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16 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />

MUNDO<br />

Busca de sobreviventes<br />

na China agravada por<br />

temperaturas negativas<br />

O governo de Pequim já anunciou um pacote de ajuda de emergência no valor<br />

de 21,5 milhões de euros para a região de Qinghai, na fronteira com o Tibete.<br />

Bárbara Silva<br />

barbara.silva@economico.pt<br />

A terra voltou a tremer em 2010.<br />

Desta vez na China, com um<br />

terramoto de 6,9 graus na escala<br />

de Richter que matou pelo menos<br />

400 pessoas, feriu dez mil e<br />

destruiu 85% das casas na cidade<br />

de Gyegu, na região pobre e<br />

montanhosa de Qinghai, onde<br />

nasceu o líder espiritual tibetano<br />

Dalai Lama.<br />

A mais de 2.000 quilómetros<br />

de Pequim, o sismo de ontem foi<br />

o segundo mais violento na China<br />

na última década, depois de<br />

em Maio de 2008, 87 mil pessoas<br />

terem morrido num terramoto<br />

(magnitude 8,0) na província<br />

de Sichuan. Além disso, o<br />

abalo foi o terceiro maior até<br />

agora em 2010, no que diz respeitoaonúmerodevítimas(depois<br />

do Haiti e do Chile, em Janeiro<br />

e Fevereiro), segundo o<br />

Centro de Estudos Geológicos<br />

dos Estados Unidos.<br />

O embaixador de Portugal<br />

em Pequim, Rui Quartin Santos,<br />

disse à Lusa que desconhece a<br />

existência de portugueses na<br />

região da China atingida pelo<br />

sismo. “A indicação que temos é<br />

que não há nenhum estrangeiro<br />

entre as vítimas do sismo”, disse<br />

o embaixador.<br />

Osismodeontemna<br />

China foi o terceiro<br />

maior até agora em<br />

2010, no que diz<br />

respeito ao número<br />

de vítimas (depois do<br />

Haiti e do Chile, em<br />

Janeiro e Fevereiro),<br />

segundo o Centro de<br />

Estudos Geológicos<br />

dos Estados Unidos.<br />

Infografia: Marta Carvalho | marta.carvalho@economico.pt<br />

Em trânsito entre Washington<br />

e Brasília, o presidente chinês<br />

Hu Jintao, através do primeiro-ministro<br />

Wen Jiabao, ordenou<br />

às autoridades locais para<br />

“fazerem todos os possíveis para<br />

salvar as pessoas afectadas pelo<br />

terramoto, disse a agência de<br />

notícias chinesa Xinhua. O<br />

vice-primeiro-ministro Hui<br />

Liangyu foi enviado para a regiãoeogovernochinêsanunciou<br />

um pacote de ajuda de<br />

emergência no valor de 21,5 milhões<br />

de euros. A cadeia de televisão<br />

local Yushu TV dava ontem<br />

conta de mais de 900 pessoas<br />

retiradas com vida dos escombros<br />

pelas equipas de resgate,<br />

que integram 700 soldados<br />

chineses. Além disso, mais cinco<br />

mil pessoas foram enviadas<br />

para a região, entre médicos e<br />

militares, que correm contra o<br />

tempo à medida que as temperaturas<br />

descem abaixo dos zero<br />

graus (-3º). Por seu lado, o Ministério<br />

dos Assuntos Civis<br />

anunciou que enviou cinco mil<br />

tendas, 50 mil casacos e 50 mil<br />

cobertores.<br />

O comandante militar de<br />

Yushu, Wu Yong, disse que estão<br />

a ser criados acampamentos<br />

para os desalojados, mas “as<br />

frequentes réplicas e os fortes<br />

ventos dificultam as operações”.<br />

Nos próximos dias, prevêem<br />

os especialistas, serão<br />

sentidas réplicas superiores a<br />

6,0grausnaescaladeRichter.<br />

No Vaticano, o Papa Bento XVI<br />

apelouà“solidariedadedetodos”.<br />

“O meu pensamento vai<br />

para a China e para as populações<br />

afectadas pelo violento sismo”,<br />

disse Bento XVI.<br />

Habitada por cerca de 250<br />

mil tibetanos, mongóis e chineses,<br />

a região de Qinghai foi uma<br />

das mais afectadas pelo terramoto<br />

que em Maio de 2008<br />

atingiu o norte da província vizinha<br />

de Sichuan, matando<br />

quase 90 mil pessoas. Com as<br />

grandes cadeias montanhosas<br />

dos Himalaias, a região oeste da<br />

China é frequentemente afectada<br />

por terramotos, sendo que<br />

muitos deles registam-se em<br />

áreas pouco povoadas.■<br />

Região habituada<br />

a abalos violentos<br />

O município de Yushu, com uma<br />

autonomia bastante limitada uma<br />

vez que 97% da população é<br />

tibetana, tem um longo historial<br />

de terremotos. Em Julho<br />

de 2006 os cerca de 280 mil<br />

habitantes da zona, na fronteira<br />

com o Tibete, sentiram um sismo<br />

de 5,6, seguido de várias réplicas<br />

mas sem vítimas. Oitenta anos<br />

antes, em 1927, o cenário foi<br />

bem pior. O tremor de terra<br />

de magnitude 8,7 fez cerca<br />

de 200 mil vítimas e quando<br />

a província começava<br />

a recompor-se passou<br />

por um outro choque, desta vez<br />

político. Oficialmente, em 1928,<br />

Qinghai passou a ser uma<br />

província chinesa e ainda hoje os<br />

habitantes olham para Pequim<br />

como um colonialista.<br />

O sismo tinha até ontem provocado<br />

400 mortos e cerca de dez mil<br />

feridos. Mais de 85% das casas da<br />

cidade de Gyegu foram destruídas.<br />

OS TERRAMOTOS MAIS RECEN<br />

Chile<br />

27 de Fevereiro de 2010<br />

Um terramoto de magnitude 8,8<br />

graus na escala de Richter<br />

afectou a região central do Chile,<br />

a nordeste da segunda maior<br />

cidade do país, Concepción. Os<br />

números oficiais dão conta de<br />

452 mortos, mas milhares de<br />

pessoas estão desaparecidas.

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