríamos<br />
credíveis”. E, de seguida,<br />
disse estar “seguro que isto vai<br />
contribuir para um debate político<br />
substancial e conclusivo em Portugal<br />
para responder ao desafio de<br />
consolidação”. Bruxelas quer impeditr<br />
que o Governo de minoria<br />
caioa na tentação de abrir a porta à<br />
quaisquer cedêncais no plano de<br />
austeridade já apresentado.<br />
Rehn, que é um dos comissários<br />
mais próximos do presidente<br />
Durão Barroso, foi muito menos<br />
elogiosodoesforçodoGovernodo<br />
que alguma vez o seu antecessor,<br />
Joaquín Almunia, tinha sido. A<br />
Comissão ficou ‘escaldada’ com o<br />
caso grego onde acabou por forçar<br />
um aperto do cinto em Atenas, a<br />
reboque do Banco Central Europeu<br />
e dos mercados, pois tinha<br />
considerado suficientes as medidas<br />
iniciais do Governo grego.<br />
Em Portugal, Teixeira dos Santos<br />
salientou que Bruxelas considerou<br />
o PEC “adequado” mas<br />
também não deixou de lado a possibilidade<br />
de endurecer as medidas<br />
para controlar o défice. “Neste<br />
momento, não se afigura essa necessidade”,<br />
adiantou. O importante<br />
é “colocar no terreno” as<br />
Alerta faz disparar<br />
risco da dívida<br />
Os sinais de alarme no mercado<br />
de dívida voltaram ontem a soar<br />
para o lado de Portugal. O alerta<br />
feito pela Comissão Europeia<br />
renovou os receios quanto à<br />
capacidade da República<br />
portuguesa cumprir as suas<br />
obrigações e o nervosismo<br />
instalou-se fazendo disparar o<br />
risco da dívida nacional. Contas<br />
feitas, o preço dos ‘credit-default<br />
swaps’ (CD) - seguro contra o<br />
eventual incumprimento de<br />
Portugal - sobre as obrigações do<br />
tesouro a cinco anos chegou a<br />
disparar 29 pontos para negociar<br />
nos 177,98 pontos base. Com este<br />
valor Portugal arrecadou a<br />
segunda subida mais expressiva a<br />
nível mundial, apenas superado<br />
pelo risco da Grécia. Os sinais de<br />
nervosismo dos investidores não<br />
ficaram por aqui. Também o<br />
‘spread’, prémio exigido pelos<br />
investidores para comprarem<br />
obrigações do Tesouro português<br />
a dez anos em vez de dívida<br />
pública alemã da mesma<br />
maturidade, a referência do<br />
mercado, avançou para 129,3<br />
pontos, o valor mais elevado<br />
desde o passado dia 10 de<br />
Fevereiro, altura em que o<br />
‘spread’ fechou nos 135,23<br />
pontos. A ”luz verde” ao PEC mas<br />
o alerta de que Portugal pode ter<br />
de tomar mais medidas antidéfice<br />
este ano surgiram no<br />
mesmo dia em que o Estado fez<br />
aquela que é, até agora, a maior<br />
emissão de dívida do ano. No<br />
total, o mercado comprou 2 mil<br />
milhões de euros em Obrigações<br />
do Tesouro com maturidade a<br />
doiseadezanos.T.S.<br />
medidas já definidas, dando o<br />
exemplo da tributação das maisvalias<br />
bolsistas que chegará ao<br />
Parlamento “até ao final do mês”<br />
(ver págs. 6 e 7).<br />
Há medidas do PEC que sobram<br />
para mais tarde. “Iremos<br />
muito em breve anunciar o que vai<br />
ser feito desde já e o que vai ficar<br />
para o OE de 2011”, explicou o ministro.<br />
Antecipar para 2010 algumas<br />
medidas previstas apenas<br />
para 2011 seria uma forma de impressionar<br />
a Comissão. Porém,<br />
Bruxelas não concretiza nenhuma<br />
área ou medida onde gostaria de<br />
ver o Governo agir. Só uma aproximação<br />
substancial do cenário<br />
macro das previsões de Primavera<br />
da Comissão, a 5 de Maio, às estimativas<br />
do Governo poderá baixar<br />
a guarda na vigilância de Bruxelas.<br />
Debate interno promete aquecer<br />
Quanto ao debate interno, o ministro<br />
não deixou qualquer margem<br />
para negociar as medidas<br />
com a oposição. “Não vamos estar<br />
à espera”, disse Teixeira dos Santos,referindo-seaoPSD.“Nãotemos<br />
razões para alterar as orientações<br />
deste PEC; é nessas medidas<br />
que temos de pensar e é com essas<br />
que vamos avançar”, reforçou.<br />
O ministro das Finanças tirou<br />
ainda dividendos do facto do PEC<br />
tersidoaprovadonoParlamento,<br />
com a abstenção do PSD e do CDS:<br />
“OspartidossouberamnaAssembleia<br />
tomar uma atitude política<br />
importante, de viabilizar a<br />
proposta; espero que o sentido de<br />
responsabilidade se mantenha e<br />
que o Governo seja capaz de implementar<br />
as medidas do PEC”.<br />
O problema é que a resolução<br />
sobre o PEC foi votada quando Ferreira<br />
Leite ainda liderava o PSD. Pedro<br />
Passos Coelho foi eleito presidente<br />
do maior partido da oposição<br />
e a política mudou. “O Presidente<br />
do PSD deixou bem claro que não<br />
se sentia “amarrado” pela votação<br />
realizada na AR sobre o projecto de<br />
ResoluçãodoPEC.Opróprioprojecto<br />
de Resolução deixou de fazer<br />
referência específica a qualquer<br />
das medidas incluídas no Programa”,<br />
respondeu Miguel Relvas,<br />
secretário-geral do PSD, em entrevista<br />
ao Diário <strong>Económico</strong> (ver<br />
ao lado). Mais: o social-democrata<br />
adiantou que algumas medidas<br />
deverão ser chumbadas pelo partido,<br />
como por exemplo o corte nas<br />
deduções e benefícios fiscais. ■<br />
“Iremos muito em breve anunciar<br />
o que vai ser feito desde já<br />
eoquevaificarparaoOEde<br />
2011”, explicou ontem o ministro<br />
das Finanças Teixeira dos Santos.<br />
ENTREVISTA MIGUEL RELVAS Secretário-geral do PSD<br />
“PSD irá propor refor<br />
O PSD garante que vai chumbar<br />
a medida de corte nas deduções<br />
à colecta, no Parlamento.<br />
Márcia Galrão<br />
e Marta Moitinho Oliveira<br />
marcia.galrao@economico.pt<br />
O PSD prepara-se para relançar<br />
o debate em torno da reforma da<br />
Administração Pública. Miguel<br />
Relvas, em entrevista ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>, revela que o partido<br />
vai avançar com proposta nesse<br />
sentido<br />
Que propostas vai apresentar<br />
para o PSD para alterar o PEC<br />
para controlar mais a despesa e o<br />
desperdício, sem aumento de<br />
impostos?<br />
OPSDtemumconjuntodepropostas<br />
objectivas que a seu tempo<br />
serão anunciadas. Relativamente<br />
à despesa, o PSD irá propor um<br />
conjunto de medidas para reformar<br />
a Administração Pública. A<br />
reforma que o Governo levou a<br />
cabo com o PRACE não só não reduziu<br />
a despesa pública como ficou<br />
muito aquém dos objectivos<br />
traçados.Háestudosnaáreadas<br />
despesas correntes do Estado que<br />
quantifica um desperdício nas<br />
áreas das Aquisições e Serviços<br />
de três mil milhões de euros, ou<br />
seja, 1,8% do PIB.<br />
A nova liderança do PSD já falou<br />
comoGovernosobreoPEC?<br />
Apesar de ainda não ter havido<br />
qualquer contacto oficial, o PSD<br />
manifestou já publicamente, por<br />
mais de uma vez, a disponibilidade<br />
para contribuir para a revisão<br />
do PEC.<br />
O PSD está contra o corte nas
PONTOS-CHAVE<br />
deduções à colecta impostos no<br />
PEC. Vão chumbar a medida, que<br />
correspondia a uma poupança<br />
de 400 milhões?<br />
O corte das deduções à colecta é<br />
uma forma encapotada de aumento<br />
de impostos. O PSD considera<br />
nocivo para a economia<br />
que o Governo continue a apostar<br />
em aumentar os impostos<br />
para baixar o défice. Já se percebeu<br />
que esta fórmula falhou no<br />
O comissário europeu da<br />
Economia reconheceu ontem<br />
que quis “contribuir para o debate<br />
político” do PEC em Portugal onde o<br />
PSD carrega baterias para contestar<br />
o plano orçamental do Governo.<br />
passado, porque representa<br />
sempre uma sujeição dos objectivos<br />
estratégicos ao curto prazo.<br />
Entendemos que seria alcançado<br />
um resultado idêntico, a nível da<br />
diminuição da despesa pública,<br />
através de outras medidas como<br />
o combate ao desperdício, diminuição<br />
do peso do Estado, contenção<br />
salarial, maior controlo<br />
da despesa social e redução dos<br />
consumos intermédios.<br />
Que outras medidas do PEC merecerão<br />
o não do PSD?<br />
A seu tempo serão anunciadas<br />
em sede parlamentar.<br />
O PSD pediu um parecer jurídico<br />
para saber se o PEC tinha de ser<br />
concretizado através de um Rectificativo.<br />
Já tem resultados?<br />
O PSD tem dúvidas sobre a possibilidade<br />
de algumas medidas<br />
contidas no PEC relativas a ma-<br />
Projectos de infra-estruturas<br />
ambientais ou de transportes,<br />
como o TGV em Portugal, em países<br />
repetentes em derrapagens<br />
orçamentais podem ter o<br />
financiamento dificultado.<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
mar a Administração Pública”<br />
“Diploma a diploma<br />
estaremos<br />
disponíveis para em<br />
sede de Assembleia<br />
da República<br />
contribuir para<br />
melhorar o<br />
programa<br />
existente”, diz<br />
Relvas.<br />
téria fiscal poderem aplicar-se<br />
ainda em 2010, como foi referido<br />
pelo Ministro das Finanças, sem<br />
um Orçamento Rectificativo.<br />
Mantemos essa dúvida.<br />
O PSD absteve-se no projecto de<br />
resoluçãodoPEC.Nãotemreceio<br />
de ficar “mal visto” se agora<br />
chumbar algumas medidas?<br />
O Presidente do PSD deixou bem<br />
claroquenãosesentia“amarrado”<br />
pela votação realizada na<br />
Assembleia da República sobre o<br />
projecto de Resolução do PEC.<br />
De resto, o próprio projecto de<br />
Resolução deixou de fazer referência<br />
específica a qualquer das<br />
medidas incluídas no Programa.<br />
Ficamos, pois, à espera que o<br />
Governo, que não quis antes dialogarcomaoposiçãosobreeste<br />
tema, venha agora a mostrar<br />
abertura para o fazer. ■<br />
O Governo vai avançar até ao<br />
final deste mês com uma<br />
proposta para agravar os impostos<br />
sobre as mais-valias bolsistas, mas<br />
a aprovação da proposta deverá<br />
encontrar alguns entraves.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 5<br />
Comissão ameaça<br />
cortar fundos a<br />
países com défice<br />
Portugal é o país com maior<br />
historial de procedimentos<br />
de défices excessivos na UE.<br />
Luís Rego em Bruxelas<br />
luis.rego@economico.pt<br />
Projectos de infra-estruturas ambientais<br />
ou de transportes, como<br />
o TGV em Portugal, em países repetentes<br />
em derrapagens orçamentais<br />
podem ter o financiamento<br />
dificultado, de acordo com<br />
uma nova iniciativa da Comissão<br />
no rescaldo da crise grega.<br />
Bruxelas quer fechar a torneira<br />
dos fundos de coesão a países<br />
reincidentes na violação das regras<br />
orçamentais do euro, e por<br />
outro lado, acelerar a imposição<br />
de multas financeiras já previstas<br />
no Pacto de Estabilidade. Portugal<br />
é o país com maior historial de<br />
procedimentos de défices excessivosnaUEetambémumdos<br />
maiores beneficiários do fundo de<br />
coesão, de onde recebeu 3,1 mil<br />
milhões de euros para 2007/13<br />
para financiar grandes projectos<br />
de infra-estruturas de transportes<br />
ou na área do ambiente.<br />
Estas penalizações já figuram<br />
nos regulamentos da UE mas<br />
nunca foram utilizadas. Depois do<br />
caso grego a Comissão quer “afiar<br />
osdentes”doPactoeoassunto<br />
deverá ser discutido na reunião<br />
informal de ministros de finanças<br />
em Madrid amanhã e sábado.<br />
“Temos de usar melhor os<br />
mecanismos existentes que, com<br />
base numa avaliação política,<br />
nos permitem suspender os fundos<br />
de coesão para países que repetidamente<br />
violam o PEC”, disse<br />
ontem o comissário Olli Rehn<br />
em Bruxelas. E, por outro lado,<br />
temosde“considerarseoautomatismo<br />
de algumas sanções seria<br />
útil para reforçar incentivos<br />
para cumprir o Pacto”.<br />
O P<strong>DE</strong> “vai continuar no centro<br />
da implementação do Pacto<br />
mas [depois do caso grego] precisamos<br />
de afiar os dentes e por<br />
isso vamos fazer propostas [a 12<br />
de Maio] para os países que repetidamente<br />
violam as regras do<br />
Pacto”, explicou. O Tratado de<br />
Lisboa ajuda, ao facilitar a decisão<br />
com um voto por maioria<br />
qualificada, onde o país visado<br />
não pode votar.<br />
Isto significa que um país reincidente,<br />
dez meses depois de notificado<br />
da existência de um défice<br />
excessivo (maior a 3% do PIB),<br />
ficará obrigado ao depósito de um<br />
valor entre 0,2% a 0,5% do PIB.<br />
Valor que dois anos depois se<br />
transforma em multa, caso o défice<br />
excessivo persista. Além disso,<br />
em simultâneo, o país veria a<br />
torneira de fundos de coesão fe-<br />
char-se, deixando a meio projectos<br />
com financiamento já acordado<br />
e vedando fundos a projectos<br />
por iniciar. O país poderia sempre<br />
contar com o resto dos fundos estruturais,<br />
que no caso de Portugal<br />
são seis vezes mais o valor do fundo<br />
de coesão.<br />
Alguns não estão de acordo<br />
com esta decisão. O Presidente<br />
francês, Nicolas Sarkozy, disse<br />
na última cimeira em Bruxelas:<br />
“Um país está à beira da bancarrota<br />
e como castigo nós impomos-lhe<br />
uma multa, que sentido<br />
é que isto faz?”.<br />
Para Bruxelas esta é uma forma<br />
de contornar a revisão dos Tratados,<br />
reforçar o Pacto com a ‘prata<br />
da casa’ e criar um mecanismo<br />
permanente de ajuda a países em<br />
bancarrota na zona euro. A Alemanha<br />
insiste na introdução de<br />
uma cláusula de exclusão de um<br />
país da zona euro mas para Rehn<br />
“isto implica uma revisão do Tratado<br />
e todos sabemos o que isso<br />
significa”, explicou. Por isso vai<br />
propora12deMaio“ummecanismo<br />
permanente de resolução<br />
de crises [como a grega] com desincentivos<br />
fortes”, para que “a<br />
ajuda seja tão pouco atractiva que<br />
nenhum país voluntariamente<br />
queira acabar nesta situação”. ■<br />
COMO FUNCIONA<br />
Multa<br />
A UE pode impor sanções dez<br />
meses após notificada a<br />
existência dum défice excessivo.<br />
Primeiro um depósito obrigatório<br />
sem juros entre 0,2% e 0,5% do<br />
PIB. Se dois anos depois, o défice<br />
excessivo continuar, o depósito<br />
transforma-se em multa.<br />
Bloquear fundos<br />
Nenhum projecto, ou fase de<br />
projecto, será financiado pelo<br />
fundo de coesão num Estado<br />
membro se o Conselho, por<br />
maioria qualificada, com base em<br />
recomendação da Comissão,<br />
decidir que o Estado não evitou<br />
um défice excessivo.
6 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
<strong>DE</strong>STAQUE PROGRAMA <strong>DE</strong> ESTABILIDA<strong>DE</strong> E CRESCIMENTO<br />
Oposição promete<br />
discussão difícil sobre<br />
tributação das mais-valias<br />
PSD considera a taxa de 20% “excessiva” e BE<br />
discorda da isenção das mais-valias até 500 euros.<br />
Paula Cravina de Sousa<br />
paula.cravina@economico.pt<br />
O Governo vai avançar até ao final<br />
deste mês com uma proposta<br />
para agravar os impostos sobre<br />
as mais-valias bolsistas,<br />
mas a aprovação da proposta<br />
deverá encontrar alguns entraves.Oacordodeprincípiode<br />
agravamento da tributação foi<br />
conseguido ontem no Parlamento,<br />
mas mantém-se tudo<br />
em aberto no que respeita à<br />
concretização da medida, com a<br />
oposição a criticar pontos concretos<br />
das propostas apresentadas.<br />
Certo é que acaba a isenção<br />
para as mais-valias conseguidas<br />
com a venda de acções detidas<br />
há mais de um ano.<br />
O PSD, por exemplo, diz que<br />
se opõe à aplicação de uma taxa<br />
de 20%, como propõe o Executivo<br />
de Sócrates no Programa<br />
de Estabilidade e Crescimento<br />
(PEC). Depois de ter excluído a<br />
medida do Orçamento do Estado<br />
para este ano, Sócrates<br />
decidiu penalizar os investidores<br />
e acabar com a isenção de<br />
impostos que as mais-valias<br />
conseguidas com a venda de<br />
acções há mais de um ano tinhaeagravaraactualataxade<br />
10% para 20%. Um deputado<br />
do grupo parlamentar do PS,<br />
disse ao Diário <strong>Económico</strong>, que<br />
a proposta do Governo deverá<br />
ser aprovada em Conselho de<br />
O deputado do<br />
PSD, Duarte<br />
Pacheco, considera<br />
que a taxa é<br />
“excessiva”. “Não<br />
estamos<br />
disponíveis para<br />
matar o mercado<br />
de capitais em<br />
Portugal”.<br />
O deputado do PS,<br />
Vítor Baptista,<br />
afirma que “tudo<br />
depende da<br />
proposta do PS” e<br />
explicou que a<br />
“taxa efectiva<br />
poderá ser menor”,<br />
se for permitido<br />
fazer deduções.<br />
O líder bloquista<br />
Francisco Louçã<br />
afirmou que “se a<br />
medida entrar em<br />
vigor na segunda<br />
metade do ano<br />
dará 100 milhões<br />
de euros ao<br />
Estado”.<br />
Ministros no próximo dia 22.<br />
Ontem foi discutida na Assembleia<br />
da República uma proposta<br />
do Bloco de Esquerda -<br />
próxima da do PS - que prevê<br />
também a extinção da isenção e<br />
a aplicação de uma taxa liberatóriade20%.Nodebate,odeputado<br />
do PSD, Duarte Pacheco,revelouqueataxaé“excessiva”.<br />
“Se for com uma taxa de<br />
20%,nãocontarácomonosso<br />
voto”, disse. “Não estamos disponíveis<br />
para matar o mercado<br />
de capitais em Portugal”, acrescentou.<br />
No entanto, o deputado<br />
do PS, Vítor Baptista, remeteu a<br />
questão para o projecto a apresentar<br />
pelo Governo, admitindo<br />
a possibilidade de serem consideradas<br />
deduções que, na prática,<br />
reduziriam a taxa efectiva.<br />
“Se os custos associados a estas<br />
mais-valias forem consagrados<br />
na dedução, é evidente que esta<br />
taxa em termos efectivos poderá<br />
ser muito menor”, explicou. Por<br />
sua vez, o CDS criticou o facto<br />
de, por um lado, o Orçamento<br />
prever incentivos à entrada em<br />
bolsa das PME e, por outro, o<br />
PEC agravar a tributação das<br />
mais-valias bolsistas. Já o Bloco<br />
recusa a proposta do PS para<br />
isentar as mais-valias até 500<br />
euros. José Gusmão explicou<br />
que o projecto do BE mantém a<br />
opção do englobamento das<br />
mais-valias ao total dos rendimentos<br />
anuais, pelo que os pequenos<br />
investidores poderão ser<br />
taxados com uma taxa inferior a<br />
20%, dependendo do escalão de<br />
IRS em que se inserem.<br />
Entrada em vigor polémica<br />
Durante o debate, os partidos<br />
criticaram os avanços e recuos<br />
do Governo no que respeita à<br />
data de aplicação da medida. Nos<br />
últimos meses o Governo dividiu-se<br />
quanto à implementação<br />
já este ano ou apenas quando<br />
mercado estivesse estabilizado<br />
(ver cronologia). Honório Novo<br />
do PCP sublinhou o facto de “15<br />
dias depois de José Sócrates ter<br />
dito que só se avançaria para a<br />
tributação em momento oportuno,<br />
o líder parlamentar do PS revelar<br />
que a medida avança este<br />
ano”. Por sua vez, Duarte Pacheco<br />
afirmou que “a partir do momento<br />
em que a medida foi<br />
anunciada, foi incorporada pelos<br />
agentes económicos, pelo que<br />
não há motivos para que não entre<br />
já em vigor”. O líder bloquista,<br />
Francisco Louçã, defendeu<br />
também a urgência na entrada<br />
em vigor e afirmou que se a lei<br />
for aplicada na segunda metade<br />
do ano dará 100 milhões de euros<br />
ao Estado. ■ Com M.P.<br />
CRONOLOGIA DA PROPOSTA<br />
Julho 2009<br />
No programa Governo, o PS<br />
anunciou que pretende aproximar<br />
o regime de tributação das maisvalias<br />
ao do praticado na OC<strong>DE</strong>.<br />
26 Janeiro<br />
Aquando da apresentação do<br />
Orçamento do Estado, a medida<br />
não estava, no entanto, incluída<br />
no documento.<br />
10 de Março<br />
Só nesta data, na apresentação<br />
das linhas gerais do Programa de<br />
Estabilidade e Crescimento, é<br />
que a medida foi incluída e se<br />
previu o agravamento da<br />
tributação das mais-valias<br />
bolsistas, com uma taxa<br />
liberatória de 20%.<br />
13 de Março<br />
No decorrer do mês de Março<br />
houve avanços e recuos por<br />
parte do Governo quanto à data<br />
de entrada em vigor daquele<br />
agravamento. O ministro das<br />
Finanças, Teixeira dos Santos,<br />
afirmou que a medida só<br />
avançaria quando houvesse<br />
estabilidade no mercado bolsista.<br />
23 de Março<br />
O ministro dos Assuntos<br />
Parlamentares, Jorge Lacão,<br />
adiantou que a medida poderia<br />
ser aplicada este ano.<br />
31 de Março<br />
O primeiro-ministro, José<br />
Sócrates, apenas disse que a<br />
tributação avançará em<br />
“momento oportuno”.<br />
12 de Abril<br />
O líder parlamentar do PS,<br />
Francisco Assis, revelou que o<br />
Governo iria apresentar no curtoprazo<br />
a proposta de tributação<br />
das mais-valias.<br />
13 de Abril<br />
Teixeira dos Santos afirmou que<br />
o Governo vai avançar já com a<br />
tributação das mais-valias. “Até<br />
ao final deste mês será<br />
apresentada na Assembleia da<br />
República uma proposta do<br />
Governo”, afirmou.<br />
Durante o debate, os partidos<br />
criticaram os avanços e recuos<br />
do Governo no que respeita<br />
à data de aplicação da medida.<br />
OqueoGoverno<br />
Saiba como funciona o regime<br />
de tributação das mais-valias<br />
bolsistas.<br />
Paula Cravina de Sousa<br />
paula.cravina@economico.pt<br />
Ao longo dos anos, a tributação<br />
das mais-valias bolsistas tem<br />
sido um assunto polémico, recheado<br />
de avanços e recuos por<br />
parte dos vários governos. O<br />
Executivo de Sócrates propõese<br />
agora a agravar os impostos<br />
sobre aqueles rendimentos.<br />
Saiba como são tributados actualmente<br />
e quais as novidades<br />
que o Governo quer introduzir.<br />
1<br />
COMO FUNCIONA O REGIME<br />
<strong>DE</strong> TRIBUTAÇÃO DAS MAIS-<br />
VALIAS BOLSISTAS?<br />
Actualmente as mais-valias<br />
conseguidas com a venda de<br />
acções está sujeita a uma taxa<br />
de 10%.<br />
2<br />
HÁ MAIS-VALIAS ISENTAS <strong>DE</strong><br />
IMPOSTOS?<br />
Sim.Aleiprevêqueosganhos<br />
conseguidos com a venda de acções<br />
detidas há mais de um ano<br />
estão livres de impostos. Só as<br />
mais-valias conseguidas com<br />
acções detidas há menos de um<br />
ano estão sujeitas à taxa de 10%.<br />
A ideia é penalizar os comportamentos<br />
especulativos.<br />
3<br />
QUAIS SÃO AS ALTERAÇÕES<br />
QUE O GOVERNO QUER<br />
INTRODUZIR?<br />
Há duas alterações: extinguese<br />
a isenção para as acções detidas<br />
há mais de um ano e<br />
agrava-se a taxa de tributação
Paulo Alexandre Coelho<br />
quer mudar nas mais-valias<br />
de dez para 20%. Isto é, a generalidade<br />
dos investidores<br />
pagará mais impostos. A medida<br />
já estava prevista no programa<br />
de Governo socialista,<br />
que sugeria uma aproximação<br />
ao regime praticado noutros<br />
países da OC<strong>DE</strong>. Mas acabou<br />
por não entrar no Orçamento<br />
do Estado para 2010 (OE/10),<br />
tendo sido, contudo, incluída<br />
no Programa de Estabilidade e<br />
Crescimento, onde apenas se<br />
previa que os efeitos da tributação<br />
das mais-valias se fizesse<br />
sentir em 2011. Um efeito<br />
que ascende a 250 milhões de<br />
euros por ano.<br />
4<br />
<strong>DE</strong>IXA <strong>DE</strong> HAVER<br />
MAIS-VALIAS ISENTAS?<br />
Não. O Governo previu uma excepção,<br />
isentando as mais-valias<br />
até 500 euros.<br />
5<br />
QUANDO É QUE A MEDIDA<br />
ENTRA EM VIGOR?<br />
O Governo ainda não esclareceu<br />
apartirdequemomentoéqueo<br />
agravamento das mais-valias vai<br />
seraplicado.Agarantiaéade<br />
queseráapresentadaumaproposta<br />
até ao final deste mês. Mas<br />
o Diário <strong>Económico</strong> sabe que o<br />
objectivo é que entre em vigor o<br />
mais rapidamente possível. No<br />
entanto, mesmo que avance em<br />
2010 há questões que se colocam.<br />
Alguns fiscalistas consideram<br />
que a medida deve aplicar-se<br />
apenas para as acções compradas<br />
a partir a entrada em vigor da<br />
nova norma, uma vez que se tiver<br />
efeitos retroactivos – caso se<br />
aplique às acções vendidas desde<br />
Janeiro de 2010 – a medida pode<br />
ser considerada inconstitucional.<br />
A questão, porém, está longe de<br />
gerar consenso. ■<br />
MAIS-VALIAS NA EUROPA<br />
● No Reino Unido, as mais-valias<br />
estão sujeitas a uma taxa de<br />
18%, mais competitiva que a<br />
proposta para Portugal.<br />
18% Reino Unido<br />
● Em França a taxa é de 16%,<br />
uma das mais competitivas.<br />
16% França<br />
● A maior economia da zona<br />
euro, taxa as mais-valias<br />
bolsistas apenas em 60% do seu<br />
valor, mas com uma taxa mais<br />
elevada - 25%.<br />
25% Alemanha<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
MIGUEL ATHAY<strong>DE</strong> MARQUES<br />
Presidente da Euronext Lisbon<br />
“Medida diminuirá<br />
a atractividade do<br />
mercado português”<br />
A atractividade do mercado de<br />
capitais português para captar<br />
poupança será afectada com o<br />
agravamento da tributação das<br />
mais-valias. Perante a<br />
inevitabilidade, o presidente da<br />
bolsa nacional que haja uma<br />
correcta aplicação desta medida e<br />
que seja esclarecida as condições<br />
da entrada em vigor.<br />
Que impacto espera que a<br />
entrada em vigor desta<br />
medida tenha no mercado de<br />
capitais português?<br />
Vai diminuir a atractividade do<br />
mercado português na captação<br />
de poupança, na aplicação de<br />
capitais, desincentiva a aplicação<br />
em títulos mobiliários em<br />
comparação com outras soluções<br />
de poupança. O que, por sua vez,<br />
terá um impacto negativo na<br />
formação de liquidez. Passa a ser<br />
mais caro e mais difícil às<br />
empresas financiarem-se no<br />
mercado de capitais. Irá afunilar<br />
ainda mais as alternativas de<br />
financiamento das empresas.<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
GARCIA DOS SANTOS<br />
Presidente da Associação Portuguesa<br />
de Corretores<br />
“É um desprestígio<br />
do investimento<br />
com risco”<br />
A medida não vai condicionar a<br />
evolução da Bolsa nos próximos<br />
meses, garante Garcia dos Santos.<br />
Como vê a intenção do<br />
Governo em avançar já com a<br />
tributação das mais-valias<br />
bolsistas?<br />
A tributação da especulação já<br />
era tributada em 10%, agora é em<br />
20%, mas não faz diferença<br />
nenhuma. A tributação ao curto<br />
prazo já existia, o longo prazo é<br />
que estava isento. Esta medida<br />
está somente a facilitar o<br />
investimento no curto prazo. É um<br />
desprestígio do investimento com<br />
risco. E é um sinal contrário ao<br />
que se deveria dar, as pessoas<br />
têm de começar a poupar. O<br />
investimento a longo prazo<br />
deveria ser promovido.<br />
A medida pode condicionar a<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 7<br />
Perante a inevitabilidade<br />
da medida, que questões<br />
gostaria de ver<br />
salvaguardadas?<br />
É fundamental que haja uma<br />
correcta aplicação desta medida.<br />
Deve ser salvaguardado o perfil<br />
de risco das acções. Por<br />
exemplo, poder ser feita a<br />
compensação de mais-valias com<br />
menos-valias, apuradas num<br />
determinado período fiscal, e<br />
diferir as menos-valias líquidas<br />
em períodos seguintes.<br />
Actualmente, esta medida já<br />
existe, mas o diferimento só<br />
pode ser feito durante dois anos,<br />
o que consideramos um período<br />
curto. Esta medida deveria ser<br />
existir sem haver imposição e<br />
condições obrigatórias de<br />
englobamento. E há ainda<br />
questões relacionadas com a<br />
entrada em vigor da lei.<br />
Que questões em concreto?<br />
Por exemplo, as mais-valias<br />
apuradas em 2010, que<br />
resultaram da alienação<br />
de acções, estarão sujeitas<br />
ou não a este imposto?<br />
É uma questão que é importante<br />
esclarecer. E, a partir<br />
de que momento, é que<br />
esta medida se aplica? Será<br />
a partir do início do ano, de 1 de<br />
Janeiro, ou numa data posterior<br />
à sua publicação? Seria injusto<br />
alguém que investiu com<br />
a presunção que os seus valores<br />
mobiliários estavam isentos de<br />
imposto ser agora confrontado<br />
com um agravamento fiscal.<br />
Portanto é essencial que esta<br />
medida seja aplicada de forma<br />
correcta para que não vá<br />
penalizar ainda mais o mercado<br />
e os investidores. ■ M.R.<br />
evolução da bolsa nos<br />
próximos meses?<br />
Absolutamente nada. Sobre a<br />
liquidez não tem efeito nenhum<br />
porque os investidores de curto<br />
prazo já eram tributados. Em<br />
termos de longo prazo, pode é<br />
haver um desvio para<br />
instrumentos de dívida, mas<br />
duvido. As acções também podem<br />
passar para as mãos dos não<br />
residentes. Poderá ainda haver<br />
uma alteração na maneira como<br />
os investidores se disponibilizam<br />
para colocar as acções. Elas<br />
existem e não vão desaparecer...<br />
O que deveria ser feito?<br />
Os dividendos deveriam saltar<br />
parao‘report’daempresae<br />
serem consolidados com as mais<br />
ou menos valias. Só por razões<br />
ideológicas é que se passa a ideia<br />
que os rendimentos dos juros são<br />
iguais aos dos dividendos. Isso<br />
temumefeitomau,éum<br />
problema. Estão a privilegiar os<br />
instrumentos de juros. É um sinal<br />
de desincentivo a tomar riscos e é<br />
esse o nosso problema, passar o<br />
sinal que não compensa. Ninguém<br />
sobrevive sem correr riscos. O<br />
país nunca vai sobreviver se não<br />
assumir riscos. ■ R.P.
8 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
ECONOMIA<br />
Tribunais vão avaliar<br />
que presentes são crime<br />
de corrupção no Estado<br />
Os funcionários do Estado e titulares de cargos públicos e que receberem<br />
presentes no exercício da sua função arriscam prisão de um a cinco anos.<br />
Márcia Galrão<br />
marcia.galrao@economico.pt<br />
Qualquer funcionário público<br />
que aceite presentes de elevado<br />
valor no exercício das suas funções<br />
vai passar a ser punido<br />
criminalmente e pode mesmo<br />
ser preso. Esta possibilidade faz<br />
parte do pacote anti-corrupção,<br />
apresentado ontem no<br />
Parlamentoequeécomposto<br />
por oito projectos de lei. Os socialistas<br />
não querem criminalizar<br />
presentes de baixo valor -<br />
como gravatas ou garrafas de<br />
vinho - e, por isso, optaram<br />
por não pôr na lei o montante a<br />
partirdoqualhácrime.Adecisão<br />
caberá depois aos tribunais.<br />
“O funcionário que por si,<br />
ou por interposta pessoa, com<br />
o seu consentimento ou ratificação,<br />
solicitar ou aceitar, para<br />
si ou para terceiro, vantagem<br />
patrimonial ou não patrimonial,<br />
que não lhe seja devida, é<br />
punido com pena de prisão de<br />
até cinco anos ou com pena de<br />
multa até 600 dias”, lê-se no<br />
texto do projecto-lei que o PS<br />
apresentou ontem.<br />
A proposta que os socialistas<br />
avançaram no Parlamento prevê<br />
a criação de um novo tipo de<br />
“crime de corrupção para o<br />
exercício de função” que define<br />
que “nenhum titular de<br />
cargo político, ou de um órgão<br />
da administração pública, terá<br />
a possibilidade de receber<br />
qualquer vantagem pelo exercício<br />
da sua função”, explicou<br />
aos jornalistas o vice-presidente<br />
da bancada Ricardo Rodrigues.<br />
Desta forma, os socialistas<br />
tentam proibir todos os<br />
presentes de elevado valor que<br />
possam ser dados aos titulares<br />
destes cargos como forma de<br />
obtenção de favorecimentos na<br />
administração pública. De<br />
fora, explicou o deputado, ficam<br />
todos os presentes que fazem<br />
parte dos “usos e costumes”<br />
da sociedade portuguesa,<br />
como as garrafas de vinho, as<br />
canetas ou as gravatas, ou seja,<br />
de valor simbólico.<br />
Ricardo Rodrigues explicou<br />
ao Diário <strong>Económico</strong> que a lei<br />
“não define nem limite mínimo<br />
nem máximo” para os presentes<br />
que podem dar origem ao<br />
crime de corrupção. “Compete<br />
depois ais tribunais ajustar o<br />
que é proporcional e adequado”,<br />
defendeu o deputado,<br />
acrescentando que “os códigos<br />
de ética na função pública irão<br />
complementar esta legislação”.<br />
A discussão dos diplomas no<br />
plenário será no próximo dia<br />
22 de Abril. No pacote estão<br />
também “aperfeiçoamentos”<br />
ao regime de incompatibilidades<br />
para os titulares de órgãos<br />
públicos. A partir de agora, os<br />
profissionais liberais, como<br />
engenheiros, arquitectos ou<br />
advogados que sejam titulares<br />
de cargos públicos ficarão impedidos<br />
de “assinar projectos<br />
O deputado do PS<br />
Ricardo Rodrigues<br />
explicou ao <strong>DE</strong> que<br />
“compete aos<br />
tribunais ajustar o<br />
que é proporcional<br />
e adequado” no<br />
valor do presente<br />
aceite.<br />
PUB<br />
nos órgãos autárquicos”, explicou<br />
Ricardo Rodrigues.<br />
OPSalargatambémàsentidades<br />
reguladores independentes,<br />
gestores públicos de serviços<br />
concessionados e institutos<br />
públicos a obrigatoriedade de<br />
entregarem no Tribunal Constitucional<br />
a sua declaração de<br />
rendimentos. Cai assim a intenção,<br />
que chegou a ser estudada,<br />
de estender esta obrigatoriedade<br />
aos magistrados, mas<br />
que recebeu o chumbo do Governo<br />
de José Sócrates.<br />
No pacote do PS entram<br />
ainda duas propostas que já tinham<br />
sido apresentadas pelo<br />
CDS: a criação do crime urbanístico<br />
e a consagração do estatuto<br />
do arrependido. Segundo<br />
Ricardo Rodrigues, na<br />
questão urbanística os socialistas<br />
vão “um pouco mais longe”<br />
que os democratas-cristão,<br />
alargando a punição para<br />
qualquer pessoa que cometa o<br />
acto considerado ilícito, “seja<br />
o político, o técnico ou até o<br />
construtor da obra”. No que<br />
toca ao estatuto do arrependido,<br />
qualquer pessoa que tome<br />
conhecimento ou participe<br />
num acto de corrupção, se<br />
“denunciar o crime no prazo<br />
de 30 dias após o facto, pode<br />
ficar isento de pena”. Segundo<br />
o deputado, esta medida visa<br />
combater a dificuldade conhecida<br />
na investigação deste tipo<br />
de crimes.<br />
OPSavançatambémcoma<br />
distinção entre corrupção para<br />
acto lícito e corrupção para<br />
acto ilícito, aumentando para<br />
cinco anos a moldura penal<br />
aplicada ao primeiro caso, bem<br />
como o prazo de prescrição. Do<br />
pacote fazem ainda parte duas<br />
medidas para agilizar o levantamento<br />
do sigilo bancário<br />
(ver texto ao lado).<br />
Quanto à proposta defendida<br />
por três vices bancada socialista<br />
para publicitar na Internet o<br />
rendimento dos cidadãos, e que<br />
foi terminantemente rejeitada<br />
pelo líder parlamentar Francisco<br />
Assis, ela não será sequer<br />
discutida, tendo sido retirada<br />
pelos próprios. ■<br />
ALGUMAS PROPOSTAS<br />
● Funcionário público que receba<br />
presentes de elevado valor fica<br />
sujeito a pena de prisão de um a<br />
cinco anos.<br />
● Profissionais liberais, como<br />
engenheiros e arquitectos que<br />
sejam titulares de cargos<br />
públicos não podem assinar<br />
projectos em órgãos autárquicos.<br />
● Gestores públicos de serviços<br />
concessionados e institutos<br />
públicos têm de entregar<br />
declaração de rendimentos no<br />
Tribunal Constitucional.<br />
● Quem denunciar crime 30 dias<br />
depois de este ter acontecido fica<br />
isento de pena.<br />
O grupo parlamentar do PS, liderado<br />
por Francisco Assis, apresentou<br />
ontemumpacotedeoitoprojectos<br />
de combate à corrupção.<br />
Fim do si<br />
Governo vai penhorar 60 mil<br />
contribuintes faltosos.<br />
Cristina Oliveira da Silva<br />
cristina.silva@economico.pt<br />
Os contribuintes com dívidas à<br />
Segurança Social poderão ver os<br />
dados das suas contas bancárias<br />
vigiados pelas autoridades. Esta é<br />
uma das medidas ontem apresentadas<br />
pelos socialistas no Parlamento.<br />
Entre os projectos de<br />
combate à corrupção, conta-se a<br />
agilização do sigilo bancário: “As<br />
autoridade judiciais podem levantar<br />
o sigilo bancário sempre
EURO<br />
face ao dólar<br />
1,3660<br />
PETRÓLEO<br />
valor em dólares<br />
86,17<br />
TAXA EURIBOR<br />
a seis meses<br />
0,954<br />
AGENDA DO DIA<br />
● O Provedor do Trabalhador<br />
Temporário apresenta o segundo<br />
relatório sobre a matéria.<br />
● O BCE divulga o Boletim Mensal.<br />
● Conferência da UGT sobre o PEC<br />
e outras questões tratadas<br />
em concertação social.<br />
João Paulo Dias<br />
gilo afecta dívidas à Segurança Social<br />
que necessário para o exercício<br />
das suas atribuições”, explicou o<br />
vice-presidente da bancada do<br />
PS, Ricardo Rodrigues.<br />
Neste projecto, inclui-se a<br />
criação de uma base de dados do<br />
Banco de Portugal de todas as<br />
contas bancárias, a que as autoridades<br />
judiciárias podem recorrer<br />
sempre que necessário. O sigilo<br />
bancário será também levantado<br />
sempre que existam dívidas à Segurança<br />
Social.<br />
O Ministério do Trabalho não<br />
revelou o número total de contribuintes<br />
em falta, mas actualmente<br />
a lista de devedores à Se-<br />
Em 2009, a<br />
Segurança Social<br />
penhorou 47.663<br />
devedores. Depois<br />
disso, os faltosos<br />
regularizaram 100<br />
milhões de euros.<br />
gurança Social conta com 52 nomes,<br />
46 dos quais referentes a<br />
entidades colectivas (nesta última<br />
situação, a maioria dos casos<br />
enquadra-se na dívida entre 100<br />
e 250 mil euros). No entanto, há<br />
muitos faltosos que não constam<br />
da lista, até porque esta apenas<br />
conta dívidas superiores a determinado<br />
montante.<br />
Aliás, as próprias penhoras<br />
sãoprovadequehámaisdevedores<br />
do que os contabilizados<br />
pelalista:sóesteano,aSegurança<br />
Social espera penhorar<br />
contas, veículos, imóveis ou<br />
outros créditos de 60 mil con-<br />
tribuintes faltosos e depois de<br />
em 2009 ter avançado com o<br />
mesmo processo sobre 47.663<br />
devedores. Foram depois regularizados<br />
100 milhões de euros,<br />
através de acordos para pagamento<br />
a prestações que este<br />
ano contam com regras menos<br />
apertadas. Este mês, foram penhoradas<br />
sete mil contas bancárias<br />
que representam uma<br />
dívida de 123 milhões de euros.<br />
Em 2010, a Segurança Social<br />
espera recuperar 400 milhões<br />
de euros de dívida, depois de<br />
ter cobrado 371,1 milhões em<br />
2009. ■ com M.G.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 9<br />
TRÊS PERGUNTAS A...<br />
LUÍS FÁBRICA<br />
Professor da Universidade Católica, especialista<br />
em Direito Administrativo<br />
“As coisas fazem-se<br />
na mesma mas com<br />
mais cuidado”<br />
Luís Fábrica diz que alterar a lei<br />
sobre a corrupção pode ajudar<br />
mas não chega para mudar<br />
o comportamento. Enquanto<br />
continuarmos a desculpar os<br />
corruptos e os corruptores, pouco<br />
ou nada vai mudar, diz. Além disso,<br />
as coisas fazem-se na mesma.<br />
Apenas com mais cautela.<br />
Esta alteração à lei vai mudar<br />
alguma coisa? Vai trazer mais<br />
transparência no Estado?<br />
Uma resposta rigorosa exigiria<br />
oconhecimentodoteorexacto<br />
da proposta. Assim, pode apenas<br />
dizer-se que a alteração não será<br />
talvez tão significativa quanto<br />
parece (...). Por um lado, os<br />
procedimentos ilícitos adaptam-se<br />
com grande rapidez às mutações<br />
da lei penal, ou seja, as coisas<br />
fazem-se na mesma, mas de outra<br />
maneira ou com mais cuidado. Por<br />
outro lado, há dificuldades técnicojurídicas<br />
que a nova lei tem de<br />
resolver, como as que decorrem<br />
de os funcionários poderem, como<br />
qualquer cidadão, receber de<br />
outrem vantagens patrimoniais ou<br />
não patrimoniais: um funcionário<br />
público não pode receber uma<br />
doação? Em suma, é preciso<br />
esperar para ver o que diz a lei e<br />
não ter expectativas exageradas<br />
quanto à eficácia da mesma.<br />
O que é necessário fazer?<br />
O problema da corrupção não<br />
se resolve com novas tipificações<br />
criminais, que já existem em<br />
número suficiente, mas com a<br />
melhoria da investigação. São<br />
crimes difíceis de investigar e sem<br />
leis adequadas, meios materiais<br />
suficientes e profissionais<br />
diligentes, os resultados serão<br />
sempre escassos. Mas o factor<br />
decisivo é de natureza cultural:<br />
somos muito tolerantes com a<br />
corrupção e com os corruptores e<br />
corruptos; e enquanto esta atitude<br />
cultural não mudar, também a<br />
realidade pouco ou nada mudará.<br />
Quais as áreas onde há mais<br />
corrupção?<br />
A corrupção alimenta-se de<br />
dinheiro. Logo, áreas como<br />
o urbanismo ou a contratação<br />
pública são e continuarão<br />
a ser as “red light zones”. D.F.
10 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
ECONOMIA<br />
BLOCO <strong>DE</strong> ESQUERDA<br />
Projecto para adiantar pagamento<br />
das pensões vai ser chumbado<br />
O Bloco de Esquerda defende o pagamento das pensões da Segurança<br />
Social até dia 30 de cada mês mas a proposta vai ser inviabilizada pela<br />
oposição. O projecto de Lei é discutido hoje mas, ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />
PS e PSD afirmaram que não vão aceitar o projecto, inviabilizando-o. O<br />
PCP e o CDS não quiseram adiantar o sentido de voto mas os<br />
democratas-cristãos salientam que esta não é a questão prioritária. As<br />
pensões são pagas entre os dias 7 e 10 do mês seguinte.<br />
ENTREVISTA ENRIQUE GARCÍA Presidente da CAF<br />
“Presença<br />
portuguesa não<br />
é suficientemente<br />
importante”<br />
Portugal é accionista de mais um banco regional<br />
que lhe abre as portas da América Latina.<br />
Mónica Silvares<br />
monica.silvares@economico.pt<br />
As empresas portuguesas não<br />
têm uma presença suficientemente<br />
importante na América<br />
Latina.Estaéaconvicçãodo<br />
presidente da Comunidade Andina<br />
de Fomento (CAF) um banco<br />
de desenvolvimento do qual<br />
Portugal se tornou accionista em<br />
Novembro do ano passado. Em<br />
entrevista ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />
o responsável explica como as<br />
empresas portuguesas podem<br />
aceder a este banco que está já a<br />
desenvolver 54 projectos de infra-estruturas<br />
na América Latina,<br />
nomeadamente o alargamento<br />
do canal do Panamá, que<br />
ascendem a 25 mil milhões de<br />
dólares.<br />
O que significa para Portugal fazer<br />
parte da CAF e de que forma<br />
beneficia as empresas portuguesas?<br />
Vão ter acesso a todas as informações<br />
necessárias à vasta rede<br />
de projectos em execução. Queremos<br />
fomentar as relações entre<br />
Portugal, Espanha e América Latina<br />
de modo a que participem<br />
empresas nos projectos.<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
OqueéaCAF<br />
É um banco de desenvolvimento<br />
de carácter multilateral de<br />
essência latino americana. Mais<br />
de 95% da propriedade está em<br />
países da América Latina e<br />
Caribe. Fora da América Latina<br />
há apenas dois países: Espanha e<br />
Portugal. Financia programas e<br />
projectos de infra-estruturas,<br />
desenvolvimento social,<br />
ambiental, pequenas empresas e<br />
outros sectores. Concede<br />
empréstimos para projectos de<br />
fortalecimento institucional e de<br />
melhoria das condições de vida<br />
das pessoas.<br />
As empresas portuguesas têm<br />
dimensão para esses mercados?<br />
Creio que sim. Há áreas onde as<br />
empresas têm vantagens competitivas<br />
como na construção.<br />
Creio que não há uma presença<br />
suficientemente importante na<br />
América Latina, excepto talvez<br />
no Brasil e Venezuela. Espero que<br />
através da CAF haja um incentivo<br />
para que participem de forma<br />
mais activa.<br />
Construção, renováveis... em<br />
que outras áreas pode Portugal<br />
dar cartas?<br />
Esta visita, que tem por objectivo<br />
dar a conhecer a instituição e recolher<br />
informação sobre a economia<br />
e as potencialidades das<br />
empresas portuguesas, vai permitirsermosmaisconcretosno<br />
futuro.<br />
Porque deve uma empresa portuguesa<br />
optar pela CAF em detrimento<br />
do BID ou do BM?<br />
Todas são instituições importantes.<br />
Mas a CAF está mais<br />
próxima dos países já que os<br />
seus donos são países da região.<br />
A dimensão da CAF também é<br />
importante já que empresta<br />
nove mil milhões de dólares<br />
anuais e já somos os principais<br />
financiadores de infra-estruturas<br />
da América Latina. A capacidade<br />
das empresas portuguesas<br />
penetrarem nos mercados<br />
depende muito das competências<br />
que têm. As empresas têm<br />
de ter músculo para ganharem<br />
os projectos. Depois a CAF dálhes,<br />
mais do que o financiamentoquenãovaiparaaempresa<br />
mas para o projecto, é<br />
dar-lhes informação oportuna e<br />
acesso a conhecimentos.<br />
A CAF trabalha mais com o sector<br />
público ou privado?<br />
É mistura. Cerca de 70% das<br />
operações da CAF são empréstimos<br />
aos governos e os restantes<br />
30% são concedidos aos privados.<br />
Mas nas infra-estruturas há<br />
muitas parcerias público-privadas.<br />
Muitos dos projectos são feitos<br />
através de consórcios, o que<br />
permiteaparticipaçãodeempresas<br />
menores, e uma empresa<br />
A CIP, liderada por António Saraiva,<br />
quer distinguir estágios de contratos.<br />
Enrique Garcia defende que<br />
os banco de desenvolvimento<br />
têm um papel anti-cíclico num<br />
momento de crise económica.<br />
portuguesa que pertencesse a<br />
esse consórcio seria beneficiária<br />
desse financiamento.<br />
Têm uma meta para resultados<br />
nos próximos anos?<br />
Depois do reforço de capital do<br />
ano passado, esperamos este ano<br />
ter um nível de dez mil milhões<br />
de dólares e nos próximos cinco<br />
anos um aumento anual na ordem<br />
de 10%. Assim, nos próximos<br />
cinco a seis anos, as aprovações<br />
rondarão em média os 11 a<br />
12 mil milhões de dólares.<br />
A CAF é mais célere na aprovação<br />
dos projectos?<br />
Sim.Nãogostodeodizer,masé<br />
o que dizem os clientes. Isto porqueagovernabilidadeémais<br />
simples.<br />
Como o banco tem por sócios<br />
CONCERTAÇÃO SOCIAL<br />
Patronato quer distinção clara entre<br />
contratos de estágio e contratos de trabalho<br />
Os patrões da Indústria e do Comércio querem garantir que os contratos<br />
de estágio não são confundidos com contratos de trabalho. Estas<br />
considerações fazem parte do parecer que patrões e sindicatos entregam<br />
hoje sobre o documento do Governo que proíbe estágios não remunerados.<br />
A CGTP defende que os estagiários não devem receber abaixo de 1,5<br />
salários mínimos (712,5 euros) enquanto o Turismo diz que o pagamento do<br />
subsídio não deve caber à empresa pelo menos no período inicial.<br />
países latino-americanos não<br />
tem um ‘rating’ AAA...<br />
Sim. O grande mérito de uma<br />
instituição como a CAF ao ser<br />
essencialmente latino-americana<br />
é ter uma classificação de risco<br />
de AA- e A+. Isto tem a ver<br />
com a solidez financeira da instituição.<br />
Além disso, nos 40 anos<br />
de história nenhum país cometeu<br />
um incumprimento. A diferençafaceaoBancoMundialé<br />
que este tem AAA, uma nota que<br />
se deve ao facto de o capital de<br />
garantia ter países com AAA,<br />
como os EUA, Japão e Alemanha.<br />
O nosso trabalho é que temos<br />
de ter muito mais cuidado<br />
na gestão do risco, porque para<br />
sermos bem sucedidos dependemos<br />
de nós próprios. ■<br />
PERFIL<br />
Directamente<br />
da concorrência<br />
João Paulo Dias<br />
Este economista boliviano é<br />
presidente executivo da Comunidade<br />
Andina de Fomento desde 1991.<br />
Numa instituição com 40 anos,<br />
conseguiu a proeza de ser reeleito<br />
por quatro vezes para mandatos de<br />
cinco anos. Desde o início da sua<br />
administração reconheceu a<br />
importância de adaptar a instituição<br />
a mudanças contínuas. Estudou<br />
economia e Finanças na Universidade<br />
de St. Louis e foi ministro do<br />
Planeamento da Bolívia. Trabalhou<br />
17 anos no BID antes de ir para a CAF.
