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34 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010<br />
FINANÇAS<br />
BANCA<br />
Caixas espanholas poderão passar<br />
de 45 a 20 com reestruturação<br />
O presidente da Caja Madrid disse ontem estimar que o processo de<br />
reestruturação actualmente em curso na banca espanhola fará reduzir<br />
para menos de metade o número de caixas existentes. Rodrigo Rato<br />
explicou que, numa primeira fase, se passará de 45 para 25 e,<br />
posteriormente, para 20. As caixas foram as mais afectadas no sistema<br />
bancário espanhol pela crise financeira que abalou o mundo ocidental.<br />
Rato diz ainda ser inevitável uma forte corte de balcões.<br />
Maria Ana Barroso<br />
maria.barroso@economico.pt<br />
Os trabalhadores do Banco Privado<br />
Português (BPP) admitem<br />
criar uma nova instituição bancária<br />
como saída para a situação<br />
de desemprego em que muito<br />
em breve virão a estar.<br />
Em declarações ao Diário<br />
<strong>Económico</strong>, Afonso Pires Diz<br />
explica que os colaboradores<br />
tentarão uma estratégia para<br />
salvar o banco mas, caso esta<br />
não resulte, admitem “entrar<br />
com um pedido de constituição<br />
de uma nova entidade” de natureza<br />
cooperativa ou mutualista.<br />
O presidente do Sindicato Nacional<br />
dos Quadros e Técnicos<br />
Bancários (SNQTB) lamenta que<br />
a única preocupação das autoridades<br />
tenha sido a resolução do<br />
problema dos clientes, esquecendo<br />
os “150 a 180” trabalhadores.<br />
Num comunicado divulgado<br />
ontem, o sindicato adiantou ter<br />
intenção de tentar salvar o banco<br />
através de uma operação de<br />
“employees buy-out (EBO)”,<br />
assumindo os trabalhadores o<br />
capital da instituição. O SNQTB<br />
pediu, por isso, para reunir com<br />
as Finanças, o Banco de PortugaleaPrivadoHolding.<br />
Afonso Pires Diz garante que<br />
o sindicato possui “os conhecimentos<br />
e a credibilidade” necessários<br />
quer para uma operaçãocomoesta,querpara,em<br />
alternativa, avançar para a criação<br />
de uma nova instituição.<br />
Questionado quanto à capacidade<br />
financeira para tais investidas,<br />
o responsável assegura:<br />
“temos acesso aos mercados<br />
nacionais e internacionais para<br />
fazer esse financiamento”.<br />
Quanto ao momento em que<br />
os trabalhadores tentam salvar<br />
o banco, o presidente do SNQTB<br />
reconhece que teria sido preferível<br />
avançar mais cedo mas diz<br />
que o sindicato esteve a aguardar<br />
que autoridades e accionis-<br />
O fundo do Morgan Stanley apresenta<br />
prejuízos de 4 mil milhões de euros.<br />
EUA<br />
Morgan Stanley poderá ter o maior prejuízo<br />
da história do capital de risco imobiliário<br />
O fundo imobiliário de alto risco do banco de investimento norteamericano<br />
Morgan Stanley apresentou prejuízos de 5,4 mil milhões<br />
dólares (4 mil milhões de euros). A notícia foi ontem avançada pelo ‘The<br />
Wall Street Journal’ que sublinha poderá ser o maior prejuízo da<br />
história em investimentos imobiliários de capital de risco, sector em que<br />
o Morgan Stanley tem sido particularmente activo nos últimos 20 anos.<br />
Segundo o jornal, o Morgan Stanley já avisou os investidores do fundo.<br />
Trabalhadores do BPP querem criar<br />
novo banco para salvar empregos<br />
Caso a tentativa de salvar o Banco Privado não funcione, a alternativa pode ser uma nova instituição.<br />
“<br />
Como não surgiu<br />
nada, tivemos de<br />
avançar; aparecemos<br />
em desespero de<br />
causa”, admite<br />
Afonso Pires Diz,<br />
do Sindicato.<br />
tas encontrassem uma solução.<br />
“Como não surgiu nada, tivemos<br />
de avançar; aparecemos<br />
em desespero de causa”, admite,<br />
lembrando não ser essa a<br />
“função habitual” de um sindicato.<br />
Afonso Pires Diz assume,<br />
por outro lado, não serem muitas<br />
as esperanças de que a primeira<br />
alternativa, a do EBO, seja<br />
ainda possível, tendo em conta<br />
que “estão em curso mecanismos<br />
legais que poderão ter acabado<br />
com o BPP”. O Banco de<br />
Portugal tem já em curso o processo<br />
de retirada da licença do<br />
Banco Privado.<br />
Em declarações à Lusa, o<br />
presidente da Privado Holding<br />
classificou ontem a iniciativa<br />
dos trabalhadores de “meritória,<br />
sobretudo pelo espírito de<br />
lutar até ao fim para tentar salvar<br />
uma instituição que foi muito<br />
maltratada pelas instituições<br />
públicas”. No entanto, Diogo<br />
VazGuedesdissever“commuita<br />
dificuldade que esta iniciativa<br />
Paula Nunes<br />
Vaz Guedes tem grandes dúvidas<br />
de que o plano dos trabalhadores<br />
possa vingar.<br />
possa, infelizmente, ter sucesso”,<br />
tendo em conta “a postura<br />
do BdP até aqui”.<br />
O Diário <strong>Económico</strong> tentou<br />
obter junto do supervisor uma<br />
reacção a esta nova proposta<br />
dos trabalhadores do BPP, mas<br />
sem sucesso.<br />
Prazos do Governo em risco<br />
Termina hoje o prazo fixado<br />
pelo Ministério das Finanças<br />
para que sejam accionados o<br />
Fundo de Garantia de Depósitos<br />
e o Sistema de Indemnização<br />
aos Investidores para ressarcir<br />
parcialmente os clientes do<br />
BPP. Isto porque, até à hora de<br />
fecho desta edição, aguardavase<br />
ainda a decisão final oficial<br />
do BdP de retirar a licença ao<br />
banco. Este é o único passo que<br />
falta para que os dois sistemas<br />
sejam accionados. A medida faz<br />
parte da solução que foi<br />
encontrada para estes clientes<br />
e que inclui ainda um fundo d<br />
einvestimentojácriado.■