DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico
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Bill Gross foi quem criou<br />
a publicidade nos motores<br />
de busca nos anos 90.<br />
Corrida para desenvolver<br />
o potencial do Twitter<br />
O Twitter estabeleceu como prioridade para este ano o lançamento de um<br />
sistema próprio para fazer dinheiro com a actividade de enviar’ tweets’.<br />
Acorrida para lucrar<br />
com o fenómeno<br />
global do Twitter<br />
deve disparar esta<br />
semana com o lançamento<br />
de um serviço<br />
que tentará replicar a fórmula<br />
depublicidadeemmotoresdebusca<br />
que contribuiu para encher os cofres<br />
da Google.<br />
Bill Gross, empresário da Internet<br />
sedeado em Los Angeles e que<br />
inventou a publicidade nos motores<br />
de busca nos anos 90, afirmou que a<br />
audiência do Twitter tem já um valor<br />
potencial de “milhares de milhões<br />
de dólares” por ano. A falta de<br />
formas eficazes de agarrar este po-<br />
tencial levou assim à criação de um<br />
serviço de publicidade como aquele<br />
que seria lançado pela sua nova empresa<br />
na passada segunda-feira.<br />
Este serviço, de nome TweetUp,<br />
pode vir a tornar-se parte integrante<br />
do ecossistema do Twitter no espaço<br />
de três meses, segundo Gross.<br />
Esta medida surge numa altura<br />
em que o Twitter se prepara para<br />
lançar o seu próprio sistema de fazer<br />
dinheiro com cada ‘tweet’ enviado.<br />
Quatro anos após a criação deste extremamente<br />
bem sucedido serviço<br />
de micro-mensagens, a inexistência<br />
de uma forma eficaz de lucrar com o<br />
envio de ‘tweets’ começou a preocupar<br />
essa “Twittersfera”, esse grupo<br />
enorme de pessoas que se mostra<br />
cada vez mais motivados para a criaçãodeaplicaçõesparaesteserviço.<br />
“Actualmente ninguém está a fazer<br />
muito dinheiro com este verdadeiro<br />
ecossistema,” afirmou Loic Le<br />
Meur, fundador da Sesmic, uma<br />
aplicação desenvolvida para o Twitter.<br />
Serviços como o Seesmic contribuem<br />
para cerca de 80% da actividade<br />
no Twitter, sendo que os 20% restantescorremnositeTwitter.com.<br />
“Seasaplicaçõesnãocomeçarema<br />
dar dinheiro nos próximos dois a três<br />
Se as aplicações não começarem<br />
a dar dinheiro existe o sério risco de muitas<br />
das empresas entrarem em falência.<br />
trimestres,existeosérioriscodemuitas<br />
das empresas e criadores destas<br />
aplicações irem à falência daqui a um<br />
ano ou dois,” acrescentou Le Meur.<br />
“Trata-se de um risco real para o<br />
Twitter, uma vez que grande parte do<br />
seutráfegoprovemdasaplicações.”<br />
O Twitter estabeleceu como<br />
prioridade máxima para este ano o<br />
lançamento de um sistema próprio<br />
para fazer dinheiro com a actividade<br />
de enviar’ tweets’. No entanto,<br />
excluiu a possibilidade de inserir<br />
anúncios nos “fluxos” de ‘tweets’<br />
dos seus utilizadores.<br />
“O facto de todos aqueles que<br />
lêem e observam o Twitter estarem,<br />
aparentemente, ávidos por rentabilizar<br />
os seus ‘tweets’ não quer dizer<br />
que o Twitter pense da mesma forma,”<br />
disse um porta-voz da empresa.<br />
Esta mesma fonte acrescentou<br />
que o Twitter “centrará toda a sua<br />
atenção na implementação de um<br />
novo serviço, mas colocando sempre<br />
os interesses dos utilizadores<br />
em primeiro lugar”.<br />
A nova empresa de Gross, a TweetUp,<br />
deverá lançar um sistema de<br />
anúncios por leilão muito semelhanteaoquegeraamaiorpartedasreceitas<br />
da Google. De entre os investidores<br />
por trás deste serviço encontramseSteveCase,fundadordaAOL.<br />