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 11<br />
VISÃO EMPRESARIAL<br />
AEP fez parceria com IAPMEI e vai lançar um projecto para apoiar as PME em matéria de eficiência energética. Seminário, no dia 26, visa<br />
consciencializar os decisores empresariais para os benefícios económicos e sociais da eficiência e diversificação energéticas.<br />
SUPLEMENTO S DO JORNAL OFICIAL DA UE<br />
Contacto:<br />
AEP – Associação Empresarial de Portugal<br />
Av. Dr. António Macedo 4450-617<br />
Leça da Palmeira<br />
Tel: (351) 22 998 1580 Fax: (351) 22 998 1774<br />
www.aeportugal.pt<br />
128<br />
TÍTULO: B-Gante: Mobiliário<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 93699-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Stad Gent - Departement Facility<br />
Management - Dienst Aankoopbeheer - afdeling Overheidsopdrachten<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />
20.5.2010 - 10:00<br />
129<br />
TÍTULO: F-Ajácio: Mobiliário urbano<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 938<strong>48</strong>-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Communauté d’agglomération<br />
du Pays Ajaccien<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário urbano.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />
20.5.2010 - 17:00<br />
130<br />
TÍTULO: F-Versalhes: Cubas<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 81572-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: MIN<strong>DE</strong>F / DCMAT / service<br />
central des achat<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Cubas.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 18.5.2010<br />
- 12:00<br />
131<br />
TÍTULO: F-Angers: Mobiliário de escritório<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 97412-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Conseil général de Maine-et-<br />
Loire<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário de escritório. Assentos.<br />
Mesas, aparadores, secretárias e estantes.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS: 18.5.2010<br />
- 16:00<br />
132<br />
TÍTULO: F-Rieumes: Contentores e baldes para lixo e resíduos<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 106456-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Communauté de communes<br />
du Savès<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Contentores e baldes para lixo e<br />
resíduos.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />
20.5.2010 - 12:00<br />
133<br />
TÍTULO: F-Montpellier: Módulos pré-fabricados portáteis<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 106417-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Languedoc Roussillon aménagement<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Módulos pré-fabricados portáteis.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />
20.5.2010 - 16:00<br />
134<br />
TÍTULO: F-Bordéus: Mobiliário e equipamento de cozinha<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 105071-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Ville de Bordeaux<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Mobiliário e equipamento de cozinha.<br />
Equipamento para cozinha industrial. Instalação de cozinhas<br />
encastradas.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />
20.5.2010 - 12:00<br />
135<br />
TÍTULO: F-Saint-Herblain: Janelas, portas e artigos afins<br />
NÚMERO DO DOCUMENTO: 105068-2010<br />
<strong>DE</strong>SIGNAÇÃO DA ENTIDA<strong>DE</strong>: Commune de Saint-Herblain<br />
OBJECTO DO CONTRATO: Janelas, portas e artigos afins.<br />
DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO <strong>DE</strong> PROPOSTAS:<br />
20.5.2010 - 12:00<br />
Carlos Zorrinho na<br />
apresentação dos projectos<br />
Efinerg, Ilumina e Light.<br />
Para familiarizar empresários e<br />
gestores com as oportunidades e<br />
os objectivos de três projectos que<br />
está a ultimar para apoiar as pequenas<br />
e médias empresas em<br />
matéria de eficiência energética, a<br />
Associação Empresarial de Portugal(AEP)promovenopróximo<br />
dia 26, à tarde, um seminário que<br />
contará com a participação do secretário<br />
de Estado da Energia e da<br />
Inovação, Carlos Zorrinho.<br />
O encontro terá lugar no auditório<br />
do edifício de serviços da<br />
AEP, em Leça da Palmeira, Matosinhos,<br />
e aquele membro do Governo<br />
participará na sessão de<br />
abertura, marcada para as 14,10<br />
horas.AseuladoestarãoJosé<br />
António Barros, presidente da<br />
AEP, Modesto Castro, presidente<br />
da Associação dos Industriais<br />
Portugueses de Iluminação (AI-<br />
PI), Luís Filipe Costa, presidente<br />
do Instituto de Apoio às Pequenas<br />
e Médias Empresas e à Inovação<br />
(IAPMEI), e Nelson de<br />
Souza, gestor do Compete.<br />
Na oportunidade, serão apresentados<br />
os projectos Efinerg, Ilumina<br />
e Light, que a AEP vai lançar<br />
em breve para consciencializar as<br />
PME portuguesas dos benefícios<br />
económicos e sociais da eficiência<br />
e diversificação energéticas e dos<br />
ganhos que as empresas podem<br />
obter em matéria de gestão dos<br />
recursos energéticos se passarem<br />
aactuarnumalógicadeestratégia<br />
colectiva e de acordo com os objectivos<br />
do plano nacional existente<br />
neste âmbito (PNAEE).<br />
São estes, em linhas gerais, os<br />
propósitos das parcerias que a<br />
AEP firmou com instituições<br />
como o IAPMEI, a AIPI, o<br />
Lighting Living Lab, a A<strong>DE</strong>NE –<br />
Agência para a Energia, a Rede de<br />
Centros Tecnológicos de Portugal<br />
(Recet) e o Laboratório Nacional<br />
se Energia e Geologia (LNEG).<br />
O seminário servirá igualmente<br />
para familiarizar os decisores<br />
empresariais com os instrumentos<br />
financeiros do QREN para<br />
apoio à realização de estudos e<br />
implementação de projectos convergentes<br />
com o bom desempenho<br />
energético das empresas.<br />
No decorrer do encontro, com<br />
encerramento previsto para as 17<br />
horas, haverá dois painéis, a<br />
O objectivo do seminário é ajudar<br />
as empresas a ter bons<br />
comportamentos energéticos.<br />
AEP apoia empresas<br />
na eficiência energética<br />
Dois membros do Governo na abertura da Qualific@<br />
Desde hoje e até domingo, a Exponor,<br />
em Matosinhos, acolhe a Qualific@<br />
- Feira de Educação, Formação,<br />
Juventude e Emprego. Em exposição<br />
estão as mais recentes tecnologias<br />
de informação, equipamentos e serviços<br />
do sector da educação, bem<br />
como as propostas e ofertas formativas,<br />
de qualificação e emprego dos<br />
organismos públicos e privados que<br />
cooperam com organização.<br />
Empresas não podem<br />
ficar indiferentes aos<br />
desafios da eficiência<br />
energética e ao plano<br />
nacional lançado pelo<br />
Governo.<br />
O secretário de Estado do Emprego<br />
e da Formação Profissional, Valter<br />
Lemos, marca presença já esta manhã,<br />
na abertura do certame, às<br />
10,30 horas. Amanhã, à tarde, será a<br />
vez da ministra da Educação, Isabel<br />
Alçada.<br />
Em destaque estará a marca Schola.pt,<br />
que apresenta o que de mais<br />
recente o nosso país produz ao nível<br />
das tecnologias educativas.<br />
apresentar sinteticamente por<br />
Paulo Nunes de Almeida, vicepresidente<br />
da AEP, numa intervenção<br />
sobre “O futuro das PME<br />
eaeficiênciaenergética”.No<br />
primeiro painel, sobre o Efinerg,<br />
terá como moderador Gonçalo<br />
Xavier, da Recet, e contará com<br />
os contributos de Manuel Costeira<br />
da Rocha, da AEP, Filomena<br />
Egreja, do IAPMEI, e Paulo Partidário,<br />
do LNEG. Neste painel intervirão<br />
ainda Paulo Calau, da<br />
A<strong>DE</strong>NE, Custódio Miguéis, do<br />
Pólo de Excelência de Energia, e<br />
Carlos Rodrigues, da Universidade<br />
de Aveiro.<br />
O segundo painel, dedicado<br />
ao tema “Ilumina e sector light”,<br />
terá como moderador Estima de<br />
Oliveira, da Living Lighting Lab,<br />
de Águeda. O projecto Ilumina<br />
será apresentado por Diogo Silva,daAEP,eMadeiraCardoso,<br />
da AIPI, falará do projecto para o<br />
sector light. As tendências emergentes<br />
e as implicações do design<br />
de interiores no sector da iluminação<br />
serão temas a abordar por<br />
Luís Rasquilha e João Corga, respectivamente.<br />
O seminário tem entrada livre,<br />
mas a participação está sujeita a<br />
inscrição prévia. Contacto: Ana<br />
Remelgado - aremelgado@aeportugal.com<br />
ou telf. 229981541.■<br />
Gabinete de Projectos<br />
Especiais da AEP<br />
Trata-sedeumprojectodetrêsassociações<br />
empresariais para, com uma<br />
marca única, pretendem organizar e<br />
promover de forma integrada a oferta<br />
portuguesa na área da educação<br />
para competir no mercado internacional.<br />
Até domingo, das 10 às 19 horas, há<br />
várias iniciativas a fervilhar na Exponor.<br />
Mais informação em www.qualifica.exponor.pt.<br />
Giuseppe Piazza/Reuters
12 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
POLÍTICA<br />
Sócrates avança com<br />
contra-proposta à revisão<br />
constitucional do PSD<br />
Governo e grupo parlamentar já falaram sobre o tema. Socialistas estão<br />
preparados para responder à iniciativa anunciada por Passos Coelho.<br />
Márcia Galrão<br />
marcia.galrao@economico.pt<br />
OPSestáaprepararumacontra-proposta<br />
para a abertura<br />
do processo de revisão constitucional<br />
que o PSD vai lançar<br />
até ao final de Maio. Depois de<br />
Pedro Passos Coelho ter garantido<br />
que os social-democratas<br />
não vão esperar pelas<br />
eleições presidenciais para<br />
iniciar esta discussão, o Governo<br />
e o grupo parlamentar<br />
socialista começaram a estudar<br />
um texto alternativo. Isto<br />
porque depois de um partido<br />
abrir o processo de revisão, os<br />
restantes grupos têm 30 dias<br />
para responder ao repto.<br />
Assim, segundo apurou o<br />
Diário <strong>Económico</strong>, o líder parlamentar,<br />
Francisco Assis, o<br />
ministro dos Assuntos Parlamentares,<br />
Jorge Lacão e o primeiro-ministro<br />
José Sócrates já<br />
discutiram o tema e quando o<br />
PSD apresentar a versão final<br />
da sua proposta, que segundo o<br />
Público será no final de Maio,<br />
os socialistas estarão aptos a<br />
responder. A ideia é ter alternativas<br />
para negociar com os<br />
social-democratas, num processo<br />
em que será sempre necessário<br />
um entendimento entre<br />
os dois maiores partidos,<br />
uma vez que qualquer revisão<br />
constitucional obriga sempre a<br />
2/3 dos votos no Parlamento<br />
para ser aprovada.<br />
Recorde-se que, tal como o<br />
Diário <strong>Económico</strong> já noticiou, o<br />
PS foi apanhado de surpresa<br />
pela intenção de Pedro Passos<br />
Coelho em avançar já com este<br />
processo. Segundo Francisco<br />
Assis, “havia um consenso”<br />
com a liderança de Ferreira<br />
Leite “sobre a vantagem de iniciar”<br />
a revisão só após as eleições<br />
presidenciais de Janeiro de<br />
2011. Também Ricardo Rodrigues,<br />
vice-presidente da bancada,<br />
confessou ao Diário <strong>Económico</strong>oincómododossocialistas<br />
por não terem sido contactados<br />
previamente pelo PSD<br />
numa matéria em que os dois<br />
partidos terão obrigatoriamente<br />
que se entender.<br />
A insistência de Passos Coe-<br />
Francisco Assis<br />
garantiu<br />
que “havia um<br />
consenso” com<br />
a liderança<br />
de Ferreira Leite<br />
“sobre a vantagem<br />
de iniciar”<br />
a revisão após<br />
as presidenciais.<br />
Cavaco Silva<br />
não quis comentar<br />
e colocou-se<br />
à margem<br />
do processo,<br />
sublinhando<br />
apenas que a AR<br />
“tem competência<br />
para rever a<br />
Constituição”.<br />
Miguel Relvas<br />
garante que o PSD<br />
vai avançar já com<br />
propostas de<br />
revisão e avisa:<br />
“Era muito<br />
importante que<br />
nenhum partido<br />
bloqueasse essa<br />
mudança”.<br />
Para António<br />
Capucho a revisão<br />
constitucional não<br />
deve esperar pelas<br />
eleições<br />
presidenciais,<br />
porque há<br />
“algumas<br />
reformas<br />
urgentes”.<br />
lho em antecipar a revisão<br />
constitucional obriga os socialistas<br />
a responder, ainda que<br />
paraoPSestetemanãosejade<br />
todo “uma prioridade” numa<br />
altura em que é preciso concentrar<br />
esforços no combate à crise<br />
e ao desemprego. O que faz antever<br />
que, mesmo que a discussãosejadesencadeadajáeste<br />
ano, Sócrates só dará o seu aval<br />
a qualquer concretização das<br />
medidas após as presidenciais.<br />
Uma das questões que os<br />
dois partidos vão começar por<br />
conversar prende-se com as<br />
alterações às leis eleitorais. Em<br />
entrevista recente ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>, Francisco Assis revelou<br />
que quer desencadear<br />
imediatamente a reforma da lei<br />
eleitoral autárquica, propondo<br />
a criação de executivos maioritários<br />
e o reforço do poder de<br />
fiscalização das assembleias<br />
municipais. O PSD tem uma<br />
posição semelhante (ver texto<br />
ao lado), mas considera que<br />
para que a alteração seja feita é<br />
preciso rever a Constituição.<br />
Certoéqueolíderparlamentar<br />
do PS vai querer uma ampla<br />
discussão pública sobre esta<br />
matériaevai,paraisso,chamar<br />
ao debate os dois presidentes<br />
das maiores autarquias:<br />
o socialista António Costa, de<br />
Lisboa, e o social-democrata<br />
Rui Rio, do Porto. Um passo<br />
para que a proposta final seja<br />
consensual entre as duas forças<br />
partidárias.<br />
Antes ou depois das presidenciais,<br />
a revisão constitucional<br />
será posta em marcha, num<br />
anoemqueoParlamentotem<br />
mandato ordinário para proceder<br />
a essas alterações. Quem<br />
não quis ainda comentar esta<br />
iniciativa foi o Presidente da<br />
República. Cavaco Silva sublinhou<br />
que esta Assembleia “tem<br />
competência para rever a<br />
Constituição”, mas colocou-se<br />
à margem do processo ao lembrar<br />
que “esta é talvez a única<br />
lei” que o chefe de Estado não<br />
pode vetar. No que toca aos<br />
seus poderes presidenciais, os<br />
dois partidos parecem ser unânimes<br />
na ideia de que eles não<br />
deverão ser alterados. ■<br />
António Capucho<br />
defende revisão já<br />
António Capucho não tem<br />
dúvidas. A revisão constitucional,<br />
defendida pelo novo líder socialdemocrata,<br />
não deve esperar<br />
pelas eleições presidenciais,<br />
porque há “algumas reformas<br />
urgentes que só podem<br />
concretizar-se alterando a<br />
Constituição”. Membro do<br />
Conselho de Estado (órgão<br />
consultivo do Presidente da<br />
República) e mandatário da<br />
candidatura de Paulo Rangel à<br />
liderança do PSD, Capucho<br />
concorda com as reformas<br />
propostas por Pedro Passos<br />
Coelho, e sublinha que o processo<br />
de revisão que o PSD quer iniciar<br />
“nada tem a ver com as eleições<br />
presidenciais”, pelo que “não se<br />
justifica adiarmos oito meses”.<br />
Ao argumento dos socialistas de<br />
que esta não é uma matéria<br />
prioritária, António Capucho<br />
responde que é preciso “trabalhar<br />
simultaneamente em várias<br />
frentes” e que o processo “não<br />
perturba a maior atenção e<br />
prioridade do Governo e da<br />
Assembleia às questões inerentes<br />
ao PEC”.<br />
PS <strong>DE</strong>SMENTE APOIO A MANUEL<br />
PSD quer<br />
Transpor o modelo eleitoral da<br />
Assembleia da República para o<br />
poder local é uma das propostas.<br />
Catarina Madeira<br />
catarina.madeira@economico.pt<br />
O PSD quer que as alterações à lei<br />
eleitoral sejam clarificadas na<br />
próxima revisão constitucional.<br />
A questão não é consensual, até<br />
mesmo entre os constitucionalistas,<br />
e por isso a nova direcção<br />
do partido defende que “não se<br />
deve avançar para uma revisão<br />
da lei eleitoral que force a letra da<br />
Constituição”.<br />
Ao Diário <strong>Económico</strong>, o secretário-geral<br />
do partido, Miguel<br />
Relvas, garantiu que o PSD quer<br />
avançar com a discussão sobre<br />
esta matéria o quanto antes e<br />
“em sede de revisão constitucio-
Lino defende que Fundação não foi imposta<br />
Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, afirmou ontem, no Parlamento,<br />
que a criação da Fundação para as Comunicações Móveis não nasceu de<br />
uma imposição do Governo mas antes de um acordo mútuo com as<br />
operadoras de telecomunicações. “Nem os operadores impuseram a<br />
Fundação ao Governo, nem o Governo impôs a Fundação aos operadores.<br />
Não há nenhuma imposição, há um acordo”, salientou o ex-ministro,<br />
que supervisionou o programa e.escola e a iniciativa Magalhães.<br />
ALEGRE <strong>DE</strong>POIS DA SUA CANDIDATURA SER FORMALIZADA<br />
AGENDA DO DIA<br />
● PSD elege novo líder parlamentar.<br />
● Debate sobre a prevenção do<br />
branqueamento de capitais no CCB.<br />
● Conferência Episcopal Portuguesa<br />
termina reunião em Fátima com<br />
uma declaração à imprensa.<br />
● Presidente da República inicia<br />
viagem de dois dias a Praga.<br />
Paulo Figueiredo<br />
clarificar lei eleitoral na Constituição<br />
nal”, ao contrário do que tem<br />
sido defendido pelos socialistas,<br />
que acreditam que a lei pode ser<br />
alterada sem que seja necessário<br />
rever a Constituição. Relvas deixa<br />
o aviso: “Era muito importante<br />
que nenhum partido bloqueasse<br />
essa mudança necessária<br />
ao país”.<br />
Uma das propostas que o PSD<br />
vai colocar em cima da mesa é a<br />
transposição do modelo de eleição<br />
do Parlamento para o poder<br />
local. Na prática, Pedro Passos<br />
Coelho defende um só boletim de<br />
voto e um executivo autárquico<br />
formado pelo partido mais votado,<br />
que emane da distribuição<br />
dosdiferentespartidosnaassembleia<br />
municipal. “Poderá haver<br />
partilha no executivo municipal<br />
quando se revele necessário<br />
para a formação de maiorias es-<br />
Passos Coelho<br />
quer um só boletim<br />
de voto nas eleições<br />
autárquicas e um<br />
executivo formado<br />
pelo partido mais<br />
votado. Uma<br />
proposta semelhante<br />
à que o PS defende.<br />
táveis”, explica Miguel Relvas.<br />
Nesta matéria, PSD e PS parecem<br />
estar em sintonia, com uma<br />
ligeira nuance: os socialistas<br />
querem que o executivo formado<br />
seja sempre maioritário. Já a<br />
proposta de Passos não vai tão<br />
longe, mas deixa este ponto subentendido,<br />
ao conceder ao partido<br />
mais votado o direito de indicar<br />
todos os vereadores, independentemente<br />
de cedências<br />
que possa fazer às outras forças<br />
partidárias em caso de maioria<br />
relativa.<br />
O voto nominal para o Parlamento<br />
é outra proposta que os<br />
social-democratas vão avançar.<br />
O objectivo é permitir que o eleitor<br />
vote no seu candidato preferido,<br />
“para além da escolha do<br />
partido da sua preferência”. Porém,<br />
antes de avançar com esta<br />
O PS desmentiu ontem<br />
a notícia avançada pela<br />
agência Lusa que dava<br />
como certo o apoio dos<br />
socialistas à candidatura<br />
presidencial de Manuel<br />
Alegre e garantiu que não<br />
ter “qualquer reunião<br />
perspectivada, nem tem<br />
a intenção de a marcar,<br />
sobre o tema das eleições<br />
presidenciais. Francisco<br />
Assis já tinha dado<br />
esta garantia no final<br />
da reunião do grupo<br />
parlamentar, mas deixou<br />
alguns indícios de um<br />
eventual apoio a Manuel<br />
Alegre. O líder<br />
parlamentar sublinhou<br />
que as palavras de Manuel<br />
Alegre, dizendo que<br />
a sua “casa política<br />
é o PS” foram “muito<br />
sensatas” e provam que<br />
“os portugueses devem<br />
confiar em quem afirma<br />
as suas convicções,<br />
independentemente de<br />
depois um candidato a<br />
Presidente da República<br />
ter de alargar a sua base<br />
social e política<br />
de apoio”.<br />
proposta o partido deverá lançar<br />
um debate interno que contribua<br />
para a apresentação do projecto<br />
de alteração da lei eleitoral.<br />
Estaéaprimeirabandeirada<br />
liderança de Pedro Passos Coelho<br />
que conta com este processo de<br />
revisão para obrigar os presidentes<br />
nomeados para as entidades<br />
reguladoras a passar pela aprovação<br />
do Parlamento e instituir a<br />
liberdade de escolha na saúde e<br />
na educação.<br />
O PS não mostrou qualquer<br />
abertura para discutir o tema,<br />
mas será obrigado a responder as<br />
propostas do PSD em 30 dias (ver<br />
texto ao lado). Resta saber se o<br />
partido vai conseguir o “clima de<br />
compromisso e de cedência mútua”<br />
que Miguel Relvas diz ser<br />
necessário para que as propostas<br />
social-democratas avancem. ■<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 13<br />
COLUNA VERTEBRAL<br />
Revisão<br />
JOÃO PAULO GUERRA<br />
Otítulodejornal“partidoX<br />
ou dirigente Y quer rever a<br />
Constituição” deixa sempre<br />
uma sensação de ‘déjà vu’ e<br />
dúvidas quanto à data do jornal.<br />
Isto porque não deve haver<br />
nenhum dirigente político<br />
dos partidos que têm ocupado<br />
o poder que não tenha<br />
querido, e em certos casos<br />
conseguido, rever a Constituição.EéassimqueaConstituição<br />
da República Portuguesa<br />
fez há dias 34 anos –<br />
efeméride que aliás passou<br />
praticamente despercebida –<br />
e já foi sete vezes à revisão.<br />
Ou seja, temos Constituição<br />
revistaàmédiadaduraçãode<br />
uma legislatura, pouco, mais<br />
ou menos. A Constituição, lei<br />
das leis, quadro do funcionamento<br />
da política e do exercício<br />
dos direitos, é revista<br />
por dá cá aquela palha. E depois<br />
a classe política queixase<br />
da instabilidade. E agora<br />
que chegou um novo líder<br />
partidário à ribalta política,<br />
antes de mais apresentações<br />
deixou já expresso que quer<br />
rever a Constituição ainda<br />
este ano.<br />
A revisão da Constituição<br />
parece ser a mezinha para<br />
agitar e usar quando não se<br />
sabe bem o que fazer, ou se<br />
quer entreter o tempo. E para<br />
além disso, o facto de se querer<br />
a Constituição revista antecipa<br />
o argumento de que<br />
não se fez nada de jeito porque<br />
a Constituição tal como<br />
está não deixou. Na política<br />
portuguesa, mais que reclamar<br />
a revisão da Constituição,<br />
só mesmo impor mais e<br />
novos sacrifícios aos cidadãos.<br />
Depois, para rever a Constituição,<br />
ou simplesmente rever<br />
a revisão, não basta querer.<br />
É preciso que outro ou<br />
outros queiram. E a revisão<br />
torna-se assim objecto de<br />
negociação ou de confronto.<br />
Se dá, dá, se não dá acusamse<br />
segundos e terceiros de<br />
promoverem o impasse. É cedo<br />
para antever uma oitava<br />
revisão. Mas fica o registo<br />
queoPSjáfezvotosdeque<br />
possa ter no PSD um interlocutor<br />
válido. Isto é, teme-se<br />
o pior. ■<br />
joaopaulo.guerra@economico.pt
14 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
POLÍTICA<br />
VISITA DO PAPA<br />
Sindicatos e patrões criticam<br />
tolerância de ponto na função pública<br />
Sindicatos e patrões crticaram ontem o Governo por decretar tolerância de<br />
ponto para 13 de Maio para toda a função pública e na tarde de 11 para<br />
Lisboa e manhã de 14 no Porto no âmbito da visita do Papa Bento XVI a<br />
Portugal. O líder da CGTP, Carvalho da Silva, considerou a medida “pouco<br />
reflectida” num momento de crise. Já João Proença, da UGT, considerou-a<br />
“inaceitável” num país de liberdade religiosa. O presidente da CIP<br />
(Indústria), António Saraiva, frisou que “o país precisa de trabalhar”.<br />
Entidade das<br />
Contas pede<br />
eslarecimentos<br />
ao PS<br />
Financiamento das últimas legislativas alvo<br />
de auditoria. Contrato de Figo gera dúvidas.<br />
Lígia Simões<br />
ligia.simoes@economico.pt<br />
A Entidade de Contas e Financiamentos<br />
Políticos (ECFP) prepara-se<br />
para pedir, em breve,<br />
esclarecimentos ao Partido Socialista<br />
(PS), sobre o contrato<br />
publicitário entre o Taguspark e<br />
Luís Figo que foi alvo de inquérito<br />
pelo Ministério Público. A<br />
iniciativa surge, numa altura,<br />
em que foi concluído o despachodeacusação,quedáconta<br />
que o contrato no valor de 750<br />
mil euros através de uma empresa<br />
de capitais públicos visou<br />
a troca do apoio à candidatura<br />
eleitoral de José Sócrates.<br />
As indagações do organismo<br />
que controla as contas dos partidos<br />
e das campanhas eleitorais<br />
estão já preparadas no âmbito de<br />
uma auditoria externa, em curso,<br />
às contas dos partidos referentes<br />
às últimas legislativas.<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Corrupção passiva<br />
Segundo o artigo 372º do Código<br />
Penal é acusado por corrupção<br />
passiva para acto ilícito<br />
o funcionário que por si<br />
ou interposta pessoa pedir ou<br />
aceitar indevidamente uma<br />
vantagem ou a sua promessa,<br />
em troca de um acto ou uma<br />
omissão contrários aos deveres<br />
do seu cargo. Este crime é punido<br />
com uma pena entre um e oito<br />
anos de prisão, que pode ser<br />
atenuada perante a colaboração.<br />
“Está em curso uma auditoria<br />
externa às contas entregues<br />
pelos partidos referentes à eleição<br />
legislativa de 2009, e que já<br />
incorporou as notícias do contrato<br />
do Figo. Estão já preparadas<br />
algumas indagações, no<br />
âmbito deste trabalho, que<br />
pretendemos realizar, em breve,juntodospartidose,obviamente,<br />
junto do PS”, revelou ao<br />
Diário <strong>Económico</strong>, a presidente<br />
da ECFP, Margarida Salema.<br />
Recusando a particularizar casos<br />
como a eventual participaçãodoPSnocontratoentre<br />
FigoeaTaguspark,afirma, porém,<br />
peremptoriamente: “a<br />
Entidade das Contas segue<br />
atentamente tudo o que tenha a<br />
ver com partidos em matéria<br />
dedinheiro,peloquesehádúvidas,<br />
naturalmente, teremos<br />
de indagar”.<br />
A auditoria da ECFP acabou,<br />
pois, por incorporar as notícias<br />
sobre a participação do ex-futebolista<br />
na campanha eleitoral,<br />
após a divulgação das escutas<br />
no processo Face Oculta indicarem<br />
que parte do valor envolvido<br />
terá sido usado para pagar o<br />
apoio ao reeleito primeiro-ministro.<br />
Acusação é aguardada<br />
A Entidade das Contas aguarda<br />
agora as conclusões que foram<br />
enviadas pelo DIAP de Lisboa<br />
que ilibou o ex-futebolista e<br />
acusou três ex-administradores<br />
do parque tecnológico de Oeiras:<br />
Rui Pedro Soares, Américo<br />
Thomati e João Carlos Silva, que<br />
arriscam uma pena até oito anos<br />
de prisão pelo crime de corrupção<br />
passiva.<br />
A ECFP poderá mesmo a vir a<br />
participar ao Ministério Público<br />
eventuais indícios criminais relativos<br />
ao financiamento partidário,<br />
caso venham a ser detectados<br />
na sua análise às conclusões<br />
do inquérito judicial desencadeado<br />
no âmbito do processo<br />
Face Oculta.<br />
Margarida Salema frisa que<br />
não são permitidos financia-<br />
O mini-tornado fotografado quando<br />
circundava a zona de Santa Apolónia.<br />
O contrato de Luís Figo com a Taguspark<br />
vai levar a entidade das contas a averiguar<br />
se houve violação do financiamento<br />
partidário.<br />
A lei portuguesa<br />
não permite<br />
financiamentos por<br />
pessoas colectivas,<br />
nacionais<br />
ou estrangeira.<br />
São ainda proibidos<br />
os financiamentos<br />
directos<br />
ou indirectos.<br />
MAU TEMPO<br />
Mini-tornado atravessou Lisboa<br />
ontem sobre o rio Tejo<br />
Um mini-tornado atravessou ontem Lisboa sobre o rio Tejo, pelas 16h20<br />
(na foto), atingindo a zona oriental da cidade, embora sem provocar<br />
grandes estragos. Cinco prédios no bairro Belo Horizonte, nas Olaias,<br />
em Lisboa, ficaram parcialmente sem telhas devido aos ventos fortes<br />
provocados, segundo os bombeiros. Para o local deslocaram-se<br />
elementos da Proteção Civil, da Polícia Municipal e bombeiros do<br />
Regimento Sapadores de Lisboa. O tornado foi filmado e fotografado.<br />
mentos por pessoas colectivas,<br />
nacionais ou estrangeiras, e que<br />
a legislação “proíbe financiamentos<br />
directos ou indirectos”,<br />
como seria o caso do alegado<br />
pagamento a Figo para apoiar o<br />
candidato socialista.<br />
SegundoapresidentedaEntidade<br />
das Contas, a auditoria<br />
externa, iniciada em Janeiro,<br />
deverá estar concluída ainda<br />
estemês.Explicaqueafaseseguinte<br />
é do contraditório (auditoria<br />
interna), seguindo o relatório<br />
de auditoria que a Entidade<br />
espera enviar no Verão.<br />
Será nesta fase, diz, que serão<br />
solicitados esclarecimentos aos<br />
partidos. ■<br />
Luís Figo ilibado<br />
Paulo Figueiredo<br />
Na acusação do DIAP de Lisboa, o<br />
ex-futebolista não consta da lista de<br />
três acusados que eram<br />
responsáveis da Taguspark por<br />
desconhecer que a empresa era<br />
detida por capitais públicos.<br />
Sustenta que o agente de corrupção<br />
activa deve saber que aquele com<br />
quem negoceia é funcionário ou que<br />
age em sua representação ou como<br />
seu intermediário. A acusaçao<br />
defende que “o desconhecimento<br />
geral sobre a propriedade<br />
da Taguspark (...) tornam credível<br />
o desconhecimento alegado<br />
por Luís Figo”.
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16 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
MUNDO<br />
Busca de sobreviventes<br />
na China agravada por<br />
temperaturas negativas<br />
O governo de Pequim já anunciou um pacote de ajuda de emergência no valor<br />
de 21,5 milhões de euros para a região de Qinghai, na fronteira com o Tibete.<br />
Bárbara Silva<br />
barbara.silva@economico.pt<br />
A terra voltou a tremer em 2010.<br />
Desta vez na China, com um<br />
terramoto de 6,9 graus na escala<br />
de Richter que matou pelo menos<br />
400 pessoas, feriu dez mil e<br />
destruiu 85% das casas na cidade<br />
de Gyegu, na região pobre e<br />
montanhosa de Qinghai, onde<br />
nasceu o líder espiritual tibetano<br />
Dalai Lama.<br />
A mais de 2.000 quilómetros<br />
de Pequim, o sismo de ontem foi<br />
o segundo mais violento na China<br />
na última década, depois de<br />
em Maio de 2008, 87 mil pessoas<br />
terem morrido num terramoto<br />
(magnitude 8,0) na província<br />
de Sichuan. Além disso, o<br />
abalo foi o terceiro maior até<br />
agora em 2010, no que diz respeitoaonúmerodevítimas(depois<br />
do Haiti e do Chile, em Janeiro<br />
e Fevereiro), segundo o<br />
Centro de Estudos Geológicos<br />
dos Estados Unidos.<br />
O embaixador de Portugal<br />
em Pequim, Rui Quartin Santos,<br />
disse à Lusa que desconhece a<br />
existência de portugueses na<br />
região da China atingida pelo<br />
sismo. “A indicação que temos é<br />
que não há nenhum estrangeiro<br />
entre as vítimas do sismo”, disse<br />
o embaixador.<br />
Osismodeontemna<br />
China foi o terceiro<br />
maior até agora em<br />
2010, no que diz<br />
respeito ao número<br />
de vítimas (depois do<br />
Haiti e do Chile, em<br />
Janeiro e Fevereiro),<br />
segundo o Centro de<br />
Estudos Geológicos<br />
dos Estados Unidos.<br />
Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />
Em trânsito entre Washington<br />
e Brasília, o presidente chinês<br />
Hu Jintao, através do primeiro-ministro<br />
Wen Jiabao, ordenou<br />
às autoridades locais para<br />
“fazerem todos os possíveis para<br />
salvar as pessoas afectadas pelo<br />
terramoto, disse a agência de<br />
notícias chinesa Xinhua. O<br />
vice-primeiro-ministro Hui<br />
Liangyu foi enviado para a regiãoeogovernochinêsanunciou<br />
um pacote de ajuda de<br />
emergência no valor de 21,5 milhões<br />
de euros. A cadeia de televisão<br />
local Yushu TV dava ontem<br />
conta de mais de 900 pessoas<br />
retiradas com vida dos escombros<br />
pelas equipas de resgate,<br />
que integram 700 soldados<br />
chineses. Além disso, mais cinco<br />
mil pessoas foram enviadas<br />
para a região, entre médicos e<br />
militares, que correm contra o<br />
tempo à medida que as temperaturas<br />
descem abaixo dos zero<br />
graus (-3º). Por seu lado, o Ministério<br />
dos Assuntos Civis<br />
anunciou que enviou cinco mil<br />
tendas, 50 mil casacos e 50 mil<br />
cobertores.<br />
O comandante militar de<br />
Yushu, Wu Yong, disse que estão<br />
a ser criados acampamentos<br />
para os desalojados, mas “as<br />
frequentes réplicas e os fortes<br />
ventos dificultam as operações”.<br />
Nos próximos dias, prevêem<br />
os especialistas, serão<br />
sentidas réplicas superiores a<br />
6,0grausnaescaladeRichter.<br />
No Vaticano, o Papa Bento XVI<br />
apelouà“solidariedadedetodos”.<br />
“O meu pensamento vai<br />
para a China e para as populações<br />
afectadas pelo violento sismo”,<br />
disse Bento XVI.<br />
Habitada por cerca de 250<br />
mil tibetanos, mongóis e chineses,<br />
a região de Qinghai foi uma<br />
das mais afectadas pelo terramoto<br />
que em Maio de 2008<br />
atingiu o norte da província vizinha<br />
de Sichuan, matando<br />
quase 90 mil pessoas. Com as<br />
grandes cadeias montanhosas<br />
dos Himalaias, a região oeste da<br />
China é frequentemente afectada<br />
por terramotos, sendo que<br />
muitos deles registam-se em<br />
áreas pouco povoadas.■<br />
Região habituada<br />
a abalos violentos<br />
O município de Yushu, com uma<br />
autonomia bastante limitada uma<br />
vez que 97% da população é<br />
tibetana, tem um longo historial<br />
de terremotos. Em Julho<br />
de 2006 os cerca de 280 mil<br />
habitantes da zona, na fronteira<br />
com o Tibete, sentiram um sismo<br />
de 5,6, seguido de várias réplicas<br />
mas sem vítimas. Oitenta anos<br />
antes, em 1927, o cenário foi<br />
bem pior. O tremor de terra<br />
de magnitude 8,7 fez cerca<br />
de 200 mil vítimas e quando<br />
a província começava<br />
a recompor-se passou<br />
por um outro choque, desta vez<br />
político. Oficialmente, em 1928,<br />
Qinghai passou a ser uma<br />
província chinesa e ainda hoje os<br />
habitantes olham para Pequim<br />
como um colonialista.<br />
O sismo tinha até ontem provocado<br />
400 mortos e cerca de dez mil<br />
feridos. Mais de 85% das casas da<br />
cidade de Gyegu foram destruídas.<br />
OS TERRAMOTOS MAIS RECEN<br />
Chile<br />
27 de Fevereiro de 2010<br />
Um terramoto de magnitude 8,8<br />
graus na escala de Richter<br />
afectou a região central do Chile,<br />
a nordeste da segunda maior<br />
cidade do país, Concepción. Os<br />
números oficiais dão conta de<br />
452 mortos, mas milhares de<br />
pessoas estão desaparecidas.
Investimento na China imune ao ‘vírus’ Google<br />
A decisão da tecnológica Google de sair do mercado chinês parece não<br />
ter influenciado os outros investidores estrangeiros. O investimento<br />
estrangeiro na China aumentou 12,1% em Março, em termos homólogos,<br />
para os 6,9 mil milhões. Só no primeiro trimestre de 2010, a economia<br />
chinesa recebeu mais 7,7% em investimento do exterior, para os 17,18 mil<br />
milhões de euros. Entre Janeiro e Março, o produto chinês terá acelerado<br />
11,7%, o crescimento mais rápido nos últimos três anos.<br />
TES E COM MAIS VÍTIMAS<br />
Haiti<br />
12 de Janeiro de 2010<br />
Cercade230milpessoas<br />
morreram na sequência do sismo<br />
de 7,0 graus na escala de Richter<br />
que atingiu a região da capital do<br />
Haiti, Port-au-Prince. De acordo<br />
com as estimativas oficiais, 300<br />
mil pessoas ficaram feridas e 1,3<br />
milhões desalojadas.<br />
Indonésia<br />
30 de Setembro de 2009<br />
Mais de mil pessoas morreram,<br />
1200 ficaram feridas e outras<br />
mil continuam desaparecidas na<br />
sequência de um terramoto de<br />
7,5 graus na escala de Richter na<br />
ilha de Sumatra, na Indonésia. O<br />
sismo provocou um tsunami na<br />
região de Padang.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Cimeira entre o Brasil, índia e<br />
África do Sul, em Brasília.<br />
● Major português assume comando<br />
da Unidade de Investigação Criminal<br />
da UE na Bósnia-Herzegovina.<br />
● Visita do presidente russo, Dmitri<br />
Medvedev, ao Brasil.<br />
Itália<br />
6 de Abril de 2009<br />
CCTV/Reuters<br />
Um sismo de 5,8 graus na escala<br />
de Richter atingiu a zona<br />
histórica medieval da cidade<br />
italiana de L’Aquila, capital da<br />
região de Abruzzo, no centro de<br />
Itália. Os dados oficiais dão conta<br />
de 308 mortos. Cerca de 65 mil<br />
pessoas ficaram desalojadas.<br />
Hu Jintao vai ao Brasil,<br />
Venezuela e Chile.<br />
Bárbara Silva<br />
barbara.silva@economico.pt<br />
O presidente chinês não desviou<br />
um milímetro a sua visita política<br />
e económica à América Latina,<br />
apesar da nova tragédia na China.<br />
Em quatro dias, Hu Jintao visita o<br />
Brasil, Venezuela e Chile, depois<br />
de participar na segunda cimeira<br />
dospaísesemergentes(BRIC),<br />
em Brasília.<br />
O subcontinente americano<br />
tem estado na mira de Pequim,<br />
com um reforço cada vez maior<br />
dos investimentos e trocas comerciais<br />
– só ultrapassado pelo<br />
interesse chinês em África. Até<br />
2015, a China ocupará o lugar da<br />
União Europeia como segundo<br />
maior destino das exportações<br />
dos países da América Latina, segundo<br />
previsões da Comissão<br />
Económica para a América Latina<br />
e as Caraíbas (Cepal).<br />
Logo no Brasil, Hu Jintao irá<br />
assinar com o seu homólogo Lula<br />
da Silva um plano de acção conjunta,<br />
entre 2010 e 2014, bem<br />
como acordos de cooperação nas<br />
áreas financeira, energética,<br />
científica, tecnológica e cultural.<br />
AChinaéomaiorparceirocomercialdoBrasil,bemcomoo<br />
maior destino para as exportações<br />
brasileiras. Em 2009, as trocas<br />
comerciais entre os dois paíseschegaramaumvalorrecorde<br />
de 24,4 mil milhões de euros,<br />
quando em 2000 era de apenas<br />
1,6 mil milhões.<br />
A cada vez maior aproximação<br />
entre a China e o Brasil explica-se<br />
com a necessidade de Pequim diversificar<br />
o seu portfólio de parceiros<br />
comerciais e garantir um<br />
fornecedor de matérias-primas<br />
para garantir o crescimento necessário<br />
para se tornar na maior<br />
economia do mundo. Neste cenário,<br />
o Brasil está a posicionarse<br />
como uma fonte indispensável<br />
de ferro, petróleo e soja.<br />
Na Venezuela, Hu Jintao fará a<br />
sua primeira visita oficial ao país<br />
e manterá negociações com o<br />
presidente Hugo Chávez, sendo<br />
esperado igualmente acordos de<br />
cooperação em várias frentes. A<br />
Venezuela ocupa o lugar de quinto<br />
maior parceiro comercial da<br />
China na América Latina, com<br />
trocas no valor de 5,2 mil milhões<br />
de euros em 2009. Na última paragem<br />
da visita, o presidente chinês<br />
será recebido pelo seu homólogo<br />
chileno, Sebastián Piñera. O<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 17<br />
Presidente chinês<br />
corteja líderes da<br />
América Latina<br />
CIMEIRA EM BRASÍLIA<br />
BRIC<br />
Na sua segunda cimeira, Brasil,<br />
Rússia, Índia e China defenderão<br />
uma forte fiscalização das<br />
instituições financeiras. Nas<br />
relações multilaterais, a ideia é<br />
ampliar as parcerias e encontrar<br />
mecanismos para fortalecer o<br />
grupo no cenário internacional.<br />
Chile é o segundo país da região<br />
que mais exporta para a China,<br />
com transacções comerciais de 13<br />
mil milhões de euros em 2009.<br />
Na opinião do vice-ministro<br />
dos Negócios Estrangeiros da<br />
China,LiJinzhang,avisitadeHu<br />
Jintao à América Latina será determinante<br />
para reforçar as relações<br />
diplomáticas e económicas<br />
já existentes. “Desde sempre, a<br />
China valorizou as suas relações<br />
com estes países”, disse o responsável<br />
de Pequim.<br />
De acordo com o relatório da<br />
Cepal, se as exportações sulamericanas<br />
para o gigante asiático<br />
aumentarem ao mesmo ritmo,<br />
a China poderá ser o segundo<br />
maior mercado de destino para a<br />
região, passando de 7,6% em<br />
2009 para 19,3% em 2020. A UE<br />
continuará a absorver 14% das<br />
exportações da América Latina,<br />
caindo o terceiro lugar. Quanto<br />
aos EUA, manterão o seu primeiro<br />
lugar, mas com uma queda de<br />
38,6% para 28,4% nos próximos<br />
dez anos. ■<br />
A outra cimeira para<br />
a qual a China não<br />
foi convidada<br />
AntesdacimeiradosBRIC,em<br />
Brasília, três países emergentes<br />
reúnem-se pela quarta vez. O<br />
fórum entre o Brasil, Índia e<br />
África do Sul é visto por alguns<br />
analistas como uma tentativa dos<br />
países emergentes democráticos<br />
reforçarem os laços comuns,<br />
distanciando-se dos gigantes<br />
menos democráticos. O trio<br />
prefere a versão de ser um grupo<br />
que se preocupa com o Sul<br />
do planisfério. O embaixador<br />
António Patriota, secretário-geral<br />
da diplomacia brasileira, sublinha<br />
que o trio não deve esquecer<br />
as suas responsabilidades no<br />
desenvolvimento do grande sul,<br />
até porque saíram da crise mais<br />
rápido que os outros.
18 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
MUNDO<br />
RADAR MUNDO<br />
1<br />
Reino Unido<br />
2<br />
O pequeno ecrã vai ter hoje,<br />
pela primeira vez, os candidatos<br />
a Downing Street a debater as<br />
suas prioridades para o Reino<br />
Unidoeomundoantesdaslegislativas<br />
de 6 de Maio.<br />
O país nunca tinha realizado<br />
debates televisivos entre os<br />
candidatos das principais formações<br />
políticas – trabalhistas,<br />
conservadores e liberais-democratas<br />
–, mas após longas<br />
negociações foi possível chegar<br />
a acordo para que ocorram agora.<br />
Os debates em directo vão<br />
opor durante 90 minutos os líderes<br />
trabalhista, Gordon<br />
Brown, o conservador David<br />
Cameron e o liberal-democrata<br />
Nick Clegg, nas quintas-feiras<br />
de15,22e29deAbril.Odebate<br />
de hoje aborda os temas da criminalidade<br />
e do sistema de saúde,<br />
enquanto os dois últimos se<br />
concentrarão nas questões de<br />
política externa e economia.<br />
Os líderes partidários britânicos<br />
sempre se opuseram a<br />
este tipo de debates, que consideram<br />
um “espectáculo”. Os<br />
líderes dos dois maiores partidos<br />
britânicos, o primeiro-ministro<br />
Gordon Brown e o líder<br />
conservador David Cameron, já<br />
apresentaram os seus programas<br />
de governo. Ontem foi a<br />
vez do líder do do Partido Liberal<br />
Democrata, Nick Clegg,<br />
apresentar-se como uma alternativa<br />
ao tradicional bipartidarismo<br />
britânico, assente num<br />
país mais justo. “Os partidos<br />
trabalhista e conservador ensi-<br />
3<br />
Candidatos a Downing<br />
Street enfrentam hoje<br />
primeiro debate televisivo<br />
naram-nos a esperar muito<br />
pouco dos políticos e obter menos<br />
ainda”, afirmou o líder da<br />
terceira força política britânica.<br />
A principal promessa dos liberal-democratas,<br />
cujo programa<br />
se articula em torno da justiça,<br />
passa pela redução dos impostos<br />
para as famílias com rendimentos<br />
pequenos ou médios,<br />
despesa que será financiada<br />
A subida das<br />
intenções de voto<br />
no Partido Trabalhista<br />
poderá estar<br />
ligada aos apoios<br />
que tem recebido<br />
de personalidades<br />
de peso. É o caso<br />
de JK Rowling, autora<br />
dos livros do famoso<br />
Harry Potter.<br />
1<br />
6<br />
5<br />
4<br />
com o fim de algumas lacunas<br />
jurídicas que beneficiam os<br />
mais ricos. Clegg prometeu<br />
também uma reestruturação do<br />
sistema de educação, uma reforma<br />
económica com medidas<br />
destinadas aos bancos e uma<br />
mudança constitucional que<br />
permitirá expulsar os deputados<br />
corruptos e modificará o sistema<br />
de votação e de eleição da<br />
Câmara dos Lordes.<br />
O líder dos liberal-democratas,<br />
de 43 anos, poderá ter um<br />
papel-chave nestas eleições.<br />
Segundo a sondagem, feita pelo<br />
instituto Populus, o Partido<br />
Conservador alcançaria 36%<br />
dos votos, o que representa uma<br />
quedadetrêspontosemcomparação<br />
com os resultados registados<br />
há semana passada. Já<br />
o Partido Trabalhista subiu um<br />
ponto, para 33% das intenções<br />
de voto. O Partido Liberal-Democrata<br />
mantém-se com 21%<br />
dos votos. Caso as duas principais<br />
forças partidárias britânicas<br />
não consigam a maioria absoluta,<br />
Clegg pode ser fundamental<br />
para decidir o futuro<br />
político do país.<br />
Apesar de se manter em segundo<br />
lugar, a subida das intenções<br />
de voto no Partido Trabalhista<br />
poderá estar ligada aos<br />
apoios que tem recebido de personalidades<br />
de peso. É o caso de<br />
JK Rowling, autora dos livros do<br />
famoso Harry Potter, que contibuiu<br />
recentemente com um milhão<br />
de libras para a campanha<br />
de Brown.■<br />
A diferença entre os dois candidatos é de três décimas.<br />
3 Brasil<br />
Dilma empata com Serra pela primeira vez<br />
A última sondagem, do Instituto<br />
Sensus, aponta pela primeira<br />
vez para um empate técnico entreJoséSerraeDilmaRousseff<br />
para as presidenciais de Outubro.<br />
Num cenário, que inclui a<br />
participação de Ciro Gomes<br />
como candidato presidencial, a<br />
diferençaentreSerraeDilmaé<br />
de 0,3 pontos percentuais —<br />
sendo que o ex-governador de<br />
São Paulo fica à frente, com<br />
32,7% das intenções, seguido<br />
por Dilma, com 32,4%.<br />
Para o analista Rafael Cortez,<br />
da Tendências Consultoria,<br />
o resultado consolida a rápida<br />
ascensão que Dilma Roussef<br />
traçou desde meados do ano<br />
passado, colando em José Serra.<br />
No entanto, é necessário<br />
aguardar as próximas sondagens,<br />
uma vez que os diferentes<br />
institutos têm dado resultados<br />
diferentes. “No último Datafolha,<br />
havia uma diferença de<br />
nove pontos entre os dois, indicando<br />
inclusive uma estabilidade<br />
de Dilma”, disse. Naquele<br />
estudo, feito entre os dias 25 e<br />
2 EUA<br />
Toyota suspende<br />
vendadaLexus<br />
A fabricante de automóveis<br />
japonesa Toyota anunciou que<br />
vai suspender temporariamente<br />
as vendas do modelo 2010 do<br />
Lexus GX 460, depois de uma<br />
revista americana especializada<br />
teralertadoosseusleitores<br />
para problemas de segurança<br />
do veículo. De acordo com<br />
a “Consumer Reports”, que<br />
feztestescomocarro,quando<br />
levado ao limite, o veículo pode<br />
derrapar. No teste realizado<br />
pela equipa da revista, o GX 460<br />
perdeu a estabilidade e andou<br />
de lado antes que o sistema<br />
electrónico tenha conseguido<br />
retomar o controlo.<br />
STRINGER Brazil/Reuters<br />
26 de Março, José Serra fortaleceu-se<br />
à frente, com 36% das<br />
intenções, e Dilma em segundo,<br />
com 27%, disse. Ciro Gomes<br />
, cuja candidatura ainda<br />
não foi confirmada pelo partido,<br />
fica em terceiro lugar, com<br />
10,1% dos votos, e Marina segue<br />
em quarto, com 8,1%. ■<br />
Juliana Elias, em São Paulo<br />
EMPATE TÉCNICO<br />
A diferença entre os dois<br />
‘presidenciáveis’ é de apenas<br />
três décimas.<br />
José Serra 32,7<br />
Dilma Rousseff<br />
Ciro Gomes<br />
Marina Silva<br />
Indecisos<br />
Fonte: Instituto Census<br />
10,1<br />
8,1<br />
16,8<br />
32,4
SEGUNDA ERUPÇÃO NUM MÊS NO GLACIAR ISLANDÊS<br />
A nova erupção do vulcão, sob o glaciar islandês, foi dez vezes mais violenta que a<br />
anterior, há um mês. O gelo derretido aumentou o nível dos rios em cerca de três<br />
metros, cortou estradas principais e obrigou 800 pessoas a evacuar. A protecção<br />
civil admite que a região está mais instável, ainda que exclua nuvens de cinzas<br />
vulcânicas que poderiam chegar à Europa e América do Norte.<br />
4 África do Sul<br />
Bilhetes para Mundial em supermercados<br />
A FIFA está preocupada com a escassa<br />
procura de bilhetes para os<br />
jogos do Mundial de futebol por<br />
parte dos adeptos sul-africanos e<br />
vai colocar hoje à venda os cerca<br />
de meio milhão de ingressos que<br />
ainda tem por vender em centros<br />
comerciais das nove cidadessede<br />
e numa cadeia de supermercadosdaÁfricadoSul.<br />
De acordo com a entidade que<br />
tutela o futebol mundial, ainda<br />
estão disponíveis bilhetes para<br />
todasaspartidasdoMundial,<br />
com excepção da final, que se<br />
realiza no estádio Soccer City em<br />
Joanesburgo, no dia 11 de Julho.<br />
“Estamos empenhados em<br />
facilitar o processo a todos os<br />
adeptos, dando-lhes esta última<br />
5 Polónia<br />
Eleições antecipadas para 20 de Junho<br />
A primeira volta das eleições presidenciais<br />
antecipadas na Polónia<br />
deve realizar-se a 20 de Junho, na<br />
sequência do acidente aéreo que<br />
vitimou o presidente Lech Kaczynski<br />
e outras 95 pessoas na<br />
Rússia. A data foi escolhida após<br />
várias manifestações contra o local<br />
onde Lech Kaczynski e a primeira-dama,<br />
vão a enterrar, tendo<br />
já o cineasta Andrzej Wajda,<br />
director do filme “Katyn”, sobre<br />
o massacre de oficiais polacos na<br />
oportunidade para ir aos jogos e<br />
sentiroentusiasmocomoprimeiro<br />
Mundial em África”, explicou<br />
o secretário-geral da<br />
FIFA, Jerôme Valcke.<br />
Na semana passada, a FIFA<br />
revelara que tinha vendido 2,2<br />
milhões de bilhetes, isto quando<br />
faltam dois meses para o início<br />
do Campeonato do Mundo, a 11<br />
de Junho, com o jogo entre os<br />
anfitriões e o México. ■<br />
Rússia em 1940, pedido à Igreja<br />
quedesistadadecisãodeenterrar<br />
opresidentenacatedraldeWawel,<br />
na Cracóvia, onde foram sepultados<br />
os reis da Polónia e o<br />
marechal Jozef Pilsudski, herói da<br />
independência poloca em 1918.<br />
Espera-se a participação no<br />
funeral do presidente dos Estados<br />
Unidos, Barack Obama, do<br />
presidente da Rússia, Dmitry<br />
Medvedev e e da chanceler alemã,<br />
Angela Merkel. ■<br />
PUB<br />
Ingolfur Juliusson/Reuters<br />
6 Suíça<br />
Presidente do UBS<br />
pede desculpa<br />
aos accionistas<br />
Kaspar Villiger, presidente<br />
executivo do UBS, pediu ontem<br />
desculpa aos accionistas do<br />
banco suíço, durante a<br />
assembleia geral da instituição,<br />
por ter ajudado muitos dos<br />
seus clientes norte-americanos<br />
em processos de evasão fiscal.<br />
Mas, ao mesmo tempo, pediu<br />
aos accionistas do banco que<br />
não exerçam os seus direitos<br />
de processarem as antigas<br />
administrações do banco,<br />
lamentando criticas de que<br />
têm sido alvo. Quanto às<br />
contas anuais, Kaspar Villiger<br />
manifestou orgulho nos<br />
resultados obtidos<br />
no exercício de 2009:<br />
“A empresa está estável e bem<br />
capitalizada, reduziu<br />
significativamente e grau de<br />
risco e encontrou o caminho<br />
para a rentabilidade.<br />
É mais do que se poderia<br />
esperar há um ano”.<br />
O UBS, o maior banco suíço<br />
em axtivos, alcançou um lucro<br />
de 1,7 mil milhões de euros<br />
no primeiro trimestre do<br />
exercício de 2010, o maior<br />
valor alcançado durante<br />
um trimestre nos últimos três<br />
meses. Esta evolução do<br />
resultado líquido deveu-se<br />
à melhoria do desempenho<br />
da banca de investimentos.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 19<br />
Ahmadinejad<br />
envia carta<br />
de tréguas a Obama<br />
O presidente iraniano, Mahmud<br />
Ahmadinejad, está disponível<br />
para cooperar com Obama se os<br />
EUA mudarem de política e respeitarem<br />
os direitos humanos<br />
no seu país. “Reconhecer o Irão<br />
beneficiará ambas as partes.<br />
Não procuramos nenhum tipo<br />
de confronto”, disse Ahmadinejad<br />
em declarações na televisão<br />
iraniana. O presidente iraniano,<br />
bastante criticado durante a cimeira<br />
nuclear de Washington<br />
pelo seu programa de enriquecimento<br />
de urânio, avançou que<br />
irá enviar uma carta a Obama,<br />
ainda que não tenha avançado o<br />
conteúdo. Obama, mal chegou à<br />
sala Oval, propôs abrir um novos<br />
capítulo nas relações entre<br />
os dois países, que até aqui tinha<br />
sido ignorado em Teerão.<br />
França perde 6%<br />
de turistas em 2009<br />
O país mais visitado do<br />
mundo, a França, recebeu<br />
menos 6% de turistas no ano<br />
passado. Segundo o ministro<br />
da indústria, Herve Novelli,<br />
a França teve 74 milhões<br />
de turistas em 2009, menos<br />
cinco milhões que no ano<br />
anterior. O euro caro<br />
afastou os turistas norteamericanos<br />
e britânicos,<br />
com quebras de 8%<br />
e 17%, respectivamente.
