DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico
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A FACE VISÍVEL<br />
Miguel Coutinho<br />
miguel.coutinho@economico.pt<br />
OPSeoBigBrother<br />
fiscal<br />
O Partido Socialista, pela voz<br />
de Francisco Assis, anunciou o<br />
recuo formal na ideia peregrina<br />
de publicitar todas as declarações<br />
de rendimentos na<br />
internet. “Não recolheu o consenso<br />
necessário no grupo<br />
parlamentar”, explicou Assis,<br />
afastando, assim, a proposta<br />
de um grupo de deputados socialistas.<br />
O Big Brother fiscal<br />
está morto. Por quanto tempo?<br />
Final feliz na Cimpor<br />
Teve um final feliz a novela<br />
dos órgãos sociais da Cimpor.<br />
António Castro Guerra passou<br />
pelo Governo mas tem uma<br />
história nas empresas e um<br />
percurso académico respeitáveis.<br />
Francisco Lacerda é um<br />
dos melhores da sua geração<br />
e regressa merecidamente<br />
à gestão de topo. E a entrada<br />
de João Lopes Raimundo,<br />
em representação do fundo<br />
de pensões do BCP, enriquece<br />
a gestão. A Cimpor tem equipa<br />
para se afirmar como<br />
uma multinacional de raiz<br />
portuguesa… com sotaque<br />
do Brasil.<br />
“Tenho um especial<br />
carinho pelo Magalhães”<br />
MÁRIO LINO<br />
ex-ministro<br />
O Magalhães é querido.<br />
Viva o Magalhães!<br />
PUB<br />
Neves António<br />
De como a política pode destruir valor<br />
A ignorância, além de ser a maior multinacional do mundo, é útil em<br />
múltiplas circunstâncias. Luís Figo que o diga – escapou a uma acusação<br />
de corrupção por desconhecer que o Taguspark é maioritariamente<br />
detido por capitais públicos. Acredito que 99,9% dos portugueses<br />
revelariam a mesma ignorância de Figo. Não sei se todos teriam,<br />
contudo, a mesma ingenuidade de fazer coincidir um apoio político com<br />
um contrato publicitário. Veremos em tribunal se a acusação tem provas<br />
para condenar os três gestores que alegadamente terão concebido<br />
esta troca de favores. Apesar de ficar fora da acusação, o ex-futebolista<br />
– um exemplo de ‘fair-play’ e brio profissional –, terá de viver com<br />
uma suspeita que não faz justiça ao seu passado. Mais um exemplo vivo<br />
de como a política pode destruir valor.<br />
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 3<br />
EDITORIAL<br />
Os pedidos<br />
de Bruxelas<br />
Depois de aprovar o Programa<br />
de Estabilidade e Crescimento<br />
(PEC) português, a<br />
Comissão Europeia deixou<br />
vários avisos. Alguns deles<br />
são habituais: se a economia<br />
evoluir de forma mais negativa<br />
do que está previsto no<br />
PEC, colocando em causa a<br />
redução do défice para os<br />
3%,oGovernoterádeadoptar<br />
medidas adicionais para<br />
garantir a consolidação orçamental.<br />
O ministro das Finanças<br />
já tinha admitido esta<br />
hipótese ainda antes de ser<br />
conhecida a apreciação de<br />
Bruxelas. Bem diferentes são<br />
pedidos com leituras políticas.<br />
A Comissão Europeia<br />
está preocupada com o possível<br />
bloqueio no Parlamento<br />
das medidas previstas no<br />
PEC, nomeadamente as que<br />
implicam alterações fiscais.<br />
Ou seja, o comissário para os<br />
assuntos económicos quer<br />
um consenso nacional à volta<br />
da estratégia do PEC, o que<br />
poderá ser inviabilizado depois<br />
da nova liderança do<br />
PSD já ter avisado que quer<br />
reabrir o debate. Já se tinha<br />
percebido que um apoio<br />
alargado dos vários agentes<br />
políticos e sociais à descida<br />
do défice era importante<br />
para credibilizar o PEC em<br />
termos internacionais e, por<br />
isso, o Governo fez na altura<br />
um esforço de consolidação<br />
junto da oposição. Na altura,<br />
o PSD viabilizou o PEC. Agora<br />
Passos Coelho vai ter dificuldades<br />
em mudar a posição<br />
do PSD sem ser acusado<br />
de estar a prejudicar a economia<br />
portuguesa.