A incubadora de Gross na Internet,<br />
a Idealab, teve a ideia de lançar<br />
um serviço de publicidade nos motores<br />
de busca nos anos 90, altura<br />
em que lançou o GoTo.<br />
Os anunciantes no TweetUp vão<br />
poder licitar de modo a que os seus<br />
próprios ‘tweets’ sejam exibidos<br />
sempre que os utilizadores procurem<br />
palavras-chave no motor de<br />
busca do Twitter. Gross afirmou estar<br />
convencido que este serviço será<br />
bastante apelativo para os utilizadores<br />
individuais do Twitter, que teriam<br />
aqui uma forma de aumentarem<br />
o seu número de seguidores. Por<br />
Richard Waters e David Gelles, em São Francisco<br />
- Exclusivo Financial Times. Tradução de Carlos<br />
Tomé Sousa<br />
EXTRAS INOVAÇÃO&TECNOLOGIA VII<br />
Opinião<br />
Luís Paulo Salvado<br />
É possível!<br />
Pergunta-se: estará Portugal bem colocado<br />
para tirar partido da retoma<br />
económica? Para quem acredita que<br />
a recuperação se jogará, acima de<br />
tudo, no criativo aproveitamento da imensa<br />
infra-estrutura de tecnologias da informação<br />
já instalada, a resposta tende a ser afirmativa.<br />
O que nos abre boas perspectivas se vier a vingar<br />
a tese de renomeados estudiosos que antevêem<br />
um período de grande prosperidade<br />
para os próximos 20/30 anos – à semelhança,<br />
aliás, do que se sucedeu, repetidamente, em<br />
todas as fases terminais dos anteriores quatro<br />
ciclos económicos de 60 anos que se sucederam<br />
à Revolução Industrial.<br />
Colocado o desafio na exploração optimizadadastecnologiasinstaladasnasúltimasdécadas,<br />
ressalta à evidência que Portugal reúne<br />
condições para ser bem sucedido, a começar<br />
pela própria dimensão do País que, com uma<br />
amostra diversificada de dez milhões de pessoas,<br />
se revela o laboratório ideal para testar,<br />
emtempoútil,novastendênciasesoluções.<br />
Dito de outra forma:<br />
o sucesso é mesmo possível<br />
e Portugal tem quase tudo<br />
para dar certo.<br />
A favor dos portugueses jogam ainda uma<br />
notória adaptabilidade e uma apreciável capacidade<br />
criativa, qualidades essenciais para enfrentarocicloqueseavizinha.<br />
Junte-se a nossa reconhecida abertura à<br />
inovação como consumidoreseasofisticação<br />
das infra-estruturas de alguns serviços de que<br />
dispomos, como são os casos da Banca e dos<br />
operadores de Telecomunicações, ao nível do<br />
quemelhorexistenomundo,etemosreunidas<br />
quatro condições necessárias para multiplicar<br />
e colher, nos próximos anos, os benefícios do<br />
potencial tecnológico em que o País soube investir.<br />
Uma realidade hoje bem visível na fibra<br />
óptica, nas energias renováveis ou na adopção<br />
do carro eléctrico, só para citar algumas apostas<br />
em que nos encontramos também na linha<br />
dafrente.<br />
Este enquadramento prometedor escapa,<br />
obviamente, aos “velhos do Restelo”, entretidos<br />
a descortinar dificuldades e tragédias.<br />
Mas é a base imprescindível para Portugal<br />
responder, com determinação e criatividade,<br />
aos novos paradigmas dos mercados. Dito de<br />
outra forma: o sucesso é mesmo possível e<br />
Portugal tem quase tudo para dar certo. Faltará<br />
apenas anular o “quase”. Disso falaremos<br />
na próxima oportunidade. Presidente executivo da<br />
Novabase<br />
10 ÉonúmerodeaquisiçõesfeitaspelaGoogle<br />
nosúltimosseismeses. 871 milhõesdeeuroséquantoterádedesembolsar<br />
quemquisercomprarafabricantePalm.<br />
Fotomontagem de Pedro Fernandes sobre foto de Mario Anzuoni/Reuters<br />
Quinta-Feira – 15.04.2010 Diário <strong>Económico</strong>