20 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
PT leva Zon a tribunal<br />
por dívidas de 2,6<br />
milhões de euros<br />
PT reclama dívida relativa ao acesso a condutas na Madeira e nos Açores. Zon<br />
alega que várias das estruturas são suas e que o preço triplicou desde o ‘spin-off’.<br />
Filipe Alves<br />
filipe.alves@economico.pt<br />
Quase três anos depois, o ‘spinoff’<br />
da antiga PT Multimedia,<br />
hoje Zon, continua a causar<br />
problemas à Portugal Telecom<br />
(PT). O Diário <strong>Económico</strong> apurou<br />
que as duas operadoras estãoatravarumadisputajudicial<br />
em torno das condutas da<br />
rede fixa, nos Açores e na Madeira,<br />
com a PT a exigir à Zon o<br />
pagamento de facturas em atraso<br />
no valor de 2,6 milhões de<br />
euros, um montante que poderá<br />
subir em breve devido a outras<br />
situações idênticas no continente.<br />
Segundo fontes judiciais, a<br />
Zon recusa pagar o montante<br />
reclamado pela PT, que diz respeito<br />
ao custo do acesso às condutas<br />
(para que a Zon possa<br />
prestar o serviço de telecomunicações<br />
fixas em áreas onde<br />
nãopossuiredeprópria).<br />
A empresa liderada por Rodrigo<br />
Costa alega que, após o<br />
‘spin-off’, em Novembro de<br />
2007, a PT passou a cobrar três<br />
vezes mais pelo acesso às condutas<br />
nos Açores e 2,5 vezes<br />
mais na Madeira, tendo aumentado<br />
os preços de forma<br />
unilateral, com base num novo<br />
levantamento de postes e condutas<br />
que foi contestado pela<br />
Zon. De acordo com as mesmas<br />
fontes, a Zon argumenta que<br />
algumas das condutas em<br />
questão são sua propriedade e<br />
não da antiga casa-mãe, pelo<br />
que se recusa pagar por estas<br />
estruturas.<br />
Embora de momento esteja<br />
em causa um montante relativamente<br />
pequeno, em comparação<br />
com o volume de facturação<br />
das duas operadoras, o caso<br />
poderá dar origem a um diferendo<br />
mais grave, uma vez que<br />
a PT poderá em breve avançar<br />
para tribunal para reclamar à<br />
Zon outras facturas em atraso,<br />
relativas ao custo de acesso às<br />
condutas da rede fixa existentes<br />
no continente. Desta forma, o<br />
montante agora reclamado poderá<br />
vir a ser muito superior.<br />
Contactadas pelo Diário<br />
PALAVRA-CHAVE<br />
✽<br />
Preço de custo<br />
AEstradas<br />
de Portugal,<br />
liderada por<br />
Almerindo<br />
Marques, também<br />
está em litígio<br />
comaPortugal<br />
Telecom por causa<br />
das condutas.<br />
As empresas que concorrem<br />
com a PT (Zon, Vodafone,<br />
Optimus e outras) têm direito<br />
a aceder às condutas e demais<br />
infra-estruturas da<br />
concessionária do serviço público<br />
de telecomunicações. Desta<br />
forma, os concorrentes da PT<br />
podem oferecer serviços<br />
de telecomunicações (voz<br />
e dados) em zonas onde não<br />
possuem condutas próprias.<br />
A PT está obrigada por lei a<br />
permitir o acesso das<br />
concorrentes às suas condutas,<br />
podendo cobrar um preço em<br />
função do custo com as referidas<br />
estruturas.<br />
<strong>Económico</strong>, fontes oficiais da<br />
PT e da Zon Multimedia recusaram<br />
fazer qualquer comentário<br />
sobre o assunto.<br />
Um caso de partilhas<br />
mal-feitas<br />
Os processos em tribunal entre<br />
as duas operadoras de telecomunicações<br />
têm sido uma<br />
constante desde que a Zon, antiga<br />
PT Multimedia, se separou<br />
do grupo PT em Novembro de<br />
2008 no seguimento dos compromissos<br />
assumidos pela gestão<br />
da PT perante os accionistas,<br />
no âmbito da defesa contra<br />
a Oferta Pública de Aquisição<br />
(OPA) lançada pela Sonaecom<br />
em 2006.<br />
No decorrer do ano passado,<br />
a PT e a Zon trocaram acusações<br />
graves entre si, no âmbito<br />
da disputa do mercado da televisão<br />
por subscrição, que por<br />
várias ocasiões chegou à barra<br />
dos tribunais ou ao juízo dos<br />
reguladores sectoriais (ver texto<br />
ao lado).<br />
Maséaprimeiravezqueas<br />
duas empresas se defrontam na<br />
Justiça para disputar a propriedade<br />
de estruturas partilhadas<br />
aquando do ‘spin-off’. As fontes<br />
contactadas pelo Diário<br />
<strong>Económico</strong> relembram que o<br />
‘spin-off’ foi realizado de forma<br />
relativamente apressada, nos<br />
seis meses que se seguiram ao<br />
fracasso da OPA da Sonaecom.<br />
Foi necessário separar as águas<br />
entre as duas operadoras, repartindo<br />
activos e cortando laços<br />
existentes em áreas como<br />
serviços partilhados, empresas<br />
detidas em parceria e fundos de<br />
pensões.<br />
Esta separação também se<br />
fezsentiraníveldapróprias<br />
estruturas de topo das operadoras<br />
de telecomunicações que<br />
disputam o mercado nacional<br />
de ‘pay-tv’. A gestão da PT é<br />
liderada por Zeinal Bava, antigo<br />
presidente-executivo da então<br />
PT Multimedia, ao passo<br />
que a actual Zon é presidida por<br />
Rodrigo Costa, antigo responsável<br />
máximo da unidade de<br />
rede fixa da incumbente, a PT<br />
Comunicações. ■<br />
PTASUBIREMBOLSA<br />
Os títulos da Portugal Telecom<br />
fecharam a subir cerca de 1%,<br />
fechando a valer 8,<strong>48</strong>9 euros.<br />
8,5<br />
8,4<br />
8,3<br />
8,2<br />
8,1<br />
8,0<br />
ZON VALORIZA<br />
A Zon Multimédia fechou ontem<br />
a valer 3,935 euros, uma subida<br />
de 0,59%.<br />
3,95<br />
3,90<br />
3,85<br />
3,80<br />
3,75<br />
12 Mar 2010<br />
Fonte: Bloomberg.<br />
3,70<br />
12 Mar 2010<br />
Fonte: Bloomberg.<br />
14 Abr 2010<br />
14 Abr 2010<br />
FACTOS E NÚMEROS DA POLÉMICA<br />
1 milhão<br />
É o valor, em euros, em atraso<br />
pelo acesso a condutas da PT<br />
Comunicações nos Açores.<br />
A Zon queixa-se que o valor<br />
cobrado pela Portugal Telecom<br />
triplicou desde a separação entre<br />
as duas operadoras, em 2007.
Sucol já tem comprador aprovado pela AdC<br />
A Autoridade da Concorrência (AdC), liderada por Manuel Sebastião,<br />
aprovou a compra da marca Sucol e das formulações utilizadas em Sucol,<br />
Sumol Néctar, Sumol Néclight e Sumol 100% Sumo pela Diviril Indústria e<br />
pela Melo Abreu à Sumol+Compal, “por um preço inexpressivo”, informou<br />
a empresa em comunicado à CMVM. Esta alienação não tem influência<br />
directa nos resultados da Sumol+Compal, tendo em conta o facto<br />
de os activos a vender não estarem valorizados no activo da empresa.<br />
Paula Nunes<br />
ENTRE AS OPERADORAS<br />
ARGUMENTOS<br />
Rodrigo Costa<br />
A Zon, liderada<br />
por Rodrigo Costa,<br />
argumenta que a PT<br />
aumentou o preço<br />
de acesso às<br />
condutas nas regiões<br />
autónomas, e garante<br />
mesmo que algumas<br />
destas infraestruturas<br />
são sua<br />
propriedade, após<br />
o‘spinoff’daPT<br />
Multimédia, em 2007.<br />
Zeinal Bava<br />
A Portugal Telecom,<br />
liderada por Zeinal<br />
Bava, avançou<br />
comumprocesso<br />
em tribunal contra<br />
a Zon, exigindo<br />
o pagamento de<br />
facturas em atraso no<br />
valor de 2,6 milhões<br />
de euros pelo acesso<br />
às condutas na<br />
Madeira e Açores.<br />
1,6 milhões<br />
É o valor, em euros, da dívida da<br />
Zon à PT relativa ao acesso a<br />
condutas da rede fixa no<br />
arquipélago da Madeira. A Zon<br />
rejeita pagar esta dívida e alega<br />
que a PT aumentou o preço em<br />
2,5 vezes, desde o ‘spin-off’.<br />
Condutas<br />
Em sua defesa, a Zon vai alegar<br />
que parte das condutas em<br />
questão são suas e que não<br />
pertencemàPT.Emcausa<br />
estarão ‘partilhas’ mal feitas,<br />
aquando da separação entre as<br />
duas operadoras.<br />
AGENDA DO DIA<br />
● Google apresenta resultados<br />
do exercício no primeiro trimestre<br />
de 2010.<br />
● Costa Cruzeiros apresenta<br />
estratégia e novidades para 2011.<br />
● Conferência ACAP sobre a<br />
indústria e comércio automóvel em<br />
Portugal, no CCB.<br />
João Paulo Dias<br />
Tribunal<br />
Os processos em questão, que<br />
aguardam a realização das<br />
primeiras audiências, poderão<br />
ser seguidos de outras queixas<br />
idênticas por parte da PT contra<br />
a Zon, relativas a outras facturas<br />
em atraso no Continente.<br />
A PT e a Zon têm trocado<br />
acusações desde que se<br />
separaram, em Novembro<br />
de 2007.<br />
Filipe Alves<br />
filipe.alves@economico.pt<br />
Desde que passaram a ser duas<br />
empresas distintas, em Novembro<br />
de 2007, que a PT e a<br />
Zon têm travado vários braços-de-ferro,<br />
em especial nas<br />
áreas da televisão por subscrição<br />
e do acesso aos conteúdos<br />
audiovisuais.<br />
Passados quase três anos, as<br />
equipas de gestão das duas<br />
empresas continuam a ser<br />
compostas por antigos responsáveisumadaoutra.ZeinalBava,<br />
presidente executivo (CEO)<br />
da PT, desempenhou o mesmo<br />
cargo na antiga PT Multimedia.<br />
E Rodrigo Costa, CEO da<br />
Zon, é o antigo presidente da<br />
PT Comunicações, a empresa<br />
da Portugal Telecom que gere a<br />
rede fixa.<br />
Foi, aliás, Rodrigo Costa<br />
quem criou o serviço de televisão<br />
interactiva da PT, o Meo, no<br />
Verãode2007.OmesmoMeo<br />
que, nos anos que se seguiram,<br />
se transformou no grande concorrente<br />
da TV Cabo, no âmbito<br />
da estratégia ‘triple play’ da<br />
PT, que visa inverter a tendência<br />
de declínio da rede fixa de<br />
telecomunicações.<br />
Mas esta não foi a única ironia<br />
decorrente da separação da<br />
dona da TV Cabo em relação à<br />
antiga empresa irmã. Falando<br />
de um “colete de forças”, Zeinal<br />
Bava tem protestado contra<br />
as condições de acesso aos<br />
conteúdos da Lusomundo, do<br />
grupo Zon. Condições essas<br />
que foram fixadas pelo próprio<br />
Zeinal Bava quando este era<br />
presidente da então PT Multimedia,<br />
hoje Zon.<br />
“É normal que os gestores<br />
vistam a camisola das empresas<br />
onde trabalham e defendam os<br />
seus interesses”, disse uma fonte<br />
do sector contactada pelo<br />
Diário <strong>Económico</strong>.<br />
Troca de acusações em tribunal<br />
O grau zero de relações entre<br />
as duas operadoras irmãs foi<br />
atingida no Verão do ano passado,<br />
quando a PT colocou a<br />
Zon em tribunal por “concorrência<br />
parasitária”. A 16 de Julho<br />
de 2009, a operadora liderada<br />
por Zeinal Bava acusou a<br />
Zon de se aproveitar da PT para<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 21<br />
A relação agitada<br />
de duas antigas<br />
parceiras<br />
alavancar a sua oferta de televisão,<br />
na sequência de uma<br />
polémica em torno da utilização<br />
do termo “fibra” pela dona<br />
da TV Cabo. A concorrência<br />
parasitária consiste num aproveitamento<br />
do esforço intelectual<br />
ou económico alheio, ainda<br />
que possa ou não criar o risco<br />
de confusão entre serviços.<br />
Ou seja, é um acto de concorrência<br />
desleal.<br />
Por sua vez, a Zon retaliou<br />
com uma queixa contra a PT, no<br />
organismo que regula a publicidade<br />
em Portugal, contra a<br />
campanha do Meo Fibra da PT,<br />
considerando que esta viola os<br />
princípios éticos basilares da<br />
comunicação comercial.<br />
A campanha do Meo Fibra<br />
“viola frontalmente os princípios<br />
da legalidade, honestidade,<br />
veracidade e leal concorrência”,<br />
acusou a Zon, na parte<br />
da queixa apresentada a 20 de<br />
Julho ao Instituto Civil para a<br />
Autodisciplina da Comunicação<br />
Comercial (ICAP). ■<br />
O ‘spin-off’<br />
da então PT<br />
Multimedia foi<br />
um compromisso<br />
assumido pela<br />
gestão liderada<br />
por Henrique<br />
Granadeiro, como<br />
defesa contra a<br />
OPA da Sonaecom.
22 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
DISTRIBUIÇÃO<br />
Supermercados da Alisuper<br />
encerram até ao final do mês<br />
Os últimos 16 supermercados da cadeia algarvia Alisuper em<br />
funcionamento “vão ter de fechar até ao final de Abril”, apesar<br />
dos apelos dos trabalhadores contra essa decisão, confirmou à Lusa<br />
José António Silva, presidente da Alicoop. “Não resta alternativa senão<br />
o fecho dos supermercados”, justificando a medida com a “protecção<br />
da massa insolvente”. A 1 de Maio, os 58 trabalhadores em actividade<br />
terão de juntar-se aos 380 que já têm os seus contratos suspensos.<br />
AdP prepara<br />
aumento<br />
de capital de<br />
300 milhões<br />
Empresa quer manter saúde financeira e fazer<br />
face a um ambicioso plano de investimentos.<br />
Ana Maria Gonçalves<br />
ana.goncalves@economico.pt<br />
A Águas de Portugal (AdP), sete<br />
anos depois do último reforço de<br />
100 milhões de euros, necessita<br />
de um novo aumento de capital,<br />
na ordem dos 300 milhões de euros.<br />
A operação está já a ser analisada<br />
pelo accionista Estado e deverá<br />
concretizar-se a médio prazo.<br />
A informação foi avançada ao<br />
Diário <strong>Económico</strong> pelo seu presidente,<br />
Pedro Serra.<br />
Oobjectivoénãosómantero<br />
equilíbrio financeiro da empresa,<br />
mas também fazer face ao ambicioso<br />
plano de investimentos para<br />
os próximos cinco anos, estimado<br />
em cerca de 3.200 milhões de euros.<br />
Destes, cerca de dois mil milhões<br />
de euros serão para os sistemas<br />
de abastecimento de água e<br />
saneamento de águas residuais<br />
(incluindo cerca de 176 milhões de<br />
euros na Empresa Pública de<br />
Águas de Lisboa). Do bolo global<br />
destaca-se ainda uma fatia de 362<br />
milhões de euros na área dos resíduos<br />
(através da ‘sub-holding’<br />
Empresa Geral de Fomento) e 835<br />
milhões de euros nas energias renováveis.<br />
O capital social da ‘holding’ –<br />
responsável pelo abastecimento<br />
deáguaedesaneamentoa234<br />
dos 308 municípios existentes em<br />
A Águas de Portugal<br />
prevê investir nos<br />
próximos cinco anos<br />
cerca de 3.200<br />
milhões de euros<br />
no sector das águas,<br />
resíduos sólidos<br />
urbanos e energias<br />
renováveis.<br />
Portugal, assumindo a prestação<br />
do serviço público a 87,8% da<br />
população –, está actualmente fixado<br />
em 434,5 milhões de euros.<br />
Apesar do esforço de capitalização<br />
que carece, Pedro Serra<br />
realça que o grupo registou em<br />
2009 os melhores resultados líquidos<br />
de sempre, se expurgados das<br />
mais-valias financeiras assinaladas<br />
com a venda da Aquapor e da<br />
Recigroup. A AdP alcançou assim<br />
lucros de 45,9 milhões de euros.<br />
Um valor que compara com os<br />
63 milhões de euros registados em<br />
2008 e que servirá, de acordo com<br />
o gestor, de baliza de referência<br />
para os exercícios mais próximos.<br />
Ainda com base numa análise<br />
comparativa, excluindo a Aquapor<br />
e a Recigroup, que em 2009<br />
representaram 41,6 milhões de<br />
euros nas vendas do grupo, o volume<br />
de negócios cresceu em<br />
7,2%, relativamente ao exercício<br />
anterior, para 659,3 milhões de<br />
euros.<br />
Este acréscimo foi influenciado<br />
pela dinâmica dos sistemas<br />
multimunicipais, decorrente da<br />
entrada em funcionamento de<br />
mais infra-estruturas. Em termos<br />
absolutos, o resultado bruto<br />
de exploração (EBITDA) ascendeu<br />
a 280,6 milhões de euros.<br />
Para concretizar os objectivos<br />
estabelecidos nos respectivos<br />
planos estratégicos sectoriais, ao<br />
longo de 2009, o grupo AdP investiu<br />
cerca de 556,6 milhões de<br />
euros. Um dos pontos altos do<br />
plano estratégico da Águas de<br />
Portugal no último exercício foi a<br />
conclusão dos dois primeiros<br />
processos de parcerias entre o<br />
Estado e as autarquias, um na região<br />
do Alentejo, outro na zona<br />
deAveiro.Oprimeiroenvolve<br />
nove municípios, o segundo, 21.<br />
Estes projectos inserem-se no<br />
processo de reestruturação de<br />
um sector que se encontra fortemente<br />
fragmentado, dificultando<br />
a obtenção de economias de escala<br />
em cenários que exigem, por<br />
norma, pesados investimentos<br />
nas redes de distribuição. ■<br />
O sindicato da SATA contesta<br />
irregularidade em promoções.<br />
A Águas de Portugal, presidida<br />
por Pedro Serra, registou em<br />
2009 o maior lucro de sempre,<br />
45,9 milhões de euros.<br />
LUCROS<br />
45,9 milhões<br />
O lucro líquido de 2009 ascendeu<br />
a 45,9 milhões de euros, menos<br />
27,14% que o registado no ano<br />
anterior. A variação deve-se à<br />
realização de mais-valias, em<br />
2008, com a venda da Aquapor<br />
e da Recigroup.<br />
AVIAÇÃO<br />
Pessoal de cabine da SATA apresenta<br />
pré-aviso de greve em Julho e Agosto<br />
O sindicato do pessoal de cabine (SNPVAC) apresentou um pré-aviso<br />
de greve para Julho e Agosto na SATA, acusando a empresa de cometer<br />
uma ilegalidade ao promover temporariamente chefes de cabine.<br />
“Gostávamos de saber se noutros sectores também se promove<br />
directores a presidente ou chefe e se depois voltam novamente aos<br />
cargos anteriores”, afirmou à Lusa Henrique Martins, do SNPVAC. A<br />
SATA reagiu, dizendo que a substituição temporária está prevista na lei.<br />
NEGÓCIOS<br />
659,3 milhões<br />
A Águas de Portugal conseguiu<br />
um crescimento do volume<br />
de negócios de 7,24% no ano<br />
transacto, atingindo os 659,3<br />
milhões de euros no final de<br />
2009. Um ano antes, os negócios<br />
ascendiam a 614,8 milhões.<br />
ENDIVIDAMENTO<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
2.547 milhões<br />
O esforço de investimento<br />
verificado nos últimos anos, tem<br />
levado a um aumento substancial<br />
da divida bancária total da AdP,<br />
que chegou aos 2.547,3 milhões<br />
de euros. No final de 2006 esse<br />
valor era de 1.653,3 milhões.
URBANISMO<br />
EnsulMeci assina contrato de 70 milhões<br />
de euros para renovação urbana em Díli<br />
A empresa portuguesa EnsulMeci assinou um contracto com o governo<br />
de Timor Leste, no valor de 100 milhões de dólares (cerca de 73 milhões<br />
de euros) para a renovação urbana de Colmera, um dos principais<br />
bairros do centro de Díli, a capital do país. Rui Sousa, presidenteexecutivo<br />
da empresa, disse à Lusa que o projecto visa a criação<br />
de uma baixa em Dili, dotando a capital de “áreas de habitação,<br />
escritórios, serviços e hotéis”.<br />
Cimpor<br />
àespera<br />
das renúncias<br />
Três administradores renunciaram ontem<br />
aos seus cargos na gestão da cimenteira.<br />
Maria Teixeira Alves<br />
maria.alves@economico.pt<br />
Está já concluída a agenda que<br />
será levada à assembleia geral da<br />
Cimpor do próximo dia 29 de<br />
Abril. Um consenso arrancado a<br />
ferros e atrasado por desavenças<br />
políticas, mas que foi finalmente<br />
alcançado entre os novos accionistas<br />
da Cimpor. Para eleger os<br />
seus representantes, a Camargo<br />
Corrêa, a Votorantim e a Caixa<br />
Geral de Depósitos (CGD) uniram-se<br />
para propor a destituição<br />
de membros da administração e<br />
para a eleição dos novos titulares<br />
desses lugares, em face das renúncias<br />
ou destituições (a que se<br />
junta a Investifino).<br />
Este ponto 7 da agenda torna<br />
claro que os administradores escolhidos<br />
para saírem, teriam de<br />
optarentrearenúnciaeadestituição.<br />
Por isso, ontem, Pedro<br />
Empis, José Arteta e Vicente<br />
Mosquera (todos escolhidos por<br />
accionistas que já venderam as<br />
suas acções) renunciaram aos<br />
cargos. Aliás, no documento publicado<br />
no ‘site’ da CMVM, já era<br />
previsível que saíssem mais administradores<br />
até à assembleia.<br />
Para os lugares que se prevêem<br />
vagos estão propostos António<br />
Castro Guerra (’chairman’), Francisco<br />
de Lacerda (que será o presidente<br />
executivo), João Lopes Raimundo,<br />
Edison Franco, Albrecht<br />
Domenech, Walter Schalka, Álvaro<br />
Veloso e o independente José<br />
Neves Adelino. Pelo menos dois<br />
dos representantes dos accionistas<br />
brasileiros deverão ser executivos<br />
na gestão da Cimpor.<br />
Na nova agenda da assembleia<br />
geral fica claro que os accionistas<br />
terão de autorizar que os administradores<br />
da Camargo e da Votorantim<br />
entrem no Conselho de Administração<br />
da Cimpor, de que são<br />
concorrentes no Brasil. Na nova<br />
ordem de trabalhos foi incluído o<br />
ponto 9 que prevê “deliberar sobre<br />
aautorizaçãoaconcederamembros<br />
do conselho de Administração<br />
da sociedade para o exercício<br />
da actividade concorrente (por<br />
conta própria ou alheia) e/ou de<br />
funções em sociedade concorrente<br />
e relativamente à sua designação<br />
por conta ou em representação da<br />
sociedade concorrente”.<br />
Sem esta autorização, os nomes<br />
de José Edison Franco (Camargo),<br />
Albrecht Domenech<br />
(Camargo), Walter Schalka e Álvaro<br />
Veloso (ambos da Votorantim)<br />
não poderiam entrar na administração<br />
da Cimpor, assim o<br />
diz o Código das Sociedades Comerciais,<br />
no artigo 398º, nº3. O<br />
mesmo artigo define que a autorização<br />
a ser dada pela assembleia<br />
deve definir o regime de<br />
acesso a informação sensível por<br />
parte do administrador em causa<br />
(concorrente). O que ganha especial<br />
relevância no actual contexto<br />
de análise pela CA<strong>DE</strong> à concorrência<br />
no Brasil, onde a Cimpor<br />
tem 10% do mercado.<br />
O documento inclui ainda uma<br />
proposta de redução do número<br />
de administradores até ao termo<br />
do mandato em curso (até 2012).<br />
O contrato da sociedade estipula<br />
umnúmeroentre5e15parao<br />
Conselho de Administração. Esta<br />
proposta veio da Votorantim. A<br />
Camargo propôs ainda uma redução<br />
do mandato dos administradores<br />
dos actuais quatro para três<br />
anos, a contar a partir de 2012. ■<br />
<strong>DE</strong>STITUIÇÕES, RENÚNCIAS<br />
E ELEIÇÕES<br />
Saem<br />
Ricardo Bayão Horta (já saiu)<br />
Pedro Empis (já saíu)<br />
Vicente Mosquera (já saíu)<br />
José Arteta (já saíu)<br />
Luís Barbosa<br />
Jorge Salavessa Moura<br />
Manuel Faria Blanc<br />
Ficam e entram<br />
Ficam: António Gomes Mota;<br />
José Fino; Jorge Tomé; Luís<br />
Sequeira Martins; António Varela;<br />
Luís Ribeiro Vaz<br />
Entram: António Castro Guerra;<br />
Francisco Lacerda; João Lopes<br />
Raimundo; Edison Franco; Albrecht<br />
Domenech; Walter Schalka; Álvaro<br />
Veloso; José Neves Adelino<br />
O “Wine Masters Challenge 2010”<br />
realizou-se este ano no Estoril.<br />
Accionistas da Cimpor estabilizaram<br />
a empresa, pelo menos<br />
até à assembleia geral.<br />
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VINHOS<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 23<br />
Serros da Mina 2006 Tinto<br />
premiado com medalha de ouro<br />
A Adega Herdade das Barras conquistou a medalha de Ouro na XII<br />
Edição do Concurso Mundial de Vinhos “Wine Masters Challenge 2010”<br />
com o vinho Serros da Mina 2006 Tinto. A XII Edição do Concurso<br />
Mundial de Vinhos “Wine Masters Challenge 2010” realizou-se ao longo<br />
dos dias 5 e 10 de Abril, no Estoril, onde foram testados cerca de 4.497<br />
vinhos perante um júri internacional, qualificando para a final 3.751<br />
onde foram atribuídas apenas 258 medalhas nas várias categorias.<br />
João Paulo Dias
24 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
TELECOMUNICAÇÕES<br />
Operadora de fibra óptica espanhola<br />
prepara expansão para Portugal<br />
A capital de risco britânica CVC Capital Partners comprou uma posição<br />
de 35% da R, operadora de por fibra óptica galega, que poderá avançar<br />
para Portugal. A CVC planeia aumentar a sua participação, avança a<br />
empresa em comunicado. A empresa de capital de risco injectará 1.500<br />
milhões de euros na R nos próximos cinco anos, para que a operadora<br />
da Galiza expanda as suas actividades a “toda a Península Ibérica”,<br />
através da compra de outras operadoras, refere o “BandaAncha”.<br />
O aeroporto da Portela terá mais<br />
30 lojas de ‘prestígio’ e um Spa.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
Se se confirmar que a Portela vai<br />
fechar em menos de dez anos, é<br />
certo que os seus últimos dias não<br />
vão ser de decadência. Antes pelo<br />
contrário: até ao seu fecho, o actual<br />
aeroporto de Lisboa irá ser<br />
dotado de equipamentos que<br />
nunca viu nas anteriores décadas.<br />
É essa a firme intenção dos actuais<br />
responsáveis da ANA – Aeroportos<br />
de Portugal, empresa que gere<br />
o sistema aeroportuário nacional,<br />
para evitar a quebra da qualidade<br />
de serviço e conforto prestado aos<br />
passageiros.<br />
Um processo que começou<br />
por novos terminais de passageiros<br />
e de carga aérea, prolongouse<br />
com a mais que duplicação de<br />
portas de embarque com mangas<br />
telescópicas e vai prosseguir nos<br />
próximos anos: novos espaços de<br />
lazer, novos cafés e restaurantes,<br />
alguns deles só para fumadores,<br />
um ‘SPA’, mais de 30 novas lojas<br />
de marcas de prestígio, novos<br />
acessos rodoviários à zona das<br />
chegadas e um novo terminal<br />
para transportes colectivos, são<br />
alguns dos trunfos com que a<br />
ANApretendecativarospassageiros<br />
esperados para os próximosanosnaPortela.<br />
A ANA prevê que em 2017 a<br />
Portela receba entre 16,7 milhões<br />
de passageiros, segundo o cenário<br />
pessimista, e 19,5 milhões, de<br />
acordo com as estimativas mais<br />
optimistas. O ano de 2017 é fundamentalporqueéoanoesperado<br />
do início da operação do novo aeroporto<br />
internacional de Lisboa,<br />
no Campo de Tiro de Alcochete.<br />
Guilhermino Rodrigues, presidente<br />
da ANA, disse ontem, num<br />
encontro com jornalistas, que,<br />
caso o novo aeroporto de Lisboa<br />
não entre em funcionamento em<br />
2017, “posso processar mais passageiros<br />
na Portela em 2018 e<br />
2019, mais do que os 17 milhões<br />
[de passageiros/ano, que é a capacidade<br />
limite da Portela], mas vou<br />
degradar a qualidade do serviço”.<br />
No ano passado, a Portela mo-<br />
O evento destina-se principalmente<br />
aos portugueses radicados em França.<br />
INTERNACIONALIZAÇÃO<br />
Invest Lisboa promove evento<br />
para captação de investimento em Paris<br />
A Invest Lisboa, uma parceria da Câmara Municipal de Lisboa, da<br />
Associação Comercial de Lisboa e da AICEP, vai promover, no próximo<br />
dia 18 de Maio, o primeiro evento fora do país para captação de<br />
investimento para a cidade de Lisboa. A Embaixada de Portugal em<br />
Paris vai acolher o evento “Promoção de Lisboa em Paris”, que visa<br />
promover as oportunidades de negócio em Lisboa e se dirige<br />
prioritariamente aos empresários portugueses e luso-descendentes.<br />
Aeroporto da Portela vai ter SPA e mais<br />
<strong>Plano</strong> de expansão do aeroporto da capital vai prolongar-se até 2012 e exigir mais cerca de 160 milhões<br />
A ANA já registou<br />
uma recuperação<br />
de 8,5% no tráfego<br />
da Portela no<br />
primeiro trimestre.<br />
Até 2017, deverá<br />
receber até 16,7<br />
ou 20,5 milhões<br />
de passageiros.<br />
Novo aparelho portátil que vai<br />
ajudar a monitorizar as entradas<br />
e saídas do aeroporto.<br />
O presidente da ANA, Guilhermino<br />
Rodrigues apresentou as novidades<br />
nosaeroportosqueaempresagere.<br />
vimentou 13,2 milhões de passageiros,<br />
uma queda de 2,5% face a<br />
2009, mas os primeiros meses<br />
deste ano têm registado uma tendência<br />
de forte recuperação, com<br />
umasubidade8,5%faceaoperíodo<br />
homólogo de 2009.<br />
O projecto do actual plano de<br />
expansão deu os primeiros passos<br />
em 2003, com um estudo dos<br />
norte-americanos da Parsons,<br />
mas só foi aprovado pela administração<br />
da ANA em 2005. Tendo<br />
arrancado no terreno em<br />
2006, só deverá estar concluído<br />
em 2012, após um investimento<br />
de 380 milhões de euros. Desse<br />
montante, já foram aplicados<br />
216,5 milhões.<br />
Para este ano, está previsto o<br />
investimento de 82 milhões de<br />
euros. Para 2011, a ANA programou<br />
aplicar mais 55 milhões, enquanto<br />
em 2012 deverão ser investidos<br />
mais 21 milhões de euros<br />
na Portela. O director do aeroporto<br />
da Portela, Francisco Severino,<br />
disse ontem que este plano<br />
foi a única forma de responder à<br />
procura que houve antes da crise<br />
financeira global, a partir de<br />
Agosto de 2008, sublinhando que<br />
as obras decorreram no prazo<br />
previsto, abaixo do orçamentado<br />
– uma poupança de 12 milhões de<br />
euros até ao momento – e sem<br />
degradação das condições de utilização<br />
do aeroporto.<br />
Os próximos meses poderão<br />
confirmar a tendência de recuperação<br />
do tráfego de passageiros na<br />
Portela. Entre reforço de voos já<br />
existentes, ligações de novas<br />
companhas para destinos já escalados<br />
e novas rotas a partir da<br />
Portela, a ANA reclama que o Verão<br />
IATA – época utilizada nos aeroportos<br />
internacionais, que se<br />
inicia em Março e se prolonga até<br />
Outubro – de 2010 vai ter mais de<br />
90 novos destinos regulares, dos<br />
quais 64 nas Europa e 11 domésticos.<br />
Marraquexe, Dusseldorf, São<br />
Vicente (Cabo Verde) Copenhaga<br />
e Campinas (estado de São Paulo,<br />
no Brasil) são as apostas que poderão<br />
render mais dividendos a<br />
curto-prazo (ver texto ao lado). ■
Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> Nº <strong><strong>48</strong>68</strong> não pode<br />
ser vendido separadamente | 15 Abril 2010<br />
INOVAÇÃO<br />
&TECNOLOGIA<br />
Televisão 3D<br />
Samsung, LG e<br />
Panasonic iniciaram<br />
a guerra. Descubra<br />
os modelos. P. IV<br />
iPad<br />
Quem pode<br />
ofuscar a<br />
nova estrela<br />
da Apple<br />
Conheça os pontos fortes e fracos<br />
do novo fenómeno da Apple. E descubra<br />
o que os rivais Microsoft, Dell e HP estão<br />
a preparar para lhe fazer frente.<br />
P. II<br />
Gadgets<br />
António Câmara não<br />
dispensa dois objectos<br />
no dia-a-dia. Mas ainda<br />
lhe falta um. P. VI<br />
Twitter quer fazer dinheiro<br />
com cada ‘tweet’ enviado<br />
Devido ao<br />
sucesso de<br />
vendas nos<br />
EUA, a Apple<br />
adiou por um<br />
mês a chegada<br />
do iPad aos<br />
mercados<br />
internacionais.<br />
A rede social de micromensagens vai apostar na introdução de publicidade<br />
para potenciar o negócio, replicando o modelo que encheu os bolsos da Google. P. VII
II<br />
INOVAÇÃO&TECNOLOGIA HOME PAGE<br />
iPadeos<br />
rivais que<br />
lhe podem<br />
fazer sombra<br />
Há vida para além do iPad? Há. Conheça<br />
os prós e contras do ‘tablet’ da Apple e saiba<br />
o que os concorrentes estão a preparar.<br />
Éo ‘gadget’ sensação dos seguidores<br />
da Apple e já fez<br />
correr rios de tinta – e caracteres<br />
na Internet – desde<br />
que foi anunciado. O<br />
iPad levou milhares de pessoas<br />
a esperar numa fila interminável<br />
em frente às lojas<br />
da Apple. Já vendeu cerca de 500 mil unidades,<br />
foi considerado revolucionário, arrasado<br />
pela crítica, desbloqueado por um ‘hacker’<br />
e destruído por um adolescente com um taco<br />
debaseball.Tudonoespaçodeumasemana.A<br />
procura foi tal que a Apple viu-se obrigada a<br />
adiar, por um mês, a distribuição nos mercados<br />
internacionais.<br />
O ‘tablet’ da dona do iPhone não é consensual<br />
mas, num ponto, os especialistas estão de<br />
acordo: é versátil e permite várias utilizações,<br />
como ler livros electrónicos ou jornais e ver<br />
vídeos. Contudo, apesar do ecrã ‘touch’ ter um<br />
‘interface’ totalmente inovador - ou mesmo<br />
com o teclado comprado à parte – o iPad não<br />
substitui o computador.<br />
“Seéuminternauta,usaredessociais,email,<br />
fotos, vídeos, livros, jornais e música esta pode<br />
ser a opção ideal”, considerou o crítico veterano<br />
do “Wall Street Journal”, Walter Mossberg,<br />
apósumasemanadeteste.Abateriaéoutradas<br />
características positivas: chega a durar um dia<br />
inteiro com uma utilização intensiva. “Contudo,seprecisadeeditarimagensoudocumentos<br />
ou ter vídeo para ‘chat’ então o iPad não substitui<br />
o seu actual computador”, garante. A maioriadoscríticosreferequeoaparelhonãosuporta<br />
Flash, formato vídeo da Adobe usado nos ‘sites’comfunçõesmultimédia.Estes,contudo,já<br />
estão a fazer experiências em HTML5 (próxima<br />
geração de código de programação de pá<strong>gina</strong>sdeinternet),queécompatívelcomoiPad.<br />
Apesar dos pontos positivos as falhas rapidamente<br />
se revelaram. O facto de não permitir<br />
correr várias aplicações ao mesmo tempo é a<br />
maior crítica apontada. “O iPad não é multitarefa,correumaaplicaçãodecadavezevemsem<br />
câmara não permitindo vídeochamada”, apontouDavidPogue,do“TheNewYorkTimes”.<br />
A ausência de câmara não foi esquecimento:<br />
a Apple costuma deixar alguns extras de<br />
fora da primeira versão para as incorporar nas<br />
seguintes. Foi assim com o iPhone, que só na<br />
segunda versão teve 3G e só no Verão é que vai<br />
permitir ‘multitasking’, com o novo sistema<br />
operativo 4 OS.<br />
A actualização, de resto, estará disponível<br />
para o iPad no Outono. Um pouco antes da<br />
previsão de chegada do iPad a Portugal, que ficou<br />
fora da lista de países escolhidos para receber<br />
o ‘tablet’ já no final deste mês. Enquanto<br />
a estrela de Steve Jobs não chega a Portugal as<br />
alternativas começam a ser cada vez mais.<br />
Basta escolher a sua preferida. Por Cátia Simões<br />
Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 15.04.2010<br />
CARACTERÍSTICAS<br />
Ecrã: 9,7 polegadas<br />
Dimensões: 242,8 x 189,7<br />
x 13,4 mm. 680 gramas.<br />
Processador: 1,0 GHz<br />
Apple A4<br />
Memória: 16GB/32GB/<br />
64 GB<br />
Sistema Operativo:<br />
iPhone OS<br />
Conectividade: Bluetooth<br />
2.1+EDR,WiFiN,3Gopcional.<br />
Conector padrão da<br />
Apple (30 pinos); Leitor de<br />
cartão externo vendido<br />
separadamente.<br />
Extras: vai ter periféricos<br />
como o teclado.<br />
Preço: apartirde499<br />
dólares (350 euros) na versão<br />
sem 3G.<br />
Comercialização: Em<br />
Portugal no final do ano.<br />
Steve Jobs<br />
O presidente da Apple<br />
apresentou o iPad em<br />
Janeiro, mas o ‘tablet’<br />
só chegou ao mercado<br />
norte-americano em Abril.<br />
Até agora já vendeu 500<br />
mil unidades.<br />
Oprimeiro<br />
‘tablet’<br />
Apesar do ‘hype’ em<br />
tornodoiPad,oprimeiro<br />
a apresentar um ‘tablet’<br />
foi Bill Gates, presidente<br />
da Microsoft, a principal<br />
concorrente da Apple.<br />
Em Novembro de 2001,<br />
na Comdex Fall, Gates<br />
apresentou o protótipo<br />
de um aparelho portátil<br />
‘tablet’, desenvolvido<br />
pela Toshiba.<br />
O que deve saber sobre o iPad<br />
1.<br />
Qual a diferença<br />
entre um iPad<br />
e um computador<br />
portátil ou um<br />
‘e-reader’?<br />
O termo computador<br />
portátil tem sido<br />
substituído por uma<br />
série de outros conceitos<br />
mais específicos,<br />
desde ‘netbook’<br />
a ‘slate’. O iPad<br />
enquadra-se na categoriado‘slate’,ou<br />
‘tablet’, dado que não<br />
tem teclado. Além<br />
disso, para navegar<br />
no computador, utiliza-se<br />
o ecrã sensível<br />
ao toque, tal como no<br />
iPhone ou no iPod<br />
Touch, que é possível<br />
em alguns portáteis<br />
mas não em todos.<br />
No que toca ao ‘e-reader’,<br />
como o Kindle, a<br />
principal diferença é<br />
queoiPadéacorese<br />
mostra os livros hori-<br />
zontalmente, com<br />
duas pá<strong>gina</strong>s, ou verticalmente,<br />
com só<br />
uma pá<strong>gina</strong>. O Kindle<br />
só mostra a pá<strong>gina</strong><br />
verticalmente. Além<br />
disso, no Kindle,<br />
pode-se ter acesso<br />
a todos os livros<br />
da Amazon.com. No<br />
iPad começou-se<br />
com 30 mil livros<br />
da iBookstore.<br />
2.<br />
Para que serve<br />
oiPad?<br />
Ler livros electrónicos<br />
ou jornais (os<br />
grupos de media<br />
estão a degladiar-se<br />
para terem uma edição<br />
disponível no<br />
iPad, mediante assinatura),<br />
consultar emails<br />
ou outras pá<strong>gina</strong>s<br />
de internet e ver<br />
vídeos em ‘streaming’<br />
ou fazer o ‘download’<br />
do ‘site’ da Apple, já<br />
queoiPadnãotem<br />
leitor de DVD. E permite<br />
utilizar as aplicações<br />
disponíveis no<br />
iTunes e ainda jogar<br />
jogos. O iPad é<br />
melhor para, por<br />
exemplo, quem lê<br />
blogues do que para<br />
quem tem blogues.<br />
Ou para quem<br />
não tem de escrever<br />
respostas muito<br />
longas a e-mails.<br />
3.<br />
Quando posso<br />
comprar um iPad<br />
em Portugal<br />
e quanto custa?<br />
OiPadsóchegaao<br />
mercado português<br />
no final deste ano,<br />
mais ainda a tempo<br />
do Natal. A Apple<br />
ainda não divulgou<br />
quanto vai custar o<br />
equipamento fora<br />
dos Estados Unidos,<br />
ondeospreços
variam entre os 499<br />
dólares(cercade375<br />
euros) e os 829 dólares<br />
(cerca de 620 euros). A<br />
partir de 499 dólares é<br />
possível comprar a versão<br />
de 8GB sem 3G. A<br />
versão mais cara equivale<br />
ao aparelho de<br />
64GB com 3G.<br />
4.<br />
Quando vão<br />
estar disponíveis<br />
os acessórios<br />
para o iPad?<br />
No início a Apple colocou<br />
à venda o equipamento<br />
sem ter disponível<br />
o teclado ou o adaptador<br />
para USB (o equipamento<br />
não tem portas<br />
USB), que só estarão<br />
disponíveis em Maio.<br />
Quem já experimentou<br />
o equipamento refere<br />
que o teclado ‘touch’ é<br />
difícil de usar, pelo que<br />
será preferível, para<br />
quem quer escrever<br />
textos mais longos, ter<br />
o teclado físico. Outro<br />
acessório que poderá<br />
chegar é uma câmara<br />
para videochamada ou<br />
fotografia: o iPad veio<br />
sem dispositivo de captação<br />
de imagem.<br />
5.<br />
Posso fazer várias<br />
coisas ao mesmo<br />
tempo no iPad?<br />
O iPad possibilita a<br />
navegação na internet,<br />
embora não leia pá<strong>gina</strong>s<br />
‘web’ suportadas<br />
em ‘flash’. Muitos ‘sites’<br />
estão a redesenhar-se<br />
em HTML5, que pode<br />
ser suportado no iPad.<br />
Uma das críticas ao iPad<br />
é a falta de ‘multitask’;<br />
ou seja, só é possível<br />
aceder a uma aplicação<br />
de cada vez. A Apple,<br />
segundo rumores, está<br />
aprepararumnovosistema<br />
operativo que permite<br />
o ‘multitask’.<br />
a concorrência<br />
CONFIRMADOS<br />
Fusion Garage JooJoo<br />
Ecrã: 12,1 polegadas<br />
Dimensões: 199x324,5x18,5 mm.<br />
1.100 gramas.<br />
Processador: 6GHz Atom processor<br />
com 1GB RAM.<br />
Memória: 4GB<br />
Sistema operativo: n.d.<br />
Conectividade: ‘bluetooth’ 2,1.<br />
wireless EDR. ‘wi-fi’. Entrada USB<br />
Extras: Entrada para auscultadores,<br />
câmara incorporada de 1.3MP<br />
para videoconferência.<br />
‘Pop-up para aviso no multitasking’.<br />
Autonomia de 5 horas.<br />
Preço: a partir de 499 dólares<br />
(350 euros)<br />
Comercialização: já disponível<br />
nos Estados Unidos<br />
HP Slate<br />
Ecrã: 8,9 polegadas<br />
Dimensões: 150x234x147mm.<br />
Processador: Intel 1.6-GHz Intel<br />
“Menlow” Atom<br />
Memória: 1GB de RAM com capacidade<br />
de armazenamento de 32GB ou 64GB<br />
Sistema Operativo: Windows 7<br />
Conectividade: entrada USB e HDMI,<br />
‘bluetooth’, ‘slot’ para cartão SIM. 3G<br />
opcional. GPS. Autonomia de cinco horas<br />
Extras: duas câmaras, uma VGA<br />
e outra com 3MP<br />
Preço: a partir de 400 euros<br />
Comercialização: Junho<br />
(segundo rumores)<br />
Dell Streak<br />
Ecrã: 5 polegadas<br />
Dimensões: n.d.<br />
Processador: n.d.<br />
Memória: n.d.<br />
Sistema Operativo: Google Android 1.6<br />
Conectividade: ‘Bluetooth’, ‘wi-fi’, 3G<br />
Extras: várias opções de capas.<br />
Câmara VGA ou de 5MP com autofocus<br />
e flash. Acesso a 300 mil livros na loja<br />
da Kindle, MP3 da Amazon e mais<br />
de 50 mil séries e filmes.<br />
Teclas de navegação com ‘touch’.<br />
Preço: a partir de 500 dólares (368 euros)<br />
Comercialização: n.d.<br />
HOME PAGE INOVAÇÃO&TECNOLOGIA III<br />
ANUNCIADOS<br />
Neofonie WePad<br />
Ecrã: 11,6 polegadas<br />
dimensões: 288 x 190 x 13 mm.<br />
800 gramas.<br />
Processador: 1,66 GHz Intel Atom N450<br />
Pineview-M<br />
Memória: 16 GB NAND Flash. 32 GB<br />
interna opcional + SD Card 32 GB<br />
Sistema Operativo: Google Android<br />
Conectividade: Bluetooth 2.1,<br />
WiFi N, 3G opcional. 2 portas USB,<br />
leitor de cartão,<br />
saída de áudio, ‘slot’ para cartão SIM,<br />
conector multi-pino.<br />
Extras: webcam com 1,3MP. Flash<br />
eAdobeAir.Acessoalojadeaplicações.<br />
Seis horas de autonomia.<br />
Preço: n.d.<br />
Comercialização: n.d.<br />
Sony PSPad<br />
Ecrã: n.d.<br />
Dimensões: n.d.<br />
Processador: n.d.<br />
Memória: n.d.<br />
Sistema Operativo: n.d.<br />
Conectividade: n.d.<br />
Extras: Sony Online Service<br />
irá fornecer conteúdos;<br />
vai possibilitar jogar jogos da<br />
Playstation e ler e-books.<br />
Preço: n.d.<br />
Comercialização: n.d.<br />
Microsoft Courier<br />
Ecrã: dois ecrãs de 7 polegadas<br />
Dimensões: n.d.<br />
Processador: n.d.<br />
Memória: n.d.<br />
Sistema Operativo: Tegra 2<br />
Conectividade: ‘wi-fi’<br />
Extras: uma câmara integrada e ainda<br />
uma entrada para ‘headphones’<br />
Preço: n.d.<br />
Comercialização: n.d.<br />
HP Slate Dell Streak<br />
Neofonie WePad<br />
Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>
IV<br />
INOVAÇÃO&TECNOLOGIA MENU<br />
Televisões 3D<br />
invadem salas de estar<br />
Os equipamentos 3D já entraram nas lojas, mas o preço pode ainda ser<br />
um dos maiores entraves à massificação.<br />
As televisões de hoje não<br />
são nem de perto nem<br />
de longe iguais aquelas<br />
que os nossos pais tinham<br />
há 20 anos. Primeiro<br />
chegou a cor à<br />
imagem, depois os próprios<br />
aparelhos foram<br />
ganhando novos designs até se tornarem cada<br />
vez mais finos. Hoje está em curso uma nova<br />
revolução tecnológica na área da televisão. A<br />
tecnologia a três dimensões (3D) invadiu os<br />
cinemas depois do lançamento do filme “Avatar”<br />
e prepara-se agora para entrar nas salas<br />
de estar dos portugueses.<br />
Depois da Samsung e da Panasonic invadirem<br />
as prateleiras das lojas, este mês, a LG revela<br />
a nova série INFINIA (televisores a 3D),<br />
que apesar de não estar disponível para venda<br />
pode ser testada nas lojas da Fnac do Centro<br />
Comercial Colombo, Cascais Shoppping e Fórum<br />
Almada. A INFINIA será apresentada,<br />
em Portugal, ainda este mês e promete chegará<br />
às lojas a partir de Maio.<br />
Alguns especialistas do sector acreditam<br />
que estes televisores marcam uma nova era da<br />
televisão, mas que o sucesso não será imediato.<br />
O preço será provavelmente o maior entrave<br />
à venda destes equipamentos. Actualmente,<br />
um televisor a 3D custa mais de 1.500 eu-<br />
Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 15.04.2010<br />
CARACTERÍSTICAS<br />
Modelos ALGinformou<br />
que a gama Infinia conta<br />
ainda com ecrãs de plasma<br />
e LCD Full Led Slim.<br />
Design Os modelos de TV<br />
3D da LG tem um design<br />
sofisticado, minimalista<br />
que combinam com uma<br />
moldura fina.<br />
Conectividade Incluem<br />
um vários tipos de ligações<br />
entretenimento,<br />
incluindo o NetCast, o<br />
SkypeTMeoYouTube<br />
entre outros.<br />
17% Maisde17%dosutilizadoresportugueses<br />
jáusamosistemaoperativo Windows7.<br />
ros, sendo que será necessário comprar novos<br />
periféricos, tais como o leitor de DVD, e os<br />
óculos que permitem ter uma experiência 3D.<br />
De acordo, com Michael Rosenberg, professor<br />
da Universidade de Nortwestern e especialista<br />
em problemas oftalmológicos, estes óculos<br />
além de serem cansativos podem agravar ainda<br />
mais problemas de visão e provocar dores<br />
de cabeça.<br />
Também o custo para desenvolver conteúdos<br />
em 3D é bastante mais elevado de que a<br />
2D. Segundo a consultora Pricewaterhouse<br />
Coopers produzir conteúdos 3D através do<br />
computador fica mais caro entre 5% e 10%,<br />
mas se os filmes forem de acção o valor sobe<br />
para 15%. “Um preço que apenas será justificado<br />
em alguns filmes”, diz David Wertheimer,<br />
CEO da USC Entertainment Center.<br />
Apesar dos entraves, os fabricantes estão<br />
confiantes do sucesso que a tecnologia 3D vai<br />
ter e, como tal, estão a investir milhões de euros.<br />
E não é para menos. As previsões mais optimistas<br />
apontam para que, este ano, sejam<br />
vendidos 2,2 milhões de televisores 3D e que,<br />
em 2013, 25% dos equipamentos comercializados<br />
já incorporem esta capacidade. Previsões<br />
à parte, o que é certo é que os televisores<br />
3D da Panasonic esgotaram nos Estados Unidos<br />
na primeira semana em que foram postos<br />
à venda. Por Sara Piteira Mota<br />
OS ADVERSÁRIOS<br />
Samsung<br />
Os novos TV 3D da Samsung já estão à venda<br />
em Portugal. A fabricante realça que estes modelos<br />
possuem ainda tecnologia de conversão<br />
de 2D em 3D, possibilitando a visualização de<br />
qualquer conteúdo em 3D apenas com o premir<br />
de um botão. Pioneira em tecnologia 3D, a<br />
SamsungtemumaparceriacomaMeo,queirá<br />
agregar e distribuir conteúdos 3D aos clientes, e<br />
com a DreamWorks, para disponibilização de alguns<br />
títulos da produtora norte-americana.<br />
Modelos: vários<br />
PVP: entre os € 1.400 e os € 3.000<br />
Panasonic<br />
Os primeiros TV Plasma Full HD 3D da Panasonic<br />
vão estar à venda em Portugal ainda este<br />
mês. A série VT20 é composta por um plasma<br />
de 50 polegadas (cerca de 130 cm) e por outro<br />
plasma de 65 polegadas (cerca de 170 cm). Ambos<br />
têm um design sofisticado com uma moldura<br />
em bronze metalizado e vêm equipados com<br />
uns óculos 3D Panasonic. Nos Estados Unidos as<br />
vendas dos televisores 3-D da Panasonic esgotaram<br />
na primeira semana.<br />
Modelos TX-P50VT20 ou TX-P65VT20<br />
PVP: € 2.999 e € 5.399<br />
Sony<br />
As novas televisões BRAVIA 3D são as primeiras<br />
a utilizar a tecnologia Full HD 3D da Sony. A fabricante<br />
garante que com os óculos será transportado<br />
para o extraordinário mundo a 3D,<br />
criando uma sensação de profundidade única,<br />
com imagens incrivelmente realistas e definidas.<br />
Em termos de conectividade este TV disponibiliza<br />
acesso Wi-Fi integrado para conteúdos e<br />
serviços on-line e Internet ‘widgets’. E porque o<br />
design também interessa, a LX900 é iluminada<br />
por trás o que confere algum estilo à sua casa. E<br />
porque o tamanho também importa pode optar<br />
por um Bravia com as medidas: 40” (102cm), 52”<br />
(132cm) ou 60” (152cm).<br />
Modelo: LCD BRAVIA LX900 PVP: sob consulta<br />
184 SegundoaGfK,em2009,osectordosvideojogos<br />
emPortugalvalia184milhõesdeeuros.
