24 Diário <strong>Económico</strong> Quinta-feira 15 Abril 2010 EMPRESAS TELECOMUNICAÇÕES Operadora de fibra óptica espanhola prepara expansão para Portugal A capital de risco britânica CVC Capital Partners comprou uma posição de 35% da R, operadora de por fibra óptica galega, que poderá avançar para Portugal. A CVC planeia aumentar a sua participação, avança a empresa em comunicado. A empresa de capital de risco injectará 1.500 milhões de euros na R nos próximos cinco anos, para que a operadora da Galiza expanda as suas actividades a “toda a Península Ibérica”, através da compra de outras operadoras, refere o “BandaAncha”. O aeroporto da Portela terá mais 30 lojas de ‘prestígio’ e um Spa. Nuno Miguel Silva nuno.silva@economico.pt Se se confirmar que a Portela vai fechar em menos de dez anos, é certo que os seus últimos dias não vão ser de decadência. Antes pelo contrário: até ao seu fecho, o actual aeroporto de Lisboa irá ser dotado de equipamentos que nunca viu nas anteriores décadas. É essa a firme intenção dos actuais responsáveis da ANA – Aeroportos de Portugal, empresa que gere o sistema aeroportuário nacional, para evitar a quebra da qualidade de serviço e conforto prestado aos passageiros. Um processo que começou por novos terminais de passageiros e de carga aérea, prolongouse com a mais que duplicação de portas de embarque com mangas telescópicas e vai prosseguir nos próximos anos: novos espaços de lazer, novos cafés e restaurantes, alguns deles só para fumadores, um ‘SPA’, mais de 30 novas lojas de marcas de prestígio, novos acessos rodoviários à zona das chegadas e um novo terminal para transportes colectivos, são alguns dos trunfos com que a ANApretendecativarospassageiros esperados para os próximosanosnaPortela. A ANA prevê que em 2017 a Portela receba entre 16,7 milhões de passageiros, segundo o cenário pessimista, e 19,5 milhões, de acordo com as estimativas mais optimistas. O ano de 2017 é fundamentalporqueéoanoesperado do início da operação do novo aeroporto internacional de Lisboa, no Campo de Tiro de Alcochete. Guilhermino Rodrigues, presidente da ANA, disse ontem, num encontro com jornalistas, que, caso o novo aeroporto de Lisboa não entre em funcionamento em 2017, “posso processar mais passageiros na Portela em 2018 e 2019, mais do que os 17 milhões [de passageiros/ano, que é a capacidade limite da Portela], mas vou degradar a qualidade do serviço”. No ano passado, a Portela mo- O evento destina-se principalmente aos portugueses radicados em França. INTERNACIONALIZAÇÃO Invest Lisboa promove evento para captação de investimento em Paris A Invest Lisboa, uma parceria da Câmara Municipal de Lisboa, da Associação Comercial de Lisboa e da AICEP, vai promover, no próximo dia 18 de Maio, o primeiro evento fora do país para captação de investimento para a cidade de Lisboa. A Embaixada de Portugal em Paris vai acolher o evento “Promoção de Lisboa em Paris”, que visa promover as oportunidades de negócio em Lisboa e se dirige prioritariamente aos empresários portugueses e luso-descendentes. Aeroporto da Portela vai ter SPA e mais <strong>Plano</strong> de expansão do aeroporto da capital vai prolongar-se até 2012 e exigir mais cerca de 160 milhões A ANA já registou uma recuperação de 8,5% no tráfego da Portela no primeiro trimestre. Até 2017, deverá receber até 16,7 ou 20,5 milhões de passageiros. Novo aparelho portátil que vai ajudar a monitorizar as entradas e saídas do aeroporto. O presidente da ANA, Guilhermino Rodrigues apresentou as novidades nosaeroportosqueaempresagere. vimentou 13,2 milhões de passageiros, uma queda de 2,5% face a 2009, mas os primeiros meses deste ano têm registado uma tendência de forte recuperação, com umasubidade8,5%faceaoperíodo homólogo de 2009. O projecto do actual plano de expansão deu os primeiros passos em 2003, com um estudo dos norte-americanos da Parsons, mas só foi aprovado pela administração da ANA em 2005. Tendo arrancado no terreno em 2006, só deverá estar concluído em 2012, após um investimento de 380 milhões de euros. Desse montante, já foram aplicados 216,5 milhões. Para este ano, está previsto o investimento de 82 milhões de euros. Para 2011, a ANA programou aplicar mais 55 milhões, enquanto em 2012 deverão ser investidos mais 21 milhões de euros na Portela. O director do aeroporto da Portela, Francisco Severino, disse ontem que este plano foi a única forma de responder à procura que houve antes da crise financeira global, a partir de Agosto de 2008, sublinhando que as obras decorreram no prazo previsto, abaixo do orçamentado – uma poupança de 12 milhões de euros até ao momento – e sem degradação das condições de utilização do aeroporto. Os próximos meses poderão confirmar a tendência de recuperação do tráfego de passageiros na Portela. Entre reforço de voos já existentes, ligações de novas companhas para destinos já escalados e novas rotas a partir da Portela, a ANA reclama que o Verão IATA – época utilizada nos aeroportos internacionais, que se inicia em Março e se prolonga até Outubro – de 2010 vai ter mais de 90 novos destinos regulares, dos quais 64 nas Europa e 11 domésticos. Marraquexe, Dusseldorf, São Vicente (Cabo Verde) Copenhaga e Campinas (estado de São Paulo, no Brasil) são as apostas que poderão render mais dividendos a curto-prazo (ver texto ao lado). ■
Este suplemento faz parte integrante do Diário <strong>Económico</strong> Nº <strong><strong>48</strong>68</strong> não pode ser vendido separadamente | 15 Abril 2010 INOVAÇÃO &TECNOLOGIA Televisão 3D Samsung, LG e Panasonic iniciaram a guerra. Descubra os modelos. P. IV iPad Quem pode ofuscar a nova estrela da Apple Conheça os pontos fortes e fracos do novo fenómeno da Apple. E descubra o que os rivais Microsoft, Dell e HP estão a preparar para lhe fazer frente. P. II Gadgets António Câmara não dispensa dois objectos no dia-a-dia. Mas ainda lhe falta um. P. VI Twitter quer fazer dinheiro com cada ‘tweet’ enviado Devido ao sucesso de vendas nos EUA, a Apple adiou por um mês a chegada do iPad aos mercados internacionais. A rede social de micromensagens vai apostar na introdução de publicidade para potenciar o negócio, replicando o modelo que encheu os bolsos da Google. P. VII