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Sucol já tem comprador aprovado pela AdC
A Autoridade da Concorrência (AdC), liderada por Manuel Sebastião,
aprovou a compra da marca Sucol e das formulações utilizadas em Sucol,
Sumol Néctar, Sumol Néclight e Sumol 100% Sumo pela Diviril Indústria e
pela Melo Abreu à Sumol+Compal, “por um preço inexpressivo”, informou
a empresa em comunicado à CMVM. Esta alienação não tem influência
directa nos resultados da Sumol+Compal, tendo em conta o facto
de os activos a vender não estarem valorizados no activo da empresa.
Paula Nunes
ENTRE AS OPERADORAS
ARGUMENTOS
Rodrigo Costa
A Zon, liderada
por Rodrigo Costa,
argumenta que a PT
aumentou o preço
de acesso às
condutas nas regiões
autónomas, e garante
mesmo que algumas
destas infraestruturas
são sua
propriedade, após
o‘spinoff’daPT
Multimédia, em 2007.
Zeinal Bava
A Portugal Telecom,
liderada por Zeinal
Bava, avançou
comumprocesso
em tribunal contra
a Zon, exigindo
o pagamento de
facturas em atraso no
valor de 2,6 milhões
de euros pelo acesso
às condutas na
Madeira e Açores.
1,6 milhões
É o valor, em euros, da dívida da
Zon à PT relativa ao acesso a
condutas da rede fixa no
arquipélago da Madeira. A Zon
rejeita pagar esta dívida e alega
que a PT aumentou o preço em
2,5 vezes, desde o ‘spin-off’.
Condutas
Em sua defesa, a Zon vai alegar
que parte das condutas em
questão são suas e que não
pertencemàPT.Emcausa
estarão ‘partilhas’ mal feitas,
aquando da separação entre as
duas operadoras.
AGENDA DO DIA
● Google apresenta resultados
do exercício no primeiro trimestre
de 2010.
● Costa Cruzeiros apresenta
estratégia e novidades para 2011.
● Conferência ACAP sobre a
indústria e comércio automóvel em
Portugal, no CCB.
João Paulo Dias
Tribunal
Os processos em questão, que
aguardam a realização das
primeiras audiências, poderão
ser seguidos de outras queixas
idênticas por parte da PT contra
a Zon, relativas a outras facturas
em atraso no Continente.
A PT e a Zon têm trocado
acusações desde que se
separaram, em Novembro
de 2007.
Filipe Alves
filipe.alves@economico.pt
Desde que passaram a ser duas
empresas distintas, em Novembro
de 2007, que a PT e a
Zon têm travado vários braços-de-ferro,
em especial nas
áreas da televisão por subscrição
e do acesso aos conteúdos
audiovisuais.
Passados quase três anos, as
equipas de gestão das duas
empresas continuam a ser
compostas por antigos responsáveisumadaoutra.ZeinalBava,
presidente executivo (CEO)
da PT, desempenhou o mesmo
cargo na antiga PT Multimedia.
E Rodrigo Costa, CEO da
Zon, é o antigo presidente da
PT Comunicações, a empresa
da Portugal Telecom que gere a
rede fixa.
Foi, aliás, Rodrigo Costa
quem criou o serviço de televisão
interactiva da PT, o Meo, no
Verãode2007.OmesmoMeo
que, nos anos que se seguiram,
se transformou no grande concorrente
da TV Cabo, no âmbito
da estratégia ‘triple play’ da
PT, que visa inverter a tendência
de declínio da rede fixa de
telecomunicações.
Mas esta não foi a única ironia
decorrente da separação da
dona da TV Cabo em relação à
antiga empresa irmã. Falando
de um “colete de forças”, Zeinal
Bava tem protestado contra
as condições de acesso aos
conteúdos da Lusomundo, do
grupo Zon. Condições essas
que foram fixadas pelo próprio
Zeinal Bava quando este era
presidente da então PT Multimedia,
hoje Zon.
“É normal que os gestores
vistam a camisola das empresas
onde trabalham e defendam os
seus interesses”, disse uma fonte
do sector contactada pelo
Diário Económico.
Troca de acusações em tribunal
O grau zero de relações entre
as duas operadoras irmãs foi
atingida no Verão do ano passado,
quando a PT colocou a
Zon em tribunal por “concorrência
parasitária”. A 16 de Julho
de 2009, a operadora liderada
por Zeinal Bava acusou a
Zon de se aproveitar da PT para
Quinta-feira 15 Abril 2010 Diário Económico 21
A relação agitada
de duas antigas
parceiras
alavancar a sua oferta de televisão,
na sequência de uma
polémica em torno da utilização
do termo “fibra” pela dona
da TV Cabo. A concorrência
parasitária consiste num aproveitamento
do esforço intelectual
ou económico alheio, ainda
que possa ou não criar o risco
de confusão entre serviços.
Ou seja, é um acto de concorrência
desleal.
Por sua vez, a Zon retaliou
com uma queixa contra a PT, no
organismo que regula a publicidade
em Portugal, contra a
campanha do Meo Fibra da PT,
considerando que esta viola os
princípios éticos basilares da
comunicação comercial.
A campanha do Meo Fibra
“viola frontalmente os princípios
da legalidade, honestidade,
veracidade e leal concorrência”,
acusou a Zon, na parte
da queixa apresentada a 20 de
Julho ao Instituto Civil para a
Autodisciplina da Comunicação
Comercial (ICAP). ■
O ‘spin-off’
da então PT
Multimedia foi
um compromisso
assumido pela
gestão liderada
por Henrique
Granadeiro, como
defesa contra a
OPA da Sonaecom.