‘Big Brother’ animal<br />
Já pensou como seria ver o mundo pelos olhos<br />
do seu animal de estimação? Experimente<br />
comprar uma Pet Eye View Camera, que é uma<br />
câmara digital pequena (cerca de 6 cm) e leve<br />
que se prende na coleira do animal e tira<br />
fotografias em intervalos de 5, 10 ou 15 minutos.<br />
Assim já fica a saber o que realmente o seu<br />
animal faz na sua ausência. A sua memória<br />
interna consegue armazenar 40 fotografias, e<br />
podem ser descarregadas em PC e Mac.<br />
Pet Eye View Camera (The Uncle Milton);<br />
PVP: a partir de € 50<br />
Navegue nas redes sociais<br />
A Microsoft apresentou esta semana, depois<br />
de muitos rumores, dois ‘smartphone’ para<br />
quem usa intensivamente as redes sociais.<br />
O Kin One e Kin Two, da Sharp. Além do ecrã ‘touch’,<br />
têm um teclado Qwerty ‘slide’, câmara fotográfica<br />
de 5MP e 8MP respectivamente e possibilidade<br />
de filmar em HD. Na Europa vai ser comercializado<br />
pela Vodafone, mas para já não está prevista<br />
a chegada a Portugal.<br />
Kin One e Kin Two (Microsoft); PVP: não divulgado.<br />
Seis colunas numa só<br />
Este sistema de som da Asus para computador<br />
tem cinco canais mas com um ‘design’<br />
compacto. Pode ser utilizada para jogos ou<br />
entretenimento sonoro, como ‘home’ cinema.<br />
Tem uma nova tecnologia que fornece um som<br />
equivalmente a soluções com seis colunas,<br />
numa só coluna, integrando uma série de<br />
altifalantes numa única barra.<br />
Cine 5 PC (Asus); PVP: € 149<br />
OSonyVaio<br />
maisecológico<br />
desempre<br />
Nem a tecnologia escapa da onda ecológica que está a<br />
invadir as prateleiras das lojas. A japonesa Sony lançou,<br />
no Brasil, o seu primeiro ‘netbook’ feito com plástico<br />
reciclado. Cerca de 80% das peças de plástico utilizadas<br />
no Vaio W Eco são recicladas de CD e DVD. Além disso,<br />
estes portáteis só vão ser vendidos em lojas físicas para<br />
evitar o uso das caixas de papelão no transporte.<br />
Também os manuais de instruções foram substituídos<br />
por versão electrónica, o que resulta numa diminuição de<br />
70% do papel gasto.<br />
VaioWEco(Sony);cercade€900<br />
50% tecnológico 50% ecológico<br />
Um fotógrafo<br />
dentro da câmara<br />
É o novo modelo de topo da Casio. A EXILIM EX-Z2000,<br />
que conjuga um sensor de imagem de 14,2 megapixéis<br />
com uma objectiva de 5x de zoom, tem um design<br />
simples e elegante. As novas câmaras fotográficas<br />
escondem um interior cheio de tecnologia, onde pontua<br />
uma bateria de alta capacidade (capaz de tirar até 550<br />
fotografias com uma só carga). Estas câmaras estão<br />
preparadas para “actuar” em situações difíceis como<br />
fotos à noite, em contraluz ou em condições difíceis de<br />
iluminação. A EXILIM EX-Z2000 funciona também como<br />
um verdadeiro fotógrafo digital, capaz de tomar decisões<br />
inteligentes sempre que para tal seja solicitado.<br />
EXILIM EX-Z2000 (Casio); PVP: € 199<br />
MENU INOVAÇÃO&TECNOLOGIA V<br />
iSteve<br />
livros<br />
Milionários acidentais<br />
Um crime, uma ideia genial, um negócio de<br />
milhões: toda a história da criação do Facebook,<br />
desde o dia em que Mark Zuckerberg invadiu os<br />
servidores da Universidade de Harvard até à<br />
ruptura com o seu melhor amigo. O Facebook é<br />
ahistóriadeumcrime,dedoisgénios<br />
socialmente inadaptados.<br />
Ben Mezrich (Editora Lua de Papel); PVP: € 16<br />
É uma biografia e um guia sobre liderança e inovação<br />
do CEO da Apple, Steve Jobs. Nele vai encontrar<br />
segredos e episódios relacionados com a origem dos<br />
produtos mais emblemáticos - como o iPod, o iTunes<br />
ou o iMac - e conhecer toda a história por detrás do<br />
fenómeno que aliou alta tecnologia, design e visão<br />
comercial e estratégica para alcançar o topo.<br />
Leander Kahney (Editorial Presença); PVP: € 16<br />
internet<br />
Chatroulette<br />
O site Chatroulette criado por um jovem de Moscovo<br />
é o novo fenómeno da internet. Este permite conversar<br />
com pessoas de todo o mundo através de uma<br />
‘webcam’eéjáumsucessoentremaisde20milpessoas.<br />
O criador do site, Andrey Temovskiy, de 17 anos,<br />
revelou ao jornal “The Guardian” que a ideia lhe surgiu<br />
num dia de tédio, quando, cansado de seguir os<br />
comentários dos amigos no Twitter, Facebook e<br />
Skype, se lembrou de criar um serviço que lhe permitisse<br />
falar cara a cara com novas pessoas.<br />
www.chatroulette.com<br />
apps<br />
Google Docs muda<br />
Algo previsto, ou preparativos para<br />
bater de frente com o Office Web<br />
Apps? Independente do motivo, o<br />
Google Docs foi totalmente reformulado.<br />
O Docs (editor de textos)<br />
permite agora ver as colaborações dos editores<br />
em tempo real, caracter por caracter, com 50<br />
pessoas a trabalhar num mesmo documento..<br />
www.google.com<br />
PayPal no iPhone<br />
A aplicação para iPhone do PayPal,<br />
lançada há três semanas, acaba de<br />
ultrapassar a marca de um milhão<br />
de ‘downloads’. Segundo dados do<br />
site TechCrunch, a aplicação permite<br />
gerenciar contas no PayPal, realizar doações,<br />
angariar valores para eventos, lembrar de pagamentos<br />
futuros, entre outros. A aplicação é gratuita<br />
tem suporte a 15 idiomas e uma ferramenta<br />
de conversão monetária. A empresa norte-americana<br />
Pay Pal conta com 81 milhões de contas<br />
activas em 190 países e 24 moedas diferentes.<br />
www.paypal.com/pt<br />
90 Acadaminuto,cercade90.000vídeosou<br />
imagenssãocolocadosnaInternet. 462 DeacordocomnúmerosdacomScore,<br />
oFacebooktem462milhõesdeutilizadores.<br />
Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>
VI<br />
INOVAÇÃO&TECNOLOGIA EXTRAS<br />
António Câmara,<br />
presidente<br />
e fundador da<br />
YDreams, gostava<br />
que existisse um<br />
computador com<br />
menos de 100<br />
gramas.<br />
NÃO VIVO SEM...<br />
Nokia N78<br />
António Câmara<br />
Presidente da YDreams<br />
Quem o conhece sabe que António<br />
Câmara sonhava em ser tenista<br />
enquanto estudava engenharia<br />
no Instituto Técnico (IST). Chegou<br />
mesmo a decidir abandonar<br />
os estudos no quarto ano para se<br />
dedicar a uma carreira profissional<br />
no ténis, mas uma lesão grave<br />
que sofreu aos 21 anos levou-o a prosseguir os estudos<br />
de engenharia.<br />
Com o destino a trocar-lhe as voltas, acabou por se<br />
destacar como pioneiro na investigação em informação<br />
geográfica. Um trabalho que resultou na criação da Y-<br />
Dreams, uma empresa de sucesso na área do software<br />
para multimédia, realidade virtual e computação móvel.<br />
Fundou a YDreams na viragem do século, mas antes<br />
esteve a liderar dezenas de projectos de investigação<br />
científica financiados pela Fundação para a Ciência<br />
e Tecnologia, National Science Foundation, NATO e<br />
União Europeia.<br />
Hoje não vive sem o seu telemóvel Nokiaeéinseparável<br />
do seu apontador de laser, que usa como caneta.<br />
Mas o gadget que gostaria mesmo de ter era um computador<br />
que apenas pesasse 100 gramas e isso nem o iPad<br />
que ainda pesa 600 gramas.<br />
Licenciado em Engenharia Civil, António Câmara é<br />
doutorado em Engenharia de Sistemas Ambientais, na<br />
Universidade de Virginia Tech em 1982. Passou também<br />
pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT)<br />
e é hoje professor catedrático da Faculdade de Ciências<br />
e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.<br />
Tem mais de cento e cinquenta publicações internacionais,<br />
em que se destaca o livro Environmental<br />
Systems, publicado pela Oxford University Press<br />
(2002). Com um vasto currículo e uma empresa inovadora,<br />
os seus projectos têm sido abordados, não só pelos<br />
media portugueses, mas também na CNN, Euro<br />
News, TVE, CNBC Europe, New York Times, Business<br />
Week, Wired, El País, Libération, Guardian e La Stampa.<br />
Por Sara Piteira Mota<br />
Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira – 15.04.2010<br />
1.Gadgetindispensávelnoquotidiano<br />
Telemóvel NOKIA N78. Pelas razões óbvias e porque<br />
sou um admirador fiel da NOKIA.<br />
2.Equipamentoimprovável<br />
Caneta que tem um apontador de laser. Uso como caneta<br />
diariamente. Nunca uso o apontador de laser durante as<br />
apresentações mas por vezes faço-o em reuniões comentando<br />
apresentações de outras pessoas.<br />
3.Ogadgetquegostariadeter.Eporquê?<br />
Um computador cujo peso fosse inferior a 100 gramas,<br />
por razões óbvias.<br />
1<br />
2<br />
3<br />
João Paulo Dias<br />
MÁQUINA DO TEMPO<br />
OS63AMGéuma<br />
homenagem à história dos<br />
potentesmotoresV8daAMG<br />
(marca do grupo alemão<br />
Daimler), que relembra o<br />
espectacular 300 SEL 6.8 AMG.<br />
Um modelo que conquistou a<br />
vitória na sua classe e o<br />
segundo lugar na classificação<br />
geraldaAMGnas24hde<br />
Spa-Francorchamps (Bélgica)<br />
em 1971, tornando a empresa<br />
mundialmente famosa<br />
de um dia para o outro.<br />
Decorado com autocolantes<br />
dos patrocinadores, tal como<br />
o seu histórico antecessor,<br />
este potente Classe S<br />
éumadasprovas“vivas”<br />
de como a tecnologia evolui<br />
em 39 anos.<br />
1971<br />
MERCE<strong>DE</strong>S-BENZ<br />
300 SEL AMG<br />
300 SEL AMG S63 AMG<br />
1971 2010<br />
Potência 265 kw 420 kw<br />
Cilindrada 5,6 litros 5,461 cm3<br />
Vel. máxima 303 km/h 300<br />
Peso do motor n.d. 204 kg<br />
Preço n.d. n.d<br />
MERCE<strong>DE</strong>S-BENZ<br />
S63 AMG<br />
2010
Bill Gross foi quem criou<br />
a publicidade nos motores<br />
de busca nos anos 90.<br />
Corrida para desenvolver<br />
o potencial do Twitter<br />
O Twitter estabeleceu como prioridade para este ano o lançamento de um<br />
sistema próprio para fazer dinheiro com a actividade de enviar’ tweets’.<br />
Acorrida para lucrar<br />
com o fenómeno<br />
global do Twitter<br />
deve disparar esta<br />
semana com o lançamento<br />
de um serviço<br />
que tentará replicar a fórmula<br />
depublicidadeemmotoresdebusca<br />
que contribuiu para encher os cofres<br />
da Google.<br />
Bill Gross, empresário da Internet<br />
sedeado em Los Angeles e que<br />
inventou a publicidade nos motores<br />
de busca nos anos 90, afirmou que a<br />
audiência do Twitter tem já um valor<br />
potencial de “milhares de milhões<br />
de dólares” por ano. A falta de<br />
formas eficazes de agarrar este po-<br />
tencial levou assim à criação de um<br />
serviço de publicidade como aquele<br />
que seria lançado pela sua nova empresa<br />
na passada segunda-feira.<br />
Este serviço, de nome TweetUp,<br />
pode vir a tornar-se parte integrante<br />
do ecossistema do Twitter no espaço<br />
de três meses, segundo Gross.<br />
Esta medida surge numa altura<br />
em que o Twitter se prepara para<br />
lançar o seu próprio sistema de fazer<br />
dinheiro com cada ‘tweet’ enviado.<br />
Quatro anos após a criação deste extremamente<br />
bem sucedido serviço<br />
de micro-mensagens, a inexistência<br />
de uma forma eficaz de lucrar com o<br />
envio de ‘tweets’ começou a preocupar<br />
essa “Twittersfera”, esse grupo<br />
enorme de pessoas que se mostra<br />
cada vez mais motivados para a criaçãodeaplicaçõesparaesteserviço.<br />
“Actualmente ninguém está a fazer<br />
muito dinheiro com este verdadeiro<br />
ecossistema,” afirmou Loic Le<br />
Meur, fundador da Sesmic, uma<br />
aplicação desenvolvida para o Twitter.<br />
Serviços como o Seesmic contribuem<br />
para cerca de 80% da actividade<br />
no Twitter, sendo que os 20% restantescorremnositeTwitter.com.<br />
“Seasaplicaçõesnãocomeçarema<br />
dar dinheiro nos próximos dois a três<br />
Se as aplicações não começarem<br />
a dar dinheiro existe o sério risco de muitas<br />
das empresas entrarem em falência.<br />
trimestres,existeosérioriscodemuitas<br />
das empresas e criadores destas<br />
aplicações irem à falência daqui a um<br />
ano ou dois,” acrescentou Le Meur.<br />
“Trata-se de um risco real para o<br />
Twitter, uma vez que grande parte do<br />
seutráfegoprovemdasaplicações.”<br />
O Twitter estabeleceu como<br />
prioridade máxima para este ano o<br />
lançamento de um sistema próprio<br />
para fazer dinheiro com a actividade<br />
de enviar’ tweets’. No entanto,<br />
excluiu a possibilidade de inserir<br />
anúncios nos “fluxos” de ‘tweets’<br />
dos seus utilizadores.<br />
“O facto de todos aqueles que<br />
lêem e observam o Twitter estarem,<br />
aparentemente, ávidos por rentabilizar<br />
os seus ‘tweets’ não quer dizer<br />
que o Twitter pense da mesma forma,”<br />
disse um porta-voz da empresa.<br />
Esta mesma fonte acrescentou<br />
que o Twitter “centrará toda a sua<br />
atenção na implementação de um<br />
novo serviço, mas colocando sempre<br />
os interesses dos utilizadores<br />
em primeiro lugar”.<br />
A nova empresa de Gross, a TweetUp,<br />
deverá lançar um sistema de<br />
anúncios por leilão muito semelhanteaoquegeraamaiorpartedasreceitas<br />
da Google. De entre os investidores<br />
por trás deste serviço encontramseSteveCase,fundadordaAOL.<br />
A incubadora de Gross na Internet,<br />
a Idealab, teve a ideia de lançar<br />
um serviço de publicidade nos motores<br />
de busca nos anos 90, altura<br />
em que lançou o GoTo.<br />
Os anunciantes no TweetUp vão<br />
poder licitar de modo a que os seus<br />
próprios ‘tweets’ sejam exibidos<br />
sempre que os utilizadores procurem<br />
palavras-chave no motor de<br />
busca do Twitter. Gross afirmou estar<br />
convencido que este serviço será<br />
bastante apelativo para os utilizadores<br />
individuais do Twitter, que teriam<br />
aqui uma forma de aumentarem<br />
o seu número de seguidores. Por<br />
Richard Waters e David Gelles, em São Francisco<br />
- Exclusivo Financial Times. Tradução de Carlos<br />
Tomé Sousa<br />
EXTRAS INOVAÇÃO&TECNOLOGIA VII<br />
Opinião<br />
Luís Paulo Salvado<br />
É possível!<br />
Pergunta-se: estará Portugal bem colocado<br />
para tirar partido da retoma<br />
económica? Para quem acredita que<br />
a recuperação se jogará, acima de<br />
tudo, no criativo aproveitamento da imensa<br />
infra-estrutura de tecnologias da informação<br />
já instalada, a resposta tende a ser afirmativa.<br />
O que nos abre boas perspectivas se vier a vingar<br />
a tese de renomeados estudiosos que antevêem<br />
um período de grande prosperidade<br />
para os próximos 20/30 anos – à semelhança,<br />
aliás, do que se sucedeu, repetidamente, em<br />
todas as fases terminais dos anteriores quatro<br />
ciclos económicos de 60 anos que se sucederam<br />
à Revolução Industrial.<br />
Colocado o desafio na exploração optimizadadastecnologiasinstaladasnasúltimasdécadas,<br />
ressalta à evidência que Portugal reúne<br />
condições para ser bem sucedido, a começar<br />
pela própria dimensão do País que, com uma<br />
amostra diversificada de dez milhões de pessoas,<br />
se revela o laboratório ideal para testar,<br />
emtempoútil,novastendênciasesoluções.<br />
Dito de outra forma:<br />
o sucesso é mesmo possível<br />
e Portugal tem quase tudo<br />
para dar certo.<br />
A favor dos portugueses jogam ainda uma<br />
notória adaptabilidade e uma apreciável capacidade<br />
criativa, qualidades essenciais para enfrentarocicloqueseavizinha.<br />
Junte-se a nossa reconhecida abertura à<br />
inovação como consumidoreseasofisticação<br />
das infra-estruturas de alguns serviços de que<br />
dispomos, como são os casos da Banca e dos<br />
operadores de Telecomunicações, ao nível do<br />
quemelhorexistenomundo,etemosreunidas<br />
quatro condições necessárias para multiplicar<br />
e colher, nos próximos anos, os benefícios do<br />
potencial tecnológico em que o País soube investir.<br />
Uma realidade hoje bem visível na fibra<br />
óptica, nas energias renováveis ou na adopção<br />
do carro eléctrico, só para citar algumas apostas<br />
em que nos encontramos também na linha<br />
dafrente.<br />
Este enquadramento prometedor escapa,<br />
obviamente, aos “velhos do Restelo”, entretidos<br />
a descortinar dificuldades e tragédias.<br />
Mas é a base imprescindível para Portugal<br />
responder, com determinação e criatividade,<br />
aos novos paradigmas dos mercados. Dito de<br />
outra forma: o sucesso é mesmo possível e<br />
Portugal tem quase tudo para dar certo. Faltará<br />
apenas anular o “quase”. Disso falaremos<br />
na próxima oportunidade. Presidente executivo da<br />
Novabase<br />
10 ÉonúmerodeaquisiçõesfeitaspelaGoogle<br />
nosúltimosseismeses. 871 milhõesdeeuroséquantoterádedesembolsar<br />
quemquisercomprarafabricantePalm.<br />
Fotomontagem de Pedro Fernandes sobre foto de Mario Anzuoni/Reuters<br />
Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>
PUB
ENERGIA<br />
Tecnologias de informação podem<br />
ajudar a reduzir emissões de CO2 em 30%<br />
Portugal vai poder reduzir em 30%, para 16 milhões de toneladas,<br />
em emissões de CO2 se utilizar “intensiva e inteligentemente” as<br />
tecnologias de informação no âmbito das energias renováveis, disse<br />
à Lusa Roberta Pigliani, directora da divisão europeia de análise de<br />
mercado de energia da consultora IDC. “Portugal está no caminho certo<br />
mas o País poderá vir a poupar, a partir de 2020, 30% das emissões de<br />
CO2 através do uso integrado das tecnologias de informação”.<br />
30 lojas<br />
deeuros.<br />
Paulo Figueiredo<br />
NOVIDA<strong>DE</strong>S NO AEROPORTO<br />
● Dusseldorf e Copenhaga são<br />
algumas das apostas da Portela<br />
naEuropa:serão64osnovos<br />
destinos europeus que vão estar<br />
disponíveis no próximo Verão a<br />
partir da Portela.<br />
● Campinas é a mais recente<br />
aposta entre Lisboa e a América<br />
do Sul.<br />
● África é outro continente<br />
em que os novos destinos são<br />
possíveis a partir da Portela,<br />
com destaque para São vicente,<br />
em Cabo Verde.<br />
● No Verão IATA 2010, entre<br />
Março e Outubro, serão 34<br />
as companhias aéreas regulares<br />
a operar de e para a Portela.<br />
A aliança entre Dell e Telefónica<br />
visa desenvolver novos produtos.<br />
Contrato de TGV<br />
hoje em Conselho<br />
de Ministros<br />
António Mendonça quer obras do Poceirão-<br />
Caia no terreno antes do próximo Verão.<br />
Nuno Miguel Silva<br />
nuno.silva@economico.pt<br />
O primeiro troço de alta velocidade<br />
ferroviária em Portugal,<br />
entre o Poceirão e o Caia, deverá<br />
entrar em obra “ainda antes do<br />
Verão” deste ano, segundo confidenciou<br />
ao Diário <strong>Económico</strong>,<br />
António Mendonça, ministro das<br />
Obras Públicas.<br />
Depois do contrato para a<br />
construção e exploração do primeiro<br />
troço de TGV em Portugal<br />
ter sido promulgado, na passada<br />
terça-feira, pela Presidência da<br />
República, o Governo decidiu<br />
não perder qualquer tempo e vai<br />
levar a minuta do contrato entre<br />
o Estado português e o consórcio<br />
liderado pela Soares da Costa e<br />
pela Brisa, à apreciação e provável<br />
aprovação duante o Conselho<br />
de Ministros de hoje.<br />
“No final deste mês, primeira<br />
semana do próximo, deveremos<br />
proceder à assinatura do respectivo<br />
contrato. E, depois tão breve<br />
quanto possível, muito provavelmente<br />
ainda antes do Verão contamos<br />
que a entrada em obra seja<br />
efectivada”, adiantou ao Diário<br />
<strong>Económico</strong> o ministro das Obras<br />
Públicas. António Mendonça sublinha<br />
que, a partir da promulgação,<br />
há “um salto qualitativo<br />
em relação à situação anterior,<br />
porque vamos ter no terreno a<br />
construção da alta velocidade e<br />
avançar com o projecto a uma<br />
velocidade maior”.<br />
A minuta do contrato entre o<br />
EstadoeoconsórciodaSoares da<br />
Costa e da Brisa, que poderá ser<br />
já hoje aprovada no Conselho de<br />
Ministros estipula que o valor de<br />
investimento no projecto será de<br />
1.359 milhões de euros, acrescido<br />
de um valor de manutenção<br />
de 12,2 milhões de euros ao ano.<br />
O VAL – Valor Anual Líquido<br />
(renda solicitada pelo consórcio<br />
privado ao Estado) desta concessão,<br />
já actualizado a valores de<br />
2010, é de 1.694 milhões de euros,<br />
revelou António Mendonça.<br />
Segundo o ministro das Obras<br />
Públicas, este troço – que está<br />
integrado na linha Lisboa-Madrid,<br />
com início da operação comercial<br />
previsto para 2013 – tem<br />
uma procura prevista de cerca de<br />
nove milhões de passageiros em<br />
2030, ano em que as mercadorias<br />
anuais deverão ascender a cerca<br />
de 2,2 milhões de toneladas.<br />
“Isto revela a importância significativa<br />
desta linha face àquilo<br />
queéamovimentaçãoactual”.<br />
António Mendonça destaca<br />
que o contrato para este troço de<br />
alta velocidade para passageiros<br />
e mercadorias inclui ainda a<br />
construção, entre Évoraeafronteira<br />
espanhola, de uma ferrovia<br />
convencional para o transporte<br />
de mercadorias, que irá articular<br />
com a plataforma logística do<br />
Poceirão e os portos de Lisboa,<br />
Setúbal e Sines, de forma a alargar<br />
apentração dos transportes<br />
entrePortugaleEspanhaeafutura<br />
articulação entre a PenínsulaeorestodaEuropaemrede<br />
ferroviária.<br />
Para isso, a linha de alta velocidade<br />
será construída em bitoal<br />
europeia. A linha convencional<br />
será construída em bitola ibérica,<br />
mas estará preparada, não só<br />
para as duas bitolas, mas também<br />
os novos eixos telescópicos,<br />
uma inovação que permite aos<br />
comboios que circulam nas linhas<br />
de TGV passarem para as<br />
redes convencionais, através de<br />
intercambiadores. ■<br />
OVAL–ValorAnual<br />
Líquido final deste<br />
projecto, adjudicado<br />
ao consórcio liderado<br />
pela Soares da Costa<br />
e pela Brisa, será<br />
de 1.694 milhões<br />
de euros.<br />
TELECOMUNICAÇÕES<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 25<br />
Telefónica e Dell estabelecem parceria<br />
para novos produtos e serviços<br />
A tecnológica Dell e a Telefónica fecharam um acordo para colaborarem<br />
no desenvolvimento de novos produtos e serviços tecnológicos,<br />
nomeadamente em termos de mobilidade e ligação à Internet, diz<br />
a Lusa. A aliança visa mostrar aos clientes das duas empresas soluções<br />
de próxima geração, melhorar a experiência do utilizador digital e levar<br />
as tecnologias de informação. A Dell está a seguir uma estratégia<br />
de desenvolvimento de produtos e serviços móveis inteligentes.<br />
António Mendonça, ministro<br />
das Obras Públicas, diz que<br />
oprojectodeTGVvaiandar<br />
numa nova velocidade<br />
PUB<br />
Steven D. Levitt e Stephen J. Dubnerr<br />
FREAKONOMICS<br />
O ESTRANHO<br />
MUNDO DA ECONOMIA<br />
Paulo Alexandre Coelho<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt
26 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
EMPRESAS<br />
AUTOMÓVEL<br />
Opel cumpre critérios para receber ajuda<br />
financeira dos governos europeus<br />
A Opel, subsidiária europeia da norte-americana General Motors (GM), já<br />
foi reconhecida como vítima da recente crise económica, condição para<br />
receber ajuda financeira de vários governos europeus, disse o administrador-executivo,<br />
Nick Reilly, em entrevista a publicar hoje no semanário<br />
alemão “Die Zeit” e citada pela Lusa. A GM já se mostrou disposta a investir<br />
1,9 mil milhões de euros no saneamento da Opel e da sua outra<br />
marca europeia, a Vauxhall britânica, que chegaram a estar à venda.<br />
Carrefour sob<br />
pressão para<br />
clarificar saída<br />
de Portugal<br />
Os accionistas querem saber qual a estratégia<br />
do grupo francês que quer abandonar o país.<br />
Hermínia Saraiva<br />
herminia.saraiva@economico.pt<br />
O anúncio de que pretende<br />
abandonar em definitivo o mercado<br />
português está a deixar<br />
Lars Olofsson, o presidente executivo<br />
do Carrefour, sob pressão<br />
dos principais accionistas da cadeia<br />
francesa de distribuição.<br />
No dia em que apresenta os<br />
resultados do primeiro trimestre<br />
de 2010, Olofsson terá que responder<br />
às exigências de Bernard<br />
Arnault, ‘chairman’ do grupo<br />
LVMH, e do grupo norte-americano<br />
Colony Capital, que querem<br />
definida uma estratégia para o<br />
grupo francês.<br />
O Blue Capital, a ‘joint venture’<br />
criada entre os dois accionistas<br />
(o grupo de bens de luxo<br />
Louis Vuitton e o fundo de investimento<br />
Colony Capital), citado<br />
pelo “Financial Times” defende<br />
uma estratégia focada em poucos<br />
países enquanto se aposta na expansão<br />
em regiões de grande<br />
crescimento. Além de sair do<br />
mercado português, o presidente<br />
da Carrefour já disse que pretende<br />
reduzir a sua posição na Bélgica,<br />
isto depois de ter decidido<br />
abandonar o mercado russo e o<br />
Sul de Itália no final de 2009.<br />
Sobre Portugal, o grupo francês<br />
foi notícia há cerca de uma<br />
Lars Olofsson,<br />
presidente do<br />
Carrefour, está<br />
sob pressão dos<br />
accionistas: o<br />
grupo de luxo<br />
Louis Vuitton<br />
e o fundo<br />
de investimento<br />
Colony Capital.<br />
semana por, dizia o Figaro, querer<br />
vender até ao final deste ano<br />
as 524 lojas da marca Minipreço.<br />
A operação poderá valer entre<br />
400 e 500 milhões de euros e a<br />
Jerónimo Martins já foi apontada<br />
como estando interessada em<br />
adquirir parte do portefólio do<br />
Carrefour.<br />
De acordo com um ‘research’<br />
do Citigroup, “a Jerónimo Martins<br />
admitiu estar interessada em<br />
algumas das maiores lojas, mas<br />
isso é apenas uma pequena fatia<br />
do bolo”. No mesmo documento,<br />
os analistas do banco norteamericano<br />
sublinhavam que a<br />
Jerónimo Martins “poderia enfrentar<br />
problemas de concorrência<br />
se quisesse comprar uma<br />
parcela tão grande do mercado”.<br />
A eventual compra da Jerónimo<br />
Martins, que já controla as<br />
marcas Pingo Doce e Feira Nova,<br />
está sujeita a notificação obrigatória<br />
à Autoridade da Concorrência.<br />
Considerando a dimensão<br />
da empresa, agora liderada<br />
por Pedro Soares dos Santos,<br />
qualquer negócio estará sujeito à<br />
aprovação do regulador, à semelhança<br />
do que sucedeu em 2007,<br />
quando o Carrefour vendeu 12<br />
hipermercados à Sonae.<br />
As receitas do grupo francês<br />
em Portugal caíram cerca de 17%<br />
no ano passado para 825 milhões<br />
de euros, o que será explicado<br />
pela crescente concorrência quer<br />
do Lidl quer do Pingo Doce (do<br />
grupoJerónimoMartins).Eolíder<br />
do Carrefour já disse que<br />
pretende focar a empresa em<br />
mercados em que o Carrefour tenha<br />
ou possa vir a ter uma posição<br />
de liderança.<br />
O mercado belga é, ainda de<br />
acordo com o “Financial Times”,<br />
outro dos mercados que dá problemas<br />
a Lars Olofsson. Os resultados<br />
que o grupo divulga<br />
hoje deverão traduzir uma quebra<br />
de facturação naquele mercado,<br />
depois das greves que<br />
afectaram algumas lojas após a<br />
decisão do em eliminar 1.700<br />
empregos na Bélgica. ■<br />
A Casa das Bandeiras aumenta assim<br />
a sua notoriedade no estrangeiro.<br />
MARKETING<br />
CADBURY VAI LANÇAR CA<strong>DE</strong>IA <strong>DE</strong> CAFÉS<br />
Casa das Bandeiras fornece líder mundial<br />
de materiais de construção Lafarge<br />
A Casa das Bandeiras, empresa líder de mercado na área do comércio<br />
de bandeiras publicitárias e marketing estratégico, passou a fornecer<br />
bandeiras à Lafarge, líder mundial em materiais de construção, para<br />
todas as suas empresas, com 122 instalações. A Casa das Bandeiras<br />
comercializa e instala mastros, galhardetes, estandartes, bandeiras<br />
estampadas, pendões e flâmulas, faixas publicitárias em PVC, bandeiras<br />
feitas em arte aplicada e bandeiras de todos os países do mundo.<br />
Darren Staples/Reuters<br />
A chocolateira Cadbury, que foi comprada pela concorrente Kraft, vai abrir uma<br />
cadeia de cafés ainda este ano. Segundo a imprensa britânica, o primeiro café abre<br />
em Londres até ao final do ano e mais 60 em todo o país. O café promete ser uma<br />
meca para os fãs de chocolate: os clientes podem beber chocolate quente e comprar<br />
as suas guloseimas preferidas enquanto vêem ser confeccionados os chocolates.
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Início das aulas<br />
Janeiro 2011<br />
Candidaturas até<br />
31 de Outubro de 2010
28 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
CONFERÊNCIA VII ENCONTRO PT NEGÓCIOS/DIÁRIO ECONÓMICO<br />
Sucesso das empresas<br />
passa por parcerias<br />
tecnológicas e de inovação<br />
Parcerias tecnológicas e industriais para a internacionalização e uma focagem<br />
na estratégia são variáveis a ter em conta na criação de empresas de sucesso.<br />
Elisabete Felismino<br />
elisabete.felismino@economico.pt<br />
Não existe uma fórmula mágica<br />
para atingir o sucesso mas, se<br />
houvesse, os ingredientes seriam:<br />
estabelecer parcerias estratégicas,<br />
jogar na internacionalização,<br />
apostar em nichos de<br />
mercado e na inovação. Estas<br />
são as ideias essenciais defendidas<br />
pelo painel de oradores que<br />
ontemestevepresentenoVII<br />
Encontro PT Negócios/ Diário<br />
<strong>Económico</strong> subordinado ao<br />
tema “Portugal Inovador-Estratégias<br />
Empresariais de Sucesso”,<br />
que se realizou em<br />
Aveiro, no Hotel Meliá-Ria.<br />
Os cinco oradores representantes<br />
de outras tantas empresas<br />
da região, de áreas de negócios<br />
tão distintas que vão do sector<br />
alimentar até ao corte de precisão,<br />
são unânimes na defesa daqueles<br />
objectivos estratégicos<br />
para o sucesso das organizações<br />
empresariais. As empresas sem<br />
parcerias tecnológicas ou industriais,<br />
sem muita capacidade<br />
para inovar e como tal conquistar<br />
nichos de mercado internacionais<br />
as suas condições de afirmação<br />
são fracas. Nomedamente,<br />
num mercado da dimensão<br />
do português.<br />
“O mercado nacional é muito<br />
pequeno, logo tem que ser<br />
visto apenas como um trampolim<br />
para o estrangeiro”, diz<br />
Carlos Alves, administrador da<br />
HFA (Henrique, Fernando &Alves).<br />
A HFA é uma empresa<br />
que testa equipamento electrónico<br />
e de telecomunicações e<br />
onde “as parcerias são funda-<br />
PUB<br />
Um novo produto<br />
pode lançar uma<br />
nova área de negócio<br />
e também um novo<br />
nicho de mercado,<br />
exemplo disso é a<br />
Exatronic.<br />
mentais”garante o administrador.<br />
Já Fernando Sousa da Companhia<br />
de Equipamentos Industriais,<br />
uma empresa que desenvolve<br />
e produz equipamentos na<br />
área de corte de materiais, considera<br />
que é necessário “focar a<br />
estratégia” das empresas. O<br />
que justifica a presença da empresa<br />
em três àreas de negócios,<br />
concretamente no calçado,<br />
rochas ornamentais e automóvel.<br />
No sector do calçado,<br />
por exemplo, a CEI tem clientes<br />
como as multinacionais<br />
Nike, Adidas, Reeboock entre<br />
outras. “Todas estas marcas<br />
estão equipadas com as nossas<br />
soluções”, diz Fernando Sousa.<br />
Francisco Teixeira e Melo, cofundador<br />
da Creative Systems<br />
também considera vital focar as<br />
energias nas “tecnologias, em<br />
sectores e nas competências”.<br />
Para o gestor é ainda preciso<br />
“partilhar e proteger, porque as<br />
parcerias são importantes, mas<br />
temos que nos acautelar”.<br />
OpresidentedaExactronic,<br />
uma empresa que “processa o<br />
desenvolvimento industrial dos<br />
nossos clientes com recurso à<br />
electrónica” apresentou um<br />
‘casy studie’ de sucesso. Nuno<br />
Gomes demonstrou como através<br />
do desenvolvimento de um<br />
produto se cria um nicho de<br />
mercado. A Exactronic foi<br />
abordada por um cliente no<br />
sentido de criar um produto:<br />
administração transdérmica de<br />
fármacos. Resultado: a Exactronic<br />
criou um novo produto<br />
no mercado e ficou com competências<br />
endogeneizadas que<br />
aproveitou. ■<br />
Encontros PT Negócios/Diário <strong>Económico</strong><br />
“PORTUGAL INOVADOR - ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS <strong>DE</strong> SUCESSO”<br />
em parceria:<br />
A região Centro<br />
em números<br />
A região centro do país representa<br />
cerca de 19,2% do PIB, ou seja,<br />
cerca de 31,876 mil milhões de<br />
euros. A região caracteriza-se,<br />
sobretudo, por um tecido<br />
empresarial composto por<br />
pequenas empresas. Cerca de 95,<br />
8% das empresas têm menos<br />
de dez trabalhadores. Mas é em<br />
termos de produtividade<br />
(VAB/emprego) que a região<br />
apresenta um importante hiato.<br />
A região centro apresenta o valor<br />
mais baixo do pais com 79,9%.<br />
Os números foram apresentados<br />
por Carlos Ferreira da Comissão de<br />
Coordenação e Desenvolvimento<br />
Regional do Centro.<br />
No âmbito do QREN, a região<br />
centro em 2009, tinha<br />
apresentado 20 mil candidaturas,<br />
como 5894 já aprovadas. As<br />
candidaturas aprovadas<br />
representavam 28,9 do total<br />
de candidaturas aprovadas<br />
no país e respeitam a um<br />
investimento total de 4.402<br />
milhões de euros e um valor<br />
de fundos comunitários aprovados<br />
de 2440 milhões de euros.<br />
A conferência, uma parceria<br />
do Diário <strong>Económico</strong> com a PT<br />
Negócios, decorreu ontem em Aveiro.<br />
Pascoal<br />
A empresa da Gafanha da Nazaré<br />
passaaoperaremtrêssectores:<br />
pesca, indústria e turismo.<br />
Elisabete Felismino<br />
elisabete.felismino@economico.pt<br />
A Pascoal & Filhos, empresa que<br />
todos conhecemos devido ao bacalhau,<br />
está a apostar numa nova<br />
área de negócio: o turismo cultural.<br />
A empresa adquiriu o casco<br />
de dois barcos com carga histórica,oirmãogémeodonavio<br />
“Creoula”, o “Santa Maria Manuela”<br />
e o “Argus”. O objectivo,<br />
segundo João Vieira, administrador<br />
da Pascoal “ é pô-los a nave-
PONTOS-CHAVE<br />
Cinco casos de sucesso da<br />
região centro disseram o<br />
que as diferencia dos seus<br />
concorrentes. Entre outras<br />
coisas falaram na importância<br />
de inovar.<br />
Um dos temas debatidos<br />
foi o da falta de cultura dos<br />
empresários nacionais para<br />
cooperarem com outras<br />
empresas nacionais, as<br />
chamadas parcerias.<br />
aposta no turismo cultural<br />
gar com turistas a bordo, seja<br />
para aprenderem a velejar, seja<br />
para verem de perto como se faz<br />
a pesca do bacalhau na Noruega,<br />
ou para levar biólogos até às baleias<br />
dos Açores”. E adianta: “é<br />
um projecto que estamos a fazer<br />
com muita paixão, já criámos inclusive<br />
um departamento na<br />
empresa dedicado ao turismo”.<br />
O primeiro a entrar em funcionamento<br />
é o Santa Maria Manuela,<br />
o que deverá acontecer<br />
brevemente. O navio tem capacidade<br />
para 50 turistas. A iniciativa<br />
teve o apoio do Turismo de<br />
Portugal. João Vieira diz ainda<br />
que “seguramente teremos que<br />
fazer parcerias importantes na<br />
área da hotelaria como por<br />
exemplo com o grupo Pestana”.<br />
Para mais tarde fica a entrada<br />
em águas do “Argus”.<br />
Para além desta nova área de<br />
negócio a Pascoal está ainda<br />
presente em outros dois negócios:apescaeaindústria.<br />
A empresa<br />
fundada em 1937 facturou<br />
45 milhões de euros, em 2009,<br />
menos 10 milhões do que no ano<br />
anterior.<br />
João Vieira atribui esta quebra<br />
“à crise e sobretudo à queda<br />
do preço do bacalhau”. Para<br />
este ano garante que “a Pascoal<br />
já tem acordos assumidos que<br />
nos levam para um volume de<br />
I&D<br />
500 mil euros<br />
É esta a quantia que a Pascoal<br />
investe anualmente em<br />
investigação e desenvolvimento.<br />
O lançamento de novos produtos<br />
a isso obriga.<br />
VOLUME <strong>DE</strong> NEGÓCIOS<br />
50 mil euros<br />
A empresa já tem acordos<br />
assumidos que lhe permitem um<br />
volume de facturação para este<br />
ano superior a 50 milhões de<br />
euros.<br />
Bruno Barbosa<br />
facturação superior aos 50 milhões<br />
de euros”.<br />
A empresa aposta fortemente<br />
em I&D. João Vieira diz que “investimos<br />
nesta área mais de 500<br />
mil euros ao ano”. Investimento<br />
este que é canalizado para novos<br />
produtos. A empresa para além<br />
do seu produto mais conhecido o<br />
bacalhau seco e ultacongelado<br />
aposta também em refeições<br />
congeladas, sendo inclusive já<br />
possível comer uma sobremesa<br />
com a marca Pascoal. Exemplo<br />
disso são os muffies de chocolate<br />
marca Pingo Doce.<br />
João Vieira diz que “temos<br />
agoraumnovoproblemaequese<br />
prende com os produtos marca<br />
branca e ou temos que olhar para<br />
eles como concorrentes ou como<br />
parceiros”. A Pascoal vai olhálos<br />
como parceiros. Para isso, o<br />
administrador garante que vai<br />
estar constantemente a inovar<br />
para “lançarmos novos produtos<br />
só assim podemos estabelecer<br />
parcerias com as grandes cadeias<br />
de distribuição que apostam em<br />
marcas próprias”. para isso tem<br />
também em marcha parcerias<br />
com a Universidade do Porto e de<br />
Aveiro porque comer garante é:<br />
“cada vez mais um acto social”.<br />
A Pascoal emprega 380 pessoas<br />
e fica sediada na Gafanha<br />
da Nazaré. ■<br />
A importância de confiar<br />
foi também debatida,<br />
principalmente numa altura em<br />
que as parcerias, sobretudo, as<br />
internacionais são uma peça<br />
fundamental para as empresas.<br />
PONTOS <strong>DE</strong> REFLEXÃO<br />
Fernando Mendonça<br />
Representante do Governandor Civil<br />
“Aqualidade do trabalho das<br />
nossas empresas, a mão de obra<br />
qualificada, meios tecnológicos e<br />
empresários com visão são um<br />
bom sinal para o futuro da região”.<br />
Carlos Alves<br />
Administrador da HFA<br />
“Para sermos competitivos não<br />
basta o preço, temos que apostar<br />
sobretudo nos prazos de entrega.<br />
O mercado português é muito<br />
pequeno”.<br />
Francisco Teixeira e Melo<br />
CeodaCreativesystems<br />
“O nosso trunfo tem sido<br />
colaborar com os outros, o que<br />
temos feito bem. O Magic Mirror<br />
que fizemos com a Throttleman é<br />
exemplo de uma boa parceria”.<br />
Nuno Almeida Gomes<br />
Ceo da Exatronic<br />
“A não especialização em<br />
determinada área dá flexibilidade<br />
para atacar novas oportunidades.<br />
E é isso que a nossa empresa tem<br />
vindo a fazer”.<br />
Carlos Ferreira<br />
Secretário técnico da CCDRC<br />
“Em vez de vendermos suor e<br />
horas de trabalho, temos que<br />
vender inteligência. É preciso<br />
trazer inovação e qualificação às<br />
nossas empresas”.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 29<br />
Jorge Patricio<br />
Director da PT Negócios<br />
“Só se pode criar inovação<br />
compartilhando conhecimento e<br />
experiências. O sucesso é como<br />
se fosse um ser vivo, temos que<br />
estar sempre a alimentá-lo”.<br />
Fernando Fernandes Sousa<br />
CEO da CEI<br />
“Desde que nascemos que<br />
pensamos que tinhamos que<br />
estar no mercado internacional.<br />
Hoje estamos presentes nos cinco<br />
continentes”.<br />
João Vieira<br />
Administrador da Pascoal<br />
“Na Pascoal pretendemos juntar<br />
a inovação com a tradicção e é<br />
isso que fazemos cada vez que<br />
lançamos um novo produto que<br />
nos diferencia da concorrência”.<br />
Acácio Coelho<br />
Vice-presidente da AIDA<br />
“As empresas portuguesas para<br />
nascerem têm que ter capacidade<br />
de se financiarem e o capital<br />
semente tem que ser reconhecido<br />
como benéfico”.<br />
Jorge Silva<br />
Presidente da ACA<br />
“No meu dia a dia na associação<br />
comercial não se fala de<br />
inovação, mas sim de desespero,<br />
de inflação e de desemprego. As<br />
pessoas não entendem o QREN”
Fotos: Bruno Barbosa<br />
30 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
CONFERÊNCIA VII ENCONTRO PT NEGÓCIOS/DIÁRIO ECONÓMICO<br />
1 2<br />
4<br />
8<br />
5<br />
1 Aspecto da<br />
assistência ao VII<br />
Encontro PT Negócios/<br />
Diário <strong>Económico</strong> que se<br />
realizou ontem, no Hotel<br />
Meliá-Ria, em Aveiro.<br />
2 Pedro Amendoeira,<br />
da Expense Reduction,<br />
àconversacomPedro<br />
França,<br />
da Creativesystems.<br />
3 Fernando Mendonça,<br />
chefedegabinete<br />
do governador civil<br />
de Aveiro, com António<br />
Teixeira, da Pontual<br />
Soluções Informáticas<br />
Industriais.<br />
4 MiradaFonseca,<br />
da Indasa, troca<br />
impressões com o padre<br />
João Gonçalves, da<br />
Florinhas do Vouga.<br />
5 Alguns participantes<br />
aproveitaram para ler<br />
o Diário <strong>Económico</strong><br />
durante o intervalo<br />
dos trabalhos.<br />
6 José Marques,<br />
da Sonitel, e Tiago<br />
Patrão, do BES.<br />
7 Paulo Dunoes,<br />
da Kerion, em diálogo<br />
comCarlosSantos,<br />
da Inovasis.<br />
8 Vítor Mendes, da PT,<br />
Isabel Ribeiro, da AEVA<br />
- Associação para a<br />
Educação e Valorização<br />
de Recursos Humanos<br />
do Distrito de Aveiro,<br />
e Ana Bocas, da PT<br />
Negócios.<br />
9 Mário Augusto<br />
Teixeira e Mário<br />
Almeida Morais,<br />
da Associação<br />
Humanitária dos<br />
Bombeiros Voluntários<br />
de Anadia.<br />
6<br />
7<br />
9<br />
3
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32 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
FINANÇAS<br />
Portugal perdeu<br />
59 bancos em dez anos<br />
Número de entidades de crédito a operar no país é actualmente<br />
o mais baixo desde a criação da zona euro, em Janeiro de 1999.<br />
Rui Barroso<br />
e Sandra Almeida Simões<br />
rui.barroso@economico.pt<br />
Há cada vez menos instituições<br />
financeiras em Portugal. Nos últimos<br />
dez anos, o número de<br />
entidades de crédito decaiu dos<br />
224 para os 165, de acordo com<br />
dados do Banco Central Europeu.Éonúmeromaisbaixo<br />
desde que o país entrou no clube<br />
do euro.<br />
E só desde a falência do<br />
Lehman Brothers, em Setembro<br />
de 2008, há menos 11 entidades<br />
de crédito no país. “A redução,<br />
para o período indicado, é de<br />
185 para 174 instituições de<br />
crédito, o que resulta essencialmente<br />
da redução de dez<br />
Caixas de Crédito Agrícola<br />
Mútuo por operações de fusão”,<br />
explicou fonte do Banco<br />
de Portugal ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />
O grupo realizou um<br />
processo de fusões internas<br />
para reforçar a dimensão das<br />
várias Caixas Agrícolas. Estes<br />
processos de restruturações<br />
dentro do próprio grupo tornaram-se<br />
uma tendência durante<br />
a crise, com bancos<br />
comooBCP,oBESeoBanifa<br />
realizarem operações intragrupo<br />
semelhantes para melhorarem<br />
a eficiência.<br />
Masnãoforamapenasas<br />
reorganizações internas a ditarem<br />
o fim de muitas entidades<br />
de crédito. Os movimentos de<br />
concentração no sector também<br />
pesaram para estes números.<br />
O Central Banco de Inves-<br />
MENOS ENTIDA<strong>DE</strong>S FINANCEIRAS EM PORTUGAL<br />
Vítor Constâncio<br />
classifica como<br />
desejável uma<br />
maior concentração<br />
na banca nacional.<br />
Ogovernadordo<br />
Banco de Portugal<br />
antevê menos<br />
bancos no póscrise.<br />
Opresidentedo<br />
BES afirma que o<br />
sector bancário<br />
está altamente<br />
concentrado,<br />
referindo que o<br />
nível de<br />
concentração em<br />
Portugal é mais<br />
altoquenaEuropa.<br />
Evolução das insituições de crédito no país desde Março de 2000.<br />
250<br />
220<br />
190<br />
160<br />
130<br />
224<br />
100<br />
Mar-00 Mar-02 Mar-04 Mar-06 Mar-08 Mar-10<br />
Mar-01 Mar-03 Mar-05 Mar-07 Mar-09<br />
Fonte: BCE<br />
214 210<br />
201 201<br />
194<br />
181<br />
177<br />
175<br />
170<br />
165<br />
timento, por exemplo, foi absorvido<br />
em 2003 e o Banco<br />
Português do Atlântico foi incorporado<br />
no BCP em 2000.<br />
Mais recentemente, o Banif adquiriu<br />
a Tecnicrédito, dona do<br />
Banco Mais.<br />
Por outro lado, há ainda a<br />
saída de instituições estrangeiras,<br />
que tinham uma presença<br />
quase residual no nosso país.<br />
A diminuição de instituições<br />
de crédito também foi notória<br />
na zona euro, que perdeu mais<br />
de 1.400 entidades nos últimos<br />
dez anos. No final de Março, o<br />
número de entidades era de<br />
6.442. A destoar desta tendência<br />
está a Irlanda, que, devido a<br />
uma reclassificação do conceito<br />
de instituição financeira, viu o<br />
número de entidades crescer<br />
seis vezes: “O aumento de 81<br />
para 501 entidades está relacionado<br />
com a classificação das<br />
Credit Unions [cooperativas de<br />
crédito] como instituições de<br />
crédito em Janeiro de 2009”,<br />
esclareceu o supervisor bancário<br />
irlandês.<br />
BdP defende aumento<br />
da concentração<br />
O governador do BdP tem classificado<br />
como “desejável” que<br />
ocorra um movimento de consolidação<br />
na banca portuguesa.<br />
Mas a posição não é partilhada<br />
por alguns banqueiros. O presidente<br />
de BES, por exemplo,<br />
referiu este mês em entrevista<br />
ao Diário de Notícias que “em<br />
Portugal, o sector bancário está<br />
altamente concentrado, as cinco<br />
maiores instituições bancárias<br />
representam mais de 80%<br />
dos activos bancários. É um nível<br />
de concentração que é raro<br />
ver na Europa”.<br />
A nível global, a tendência<br />
é que o número de instituições<br />
financeiras diminua no póscrise,<br />
cenário antecipado por<br />
responsáveis como Vítor<br />
Constâncio. A crise criou a<br />
necessidade de instituições<br />
com maior músculo e os passos<br />
de forte concentração já<br />
estão a ser seguidos por países<br />
como Espanha. No país vizinho<br />
está em curso um processo<br />
de fusões de caixas de aforro,<br />
que ficaram com problemas<br />
de solvabilidade devido à<br />
crise imobiliária que fez disparar<br />
o malparado. ■<br />
ENTIDA<strong>DE</strong>S FINANCEIRAS<br />
● Portugal perdeu 59<br />
instituições financeiras nos<br />
últimos dez anos. Desde a<br />
falência do Lehman Brothers<br />
desapareceram 11 entidades.<br />
● Entre Setembro de 2008 e<br />
Março de 2009 Portugal foi o<br />
terceiro país da zona euro que,<br />
em termos percentuais, perdeu<br />
mais entidades, atrás da Holanda<br />
e do Chipre.<br />
● No conjunto da Zona Euro, o<br />
número de instituições<br />
financeiras caiu 18% nos últimos<br />
dez anos. Desapareceram 1.426<br />
entidades.<br />
CAIXAS AGRÍCOLAS VIVEM ONDA
Altri vai propor ‘stock split’ na próxima AG<br />
A empresa liderada por Paulo Fernandes anunciou ontem que vai propor<br />
aos accionistas, na próxima assembleia geral agenda para 17 de Maio, a<br />
realização de um ‘split’ das suas acções, passando o respectivo valor<br />
nominal de 0,25 euros para 0,125 euros e duplicando o número de acções.<br />
Se receber “luz verde” dos accionistas, o capital social da Altri vai manterse<br />
nos 25,6 milhões de euros, mas passa a ser representado por mais de<br />
duzentos milhões de títulos.<br />
<strong>DE</strong> FUSÕES<br />
AGENDA DO DIA<br />
● O banco Popular paga o terceiro<br />
dividendo no valor de 0,075 euros.<br />
● Evolução da massa monetária dos<br />
EUA.<br />
● Reino Unido emite obrigações<br />
indexadas à inflação com maturidade<br />
em 2042.<br />
João Paulo Dias<br />
A redução do número<br />
de instituições financeiras<br />
em Portugal justifica-se<br />
sobretudo pelos processos<br />
de fusões internas feitos<br />
nas Caixa Agrícolas,<br />
iniciada no final de 2008.<br />
Desde essa data<br />
ocorreram dez processos<br />
de fusão no seio do grupo.<br />
Os últimos casos<br />
ocorreram em Dezembro<br />
do ano passado, com a<br />
fusão das Caixa de Crédito<br />
Agrícola Mútuo de<br />
Lamego e Castro Daire<br />
e da Caixa de Crédito<br />
Agrícola Mútuo de<br />
Tarouca. O grupo<br />
financeiro justificou estas<br />
fusões com a necessidade<br />
de dotar as Caixas de<br />
maior competitividade<br />
edeastornar<br />
economicamente mais<br />
sólidas.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 33<br />
FMI propõe<br />
medidas duras<br />
para maiores<br />
instituições<br />
Fundo deixa antever apoio à<br />
criação de imposto sobre a banca.<br />
Rui Barroso<br />
rui.barroso@economico.pt<br />
É a questão que tem ocupado a<br />
maior parte do tempo dos reguladores<br />
e que o FMI não quer que<br />
caia no esquecimento. Que medidas<br />
terão de ser tomadas para<br />
impedir uma nova crise financeira?<br />
A instituição liderada por<br />
Strauss-Kahn trouxe novas<br />
propostas para cima da mesa<br />
numa versão parcial do relatório<br />
de estabilidade financeira. O<br />
FMI pretende criar novas exigências<br />
de capital para os bancos<br />
de maior dimensão.<br />
A proposta é que os requisitos<br />
exigidos a cada instituição sejam<br />
proporcionais ao risco sistémico<br />
que cada banco apresenta.<br />
Uma das medidas que o<br />
FMI quer ver concretizada é,<br />
para além de cumprirem as exigências<br />
de capital, que os bancos<br />
tenham de acautelar cerca<br />
de 1% do valor dos seus activos<br />
ajustados ao risco. “Seria mais<br />
um colchão que permaneceria<br />
na instituição do que um imposto”,<br />
referiu o economistachefe<br />
do fundo.<br />
MasasideiasdoFMIpara<br />
construir uma nova arquitectura<br />
financeira não se ficam por<br />
aqui. Cada banco deverá fazer<br />
uma espécie de plano de contingência<br />
para o caso de enfrentar<br />
problemas graves e o fundo<br />
quer que existam colégios de reguladores<br />
transfronteiriços. De<br />
acordo com o “Financial Times”,<br />
as propostas do FMI deverão<br />
ser mal acolhidas por Wall<br />
Street e pela City londrina, já<br />
que os banqueiros têm defendido<br />
que as instituições financeiras<br />
não devem ser penalizadas<br />
pelo seu tamanho.<br />
Ideia de imposto especial<br />
para a banca ganha força<br />
OReinoUnidoeaFrançajá<br />
mencionaram a possibilidade. E<br />
o FMI parece apoiar. Apesar da<br />
instituição liderada por Strauss-<br />
Kahn ter afirmado que “não<br />
apoia necessariamente” a criação<br />
de um imposto adicional<br />
para a banca, o relatório com as<br />
recomendações ao sistema financeiro<br />
deixa transparecer que<br />
a ideia está a ganhar força.<br />
O fundo aproveitou ainda<br />
para criticar a falta de detalhes e<br />
medidas concretas dos planos<br />
de reforma da supervisão financeira<br />
na Europa e nos Estados<br />
Unidos. “Sem conhecer mais<br />
detalhes é difícil analisar se os<br />
projectos dos EUA e da Europa<br />
são aplicáveis ou até desejáveis”,<br />
defende o fundo. O director-geral<br />
do FMI havia já alertado<br />
que a sensação de necessidade<br />
de tomar medidas regulatórias<br />
globais se estava a esbater e<br />
avisou não se podiam esquecer<br />
os ensinamentos da crise.<br />
As novas exigências regulatórias<br />
em torno da banca causam<br />
alguma apreensão em analistasdosector,jáquenãose<br />
sabe ao certo o impacto que terão<br />
no capital dos bancos. Assim,<br />
o FMI reconhece que as<br />
novas regras para as instituições<br />
financeiras têm de ser implementadas<br />
com cautela e podem<br />
até nem ser aplicadas enquanto<br />
a economia mundial não consolidar<br />
a sua recuperação.<br />
As ideias do FMI para a banca<br />
mundial serão conhecidas ao<br />
detalhe para a semana, altura<br />
em que é divulgada a versão integral<br />
do relatório de estabilidade<br />
financeira. ■<br />
FMI pede que as<br />
autoridades norteamericanas<br />
e<br />
europeias tomem<br />
medidas mais<br />
concretas na<br />
regulação financeira.
