22.08.2013 Views

DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico

DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico

DE 4868 : Plano 48 : 1 : P.gina 1 anuncios - Económico

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EURO<br />

face ao dólar<br />

1,3660<br />

PETRÓLEO<br />

valor em dólares<br />

86,17<br />

TAXA EURIBOR<br />

a seis meses<br />

0,954<br />

AGENDA DO DIA<br />

● O Provedor do Trabalhador<br />

Temporário apresenta o segundo<br />

relatório sobre a matéria.<br />

● O BCE divulga o Boletim Mensal.<br />

● Conferência da UGT sobre o PEC<br />

e outras questões tratadas<br />

em concertação social.<br />

João Paulo Dias<br />

gilo afecta dívidas à Segurança Social<br />

que necessário para o exercício<br />

das suas atribuições”, explicou o<br />

vice-presidente da bancada do<br />

PS, Ricardo Rodrigues.<br />

Neste projecto, inclui-se a<br />

criação de uma base de dados do<br />

Banco de Portugal de todas as<br />

contas bancárias, a que as autoridades<br />

judiciárias podem recorrer<br />

sempre que necessário. O sigilo<br />

bancário será também levantado<br />

sempre que existam dívidas à Segurança<br />

Social.<br />

O Ministério do Trabalho não<br />

revelou o número total de contribuintes<br />

em falta, mas actualmente<br />

a lista de devedores à Se-<br />

Em 2009, a<br />

Segurança Social<br />

penhorou 47.663<br />

devedores. Depois<br />

disso, os faltosos<br />

regularizaram 100<br />

milhões de euros.<br />

gurança Social conta com 52 nomes,<br />

46 dos quais referentes a<br />

entidades colectivas (nesta última<br />

situação, a maioria dos casos<br />

enquadra-se na dívida entre 100<br />

e 250 mil euros). No entanto, há<br />

muitos faltosos que não constam<br />

da lista, até porque esta apenas<br />

conta dívidas superiores a determinado<br />

montante.<br />

Aliás, as próprias penhoras<br />

sãoprovadequehámaisdevedores<br />

do que os contabilizados<br />

pelalista:sóesteano,aSegurança<br />

Social espera penhorar<br />

contas, veículos, imóveis ou<br />

outros créditos de 60 mil con-<br />

tribuintes faltosos e depois de<br />

em 2009 ter avançado com o<br />

mesmo processo sobre 47.663<br />

devedores. Foram depois regularizados<br />

100 milhões de euros,<br />

através de acordos para pagamento<br />

a prestações que este<br />

ano contam com regras menos<br />

apertadas. Este mês, foram penhoradas<br />

sete mil contas bancárias<br />

que representam uma<br />

dívida de 123 milhões de euros.<br />

Em 2010, a Segurança Social<br />

espera recuperar 400 milhões<br />

de euros de dívida, depois de<br />

ter cobrado 371,1 milhões em<br />

2009. ■ com M.G.<br />

Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário <strong>Económico</strong> 9<br />

TRÊS PERGUNTAS A...<br />

LUÍS FÁBRICA<br />

Professor da Universidade Católica, especialista<br />

em Direito Administrativo<br />

“As coisas fazem-se<br />

na mesma mas com<br />

mais cuidado”<br />

Luís Fábrica diz que alterar a lei<br />

sobre a corrupção pode ajudar<br />

mas não chega para mudar<br />

o comportamento. Enquanto<br />

continuarmos a desculpar os<br />

corruptos e os corruptores, pouco<br />

ou nada vai mudar, diz. Além disso,<br />

as coisas fazem-se na mesma.<br />

Apenas com mais cautela.<br />

Esta alteração à lei vai mudar<br />

alguma coisa? Vai trazer mais<br />

transparência no Estado?<br />

Uma resposta rigorosa exigiria<br />

oconhecimentodoteorexacto<br />

da proposta. Assim, pode apenas<br />

dizer-se que a alteração não será<br />

talvez tão significativa quanto<br />

parece (...). Por um lado, os<br />

procedimentos ilícitos adaptam-se<br />

com grande rapidez às mutações<br />

da lei penal, ou seja, as coisas<br />

fazem-se na mesma, mas de outra<br />

maneira ou com mais cuidado. Por<br />

outro lado, há dificuldades técnicojurídicas<br />

que a nova lei tem de<br />

resolver, como as que decorrem<br />

de os funcionários poderem, como<br />

qualquer cidadão, receber de<br />

outrem vantagens patrimoniais ou<br />

não patrimoniais: um funcionário<br />

público não pode receber uma<br />

doação? Em suma, é preciso<br />

esperar para ver o que diz a lei e<br />

não ter expectativas exageradas<br />

quanto à eficácia da mesma.<br />

O que é necessário fazer?<br />

O problema da corrupção não<br />

se resolve com novas tipificações<br />

criminais, que já existem em<br />

número suficiente, mas com a<br />

melhoria da investigação. São<br />

crimes difíceis de investigar e sem<br />

leis adequadas, meios materiais<br />

suficientes e profissionais<br />

diligentes, os resultados serão<br />

sempre escassos. Mas o factor<br />

decisivo é de natureza cultural:<br />

somos muito tolerantes com a<br />

corrupção e com os corruptores e<br />

corruptos; e enquanto esta atitude<br />

cultural não mudar, também a<br />

realidade pouco ou nada mudará.<br />

Quais as áreas onde há mais<br />

corrupção?<br />

A corrupção alimenta-se de<br />

dinheiro. Logo, áreas como<br />

o urbanismo ou a contratação<br />

pública são e continuarão<br />

a ser as “red light zones”. D.F.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!