34 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
FINANÇAS<br />
BANCA<br />
Caixas espanholas poderão passar<br />
de 45 a 20 com reestruturação<br />
O presidente da Caja Madrid disse ontem estimar que o processo de<br />
reestruturação actualmente em curso na banca espanhola fará reduzir<br />
para menos de metade o número de caixas existentes. Rodrigo Rato<br />
explicou que, numa primeira fase, se passará de 45 para 25 e,<br />
posteriormente, para 20. As caixas foram as mais afectadas no sistema<br />
bancário espanhol pela crise financeira que abalou o mundo ocidental.<br />
Rato diz ainda ser inevitável uma forte corte de balcões.<br />
Maria Ana Barroso<br />
maria.barroso@economico.pt<br />
Os trabalhadores do Banco Privado<br />
Português (BPP) admitem<br />
criar uma nova instituição bancária<br />
como saída para a situação<br />
de desemprego em que muito<br />
em breve virão a estar.<br />
Em declarações ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>, Afonso Pires Diz<br />
explica que os colaboradores<br />
tentarão uma estratégia para<br />
salvar o banco mas, caso esta<br />
não resulte, admitem “entrar<br />
com um pedido de constituição<br />
de uma nova entidade” de natureza<br />
cooperativa ou mutualista.<br />
O presidente do Sindicato Nacional<br />
dos Quadros e Técnicos<br />
Bancários (SNQTB) lamenta que<br />
a única preocupação das autoridades<br />
tenha sido a resolução do<br />
problema dos clientes, esquecendo<br />
os “150 a 180” trabalhadores.<br />
Num comunicado divulgado<br />
ontem, o sindicato adiantou ter<br />
intenção de tentar salvar o banco<br />
através de uma operação de<br />
“employees buy-out (EBO)”,<br />
assumindo os trabalhadores o<br />
capital da instituição. O SNQTB<br />
pediu, por isso, para reunir com<br />
as Finanças, o Banco de PortugaleaPrivadoHolding.<br />
Afonso Pires Diz garante que<br />
o sindicato possui “os conhecimentos<br />
e a credibilidade” necessários<br />
quer para uma operaçãocomoesta,querpara,em<br />
alternativa, avançar para a criação<br />
de uma nova instituição.<br />
Questionado quanto à capacidade<br />
financeira para tais investidas,<br />
o responsável assegura:<br />
“temos acesso aos mercados<br />
nacionais e internacionais para<br />
fazer esse financiamento”.<br />
Quanto ao momento em que<br />
os trabalhadores tentam salvar<br />
o banco, o presidente do SNQTB<br />
reconhece que teria sido preferível<br />
avançar mais cedo mas diz<br />
que o sindicato esteve a aguardar<br />
que autoridades e accionis-<br />
O fundo do Morgan Stanley apresenta<br />
prejuízos de 4 mil milhões de euros.<br />
EUA<br />
Morgan Stanley poderá ter o maior prejuízo<br />
da história do capital de risco imobiliário<br />
O fundo imobiliário de alto risco do banco de investimento norteamericano<br />
Morgan Stanley apresentou prejuízos de 5,4 mil milhões<br />
dólares (4 mil milhões de euros). A notícia foi ontem avançada pelo ‘The<br />
Wall Street Journal’ que sublinha poderá ser o maior prejuízo da<br />
história em investimentos imobiliários de capital de risco, sector em que<br />
o Morgan Stanley tem sido particularmente activo nos últimos 20 anos.<br />
Segundo o jornal, o Morgan Stanley já avisou os investidores do fundo.<br />
Trabalhadores do BPP querem criar<br />
novo banco para salvar empregos<br />
Caso a tentativa de salvar o Banco Privado não funcione, a alternativa pode ser uma nova instituição.<br />
“<br />
Como não surgiu<br />
nada, tivemos de<br />
avançar; aparecemos<br />
em desespero de<br />
causa”, admite<br />
Afonso Pires Diz,<br />
do Sindicato.<br />
tas encontrassem uma solução.<br />
“Como não surgiu nada, tivemos<br />
de avançar; aparecemos<br />
em desespero de causa”, admite,<br />
lembrando não ser essa a<br />
“função habitual” de um sindicato.<br />
Afonso Pires Diz assume,<br />
por outro lado, não serem muitas<br />
as esperanças de que a primeira<br />
alternativa, a do EBO, seja<br />
ainda possível, tendo em conta<br />
que “estão em curso mecanismos<br />
legais que poderão ter acabado<br />
com o BPP”. O Banco de<br />
Portugal tem já em curso o processo<br />
de retirada da licença do<br />
Banco Privado.<br />
Em declarações à Lusa, o<br />
presidente da Privado Holding<br />
classificou ontem a iniciativa<br />
dos trabalhadores de “meritória,<br />
sobretudo pelo espírito de<br />
lutar até ao fim para tentar salvar<br />
uma instituição que foi muito<br />
maltratada pelas instituições<br />
públicas”. No entanto, Diogo<br />
VazGuedesdissever“commuita<br />
dificuldade que esta iniciativa<br />
Paula Nunes<br />
Vaz Guedes tem grandes dúvidas<br />
de que o plano dos trabalhadores<br />
possa vingar.<br />
possa, infelizmente, ter sucesso”,<br />
tendo em conta “a postura<br />
do BdP até aqui”.<br />
O Diário <strong>Económico</strong> tentou<br />
obter junto do supervisor uma<br />
reacção a esta nova proposta<br />
dos trabalhadores do BPP, mas<br />
sem sucesso.<br />
Prazos do Governo em risco<br />
Termina hoje o prazo fixado<br />
pelo Ministério das Finanças<br />
para que sejam accionados o<br />
Fundo de Garantia de Depósitos<br />
e o Sistema de Indemnização<br />
aos Investidores para ressarcir<br />
parcialmente os clientes do<br />
BPP. Isto porque, até à hora de<br />
fecho desta edição, aguardavase<br />
ainda a decisão final oficial<br />
do BdP de retirar a licença ao<br />
banco. Este é o único passo que<br />
falta para que os dois sistemas<br />
sejam accionados. A medida faz<br />
parte da solução que foi<br />
encontrada para estes clientes<br />
e que inclui ainda um fundo d<br />
einvestimentojácriado.■
BANCA<br />
JPMorgan lucra mais 55%<br />
e surpreende os analistas<br />
O JP Morgan lucrou, no primeiro trimestre deste ano, 3,33 mil milhões<br />
de dólares (2,43 mil milhões de euros), mais 55% do que em igual<br />
período do ano passado. O resultado do segundo maior banco dos EUA<br />
surpreendeu as casas de investimento que estimavam um resultado de<br />
cerca de 2,9 mil milhões de dólares (2,14 mil milhões de euros). O JP<br />
Morgan inaugurou a época de resultados trimestrais da banca norteamericana.<br />
Seguem-se em breve o Bank of America e o Citigroup.<br />
Analistas apoiam<br />
certificação<br />
obrigatória<br />
Regulamento da CMVM inclui novas regras<br />
para actividades de intermediação financeira.<br />
Marta Reis<br />
marta.reis@economico.pt<br />
A certificação profissional obrigatória<br />
para consultores de investimento<br />
e analistas financeiros,<br />
consagrada em regulamento<br />
pela CMVM, mereceu o apoio da<br />
maioria da indústria.<br />
Mas há também observações e<br />
críticas entre os 13 documentos<br />
de resposta à consulta pública,<br />
divulgados ontem, algumas das<br />
quais foram consideradas pelo<br />
regulador na redacção final.<br />
Oregimetransitóriododocumento<br />
agora divulgado pela<br />
CMVM, e que deverá ser publicado<br />
nos próximos dias em Diário<br />
da República, consagra requisitos<br />
de qualificação profissional para<br />
consultores e analistas que pretendam<br />
aceder à actividade a<br />
partir de 1 de Janeiro do próximo<br />
ano. Os que já exercem devem<br />
fazer, ou actualizar, o registo no<br />
prazo de três meses.<br />
A validade do registo depende<br />
da obtenção, no prazo de quatro<br />
anos a partir da data de registo,<br />
ou da sua actualização, de qualificações<br />
profissionais específicas.<br />
Este foi um pontos mais focado<br />
pelos respondentes. Na proposta<br />
a consulta pública, o regime<br />
transitório não contemplava a<br />
experiência profissional como<br />
factor de dispensa de obtenção de<br />
diploma. O regulamento ontem<br />
divulgado consagra esse princípio,<br />
reconhecendo o mérito da<br />
experiência e formação profissional<br />
já adquiridas. Também o prazo<br />
para obtenção das habilitações<br />
requeridas passou dos três anos<br />
inicialmente propostos para quatro,<br />
tendo esta sido outra das observações<br />
feitas por alguns respondentes.<br />
Houve também entidades -<br />
como a APFIPP - que defenderam<br />
um sistema de certificação<br />
profissional transversal ao sector<br />
financeiro. O Finibanco reforça<br />
que contribuiria para a qualidade<br />
a ter no mercado “introduzir<br />
num futuro próximo uma abrangência<br />
mais alargada [...] estendendo-a,<br />
nomeadamente, aos<br />
agentes dos serviços financeiros<br />
de corretagem”.<br />
Há, por outro lado, quem refira<br />
os custos que as novas regras<br />
poderão acarretar. O Caixa BI<br />
apontava na resposta à consulta<br />
pública ser necessário considerar<br />
o “impacto que as exigências de<br />
certificação, que passarão a ser<br />
colocadas, terão nas estruturas de<br />
custos dos intermediários financeiros<br />
ou nas áreas de intermediação<br />
das instituições financeiras”.<br />
A Associação Portuguesa de<br />
Empresas de Investimento (APC)<br />
considerava no documento de<br />
resposta, que um sistema de certificação<br />
profissional introduziria<br />
custos adicionais e uma rigidez<br />
no mercado de trabalho particularmente<br />
penalizadora”.<br />
O registo junto da CMVM, que<br />
passará a ser obrigatório e público<br />
para os analistas financeiros, é<br />
apoiado pela maioria dos 13 respondentes.<br />
Sobre o regulamento, a Associação<br />
Portuguesa de Analistas<br />
Financeiros (APAF) considera<br />
que irá “contribuir para uma<br />
maior credibilidade do mercado<br />
de capitais em geral e da classe<br />
dos analistas financeiros e consultores<br />
de investimento em particular”.<br />
■<br />
REQUISITOS<br />
● É criado um sistema de<br />
certificação profissional, que<br />
passará a ser obrigatória tanto<br />
para consultores como para<br />
analistas financeiros.<br />
● O exercício de actividade de<br />
consultoria para investimento<br />
e de análise financeira ficará<br />
sujeita a registo prévio junto<br />
da CMVM.<br />
● Os requisitos de qualificação<br />
profissional são aplicados aos<br />
consultores de investimento que<br />
pretendam aceder à actividade a<br />
partir de 1 de Janeiro de 2011.<br />
● O regulamento contempla<br />
ainda requisitos de idoneidade e<br />
normas de conduta,<br />
nomeadamente a adesão a um<br />
código de conduta/deontológico.<br />
Previsões da OPEP para a procura de<br />
crude são menos optimistas que AIE.<br />
MATÉRIAS-PRIMAS<br />
COMER UM BITOQUE VAI PASSAR A FICAR MAIS CARO<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 35<br />
OPEP mantém estimativa de subida ligeira<br />
da procura em 2010<br />
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) prevê um<br />
aumento de 1,1% do consumo mundial de crude este ano, para um total<br />
de 85,21 milhões de barris diários. As projecções do cartel, em linha<br />
com as de Março, são menos optimistas que a estimativa avançada pela<br />
Agência Internacional de Energia, que prevê um aumento do consumo<br />
para 86,6 milhões de barris diários (mbd) em 2010. Ontem, o barril de<br />
brent, a referência para Portugal, subia 1,74% para 86,19 dólares.<br />
Rebecca Reid/Bloomberg<br />
Na próxima vez que for a um restaurante e pagar mais por um bitoque não estranhe.<br />
A factura deverá aumentar nos próximos meses com a subida dos preços da carne<br />
devido, segundo avançava ontem o Financial Times, ao Inverno rigoroso nos<br />
Estados Unidos e aos efeitos da recessão económica. Para quem prefere ‘fast food’ as<br />
notícia não são mais animadoras já que o Big Mac também deverá ficar mais caro.
36 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
BOLSA <strong>DE</strong> VALORES<br />
Eurolist by Euronext Lisbon. Acções<br />
Última Var. Var. Máx. Mín. Quant. Máx. Mín. Divid. Data Divid. Comport.<br />
Valor Mobiliário Data cotação % sessão sessão transcc. do ano do ano Ex-dív yeld% anual%<br />
Compartimento A<br />
B.COM.PORTUGUES 14-04-2010 0.85 0.01 0.96 0.85 0.8416,277,816 1.08 0.64 0.02 16-04-2009 2.03 -1.99<br />
B.ESPIRITO SANTO 14-04-2010 4.11 0.06 1.51 4.14 4.053,229,125 5.34 3.45 0.14 16-04-2010 3.46 -11.56<br />
BANCO BPI SA 14-04-2010 1.99 0.02 0.76 2.00 1.98 424,228 2.57 1.71 0.07 04-05-2009 3.38 -7.12<br />
BRISA 14-04-2010 6.57 0.04 0.63 6.59 6.51 896,747 7.59 4.81 0.31 26-04-2010 4.75 -9.55<br />
CIMPOR SGPS 14-04-2010 5.54 0.01 0.24 5.55 5.47 351,305 6.55 4.20 0.19 12-06-2009 3.35 -14.23<br />
EDP 14-04-2010 3.04 0.03 1.13 3.05 3.018,520,117 3.22 2.62 0.14 14-05-2009 4.67 -4.23<br />
EDP RENOVAVEIS 14-04-2010 5.87 -0.03 -0.51 5.93 5.85 995,032 7.83 5.52 0.00 0.00 -11.10<br />
GALP ENERGIA 14-04-2010 13.66 0.11 0.81 13.66 13.511,068,090 13.64 8.86 0.23 22-10-2009 1.70 13.13<br />
J MARTINS SGPS 14-04-2010 7.78 0.07 0.93 7.83 7.67 759,990 7.90 3.71 0.14 07-05-2010 1.86 10.22<br />
PORTUCEL 14-04-2010 2.09 0.00 0.19 2.10 2.06 252,068 2.18 1.40 0.08 14-04-2010 3.96 4.96<br />
PORTUGAL TELECOM 14-04-2010 8.49 0.09 1.06 8.49 8.412,170,849 8.69 5.<strong>48</strong> 0.57 24-04-2009 6.85 -2.26<br />
SONAE 14-04-2010 0.91 0.02 2.70 0.92 0.8910,126,724 0.98 0.59 0.03 20-05-2009 3.38 1.69<br />
ZON MULTIMEDIA 14-04-2010 3.94 0.02 0.59 3.94 3.90 254,7<strong>48</strong> 5.01 3.61 0.16 27-05-2009 4.09 -10.30<br />
Compartimento B<br />
IMPRESA SGPS 14-04-2010 1.64 - - 1.65 1.61 31,939 2.30 0.75 0.00 0.00 -9.04<br />
S.COSTA-PREF 22-02-2010 1.20 - - - - - 1.20 1.16 0.15 27-05-2009 12.50 3.45<br />
S.COSTA 14-04-2010 1.12 0.06 5.66 1.13 1.05 632,410 1.34 0.54 0.03 27-05-2009 2.93 -10.92<br />
IBERSOL SGPS 14-04-2010 8.12 -0.02 -0.25 8.70 8.10 28,009 10.00 6.52 0.05 28-04-2010 0.68 -11.62<br />
SONAE INDUSTRIA 14-04-2010 2.57 0.04 1.74 2.58 2.54 361,026 2.86 1.72 0.00 16.61 -2.51<br />
SONAECOM SGPS 14-04-2010 1.61 0.01 0.37 1.62 1.60 759,854 2.15 1.51 0.00 0.00 -17.96<br />
MOTA ENGIL 14-04-2010 3.29 0.05 1.39 3.33 3.24 590,402 4.53 2.68 0.11 30-04-2010 3.39 -16.92<br />
SEMAPA 14-04-2010 8.20 0.15 1.88 8.25 8.01 115,647 8.95 5.72 0.25 23-04-2009 3.17 3.70<br />
BANIF-SGPS 14-04-2010 1.16 - - 1.16 1.14 41,233 1.54 0.95 0.06 22-04-2009 5.28 -8.01<br />
SONAE CAPITAL 14-04-2010 0.64 0.03 4.92 0.64 0.611,147,973 1.00 0.52 0.00 0.00 -25.36<br />
REN 14-04-2010 2.93 -0.02 -0.51 2.95 2.93 333,437 3.25 2.73 0.17 13-04-2010 5.67 -1.08<br />
MARTIFER 14-04-2010 2.79 0.03 1.09 2.80 2.77 100,307 4.59 2.67 0.00 0.00 -17.37<br />
GRUPO MEDIA CAP 16-02-2010 4.00 - - - - - 5.00 3.31 0.23 09-04-2009 5.75 -4.08<br />
SAG GEST 14-04-2010 1.22 - - 1.22 1.22 950 1.59 0.97 0.02 10-11-2008 1.66 -6.15<br />
TEIXEIRA DUARTE 14-04-2010 1.08 - - 1.09 1.06 215,650 1.26 0.58 0.00 1.71 1.45<br />
FINIBANCO SGPS 14-04-2010 1.46 -0.01 -0.68 1.<strong>48</strong> 1.45 26,259 2.14 1.36 0.00 4.29 -3.92<br />
ALTRI SGPS SA 14-04-2010 4.84 0.06 1.19 4.86 4.81 644,4<strong>48</strong> 5.27 1.95 0.00 2.00 20.69<br />
Compartimento C 25-03-2010 3.41 - - - - - 5.41 3.36 0.07 26-05-2009 2.05 -18.03<br />
BENFICA-FUTEBOL 14-04-2010 3.30 -0.15 -4.35 3.45 3.30 9,688 3.65 2.13 0.00 0.00 40.26<br />
COFINA SGPS 14-04-2010 1.12 0.01 0.90 1.13 1.09 21,826 1.26 0.53 0.00 4.21 4.72<br />
COMPTA 14-04-2010 0.40 0.02 5.26 0.40 0.40 200 0.46 0.34 0.00 0.00 -5.00<br />
CORTICEIRA AMORI 14-04-2010 0.95 - - 0.96 0.95 15,327 1.05 0.59 0.00 6.74 4.32<br />
ESTORIL SOL N 22-09-1998 8.91 - - - - - 0.00 0.00 0.22 16-05-2007 2.47 0.00<br />
ESTORIL SOL P 14-04-2010 5.88 0.43 7.89 5.88 5.88 146 9.88 5.23 0.00 4.54 -26.15<br />
F RAMADA INVEST 14-04-2010 0.81 0.01 1.76 0.82 0.80 33,655 0.98 0.62 0.00 0.00 -8.46<br />
FISIPE 14-04-2010 0.16 0.01 6.67 0.16 0.16 250 0.20 0.09 0.00 0.00 -6.25<br />
FUT.CLUBE PORTO 14-04-2010 1.17 0.04 3.54 1.18 1.12 1,201 1.75 0.75 0.00 0.00 -21.53<br />
GLINTT 14-04-2010 0.77 0.02 2.67 0.77 0.74 279,407 1.03 0.64 0.00 0.00 -16.93<br />
IMOB GRAO PARA 29-03-2010 3.60 - - - - - 4.81 2.36 0.00 0.00 -1.37<br />
INAPA-INV.P.GEST 14-04-2010 0.61 0.00 0.49 0.61 0.60 225,566 0.73 0.30 0.00 0.00 -5.16<br />
LISGRAFICA 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 10 0.12 0.06 0.00 0.00 -12.50<br />
NOVABASE SGPS 14-04-2010 4.45 - - 4.47 4.44 6,665 5.06 3.89 0.00 0.00 -2.71<br />
OREY ANTUNES 06-04-2010 1.75 - - - - - 2.90 1.64 0.11 30-04-2009 6.29 2.34<br />
PAP.FERNAN<strong>DE</strong>S 28-01-2009 2.66 - - - - - 2.66 2.66 0.00 0.00 0.00<br />
REDITUS SGPS 14-04-2010 7.24 -0.05 -0.69 7.24 7.13 625 7.99 6.85 0.00 0.00 -0.68<br />
SPORTING 14-04-2010 1.18 0.01 0.85 1.25 1.16 2,993 1.52 1.05 0.00 0.00 -9.30<br />
SUMOL COMPAL 08-04-2010 1.43 - - - - - 1.52 1.26 0.00 0.00 -2.72<br />
VAA VISTA ALEGRE 12-04-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 29,616 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />
SPORTING 14-04-2010 1.18 0.01 0.85 1.25 1.16 2,993 1.52 1.05 0.00 0.00 -9.30<br />
SUMOL COMPAL 08-04-2010 1.43 - - - - - 1.52 1.26 0.00 0.00 -2.72<br />
VAA VISTA ALEGRE 12-04-2010 0.10 - - - - - 0.14 0.09 0.00 0.00 -9.09<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 29,616 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />
VAA-V.ALEGRE-FUS 14-04-2010 0.07 - - 0.07 0.07 29,616 0.10 0.06 0.00 0.00 14.29<br />
Compartimento Estrangeiras<br />
BANCO POPULAR 14-04-2010 0.00 0.06 1.01 6.01 5.89 4,862 7.<strong>48</strong> 4.64 0.46 12-01-2009 7.71 17.13<br />
BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 14-04-2010 0.00 0.01 0.09 10.80 10.72 14,537 12.13 6.20 0.60 01-05-2010 5.60 -8.71<br />
E.SANTO FINANC N 08-04-2010 0.00 - - - - - 15.50 9.55 0.25 25-05-2009 1.70 -3.29<br />
E.SANTO FINANCIA 14-04-2010 0.00 0.01 0.07 14.85 14.70 17,245 15.49 10.45 0.25 25-05-2009 1.72 -0.27<br />
PAPELES Y CARTON 16-03-2010 0.00 - - - - - 4.25 2.60 0.03 16-01-2009 0.75 21.21<br />
SACYR VALLEHERM 06-05-2009 0.00 - - - - - 7.95 7.55 0.00 7.17 0.00<br />
As cotações do PSI 20, dos índices internacionais e dos seus respectivos componentes podem ser acompanhadas em: www.diarioeconomico.com<br />
Última cotação – Corresponde na grande maioria dos títulos, à cotação de fecho da última sessão, a menos que seja indicada outra data. Preços indicados em euros; Variação absoluta e percentual<br />
– diferença entre a última cotação e o fecho da sessão imediatamente anterior em que o título transaccionou; Dividendo – valor bruto, indicado em euros e respectiva data a partir da qual<br />
a aquisição do título deixou de dar direito ao pagamento do dividendo; Dividend Yield – Rendimento do dividendo, que resulta da divisão do último dividendo pago pela cotação; Comportamento<br />
anual – variação percentual da cotação em relação ao último preço do ano anterior. Compartimento A – Capitalização bolsista superior a 1.000 milhões de euros; Compartimento B – Capitalização<br />
bolsista entre 150 milhões e 1.000 milhões de euros; Compartimento C – Capitalização bolsista inferior a 150 milhões de euros; Compartimento Estrangeiras – Emitentes estrangeiras.<br />
As últimas RECOMENDAÇÕES<br />
EDP<br />
PREÇO-ALVO<br />
3,6€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
3,03€<br />
POTENCIAL<br />
18,8%<br />
COMPRAR O BPI Equity Research reduziu o preço-alvo<br />
das acções da EDP de 3,9 euros para 3,6 euros, apesar<br />
de manter a recomendação de “comprar”.<br />
EDP Renováveis<br />
PREÇO-ALVO<br />
6,8€<br />
GALP<br />
PREÇO-ALVO<br />
15,8€<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
5,87€<br />
POTENCIAL<br />
15,8%<br />
ACUMULAR O BPI Equity Research cortou a avaliação<br />
das acções da EDP Renováveis de 8,15 euros para 6,8<br />
euros. Já a recomendação foi mantida em “acumular”.<br />
COTAÇÃO ACTUAL<br />
13,6€<br />
POTENCIAL<br />
16,2%<br />
COMPRAR O BPI Equity Research subiu o preço-alvo das<br />
acções da Galp Energia de 15,45 euros para 15,80 euros,<br />
mantendo a recomendação inalterada em “comprar”.<br />
Média dos PREÇOS-ALVO<br />
EMPRESAS ‘TARGET’<br />
ALTRI 3,54<br />
BANCO BPI 2,49<br />
BCP 1,29<br />
BES 9,37<br />
BRISA 7,76<br />
CIMPOR 4,76<br />
EDP 3,89<br />
GALP ENERGIA 13,94<br />
EDP RENOVÁVEIS 7,37<br />
J. MARTINS 5,43<br />
MOTA-ENGIL 4,23<br />
PORTUCEL 2,47<br />
PT 7,38<br />
REN 3,24<br />
SEMAPA 11,03<br />
S. INDÚSTRIA 3,01<br />
SONAE SGPS 1,31<br />
SONAECOM 3,38<br />
T. DUARTE -<br />
ZON MULTIMÉDIA 8,05<br />
Metodologia: O preço-alvo médio é<br />
calculado tendo em conta as avaliações de<br />
sete casas de investimento: BPI, CaixaBI,<br />
ESR, BCP, Lisbon Brokers, Banif e UBS.<br />
Hot Stock SONAE SGPS<br />
COMENTÁRIO<br />
<strong>DE</strong> BOLSA<br />
Marta Marques Silva<br />
marta.marquessilva@economico.pt<br />
Bolsa em alta<br />
emdiadetestes<br />
O PSI 20 avançou ontem 0,92%, naquele que foi<br />
o segundo melhor desempenho da Europa, só ultrapassado<br />
pela praça italiana. A tendência de<br />
ganhos foi aliás generalizada, com o Euro Stoxx<br />
600 a escalar para o nível mais alto em 18 meses.<br />
Os investidores mostraram-se optimistas depois<br />
de a JP Morgan apresentar resultados considerados<br />
fortes pelo mercado. As contas da tecnológica<br />
Intel e os dados favoráveis do retalho norteamericano<br />
ajudaram ainda à toada positiva registada<br />
ontem nas praças mundiais.<br />
A bolsa portuguesa foi obviamente influenciada<br />
pelo sentimento interna-<br />
cional, mas também pelos<br />
dois “testes” nos quais<br />
passou com distinção:<br />
Bruxelas deu luz verde ao<br />
PEC e o Estado conseguiu<br />
colocar dois mil milhões de euros de dívida com<br />
sucesso no mercado. Entre as cotadas o destaque<br />
vai para a Sonae, que liderou os ganhos na sessão<br />
(ver caixa). Todos os títulos da banca avançaram<br />
suportados nos resultados do gigante norte-americano.<br />
O BES, que começou na terça-feira a negociar<br />
sem direito ao dividendo, liderou mesmo os<br />
ganhos no sector, ao somar 1,5%. Já a EDP Renováveis<br />
– que tem sido alvo de várias revisões em<br />
baixa – e a REN foram as únicas cotadas a fechar<br />
no vermelho, ambas com perdas de 0,51%. ■<br />
Paulo Azevedo,<br />
CEO da Sonae<br />
As bolsas<br />
ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
PSI 20 COM QUEDA ANUAL <strong>DE</strong> 1,4%<br />
Desempenho do principal índice bolsista português<br />
desde o início deste ano.<br />
9000<br />
8500<br />
8000<br />
7500<br />
7000<br />
31-12-2009<br />
Mercado confiante nas contas da Sonae<br />
14-04-2010<br />
A Sonae SGPS registou a melhor ‘performance’ do PSI 20, ao<br />
avançar 2,7% para 0,91 euros por acção. Apesar do desempenho<br />
bolsista na sessão de ontem, a verdade é que, desde o início<br />
do ano, a empresa liderada por Paulo de Azevedo acumula uma<br />
valorização de apenas 4,9%. Segundo os analistas contactados<br />
pela Reuters, a retalhista está a ser impulsionada pelos rumores<br />
acerca de uma possível nota de análise positiva para a empresa,<br />
ainda não anunciada ao mercado. Além disso, os especialistas<br />
justificam a subida de ontem com correcções técnicas, já que o<br />
título tem estado a negociar abaixo da sua cotação média. Ainda<br />
a funcionar como ‘driver’ dos papéis está a expectativa de que a<br />
Sonae irá impressionar o mercado na apresentação de resultados<br />
trimestrais, depois de já ter surpreendido na divulgação de contas<br />
anuais. Ontem, a subsidiária, Sonae Capital, também brilhou,<br />
ao escalar 4,92%.
EUA - Dow Jones Industrial Indices Internacionais<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 14.39 0.35<br />
WALT DISNEY CO 36.04 0.56<br />
KRAFT FOODS INC 30.75 0.33<br />
PROCTER & GAMBLE 62.99 -0.02<br />
AMER EXPRESS CO 46.06 2.38<br />
GENERAL ELEC CO 19.33 2.01<br />
COCA-COLA CO 54.77 -0.45<br />
AT&T 26.19 -0.04<br />
BOEING CO 71.4 0.29<br />
HOME <strong>DE</strong>POT INC 34.69 1.02<br />
MCDONALD'S CORP 69.16 0.35<br />
THE TRAVELERS CO 52.79 1.09<br />
BANK OF AMERICA 19.32 3.<strong>48</strong><br />
HEWLETT-PACKARD 54.<strong>48</strong> 1.3<br />
3M COMPANY 84.03 0.11<br />
EUA - Nasdaq<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
APPLE INC 245.47 1.26<br />
COGNIZANT TECH 53.96 0.54<br />
INTUIT INC 35.05 0<br />
PRICELINE COM 263.7 2.37<br />
ADOBE SYS 34.87 0.35<br />
CITRIX SYSTEMS <strong>48</strong>.04 -0.04<br />
INTUITIVE SURG 377.95 2.86<br />
PATTERSON COS 31.55 1.02<br />
AUTOMATIC DATA 43.99 0.09<br />
<strong>DE</strong>LL INC 16.61 5.66<br />
J.B. HUNT TRAN 36.59 0.99<br />
QUALCOMM INC 42.75 1.06<br />
AUTO<strong>DE</strong>SK INC 31.55 -0.47<br />
DISH NETWORK A 21.6 -0.78<br />
JOY GLOBAL INC 62.64 2.27<br />
QIAGEN N.V. 23.91 0.76<br />
ALTERA CORP 26.03 1.21<br />
DIRECTV A 36.2 2.26<br />
KLA TENCOR 33.22 3.88<br />
RSCH IN MOTION 73.51 1.31<br />
APPLIED MATL 14.31 3.7<br />
EBAY INC 26.9 0.98<br />
LIFE TECH CORP 52.02 1.03<br />
ROSS STORES 56.21 -0.55<br />
AMGEN 60.88 0.33<br />
ELECTRONIC ART 19.57 1.29<br />
LIBERTY INTER A 16.58 1.22<br />
STARBUCKS CORP 24.63 -0.4<br />
AMAZON COM 143.96 2.71<br />
EXPRESS SCRIPTS 100.56 -2.31<br />
LINEAR TECH 30.8 3.88<br />
SEARS HOLDING 109.59 2.98<br />
APOLLO GROUP 63.52 -2.1<br />
EXPEDITORS 37.76 1.56<br />
LOGITECH INTL 17.76 2.<strong>48</strong><br />
SIGMA ALDRICH 56.32 1.33<br />
ACTIVISIN BLIZRD 12.11 -1.3<br />
EXPEDIA 25.54 1.96<br />
LAM RESEARCH 39.89 3.05<br />
SANDISK CORP 37.95 5.53<br />
BED BATH BEYOND 45.49 -0.35<br />
FASTENAL CO 52.64 -0.68<br />
MATTEL INC 23.12 -1.45<br />
STAPLES INC 23.89 0.25<br />
BAIDU INC ADS 638.65 1.91<br />
FISERV INC 51.98 0.37<br />
MICROCHIP TECH 29.99 3.06<br />
STERICYCLE INC 54.99 -1.47<br />
BIOGEN I<strong>DE</strong>C 54.64 -0.78<br />
FLEXTRONICS 8.01 1.01<br />
EUA - Standard & Poors 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
ALCOA INC 14.39 0.35<br />
CVS CAREMARK CRP 36.99 -0.51<br />
JOHNSON&JOHNSON 65.26 -0.64<br />
PROCTER & GAMBLE 62.99 -0.02<br />
APPLE INC 245.47 1.26<br />
CHEVRON 80.23 0.02<br />
JPMORGAN CHASE 47.38 3.29<br />
PHILIP MORRIS 51.2 -2.4<br />
ABBOTT LABS 52.03 -0.<strong>48</strong><br />
DU PONT CO 38.68 0.18<br />
KRAFT FOODS INC 30.75 0.33<br />
QUALCOMM INC 42.75 1.06<br />
AMER ELEC PWR 33.68 -1.14<br />
<strong>DE</strong>LL INC 16.61 5.66<br />
COCA-COLA CO 54.77 -0.45<br />
REGIONS FINANCL 8.75 4.92<br />
ALLSTATE CP 34.25 3.6<br />
WALT DISNEY CO 36.04 0.56<br />
LOCKHEED MARTIN 81.99 -0.74<br />
RAYTHEON CO 57.97 -0.28<br />
AMGEN 60.88 0.33<br />
DOW CHEMICAL CO 30.91 1.01<br />
LOWES COMPANIES 26.41 0.72<br />
SPRINT NEXTEL 4.17 0.<strong>48</strong><br />
AMAZON COM 143.96 2.71<br />
<strong>DE</strong>VON ENERGY 66.63 0.27<br />
MASTERCARD CL A 263.74 2.03<br />
SCHLUMBERGER LTD 66.78 1.94<br />
AVON PRODUCTS 32.37 1.19<br />
EMC CORP 19.19 0.89<br />
MCDONALD'S CORP 69.16 0.35<br />
SARA LEE CORP 14.22 0.21<br />
AMER EXPRESS CO 46.06 2.38<br />
ENTERGY CP 81.3 -0.44<br />
MEDTRONIC INC 45.72 0.59<br />
SOUTHERN 33.89 -0.06<br />
BOEING CO 71.4 0.29<br />
EXELON CORP 44.34 -0.49<br />
METLIFE INC 46.39 2.05<br />
AT&T 26.19 -0.04<br />
BANK OF AMERICA 19.32 3.<strong>48</strong><br />
FORD MOTOR CO 13.25 3.6<br />
3M COMPANY 84.03 0.11<br />
TARGET CORP 56.5 0.07<br />
BAXTER INTL INC 58.75 -0.52<br />
FRPRT-MCM GD 85.74 1.14<br />
ALTRIA GROUP 21.05 -0.24<br />
TIME WARNER INC 32.62 -0.46<br />
BAKER HUGHES INC <strong>48</strong>.85 1.33<br />
FE<strong>DE</strong>X CORP 92.73 2.22<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
ANGLO AMERICAN 2982.5 1.34<br />
B SKY B 623.5187 1.14<br />
3I GROUP 285.8412 -0.35<br />
OLD MUTUAL 120.9798 1.58<br />
SHIRE 1429.6414 -0.35<br />
ASSOC.BR.FOODS 985.9296 -1.77<br />
BT GROUP 129.1005 4.37<br />
IMPERIAL TOBACCO 2008.0602 0.1<br />
PETROFAC 1220.12 1.41<br />
STANDARD LIFE 207.1 1.02<br />
ADMIRAL GROUP 1340.9706 -0<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
UNITED TECH CP 73.65 0.26<br />
CATERPILLAR INC 67.01 1.24<br />
INTL BUS MACHINE 130.86 1.42<br />
MERCK & CO 36.11 -1.61<br />
VERIZON COMMS 29.69 -1.26<br />
CISCO SYSTEMS 26.84 1.51<br />
INTEL CORP 23.45 3.03<br />
MICROSOFT CP 30.84 1.28<br />
WAL-MART STORES 54.71 -0.02<br />
CHEVRON 80.23 0.02<br />
JOHNSON&JOHNSON 65.26 -0.64<br />
PFIZER INC 17.01 -0.99<br />
EXXON MOBIL 68.6 -0.09<br />
DU PONT CO 38.68 0.18<br />
JPMORGAN CHASE 47.38 3.29<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MILLICOM INTL 88.99 -1<br />
SEAGATE TECH 19.43 5.71<br />
BMC SOFTWARE 39.76 1.3<br />
FLIR SYSTEMS 28.56 1.2<br />
MARVELL TECH GP 22.05 5.3<br />
SYMANTEC CORP 16.87 0.96<br />
BROADCOM CORP 35.54 2.98<br />
FIRST SOLAR 131.66 3.82<br />
MICROSOFT CP 30.84 1.28<br />
TEVA PHARM 61.7 -2.08<br />
CA IN 23.16 1<br />
FOSTER WHEELR AG 30.75 2.23<br />
MAXIM INTEGRATED 20.93 3.67<br />
URBAN OUTFITTER 38.85 1.38<br />
CELGENE CORP 60.08 -2.28<br />
GENZYME 52.51 0.15<br />
MYLAN INC 22.08 -2<br />
VIRGIN MEDIA 17.78 2.<strong>48</strong><br />
CEPHALON INC 67.57 -0.43<br />
GILEAD SCI 45.84 -1.1<br />
NII HOLDINGS 42.54 -0.07<br />
VODAFONE GROUP 23.38 1.21<br />
CERNER CORP 88.25 1.23<br />
GOOGLE 589.49 0.46<br />
NETAPP INC 35.86 3.37<br />
VERISIGN INC 26.78 0.98<br />
CHECK PT SFTWRE 36.06 0.31<br />
GARMIN LTD 36.77 1.04<br />
NVIDIA CORP 17.84 1.02<br />
VERTEX PHARM 39.57 -0.98<br />
CH ROBINSON WW 57.57 1.73<br />
HOLOGIC INC 18.15 2.08<br />
NEWS CORP A 15.61 0.9<br />
WRNER CHIL PLC A 26.55 3.39<br />
COMCAST CORP A 18.78 0.59<br />
HENRY SCHEIN 60.9 2.11<br />
ORACLE CORP 26.32 -0.11<br />
WYNN RESORTS 87.11 -1.06<br />
COSTCO WHOLESAL 59.3 -0.99<br />
ILLUMINA INC 38.61 1.02<br />
O REILLY AUTO 43.11 2.28<br />
XILINX INC 27.42 2.16<br />
CISCO SYSTEMS 26.84 1.51<br />
INFOSY TECH ADR 62.62 -0.68<br />
PAYCHEX INC 31.28 0.45<br />
<strong>DE</strong>NTSPLY INTL 34.92 0.17<br />
CINTAS CORP 27.76 -0.29<br />
INTEL CORP 23.45 3.03<br />
PACCAR INC 46.2 0.94<br />
YAHOO! INC 18.13 -0.28<br />
Título Última Var.<br />
Cot. $ %<br />
MONSANTO CO 66.83 -1.36<br />
TEXAS INSTRUMENT 26.69 3.17<br />
BANK NY MELLON 31.85 -1.91<br />
GENERAL DYNAMICS 76.57 -0.36<br />
MERCK & CO 36.11 -1.61<br />
UNITEDHEALTH GP 31.33 -2.58<br />
BRISTOL MYERS SQ 25.67 -1.19<br />
GENERAL ELEC CO 19.33 2.01<br />
MORGAN STANLEY 31.21 2.4<br />
UNITED PARCEL B 65.42 0.83<br />
BERKSHIRE CL B 81 0.68<br />
GILEAD SCI 45.84 -1.1<br />
MICROSOFT CP 30.84 1.28<br />
US BANCORP 28.23 2.54<br />
CITIGROUP 4.88 5.63<br />
GOOGLE 589.49 0.46<br />
NIKE INC CL B 75.29 -0.29<br />
UNITED TECH CP 73.65 0.26<br />
CATERPILLAR INC 67.01 1.24<br />
GOLDM SACHS GRP 185.53 3.5<br />
NTL OILWELL VARC 42.13 0.57<br />
VERIZON COMMS 29.69 -1.26<br />
COLGATE PALMOLIV 84.17 -0.45<br />
HALLIBURTON CO 32.39 3.09<br />
NORFOLK SOUTHERN 59.5 0.56<br />
WALGREEN CO 36.72 -0.24<br />
COMCAST CORP A 18.78 0.59<br />
HOME <strong>DE</strong>POT INC 34.69 1.02<br />
NEWS CORP A 15.61 0.9<br />
WELLS FARGO & CO 33.18 3.2<br />
CAP ONE FINAN 46.01 2.36<br />
H J HEINZ CO 46.22 0.43<br />
NYSE EURONEXT 32.78 2.02<br />
WILLIAMS COMPS 23.97 -0.04<br />
CONOCOPHILLIPS 56.36 1.24<br />
HONEYWELL INTL 46.24 1.27<br />
ORACLE CORP 26.32 -0.11<br />
WAL-MART STORES 54.71 -0.02<br />
COSTCO WHOLESAL 59.3 -0.99<br />
HEWLETT-PACKARD 54.<strong>48</strong> 1.3<br />
OCCI<strong>DE</strong>NTAL PETE 85.62 -0.08<br />
WEYERHAEUSER CO 46.96 2.53<br />
CAMPBELL SOUP CO 35.51 -0.08<br />
INTL BUS MACHINE 130.86 1.42<br />
PEPSICO INC 66.13 -0.39<br />
EXXON MOBIL 68.6 -0.09<br />
CISCO SYSTEMS 26.84 1.51<br />
INTEL CORP 23.45 3.03<br />
PFIZER INC 17.01 -0.99<br />
XEROX CORP 10.5 0.<strong>48</strong><br />
Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
CARNIVAL 2635.3953 -0.72<br />
INVESTEC 542.6937 -0.09<br />
PRU<strong>DE</strong>NTIAL 574.2642 0.26<br />
SMITHS GROUP 1141 -0<br />
AGGREKO 1196 -0.17<br />
CENTRICA 300.5 -0.1<br />
INTL POWER 332.1821 -0.66<br />
PEARSON 1006.526 2.52<br />
SMITH&NEPHEW 681.9214 0.59<br />
AMEC 831.8 1.75<br />
CAIRN ENERGY 416.8889 -0.76<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice Mercado valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
PSI 20 Portugal 8344.29 76.06 0.92 8877.6 7151.12 8463.85 -1.412595923 15080.99 09 MAR 2000 2910.63 14 JAN 1993<br />
PSI Geral Portugal 2867.72 23.26 0.82 3020.92 2537.45 2902.26 -1.19010702 4419 17 JUL 2007 842.31 22 NOV 1995<br />
PSI 20 Total Return Portugal 13889.33 126.61 0.92 14713.3 11851.92 14027.58 -0.98555845 21023.84 17 JUL 2007 6673.98 23 OCT 2002<br />
Dow Jones Ind. Ave. EUA 11084.19 64.77 0.59 11038.92 7791.95 10428.05 6.292068028 14164.53 09 OCT 2007 388.2 17 JAN 1955<br />
Nasdaq Composite EUA 2495.63 29.64 1.2 2467.94 1598.93 2269.15 9.980829826 5132.52 10 MAR 2000 276.6 01 OCT 1985<br />
FTSE 100 R. Unido 5796.25 34.59 0.6 5803.71 5033.01 5412.88 7.0825512<strong>48</strong> 6950.6 30 <strong>DE</strong>C 1999 986.9 23 JUL 1984<br />
Xetra-Dax Alemanha 6278.4 47.57 0.76 6285.03 5433.02 5957.43 5.387725915 8151.57 13 JUL 2007 931.18 29 JAN 1988<br />
CAC 40 França 4057.7 25.71 0.64 4088.18 3545.91 3936.33 3.083328888 6944.77 04 SEP 2000 893.82 29 JAN 1988<br />
IBEX 35 Espanha 11503.7 42.7 0.37 12240.5 8413.6 11940 -3.654103853 16040.4 09 NOV 2007 1861.9 05 OCT 1992<br />
AEX Holanda 356.67 2.24 0.63 358.2 311.53 335.33 6.363880357 703.18 05 SEP 2000 69.14 10 NOV 1987<br />
BEL 20 Bélgica 2716.7 7.72 0.28 2725.69 2375.72 2511.62 8.165247928 4759.01 23 MAY 2007 1039 02 SEP 1992<br />
Nikkei 225 Japão 11204.9 43.67 0.39 11408.17 9867.39 0 0 38915.87 29 <strong>DE</strong>C 1989 85.25 06 JUL 1950<br />
Hang Seng Hong Kong 22121.43 17.9 0.08 22671.92 19423.05 21872.5 1.138095782 31958.41 30 OCT 2007 58.61 31 AUG 1967<br />
DJ Stoxx 50 Pan-europeu 2691.17 17.23 0.64 2689.17 2359.4 2578.92 4.352597211 5219.96 28 MAR 2000 925.95 05 OCT 1992<br />
DJ Euro Stoxx 50 Pan-europeu 3008.03 19.79 0.66 3044.37 2617.77 2966.24 1.408854307 5522.42 07 MAR 2000 920.65 05 OCT 1992<br />
FTSE Eurotop 300 Pan-europeu 1105.32 6.76 0.62 1105.08 964.22 1045.76 5.695379437 1709.12 05 SEP 2000 645.5 09 MAR 2009<br />
FTSE Eurotop 100 Pan-europeu 2341.95 14.65 0.63 2342.26 2050.97 2233.67 4.847627447 3969.76 05 SEP 2000 1384.52 09 MAR 2009<br />
Euronext 100 Pan-europeu 716.56 4.38 0.62 719.54 625.53 683.76 4.797004797 1147.84 12 OCT 2000 419.49 12 MAR 2003<br />
Next 150 Pan-europeu 1551.82 14.26 0.93 1550.94 1332.39 1386.24 11.94454063 2028.18 19 JUL 2007 514.28 12 MAR 2003<br />
S&P 500 EUA 1206.59 9.29 0.78 1150.5 715.64 1115.1 8.204645323 1576.06 11 OCT 2007 132.93 23 NOV 1982<br />
Bovespa Brasil 70984.65 192.25 0.27 71989.18 61341.11 68588.41 3.493651478 73920.38 29 MAY 2008 4575.69 11 SEP 1998<br />
Índices Sectoriais - Dow Jones Stoxx Europa<br />
Último Var. Var. Máx. Mín. Fecho Var. VS Máx. Data Mín. Data<br />
Índice valor pontos % ano ano ano ant. ano ant.% hist. máx. hist. histór. Mín. hist.<br />
Automovel 238.83 3.49 1.<strong>48</strong> 2<strong>48</strong>.50 199.72 235.83 1.27 433.20 01 NOV 2007 83.34 07 OCT 1992<br />
Banca 232.17 2.67 1.16 237.52 189.30 221.27 4.93 541.27 20 APR 2007 86.87 26 AUG 1992<br />
Recursos Básicos 571.75 10.49 1.87 584.16 443.65 497.98 14.81 836.75 19 MAY 2008 84.85 19 OCT 1992<br />
Ind. Quimica 470.92 0.85 0.18 477.35 421.30 463.06 1.70 530.59 06 JUN 2008 95.76 05 OCT 1992<br />
Construção 289.14 3.36 1.18 290.17 247.35 277.56 4.17 <strong>48</strong>1.57 04 JUN 2007 77.54 19 OCT 1992<br />
Energia 347.88 1.89 0.55 350.67 304.14 330.54 5.25 472.65 13 JUL 2007 85.58 25 AUG 1992<br />
Serviços Financeiros 249.07 2.00 0.81 2<strong>48</strong>.31 207.22 232.87 6.96 508.91 21 FEB 2007 80.51 01 SEP 1992<br />
Alimentação e bebidas 328.70 0.70 0.21 331.03 292.06 304.28 8.03 337.56 01 NOV 2007 92.66 05 OCT 1992<br />
Bens e serviços Industriais 280.32 1.88 0.68 281.56 235.82 246.69 13.63 416.99 11 FEB 2000 92.1 05 OCT 1992<br />
Seguros 162.96 0.66 0.41 163.28 137.86 151.43 7.61 473.67 27 NOV 2000 73.76 09 MAR 2009<br />
Media 172.69 1.79 1.05 174.14 149.82 159.15 8.51 783.64 10 MAR 2000 99.98 08 JAN 1992<br />
Cuidados Médicos 380.39 -0.76 -0.20 387.29 360.02 366.09 3.91 523.<strong>48</strong> 27 NOV 2000 87.97 14 APR 1993<br />
Tecnologia 218.54 3.33 1.55 219.82 185.07 184.35 18.55 1230.61 06 MAR 2000 88.2 05 OCT 1992<br />
Telecomunicações 262.08 2.50 0.96 264.30 242.26 260.93 0.44 1062.85 06 MAR 2000 79.37 05 OCT 1992<br />
Fornecedores de serv. Públicos 342.27 0.74 0.22 347.15 313.02 342.49 -0.06 563.68 08 JAN 2008 89.88 05 OCT 1992<br />
Reino Unido - Footsie 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. £ %<br />
Cot. £ %<br />
INMARSAT 756 0.27<br />
RECKIT BNCSR GRP 3583.4426 -1.16<br />
SERCO GROUP 615.5 0.24<br />
ANTOFAGASTA 1022 1.57<br />
COBHAM 272.3 -1.3<br />
INVENSYS 336.3436 1.81<br />
ROYAL BANK SCOT 45.0161 0.79<br />
SCOT & STH ENRGY 1126.0338 0.72<br />
ARM HOLDINGS 232.7192 1.42<br />
COMPASS GROUP 532.6637 -0.94<br />
INTERTEK GROUP 1461 -0.2<br />
ROYAL DTCH SHL A 1992.5598 1.45<br />
STANDRD CHART BK1776.0533 2.78<br />
ALLIANCE TRUST 3<strong>48</strong> 0.2<br />
CAPITA GROUP 793 -0.63<br />
JOHNSON MATTHEY 1750.6<strong>48</strong>1 0.4<br />
ROYAL DTCH SHL B 1919.8173 1.4<br />
SEVERN TRENT 1231.0369 -0.16<br />
AUTONOMY CORP 1831.9836 1.26<br />
CABLE & WIRE WLD 93.1112 0.92<br />
KAZAKHMYS 1556.0514 1.9<br />
REED ELSEVIER 525.5431 -0.1<br />
THOMAS COOK GRP 267.8428 -0.<strong>48</strong><br />
AVIVA 388.8192 -0.03<br />
DIAGEO 1160.6407 -0.26<br />
KINGFISHER 238.1 -0.29<br />
REXAM PLC 301.4 0.33<br />
TULLOW OIL 1318.717 -0.38<br />
ASTRAZENECA 2921.0349 -0.95<br />
MAN GROUP 271.4081 -0.33<br />
LAND SECS GROUP 682.1418 -0.37<br />
RIO TINTO 3953.6177 2.11<br />
TESCO 446.8134 -0.67<br />
BAE SYSTEMS 379.2 1.12<br />
EURASIAN 1245.0565 4.01<br />
LEGAL & GENERAL 92.9154 -1.93<br />
ROLLS ROYCE GP 618 1.39<br />
TUI TRAVEL 299.4 -0.99<br />
BARCLAYS 369.6227 2.89<br />
EXPERIAN 635 0.87<br />
Espanha - IBEX 35<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ABERTIS 14.615 -0.2<br />
ABENGOA 21.9 0.97<br />
ACS CONS Y SERV 36.025 0.38<br />
ACERINOX 15.31 1.02<br />
ACCIONA SA 87.66 0.4<br />
BBVA 11.24 -0.09<br />
BANKINTER 6.513 -0.38<br />
BOLSAS Y MER ESP 21.63 0.23<br />
BANESTO 8.53 0.52<br />
CRITERIA CAIXA 3.907 2.28<br />
EN<strong>DE</strong>SA 22.21 -0.85<br />
ENAGAS 16.33 -0.82<br />
EBRO PULEVA 14.185 -0.11<br />
FOMENTO <strong>DE</strong> CONST 27.865 0.94<br />
FERROVIAL 7.843 1.74<br />
GAMESA 11.12 -0.31<br />
GAS NATURAL 13.82 -0.11<br />
GRIFOLS 11.375 1.38<br />
Suíça - SMI<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
ABB LTD N 23.75 0.89<br />
ACTELION HLDG <strong>48</strong>.34 -0.49<br />
A<strong>DE</strong>CCO N 64.3 3.88<br />
CS GROUP AG 55.5 2.12<br />
HOLCIM N 81.8 1.49<br />
JULIUS BAER N 38.3 -0.93<br />
LONZA GRP AG N 82.7 0.24<br />
NESTLE SA 53.45 0.56<br />
NOVARTIS N 56.45 -0.44<br />
RICHEMONT I 41.47 -0.88<br />
ROCHE HOLDING AG 172.7 -0.12<br />
SGS N 1495 0.34<br />
SWATCH GROUP I 331.2 -1.49<br />
LIBERTY INTL 516.4754 -0<br />
RANDGOLD RES. 5322.0503 1.62<br />
UNILEVER 1955.0518 0.15<br />
BRIT AM TOBACCO 2256.927 -1.16<br />
FRESNILLO 857.629 2.84<br />
LLOYDS BNK GRP 63.857 1.45<br />
RSA INSRANCE GRP 128.5994 -0.39<br />
UNITED UTIL GRP 570.0171 -0<br />
BRITISH AIRWAYS 242.1742 1.46<br />
G4S 267 -0.37<br />
LONMIN PLC 2091.5654 1.6<br />
SABMILLER 1909.469 0.26<br />
VEDANTA RES 2870.7339 0.77<br />
BG GROUP 1156.5 -0.52<br />
GLAXOSMITHKLINE 1274.2866 -0.12<br />
LOND STOCK EXCH 765.5 1.06<br />
SAINSBURY(J) 349.2047 -0.34<br />
VODAFONE GROUP 150.14 1.24<br />
BR LAND CO <strong>48</strong>6.0553 0.39<br />
HAMMERSON 391.9058 -0.38<br />
MARKS & SP. 381.6 0.45<br />
SCHRO<strong>DE</strong>RS 1424.5851 0.85<br />
WOLSELEY 1559 -0.38<br />
BHP BILLITON 2272.61 1.89<br />
HOME RETAIL 294.34 -0.31<br />
MORRISON SUPMKT 297.7856 0.1<br />
SCHRO<strong>DE</strong>RS NV 1134.6831 0.27<br />
WPP PLC 684.666 2.1<br />
BUNZL 762 0.4<br />
HSBC HOLDINGS 685.9054 -0.45<br />
NATIONAL GRID 658.6683 0.15<br />
SAGE GROUP 258.6103 1.34<br />
WHITBREAD 1529.255 0.97<br />
BP 642.2 0.37<br />
ICAP PLC 402.3121 1.26<br />
NEXT 2292.5117 -1.33<br />
SEGRO 320.98 0.78<br />
XSTRATA 1291 2.38<br />
BURBERRY GRP 698.2093 2.87<br />
INTERCONT HOTEL 1054.2601 -0.57<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
IBERDROLA 6.475 0.08<br />
IBERIA LIN AER 2.639 2.09<br />
IBR RENOVABLES 3.235 0.19<br />
INDRA SISTEMAS 16.035 0.34<br />
INDITEX 49.935 1.23<br />
MAPFRE 2.852 1.97<br />
ARCELORMITTAL 34.145 1.23<br />
OBR HUARTE LAIN 23.39 2.27<br />
BK POPULAR 5.997 1.99<br />
RED ELECTR CORP 39.815 -1.03<br />
REPSOL YPF 18.44 -0.75<br />
BCO <strong>DE</strong> SABA<strong>DE</strong>LL 4.315 0.82<br />
BANCO SANTAN<strong>DE</strong>R 10.74 0.42<br />
SACYR-VALLE 7.03 1.15<br />
TELEFONICA 18.09 0.42<br />
GEST TELECINCO 11.715 -1.51<br />
TECNICAS REUN <strong>48</strong> 0.89<br />
Título Última Var.<br />
Cot. CHF %<br />
SWISS LIFE HLDG 143.6 -0.9<br />
SWISS REINSUR N 53.35 0.95<br />
SWISSCOM N 395 0.13<br />
SYNGENTA N 277.8 -0.14<br />
SYNTHES 129.5 -0.77<br />
UBS AG N 18.<strong>48</strong> 2.38<br />
ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />
ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />
SYNGENTA N 277.8 -0.14<br />
SYNTHES 129.5 -0.77<br />
UBS AG N 18.<strong>48</strong> 2.38<br />
ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />
ZURICH FIN N 258.8 -0.46<br />
Alemanha - Dax<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ADIDAS AG 41.8 0.86<br />
FRESENIUS SE VZ 56.99 0.26<br />
ALLIANZ SE 94.19 0.87<br />
HENKEL AG&CO VZ 40.965 0.53<br />
BASF SE 46.685 0.1<br />
INFINEON TECH N 5.211 2.78<br />
BAY MOT WERKE 35.515 0.47<br />
K+S AG 43.115 1.9<br />
BAYER N AG 50.18 -0.32<br />
LIN<strong>DE</strong> 88.31 0.46<br />
BEIERSDORF 44.62 -0.11<br />
MAN SE 66.83 0.69<br />
COMMERZBANK 6.496 2.17<br />
MERCK KGAA 60.36 -0.67<br />
DAIMLER AG N 36.67 1.86<br />
Itália - Mibtel<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GENERALI ASS 17.71 0.11<br />
MEDIASET 6.305 0.16<br />
MEDIOBANCA 8 -0.25<br />
MEDIOLANUM 4.405 -0.34<br />
SAIPEM 29.77 0.24<br />
SNAM RETE GAS 3.77 0.07<br />
STMICROELEC.N.V 7.75 -0.06<br />
Holanda - AEX<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ESTX 50 PR 3008.03 0.66<br />
AEX-Index 356.67 0.63<br />
AEGON 5.368 1.8<br />
AHOLD KON 10.455 1.26<br />
AIR FRANCE - KLM 12.63 1.9<br />
AKZO NOBEL 43.57 0.73<br />
ARCELORMITTAL 34.12 1.25<br />
ASML HOLDING 25.715 -1.68<br />
BAM GROEP KON 6.24 -0.1<br />
BOSKALIS WESTMIN 32.025 0.87<br />
CORIO 50.1 0.22<br />
FUGRO 51.09 0.45<br />
França - CAC 40<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 43.265 -0.67<br />
AIR LIQUI<strong>DE</strong> 88.22 0.02<br />
ALCATEL-LUCENT 2.<strong>48</strong> 3.2<br />
ALSTOM 47.23 0.3<br />
ARCELORMITTAL 34.12 1.25<br />
AXA 17.575 1.71<br />
BNP PARIBAS 57.6 1.55<br />
BOUYGUES 39.98 2.83<br />
CAP GEMINI 38.835 5.73<br />
CARREFOUR 37.985 0.9<br />
CREDIT AGRICOLE 13.62 1.72<br />
DANONE 46.585 0.76<br />
<strong>DE</strong>XIA 4.508 1.26<br />
EADS 14.7 1.27<br />
EDF 41.835 0.69<br />
ESSILOR INTERNAT 46.02 -1.03<br />
FRANCE TELECOM 17.46 0.75<br />
GDF SUEZ 28.6 0<br />
L OREAL 81.79 -0.26<br />
L.V.M.H. 90.39 0.38<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
METRO AG 44.905 -1.7<br />
<strong>DE</strong>UTSCHE BANK N 59.6 3.13<br />
MUENCH. RUECK N 122.5 0.49<br />
<strong>DE</strong>UTSCHE POST NA 12.85 1.82<br />
RWE AG 67.59 0.34<br />
DT BOERSE N 56.86 2.1<br />
SALZGITTER 68.82 0.42<br />
DT LUFTHANSA AG 13.045 1.32<br />
SAP AG 36.295 1.21<br />
DT TELEKOM N 10.125 0.6<br />
SIEMENS N 73.43 -0.23<br />
E.ON AG NA 28.4 0.44<br />
THYSSEN KRUPP 26.58 1.24<br />
FRESENIUS MEDI 41.46 -0.26<br />
VOLKSWAGEN VZ 69.69 3.24<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
UNICREDIT 2.29 0.11<br />
TENARIS 15.87 -0<br />
TERNA 3.18 0<br />
UBI BANCA 10.36 -0.38<br />
UNICREDIT 2.29 0.11<br />
UNICREDIT 2.29 0.11<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
HEINEKEN 37.11 0.6<br />
ING GROEP 7.743 1.35<br />
KONINKLIJKE DSM 34.455 -0.79<br />
KPN KON 11.885 -0.83<br />
PHILIPS KON 24.73 0.24<br />
R.DUTCH SHELL A 22.605 1.44<br />
RANDSTAD 38.42 1.79<br />
REED ELSEVIER 9.101 0.18<br />
SBM OFFSHORE 15.94 -0.65<br />
TNT 22.995 1.59<br />
TOMTOM N.V. 6.323 0.32<br />
UNIBAIL RODAMCO 151.2 0.17<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
LAFARGE 53.67 0.73<br />
LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 32.655 2.43<br />
MICHELIN 54.67 0.85<br />
PERNOD RICARD 65.89 -0.93<br />
PEUGEOT 22.22 -1.02<br />
PPR 105.45 0.29<br />
RENAULT 35.1 -0.52<br />
SAINT-GOBAIN 37.415 1.23<br />
SANOFI-AVENTIS 54.86 0.35<br />
SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 86.63 0.15<br />
SOCIETE GENERALE 45.965 -0.39<br />
STMICROELECTRONI 7.727 2.67<br />
SUEZ ENV 17.225 0.73<br />
TECHNIP 63.66 0.65<br />
TOTAL 43.505 0.02<br />
UNIBAIL RODAMCO 151.2 0.17<br />
VALLOUREC 153.9 0.69<br />
VEOLIA ENVIRON 26.105 0.02<br />
VINCI 44.6 1.53<br />
VIVENDI 19.975 0.96<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 37<br />
BOLSAS INTERNACIONAIS<br />
Bélgica - Bel 20<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ESTX 50 PR 3008.03 0.66<br />
BEL20 2716.7 0.28<br />
ACKERMANS V.HAAR 55.57 0.02<br />
BEKAERT 137.15 1.11<br />
BELGACOM 28.545 -0.12<br />
COFINIMMO-SICAFI 104.9 0.33<br />
COLRUYT 185.65 -0.13<br />
<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 62.<strong>48</strong> 0.71<br />
<strong>DE</strong>XIA 4.508 1.26<br />
FORTIS 2.769 -1.04<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
GBL 67.47 0.24<br />
GDF SUEZ 28.6 0<br />
AB INBEV 37.525 -0.54<br />
KBC GROEP 37.64 1.63<br />
MOBISTAR 46.04 0.01<br />
NAT PORTEFEUIL D 40.005 0.33<br />
OMEGA PHARMA 37.55 -0.61<br />
SOLVAY 78.88 1.62<br />
UCB 32.565 0.2<br />
Euronext - Euronext 100<br />
Título Última Var. Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
Cot. € %<br />
ACCOR 43.265 -0.67<br />
ADP 63.9 0.57<br />
AEGON 5.368 1.8<br />
AHOLD KON 10.455 1.26<br />
AIR FRANCE - KLM 12.63 1.9<br />
AIR LIQUI<strong>DE</strong> 88.22 0.02<br />
AKZO NOBEL 43.57 0.73<br />
ALSTOM 47.23 0.3<br />
ALCATEL-LUCENT 2.<strong>48</strong> 3.2<br />
ASML HOLDING 25.715 -1.68<br />
AXA 17.575 1.71<br />
BELGACOM 28.545 -0.12<br />
B.COM.PORTUGUES 0.845 0.96<br />
B.ESPIRITO SANTO 4.11 1.51<br />
BNP PARIBAS 57.6 1.55<br />
BOUYGUES 39.98 2.83<br />
BRISA 6.571 0.63<br />
BUREAU VERITAS 42 3.72<br />
CREDIT AGRICOLE 13.62 1.72<br />
CAP GEMINI 38.835 5.73<br />
CARREFOUR 37.985 0.9<br />
CASINO GUICHARD 64.91 -0.44<br />
NATIXIS 4.09 -0.02<br />
CNP ASSURANCES 69.55 -0.27<br />
COLRUYT 185.65 -0.13<br />
CORIO 50.1 0.22<br />
DANONE 46.585 0.76<br />
DASSAULT SYSTEM 46.705 2.09<br />
<strong>DE</strong>LHAIZE GROUP 62.<strong>48</strong> 0.71<br />
<strong>DE</strong>XIA 4.508 1.26<br />
CHRISTIAN DIOR 83.78 2.41<br />
KONINKLIJKE DSM 34.455 -0.79<br />
EADS 14.7 1.27<br />
EDF 41.835 0.69<br />
EDP 3.035 1.13<br />
EDP RENOVAVEIS 5.87 -0.51<br />
REED ELSEVIER 9.101 0.18<br />
ERAMET 284.3 1.95<br />
ESSILOR INTERNAT 46.02 -1.03<br />
EUTELSAT COMM. 26.85 -0.28<br />
SO<strong>DE</strong>XO 44.12 -0.85<br />
FORTIS 2.769 -1.04<br />
EIFFAGE 41.175 1.62<br />
FRANCE TELECOM 17.46 0.75<br />
GALP ENERGIA 13.66 0.81<br />
GBL 67.47 0.24<br />
GDF SUEZ 28.6 0<br />
HEINEKEN 37.11 0.6<br />
HERMES INTL 100.7 0.5<br />
ICA<strong>DE</strong> 81.04 0.42<br />
Euronext - Next 150<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
ACKERMANS V.HAAR 55.57 0.02<br />
AGFA-GEVAERT 5.81 -0.17<br />
ARKEMA 29.505 0.77<br />
ALTRI SGPS SA 4.842 1.19<br />
ALTRAN TECHN. 4.034 0.85<br />
APRIL GROUP 26.13 0.5<br />
ARCADIS 16.01 0.06<br />
ASM INTERNATIONA 21 4.9<br />
ATOS ORIGIN 39.415 4.36<br />
BAM GROEP KON 6.24 -0.1<br />
BARCO 32.99 1.04<br />
BANCO BPI SA 1.992 0.76<br />
BEFIMMO-SICAFI 60.37 -0.28<br />
BEKAERT 137.15 1.11<br />
BIC 57.13 1.13<br />
BINCKBANK 12.9 -0.42<br />
BIOMERIEUX 85.78 -0.19<br />
BANIF-SGPS 1.16 0<br />
BONDUELLE 84 0.18<br />
BOSKALIS WESTMIN 32.025 0.87<br />
WESSANEN KON 3.124 0.45<br />
CARBONE-LORRAINE 27.675 0.13<br />
SECHE ENVIRONNEM 55.33 1.52<br />
AREVA CI 397.95 1.31<br />
C F E 45.92 1.03<br />
BENETEAU 13.15 1.04<br />
CMB 26.11 1.08<br />
CLUB MEDITERRANE 14.005 -0.18<br />
COFINIMMO-SICAFI 104.9 0.33<br />
CRUCELL 15.07 -0.59<br />
CSM 24 0.31<br />
<strong>DE</strong>RICHEBOURG 3.509 0<br />
DRAKA HOLDING 13.99 1.38<br />
EDF ENERG NOUV 36.125 -0.23<br />
EULER HERMES 62.61 1.08<br />
FAURECIA 16.595 2.76<br />
EURONAV 18.43 2.11<br />
EUROFINS SCIENT 34.58 1.65<br />
EURAZEO 53.08 1.43<br />
HAVAS 3.85 1.05<br />
EVS BROADC.EQUIP 43.59 0.93<br />
EXACT HOLDING 19.73 0<br />
FAIVELEY TRANSPO 60.57 0.12<br />
FONC <strong>DE</strong>S REGIONS 80.<strong>48</strong> -0.53<br />
FUGRO 51.09 0.45<br />
RALLYE 28.05 -1.27<br />
STALLERGENES 62.03 2.53<br />
CGG VERITAS 23.43 2.2<br />
GROUP EUROTUNNEL 7.253 1.3<br />
GIMV 40.79 0.27<br />
GL EVENTS 21.6 3.6<br />
BOURBON 33 1.62<br />
GRONTMIJ 17.47 1.04<br />
GEMALTO 33.07 -1.99<br />
GUYENNE GASCOGNE 69.2 0.29<br />
DIETEREN 366.26 -0.74<br />
IMTECH 23.5 0.04<br />
INGENICO 18.975 0.61<br />
IPSEN 37.15 2.91<br />
IPSOS 26.685 -0.06<br />
KARDAN NV 4.443 -0.69<br />
LOGICA 1.626 4.23<br />
ALTEN 21.65 3.1<br />
MANITOU BF 12.<strong>48</strong> 3.23<br />
MARTIFER 2.79 1.09<br />
MAUREL ET PROM 12.86 1.26<br />
MEETIC 22.17 -0.14<br />
MERCIALYS 25.9 -0.08<br />
M6-METROPOLE TV 19.7 1.91<br />
MOTA ENGIL 3.29 1.39<br />
WEN<strong>DE</strong>L 47.15 1.57<br />
NICOX 6.52 0.31<br />
NEXITY 29.115 0.47<br />
NEXANS 64.92 0.71<br />
NEOPOST 61.36 0.39<br />
ILIAD 80.28 0.09<br />
IMERYS 45.5 -0.42<br />
ING GROEP 7.743 1.35<br />
ARCELORMITTAL 34.12 1.25<br />
JC <strong>DE</strong>CAUX SA 21.3 0<br />
J MARTINS SGPS 7.78 0.93<br />
KBC GROEP 37.64 1.63<br />
KPN KON 11.885 -0.83<br />
LAFARGE 53.67 0.73<br />
LAGAR<strong>DE</strong>RE S.C.A. 32.655 2.43<br />
LEGRAND 24.065 0.63<br />
KLEPIERRE 29.38 -0.73<br />
L.V.M.H. 90.39 0.38<br />
MICHELIN 54.67 0.85<br />
MOBISTAR 46.04 0.01<br />
L OREAL 81.79 -0.26<br />
PERNOD RICARD 65.89 -0.93<br />
PEUGEOT 22.22 -1.02<br />
PHILIPS KON 24.73 0.24<br />
PPR 105.45 0.29<br />
PORTUGAL TELECOM 8.<strong>48</strong>9 1.06<br />
PUBLICIS GROUPE 31.545 1.07<br />
RANDSTAD 38.42 1.79<br />
R.DUTCH SHELL A 22.605 1.44<br />
RENAULT 35.1 -0.52<br />
SAFRAN 19.67 2<br />
SANOFI-AVENTIS 54.86 0.35<br />
SCHNEI<strong>DE</strong>R ELECTR 86.63 0.15<br />
SCOR SE 19.02 0.37<br />
SES 18.49 0.33<br />
SUEZ ENV 17.225 0.73<br />
VINCI 44.6 1.53<br />
SAINT-GOBAIN 37.415 1.23<br />
SOCIETE GENERALE 45.965 -0.39<br />
SOLVAY 78.88 1.62<br />
STMICROELECTRONI 7.727 2.67<br />
THALES 29.675 0.99<br />
TECHNIP 63.66 0.65<br />
TF1 14.115 2.02<br />
TNT 22.995 1.59<br />
TOTAL 43.505 0.02<br />
UCB 32.565 0.2<br />
UNIBAIL RODAMCO 151.2 0.17<br />
UNILEVER CERT 22.855 0.02<br />
VEOLIA ENVIRON 26.105 0.02<br />
VIVENDI 19.975 0.96<br />
VALLOUREC 153.9 0.69<br />
WOLTERS KLUWER 15.91 0.82<br />
WOLTERS KLUWER 15.91 0.82<br />
WOLTERS KLUWER 15.91 0.82<br />
Título Última Var.<br />
Cot. € %<br />
NIEUWE STEEN INV 15.67 -0.82<br />
TEN CATE KON 21.05 1.69<br />
NUTRECO 46.99 1.2<br />
NYRSTAR (D) 11.8 3.06<br />
OCE 8.56 0<br />
OMEGA PHARMA 37.55 -0.61<br />
MEDIQ 14 0.36<br />
ORPEA 32.875 -1.22<br />
PROLOGIS EUR PRP 5.1 -0.47<br />
PORTUCEL 2.089 0.19<br />
PIERRE &VACANCES 60.03 3.32<br />
HAULOTTE GROUP 7.34 2.8<br />
REMY COINTREAU 42.765 1.7<br />
REN 2.93 -0.51<br />
RHODIA 16.21 0.53<br />
RHJ INTERN. 6.69 0.75<br />
TELEPERFORMANCE 25.65 0.88<br />
RUBIS 67.19 3.32<br />
REXEL 12.41 6.2<br />
SAFT 29.4 -0.68<br />
SBM OFFSHORE 15.94 -0.65<br />
SEB 52.04 1.72<br />
SECHILIENNE SI<strong>DE</strong> 25.245 0.74<br />
SEMAPA 8.2 1.88<br />
SILIC 92 -0.86<br />
EUROCOMMERCIAL 29.75 -0.18<br />
SELOGER.COM 29.82 -2.23<br />
SLIGRO FOOD GP 25.57 0.39<br />
SMIT INTERNA 60 0<br />
SONAECOM SGPS 1.61 0.37<br />
SOITEC 11.475 4.27<br />
SONAE INDUSTRIA 2.569 1.74<br />
SOPRA GROUP 58 7.21<br />
SPERIAN PROTEC 69.9 0.06<br />
SNS REAAL 4.96 1.22<br />
TEIXEIRA DUARTE 1.08 0<br />
GROUPE STERIA 25.125 4.19<br />
TESSEN<strong>DE</strong>RLO 24.53 -0.24<br />
TECHNICOLOR 1.085 0.18<br />
TELENET GRP HLDG 23.335 0.6<br />
TOMTOM N.V. 6.323 0.32<br />
TRANSGENE 16.83 1.69<br />
TKH GROUP NV 15.96 0.31<br />
UBISOFT ENTERT. 10.785 -0.87<br />
UMICORE 27.315 0.5<br />
USG PEOPLE N.V. 14.235 0.28<br />
VASTNED RETAIL 50.1 -0.42<br />
VILMORIN & Cie 74.74 0.05<br />
VIRBAC 81.6 0.31<br />
VALEO 25.505 -0.53<br />
VOPAK 61.04 1.36<br />
SEQUANA 11.105 2.35<br />
WAVIN NV 1.511 -0.92<br />
WDP-SICAFI 35.64 -0.31<br />
WERELDHAVE 72.5 0.55<br />
SONAE 0.913 2.7<br />
ZODIAC AEROSPACE 37.81 -0.72<br />
ZON MULTIMEDIA 3.935 0.59<br />
AMG 8.824 0.51<br />
PLASTIC OMNIUM 31.45 1.98<br />
BETER BED 21 -1.32<br />
HEIJMANS 14.105 -1.29<br />
ACCELL GROUP 37.115 0.84<br />
BRUNEL INTERNAT 28.415 1.39<br />
SIPEF <strong>48</strong>.08 -0.1<br />
THROMBOGENICS 16.88 0.9<br />
UNIT 4 AGRESSO 19.25 0.73<br />
IMPRESA SGPS 1.64 0<br />
TOUR EIFFEL 58.26 -0.5<br />
BULL 3.47 2.97<br />
CIMENTS FRANCAIS 78.67 2.38<br />
PAGES JAUNES 8.712 0.72<br />
ALPES (COMPAGNIE 25.86 0.43<br />
KAUFMAN & BROAD 19 1.66<br />
TRIGANO 16.99 -1.08
38 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO NACIONAIS<br />
BANIF EURO-TESOURARIA 7.2925 7.2922 Z<br />
BANIF PPA 6.4027 6.3725 L<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA FIXA 6.7821 6.7457 S<br />
BANIF ACÇÕES PORTUGAL 4.9156 4.8928 A<br />
BANIF EURO ACÇÕES 1.9749 1.9641 P<br />
BANIF EURO OBRIGAÇÕES TAXA VAR 4.4224 4.4078 U<br />
BANIF IMOPREDIAL 7.3958 7.3957<br />
BANIF GESTÃO ACTIVA 3.3153 3.3145 J<br />
BANIF EUROPA <strong>DE</strong> LESTE 4.092 4.073 F.Fundos<br />
BANIF AMÉRICA LATINA 4.5395 4.57<br />
BANIF ÁSIA 4.163 4.1729<br />
BANIF PROPERTY 1001.843 1001.69<br />
www.montepio.pt<br />
Informações 808 20 26 26<br />
Montepio Gestão de Activos Financeiros<br />
Montepio Accoes 107.359 106.9085 -<br />
Montepio Accoes Europa 36.6067 36.5171 -<br />
Montepio Euro Telcos 52.2379 52.3585 -<br />
Montepio Euro Utilities 65.<strong>48</strong>93 65.4302 -<br />
Montepio Monetario 66.9035 66.9029 -<br />
Montepio Obrigacoes 84.<strong>48</strong>58 84.4951 -<br />
Montepio Taxa Fixa 68.5<strong>48</strong>4 68.5366 -<br />
Montepio Tesouraria 87.5603 87.5558 -<br />
Multi Gestao Mercados Emergentes 47.717 47.9744 -<br />
Multi Gestao Equilibrada 45.3574 45.1939 -<br />
Multi Gestao Dinamica 30.9877 30.7727 -<br />
Multi Gestao Prudente 50.6505 50.5751 -<br />
imorendimento@imorendimento.pt Telef: 226 07 56 60<br />
Imorendimento II - FIIF 6,2145<br />
Gestimo - FIIF 8,6<strong>48</strong>5<br />
Continental Retail - FIIF 5,1554<br />
Multipark - FIIF 4,3928<br />
Prime Value - FEIIF 5,7<strong>48</strong>1<br />
Natura - FIIF 5,0254<br />
Historic Lodges - FIIF 4,9421<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BARCLAYS GLOBAL CONSERVADOR 8.1173 8.1512 F.Fundos<br />
BARCLAYS GLOBAL MO<strong>DE</strong>RADO 11.5465 11.5972 J<br />
BARCLAYS FPR/E RENDIMENTO 12.3472 12.357 X<br />
BARCLAYS PREMIER TESOURARIA 9.9492 9.9497 Z<br />
BARCLAYS FPR/E 13.3838 13.389 X<br />
BARCLAYS PREMIER OBRG EURO 10.5817 10.6071 S<br />
BARCLAYS PREMIER ACÇÕES PORTUG 12.6974 12.6342 A<br />
BARCLAYS FPA 16.334 16.2508 L<br />
BARCLAYS GLOBAL ACÇÕES 11.196 11.1971 F.Fundos<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 100 - 4.9694 4.9661 F.Fundos<br />
BARCLAYS GESTÃO DINÂMICA 300 - 5.0952 5.0919 F.Fundos<br />
BARCLAYS GLOBAL <strong>DE</strong>FENSIVO 10.5153 10.519 F.Fundos<br />
MILLENNIUM ACÇÕES AMERICA 2.5585 2.5888<br />
MILLENNIUM ACÇÕES JAPÃO 2.5949 2.6151<br />
MILLENNIUM AFORRO PPR 5.6145 5.6118<br />
MILLENNIUM DISPONIVEL 49.6561 49.6369<br />
MILLENNIUM EURO TAXA FIXA 11.4675 11.4498<br />
MILLENNIUM EUROCARTEIRA 10.1564 10.1936<br />
MILLENNIUM EUROFINANCEIRAS 3.2447 3.2289<br />
MILLENNIUM EUROPDUP OPORT - FEI 5.243 5.2417<br />
MILLENNIUM EXTRATESO 5521.835 5521.228<br />
MILLENNIUM EXTRATESO II 5477.2451 5476.7861<br />
MILLENNIUM GESTÃO DINAMICA 47.429 <strong>48</strong>.0231<br />
MILLENNIUM GLOBAL UTILITIES 5.5228 5.557<br />
MILLENNIUM INVEST PPR ACES 5.0276 5.0195<br />
MILLENNIUM MERCADOS EMERGENTES 8.7756 8.9352<br />
MILLENNIUM MONETSEMES 5305.4702 5305.1128<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES 5.4472 5.4443<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES EUROPA 5.0787 5.0798<br />
MILLENNIUM OBRIGAÇÕES MUNDAIS 11.3215 11.3127<br />
MILLENNIUM POUPANA PPR 6.2859 6.2775<br />
MILLENNIUM PPA 26.0159 25.927<br />
MILLENNIUM PREMIUM 5.1142 5.1113<br />
MILLENNIUM PRESTIGE CONSERVADO 7.3979 7.41<br />
MILLENNIUM PRESTIGE MO<strong>DE</strong>RADO 7.1621 7.1851<br />
MILLENNIUM PRESTIGE VALORIZADO 7.354 7.384<br />
MILLENNIUM RENDIMENTO MENSAL 3.7825 3.7791<br />
POPULAR VALOR 3.2537 3.2468 B<br />
POPULAR PPA 5.5414 5.536 L<br />
POPULAR GLOBAL 25 5.2946 5.2949 J<br />
POPULAR GLOBAL 50 4.2909 4.2915 J<br />
POPULAR GLOBAL 75 3.4681 3.4682 J<br />
POPULAR ACÇÕES 3.2097 3.2003 P<br />
POPULAR EURO TAXA FIXA 6.4423 6.4493 S<br />
POPULAR TESOURARIA 5.4334 5.4337 Z<br />
POPULAR IMOBILIÁRIO 5.6865 5.6842 F.Fundos<br />
POPULAR PREDIFUNDO 11.4607 11.4599 F.Fundos<br />
ALVES RIBEIRO - MÉDIAS EMPRESAS 68.1673 67.9946<br />
ALVES RIBEIRO - FPR/E 7.8198 7.8254<br />
BBVA BOLSA EURO 2.6147 2.5711<br />
BBVA CASH 9.2068 9.2041<br />
BBVA EUROPA MXIMO 5.0658 5.0667<br />
BBVA GEST FLEX TODO-0-TERRENO 5.523 5.4938<br />
BBVA IMOBILIARIO 6.3345 6.3109<br />
BBVA OBRIGAÇÕES 5.0072 4.9966<br />
Fundos de investimento<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
BBVA OBRIGAÇÕES GOVERNOS 5.0599 5.0608<br />
BBVA PPA INDICE PSI20 6.1789 6.007<br />
FUNDO CAPIT GAR EUR CONS BBVA 5.3361 5.3372<br />
FUNDO GARANT BBVA 100 IBEX PROS 5.646 5.6394<br />
FUNDO GARANT BBVA RANKING PLUS 6.0632 6.0632<br />
FUNDO GARANT TOPDIVID BBVA 5.6191 5.618<br />
FUNDO GARANT TOPDIVID II BBVA 5.3058 5.3055<br />
BPI BRASIL 9.773 9.7307<br />
BPI CAP CI AGRESSIVO 0 0<br />
BPI CAP CI CONSERVADOR 0 0<br />
BPI CAP CI EQUILIBRADO 0 0<br />
BPI CAP CI ULTRACONSERVADOR 0 0<br />
BPI EURO TAXA FIXA 12.7128 12.7045<br />
BPI EUROPA CRESCIMENTO 11.5868 11.6268<br />
BPI EUROPA VALOR 18.309 18.3811<br />
BPI GLOBAL 5.9861 5.9875<br />
BPI LIQUI<strong>DE</strong>Z 6.9801 6.9801<br />
BPI OBRIGAÇÕES A.R.A.R 7.867 7.8474<br />
BPI PERPETUAS FEI 6.16 6.0687<br />
BPI PORTUGAL 14.4458 14.4461<br />
BPI POUPANCA ACÇÕES 15.6372 15.6373<br />
BPI REESTRUCTURAÇÕES 7.2322 7.2814<br />
BPI REFORMA ACÇÕES PPR 6.8053 6.8115<br />
BPI REFORMA INVEST PPR 13.3999 13.4003<br />
BPI REFORMA SEGURA PPR 12.7281 12.7263<br />
BPI SELECO 4.7266 4.7299<br />
BPI TAXA VARIAVEL 6.4286 6.4261<br />
BPI TAXA VARIAVEL PPR 5.6578 5.6571<br />
BPI TECNOLOGIAS 1.1146 1.1116<br />
BPI TESOURARIA 7.1697 7.1699<br />
BPI UNIVERSAL 6.5982 6.6019<br />
BPI IBERIA I 4.254 4.227<br />
BPN ACÇÕES PORTUGAL 4.5942 4.5871<br />
BPN ACÇÕES GLOBAL 5.3388 5.317<br />
BPN CONSERVADOR 4.4112 4.4075<br />
BPN DIVERSIFICAÇÃO 3.7255 3.7249<br />
BPN OPTIMIZADO 5.6468 5.6362<br />
BPN TAXA FIXA EURO 5.954 5.9531<br />
BPN TESOURARIA 5.5156 5.5157<br />
BPN VALORIZAÇÃO 5.9177 5.8939<br />
BPN IMONEGOCIOS 5.6685 5.6682 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN REAL ESTATE 450.5922 452.3534 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOGLOBAL 476.0228 476.5925 BPN IMOFUNDOS<br />
BPN IMOMARINAS 108.0372 106.7039 BPN IMOFUNDOS<br />
EUROREAL 212.7603 212.5966 BPN IMOFUNDOS<br />
CAIXAGEST CURTO 9.4092 9.4073<br />
CAIXAGEST RENDIM 3.7087 3.7035<br />
CAIXAGEST TESOUR 10.0467 10.0442<br />
CAIXAGEST ACCOES EUROPA 7.6906 7.6884<br />
CAIXAGEST ACCOES PORTUGAL 14.2906 14.2294<br />
CAIXAGEST OBRIGACOES EURO 9.7021 9.663<br />
CAIXAGEST RENDA MENSAL 3.9401 3.9361<br />
CAIXAGEST ACCOES EUA 3.1418 3.1716<br />
CAIXAGEST ACCOES ORIENTE 6.3037 6.3711<br />
CAIXAGEST MOEDA 6.9881 6.9861<br />
CAIXAGEST ESTRATEGIA EQUILIBRADA 5.8274 5.8363<br />
CAIXAGEST PPA 13.4272 13.3709<br />
CAIXAGEST OPTIMIZER 5.6211 5.6243<br />
CAIXAGEST MAXI SELECCAO 5.1783 5.1797<br />
POSTAL ACCOES 9.3905 9.392<br />
POSTAL CAPITALIZ 13.3902 13.38<br />
POSTAL TESOURARI 9.7826 9.7786<br />
RAIZ CONSERVADOR 5.4334 5.4279<br />
RAIZ EUROPA 3.8761 3.8781<br />
RAIZ GLOBAL 4.8719 4.881<br />
RAIZ POUPANCA ACÇÕES 20.0859 20.0107<br />
RAIZ RENDIMENTO 6.2016 6.2014<br />
RAIZ TESOURARIA 7.701 7.7008<br />
RAIZ TOP CAPITAL 10.0578 10.074<br />
RAIZ VALOR ACUMULADO 10.2195 10.2125<br />
FINIPREDIAL 8.9392 8.9384<br />
FINICAPITAL 6.2252 6.1855<br />
FINIRENDIMENTO 5.053 5.0499<br />
FINIGLOBAL 6.4<strong>48</strong>6 6.4385<br />
FINIBOND - MARCADOS EMERGENTES 12.2993 12.3263<br />
FINIFUNDO - ACÇÕES INTERNACIONAL 3.5099 3.5041<br />
PPA FINIBANCO 8.6415 8.6095<br />
ES ABS OPPORTUNITY 90.17 90.18<br />
ES ACÇÕES AMERICA 7.399 7.4134<br />
ES ACÇÕES EUROPA 10.8242 10.8353<br />
ES ACÇÕES GLOBAL 6.1596 6.1754<br />
ES AFRICA 4.7609 4.7968<br />
ES ALPHA 3 5.1908 5.1867<br />
ES AMERICAN GROWTH 130.6 130.57<br />
ES ARRENDAMENTO 999.6624 1000.239<br />
ES BRASIL 5.5184 5.584<br />
ES CAPITALIZAÇÃO 9.1419 9.1358<br />
ES CAPITALIZAÇÃO DINAMICA 4.5093 4.5038<br />
ES EMERGING MARKETS 133.46 133.79<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA 5.2255 5.222<br />
ES ESTRATEGIA ACTIVA II 4.6892 4.6845<br />
ES EURO BOND 1071.1801 1069.21<br />
ES EUROPEAN EQUITY 82.37 82.67<br />
ES EUROPEAN RESPEQ FUND 13.7305 13.7495<br />
ES GLOBAL BOND 164.64 164.52<br />
ES GLOBAL ENHANCED 607.59 607.6<br />
ES GLOBAL EQUITY 83.96 83.93<br />
ES MERCADOS EMERGENTES 7.1629 7.2555<br />
ES MOMENTUM 4.0194 4.0531<br />
ES MONETARIO 6.8147 6.8157<br />
ES OBRIGAÇÕES EUROPA 11.4467 11.4328<br />
ES OBRIGAÇÕES GLOBAL 10.2531 10.2364<br />
ES PORTUGAL ACÇÕES 6.6474 6.6098<br />
ES PPA 15.7057 15.6273<br />
ES PPR 15.2936 15.2723<br />
ES RECONVERSÃO URBANA 997.7708 998.6869<br />
ES RECONVERSÃO URBANA II 1000.182 1001.323<br />
ES REND FIXO FEI 5.0605 5.0605<br />
ES REND FIXO II FEI 5.0504 5.0504<br />
ES SHORT BOND EURO DIS 525.05 525.01<br />
ESPIRITO SANTO ALTA VISTA 908.317 909.4677<br />
ESPIRITO SANTO LOGISTICA 5.0672 5.0382<br />
ESPIRITO SANTO PLANO CRESCIMENTO 5.5653 5.5604<br />
ESPIRITO SANTO PLANO DINAMICO 4.1529 4.1504<br />
ESPIRITO SANTO PLANO PRU<strong>DE</strong>NTE 5.5647 5.5622<br />
ESPIRITO SANTO RENDIMENTO 5.3597 5.3656<br />
ESPIRITO SANTO EST ACES 5.2775 5.2761<br />
ESPIRITO SANTO PREMIUM 5.4314 5.4176<br />
ESPIRITO SANTO REND DINAMICO 6.9336 6.9744<br />
ESPIRITO SANTO REND PLUS 5.5163 5.5128<br />
Seguros de Investimento<br />
Seguro Gestora Valor patrimonial 14/04/10<br />
VICTORIA INVEST<br />
VICTORIA REFORMA VALOR<br />
ACÇÕES DINÂMICO<br />
IMOBILIÁRIO<br />
INTERNACIONAL ACÇÕES<br />
POUPANÇA<br />
PPR ACTIVO<br />
PPR ACTIVO ACÇÕES<br />
PPR AFORRO<br />
PPR GARANTIA<br />
PPR SEGURANÇA<br />
PPR 25% (2012)<br />
PPR/E VALOR REAL<br />
PPR/E 4,50% (2008)<br />
PPR/E 61%<br />
SELECÇÃO<br />
VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA<br />
VICTORIA - SEGUROS <strong>DE</strong> VIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
EUROVIDA<br />
126,27903<br />
96,26533<br />
51,6209<br />
79,5958<br />
55,1212<br />
82,6779<br />
79,9352<br />
63,2406<br />
53,8365<br />
67,2935<br />
78,4635<br />
60,0043<br />
80,9373<br />
66,1099<br />
76,3737<br />
75,4371<br />
Fundos PPR/PPE<br />
Soc. Gestora/Fundo Último Valor Classe<br />
valor € ant. €<br />
PPR BBVA 10,2429 10,2447 BBVA FUNDOS<br />
BBVA SOLI<strong>DE</strong>Z PPR 5,5051 5,5012 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2015 5,4178 5,4161 BBVA FUNDOS<br />
BBVA PROTECÇÃO 2020 5,1097 5,1045 BBVA FUNDOS<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA PRU<strong>DE</strong>NTE 1,3442 1,3441 S.G.F.<br />
PPR-PATRIM.REFORMA CONSERVADOR 6,5894 6,5908 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA EQUILIBR 6,1598 6,1581 S.G.F.<br />
PPR/E -PATRIM.REFORMA ACÇÕES 5,3395 5,3374 S.G.F.<br />
F.P. SGF - EMPRESAS 9,3618 9,3613 S.G.F.<br />
SGF EMPRESAS PRU<strong>DE</strong>NTE 5,6554 5,6567 S.G.F.<br />
F.P. PPR ACÇÕES DINÂMICO 5,1783 5,1796 S.G.F.<br />
F.P. PPR GARANTIDO 5,479 5,<strong>48</strong>01 S.G.F.<br />
PPR VINTAGE 9,5701 9,5672 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA 9,7728 9,7711 ESAF-ESFP<br />
F.P. ESAF - PPA 7,2537 7,2564 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA PLUS 5,5125 5,5077 ESAF-ESFP<br />
MULTIREFORMA ACÇÕES 5,9283 5,9027 ESAF-ESFP<br />
ES-MULTIREFORMA CAPITAL GARANT 5,133 5,134 ESAF-ESFP<br />
REFORMA EMPRESA 8,8397 9,2186 SANTAN<strong>DE</strong>R PENSÕES<br />
PPA VALORIS 8,2104 8,1874 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS ACTIVUS 4,2528 4,2<strong>48</strong>2 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS MÉDIUS 4,7495 4,7303 AXA PORTUGAL<br />
MAXIMUS STABILIS 6,261 6,2679 AXA PORTUGAL<br />
PPR/E EUROPA 8,<strong>48</strong>04 8,4762 PENSÕESGERE<br />
VANGUARDA PPR 6,6417 6,6421 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO 10,1745 10,1698 PENSÕESGERE<br />
PPR BNU/VANGUARDA 14,1631 14,1716 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "S" 14,2043 14,2069 PENSÕESGERE<br />
PRAEMIUM "V" 16,8857 16,8845 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE VALORIZAÇÃO MAIS 8,2053 8,1997 PENSÕESGERE<br />
HORIZONTE SEGURANÇA 8,7259 8,7311 PENSÕESGERE<br />
TURISMO PENSÕES 6,4021 6,8993 PENSÕESGERE<br />
CAIXA REFORMA ACTIVA 11,3546 11,3844 CGD PENSÕES<br />
CAIXA REFORMA VALOR 4,9153 4,9091 CGD PENSÕES<br />
REFORMA + 6,6624 6,2713 ALLIANZ-SGFP, SA<br />
Rentabilidades<br />
Fundos do mercado monetário euro<br />
Ult 12 meses<br />
rend. anualizada<br />
Classe<br />
de risco<br />
Valor da UP **<br />
(Euro)<br />
F.I.M. Caixagest Liquidez * 4,9990<br />
F.I.M. CA Monetário 0,87 * 5,1080<br />
F.I.M. Montepio Monetário 0,35 1 66,9013<br />
Fundos de tesouraria Euro<br />
F.I.M. Banif Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Barclays Tesouraria Plus<br />
F.I.M. BBVA Cash<br />
F.I.M. BPI Liquidez<br />
F.I.M. BPI Tesouraria<br />
F.I.M. BPN Tesouraria<br />
F.I.M. Caixagest Curto Prazo<br />
F.I.M. Caixagest Moeda<br />
F.I.M. Caixagest Tesouraria<br />
F.I.M. Postal Tesouraria<br />
F.I.M. Raiz Tesouraria<br />
F.I.M. Millennium Disponível<br />
F.I.M. Millennium Liquidez<br />
F.I.M. MNF Euro Tesouraria<br />
F.I.M. Montepio Tesouraria<br />
F.I.M. Popular Tesouraria<br />
F.I.M. Santander MultiTesouraria<br />
4,25<br />
3,33<br />
5,12<br />
2,20<br />
1,44<br />
5,76<br />
-0,32<br />
1,74<br />
-0,17<br />
1,95<br />
0,76<br />
4,40<br />
1,43<br />
2,22<br />
1,56<br />
1<br />
*<br />
2<br />
1<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
2<br />
1<br />
1<br />
*<br />
*<br />
*<br />
1<br />
1<br />
1<br />
7,2916<br />
5,2677<br />
9,2066<br />
6,9801<br />
7,1703<br />
5,5157<br />
9,4116<br />
6,9893<br />
10,0498<br />
9,7955<br />
7,7006<br />
49,5340<br />
4,9976<br />
5,3365<br />
87,5570<br />
5,4344<br />
10,8607<br />
Fundos de obrigações taxa indexada euro<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos<br />
12 meses<br />
Últimos<br />
24 meses<br />
últimos<br />
2 anos<br />
de<br />
risco<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Variável 14,72 -5,36 5,26 3<br />
F.I.M. Barclays Obrigações Taxa Variável Euro* 6,58 *<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável 15,64 -7,07 6,17 3<br />
F.I.M. BPN Conservador 30,00 -15,10 12,33 4<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Mais<br />
F.I.M. Caixagest Renda Mensal<br />
16,02<br />
8,29<br />
0,60<br />
-6,08<br />
3,88<br />
4,08<br />
2<br />
2<br />
F.I.M. Caixagest Rendimento 1,03 -8,69 4,92 2<br />
F.I.M. Postal Capitalização 11,45 -0,52 3,30 2<br />
F.I.M. Raiz Rendimento 2,61 1,64 0,43 1<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização -3,05 -2,02 2,49 2<br />
F.I.M. Esp. Santo Capitalização Dinâmica<br />
F.I.M. Esp. Santo Renda Mensal*<br />
-15,12<br />
-1,69<br />
-8,05<br />
-0,98<br />
4,76<br />
2,02<br />
2<br />
2<br />
F.I.M. Finirendimento 7,16 2,32 1,61 2<br />
F.I.M. Millennium Obrigações 8,06 -8,45 6,66 3<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Mundiais 3,64 -8,63 8,30 3<br />
F.I.M. Millennium Premium 8,73 -0,85 5,08 3<br />
F.I.M. Millennium Rendimento Mensal<br />
F.I.M. Montepio Obrigações<br />
14,05<br />
21,86<br />
-5,78<br />
1,53<br />
6,42<br />
5,03<br />
3<br />
3<br />
F.I.M. Santander MultiCrédito* 5,98 -0,61 2,58 2<br />
F.I.M. Santander MultiObrigações* 4,50 -5,76 4,49 2<br />
* - O Fundo Barclays Obrigações Taxa Variável Euro incorporou por fusão o Fundo Barclays Renda Mensal<br />
* - O Fundo Esp. Santo Renda Mensal incorporou por fusão o Fundo Esp. Santo Renda Trimestral<br />
* - O Fundo Santander MultiCurto Prazo passou a designar-se por Santander MultiCrédito<br />
* - O Fundo Santander MultiObrigações incorporou por fusão o Fundo Santander Multibond Premium<br />
Fundos de obrigações taxa fixa euro<br />
F.I.M. Banif Euro Obrigações Taxa Fixa 4,28 4,84 4,76 2<br />
F.I.M. Barclays Premier Obrig. Euro 11,04 7,41 5,05 3<br />
F.I.M. BPI Euro Taxa Fixa 2,61 4,90 5,43 3<br />
F.I.M. BPN Taxa Fixa Euro 5,14 4,90 4,95 3<br />
F.I.M. Caixagest Obrigações Euro 3,14 3,81 4,97 2<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrigações Europa 6,02 7,80 5,34 3<br />
F.I.M. Finifundo Taxa Fixa Euro 6,81 5,85 4,15 2<br />
F.I.M. Millennium Euro Taxa Fixa 5,46 4,93 5,09 3<br />
F.I.M. Millennium Obrigações Europa 28,59 -3,98 9,97 4<br />
F.I.M. Montepio Taxa Fixa 2,60 4,14 3,25 2<br />
F.I.M. Santander Multi Taxa Fixa 5,76 7,33 3,83 2<br />
Fundos de obrigações taxa fixa Intern.<br />
F.I.M. BPI Obrigações A.R.A.R. 38,53 5,35 8,62 3<br />
F.I.M. Esp. Santo Obrig. Global 2,03 5,08 5,95 3<br />
Fundos de acções nacionais<br />
F.I.M. Banif Acções Portugal 26,10 -14,57 29,86 6<br />
F.I.M. Barclays Premier Acc. Portugal 30,28 -13,13 28,45 6<br />
F.I.M. BPI Portugal 25,98 -8,42 25,75 6<br />
F.I.M. Caixagest Accões Portugal 24,38 -18,39 25,29 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Portugal Accões 26,94 -8,34 27,84 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Portugal 23,59 -11,56 24,80 6<br />
F.I.M. Santander Accões Portugal 31,26 -9,50 28,61 6<br />
Fundos de acções da UE, Suíça e Noruega<br />
F.I.M. Banif Euro Acções 32,50 -15,78 36,74 6<br />
F.I.M. BBVA Bolsa Euro 35,68 -7,36 33,18 6<br />
F.I.M. BPI Euro Grandes Capitalizações* 30,68 -6,08 29,23 6<br />
F.I.M. BPI Europa* 46,70 -9,61 33,70 6<br />
F.I.M. BPN Acções Europa 42,82 -2,19 28,99 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Europa 35,21 -12,32 29,64 6<br />
F.I.M. Postal Acções 35,53 -12,61 28,97 6<br />
F.I.M. Raiz Europa 31,66 -3,98 27,76 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Accões Europa 40,92 -4,94 28,35 6<br />
F.I.M. Finicapital 29,62 -13,07 26,57 6<br />
F.I.M. Millennium Eurocarteira 50,82 -9,08 32,32 6<br />
F.I.M. Montepio Acções 34,03 -8,54 27,99 6<br />
F.I.M. Montepio Acções Europa 36,89 -7,61 31,75 6<br />
F.I.M. Popular Acções 34,36 -9,28 31,17 6<br />
F.I.M. Santander Accões Europa 40,32 -10,37 35,10 6<br />
*-OFundo BPI Europa Crescimento passou a designar-se por BPI Euro Grandes Capitalizações<br />
*-OFundo BPI Europa Valor passou a designar-se por BPI Europa<br />
Fundos de acções da América do Norte<br />
F.I.M. BPI América 40,70 1,52 28,16 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções EUA 35,59 2,23 31,20 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções América 44,13 -6,88 31,52 6<br />
F.I.M. Millennium Acções América 42,43 5,21 28,29 6<br />
F.I.M. Santander Acções América 31,78 -1,50 32,26 6<br />
F.I.M. Santander Acções USA 37,44 -5,23 32,75 6<br />
Fundos de acções sectoriais<br />
Rend. anualizada Risco Classe<br />
Últimos Últimos últimos de<br />
12 meses 24 meses 2 anos risco<br />
F.I.M. BPI Tecnologias 44,30 7,60 26,76 6<br />
F.I.M. Millennium Euro Financeiras 58,15 -17,97 49,07 6<br />
F.I.M. Millennium Global Utilities 20,45 -8,22 25,34 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Energy 36,45 -6,51 32,92 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Financial Service 49,45 -16,88 <strong>48</strong>,40 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Healhcare 36,35 5,87 21,41 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Telcos 24,26 -2,87 23,12 6<br />
F.I.M. Montepio Euro Utilities 26,74 -9,21 28,<strong>48</strong> 6<br />
F.I.M. Santander Euro Fut. Telecomunicações 26,17 -3,57 25,56 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Acções Defensivo 34,53 1,82 26,56 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Banca e Seguros 54,68 -17,33 47,82 6<br />
F.I.M. Santander Euro Futuro Ciclico 47,22 -3,33 35,06 6<br />
Outros fundos de acções internacionais<br />
F.I.M. BPI África 34,49 *<br />
F.I.M. BPI Reestruturações 32,85 1,38 19,35 5<br />
F.I.M. BPN Acções Global 45,22 -3,81 33,79 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Emergentes 56,10 -3,52 33,64 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Japão 27,44 -2,42 21,20 6<br />
F.I.M. Caixagest Acções Oriente 70,70 9,05 30,81 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Acções Global 30,15 -13,42 31,29 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Mercados Emerg. 64,33 -2,11 34,33 6<br />
F.I.M. Esp. Santo Momentum 37,96 -5,92 26,04 6<br />
F.I.M. Finifundo Acções Internacionais 33,42 -12,75 28,76 6<br />
F.I.M. Millennium Acções Japão 23,79 -1,09 20,55 6<br />
F.I.M. Millennium Mercados Emergentes 58,53 1,55 33,25 6<br />
Fundos mistos predom. obrigações<br />
F.I.M. BPN Optimização 21,<strong>48</strong> -3,52 11,22 4<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Equilibrada 13,51 1,78 3,05 2<br />
F.I.M. Santander Multinvest 14,17 -7,84 10,26 4<br />
Fundos mistos predominantemente acções<br />
F.I.M. BPN Valorização 34,56 -4,40 23,16 6<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Arrojada 17,99 -1,18 10,17 4<br />
F.I.M. Finiglobal 17,84 -2,94 11,05 4<br />
F.I.M. Popular Valor 22,17 -8,75 21,58 6<br />
Fundos poupança acções<br />
F.I.M. Banif PPA 26,59 -15,34 30,18 6<br />
F.I.M. Barclays FPA 31,78 -12,99 29,07 6<br />
F.I.M. BPI PPA 24,97 -8,05 25,93 6<br />
F.I.M. Caixagest PPA 26,31 -18,76 25,45 6<br />
F.I.M. Raiz Poupança Acções 27,58 -7,69 23,84 6<br />
F.I.M. Esp. Santo PPA 29,58 -7,65 28,10 6<br />
F.P. ESAF PPA 30,07 -7,91 26,40 6<br />
F.I.M. PPA Finibanco 22,07 -12,98 25,29 6<br />
F.P. PPA Acção Futuro 29,73 -10,83 26,59 6<br />
F.I.M. Millennium PPA 26,21 -10,96 24,67 6<br />
F.I.M. Popular PPA 30,91 -12,84 27,56 6<br />
F.I.M. Santander PPA 28,01 -12,12 28,59 6<br />
Fundos de fundos predominantem. obrig.<br />
F.I.M. Barclays Global Conservador 22,59 5,07 6,75 3<br />
F.I.M. Barclays Global Defensivo 2,01 0,87 1,35 1<br />
F.I.M. Caixagest Estratégia Dinâmica 3,91 -1,72 2,04 2<br />
F.I.M. Raiz Conservador 4,69 -0,08 2,24 2<br />
F.I.M. Finifundo Conservador 13,95 1,93 5,13 *<br />
F.I.M. Millennium Prestige Conservador 13,51 -1,16 6,47 3<br />
F.I.M. Multi Gestão Prudente 17,27 0,40 6,47 3<br />
F.I.M. Popular Global 25 16,41 -0,98 6,<strong>48</strong> 3<br />
Fundos de fundos predominantem. acções<br />
F.I.M. Barclays Global Acções 43,12 -7,67 23,59 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Dinâmica 34,32 -10,56 19,92 6<br />
F.I.M. Multi Gestão Mercados Emergentes 53,93 -6,27 25,83 6<br />
F.I.M. Popular Global 75 31,42 -6,02 17,54 5<br />
Fundos poupança reforma/educação<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR Rendimento 12,14 1,34 4,03 2<br />
F.P. Solidez PPR 6,40 1,51 1,59 2<br />
F.I.M. BPI Reforma Segura PPR 8,06 -1,26 2,46 2<br />
F.I.M. BPI Taxa Variável PPR 3,47 -1,43 2,87 2<br />
F.P. PPR Garantia de Futuro 9,36 2,86 2,14 2<br />
F.P. PPR Praemium S 6,89 -0,27 3,03 2<br />
F.I.M. Santander Poupança Futura FPR* 9,18 -0,<strong>48</strong> 3,02 2<br />
F.P. SGF Patr. Ref. Conservador PPR 8,28 4,95 2,25 2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.I.M. Millennium Aforro PPR 6,69 2,49 3,05 2<br />
F.P. PPR SGF Garantido 8,26 *<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.I.M. Barclays PPR 13,40 0,96 5,16 3<br />
F.P. CVI PPR/E 13,79 3,18 8,75 3<br />
F.P. PPR BBVA 12,92 1,97 8,13 3<br />
F.I.M. Esp. Santo PPR 5,<strong>48</strong> 2,77 4,72 2<br />
F.P. PPR 5 Estrelas 12,04 2,75 3,67 2<br />
F.P. PPR Geração Activa 14,54 *<br />
F.P. PPR Platinium 15,87 0,42 6,95 3<br />
F.I.M. Millennium Poupança PPR 8,93 -0,45 5,33 3<br />
F.P. PPR BNU Vanguarda 11,85 -2,46 7,15 3<br />
F.P. PPR Europa 13,52 4,69 5,91 3<br />
F.P. Vanguarda PPR 10,36 -0,69 5,57 3<br />
F.I.M. Santander Poupança Investimento FPR 12,27<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
-4,71 7,40 3<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2020 23,19 -3,61 12,85 4<br />
F.I.M. Barclays PPR Acções Life Path 2025 25,20 -3,64 13,85 4<br />
F.I.M. Millennium Investimento PPR Acções 9,79 -3,92 8,29 3<br />
F.P. PPR Praemium V<br />
Outros fundos<br />
15,98 -2,35 8,80 3<br />
F.I.M. Barclays Premier Tesouraria 2,44 2,29 0,39 1<br />
F.I.M. Raiz Global 17,55 0,71 11,33 4<br />
F.I.M. Esp. Santo Monetário 1,41 2,04 0,28 1<br />
F.I.M. Finifundo Agressivo 29,59 -3,25 15,99 *<br />
F.I.M. Finifundo Moderado<br />
F.I.M. Millennium Prestige Valorização<br />
18,64<br />
31,<strong>48</strong><br />
1,65<br />
-0,26<br />
7,82<br />
16,71<br />
*<br />
5<br />
F.I.M. Popular Euro Obrigações* 11,56 4,16 3,24 2<br />
*-OFundo Popular Euro Taxa Fixa incorporou por fusão o Fundo Popoular Rendimento e passou<br />
a designar-se por Popular Euro Obrigações<br />
Fundos diversos<br />
F.I.M. Orey Acções Europa -22,42 -38,96 34,78 6<br />
Fundos de pensões abertos<br />
CATEGORIA A - Entre 0% e 5% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Sénior 1,54 *<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Garantida 2022 1,11 -3,40 9,96 4<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Prudente 1,85 *<br />
F.P. Aberto Horizonte Segurança<br />
F.P. Aberto SGF Empresas Prudente<br />
5,87<br />
6,31<br />
3,01<br />
5,31<br />
3,21<br />
2,53<br />
2<br />
2<br />
CATEGORIA B - Entre 5% e 15% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Activa 7,88 *<br />
F.P. Aberto Protecção 2015 1,66 0,53 5,92 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Activa 5,81 -2,35 3,50 2<br />
F.P. Aberto Esp.Sto Multireforma<br />
F.P. Aberto Futuro Clássico<br />
14,95<br />
7,91<br />
3,87<br />
2,71<br />
3,85<br />
2,<strong>48</strong><br />
2<br />
2<br />
CATEGORIA C - Entre 15% e 35% de Acções<br />
F.P. Aberto BBVA PME’s 13,28 3,43 7,76 3<br />
F.P. Aberto Protecção 2020 4,35 -1,66 9,61 3<br />
F.P. Aberto Caixa Reforma Valor 13,40 -3,47 8,61 3<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Plus<br />
F.P. Aberto VIVA<br />
17,91<br />
12,17<br />
1,55<br />
0,22<br />
6,35<br />
5,22<br />
3<br />
3<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização 12,88 0,92 7,34 3<br />
F.P. Aberto Turismo Pensões 13,74 2,63 7,08 3<br />
CATEGORIA D - Mais de 35% de Acções<br />
F.P. Banif Reforma Jovem 1,39 *<br />
F.P. Aberto Esp.Santo Multireforma Acções 49,43<br />
F.P. Aberto Horizonte Valorização Mais 17,58 1,46 11,46<br />
*<br />
4<br />
Fonte: Euronext Lisboa e APFIPP<br />
Nota 1: As rentabilidades são as calculadas e divulgadas semanalmente pela<br />
Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios<br />
(APFIPP). Esta informação é actualizada nesta pá<strong>gina</strong> na edição de cada quarta-feira,<br />
excepto quando seja especificado o contrário.
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último<br />
valor€<br />
Divisa<br />
Amundi Funds Class Classic S<br />
ARBITRAGE INFLATION EUR 107.68<br />
ASIAN GROWTH USD 23.06<br />
DYNARBITRAGE FOREX EUR 109.8<br />
DYNARBITRAGE VAR 4 (EUR) EUR 112.46<br />
DYNARBITRAGE VOLATILITY EUR 115.51<br />
EMERGING MARKETS USD 29.99<br />
EURO CORPORATE BOND EUR 15.02<br />
EURO QUANT EUR 6.58<br />
EUROPEAN BOND EUR 142.27<br />
GREATER CHINA USD 25.66<br />
PARVEST<br />
www.bnpparibas-ip.com<br />
Número Verde 800 844 109<br />
PARVEST EURO PREMIUM EUR 104.96<br />
PARVEST ABS EUR 70.98<br />
PARVEST ABS RET CURR. 10 EUR 102.1<br />
PARVEST ABS RET EUROPE LS EUR 98.17<br />
PARVEST ABS RET EUROPEAN BOND EUR 107.95<br />
PARVEST ABSOLUTE RETURN<br />
GLOBAL BOND (USD) USD 106.47<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 EUR 103.08<br />
PARVEST ABS RET MULTI ASS. 4 (USD) USD 102.76<br />
PARVEST AGRICULTURE EUR 79.69<br />
PARVEST ASIA USD 300.92<br />
PARVEST ASIAN CONVERTIBLE BOND USD 343.5<br />
PARVEST AUSTRALIA AUD 725.92<br />
PARVEST DIVERSIFIED (DYNAMIC) EUR 189.44<br />
PARVEST BRAZIL USD 162.7<br />
PARVEST BRIC USD 156.68<br />
PARVEST CHINA USD 309.28<br />
PARVEST DIVERSIFIED (PRU<strong>DE</strong>NT) EUR 129.4<br />
PARVEST CONVERGING EUROPE EUR 124.88<br />
PARVEST CREDIT STRATEGIES EUR 37.84<br />
PARVEST EMERGING MARKETS USD 351.47<br />
PARVEST EMERGING MARKETS BOND USD 317.87<br />
PARVEST EMERGING MKTS EUROPE EUR 171.09<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 1 YEAR EUR 107.3<br />
PARVEST ENHANCED EONIA 6 MONTHS EUR 107.12<br />
PARVEST ENHANCED EONIA EUR 117.36<br />
PARVEST EONIA PREMIUM EUR 113.34<br />
PARVEST EURO BOND EUR 178.54<br />
PARVEST EURO CORP BD SUST DVP EUR 114.25<br />
PARVEST EURO CORPORATE BOND EUR 141.02<br />
PARVEST EURO EQUITIES EUR 118.4<br />
PARVEST EURO GOVERNMENT BOND EUR 305.5<br />
PARVEST EURO INFLATION-LINKED BD EUR 123.07<br />
PARVEST EURO LONG TERM BOND EUR 115.31<br />
PARVEST EURO MEDIUM TERM BOND EUR 160.32<br />
PARVEST EURO SHORT TERM BOND EUR 117.72<br />
PARVEST EURO SMALL CAP EUR 188.08<br />
PARVEST EUROPE ALPHA EUR 103.05<br />
PARVEST EUROPE DIVI<strong>DE</strong>ND EUR 66.47<br />
PARVEST EUROPE FINANCIALS EUR 73.22<br />
PARVEST EUROPE GROWTH EUR 177.33<br />
PARVEST EUROPE LS30 EUR 67.5<br />
PARVEST EUROPE MID CAP EUR 403.51<br />
PARVEST EUROPE REAL ESTATE SEC. EUR 61.28<br />
PARVEST EUROPE SMALL CAP EUR 81.9<br />
PARVEST EUROPE SUSTAINABLE DVPT EUR 82.01<br />
PARVEST EUROPE VALUE EUR 121.4<br />
PARVEST CORP BOND OPPORTUNITIES EUR 111.14<br />
PARVEST ENVIRONM OPPORTUNITIES EUR 100.01<br />
PARVEST EUROPEAN BOND EUR 299.19<br />
PARVEST EUROPEAN CONVERT BOND EUR 124.51<br />
PARVEST EUROPEAN HIGH YIELD BD EUR 111.29<br />
PARVEST EUROPEAN SM CONVERT BD EUR 115.83<br />
PARVEST FRANCE EUR 391.24<br />
PARVEST GERMAN EQUITIES EUR 83.04<br />
PARVEST GLOBAL BOND USD 42.21<br />
PARVEST GLOBAL BRANDS USD 265.55<br />
PARVEST GLOBAL CORPORATE BOND USD 119.46<br />
PARVEST GLOBAL ENVIRONNEMENT EUR 99.38<br />
PARVEST GLOBAL EQUITIES USD 123.08<br />
PARVEST GLOBAL HIGH YIELD BOND USD 119.71<br />
PARVEST GLOBAL INFL LKD BD EUR 116.07<br />
PARVEST GLOBAL RESOURCES USD 234.82<br />
PARVEST GLOBAL TECHNOLOGY USD 92.58<br />
PARVEST INDIA USD 173.17<br />
PARVEST JAPAN JPY 3322<br />
PARVEST JAPAN SMALL CAP JPY 3475<br />
PARVEST JAPAN YEN BOND JPY 20571<br />
PARVEST LATIN AMERICA USD 847.03<br />
PARVEST NEXT GENERATION EUR 116.74<br />
PARVEST RUSSIA USD 83.59<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PARVEST SHORT TERM (CHF) CHF 307.678<br />
PARVEST SHORT TERM (DOLLAR) USD 203.262<br />
PARVEST SHORT TERM (EURO) EUR 206.903<br />
PARVEST SHORT TERM (STERLING) GBP 195.428<br />
PARVEST SOUTH KOREA USD 87.35<br />
PARVEST STEP 90 EURO EUR 1298.85<br />
PARVEST SWITZERLAND CHF 584.14<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (EURO) EUR 113.3<br />
PARVEST TARGET RETURN PLUS (USD) USD 219.09<br />
PARVEST TURKEY EUR 145.35<br />
PARVEST UK GBP 124.59<br />
PARVEST US DOLLAR BOND USD 398.77<br />
PARVEST US HIGH YIELD BOND USD 167.94<br />
PARVEST US MID CAP USD 118.29<br />
PARVEST US SMALL CAP USD 420.64<br />
PARVEST US VALUE USD 83.66<br />
PARVEST USA USD 73.68<br />
PARVEST USA LS30 USD 76.74<br />
BNP PARIBAS INSTICASH<br />
BNP PARIBAS INSTICASH CHF CHF 106.795<br />
BNP PARIBAS INSTICASH EUR EUR 115.455<br />
BNP PARIBAS INSTICASH GBP GBP 127.243<br />
BNP PARIBAS INSTICASH USD USD 116.893<br />
PARWORLD<br />
PARWORLD DYNALLOCATION EUR 105.75<br />
PARWORLD EMERGING STEP 80 (EURO) EUR 115.1<br />
PARWORLD QUAM 10 EUR 116.54<br />
PARWORLD QUAM 15 EUR 112.17<br />
PARWORLD TRACK COMMODITIES EUR 55.16<br />
PARWORLD TRACK CONTINENT EUROPE EUR 73.24<br />
PARWORLD TRACK JAPAN EUR 76.95<br />
PARWORLD TRACK NORTH AMERICA EUR 82.82<br />
PARWORLD TRACK UK EUR 73.59<br />
www.bnymellonam.com<br />
Fundo Divisa Valor<br />
BNY Mellon Global Funds, plc<br />
BNY MELLON ASIAN EQUITY FUND A USD 3,0063<br />
BNY MELLON BRAZIL EQ FUND A USD 1,2161<br />
BNY MELLON CONT. EUROP. EQ. FUND A EUR 1,1654<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS DBT LCL CUR A EUR 1,0765<br />
BNY MELLON EMRG. MKTS <strong>DE</strong>BT A USD 1,4970<br />
BNY MELLON EURO GVT BOND IN<strong>DE</strong>X A EUR 1,4000<br />
BNY MELLON EVOL. CURR.OPTION A EUR 80,312<br />
BNY MELLON EVOL. GLB ALPHA A EUR 86,745<br />
BNY MELLON GL. BOND EUR HEDGED H<br />
BNY MELLON GLOBAL EMERGING<br />
EUR 1,1909<br />
MARKETS EQUITY VALUE FUND EUR 2,6561<br />
BNY MELLON GLB H.YLD BOND FUND A EUR 1,2670<br />
BNY MELLON GLOBAL BOND FUND A USD 1,9780<br />
BNY MELLON GLOBAL EQUITY FUND A USD 1,4043<br />
BNY MELLON GLOBAL INTREPID FUND A USD 1,5562<br />
BNY MELLON GLOBAL REAL RETURN FUND<br />
BNY MELLON GLOBAL PROPERTY<br />
EUR 1,0109<br />
SECURITIES FUND USD 0,7787<br />
BNY MELLON JAPAN EQ. VALUE FUND A EUR 47,126<br />
BNY MELLON JAPAN EQUITY FUND A<br />
BNY MELLON LONG-TERM<br />
EUR 0,6387<br />
GLOBAL EQUITY FUND USD 0,9441<br />
BNY MELLON PAN EUROP EQ. FUND A USD 1,6425<br />
BNY MELLON S&P 500 IN<strong>DE</strong>X A USD 1,0612<br />
BNY MELLON SMALL CAP EURO. FUND A EUR 2,1724<br />
BNY MELLON STERLING BOND FUND A EUR 1,0091<br />
BNY MELLON UK EQUITY FUND A EUR 0,9555<br />
BNY MELLON US DYN. VALUE FUND A USD 1,4620<br />
BNY MELLON US EQUITY FUND A<br />
BNY MELLON VIETNAM,<br />
USD 0,8735<br />
INDIA & CHINA (VIC) FUND USD 1,4935<br />
Dexia Bonds Fundo Divisa Valor<br />
DB EMERGING MARKETS CCAP USD 1529.75<br />
DB EMERGING MARKETS ICAP USD 1596.6<br />
DB EMERGING MARKETS NCAP USD 1405.49<br />
DB EURO CCAP EUR 917.2<br />
DB EURO ICAP EUR 947.96<br />
DB EURO NCAP EUR 894.02<br />
DB EURO CONVERGENCE CCAP EUR 2629.97<br />
DB EURO CONVERGENCE ICAP EUR 2703.52<br />
DB EURO CONVERGENCE NCAP EUR 2565.62<br />
DB EURO CORPORATE CCAP EUR 5595.99<br />
DB EURO CORPORATE ICAP EUR 5699.<strong>48</strong><br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
DB EURO CORPORATE NCAP EUR 111.15<br />
DB EURO GOVERNMENT CCAP EUR 1803.78<br />
DB EURO GOVERNMENT ICAP EUR 1858.26<br />
DB EURO GOVERNMENT NCAP EUR 1759.83<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 780.9<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS ICAP EUR 807.87<br />
DB EURO GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 764.62<br />
DB EURO HIGH YIELD CCAP EUR 634.19<br />
DB EURO HIGH YIELD ICAP EUR 655.16<br />
DB EURO HIGH YIELD NCAP EUR 598.8<br />
DB EURO INFLATION LINKED CCAP EUR 130.63<br />
DB EURO INFLATION LINKED ICAP EUR 134.03<br />
DB EURO INFLATION LINKED NCAP EUR 128.15<br />
DB EURO LONG TERM CCAP EUR 5398.07<br />
DB EURO LONG TERM ICAP EUR 5601.65<br />
DB EURO LONG TERM NCAP EUR 5265.02<br />
DB EURO SHORT TERM CCAP EUR 1916.82<br />
DB EURO SHORT TERM ICAP EUR 1957.68<br />
DB EURO SHORT TERM NCAP EUR 1849.18<br />
DB EUROPE CCAP EUR 4556.63<br />
DB EUROPE ICAP EUR 4658.39<br />
DB EUROPE NCAP EUR 4472.75<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE CCAP EUR 310.57<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE ICAP EUR 319.62<br />
DB EUROPE CONVERTIBLE NCAP EUR 294.37<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS CCAP EUR 762.26<br />
DB EUROPE GOVERNMENT PLUS NCAP EUR 739.46<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD CCAP EUR 125.1<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD ICAP EUR 127.43<br />
DB GLOBAL HIGH YIELD NCAP EUR 121.41<br />
DB INTERNATIONAL CCAP EUR 830.6<br />
DB INTERNATIONAL ICAP EUR 859.62<br />
DB INTERNATIONAL NCAP EUR 796.4<br />
DB MORTGAGES CCAP EUR 129.73<br />
DB MORTGAGES ICAP EUR 133.55<br />
DB MORTGAGES NCAP EUR 125.14<br />
DB TOTAL RETURN CCAP EUR 114.41<br />
DB TOTAL RETURN ICAP EUR 1162.77<br />
DB TOTAL RETURN NCAP EUR 110.45<br />
DB TREASURY MANAGEMENT CCAP EUR 3664.73<br />
DB TREASURY MANAGEMENT ICAP EUR 3708.35<br />
DB TREASURY MANAGEMENT NCAP EUR 3615.74<br />
DB USD CCAP USD 780.55<br />
DB USD ICAP USD 808.9<br />
DB USD NCAP USD 760.3<br />
DB USD GOVERNMENT CCAP USD 2903.47<br />
DB USD GOVERNMENT ICAP USD 3000.27<br />
DB USD GOVERNMENT NCAP USD 2830.84<br />
DB WORLD GOV PL CCAP EUR 106<br />
DB WORLD GOV PL ICAP EUR 108.38<br />
DB WORLD GOV PL NCAP EUR 103.88<br />
D EQ L ASIA PREM USD 16.87<br />
D EQ L AUSTRALIA AUD 753.2<br />
D EQ L BIOTECH USD 133.15<br />
D EQ L EMERG EUROPE EUR 71.05<br />
D EQ L EMERG MKTS EUR 521.43<br />
<strong>DE</strong>QLEMU EUR 69.38<br />
D EQ L EUR 50 EUR 4<strong>48</strong>.43<br />
D EQ L EUROP EUR 642.71<br />
D EQ L EUROPE VALUE EUR 81.78<br />
D EQ L EURP ENG SECT EUR 149.16<br />
D EQ L EURP FIN SECT EUR 80.69<br />
D EQ L EURP HIGH DIV EUR 75.24<br />
D EQ L JAPAN JPY 13182<br />
D EQ L SPAIN EUR 84.43<br />
D EQ L SUST GREEN PLANET EUR 62.57<br />
D EQ L SUST WORLD EUR 153.72<br />
D EQ L UNITED KINGDOM GBP 241.29<br />
D EQ L WORLD USD 37.72<br />
Fundo Classe Valor<br />
ABS ATTIVO EUR 106.7<br />
ABS PRU<strong>DE</strong>NTE EUR 108.15<br />
BOND CHF EUR 122.18<br />
BOND CHF EUR 135.79<br />
BOND CONVERTIBLE EUR 60.43<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 209.12<br />
BOND EMERGING MARKETS EUR 262.01<br />
BOND EUR LONG TERM EUR 161.93<br />
BOND EUR MEDIUM TERM EUR 297.95<br />
BOND EUR SHORT TERM EUR 137.83<br />
BOND GBP EUR 133.17<br />
BOND GBP EUR 111.08<br />
BOND HIGH YIELD EUR 145.35<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 39<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
BOND INFLATION LINKED EUR 120.41<br />
BOND JPY EUR 102.65<br />
BOND JPY EUR 147.83<br />
BOND USD EUR 128.37<br />
BOND USD EUR 188.5<br />
CASH EUR EUR 110.91<br />
CASH USD EUR 95.74<br />
EQUITY BANKS EUR 49.<strong>48</strong><br />
EQUITY CHINA EUR 91.47<br />
EQUITY CONSUMER DISCRETIONARY EUR 131.36<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 123.91<br />
EQUITY CONSUMER STAPLES EUR 138.32<br />
EQUITY DURABLE GOODS EUR 124.33<br />
EQUITY EM.MKT EUR MID.EAST&AFRICA EUR 163.06<br />
EQUITY EMERGING MARKETS ASIA EUR 144.49<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 131.44<br />
EQUITY ENERGY & MATERIALS EUR 135.33<br />
EQUITY EURO EUR 82.96<br />
EQUITY EUROPE EUR 84.43<br />
EQUITY FINANCIAL EUR 52.11<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 50.57<br />
EQUITY GREAT BRITAIN EUR 64.96<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 59.75<br />
EQUITY HIGH TECH EUR 53.23<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 145.62<br />
EQUITY INDUSTRIALS EUR 132.77<br />
EQUITY ITALY EUR 76.46<br />
EQUITY JAPAN EUR 78.36<br />
EQUITY JAPAN EUR 57.25<br />
EQUITY LATIN AMERICA EUR 386.43<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 60.56<br />
EQUITY NORTH AMERICA EUR 89.78<br />
EQUITY OCEANIA EUR 158.82<br />
EQUITY OCEANIA EUR 177.89<br />
EQUITY PHARMA EUR 74.67<br />
EQUITY PHARMA EUR 65.12<br />
EQUITY SMALL CAP EUROPE EUR 400.66<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 50.19<br />
EQUITY TELECOMMUNICATION EUR 46.88<br />
EQUITY UTILITIES EUR 104.88<br />
EQUITY UTILITIES EUR 95.65<br />
OBIETTIVO BILANCIATO EUR 221.71<br />
ORIZZONTE PROTETTO 12 EUR 116.19<br />
ORIZZONTE PROTETTO 24 EUR 120.38<br />
ORIZZONTE PROTETTO 6 EUR 110.83<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 106.58<br />
VALORE EQUILIBRIO EUR 114.62<br />
www.franklintempleton.com.pt<br />
Tel: +34 91 426 3600<br />
FRANKLIN BIOTECH DISCOVERY FD N (ACC) USD 9<br />
FRANKLIN EUROPEAN GRTH FD N (ACC) EUR 8.23<br />
FRANKLIN EUROPEAN S-M CAP GRTH FD N (ACC) EUR 18.32<br />
FRANKLIN GLOBAL GRTH FD N (ACC) USD 9.87<br />
FRANKLIN GLOBAL S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 18.05<br />
FRANKLIN HIGH YIELD (EURO) FD N (ACC) EUR 11.49<br />
FRANKLIN HIGH YIELD FD N (ACC) USD 13.18<br />
FRANKLIN INCOME FD N (ACC) USD 15.6<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) EUR 17.37<br />
FRANKLIN MUTUAL BEACON FD N (ACC) USD 23.65<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) EUR 14.07<br />
FRANKLIN MUTUAL EUROPEAN FD N (ACC) USD 19.05<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) USD 5.61<br />
FRANKLIN TECHNOLOGY FD N (ACC) EUR 4.13<br />
FRANKLIN TEMPLETON GB GRTH & VA FD N (ACC) USD 17.04<br />
FRANKLIN TEMPLETON JAPAN FD N (ACC) EUR 3.94<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) EUR 10.45<br />
FRANKLIN US EQUITY FD N (ACC) USD 14.23<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (ACC) USD 13.03<br />
FRANKLIN US GOVERNMENT FD N (DIS) USD 9.53<br />
FRANKLIN US OPPORTUNITIES N (ACC) USD 13.99<br />
FRANKLIN US S-M CAP GRTH FD N (ACC) USD 10.21<br />
FRANKLIN US TOTAL RET FD N (DIS) USD 10.09<br />
FRANKLIN US ULT SHT TR BD FD N (DIS) USD 9.59<br />
TEMPLETON ASIAN GRTH FD N (ACC) USD 40.94<br />
TEMPLETON CHINA FD N (ACC) USD 23.09<br />
TEMPLETON EASTERN EUROPE FD N (ACC) EUR 28.38<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS BD FD N (ACC) USD 27.85<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) EUR 14.62<br />
TEMPLETON EMERGING MARKETS FD N (ACC) USD 19.86<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
TEMPLETON EURO LIQ RES FD N (ACC) EUR 10.76<br />
TEMPLETON EUROLAND BD FD N (ACC) EUR 11.22<br />
TEMPLETON EUROLAND FD N (ACC) EUR 7.91<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) USD 17.96<br />
TEMPLETON EUROPEAN FD N (ACC) EUR 13.18<br />
TEMPLETON EUROPEAN TOTAL RET FD N (ACC) EUR 10.59<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) EUR 11.71<br />
TEMPLETON GLOBAL (EURO) FD N (ACC) EUR 10.68<br />
TEMPLETON GLOBAL BALANCED FD N (ACC) EUR 11.29<br />
TEMPLETON GLOBAL BD (EURO) FD N (ACC) EUR 12.39<br />
TEMPLETON GLOBAL BD FD N (ACC) USD 24.36<br />
TEMPLETON GLOBAL EQUITY INCOME FD N (ACC) USD 10.13<br />
TEMPLETON GLOBAL FD N (ACC) USD 18.04<br />
TEMPLETON GLOBAL INCOME FD N (ACC) USD 13.72<br />
TEMPLETON GLOBAL SMLL COMPANIES FD N (ACC) USD 21.64<br />
TEMPLETON GLOBAL TOTAL RET FD N (ACC) USD 21.49<br />
TEMPLETON GRTH (EURO) FD N (ACC) EUR 8.55<br />
TEMPLETON KOREA FD N (ACC) USD 14.76<br />
TEMPLETON LATIN AMERICA FD N (ACC) USD 46.27<br />
TEMPLETON THAILAND FD N (ACC) USD 14.46<br />
TEMPLETON US DOLLAR LIQ RES FD N (ACC) USD 11.15<br />
TEMPLETON US VALUE FD N (ACC) USD 10.92<br />
14-04-2010<br />
JF ASIA DI V.D USD USD 243.26<br />
JF ASIA EQ D USD USD 21.43<br />
JF ASIA PAC EX-JAP EQ DAAC EUR EUR 9.<strong>48</strong><br />
JF CHINA D USD USD 36.39<br />
JF GR CH D USD USD 30.94<br />
JF HG KG D USD USD 27.52<br />
JF INDIA D USD USD 49.54<br />
JF JAP EQ DACC EUR EUR 3.84<br />
JF JAP EQ D USD USD 6.35<br />
JF PAC EQ DACC EUR EUR 6.63<br />
JF PAC EQ DACC USD USD 13.55<br />
JF SINGA D USD USD 39.66<br />
JF TAIWAN D USD USD 12.51<br />
JPM AME EQ DACC EUR EUR 6.96<br />
JPM AME EQ DACC EUR (HDG) EUR 6.<strong>48</strong><br />
JPM EM MK DBT DACC EUR EUR 11.74<br />
JPMEMMKEQDACCEUR EUR 9.09<br />
JPM EMER MIDDLE EAST EQ D USD USD 21.91<br />
JPM EURO DY DACC USD USD 18.17<br />
JPM EURO LIQ RES DACC EUR EUR 108.6<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC EUR EUR 8.64<br />
JPM EURO DY MEGA C DACC USD USD 9.65<br />
JPM EUROP EQ DACC USD USD 10.42<br />
JPM EUROP FOC DACC EUR EUR 8.35<br />
JPM EUROP FOC DACC USD USD 10.69<br />
JPM EUROP RECOV DACC EUR EUR 184.94<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC EUR EUR 73.07<br />
JPM EUROP SEL EQ DACC USD USD 109.09<br />
JPM EUROP ST DIV DACC EUR EUR 99.08<br />
JPM GB BAL USD DACC USD USD 145.39<br />
JPM GB CAP APP DACC EUR EUR 103.12<br />
JPM GB CAP PRE DACC USD USD 115.7<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC EUR EUR 125.74<br />
JPM GB CAP PRE EUR DACC SEK (HDG) SEK 981.76<br />
JPM GB CONVS USD D USD USD 131.32<br />
JPM GB CONVS FUND EUR DACC EUR EUR 10.46<br />
JPM GB DY DACC EUR EUR 6.29<br />
JPM GB DY DACC EUR (HDG) EUR 5.17<br />
JPM GB EQ USD DACC EUR (HDG) EUR 6.12<br />
JPM GB FOC DACC EUR EUR 19.34<br />
JPM GB FOC DACC EUR (HDG) EUR 8.29<br />
JPM GB HY BD DACC EUR EUR 137.88<br />
JPM GB NAT RE DACC USD USD 11.87<br />
JPM GB T RE DACC EUR EUR 104.88<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC EUR EUR 108.53<br />
JPM HIGH STAT MKT NT DACC USD (HDG) USD 145.75<br />
JPM HIGH US STEEP DACC EUR (HDG) EUR 8.97<br />
JPM JAP 50 EQ DACC JPY JPY 6928<br />
JPM JAP SEL EQ DACC JPY JPY 9397<br />
JPM RUSSIA DACC USD USD 11.73<br />
JPM US AG BD DACC USD USD 14.68<br />
JPMUSDYDACCEUR EUR 5.47<br />
JPM US DY DACC USD USD 12.29<br />
JPM US EQ DACC EUR (HDG) EUR 62.68<br />
JPM US EQ DACC USD USD 85.41<br />
JPM US SEL EQ DACC EUR (HDG) EUR 70.94
40 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
FUNDOS <strong>DE</strong> INVESTIMENTO INTERNACIONAIS<br />
Fundos Internacionais<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
JPM US SEL 130/30 DACC EUR (HDG) EUR 6.39<br />
JPM US SEL 130/30 DACC USD USD 9.03<br />
JPM US STRATEGIC GR DACC EUR (HDG) EUR 6.33<br />
JPM US VAL DACC EUR (HDG) EUR 6.33<br />
JPMF AME EQ D USD USD 9.93<br />
JPMF AME LC D USD USD 8.86<br />
JPMF EAST EUR EQ D EUR EUR 33.97<br />
JPMF EM EUR EQ D USD USD 43.<strong>48</strong><br />
JPMF EM MKT EQ D USD USD 34.07<br />
JPMF EUR GB BAL FUND D EUR EUR 125.93<br />
JPMF EUROL EQ D EUR EUR 7.89<br />
JPMF EUROP CONVERG EQ D EUR EUR 27.36<br />
JPMF EUROP DY D EUR EUR 11.98<br />
JPMF EUROP EQ D EUR EUR 7.85<br />
JPMF EUROP SM CAP D EUR EUR 9.23<br />
JPMF EUROP STRAT GR D EUR EUR 7.42<br />
JPMF EUROP STRAT VAL D EUR EUR 11.42<br />
JPMF GERM EQ D-EUR EUR 2.55<br />
JPMF GB DY D USD USD 13.22<br />
JPMF GB EQ D USD USD 9.58<br />
JPMF GLB NA RE DACC EUR EUR 14<br />
JPMF LAT AM EQ D USD USD 47.05<br />
JPMF US ST GR D USD USD 5.55<br />
JPMF US ST VAL D USD USD 12.68<br />
JPM US TECH D EUR EUR 8.18<br />
Fundo Divisa Valor<br />
ALPHA ADV. EUROPE FIXED INCOME B EUR 30.2<br />
ASIAN EQUITY B EUR 25.24<br />
ASIAN PROPERTY B EUR 10.24<br />
COMMODITIES ACTIVE GSLE B EUR 14.04<br />
DIVERSIFIED ALPHA PLUS B EUR 26.17<br />
"@MORGAN_F:EMERG EUROP,<br />
M-EAST & AFRICA EQ B" EUR 55.<strong>48</strong><br />
EMERGING MARKETS <strong>DE</strong>BT B EUR 41.08<br />
EMERGING MARKETS DOMESTIC <strong>DE</strong>BT B EUR 24.06<br />
EMERGING MARKETS EQUITY B EUR 23.56<br />
EURO BOND B EUR 10.91<br />
EURO CORPORATE BOND B EUR 33.24<br />
EURO LIQUIDITY B EUR 11.8967<br />
EURO STRATEGIC BOND B EUR 29.35<br />
EUROPEAN CURR. HIGH YIELD BOND B EUR 13.17<br />
EUROPEAN EQUITY ALPHA B EUR 24.81<br />
EUROPEAN PROPERTY B EUR 16.49<br />
EUROPEAN SMALL CAP VALUE B EUR 34.44<br />
EUROZONE EQUITY ALPHA B EUR 6.92<br />
FX ALPHA PLUS RC 200 B EUR 25.26<br />
FX ALPHA PLUS RC 400 B EUR 24.91<br />
FX ALPHA PLUS RC 800 B EUR 24.1<br />
GLOBAL BOND B EUR 22.57<br />
GLOBAL BRANDS B EUR 38.6<br />
GLOBAL CONVERTIBLE BOND B EUR 22.85<br />
GLOBAL PROPERTY B EUR 13.62<br />
GLOBAL SMALL CAP VALUE B EUR 23.01<br />
GLOBAL VALUE EQUITY B EUR 23.9<br />
INDIAN EQUITY B EUR 20.9<br />
JAPANESE EQUITY ADVANTAGE B EUR 14.88<br />
JAPANESE VALUE EQUITY B EUR 6.06<br />
LATIN AMERICAN EQUITY B EUR 45.38<br />
SHORT MATURITY EURO BOND B EUR 16.98<br />
US ADVANTAGE B EUR 19.95<br />
US GROWTH B EUR 21.93<br />
US PROPERTY B EUR 26.25<br />
US SMALL CAP GROWTH B EUR 24.59<br />
US VALUE EQUITY B EUR 12.77<br />
USD LIQUIDITY B USD 12.5471<br />
+34 91 538 25 00<br />
www.pictetfunds.pt<br />
Fundo Divisa Valor<br />
PF(LUX)-ABSL RTN GLO DIV-R EUR 107.23<br />
PF(LUX)-AGRICULTURE-R EUR 131.58<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-HR-EUR EUR 123.39<br />
PF(LUX)-ASN EQ (EXJPN)-R USD 159.4<br />
PF(LUX)-ASIAN EQ (EX-JAPAN)-R EUR 116.8<br />
PF(LUX)-ASN LCL CCY DBT-R USD 130.15<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
PF(LUX)-BIOTECH-HR-R EUR 220.59<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R USD 289.43<br />
PF(LUX)-BIOTECH-R EUR 213.41<br />
PF(LUX)-EASTERN EU-R EUR 371.6<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-HR-EUR EUR 111.54<br />
PF(LUX)-EM LCL CCY DBT-R USD 167.2<br />
PF(LUX)-EM MKTS-HR-R EUR 369.5<br />
PF(LUX)-EM MKTS LDX-R USD 232.34<br />
PF(LUX)-EM MKTS-R USD 531<br />
PF(LUX)-EUR BDS-R EUR 386.76<br />
PF(LUX)-EUR CORP BDS-R EUR 150.96<br />
PF(LUX)-EUR GVT BDS-R EUR 117.05<br />
PF(LUX)-EUR HY-R EUR 155.93<br />
PF(LUX)-EUR INFL LK BDS-R EUR 110.69<br />
PF(LUX)-EUR LIQ-R EUR 133.55<br />
PF(LUX)-EUR SMT BDS-R EUR 120.81<br />
PF(LUX)-EUROLAND LDX-R EUR 90.21<br />
PF(LUX)-EU SUST EQ-R EUR 138.52<br />
PF(LUX)-EU LDX-R EUR 105.43<br />
PF(LUX)-EU EQ SEL-R EUR 417.54<br />
PF(LUX)-(EUR) SOV LIQ-R EUR 102.14<br />
PF(LUX)-GENERICS-HR-EUR EUR 107.06<br />
PF(LUX)-GENERICS-R USD 134.9<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-HR-EUR EUR 65.97<br />
PF(LUX)-GLO EM CCY-R USD 103.28<br />
PF(LUX)-GLO MEGATR SEL-R USD 139.55<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-HR-R EUR 187.33<br />
PF(LUX)-GLO EM DBT-R USD 246.11<br />
PF(LUX)-GLO MEGATREND SEL-R EUR 102.26<br />
PF(LUX)-GREATER CHINA-R USD 337.84<br />
PF(LUX)-INDIAN EQ-R USD 377.3<br />
PF(LUX)-JPNL LDX-R JPY 9581.77<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-HR-EUR EUR 56.49<br />
PF(LUX)-JPN EQ SEL-R JPY 8017.79<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQ SELECTION-R EUR 62.81<br />
PF(LUX)-JPN EQ 130/30-R JPY 4698.96<br />
PF(LUX)-JAPANESE EQUITIES 130/30-R EUR 36.81<br />
PF(LUX)-JAPANESE MID-SMALL CAP-R EUR 62.8<br />
PF(LUX)-JPN SMID CAP-R JPY 8015.73<br />
PF(LUX)-LATAM LCL CCY DBT-R USD 123.3<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-HR-R EUR 32.18<br />
PF(LUX)-MID EAST AND NTH AFR-R USD 51.42<br />
PF(LUX)-PAC (EXJPN) LDX-R USD 287.65<br />
PF(LUX)-PREMIUM BRANDS-R EUR 71.6<br />
PF(LUX)-RUSSIAN EQ-R USD 76.08<br />
PF(LUX)-SECURITY-R USD 102.83<br />
PF(LUX)-SMALL CAP EU-R EUR <strong>48</strong>0.98<br />
PF(LUX)-TIMBER-R USD 112.06<br />
PF(LUX)-US EQ-R USD 102.97<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-HR-EUR EUR 79.45<br />
PF(LUX)-US EQ GWTH SEL-R USD 104.77<br />
PF(LUX)-USA LDX-R USD 95.4<br />
PF(LUX)-USD GVT BDS-R USD 500.34<br />
PF(LUX)-USD LIQ-R USD 128.61<br />
PF(LUX)-USD SMT BDS-R USD 120.63<br />
PF(LUX)-(USD) SOV LIQ-R USD 101.25<br />
PF(LUX)-TIMBER-R EUR 82.11<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL HR-R EUR 88.96<br />
PF(LUX)-US EQ VALUE SEL-R USD 125.79<br />
PF(LUX)-WATER-R EUR 126.95<br />
PF(LUX)-WORLD GOV BONDS-R EUR 118.1<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 47.92<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1126.39<br />
Pioneer P.F. - Global Changes EUR 1088.43<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 49.29<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive CZK 919.23<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive USD 8.14<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.7<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 6.254<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive EUR 5.851<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.77<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus USD 6.47<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.49<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.904<br />
Pioneer P.F. - Global Defensive Plus EUR 4.61<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic CZK 798.38<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 46.15<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.426<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
Pioneer P.F. - Global Dynamic EUR 4.323<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive CZK 633.06<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 35.62<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.56<br />
Pioneer P.F. - Global Progressive EUR 3.<strong>48</strong><br />
www.schroders.pt<br />
SISF Global Smaller Cos A Acc 111.12 USD<br />
SISF Indian Equity A Acc 130.39 USD<br />
SISF Japanese Equity Alpha A Acc 959.02 JPY<br />
SISF Japanese Large Cap A Acc 849.16 JPY<br />
SISF Korean Equity A Acc 42.7 USD<br />
SISF Middle East A Acc 8.59 USD<br />
SISF Swiss Equity Opports A Acc 116.44 CHF<br />
SISF Strategic Bond A Acc 127.47 USD<br />
SISF Glob Cred Dur Hdg A Acc 109.31 EUR<br />
SISF Taiwanese Equity A Acc 10.3 USD<br />
SISF US All Cap A Acc 98.08 USD<br />
SISF US Small & Mid-Cap Eq A Acc 140.69 USD<br />
SISF World Def 3 Monthly A Acc 81.61 EUR<br />
SISF EURO Government Liquidity A Acc 100.16 EUR<br />
SISF Global Managed Currency A Acc 102.69 USD<br />
SISF Glob Tact Asset Alloc A Acc 103.71 USD<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR A Acc 107.26 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy GBP A Acc 109.38 GBP<br />
SISF Global Equity AUD Hdg A Acc 104.33 AUD<br />
SISF Glob Corp Bd AUD Hdg A Acc 101.24 AUD<br />
SISF Asian Conv Bd CHF Hdg A Acc 102.19 CHF<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret CHF Hdg A Acc 24.84 CHF<br />
SISF Global Conv Bd CHF Hdg A Acc 107.02 CHF<br />
SISF Asian Tot Ret EUR Hdg A Acc 123.62 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd EUR Hdg A Acc 103.19 EUR<br />
SISF Asian Bond EUR Hg A Acc 99.78 EUR<br />
SISF Em Mk Dt Abs Ret EUR Hg A Acc 28.43 EUR<br />
SISF Global Conv Bd EUR Hdg A Acc 102.3 EUR<br />
SISF Glb Clim Chge Eq EUR Hg A Acc 8.27 EUR<br />
SISF Glbl High Yld EUR Hdg A Acc 27.15 EUR<br />
SISF Glbl Propty Sec EUR Hdg A Acc 100.24 EUR<br />
SISF QEP Glb Act Val EUR Hdg A Acc 75.61 EUR<br />
SISF Global Corporate Bond EUR Hdg A Acc123.01 EUR<br />
SISF Japanese Equity EUR Hdg A Acc 63.43 EUR<br />
SISF Strategic Bond EUR Hdg A Acc 121.56 EUR<br />
SISF US Dollar Bond EUR Hdg A Acc 120.94 EUR<br />
SISF US Small & Mid EUR Hg A Acc 93.08 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR Hedged A Acc 88.8 EUR<br />
SISF Glob Mgd Ccy EUR Hdg A Acc 97.9 EUR<br />
SISF BRIC (Braz Ru In Ch) EUR A Acc 149.81 EUR<br />
SISF Emerging Markets EUR A Acc 9.26 EUR<br />
SISF Emerging Asia EUR A Acc 16.75 EUR<br />
SISF QEP Glob Act Value EUR A Acc 96.6 EUR<br />
SISF Greater China EUR A Acc 26.41 EUR<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty EUR A Acc 8.65 EUR<br />
SISF Global Equity Alpha EUR A Acc 89.15 EUR<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps EUR A Acc 13.21 EUR<br />
SISF Global Energy EUR A Acc 26.13 EUR<br />
SISF Global Equity Yield EUR A Acc 73.36 EUR<br />
SISF QEP Global Quality EUR A Acc 89.17 EUR<br />
SISF Latin American EUR A Acc 37.92 EUR<br />
SISF Pacific Equity EUR A Acc 7.4 EUR<br />
SISF US Large Cap EUR A Acc <strong>48</strong>.49 EUR<br />
SISF Middle East EUR A Acc 8.56 EUR<br />
SISF US Sml & Mid-Cap Eq EUR A Acc 102.55 EUR<br />
SISF Asian Conv Bd GBP Hdg A Acc 107.64 GBP<br />
SISF Global Conv Bd GBP Hdg A Acc 109.5 GBP<br />
SISF Asian Local Ccy Bd SGD Hg A Acc 10.28 SGD<br />
SISF Asian Bond SGD Hg A Acc 9.51 SGD<br />
SISF China Opps SGD Hg A Acc 7.51 SGD<br />
SISF Glbl Clim Chge Eqty SGD A Acc 8.14 SGD<br />
SISF Glb Div Maximsr SGD A Acc 6.76 SGD<br />
SISF Glbl Emgng Mkt Opps SGD A Acc 12.64 SGD<br />
SISF Latin American SGD A Acc 71.5 SGD<br />
SISF Pacific Equity SGD A Acc 9.14 SGD<br />
SISF Middle East SGD A Acc 7.27 SGD<br />
SISF EURO Corporate Bd USD Hd A Acc 113.65 USD<br />
SISF Glbl Inf Lkd Bd USD Hdg A Acc 24.81 USD<br />
SISF Japanese Equity Alpha USD A Acc 10.27 USD<br />
SISF Japanese Large Cap USD A Acc 9.07 USD<br />
SISF Asian Equity Yield A Dis 14.43 USD<br />
SISF Asian Bond A Dis 7.07 USD<br />
SISF Asian Local Currency Bond A Dis 98.66 USD<br />
SISF EURO Bond A Dis 8.09 EUR<br />
SISF Em Europe Debt Abs Ret A Dis 15.08 EUR<br />
SISF EURO Equity A Dis 19.06 EUR<br />
SISF European Equity Yield A Dis 8.92 EUR<br />
SISF European Large Cap A Dis 132.25 EUR<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SISF European Equity Alpha A Dis 36.76 EUR<br />
SISF Emer Mkts Debt Abs Ret A Dis 13.94 USD<br />
SISF Emerging Europe A Dis 21.38 EUR<br />
SISF EURO Corporate Bond A Dis 15.66 EUR<br />
SISF European Div Maxmsr A Dis 58.4 EUR<br />
SISF European Smaller Companies A Dis 18.55 EUR<br />
SISF Emerging Markets A Dis 12.13 USD<br />
SISF EURO Government Bond A Dis 5.98 EUR<br />
SISF European Defensive A Dis 9.92 EUR<br />
SISF Global Bond A Dis 7.51 USD<br />
SISF EURO Short Term Bond A Dis 4.52 EUR<br />
STS Growth Schdr Multi-Mgr C Acc 127.18 USD<br />
SAS Agriculture Fund EUR Hdg A Acc 95.47 EUR<br />
SAS Commodity Fund C Dis 126.73 USD<br />
Fundo Divisa Valor<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 32.2242<br />
SKANDIA GREATER CHINA EQUITY FUND USD 16.474<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND GBP 9.7665<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 14.4328<br />
SKANDIA GLOBAL BOND FUND USD 10.2603<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 0.8719<br />
SKANDIA GLOBAL EQUITY FUND USD 14.7197<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND EUR 8.3935<br />
SKANDIA US LARGE CAP GROWTH FUND USD 11.5939<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND EUR 20.8941<br />
SKANDIA PACIFIC EQUITY FUND USD 30.3945<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 15.0574<br />
SKANDIA EUROPEAN EQUITY FUND USD 14.6799<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 9.9755<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND EUR 11.8515<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 10.4495<br />
SKANDIA JAPANESE EQUITY FUND USD 10.1207<br />
SKANDIA SWEDISH EQUITY FUND SEK 13.0787<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND EUR 9.085<br />
SKANDIA EUROPEAN OPPORTUNITIES FUND USD 14.7656<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 14.8663<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND EUR 10.5034<br />
SKANDIA US ALL CAP VALUE FUND USD 11.1302<br />
SKANDIA US VALUE FUND USD 10.6682<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND USD 12.4394<br />
SKANDIA US CAPITAL GROWTH FUND EUR 8.6249<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 15.7956<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 14.0509<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.596<br />
SKANDIA TOTAL RETURN USD BOND FUND USD 10.1035<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.9801<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND EUR 12.2596<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND GBP 11.108<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 15.2186<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 11.813<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 15.2092<br />
SKANDIA EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT FUND USD 9.6334<br />
SKANDIA SWISS EQUITY FUND CHF 14.8263<br />
SKANDIA HEALTHCARE FUND USD 9.7793<br />
www.sgam.com<br />
distribution@sggestion.fr<br />
A company of Amundi Group<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CHINA EUR 17.47<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP JPY 1114.63<br />
SGAM Fund - EQUITIES / CONCENTRATED EUROPEUSD 38.16<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 87.35<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EMERGING EUROPE USD 38.02<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND USD 15.21<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND CYCLICALS USD 25.70<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND FINANCIAL USD 15.39<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MID CAP GROWTH EUR 24.39<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESUSD 149.78<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL RESOURCES EUR 84.28<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EMERGING COUNTRIES<br />
EUR 7.07<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL EUR 21.61<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GLOBAL ENERGY EUR 13.65<br />
SGAM Fund - ABSOLUTE RETURN FOREX USD 146.62<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US SMALL CAP VALUE EUR 13.17<br />
Fundo Último Divisa<br />
valor€<br />
SGAM Fund - EQUITIES / GOLD MINES<br />
SGAM Fund - EQUITIES / ASIA PAC DUAL<br />
EUR 23.69<br />
STRATEGIES EUR 7.88<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN CONCENTRATEDUSD 76.90<br />
SGAM Fund - EQUITIES JAPAN SMALL CAP USD 11.98<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN TARGET USD 19.19<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA USD 90.04<br />
SGAM Fund - EQUITIES / JAPAN COREALPHA<br />
SGAM Fund-EQUITIES GLOBAL<br />
JPY 8378.37<br />
ENVIRONMENT OPPORTUNITIE EUR 42.90<br />
SGAM Fund - EQUITIES EUROPE EXPANSION USD 102.88<br />
SGAM Fund - BONDS EURO CORPORATE USD 32.09<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US LARGE CAP GROWTHEUR 11.92<br />
SGAM Fund - EQUITIES /US FOCUSED EUR 12.57<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND SMALL CAPUSD 211.71<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X US EUR 841.82<br />
SGAM Fund - EQUITIES / US RELATIVE VALUE EUR 16.33<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X EUROLAND USD 172.44<br />
SGAM Fund - EQUITIES US CONCENTRATED COREEUR 17.41<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE<br />
SGAM Fund - EQUITIES CONCENTRATED<br />
EUR 39.85<br />
EUROLAND USD 129.65<br />
SGAM Fund - IN<strong>DE</strong>X US EUR 82.40<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROLAND VALUE USD 150.45<br />
SGAM Fund - BONDS/ OPPORTUNITIES USD 144.46<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD USD 41.34<br />
SGAM Fund - BONDS / EUROPE HIGH YIELD USD 30.13<br />
SGAM Fund - EQUITIES US MULTI STRATEGIES EUR 16.84<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO EUR 41.75<br />
SGAM Fund - BONDS / WORLD SGD 57.<strong>48</strong><br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / EURO USD 37.32<br />
SGAM Fund - MONEY MARKET / USD EUR 11.64<br />
SGAM Fund - EQUITIES / EUROPE OPPORTUNITIESEUR 110.07<br />
SGAM Fund - EQUITIES / INDIA EUR 101.30<br />
SGAM Fund - EQUITIES / LATIN AMERICA EUR 87.35<br />
SGAM Fund - BONDS / CONVERGING EUROPE USD 2267.10<br />
SGAM Fund - BONDS / EURO INFLATION LINKED EUR 114.<strong>48</strong><br />
Fundo Divisa Valor<br />
AMERICAN SELECT-<strong>DE</strong>H EUR 10.18<br />
AMERICAN SELECT-DU USD 10.32<br />
EMERGING MARKET <strong>DE</strong>BT-<strong>DE</strong>H EUR 16.13<br />
EM MKT LOW DUR-<strong>DE</strong>H EUR 12.03<br />
EM MKT LOW DUR-DU USD 11.41<br />
EUROP BONDS-<strong>DE</strong> EUR 22.07<br />
EUROP SHORT-TERM BONDS-<strong>DE</strong> EUR 13.95<br />
EUROP SMALL CAP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 11.81<br />
GLOBAL ASS.ALL.-<strong>DE</strong>H EUR 15.85<br />
GLOBAL ASS.ALL.-DU USD 18.67<br />
GLOBAL BONDS (EURO)-<strong>DE</strong> EUR 19.85<br />
GLOBAL BONDS (USD)-DU USD 26.38<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 23.16<br />
GLOBAL EM MKT EQUITIES-DU USD 31.45<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-<strong>DE</strong>H EUR 9.64<br />
GLOBAL EM MKT SH-TERM BDS-DU USD 10.30<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 19.28<br />
GLOBAL ENERGY EQUITIES-DU USD 24.60<br />
GLOBAL HGH YLD&EM-MKT EUR-<strong>DE</strong> EUR 18.59<br />
GLOBAL INNOVATION-<strong>DE</strong>H EUR 15.65<br />
GLOBAL INNOVATION-DU USD 10.58<br />
GREATER CHINA EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 19.40<br />
GREATER CHINA EQUITIES-DU USD 27.88<br />
JAPANESE EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 10.70<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ EUR 7.44<br />
JAPANESE EQUITIES-DJ JPY 940.00<br />
NEW ASIA-PACIFIC <strong>DE</strong>H EUR 20.72<br />
NEW ASIA-PACIFIC DU USD 30.47<br />
PAN EUROP EQUITIES-<strong>DE</strong> EUR 12.27<br />
US EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 15.14<br />
US EQUITIES-DU USD 11.97<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 10.90<br />
US MID AND SML CAP EQUITIES-DU USD 14.99<br />
USD HIGH INCOME BONDS-<strong>DE</strong>H EUR 15.73<br />
USD HIGH INCOME BONDS-DU USD 16.26<br />
USD SHORT-TERM BONDS-DU USD 18.71<br />
WORLD EQUITIES-<strong>DE</strong>H EUR 14.98<br />
WORLD EQUITIES-DU USD 15.63<br />
Fonte: Euronext Lisboa / Clientes<br />
Nota 1: Segundo a fiscalidade portuguesa, os fundos de investimento<br />
mobiliário nacionais são tributados na fonte. Por essa razão,<br />
as rentabilidades apresentadas são líquidas de impostos para<br />
participantes singulares. Inversamente, os fundos estrangeiros comercializados<br />
em Portugal não estão sujeitos à retenção na fonte,<br />
e portanto as rentabilidades apresentadas são brutas. Nestes fundos,<br />
é da responsabilidade dos participantes declarar à autoridade<br />
fiscal os rendimentos obtidos, que serão assim englobados na<br />
sua declaração de rendimentos.<br />
Nota 2: Os fundos internacionais estão ordenados por ordem alfabética,<br />
sem identificar se se trata de fundos de acções, obrigações<br />
ou outros.
Câmbios e taxas de juro<br />
Euro sobe face ao dólar pela<br />
quinta sessão consecutiva<br />
O euro está a ganhar terreno<br />
face à divisa norteamericana,<br />
a beneficiar do<br />
acordo alcançado no fimde-semana,<br />
entre os ministros<br />
das Finanças europeus,<br />
para, se necessário,<br />
emprestar até 30 mil milhões<br />
de euros à Grécia. A<br />
moeda comum protagonizava<br />
ontem a quinta sessão<br />
consecutiva de ganhos,<br />
somando uma valorização<br />
de 2,4% desde o<br />
passado dia 7 de Abril. À<br />
hora de fecho desta edição,<br />
a divisa europeia subia<br />
0,37% para 1,3664 dólares,<br />
tendo oscilado entre<br />
um mínimo de 1,3595 dólares<br />
e um máximo de<br />
1,3679 dólares. ■<br />
LIBOR<br />
Prazo USD EUR GBP JPY CHF<br />
Overnight 0.23513 0.27875 0.54063 0.1175 0.04333<br />
1 semana 0.24325 0.31188 0.54063 0.13125 0.05917<br />
2 semanas 0.24663 0.32313 0.53938 0.14125 0.0675<br />
1 mês 0.25594 0.36938 0.5<strong>48</strong>75 0.15688 0.08083<br />
2 meses 0.27769 0.45 0.57938 0.1875 0.15583<br />
3 meses 0.30375 0.5825 0.64969 0.23875 0.2425<br />
4 meses 0.345 0.69 0.72125 0.3275 0.27033<br />
5 meses 0.38781 0.78313 0.79625 0.38063 0.3<br />
6 meses 0.4625 0.88875 0.88563 0.44563 0.34167<br />
7 meses 0.53719 0.94938 0.965 0.50313 0.395<br />
8 meses 0.61781 1.00375 1.04188 0.54719 0.445<br />
9 meses 0.69531 1.06188 1.11875 0.59156 0.49667<br />
10 meses 0.77781 1.10688 1.19063 0.62125 0.53917<br />
11 meses 0.85656 1.14938 1.25813 0.6<strong>48</strong>44 0.58833<br />
1 ano 0.94656 1.19313 1.32313 0.67594 0.63917<br />
Rentabilidades Internacionais<br />
Matérias-primas<br />
Brent* (USD/Barril) Londres<br />
Últimas 6 sessões 84.72<br />
Petrolíferas Londres<br />
BRENT Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 86.64 84.49 84.72<br />
JUN0 87.39 85.43 85.63<br />
JUL0 87.91 86.1 86.25<br />
AUG0 88.29 86.66 86.74<br />
SEP0 88.63 86.99 87.14<br />
OCT0 88.84 87.36 87.49<br />
NOV0 89.14 87.71 87.81<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
AUG2 0 0 91.17<br />
SEP2 0 0 91.24<br />
OCT2 0 0 91.3<br />
NOV2 0 0 91.35<br />
<strong>DE</strong>C2 92.2 92.19 91.4<br />
JAN3 0 0 91.45<br />
FEB3 0 0 91.5<br />
Petrolíferas Nova Iorque<br />
CRU<strong>DE</strong> Máx. Min. Fecho<br />
JAN7 63.00 61.70 61.55<br />
FEB7 64.20 62.95 62.77<br />
MAR7 65.05 63.84 63.71<br />
APR7 65.72 64.59 64.45<br />
MAY7 66.35 65.98 65.06<br />
JUN7 66.55 65.81 65.56<br />
JUL7 0.00 0.00 66.00<br />
GASOLEO Máx. Min. Fecho<br />
JUN0 0 0 65.99<br />
JUL0 0 0 65.87<br />
AUG0 0 0 65.75<br />
SEP0 0 0 65.63<br />
OCT0 0 0 65.51<br />
NOV0 0 0 65.39<br />
<strong>DE</strong>C0 65.9 65.6 65.26<br />
JAN1 0 0 65.15<br />
1180<br />
1168<br />
Base metal laminados<br />
Cobre<br />
13/04/10<br />
7,063<br />
14/04/10<br />
1156<br />
7,115<br />
Latão 63/37<br />
Latão 67/33<br />
5,431<br />
5,607<br />
5,467 1144<br />
5,645<br />
Latão 70/30<br />
Latão 85/15<br />
5,740<br />
6,401<br />
5,779 1132<br />
6,447<br />
Bronze 7,620 7,662 1120<br />
Euribor 3 meses<br />
Últimas 30 sessões 0.644<br />
Euribor 6 meses<br />
Últimas 30 sessões<br />
Euribor 12 meses<br />
EUA Japão R. Unido Alemanha França Itália<br />
O/N 5.23 0.45 5.17 -- -- --<br />
3 Meses 5.05 0.56 5.49 -- 3.81 --<br />
1 Ano -- 0.67 5.59 4.08 4.04 --<br />
2 Anos 4.59 0.83 5.46 4.04 4.06 4.1<br />
5 Anos 4.54 1.21 5.24 4.05 4.07 4.14<br />
10 Anos 4.65 1.66 4.97 4.08 4.13 4.3<br />
30 Anos 4.84 2.36 4.43 4.26 4.31 4.61<br />
Tx. desconto 6.25 0.75 .... .... .... ....<br />
Prime-rates 8.25 2.2 5.25 .... .... 7.125<br />
Metais não ferrosos<br />
Metais Londres<br />
Fixing<br />
manhã<br />
Fixing<br />
Tarde<br />
Fecho<br />
OURO 1153.75 1159 11<strong>48</strong>.2<br />
PRATA 1839 1816 1816<br />
PLATINA 1728 1730 1714<br />
PALADIO 545 545 518<br />
Metais LME Por Tonelada<br />
BID ASK<br />
COBRE 7844.5 45.0<br />
ALUMINIO 2368.5 69.0<br />
ZINCO 2366.5 67.5<br />
NIQUEL 25565 25570<br />
CHUMBO 18700/ 8725<br />
ESTANHO 2245.0 50.0<br />
ALUM. ALLOY 2270.0 80.0<br />
Oleaginosas Roterdão<br />
Produto Entrega Ontem Véspera<br />
SOJA<br />
contrato venda venda<br />
May10 414.9 414.4<br />
Jun10 415.7 415.1<br />
COLZA<br />
Jul10 414.9 414.2<br />
May10/Jul10 675 675<br />
Aug10/Oct10 680 680<br />
GIRASSOL<br />
Nov10/Jan11 690 690<br />
Apr10 910 910<br />
May10/Jun10 930 930<br />
COCO<br />
Jul10/Sep10 955 955<br />
MAY10 2209 21<br />
JUL10 2241.5 39.5<br />
PALMA BRUTA<br />
SEP10 2232.5 19<br />
Apr10 825 822.5<br />
May10/Jun10 825 822.5<br />
Jul11/Sep10 820 820<br />
Ouro* (USD/Onça) Londres<br />
0.954<br />
Últimas 30 sessões<br />
1,226<br />
EURIBOR<br />
Prazo Última Anterior<br />
1 Semana 0,346 0,346<br />
1 Mês 0,404 0,404<br />
2 Meses 0,504 0,503<br />
3 Meses 0,644 0,644<br />
4 Meses 0,7<strong>48</strong> 0,749<br />
5 Meses 0,842 0,843<br />
6 Meses 0,954 0,953<br />
7 Meses 0,995 0,994<br />
8 Meses 1,041 1,041<br />
9 Meses 1,096 1,097<br />
10 Meses 1,137 1,137<br />
11 Meses 1,178 1,178<br />
12 Meses 1,226 1,226<br />
Últimas 6 sessões 11<strong>48</strong>.25<br />
Euro dólar<br />
Últimas 30 sessões<br />
Câmbios<br />
Agrícolas Londres<br />
CACAU Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 2132 2107 2116<br />
JUL0 2152 2126 2135<br />
SEP0 2130 2102 2107<br />
<strong>DE</strong>C0 2105 2079 2080<br />
MAR1 2074 2057 2055<br />
MAY1 2060 2050 2050<br />
JUL1 0 0 2050<br />
AÇUCAR Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 550.8 532.6 547.7<br />
AUG0 508 495 503.4<br />
OCT0 490 <strong>48</strong>1.1 <strong>48</strong>6.1<br />
<strong>DE</strong>C0 <strong>48</strong>7.3 <strong>48</strong>2.2 <strong>48</strong>4.6<br />
MAR1 492.4 490.4 491<br />
MAY1 <strong>48</strong>7.8 <strong>48</strong>6.5 <strong>48</strong>8.3<br />
AUG1 0 0 <strong>48</strong>0.6<br />
Agrícolas Chicago<br />
1.3662<br />
Taxas do euro<br />
Taxas irrevog. Taxas bilat.<br />
Moeda do euro indic. esc.<br />
Franco belga 40.3399 4.96982<br />
Marco alemão 1.95583 102.505<br />
Peseta 166.386 1.20492<br />
Franco francês 6.55957 30.5633<br />
Libra irlandesa 0.787564 254.560<br />
Lira italiana 1936.27 0.10354<br />
Franco luxemburguês 40.3399 4.96982<br />
Florim 2.20371 90.97<strong>48</strong><br />
Xelim austríaco 13.7603 14.5696<br />
Escudo 200.<strong>48</strong>2 –<br />
Markka finlandesa 5.94573 33.7187<br />
Dracma 340.750 0.588355<br />
X por Cross<br />
Moeda 1 euro dólar<br />
Dólar dos EUA 1.3615 ---<br />
Dólar australiano 1.4583 1.071098054<br />
Lev da Bulgária 1.9558 1.436503856<br />
Dólar canadiano 1.3571 0.99676827<br />
Franco suíço 1.4368 1.055306647<br />
Coroa checa 25.0<strong>48</strong> 18.39735586<br />
Coroa dinamarquesa 7.4431 5.466838046<br />
Coroa da Estónia 15.6466 11.49217775<br />
Libra esterlina 0.8814 0.64737422<br />
Dólar de Hong-Kong 10.5665 7.76092545<br />
Forint da Hungria 262.65 192.9122292<br />
Coroa da Islândia 290 213.0003672<br />
Iene do Japão 127.42 93.58795446<br />
Won da Coreia do Sul 1514.11 1112.089607<br />
Litas da Lituânia 3.4528 2.536026441<br />
Lats da Letónia 0.7082 0.520161586<br />
Coroa norueguesa 7.9955 5.872567022<br />
Dólar da N. Zelândia 1.9089 1.402056555<br />
Zloty da Polónia 3.8549 2.831362468<br />
Coroa sueca 9.7327 7.1<strong>48</strong>51267<br />
Dólar de Singapura 1.8734 1.375982372<br />
Coroa da Eslováquia 30.126 22.12706574<br />
Lira turca 2.0089 1.475504958<br />
Rand da África do Sul 9.9682 7.321<strong>48</strong>3658<br />
Real brasileiro 2.3744 1.743958869<br />
Nota: Taxas de câmbio de referência do Banco<br />
Central Europeu, de cerca das 12:30 horas<br />
OT/Benchmark/MEDIP<br />
Prazo Cupão Maturidade Fecho Yield<br />
1 Ano 3.25 39644 99.002 4.045<br />
2 Anos 3.95 40009 99.922 3.979<br />
4 Anos 3.2 406<strong>48</strong> 97.007 4.015<br />
5 Anos 5 41075 104.46 4.031<br />
6 Anos 5.45 41540 107.96 4.027<br />
7 Anos 4.375 41806 101.88 4.067<br />
8 Anos 3.35 42292 94.67 4.099<br />
9 Anos 4.2 42658 100.255 4.161<br />
MILHO Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 363.5 351.5 352.5<br />
JUL0 373.75 362 363.25<br />
SEP0 383.25 372.5 373.5<br />
<strong>DE</strong>C0 394 383 384.25<br />
MAR1 406 395.5 396.5<br />
MAY1 413 403.25 404.5<br />
JUL1 419 409.75 410.5<br />
TRIGO Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 477.5 470.5 476<br />
JUL0 490 <strong>48</strong>2.75 <strong>48</strong>8.75<br />
SEP0 506.75 500 506.25<br />
<strong>DE</strong>C0 534.75 527.75 534<br />
MAR1 562.75 557.25 561.75<br />
MAY1 576.75 572 577.25<br />
JUL1 592.75 586.25 592.25<br />
SOJA Máx. Min. Fecho<br />
MAY0 976 965 968<br />
JUL0 983.5 973 975.5<br />
Agrícolas Nova Iorque<br />
ALGODÃO Máx. Min. Fecho<br />
JUL0 100 51.72 81.61<br />
OCT0 91.75 64.73 77.58<br />
<strong>DE</strong>C0 100.5 53.87 75.94<br />
MAR1 94.5 61.89 76.85<br />
MAY1 78.02 68.05 77.06<br />
JUL1 80 73.25 77.14<br />
OCT1 77.88 76 77.34<br />
Eurolist Dívida Pública<br />
Valor Taxa Maturid. Últ. Data Mont. Cot. Yeld<br />
mobiliário juro % cot. últ. cot. negoc. ant.<br />
OT-MAIO 5.85%10 5.85 20 MAY 2010 0 12 APR 2010 0 98.55 0<br />
OT-JUN 5 1/7%11 5.15 15 JUN 2011 0 10 OCT 2008 0 104.<strong>48</strong> 0<br />
OT-SET 5 4/9%13 5.45 23 SEP 2013 0 12 APR 2010 0 109.2 0<br />
Eurolist Outros fundos públicos<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
CMOEIRAS93 4,375 41 99,11 2003-02-25 99,00<br />
CMSINTRA97 3,375 0<br />
CP-T.VR.95 2,795 0 2003-03-05 99,40<br />
EXPO9897.2 3,146 0 2001-07-12 99,90<br />
G.R.M...94 2,6875 0 2003-02-14 99,50<br />
GRA..1A.92 3,5625 0 2003-02-21 99,90<br />
GRA..1A.93 4,15 0 2002-11-06 100,00<br />
LISBOA.99 2,708 0<br />
LISNA.91-A 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNA.91-B 2,875 0 2003-03-06 97,00<br />
LISNAVE.92 2,844 0 2003-03-07 96,92<br />
P.EXPO9897 2,739 0 2002-12-04 100,00<br />
RAA.96 3,0 0 2001-02-09 100,17<br />
RAM..96/06 2,656 0 1996-11-04 100,60<br />
RAM.01/16 3,381 0 2002-09-17 100,20<br />
RAM.1.S.97 2,713 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.2E 96 2,7<strong>48</strong> 0 1997-12-31 100,00<br />
RAM.98 2,755 0 1999-06-30 100,00<br />
RAM.99 2,913 0<br />
SINTRA2S97 3,375 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
BCPIEM0405 2,0 110 98,65 2003-03-07 98,59<br />
J.MART.W96 2,40625 72 97,76 2003-03-07 96,32<br />
CONTIN..95 3,5625 65 99,89 2003-03-06 99,91<br />
BCPICG1005 0,0 57 91,95 2003-02-26 91,68<br />
BCPA TEL00 0,0 49 93,72 2003-03-07 93,65<br />
BCPI7%1003 7,0 45 100,56 2003-02-21 100,80<br />
BCPICG33PL 0,0 37 93,56 2003-03-07 93,49<br />
BCPI IDJ04 6,25 25 103,47 2003-03-07 103,44<br />
BCPA TM 00 0,0 25 92,00 2003-03-07 91,92<br />
BPICSSEU00 0,0 19 98,86 2003-02-28 98,81<br />
BCPI IM 05 0,0 16 95,92 2003-02-27 96,08<br />
BPI CM1E00 0,0 15 95,40 2003-03-07 95,34<br />
BPI.CAZE01 0,0 15 100,95 2003-03-07 100,81<br />
BCPIEGLB01 0,0 13 93,50 2003-02-28 93,20<br />
BPI.CS2.01 0,0 13 100,74 2003-03-06 100,42<br />
BCPIAP0703 7,25 11 99,50 2003-03-07 99,47<br />
BCPIEUR.01 0,0 11 101,11 2003-03-07 101,07<br />
TOTMUND02 0,0 10 94,41 2003-03-07 94,35<br />
BPI.CSZE00 0,0 10 107,27 2003-03-07 107,27<br />
BPI.OBCS01 3,65 9 100,01 2003-03-06 100,00<br />
BPI CM4E00 0,0 6 95,01 2003-03-07 94,94<br />
CGDVERAC00 0,0 5 98,40 2003-03-05 98,40<br />
BPI.CSQ01 0,0 5 102,73 2003-03-07 102,66<br />
BCPIAP0803 7,25 5 99,91 2003-03-06 100,01<br />
BPI.CSRM02 0,0 5 100,02 2003-03-06 100,01<br />
BCPAISTX00 0,0 5 94,88 2003-03-03 94,69<br />
BCPA CGI99 0,0 5 94,21 2003-03-07 94,21<br />
BCPIAP0804 0,0 5 94,81 2003-03-07 94,76<br />
BCPIAP0704 0,0 3 94,99 2003-03-06 94,97<br />
SCP.RF0205 6,45 3 92,00 2003-03-06 92,00<br />
BSPPNI9M00 3,0 3 98,91 2003-02-28 98,81<br />
BCPA MED00 0,0 2 91,79 2003-02-27 91,54<br />
BPI.CSIM01 0,0 2 92,25 2003-03-07 92,12<br />
BPICSZE200 0,0 2 92,20 2003-03-07 91,10<br />
BCPIAP09037 7,25 1 100,28 2003-03-06 100,29<br />
BCPIAP0904 0,0 1 94,22 2003-03-06 94,24<br />
INPAR.9804 3,138 1 95,02 2003-03-06 95,50<br />
BPI CM3E00 0,0 1 95,18 2003-03-06 95,02<br />
BPIRF30003 4,0 1 99,78 2003-02-25 99,83<br />
CPPEUR.+01 0,0 1 102,50 2003-03-07 102,<strong>48</strong><br />
ENG.WARR98 1,555 0 95,00 2003-02-26 92,75<br />
BCPI IDJ05 0,0 0 92,41 2003-03-07 92,38<br />
BSPBEURP01<br />
PUB<br />
0,0 0 102,81 2003-02-21 102,66<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 41<br />
OUTROS MERCADOS<br />
Eurolist Unidades de Participação<br />
Título Quant. Fecho Fecho<br />
transac. E Esc.<br />
EUROSUL 0 0<br />
M.ACC.EURO 0 0<br />
N.ECONOMIA 51 46,15 9252<br />
RE<strong>DE</strong>S C.98 100 49,01 9826<br />
SAU<strong>DE</strong>LAZER 678 <strong>48</strong>,01 9625<br />
VALFUT2005 <strong>48</strong>8 46,41 9304<br />
Eurolist - Titulos de Participação<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
B.MELLO.87 3,652 0 2003-03-07 95,00<br />
BFN.....87 3,564 0 2003-03-07 100,00<br />
BFN.2...87 2,958 0 2003-03-06 100,00<br />
BTA ....87 2,42559 0 2003-02-14 61,52<br />
CPP.....88 2,56908 0 2003-02-10 53,41<br />
CPP.....89 2,92688 0 58,51 2003-02-28 60,00<br />
PETROGAL93 3,9 0 2002-03-15 101,25<br />
Mercado s/ Cotações<br />
Título Data Últim. Var. Var % Quant. Máx. Mín. Comp.<br />
cot. ant. transac. ano ano anual<br />
Norvalor 27 OCT 2009 0 0 0 0 1.23 0.54<br />
Oliveira e Irmão 19 JUN 2001 0 0 0 0 0 0<br />
R.P. Centro Sul 07 <strong>DE</strong>C 2009 0 0 0 0 3.5 3.5<br />
Sopragol 16 AUG 2006 0 0 0 0 2.3 2.3<br />
Transinsular 18 AUG 2009 0 0 0 0 15.5 15.5<br />
Vista Alegre 14 OCT 1998 0 0 0 0 0 0<br />
Eurolist/Obrigações Diversas<br />
Título Taxa juro Montante Preço fecho Data cot. Cotação<br />
neg.(milh.) % v. nomin. anterior anterior<br />
SAL.CAE.99 3,233 69 97,41 2002-12-06 99,90<br />
BPI.CSP.99 0,0 47 97,25 2003-03-07 97,22<br />
BPSM-2E.95 3,5625 33 99,87 2003-03-06 99,87<br />
BFBCSFR.98 0,0 12 102,60 2003-03-07 102,60<br />
BSMTOP97.1 3,418 5 78,20 2003-03-07 78,20<br />
CISF.PSI99 0,0 4 95,59 2003-03-05 95,56<br />
BPIEURO04 0,0 3 96,68 2003-03-03 96,55<br />
BPICSBRA99 0,0 3 111,20 2003-02-28 110,35<br />
BPI-MULTI. 0,0 1 97,95 2003-03-07 97,90<br />
CIN...9904 3,444 0<br />
ADP.98.05 3,101 0 2003-03-05 100,00<br />
BPA.SUB.96 3,0625 0<br />
BTA.TOPS97 3,418 0 2003-02-17 80,00<br />
M.LEA.1E98 3,25 0<br />
M.LEA.2E98 3,125 0<br />
DBLEASIN94 3,0625 0 2003-02-27 99,00<br />
BCP.SUB.95 3,5 0 2003-02-27 98,50<br />
CR.1E.1S98 3,6875 0 2000-02-14 100,00<br />
V.ALEGRE05 3,291 0<br />
CCCAM...96 3,2738 0 2003-02-28 99,00<br />
B.MELLO95S 3,3125 0 2002-09-13 99,10<br />
BNC.SUB.97 3,5 0 2002-09-16 97,00<br />
BNCTXVAR99 3,343 0 2003-01-28 100,00<br />
FINANTIA95 3,1875 0 2002-11-18 98,50<br />
CHE.RM1.98 0,0 0 2002-11-12 100,62<br />
CHE.CG1.98 0,0 0 2000-03-24 103,80<br />
TECN.J/SUP 9,75 0 1996-02-27 100,00<br />
M.COMPA.98 3,337 0<br />
SODIM-TV97 3,5 0 2001-08-17 100,00<br />
GDL.TX.V98 2,731 0 2001-04-10 99,97<br />
SACOR M.97 3,125 0 2003-02-10 98,79<br />
CPP.TOPS97 3,418 0 2003-01-22 75,00<br />
IMO.98-1.E 2,9192 0 2001-01-11 99,90<br />
IMO.98-2.E 3,311 0 2002-01-25 97,02<br />
SECI/CMP95 2,75 0 2003-03-06 99,85<br />
BNU.SUB.98 3,375 0 2003-02-25 93,90<br />
HELLER981E 2,75 0<br />
BNU.1.E.9 0,0 0<br />
BSPE.EQU99 0,0 0 2003-03-07 101,37<br />
BSP.E.FU99 3,752 0 2003-02-28 82,78<br />
BII-1.S.95 2,875 0 2000-05-02 100,00<br />
CMP/97 2,932 0 1998-07-16 99,50<br />
CHE.CG2.98 0,0 0 2001-05-31 101,25<br />
MOT.COMP04 3,<strong>48</strong>7 0<br />
BNUCXSUB97 3,3125 0 2002-12-31 97,61<br />
SONAEIM/98 3,049 0 2002-02-25 98,50<br />
BES.SUB.98 3,494 0 2001-11-16 99,58<br />
BFB-SUB.97 2,9375 0 2000-06-29 100,00<br />
BPI-O.C.94 3,909 0 2002-12-18 100,00<br />
BPI-C.Z.95 0,0 0<br />
BPI-C.Z.96 0,0 0<br />
BPI.PERP96 3,683 0 2003-01-07 99,00<br />
BPI.SUB.96 3,1875 0 2003-02-17 99,10<br />
BPIRF.5.00 4,4 0 2001-10-26 101,16<br />
MUNDICEN97 3,5625 0 2002-02-11 99,90<br />
BPIZEURO07 0,0 0 2003-03-05 101,09<br />
SOMAGUE/97 3,75 0 2003-03-06 100,00<br />
SOMA.WA.98 2,591 0 2003-01-15 67,25<br />
GAS POR.97 3,0 0 2001-11-12 99,60
42 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
<strong>DE</strong>SPORTO<br />
BENFICA SAD<br />
4,35%<br />
3,30 euros<br />
FC PORTO SAD SPORTING SAD<br />
3,54%<br />
1,17 euros<br />
Benfica vale mais do que<br />
Sporting e FC Porto<br />
juntos fora dos relvados<br />
Futebol Procura supera a oferta no empréstimo obrigacionista do Benfica,<br />
SAD mais procurada em bolsa (50 milhões de capitalização) e líder da Liga.<br />
Eduardo Melo e Pedro Latoeiro<br />
eduardo.melo@economico.pt<br />
O Benfica está a colher os frutos<br />
dos bons resultados desportivos<br />
também no mercado de capitais.<br />
Em três meses e meio, o título<br />
da SAD (Sociedade Anónima<br />
Desportiva) encarnada subiu<br />
35,3% - à data de ontem - e<br />
deu um forte impulso à capitalização<br />
bolsista - 50 milhões de<br />
euros. Este valor é o dobro do<br />
apresentado pelo Sporting (25<br />
milhões) e quase o triplo do registo<br />
do FC Porto (18 milhões).<br />
Além disso, embalada pela<br />
liderança na Liga, a administração<br />
da SAD pôs a correr a subscrição<br />
de um novo empréstimo<br />
obrigacionista (oito milhões de<br />
títulos a cinco euros), cuja procura<br />
supera a oferta, asseguram<br />
fontes da banca.<br />
“Não surpreende, porque a<br />
taxa é bastante atractiva [6% de<br />
taxa de juro bruta] e muitos investidores<br />
vêem um bom investimento,<br />
num momento em que<br />
as taxas permanecem baixas. A<br />
notoriedade do clube contribui<br />
para um aumento da procura”,<br />
reconhece Pedro Lino, presidente-executivo<br />
da Dif.<br />
Aliás, ainda neste capítulo do<br />
mercado de capitais, os ganhos<br />
deste ano da Benfica SAD representam<br />
o terceiro melhor desempenho<br />
no índice que reúne e<br />
acompanha a evolução de 24<br />
clubes de futebol cotados em<br />
bolsa. Melhor que os encarnados<br />
só os britânicos do Millwall<br />
(86,11%) e do Watford (36,6%).<br />
SAD vão acabar controladas<br />
por investidores<br />
Numa outra vertente do negócio,<br />
o crescente passivo das<br />
SAD irá facilitar, mais cedo ou<br />
mais cedo, a passagem do controlo<br />
de gestão dos dirigentes<br />
dos clubes para investidores<br />
que aplicam o seu dinheiro<br />
nesse tipo de empresas e querem<br />
também ter uma palavra a<br />
dizer nos destinos destas sociedades<br />
- à semelhança do que<br />
acontece no Reino Unido.<br />
O alerta é deixado pelo ad-<br />
“<br />
Por portas e travessas<br />
[os fundos dos<br />
jogadores] são<br />
a forma de os<br />
investidores<br />
mandarem nos<br />
clubes, apesar de os<br />
adeptos não gostarem<br />
da ideia”, diz João<br />
Caiado Guerreiro.<br />
CAPITALIZAÇÃO BOLSISTA<br />
50 milhões<br />
Este é o valor da capitalização<br />
bolsista do Benfica (valor<br />
de mercado da SAD), fruto de<br />
uma subida de 35% do título<br />
desde o início do ano.<br />
vogado João Caiado Guerreiro,<br />
no ano fiscal em que o Benfica<br />
viu praticamente duplicar o seu<br />
passivo na sequência da entrada<br />
da Benfica Estádio na SAD -<br />
o passivo total subiu para 340<br />
milhões de euros a 31 de Dezembro<br />
último.<br />
Sporting e FC Porto conseguiram<br />
conter a euforia despesista,<br />
limitando-se a 143 e 149<br />
milhões, respectivamente - o<br />
primeiro subiu um pouco a dívidaeosegundoatécaiupertode<br />
três milhões de euros face a Dezembro<br />
de 2008, beneficiando<br />
da receita realiza na transferência<br />
de alguns jogadores valiosos<br />
do plantel, como Lucho González<br />
(Marselha), Lisandro López e<br />
Cissokho, ambos para o Lyon.<br />
Mas para esse passo de gigante<br />
acontecer no futebol português<br />
(controlo das SAD pelos<br />
investidores) é preciso que os<br />
associados dos clubes aceitem a<br />
alteração dos estatutos. E aí é<br />
quesesituaocentrodaquestão:<br />
será que os clubes aceitam ser<br />
geridos por um empresário poderoso<br />
ou através de uma empresa<br />
internacional que defina o<br />
perfil dos jogadores e, em última<br />
análise, dirija o clube? A<br />
resposta é não, aponta. Pelo<br />
menos para já.<br />
Segundo este especialista em<br />
direito comercial, as actuais<br />
SAD são uma solução híbrida:<br />
“não são nem empresas, nem<br />
SAD”. Trata-se de um regime<br />
que permite às SAD “sacar dinheiro”<br />
através de empréstimos<br />
obrigacionistas, aumentos de<br />
capital, entre outros, indica.<br />
Recentemente os clubes encontraram<br />
uma forma de não<br />
gastar dinheiro através da criação<br />
de fundos de jogadores –<br />
detentores dos passes dos atletas.<br />
“Nesse caso, os clubes não<br />
investem nos jogadores, mas<br />
são investidores que passam a<br />
mandarnaSAD”,diz.“Porportas<br />
e travessas, é a forma encontrada<br />
para os investidores mandarem<br />
nos clubes, apesar de os<br />
adeptos não gostarem da ideia”,<br />
concluioadvogadoJoãoCaiado<br />
Guerreiro. ■ Com M.T.A.<br />
EVOLUÇÃODOBENFICA<br />
4,0<br />
3,5<br />
3,0<br />
2,5<br />
2,0<br />
31-12-2009<br />
Fonte: Boomberg<br />
14-04-2010<br />
EVOLUÇÃO DO SPORTING<br />
1,4<br />
1,2<br />
1,0<br />
0,8<br />
31-12-2009<br />
Fonte: Boomberg<br />
14-04-2010<br />
EVOLUÇÃODOFCPORTO<br />
1,4<br />
1,1<br />
0,8<br />
0,5<br />
31-12-2009<br />
Fonte: Boomberg<br />
14-04-2010<br />
0,85%<br />
1,18 euros<br />
Aimar ultrapassa Rui Patrício<br />
a caminho do 2-0 no derby:<br />
em Coimbra, Saviola pode voltar.<br />
Aimar e<br />
Cardozo sofreu entorse num<br />
tornozelo e só fez tratamento.<br />
Alberto Teixeira<br />
alberto.teixeira@economico.pt<br />
Se não tiver Oscar Cardozo para<br />
enfrentar a Académica no próximo<br />
domingo, às 18h00, Jorge<br />
Jesus vai recorrer a outro sulamericano<br />
para chegar ao golo.<br />
O líder dos marcadores na Liga<br />
sofreu traumatismo e entorse<br />
no tornozelo esquerdo, facto<br />
que o obrigou a deixar o derby<br />
pouco depois de marcar o 1-0.<br />
Ontem, no regresso do plantel<br />
benfiquista aos treinos, o inter-
<strong>DE</strong>STAQUE DO DIA<br />
Derrick Rose<br />
O base dos Chicago Bulls aproximou<br />
a equipa do playoff da NBA ao<br />
contribuir com 39 pontos para<br />
a vitória (101-93) sobre Boston.<br />
Restantes resultados: Golden State-<br />
Utah, 94-103; LA Lakers-Sacramento,<br />
106-100 e Phoenix-Denver, 123-101.<br />
AGENDA DO DIA<br />
Futebol<br />
Liga espanhola, 32ª jornada:<br />
Almería-R. Madrid (19h00, Sport<br />
TV1/HD); Valência-At. Bilbao (21h00,<br />
Sport TV1/HD);<br />
Liga Vitalis, 27ª jornada:<br />
Gil Vicente-Beira-Mar (20h15, Sport<br />
TV2).<br />
um sul-americano para Coimbra<br />
nacional paraguaio apenas realizou<br />
tratamento e a sua presença<br />
em Coimbra não é certa –<br />
em ano de Mundial, todos os<br />
cuidados são poucos.<br />
Colocado perante a possibilidade<br />
de não ter Cardozo disponível,<br />
Jesus poderá apostar<br />
no regresso de Saviola (o internacional<br />
argentino não actua<br />
desde o triunfo sobre o Sp. Braga,<br />
na Luz, a 27 de Março, devidoafissuranumdedodopédireito),<br />
embora haja mais candidatosparaavaganadianteira:<br />
Weldon, Kardec, Éder Luís e<br />
Nuno Gomes são outras possibilidades<br />
do treinador benfi-<br />
Com Luisão afastado<br />
da próxima jornada<br />
por castigo, a dúvida<br />
à volta do avançado<br />
paraguaio é<br />
alimentada depois<br />
dalesãonoderby.<br />
quista. O trio brasileiro terá<br />
mais hipóteses do que o próprio<br />
Javier Saviola, uma vez que o<br />
seu perfil está mais próximo do<br />
tipo de soluções que Cardozo<br />
oferece: mais presença na área<br />
ecombatefísicodoquerapidez<br />
ou jogo combinado.<br />
Depois da excelente imagem<br />
deixada por Pablo Aimar, cuja<br />
entrada após o intervalo frente<br />
ao Sporting acabou por ser decisiva<br />
para inverter a tendência<br />
do jogo – o número 10 apontou<br />
o 2-0 e os ecos da sua actuação<br />
chegaram à imprensa argentina,<br />
onde também foi muito elogiado<br />
–, a questão principal<br />
Nacho Doce / Reuters<br />
para o desafio de domingo diz<br />
respeito ao companheiro mais<br />
próximo na frente.<br />
Alteração assegurada será<br />
feita no centro da defesa como<br />
consequência do cartão amarelo<br />
visto por Luisão. O central<br />
vai cumprir um jogo de castigo<br />
e, na sua ausência, Sidnei deve<br />
ser o escolhido, voltando à<br />
equipa depois da derrota (1-4)<br />
sofrida em Liverpool e que ditou<br />
o afastamento nos quartosde-final<br />
da Liga Europa. Nesse<br />
encontro, Jesus deslocou David<br />
Luiz para lateral-esquerdo e o<br />
compatriota Sidnei juntou-se a<br />
Luisão no eixo. ■<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 43<br />
Ténis<br />
ATP, 1/8 finais: Torneio de Monte<br />
Carlo (09h30, Sport TV1/ 14h00,<br />
Sport TV2).<br />
Automobilismo<br />
Fórmula 1: GP da China, treinos livres<br />
(madrugada de sexta, 03h00).<br />
Ciclismo<br />
Volta à Turquia,5ªetapa(13h00,<br />
Eurosport).<br />
QUATRO PERGUNTAS A...<br />
PEDRO LINO<br />
Presidente-executivo da corretora Dif<br />
“Investidores devem<br />
ter cautela com<br />
grandes oscilações<br />
em bolsa”<br />
O aumento do ‘free-float’<br />
(dispersão do capital em bolsa)<br />
seria desejável para atrair mais<br />
investidores aos títulos das SAD,<br />
mas a dimensão do Benfica ajuda<br />
a que obtenha maior notoriedade<br />
dentro e fora da bolsa.<br />
Como se explica que a<br />
capitalização bolsista do<br />
Benfica (50 milhões) seja<br />
superior ao valor de mercado<br />
de Sporting (25 milhões) e FC<br />
Porto (18 milhões) juntos?<br />
O Benfica é o clube com mais<br />
adeptos e, como tal, com mais<br />
visibilidade. A procura resultante<br />
desta visibilidade e dos bons<br />
resultados desportivos, aliando-se<br />
à fraca dispersão de capital,<br />
contribui para valorizações<br />
súbitas.<br />
Que explicação encontra para<br />
estes valores de mercado<br />
estarem distantes dos valores<br />
reais de activos das SAD?<br />
Um investimento neste tipo de<br />
activos é sempre uma decisão mais<br />
emocional do que racional, dado<br />
que a maioria [das SAD] está em<br />
falência técnica, apesar de bons<br />
resultados alcançados, como seja<br />
ocasodoBenfica.Noentantoe<br />
porque se trata de empresas com<br />
pequena liquidez, os bons<br />
resultados do clube causam<br />
grandes oscilações em bolsa, com<br />
as quais os pequenos investidores<br />
devem tomar todas as cautelas.<br />
Os recentes resultados<br />
desportivos do Benfica<br />
explicam essa diferença ou há<br />
outras razões?<br />
Os resultados desportivos têm<br />
atraído mais adeptos ao estádio e,<br />
poressavia,umaumentode<br />
receitas. Também o aumento de<br />
valor do plantel, muito associado<br />
aos resultados alcançados,<br />
contribui para valorizar o activo<br />
da SAD.<br />
Acha importante aumentar o<br />
‘free-float’ das SAD para subir<br />
a capitalização bolsista?<br />
O ‘free-float’ é reduzido, cerca<br />
de 19%, e o seu aumento é positivo<br />
em qualquer empresa, pois<br />
contribui para maior liquidez<br />
e visibilidade em bolsa. ■
44 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
PUBLICIDA<strong>DE</strong> & MEDIA<br />
INTERNET<br />
comOn cria ‘site’ e jogo para campeonato<br />
LG Mobile World Cup 2010<br />
A agência comOn renovou pela segunda vez o passatempo LG Mobile<br />
World Cup 2010 em ‘mobileworldcup.com.pt’, direccionado para a<br />
realização de um campeonato de SMS. O site já está ‘online’ e, assim,<br />
quem o visitar é desafiado a jogar. O endereço oferece ainda informação<br />
sobre o campeonato, o calendário, os prémios, a forma de participação,<br />
o calendário e a actualização dos vencedores nas várias etapas<br />
existentes. A campanha decorre até dia 8 de Maio.<br />
Campanha<br />
‘pro bono’<br />
pela Madeira<br />
junta 30 figuras<br />
públicas<br />
Uma conversa iniciada no Facebook tornou-se<br />
numa campanha. Arranca na próxima semana.<br />
Rebeca Venâncio<br />
rebeca.venancio@economico.<br />
Nem sempre a publicidade se<br />
move pelo ‘lucro’. Figuras públicas,<br />
desde políticos a músicos<br />
e apresentadores de televisão<br />
responderam à chamada: criar<br />
um movimento social que levasse<br />
as pessoas à Madeira, depois<br />
da intempérie de 20 de Fevereiro.<br />
Umaideia,emconversa,no<br />
Facebook, evoluiu para um grupo<br />
na maior rede social do mundo,<br />
e agora, transformou-se<br />
numa campanha publicitária<br />
inteiramente ‘pro bono’, isto é,<br />
gratuita, para que os portugueses<br />
adiram à causa e vão de fériasàMadeira.“Ébomparasie<br />
para quem lá está”, remata o<br />
‘slogan’ da campanha desenvolvida<br />
pela agência de publicidade<br />
DRAFTFCB e comunicada<br />
pela DeepStep.<br />
SOLIDÁRIOS<br />
30 x 30<br />
Trinta personalidades dão o rosto<br />
ou a voz para os ‘spots’<br />
da campanha “Vá de férias<br />
para a Madeira”, que estará<br />
presente, a partir da próxima<br />
semana em mais de 30 órgãos<br />
de comunicação social.<br />
Para Filipe Santos Costa, jornalista<br />
do “Expresso” e impulsionador<br />
da nova campanha<br />
pela reconstrução da Madeira,<br />
“é difícil quantificar o impacto<br />
que esperamos para esta campanha.<br />
Mas o que nos fez elevar<br />
a expectativa foi a adesão das figuras<br />
públicas e da comunicação<br />
social”. São mais de 30 rostos<br />
ou vozes bem conhecidas<br />
dos portugueses, que surgirão<br />
em Televisão, Rádio ou Imprensa<br />
a partir da próxima semana.<br />
Mais de 30 meios de comunicação<br />
aderiram, cedendo espaço<br />
publicitário gratuito para uma<br />
causa, que segundo Duarte Melo,<br />
director criativo responsável<br />
pela campanha, “é de todos”.<br />
“Não sei quanto custaria esta<br />
campanha se tivesse objectivos<br />
comerciais. Mas sabendo logo<br />
que Marcelo Rebelo de Sousa não<br />
faz publicidade, e está a colaborar<br />
connosco, só aí a torna, como<br />
diz, ‘priceless’”, afirmou o publicitário.<br />
Para Duarte Melo, a<br />
agência não ajudou com o que<br />
tem, mas sim com o que sabe fazer.<br />
“E nunca viramos a cara a<br />
pedidos destes. Sermos humanos,<br />
éticos, responsáveis, seres<br />
commoralélogoaprimeirarazãoquenoslevaafazeristo.Depois<br />
ser um trabalho que nos<br />
permite ser mais criativo, com<br />
uma mensagem mais impactante,<br />
é um duplo prazer”, explicou.<br />
De Fevereiro até agora, a mobilização<br />
pela Madeira tornouse<br />
quase num segundo emprego<br />
paraopromotordainiciativa<br />
que garante: “este movimento<br />
deutrabalhoamuitagente.<br />
Mas o que não deu trabalho<br />
nenhum foi convencer as pessoas<br />
e os meios a aderir, participar<br />
nos anúncios e permitir-nos<br />
usar a sua notoriedade<br />
para passar esta mensagem,<br />
sem qualquer ruído”. ■<br />
O contrato com João Manzarra terá<br />
um ano de duração.<br />
O político e professor Marcelo<br />
Rebelo de Sousa, a fadista<br />
Kátia Guerreiro e a<br />
apresentadora Rita Ferro<br />
Rodrigues são algumas<br />
das 30 figuras públicas que<br />
dão o rosto pela Madeira.<br />
PUBLICIDA<strong>DE</strong><br />
Apresentador de TV João Manzarra<br />
é o novo rosto da Freepass<br />
O apresentador de televisão da SIC, João Manzarra, é o novo rosto da<br />
Freepass, a marca de presentes-experiência criada pela empresa “A Vida<br />
é Bela” e exclusivamente destinada a adolescentes e jovens. Durante um<br />
ano, o apresentador une a imagem de irreverência que o caracteriza<br />
à gama de experiências voltada para um target jovem. Com esta parceria,<br />
a marca pretende incrementar o seu nível de notoriedade e dos vários<br />
presentes-experiência que oferece.
<strong>DE</strong>SIGN<br />
Serralves e MoMa parceiros em projectos<br />
de promoção do ‘design’ português<br />
Arrancou esta semana no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque<br />
(MoMA) o projecto “Destination: Portugal”, que vai reunir uma colecção<br />
de produtos de ‘designers’ portugueses. O objectivo é dar a conhecer<br />
as tendências actuais do design em vários países do mundo, e em cada<br />
edição é seleccionado um país. O MoMA tem ainda como parceiros<br />
A Loja de Serralves, o Ministério da Cultura português, o Turismo<br />
de Portugal, a AICEP Portugal Global e a TemaHome.<br />
Nuno Rocha, vencedor da primeira edição<br />
do Prémio ZON Criatividade em Multimédia,<br />
assinou a nova campanha da marca.<br />
Rebeca Venâncio<br />
rebeca.venancio@economico.pt<br />
Chama-se Zon Screenings e é a<br />
mais recente acção criada pela<br />
operadoraparapromoverocinema<br />
nacional. O objectivo é<br />
lançar um espaço de divulgação<br />
e discussão de longas metragens.<br />
Nas sessões mensais serão apresentados<br />
vários filmes, que contam<br />
com a presença do respectivo<br />
realizador, disponível para falar<br />
com o público.<br />
Cada vez mais sinónimo de<br />
cinema, a ZON preparou ainda<br />
uma campanha publicitária, que<br />
arranca no próximo sábado, e<br />
tem como responsável máximo,<br />
o realizador Nuno Rocha, vencedor<br />
do Grande Prémio ZON<br />
Criatividade em Multimédia, na<br />
primeira edição, em 2008. A<br />
campanha, em ‘stop motion’<br />
animado, anuncia assim que estão<br />
abertas as inscrições para<br />
mais um prémio da marca que se<br />
destina a jovens estudantes ou<br />
instituições educativas, com<br />
“estatuetas” no valor de 200 mil<br />
euros e uma bolsa de estudo na<br />
Universidade de Austin, Texas,<br />
nos Estados Unidos da América.<br />
“O Zon Screenings é uma acção<br />
que surge no seguimento do<br />
prémio ZON Criatividade em<br />
Multimédia, e cujo objectivo é<br />
também acompanhar os trabalhos<br />
dos premiados nas duas edi-<br />
O Festival Optimus Alive 2010 promete<br />
encher o passeio marítimo de Algés.<br />
ções. O Nuno Rocha é especial,<br />
muito talentoso e sugerimos-lhe<br />
criarestespotparapromovero<br />
prémio que ajudou a lançar a sua<br />
carreira no cinema”, afirmou<br />
Nuno Cintra Torres, director de<br />
consultoria estratégica da ZON.<br />
O jovem realizador apresentou<br />
ainda o novo projecto, “Vicky<br />
and Sam”, a curta metragem<br />
desenvolvida durante o Master in<br />
Fine Arts, nos EUA, atribuído<br />
pela empresa liderada por Rodrigo<br />
Costa. Nuno Rocha estreou<br />
assim o palco ‘Screenings’, que,<br />
até Novembro, receberá nomes<br />
de referência no panorama cinematográfio<br />
do país, como António<br />
Pedro Vasconcellos, Tino NavarroouLuísGalvãoTelles.<br />
A campanha arranca no próximo<br />
sábado, dia 17, nos canais<br />
do cabo e de rádio. Em Maio<br />
chegará no cinema. ■<br />
MÚSICA<br />
ZON renova interesse<br />
na promoção do cinema<br />
Zon Screenings é o novo ciclo da marca que procura<br />
também novos talentos para o grande écran.<br />
Tino Navarro,<br />
Luís Galvão Telles<br />
ou Pedro Vasconcellos<br />
são os próximos nomes<br />
a subir ao palco<br />
da Zon Screenings.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 45<br />
The Big Pink e os Hurts compõem palco<br />
Super Bock do Optimus Alive 2010<br />
Os The Big Pink e os Hurts, duas das mais promissoras bandas inglesas<br />
da actualidade, juntam-se ao cartaz de 2010, no Palco Super Bock<br />
do Optimus Alive!10, dias 9 e 10 de Julho. Artistas como Alice in Chains,<br />
Boys Noize, Burns, Faith no More, Gogol Bordello, Gomez, Gossip,<br />
Kasabian, La Roux, LCD Soundsystem, Manic Street Preachers,<br />
Peaches, Pearl Jam, Phoenix, Skunk Anansie ou The xx já estão<br />
confirmados no festival da operadora móvel.
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Jorge Castro<br />
LIFESTYLE<br />
ANIVERSÁRIO<br />
Afestadamúsica<br />
Tchaikovski e Chagas Rosa nas comemorações do 5º aniversário da Casa da Música, em noite de gala.<br />
Cinco anos após a sua<br />
inauguração, a Casa da<br />
Música é, sem sombra de<br />
dúvida, um dos locais obrigatórios<br />
do Porto onde se cruzam<br />
todososgostos,todasasidades,<br />
gentes de muitas línguas.<br />
Para comemorar os muitos<br />
sucessos que ao longo destes<br />
cinco anos marcaram a programação<br />
deste lugar mágico, a<br />
1 2 3 4<br />
1<br />
Pedro Cunha Campos<br />
e Marta Burmester<br />
2<br />
José Manuel e Sandra<br />
Folhadela de Oliveira<br />
3<br />
Alberto de Almeida e Maria Amélia<br />
Cupertino de Miranda<br />
4<br />
Pedro e Helena Burmester<br />
5<br />
Maria da Conceição Cabaços<br />
e Manuel Cavaleiro Brandão<br />
6<br />
Nuno Azevedo e Guiomar Machado<br />
7<br />
Ana Paula e António Couto<br />
dos Santos<br />
8<br />
Maria José e Manuel<br />
Pinheiro Torres<br />
5<br />
agenda de Abril é mais tentadora<br />
do que nunca e tem levado ao<br />
Porto milhares de espectadores.<br />
E a festa começou com um<br />
concerto de gala, com a Orquestra<br />
Nacional do Porto a interpretar<br />
a 5ª Sinfonia de Tchaikovski e<br />
a estrear uma peça do compositor<br />
português António Chagas<br />
Rosa. Uma noite verdadeiramente<br />
inesquecível para os con-<br />
vidados que tiveram o privilégio<br />
de assistirem e a que o público<br />
aderiu com grande entusiasmo.<br />
Até ao próximo sábado há<br />
muitos outros concertos e a<br />
Casa da Música, que há muito<br />
deixou de ser polémica e passou<br />
a ser um orgulho para todos<br />
os portugueses, está em<br />
festa. Nuno Azevedo tinha todas<br />
as razões e mais uma para<br />
6 7 8<br />
estar feliz na noite em que começaram<br />
as comemorações.<br />
Considerada pelo jornal britânico<br />
“Times” como um dos<br />
cinco edifícios mais significativos<br />
construídos, em todo o<br />
mundo, na primeira década<br />
deste século, a Casa da Música<br />
tem a assinatura do arquitecto<br />
holandês Rem Koolhas e é um<br />
marcoculturaldoPorto.■<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 47<br />
BREVES<br />
Irreverência<br />
Por Maria João Vieira<br />
Um apontamento diferente<br />
num guarda-roupa clássico:<br />
os botões de punho “EYE AM<br />
NOT ALONE” da Ambush<br />
estarão à venda a partir<br />
de dia 22, na nova loja desta<br />
marca, em Tóquio. Se a sua<br />
próxima viagem de negócios<br />
o vai levar até ao Japão, não<br />
deixe de passar por lá.<br />
150 anos Lalique<br />
A Lalique celebra este ano os<br />
seus 150 anos de actividade e,<br />
para assinalar a data, lança<br />
uma colecção intitulada<br />
“Hommage à René”, que<br />
reinterpreta em cristal muitas<br />
das peças icónicas criadas<br />
pelo artista René Lalique ao<br />
longo da sua carreira, como<br />
é o caso do vaso “Perruches”.<br />
Pétalas por Missoni<br />
Chama-se “Petal Chaise Long”<br />
eéaúltimamodaem<br />
espreguiçadeiras de piscina.<br />
Com uma forma ergonómica e<br />
fabricada em materiais super<br />
confortáveis pela Missoni<br />
Home, estas cadeiras foram<br />
desenhadas para tornar o seu<br />
Verão absolutamente<br />
inesquecível. Tem três cores à<br />
escolha: branco, verde lima e<br />
roxo. Difícil é escolher...<br />
Ao som de Starck<br />
Para quem gosta de música e<br />
é exigente quanto à qualidade<br />
do som. Estas colunas sem<br />
fios foram desenhadas por<br />
Philippe Starck com a mestria<br />
do famoso Zikmu Parrot. São<br />
lindas! E de grande qualidade.
ÚLTIMA HORA CONFERÊNCIA<br />
OPINIÃO<br />
Fisco prolonga prazo<br />
de entrega do IRS<br />
até18deAbril<br />
www.economico.pt<br />
Propriedade S.T. & S. F., Sociedade de Publicações Lda, Registo Comercial de Lisboa n.º 02958911033.<br />
Registo Diário <strong>Económico</strong> nº 112 371 Administração Rua Vítor Cordon, n.º 19, 1º, 1200 - <strong>48</strong>2 Lisboa Telefones 213 236 700<br />
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de Publicações, S.A. Edifício Logista Expansão da Área Industrial do Passil Lote 1 – A Palhavã 2894 002 Alcochete<br />
O objectivo é evitar uma eventual<br />
sobrecarga do sistema informático. Rui Horta e Costa<br />
O Ministério das Finanças decidiu prolongar até domingo<br />
o prazo de entrega das declarações do Modelo 3 de IRS<br />
devido ao ‘crash’ do site nos primeiros dias de entrega.<br />
Terminava já amanhã o prazo relativo à primeira fase, que<br />
abrange os contribuintes que tenham tido apenas rendimentos<br />
de trabalho dependente e/ou pensões no ano<br />
passado. “A prorrogação teve em conta alguma instabilidade<br />
registada pelo sistema informático nos primeiros<br />
dias da entrega desta declaração, que foi ultrapassada”,<br />
lê-se num comunicado das Finanças. A tutela adianta<br />
queàsentregasdeIRSefectuadasatéànovadataaplicase<br />
também o prazo máximo de 20 dias para a emissão do<br />
reembolso, desde que verificados os requisitos estabelecidos<br />
para esse efeito.<br />
As Finanças também adiantam que ficou adiado para<br />
dia 19 de Abril o início do prazo das entregas pela Internet<br />
das declarações Modelo 3 relativas à segunda fase, que<br />
abrange os contribuintes que tenham obtido outros tipos<br />
de rendimentos que não apenas os relativos a trabalho<br />
dependente e/ou pensões em 2009. O objectivo é “evitar<br />
que surjam novos constrangimentos associados a uma<br />
eventual sobrecarga do sistema informático”. ■ E.R.<br />
Membros da Ordem dos Economistas<br />
com acesso ao <strong>Económico</strong> Digital<br />
O <strong>Económico</strong> e a Ordem dos Economistas fecharam este<br />
mês um acordo que vai permitir aos membros da Ordem<br />
aceder, em condições especiais, ao <strong>Económico</strong> Digital,<br />
a versão digital do maior jornal de economia nacional.<br />
Para mais informações consulte o <strong>Económico</strong>.pt e o<br />
‘site’ da Ordem, em www.ordemeconomistas.pt.<br />
<strong>DE</strong>STAQUE<br />
ERSE anuncia hoje as novas<br />
tarifas do gás natural<br />
A Entidade Reguladora dos<br />
Serviços Energéticos (ERSE)<br />
divulga hoje uma nova tabela de<br />
preços para o gás natural em<br />
Portugal, estando previsto um<br />
agravamento da factura energética<br />
para os consumidores residenciais<br />
e para as pequenas empresas já a<br />
partir de Julho. Conheça no ‘site’<br />
as novas tarifas.<br />
Acompanhe ao minuto em<br />
www.economico.pt<br />
Paulo Campos<br />
Secretário de Estado dos<br />
Transportes<br />
Acompanhe no ‘site’ a evolução das bolsas e das taxas Euribor.<br />
MAIS LIDAS ONTEM<br />
John Kasarda<br />
Professor of strategy and<br />
entrepreneurship<br />
● Rui Pedro Soares arrisca 8 anos<br />
de prisão<br />
● Bitoque vai ficar mais caro<br />
● Porque foi Figo ilibado no caso<br />
Taguspark?<br />
● Termina amanhã prazo para<br />
entregar IRS<br />
● Patrões esindicatoscontra tolerância<br />
de ponto na visita do Papa<br />
Leia versão completa em<br />
www.economico.pt<br />
Presidente do Consórcio<br />
Asterion<br />
Carlos Madeira<br />
Presidente executivo da<br />
Naer<br />
Conferência sobre o Novo<br />
Aeroporto de Lisboa<br />
No próximo dia 16 de Abril, o Diário <strong>Económico</strong> vai realizar a<br />
Conferência “O Novo Aeroporto de Lisboa”, que terá lugar no<br />
Auditório do Museu do Oriente em Lisboa. A iniciativa conta<br />
com a participação de um reputado conjunto de oradores<br />
para abordar as seguintes temáticas: Privatização da ANA<br />
cum Construção do Novo Aeroporto de Lisboa – ponto de situação<br />
do projecto; Uma visão para um novo aeroporto; O Modelo<br />
da Cidade aeroportuária – Uma Nova Oportunidade para<br />
Lisboa; Modelos económico-financeiros: Cenários de privatização<br />
da ANA. (O financiamento do novo aeroporto; papel dos<br />
investidores privados; modelos de gestão; partilha de riscos);<br />
Os negócios “não—aviação” na competitividade dos novos aeroportos.<br />
Para esclarecer e debater os temas, encontram-se<br />
confirmadas as presenças de: Anthony Vacchione, Co-Partner<br />
of SOM Airport Planning and Design; Bruce Boudreau, Director,<br />
Jacobs Consultancy – Aviation Management Consulting;<br />
Carlos Madeira, Presidente Executivo, NAER; Gustavo Fontes,<br />
Director – Projectos Estruturados, Bento Pedroso Construções;<br />
John Kasarda, Professor of strategy and entrepreneurship<br />
and director of the Kenan Institute of Private Enterprise<br />
at the University of North Carolina’s Kenan-Flagler Business<br />
School; Rui Horta e Costa, Presidente, Consórcio Asterion.<br />
Contaremos também com a presença de Álvaro Costa, Professor<br />
Associado, Faculdade de Engenharia – Universidade do<br />
Porto e de Jorge Paulino Pereira, Professor Associado, Instituto<br />
Superior Técnico como challengers da Conferência. A<br />
sessão de encerramento da Conferência, contará com a presença<br />
do Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas,<br />
Transportes e das Comunicações, Paulo Campos.<br />
VOTAÇÕES<br />
Inquérito em curso<br />
Constâncio fez um bom trabalho<br />
no Banco de Portugal?<br />
Não<br />
77%<br />
NÚMERO <strong>DE</strong> VOTOS: 716<br />
Vote em<br />
www.economico.pt<br />
Sim<br />
23%<br />
A instabilidade<br />
fiscal está de volta<br />
Como deveria ser o sistema fiscal em Portugal? Deveria ser<br />
menos complexo e deveria promover a estabilidade fiscal.<br />
A pergunta foi feita pela Deloitte no último observatório<br />
da competitividade fiscal realizado no início de<br />
2009. As respostas foram dadas por mais de três centenas<br />
de empresários a operar em Portugal.<br />
De lá para cá quase nada mudou na legislação fiscal.<br />
Mas muitas mudanças foram anunciadas. E todas, ou<br />
quase todas, num único sentido: aumento dos impostos.<br />
É assim no que diz respeito aos limites impostos às<br />
deduções e benefícios fiscais para os contribuintes individuais<br />
previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento<br />
(PEC). É assim nas alterações previstas no abate<br />
de veículos em fim de vida previsto no Orçamento do<br />
Estado para 2010. Eéassimdesdequenaterça-feira o<br />
Partido Socialista anunciou, e ontem o ministro das Finanças<br />
confirmou, que a tributação das mais-valias obtidas<br />
com os investimentos em bolsa vai mesmo avançar.<br />
Tudo aumento de impostos. Tudo medidas que chocam<br />
de frente com a necessária promoção da estabilidade<br />
fiscal. No caso das mais-valias o choque é ainda<br />
maior se nos lembrarmos que ainda há cerca de um mês<br />
o ministro tranquilizava os mercados e jurava que só<br />
avançaria quando houvesse estabilidade bolsista.<br />
Mas este constante atropelamento da estabilidade<br />
fiscal ainda consegue piorar porque nenhum contribuinte<br />
individual ou empresa em Portugal sabe nesta<br />
altura qual a dimensão do impacto que irá sentir. E<br />
não o sabe por várias razões. O Orçamento para 2010<br />
continua sem estar em vigor e impede a aplicação das<br />
novas regras. O anúncio das medidas previstas no PEC<br />
continua sem ser concretizado impedido que se saiba<br />
qual a factura a pagar por cada contribuinte. Da tributação<br />
das mais-valias bolsistas não há certezas<br />
quanto à taxa a aplicar, mas também não se sabe se<br />
será aplicada às acções já em posse dos investidores,<br />
ou se será aplicada apenas a quem comprar acções<br />
após a entrada em vigor da lei. Ninguém sabe.EoGoverno<br />
se sabe, não o revela.<br />
Neste movimento de aumento de impostos encetado<br />
pelo Executivo liderado por José Sócrates para reduzir o<br />
défice orçamental não é a subida da tributação que fará<br />
dispistar a competitividade da economia nacional. Mas<br />
será difícil atrair o que quer que seja quando as indicações<br />
dadas pelo Governo são omissas quanto ao destino<br />
exacto a que se quer chegar. ■<br />
PUB<br />
Vitor Costa<br />
Subdirector<br />
vitor.costa@economico.pt<br />
Será difícil atrair o que quer que<br />
seja quando as indicações dadas<br />
pelo Governo são omissas quanto ao<br />
destino exacto a que se quer chegar.<br />
Jean Claude Larreche<br />
THE MOMENTUM<br />
EFFECT<br />
HOW TO IGNITE<br />
EXCEPTIONAL GROWTH<br />
Disponível em www.ECONOMICO.pt